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POR QUE ESTUDAR FILOSOFIA?

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Academic year: 2021

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Texto

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Coleção Comolerfilosofia

Coordenação: Claudiano Avelino dos Santos e Claudenir Módolo Alves

• Como ler a filosofia clínica? Prática da autonomia do pensamento, Monica Aiub Monteiro • Como ler a filosofia da mente, João de Fernandes Teixeira

• Como ler Jean-Jacques Rousseau, José Benedito de Almeida Júnior • Como ler os pré-socráticos, Cristina de Souza Agostini

• Como ler um texto de filosofia, Antônio Joaquim Severino • Como ler Wittgenstein, João da Penha Cunha Batista • Encontrar sentido na vida: propostas filosóficas, Renold Blank

• Fazer filosofia: aprendendo a pensar como os primeiros filósofos, Barbara Botter • Filosofia do cérebro, João de Fernandes Teixeira

• Inteligência artificial, João de Fernandes Teixeira

• Introdução a Lévinas: pensar a ética no século XXI, Rogério Jolins Martins; Hubert Lepargneur

• Mestre Eckhart: um mestre que falava do ponto de vista da eternidade, Matteo Raschietti • Por que estudar filosofia?, João de Fernandes Teixeira

• Schopenhauer: a decifração do enigma do mundo, Jair Barboza

• Um mestre no ofício: Tomás de Aquino (com DVD), Carlos Arthur Ribeiro do Nascimento • Um mestre no ofício: Tomás de Aquino, Carlos Arthur Ribeiro do Nascimento • Uma introdução à República de Platão, Giovanni Casertano

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João de Fernandes Teixeira

Por que estudar

filosofia?

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Direção editorial: Claudiano Avelino dos Santos Coordenação de revisão: Tiago José Risi Leme Capa: Marcelo Campanhã

Editoração, impressão e acabamento: PAULUS

© PAULUS – 2016

Rua Francisco Cruz, 229 • 04117-091 – São Paulo (Brasil) Tel.: (11) 5087-3700 • Fax: (11) 5579-3627

paulus.com.br • editorial@paulus.com.br ISBN 978-85-349-4476-2

1ª edição, 2016

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Teixeira, João de Fernandes

Por que estudar filosofia? / João de Fernandes Teixeira. – São Paulo: Paulus, 2016. – Coleção Como ler filosofia.

ISBN 978-85-349-4476-2 1. Filosofia I. Título. II. Série.

16-08913 CDD-100 Índice para catálogo sistemático:

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Agradecimentos

À minha ex-aluna e amiga Suely Molina, pelas sugestões. Ao meu ex-aluno e amigo professor André Rehbein Sathler Guimarães, pelas críticas sempre construtivas. Ao meu amigo professor Gustavo Leal-Toledo, que generosamente leu e comentou a primeira versão deste livro. A Paula Felix Palma, pela revisão cuidadosa do texto. À minha esposa Malu.

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Pode um asno ser trágico? – Sucumbir sob um fardo que não se pode levar nem deitar fora?... É o caso do filósofo.

Friedrich Nietzsche

– Professor, por que existe o mundo e não apenas o nada? – Se existisse apenas o nada, vocês continuariam reclamando do mesmo jeito.

Sidney Morgenbesser, em resposta a um de seus alunos

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Prefácio

A filosofia está morta. É com esta afirmação direta e arrasadora que Stephen Hawking, um dos maiores cientistas contemporâneos, inicia um de seus livros mais famosos, O

Grande Projeto. Será que a filosofia acabou mesmo? E se

acabou, por que isso aconteceu?

Neste livro, examino essas questões e discuto por que ainda vale a pena estudar filosofia. Embora tenha sido escrito, inicialmente, para estudantes de Filosofia, procurei tornar sua linguagem acessível para o público geral. Como afirmou o célebre filósofo espanhol Ortega y Gasset: “a clareza é a cortesia do filósofo”.

