• Nenhum resultado encontrado

Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Projeto - Criação de uma aplicação em SIG e disponibilização do Projeto na Web

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Projeto - Criação de uma aplicação em SIG e disponibilização do Projeto na Web"

Copied!
85
0
0

Texto

(1)

IREI

Polytechnic of Guarda

RELATÓRIO DE PROJETO

Licenciatura em Engenharia Topográfica

Jardel Monteiro da Veiga julho

1

2018

(2)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

PROJETO

Criação de uma aplicação em SIG e disponibilização do Projeto na Web

JARDEL MONTEIRO DA VEIGA

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM

ENGENHARIA TOPOGRÁFICA

(3)

i

Identificação do Aluno

Nome: Jardel Monteiro da Veiga Número de Aluno: 1011655 Curso: Engenharia Topográfica

Endereço eletrónico: jardeldaveiga@hotmail.com

Contacto telemóvel: 967-658-501

Instituição: Instituto Politécnico da Guarda, Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Morada: Rua Dr. Francisco Sá Carneiro Nº50, 6300-559 Guarda

Localidade: Guarda Telefone: 271 220 120 Fax: 271 220 150

Correio eletrónico: estg-geral@ipg.pt

Docente orientador: António Figueiredo Monteiro Grau académico: Mestre

Correio eletrónico profissional: amonteiro@ipg.pt

Início do projeto: 12-03-2018 Fim do projeto: 17-07-2018

(4)

ii

Resumo

O Projeto teve como principal finalidade a criação de um SIG com a localização e a identificação dos principais pontos de interesse, de uma área da cidade da Guarda e criar um WebMap sobre o referido projeto.

Os pontos de interesse escolhidos foram aos serviços de: Restauração, Bar, Café e Discoteca. Antes de se fazer qualquer procedimento, teve que se efetuar uma pesquisa para ver o que existia, se os dados estavam atualizados e o que não existia, para poder ver o trabalho que se tinha pela frente. Após a conceção da ideia, o aluno deslocou-se à Câmara Municipal da Guarda para pedir alguns dados que iam servir de base para a elaboração do projeto. Após a disponibilização dos dados, fez-se o reconhecimento da área de estudo e identificação dos serviços referidos acima. Para a recolha de dados elaboram-se tabelas em Excel para cada serviço, com os campos necessários a preencher e também se imprimiu a ortofoto da área que se ia estudar, a ortofoto ia servir de base para a identificação dos estabelecimentos que tinham os pontos de interesse, também se efetuou o registo fotográfico desses estabelecimentos para melhor os identificar. Depois de todos estes procedimentos estarem concluídos, o software QGIS foi a ferramenta SIG que se utilizou para a elaboração do projeto. Após o tratamento de todos os dados no programa QGIS, exportou-se o projeto como um WebMap, onde se criou um website para disponibilizar os dados geográficos.

(5)

iii

Agradecimentos

Depois de concluído este projeto, gostaria, com elevada consideração, agradecer a todos aqueles que contribuíram para a sua realização.

✓ Ao meu pai, e à minha mãe que hoje não está cá presente, à minha segunda mãe, pelos carinhos, apoios, dedicação, motivação, e que me fizeram acreditar que um dia eu podia chegar onde cheguei e que sempre me desejaram o melhor das coisas para mim e tudo o que fizeram e fazem por mim. Eu estou eternamente grato por isso, (Pai, Mãe e segunda Mãe eu vos amo).

✓ Ao professor António Monteiro, obrigado em primeiro lugar por ter aceite ser o meu docente orientador pela competência dos seus conselhos e orientações bem como toda a sua disponibilidade. Também agradeço pela leitura e correção do relatório.

✓ A todos os professores que fizeram parte da minha aprendizagem, porque sem vocês isto não era possível, não vou especificar o melhor para mim, porque vocês juntos são os melhores.

✓ Ao colega Hugo Teixeira pela sua disponibilidade e orientação a obtenção dos dados disponibilizados pela Câmara Municipal da Guarda.

✓ À Câmara Municipal da Guarda pela informação disponibilizada.

✓ Ao Engenheiro Carlos Fonseca do Centro de Informática do IPG, por ter disponibilizado e orientado o aluno na colocação e disponibilização dos dados no servidor da escola.

✓ A toda a minha família, amigos e colegas que me apoiaram durante este percurso para que eu consiga alcançar os meus objetivos.

(6)

iv

Plano do Projeto

Para uma melhor organização e coordenação do tempo foi estabelecido um cronograma de atividade onde constam as seguintes etapas:

Reconhecimento em gabinete e em campo para verificação dos dados disponíveis; Nesta primeira etapa fez-se um estudo e reconhecimento da área que se pretendia estudar (uma pequena parte da cidade da Guarda na parte mais alta), para se ter uma noção da área a tratar.

✓ Obtenção dos dados de Base;

Traçados os objetivos que se pretendiam, o aluno deslocou-se à Câmara Municipal da Guarda para apresentar a ideia, visto que era a instituição cooperante assim, depois da aceitação da ideia os dados necessários foram disponibilizados.

✓ Preparação e identificação dos dados;

- Foi criado então um ficheiro Excel com as devidas tabelas que serviam de base para a recolha de dados em campo e também foi imprimido um ortofoto da área de estudo, onde este serviu para marcar os pontos relativamente a cada estabelecimento;

- Efetuar a identificação geográfica e a recolha de todos os dados junto dos gerentes de cada estabelecimento, depois foi feito o registo fotográfico de todos os estabelecimentos em estudo.