A filosofia sempre teve uma aura de inutilidade. Um pro-vérbio italiano muito conhecido afirma: “A filosofia é uma coisa com a qual ou sem a qual tudo permanece igual”. Este é um dos piores preconceitos que confundem a percepção social da filosofia. Outro, talvez ainda pior, é a figura estereotipada do filósofo como o homem “desligado do mundo”, que passa seu tempo “viajando na maionese”.

Certamente, a filosofia não tem uma utilidade imediata, como obturar um dente que dói ou obter um habeas corpus para um cliente preso por desviar dinheiro público. Mas isso não quer dizer que ela não sirva para nada.

No século XX, a filosofia perdeu espaço para o

marke-ting político e para as religiões tradicionais que ressurgiram

vigorosamente e ocupam cada vez mais o espaço público. Elas se apresentam como alternativas às frustrações de uma tecnologia, que não cumpriu suas promessas libertadoras, e

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às decepções políticas, tanto as das democracias liberais como as do socialismo. O convencimento, por meio da propaganda política, da mídia religiosa e científica, se tornou uma tarefa prioritária em relação à busca pelo conhecimento. Se a filosofia não interessa, é porque a verdade também já não interessa mais. Mas por que será que, apesar de tantas forças opostas, a filosofia ainda fascina algumas pessoas?

A filosofia não é mais um porto seguro, mas não é, tam-pouco, um continente de ideias esquecidas que merece ser visitado apenas por curiosidade. Muitas pessoas supõem que a ciência e a tecnologia, especialmente a física e a neurociência, engolirão a filosofia nas próximas décadas, sem saberem que, ao defender esse ponto de vista, estão implicitamente apoiando uma posição filosófica discutível. Certamente, muitas questões da filosofia contemporânea passaram a ser discutidas pelas ciências. Mas há outras, no campo da ética, da política e da religião, cuja discussão ainda engatinha e para as quais a ciência não tem, até agora, fornecido nenhuma solução.

A filosofia tem contra si o fato de ter se tornado uma carreira universitária. A partir da segunda metade do século XX, os filósofos tiveram de se tornar professores universitários para sobreviver. Com isso, a filosofia ficou confinada a clubes de comentaristas profissionais, nos quais pouco se pensa e pouco se privilegia o retorno às tradições ou a reescrever as filosofias do passado.

Uma das reações a esse isolamento e ao discurso denso e esotérico dos filósofos profissionais foi o aparecimento dos filósofos midiáticos, que muitas vezes, apesar de limitados a comentários óbvios na televisão e na grande imprensa, conseguem cativar o público. Infelizmente, esses filósofos midiáticos, algemados pela exigência da simplificação, au-mentam o risco de que as questões centrais e os temas da filosofia sejam apresentados de forma distorcida e, por isso, mal popularizados.

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Acredito que uma das me-lhores formas de reabilitar a fi losofia é rir dela, ou seja, sal-picar seu discurso enfadonho com anedotas. Aprendi isso em um curso que fiz com o filósofo americano Willard van Orman Quine, nos Estados Unidos. Na

época, ele era um homem de 93 anos, frágil como Gandhi, mas com uma lucidez extraordinária. Como estava surdo, carregava um aparelho auditivo que rodeava uma de suas orelhas alongadas, típicas dos idosos, e ria disso.

Será que a filosofia vai acabar? Apesar de vivermos em uma época na qual a reflexão não é bem-vinda e na qual prevalecem fundamentalismos religiosos e políticos, não acre-dito que a filosofia desaparecerá tão cedo. O que distingue os cientistas, os políticos e os sacerdotes dos filósofos é que eles não podem rir da ciência, da política ou da religião. É o riso que nos torna momentaneamente hereges, desafiando as autoridades e os preconceitos. Enquanto os filósofos pude-rem rir da própria filosofia, isso será suficiente para que ela continue a existir.

Acredito que uma das melhores formas de reabilitar a filosofia é rir dela, ou seja, salpicar seu dis-curso enfadonho com anedotas.

Referências

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