✓ Elaboração do SIG;

Depois de todos os procedimentos anteriores, criar as camadas, com a informação de cada serviço e posteriormente carregar a tabela Excel para o programa QGIS para anexar aos pontos criados para se obter a base de dados final. Nessa etapa são definidos todos os parâmetros da propriedade do projeto e entre outras operações.

✓ Elaboração de Mapas;

(7)

v

Glossário

SIG- Sistema de Informação Geográfica

CAD- Computer Aided Design (tradução para português, Desenho Assistido por

Computador)

JPEG- Joint Photographic Experts Group TIF- Tagged Image File

CNIG- Centro Nacional de Informação Geográfica SNIG- Sistema Nacional de Informação Geográfica IDE- Infraestrutura de dados espaciais

GDAL- Geospatial Data Abstraction Library

GRASS- Geographic Resources Analysis Support System (tradução para português,

Sistema de Suporte á Análise de Recursos Geográficos)

ETRS89- European Terrestrial Reference System 1989 DGT- Direção Geral do Território

IAG- Associação Internacional de Geodesia EUREF- European Reference Frame

ESRI- Environmental Systems Research Institute PT- Portugal

TM- Transverso de Mercator

EPSG- European Petroleum Survey Group GPS- Global Positioning System

ITRF- International Terrestrial Reference Frame WMS- Web Map Service

(8)

vi

Índice Geral

Capítulo 1- Introdução ... 1

1.1 Introdução ... 1

1.2 Objetivos ... 1

Capítulo 2 – Os Sistemas de Informação Geográfica ... 3

2.1 A origem dos sistemas de Informação Geográfica ... 3

2.2 Evolução Histórica do SIG ... 3

2.3 Definição de SIG ... 5

2.4 Funcionamento dos SIG ... 6

2.5 Áreas de aplicação do SIG... 7

2.5.1 A utilização dos SIG na administração pública local ... 8

2.6 Modelos de dados de mapas ... 8

2.6.1 Tipos de estruturas de dados ... 8

2.7 Componentes de um SIG ... 10 2.7.1 Hardware ... 10 2.7.2 Software ... 11 2.7.3 Metodologias ... 12 2.7.4 Recursos Humanos ... 13 2.7.5 Dados ... 13

2.8 Os Sistemas de Informação Geográfica em Portugal ... 14

Capítulo 3- Descrição do software utilizado ... 17

3.1 O software QGIS ... 17

3.2 Microsoft Excel ... 18

3.3 Microsoft Word ... 19

Capítulo 4- Caracterização e localização de área de estudo ... 21

(9)

vii

5.1 Introdução ... 23

5.2 Pontos de interesse ... 23

5.3 Reconhecimento da área de estudo ... 24

5.4 Criação e descrição das tabelas de dados ... 26

5.4.1 Para o Serviço de Restauração... 26

5.4.2 Para o Serviço de Bar e Café ... 27

5.4.3 Para o Serviço de Pastelaria, Padaria e Pizzaria ... 28

5.4.4 Para o Serviço de Discoteca ... 29

5.5 Descrição do procedimento feito no software ... 31

5.5.1 Criação do Projeto ... 31

5.5.1.1 European Terrestrial Reference System 1989 (ETRS89) ... 31

5.5.2 Criação dos Shapefiles ... 34

5.5.3 Edição das Camadas ... 36

5.5.4 Junção de tabelas ... 36

5.5.5 Exportação do novo Shapefile ... 37

5.5.6 Escolha de Simbologia ... 38

5.5.7 Inserir fotografias e etiquetas dos estabelecimentos no software QGIS ... 41

5.6 Elaboração do Mapa ... 46

5.7 Exemplo de algumas mudanças ocorridas relativamente aos estabelecimentos de serviços ... 47

Capítulo 6- Web Map e Website ... 49

6.1 Criar o Web Map através do QGIS ... 49

6.1.1 Propriedades do Web Map ... 50

6.2 Colocação no Servidor Web ... 51

6.3 Criação do Website ... 51

Capítulo 7- Conclusão ... 57

(10)

viii

9. Anexos ... 61

Anexo 1- Pontos de Interesse - Guarda ... 63

Anexo 2- Ponto de Interesse (Serviço Bar e Café) – Guarda ... 65

Anexo 3- Ponto de Interesse (Serviço de Restauração) - Guarda... 67

Anexo 4- Ponto de Interesse (Serviço Discoteca) - Guarda ... 69

(11)

ix

Índice de imagens

Figura 1 - Funcionamento do SIG (Fonte: (Neto, 1998)) ... 7

Figura 2- Componentes SIG (Fonte: https://pt.slideshare.net/gfcoutobrito/introduco-ao-arcgis consultado: 23 março 2018) ... 10

Figura 3 - Utilizações primordiais dos softwares SIG e alguns dos principais softwares de SIG (Fonte: Sandra Caeiro (2013), “Tópico 1 - Sistemas de Informação Geográfica: Principais conceitos”. ... 12

Figura 4 - Portal da Internet do SNIG (Fonte: http://snig.dgterritorio.pt/portal/ consultado: 23 março 2018) ... 15

Figura 5 - Ambiente QGIS 2.18 ... 18

Figura 6 - Ambiente Microsoft Excel 2016 ... 19

Figura 7 - Ambiente Microsoft Word 2016 ... 19

Figura 8 - Área de estudo dos pontos de interesse da Cidade da Guarda (Fonte: Orto foto disponibilizada pela Câmara Municipal da Guarda) ... 24

Figura 9- Trabalho de Campo ... 25

Figura 10- Trabalho de gabinete ... 25

Figura 11- Como obter as coordenadas (Fonte: http://www.mapcoordinates.net/pt)... 30

Figura 12- sinalização da localização (Fonte: http://www.mapcoordinates.net/pt) ... 30

Figura 13- Escolha do sistema de referência de coordenadas no QGIS ... 31

Figura 14- Como inserir a Ortofoto ... 34

Figura 15- Como criar um shapefile ... 35

Figura 16- Novo ficheiro Shapefile ... 35

Figura 17- Como editar pontos ... 36

Figura 18- Pontos Editados ... 36

Figura 19- Junção de Tabela ... 37

Figura 20- Exportar nova camada shapefile ... 38

Figura 21- Editor das Simbologias (Fonte: https://www.mapbox.com/maki-icons/editor/) ... 39

Figura 22- Simbologia para Serviço de Restauração, Figura 23- Simbologia para Cafés ... 39

Figura 24- Simbologia para Bares, Figura 25- Simbologia para Pastelaria, Padaria e Pizzaria ... 39

(12)

x

Figura 26- Simbologia para Discotecas ... 39

Figura 27- Exemplo de uma simbologia utilizado ... 40

Figura 28- Simbologia Categorizada ... 41

Figura 29- Pontos de interesse ... 41

Figura 30- Criar novo campo ... 42

Figura 31- Propriedades do campo ... 42

Figura 32- Como guardar o estilo padrão ... 43

Figura 33- Atributo de um elemento ... 44

Figura 34- Atributo do elemento depois de ter sido carregado a foto ... 44

Figura 35- Inserção de Etiquetas na camada do Serviço de Restauração ... 45

Figura 36- Etiquetas Serviço de Restauração ... 45

Figura 37- Compositor de Impressão ... 46

Figura 38- Antes e Agora do estabelecimento (Chocolate Love) ... 47

Figura 39- Antes e Agora (After- Hambúrguer) ... 48

Figura 40- Antes e Agora (Blue Bar) ... 48

Figura 41- Módulo- qgis2web ... 49

Figura 42- Definição dos parâmetros para exportar o mapa- Menu Export ... 50

Figura 43- Definição dos parâmetros para exportar o mapa-Menu Export ... 50

Figura 44- Fazer login no Wix ... 51

Figura 45- Painel de controlo ... 52

Figura 46- Edição do Site ... 52

Figura 47- Propriedades do Site ... 53

Figura 48- Visão geral da página ... 54

(13)

xi

Índice de Tabela

Tabela 1- Descrição da tabela de dados do Serviço de Restauração ... 26 Tabela 2- Descrição da tabela de dados do Serviço de Bar e Café ... 27 Tabela 3- Descrição da tabela de dados do Serviço de Pastelaria, Padaria e Pizzaria ... 28 Tabela 4- Descrição da tabela de dados do Serviço de Discoteca ... 29 Tabela 5- Parâmetros do PT-TM06-ETRS89 ... 32

(14)

1

Capítulo 1- Introdução

1.1 Introdução

Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são sistemas que, recorrendo a meios computacionais cada vez mais sofisticados, capturam, guardam, analisam, gerem e apresentam dados georreferenciados. Estes sistemas estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia e nas mais diversas áreas: trânsito e transportes, saúde, turismo e lazer, telecomunicações, agricultura, biologia, mercado imobiliário, entre outras.

O relatório foi elaborado no âmbito da licenciatura em Engenharia Topográfica, na unidade curricular de Projeto para a conclusão da unidade curricular de projeto. A unidade curricular de Projeto tem como principal objetivo a aplicação de conceitos e práticas adquiridos durante a licenciatura. O Projeto foi realizado individualmente em todas as etapas da sua elaboração pelo aluno Jardel Veiga. O projeto desenvolvido consistiu na execução de levantamento dos dados dos pontos de interesse (Serviço de Restauração, Serviço de Bar, Café e Discoteca), na elaboração de um SIG para localizar e gerir dados. Junto aos estabelecimentos desses serviços, posteriormente fez-se o levantamento fotográfico desses estabelecimentos, para depois construir uma base de dados para cada tipo de serviço, usando o software QGIS. A localidade escolhida foi uma área da cidade da Guarda na parte mais alta, visto que é o local de residência do aluno.

1.2 Objetivos

O principal objetivo deste projeto é elaborar um SIG atualizado, dos pontos de interesse, de uma área da cidade da Guarda como foi referido anteriormente, visto não haver informações geográficas bem detalhadas dos pontos de interesse em estudo. Este projeto visa apresentar dados georreferenciadas desses pontos no software e fazer algumas análises em termos dos dados adquiridos. Também com este projeto pretende-se criar um site para disponibilizar o projeto, onde as pessoas possam visualizar os dados geograficamente dos serviços sobre o mapa, visto que esta cidade não tem um site que disponibilize este tipo de informação.

(15)
(16)

3

Capítulo 2

– Os Sistemas de Informação Geográfica

2.1

A origem dos sistemas de Informação Geográfica

Segundo Neto (1998), se nos questionarmos sobre a origem do ordenamento físico do território, encontramo-lo ancorado à necessidade do Homem para compreender e moldar o seu espaço de vivência. Na verdade, este sempre precisou de impor uma ordem racional na aparente desordem da natureza para, dessa forma, conseguir compreender o espaço onde vivia. Por conseguinte, podemos afirmar ser o ordenamento do território um ato de vontade natural que, ao longo do tempo, se foi traduzindo sob diversas formas. A informação geográfica surge, assim, como um elemento necessário e sem o qual era difícil ao homem compreender, modificar ou ordenar o espaço. Ou seja, o registo e o confronto dos variados dados referentes à distribuição espacial de propriedades significativas da superfície da Terra têm sido, desde há muito tempo, uma parte importante das atividades das sociedades organizadas.

2.2 Evolução Histórica do SIG

As primeiras tentativas de automatizar parte do processamento de dados com características espaciais aconteceram na Inglaterra e nos Estados Unidos, nos anos 50 do século XX, com o principal objetivo de reduzir os custos de produção e manutenção de mapas. Os primeiros Sistemas de Informações Geográficas surgiram na década de 1960, no Canadá, como parte de um esforço governamental para criar um inventário de recursos naturais. Estes sistemas, no entanto, eram muito difíceis de usar: não existiam monitores gráficos de alta resolução, os computadores necessários eram excessivamente onerosos, e a mão-de-obra tinha que ser altamente especializada e, portanto, também muito onerosa. Não existiam sistemas comerciais prontos para uso, e cada interessado precisava desenvolver seus próprios programas, o que acarretava muito tempo e, naturalmente, muitos recursos financeiros. Além disto, a capacidade de armazenamento e a velocidade de processamento eram muito baixas. Ao longo dos anos 70 do século XX, foram desenvolvidos novos e mais acessíveis recursos computacionais, tornando viável o desenvolvimento de sistemas comerciais. Foi então que a designação Sistema de Informações Geográficas teve origem. Foi também nesta época que começaram a surgir os primeiros sistemas comerciais de CAD (Computer Aided Design, ou Desenho

(17)

4 Assistido por Computador), que melhoraram em muito as condições para a produção de desenhos e plantas para engenharia, e serviram de base para os sistemas de cartografia automatizada. Também nos anos 70 foram desenvolvidos alguns fundamentos matemáticos voltados para a cartografia, sendo que o produto mais importante foi a topologia aplicada. Esta nova disciplina permitia realizar análises espaciais entre elementos cartográficos. No entanto, devido aos custos e ao facto destes sistemas ainda utilizarem exclusivamente computadores de grande porte, apenas grandes organizações tinham acesso à tecnologia. No decorrer dos anos 80 do século XX, com o aparecimento e evolução dos computadores pessoais e dos sistemas de gestão de bases de dados, ocorreu uma grande difusão do uso de SIG. A integração de muitas funções de análise espacial proporcionou também um alargamento do leque de aplicações de SIG.

No final da década de 80 e início da década de 90 do século XX, os Sistemas de Informações Geográficas eram orientados a pequenos projetos, considerando-se áreas geográficas com poucos detalhes, ainda eram precários os dispositivos de armazenamento, acesso e processamento de dados, além disso, somente em grandes empresas era possível encontrar redes de computadores. Desta forma, realizava-se o mapeamento de uma pequena área, inseria-se este mapeamento em computadores, realizavam-se algumas análises e elaboravam-se mapas e relatórios impressos com as informações geográficas desejadas. Em meados da década de 90, com a Internet já em destaque, e consequentemente também as redes de computadores, os Sistemas de Informações Geográficas puderam ser orientados às empresas e/ou instituições, com a introdução do conceito da arquitetura cliente-servidor e a divulgação das bases de dados. Nesta época também, os programas computacionais de SIG integravam as funções de processamento de imagens digitais.

No final da década de 90 e início do século XXI, os Sistemas de Informações Geográficas tornaram-se corporativos e orientados à sociedade, com a utilização da Internet, de bases de dados geográficos distribuídos e com os esforços realizados em relação a interoperabilidade entre sistemas.

(18)

5

2.3 Definição de SIG

Os Sistemas de Informação Geográficos (SIG) são sistemas que, recorrendo a meios computacionais cada vez mais sofisticados, capturam, guardam, analisam, gerem e apresentam dados georreferenciados. De tal modo que, estes sistemas estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia e nas mais diversas áreas: trânsito e transportes, saúde, turismo e lazer, telecomunicações, agricultura, biologia, mercado imobiliário entre outras.

Algumas definições de SIG segundo alguns autores mundialmente reconhecidos:

“Conjunto de poderosas ferramentas para recolha, armazenamento, organização e seleção, transformação e representação da informação de natureza espacial acerca do mundo real, para um determinado contexto (Burrough, 1986)”.

✓ “Um sistema de apoio a tomada à decisão envolvendo a integração de dados espacialmente referenciados num ambiente de resolução de problemas (Cowen, 1990)”.

✓ “Os SIG são sistemas computacionais usados para armazenar e manipular informação geográfica. São sistemas concebidos para recolher, armazenar e analisar objetivos e fenómenos em relação aos quais a localização geográfica é uma característica importante (Aronoff, 1989)”.

(19)

6

2.4 Funcionamento dos SIG

Um simples processo em cinco passos permite aplicar os SIG a qualquer problema de negócio ou organizacional que necessite de uma decisão geográfica (Esri Portugal, 2018).

Perguntar:

Qual é o problema que se está a tentar resolver ou analisar e onde está localizado? Enquadrar a pergunta vai ajudar a decidir o que analisar e como apresentar os resultados ao público.

Adquirir:

De seguida, precisa-se de encontrar os dados necessários para completar o projeto. O tipo de dados e a cobertura geográfica do projeto irão ajudar a direcionar os métodos de recolha de dados e condução da análise.

Examinar:

Só se pode ter a certeza de que os dados são adequados ao estudo depois de ser examinado cuidadosamente. Isto inclui a forma como os dados estão organizados, quão precisos eles são e a proveniência dos dados.

Analisar:

A análise geográfica é a principal força dos SIG. Dependendo do projeto, pode escolher entre muitos métodos de análise diferentes.

Agir:

Os resultados das análises podem ser partilhados através de relatórios, mapas, tabelas e gráficos e disponibilizados em formato impresso ou via digital através de uma rede ou na web. Precisa-se de decidir qual a melhor forma de apresentar as análises e os SIG facilitam a tarefa de adequar os resultados a públicos diferentes.

(20)

7 Figura 1 - Funcionamento do SIG (Fonte: (Neto, 1998))

2.5 Áreas de aplicação do SIG

Turismo: planeamento, gestão de infraestruturas, itinerários turísticos; Marketing: localização dos clientes, análise da influência dos lugares; Proteção civil: gestão e prevenção de catástrofes;

Transportes: planeamento dos transportes urbanos, otimização de itinerários; Rede hidrológica: gestão de aquíferos, prevenção de cheias;

Florestas: localização de postos de vigia, gestão florestal; Geologia: prospeção mineira;

Biologia: estudo da localização e das deslocações da população animal; Planeamento urbano: cadastro, ordenamento urbano, pesquisa de endereços; Telecomunicações: instalação de antenas;

Mercado imobiliário: gestão de imóveis; ➢ etc.

Pelo fato de os SIG estarem enquadrados num grande domínio aplicacional pode-se aferir que os mesmos constituem hoje instrumentos modernos indispensáveis e poderosos de gestão e de suporte à tomada de decisão. Em Portugal, os Sistemas de Informação

(21)

8 Geográfica são cada vez mais considerados parte integrante de soluções e de projetos inovadores de gestão global de negócio. Um exemplo disso, são os projetos de modernização administrativa da administração pública local, com a disponibilização de informação aos munícipes e ao cidadão, utilizando a Internet, sendo esta representada de forma georreferenciada em SIG.

Internamente, as autarquias utilizam os Sistemas de Informação Geográfica como suporte das várias áreas de negócio, tais como a Gestão do Urbanismo, Espaços Verdes, Gestão de Redes Viárias, Gestão da Economia Local, entre tantas outras áreas de negócio cuja representação gráfica dos seus elementos representa uma mais-valia para as atividades diárias, como consulta, cruzamento de informação, tomada de decisão, etc. (Sinfic, 2006).

2.5.1 A utilização dos SIG na administração pública local

A utilização dos SIG na administração pública local permite:

- A criação de uma base de conhecimento estruturada e atualizada de um determinado

concelho;

- Dispor de um instrumento de apoio à elaboração de estudos e projetos com interesse na

gestão municipal;

- Dispor de um instrumento de apoio à decisão;

- Dotar os decisores políticos e técnicos de informação estratégica, destinada à definição de políticas gerais de gestão do território municipal e controlar a sua execução.

2.6 Modelos de dados de mapas 2.6.1 Tipos de estruturas de dados

Em relação aos tipos de mapas, existem dois à escolha: mapas raster e mapas vetoriais. Um mapa do tipo raster é essencialmente uma imagem composta por um mapa de bits, em que a cada pixel da imagem é atribuída uma cor (Foley J., 1997). Neste tipo de mapas, a imagem final é normalmente composta, através da junção num mosaico, de um conjunto de imagens mais pequenas, que são então, identificadas e indexadas, de acordo com a sua

(22)

9 localização, para um acesso mais fácil. As referidas imagens são normalmente armazenadas em formatos de imagem como o TIF ou o JPEG. Os mapas deste tipo têm como principal vantagem o fato de permitirem representar com exatidão imagens muito complexas (por exemplo, fotografias de satélite ou aéreas). As grandes desvantagens são o tamanho considerável de cada imagem, bem como a inexistência de informação sobre aquilo que estão a representar, tornando-se impossível saber, por exemplo, se aquilo que se está a tapar ao sobrepor um símbolo nessa imagem é, ou não, importante.

No caso dos mapas vetoriais, são utilizadas primitivas geométricas como pontos, linhas, curvas e polígonos, que representam os diferentes objetos numa imagem (Foley J., 1997). Neste caso, todas as características a representar são desenhadas a partir de formas geométricas. Assim, diferentes características são representadas por diferentes tipos de geometria: os pontos são utilizados para representar localizações simples como cidades pequenas; as linhas representam rios, estradas e outras características lineares; os polígonos são utilizados para representar locais que cobrem uma área considerável, tais como lagos, florestas e grandes cidades. Adicionalmente, cada uma destas características desenhadas num mapa pode conter informação relevante, tais como informações utilizadas no desenho do mapa (cor, espessura do traço, entre outras) ou informação sobre a característica em si (limites de velocidade de uma estrada, nome, entre outras). Deste modo, um mapa vetorial é constituído por um conjunto de entradas indexadas pela localização que contêm uma determinada caraterística do mapa. A grande vantagem dos

mapas vetoriais sobre os mapas raster consiste na possibilidade de ter informação sobre

os objetos que se estão a desenhar. Por conseguinte, é possível, por exemplo, escolher o local adequado onde colocar um símbolo, de modo a não tapar nada de importante. O tamanho reduzido deste tipo de mapas, quando comparado com os mapas raster é também uma vantagem. A principal desvantagem dos mapas deste tipo é o fato de ou não serem tão realistas e atraentes para o utilizador, ou requererem uma significativa capacidade gráfica no dispositivo onde vão ser desenhados.

(23)

10

2.7 Componentes de um SIG

Nos dias de hoje, pode-se considerar que os SIG são constituídos por cinco componentes-chave que são: o hardware, os dados, o software, as metodologias e os recursos

humanos (San-Payo, 1994).

Figura 2- Componentes SIG (Fonte: https://pt.slideshare.net/gfcoutobrito/introduco-ao-arcgis consultado: 23 março 2018)

2.7.1 Hardware

O hardware pode ser considerado como sendo o equipamento que fisicamente possibilita a introdução, o armazenamento, o acesso e a visualização dos dados, ou seja, o conjunto de elementos físicos que são utilizados para o processamento automático da informação. Para a especificação do hardware deve-se ter em atenção alguns requisitos, nomeadamente a necessidade de grande capacidade de memória e espaço em disco para o armazenamento de um grande volume de dados, que normalmente suportam as aplicações SIG. Para além disso, a necessidade de periféricos específicos é outra das exigências de um SIG, tendo em conta o tipo de dados com que trabalha. Estes periféricos podem ser uma mesa digitalizadora e/ou scanner (usado para converter dados a partir de

(24)

11 cartas e outros documentos analógicos para formato digital) e uma impressora ou plotter (para a apresentação impressa dos resultados do processamento de dados).

2.7.2 Software

No que diz respeito a software, ele pode ser definido como os diferentes processos que permitem ao utilizador aceder, manipular e analisar os dados armazenados, ou seja, trabalhar a informação.

Quando se fala de software, falamos quer em termos de sistema operativo, quer em termos das diferentes aplicações ou programas.

Segundo Burrough (1986), as aplicações que servem um SIG devem possuir cinco módulos básicos:

Entrada de dados e verificação;

Armazenamento de dados e gestão da base de dados; Saída de dados e apresentação;

Transformação de dados; ✓ Interação com o utilizador;

(25)

12 Figura 3 - Utilizações primordiais dos softwares SIG e alguns dos principais softwares de SIG (Fonte:

Sandra Caeiro (2013), “Tópico 1 - Sistemas de Informação Geográfica: Principais conceitos”.

2.7.3 Metodologias

As metodologias incluem diversas operações relativas à forma como os dados são obtidos, inseridos no sistema, armazenados, geridos, transformados, analisados, e finalmente apresentados como output. As metodologias são processos/operações realizadas sobre os dados para responder às questões em estudo. A capacidade que um SIG tem de analisar espacialmente e responder a estas questões é o que difere este tipo de sistema de qualquer outro sistema de informação.

As metodologias incluem tarefas tais como ajustar o sistema de coordenadas, definir uma projeção, corrigir os erros resultantes da digitalização, converter os dados de vetor para raster ou de raster para vetor, a utilização de métodos de interpolação espacial para criar superfícies contínuas, etc.

(26)

13

2.7.4 Recursos Humanos

Os recursos humanos incluem os gestores SIG, administradores de bases de dados, especialistas de aplicação, analistas de sistemas, e programadores. Eles são os responsáveis pela manutenção da base de dados geográfica e por dar suporte técnico. Os recursos humanos necessitam de ser formados para tomar decisões sobre qual o tipo de sistema a usar. Os recursos humanos associados a um SIG podem ser categorizados em três grupos: visualizadores, utilizadores em geral e especialistas em SIG.

2.7.5 Dados

A componente de dados é referida por San-Payo (1994) como uma das mais importantes num SIG. Esta componente diz respeito aos dados que são armazenados numa ou mais bases de dados. Tendo em conta os dados que suportam um SIG, estes dividem-se em dois tipos: geográficos e alfa numéricos.

Em relação ao primeiro, é de notar que muitas vezes os termos espacial e geográfico são usados de uma forma indiferenciada para referir elementos gráficos. No entanto, espacial refere-se a qualquer tipo de informação relativa a localização e pode incluir informação associada à engenharia, à deteção remota, assim como à cartografia. Por outro lado, geográfico refere-se apenas à informação sobre a posição na superfície da Terra ou próxima dela. Os dados espaciais são, normalmente, obtidos a partir de uma ou mais fontes que podem ser cartas, fotografias aéreas, imagens de satélite, trabalho de campo ou até outras bases de dados.

No que concerne ao segundo tipo de dados, o termo alfa numérico é usado como um sinónimo de atributo. Estes dados são associados aos dados geográficos e chegam normalmente, através de observações de campo, amostragens locais, censos, resultados estatísticos, entre outros.

Associada à componente de dados existe um fator que não deve ser ignorado e que diz respeito à existência de erros. Nalguns casos estes são inerentes aos próprios dados (os mapas e outros dados usados como entradas na base de dados são obtidos com recurso a medições com o grau de exatidão e os erros que lhes são associados). Noutras situações, os erros podem ser introduzidos por algumas operações realizadas pelos SIG. É

(27)

14 importante reter que o erro é uma característica indissociável da informação geográfica e rigorosamente deveria ser considerado como uma das suas dimensões (X, Y). Não o podendo ser, por razões de ordem prática, o reconhecimento da sua existência e sempre que possível a sua quantificação (por exemplo, recorrendo a métodos estatísticos) são condições indispensáveis para garantir a obtenção de resultados fiáveis.

Apesar de ser impossível a remoção de todos os erros, é necessário que os responsáveis estejam sensibilizados para a sua existência, e seja feito um esforço para os gerir e manter num nível mínimo aceitável. Assim sendo, é essencial o cuidado com o controlo de qualidade dos dados utilizados, tal como com qualquer outra matéria-prima ou produto. Os efeitos de um controlo inexistente ou descuidado da qualidade dos dados poderão ser um desperdício de tempo e recursos.

Todos estes componentes precisam estar em harmonia uns com os outros para um SIG ter sucesso e nenhuma destas partes consegue funcionar sem as outras.

2.8 Os Sistemas de Informação Geográfica em Portugal

Os Sistemas de Informação Geográfica em Portugal remontam à década de 70. Surgiram de forma isolada em várias empresas e organismos de administração pública. Este aparecimento esteve intimamente ligado a questões relacionadas com a definição de medidas estratégicas de planeamento e ordenamento territorial.

Ciente da importância dos SIG, o Governo decidiu, na segunda metade dos anos 80, criar o CNIG (Centro Nacional de Informação Geográfica) para coordenar a integração de dados em diferentes níveis da administração pública. Curiosamente, a aplicação dos primeiros SIG não partiu de iniciativas de investigação nas universidades, mas sim, em empresas que faziam investigação pura e na administração pública, nomeadamente, nas áreas ligadas à gestão de recursos naturais.

Em 1990 foi criado, em simultâneo com o CNIG, o SNIG (Sistema Nacional de Informação Geográfica) que é a infraestrutura nacional de dados espaciais (IDE), figura 4, e que foi a primeira a ser disponibilizada na Internet, em 1995. Em termos de estrutura organizacional previa-se que o SNIG fosse constituído por um núcleo central (CNIG), por sete núcleos regionais (Comissões de Coordenação Regional e Regiões Autónomas)

(28)

15 e por núcleos locais (Autarquias), e que todos estariam ligados em rede com os serviços produtores de informação geográfica e estatística.

Figura 4 - Portal da Internet do SNIG (Fonte: http://snig.dgterritorio.pt/portal/ consultado: 23 março 2018)

A nível académico, o ensino dos Sistemas de Informação Geográfica nas universidades portuguesas teve início muito mais tarde (somente a partir de 1998). A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa foi a exceção, onde os primeiros passos foram dados logo no início dos anos 80 com a incorporação deste tema no programa curricular de alguns cursos como, por exemplo, o de Geografia. Segundo Grancho (2006) a falta de interesse por esta tecnologia e ciência emergente não foi totalmente generalizada. Em algumas universidades, nomeadamente a Universidade Nova de Lisboa e o Instituto Superior Técnico, revelaram uma maior predisposição para a aplicação das novas tecnologias ou, pelo menos, uma maior abertura para as novas ideias.

Costa (2004, in Grancho, 2006) afirma que a certa altura, estas universidades, que tinham aderido ao uso e ensino de SIG assumiram o papel da criação dos núcleos centrais de

(29)

16 conhecimento. Estes criaram a oportunidade para que se formassem empresas a partir das universidades ou mesmo de pessoas que se formaram nestas universidades.

Hoje em dia, podemos dizer que os próprios SIG mudaram muito enquanto tecnologia, tanto na facilidade de utilização como na capacidade de análise. Atualmente, a utilização da tecnologia propriamente dita é simples, sendo dado uma maior ênfase ao conhecimento da área temática que está a ser analisada, do que à aplicação da ferramenta de SIG. Segundo Pires et al. (2009) existem quatro fatores determinantes para a evolução da tecnologia SIG na última década: ambientes de programação; a difusão da internet e WEBSIG; plataformas de SIG móveis; organização de informação em base de dados espaciais. O aparecimento da internet desempenha um papel crucial no desenvolvimento significativo que os SIG têm tido ao longo dos últimos anos. Os SIG tornaram-se mais acessíveis e fáceis de usar, e existem atualmente várias aplicações de SIG na web que são acedidas por milhares de utilizadores, quer para a resolução de problemas geográficos, quer para conhecer melhor o mundo como, por exemplo, o Google Maps.

(30)

17

Capítulo 3- Descrição do software utilizado

No contexto do projeto elaborado usou-se o software QGIS 2.18 para a criação do modelo SIG, e para o armazenamento e estruturação dos dados em tabela utilizou-se o software Microsoft Excel 2016, e para a elaboração do relatório utilizou se o Microsoft Word 2016.

3.1 O software QGIS

O projeto Quantum GIS nasceu oficialmente em maio de 2002, quando começou a ser escrito o seu código. A ideia foi concebida em fevereiro desse ano quando o seu autor – Gary Sherman – procurava um visualizador SIG para Linux que fosse rápido e suportasse uma vasta gama de formatos de dados. Isso, associado ao interesse em programar uma aplicação SIG levou à criação do projeto. A primeira versão, quase não funcional, saiu em julho de 2002 e suportava apenas layers PostGIS. Trata-se de um (Open Source/Free Software).

Nos dias de hoje o QGIS é uma aplicação SIG de fácil utilização que pode funcionar em sistemas operativos Linux, Unix, Mac OSX e Windows. O QGIS, diferente dos softwares de código fechado não possui nenhum formato de arquivo exclusivo, mas suporta dados vetoriais (shapefiles, GRASS, PostGIS, MapINFO, SDTS, GML e a maioria dos formatos suportados pela biblioteca OGR), raster (TIFF, ArcINFO, raster de GRASS, ERDAS, e a maioria dos formatos suportados pela biblioteca GDAL) e bases de dados. QGIS é distribuído com licença GNU Public Licence. As bibliotecas GDAL (Geospatial Data Abstraction Library) e OGR (Simple Feature Library), são biblioteca de código aberto mais poderosa na questão da visualização/conversão de formatos matriciais e vetoriais. Na ciência da computação, biblioteca é uma coleção de subprogramas utilizados no desenvolvimento de software.

Algumas das funcionalidades base do QGIS são:

✓ Suporte para dados Raster e Vetoriais;

✓ Integração com GRASS SIG (Geographic Resources Analysis Support System - “Sistema de Suporte a Análise de Recursos Geográficos”);

(31)

18 ✓ Ferramentas de digitalização;

✓ Ferramentas de geoprocessamento; ✓ Compositor para “layouts” de impressão; ✓ Integração com a linguagem Python; ✓ Suporte OGC (WMS, WFS, WFS-T); Painel de “overview”; Bookmarks espaciais; Identificar/Selecionar “features”; ✓ Editar/Ver atributos; ✓ Etiquetar “features”; ✓ Projeções “On the fly”.

Figura 5 - Ambiente QGIS 2.18

3.2 Microsoft Excel

O Microsoft Office Excel é um editor de folhas de cálculo produzido pela Microsoft

computadores, que utilizam o sistema operacional Microsoft Windows, além de computadores Macintosh da Apple Inc. e dispositivos móveis como o Windows Phone Android ou o iOS. Seus recursos incluem uma interface intuitiva e capacitadas ferramentas de cálculo e de construção de gráficos e elaboração de tabelas

(32)

19 Figura 6 - Ambiente Microsoft Excel 2016

3.3 Microsoft Word

O Microsoft Word é um processador de texto produzido pela Microsoft. Foi criado por Richard Brodie para computadores IBM PC com o sistema operacional DOS em 1983. Mais tarde foram criadas versões para o Apple Macintosh (1984), SCO UNIX e Microsoft Windows (1989). Faz parte do conjunto de aplicativos Microsoft Office.

(33)
(34)

21

Capítulo 4- Caracterização e localização de área de estudo

O projeto localiza-se numa zona da cidade da guarda. A Guarda é a mais alta cidade portuguesa (1056m de altitude), com 26 565 habitantes no seu perímetro urbano. É sede de um município com 712,1 km² de área e 42 541 habitantes (censos de 2011), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/2013 em 43 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira. É ainda a capital do Distrito da Guarda que tem uma população residente de 173 831 habitantes. Situada no último contraforte Nordeste da Serra da Estrela, a 1056 metros de altitude, sendo a cidade mais alta de Portugal. Situa-se na província da Beira Alta, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região da Beira Interior Norte.

Possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23, que liga a Guarda a Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente a Bragança.

A nível ferroviário, a cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa (encerrada para obras de modernização com abertura prevista para o ano 2020) e a linha da Beira Alta, que se encontra completamente eletrificada, permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa", com ligação a Hendaye (França, via Salamanca-Valladolid-Burgos).

O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um sanatório dedicado à cura da tuberculose.

Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiarias das maiores

(35)

22 bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três bacias hidrográficas se encontram.

“A cidade dos 5 F's”

A explicação mais conhecida e consensual do significado do epíteto de “cidade dos 5 F's” diz que estes significam Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa. A explicação destes efes tão adaptados posteriormente a outras cidades é simples:

Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força; Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;

Fria: a proximidade à Serra da Estrela e o facto de estar situada a uma grande altitude

explicam este F;

Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda fôlego para combater na batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385 onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;

Formosa: pela sua natural beleza.

Ainda relativamente ao «4º F» da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e desprezo. É comum ver turistas procurando essa Gárgula específica, recentemente apelidada de "Fiel".

(36)

23

Capítulo 5- Desenvolvimento do projeto

5.1 Introdução

Neste capítulo descrevem-se todos os procedimentos utilizados para o desenvolvimento deste projeto desde o início ao resultado final. Depois de se traçar os planos do projeto, é preciso começar a obter alguns dados de suporte do projeto e ver quais são os meios disponíveis para a realização do mesmo.

Entretanto, fez-se um estudo prévio da área que se pretende realizar o projeto para poder ver quais são os dados que existem relativamente ao local, onde este estudo ajudará a ver se existem ou não informações desatualizadas que requererem um novo estudo, fazendo esta análise prévia deu para ver o trabalho que se tinha para frente.

O presente trabalho consiste na recolha de dados para a gestão dos pontos de interesse (no estudo em questão considerou-se os cafés, restaurantes e pastelarias) da cidade da Guarda, não considerando a cidade no total visto ter escolhido uma pequena área da cidade, o objetivo deste projeto é dar a conhecer o que existe, onde fica , os horários entre outras informações que sejam úteis para um cliente, relativamente aos pontos de interesse seja para quem cá está ou para quem vem visitar, visto que nem todos esses pontos de interesse as suas informações estão disponibilizadas por exemplo no google maps algumas estão desatualizadas e não tem muitas informações relativamente ao estabelecimento .

5.2 Pontos de interesse

Quando se necessita de obter informação georreferenciada de locais específicos que tem interesse para a sociedade, de acordo com o seu contexto, diz-se que estamos perante os pontos de interesse. Esses mesmos pontos são representados no mapa por ícones associados a diferentes categorias.

A definição e associação do grupo de categoria e respetiva simbologia é em função da área de interesse desse local que representa para a sociedade. A representação de pontos de interesse em mapas deve ser tratada com rigor. É necessário perceber quais as caraterísticas gráficas que fazem de um ícone uma boa representação para um ponto de interesse. Também tem que existir uma relação coerente entre a relevância de um ponto

(37)

24 de interesse e a sua representação; isto é, de todos os ícones num mapa, aqueles que são mais importantes nunca devem passar despercebidos, nem o que é menos importante deve captar mais rapidamente a atenção do utilizador.

5.3 Reconhecimento da área de estudo

Numa fase inicial foi feita uma visita à Câmara Municipal da Guarda para a apresentação da ideia relativamente ao projeto e qual era o seu objetivo. Com a aprovação da ideia por parte das pessoas da instituição, foi acordado o fornecimento de alguns dados de base para a elaboração do projeto (visto que os dados que se pretendiam não podiam ser fornecidos para as pessoas fora da instituição pelos motivos de prevenção dos dados), esses dados eram polígonos de todos os edifícios da área que se pretendia estudar, junto com os dados que foram fornecidos (Ortofoto da cidade, e shapefile dos edifícios e nome das ruas). Depois de praticamente um mês foram fornecidos os dados, já com estes disponíveis fez-se a seleção exata da área que se pretendia estudar, e já com a seleção feita imprimiu-se numa folha A3 a ortofoto da cidade uma parte numa escala numérica de 1:2313 e a outra parte na escala 1:400 que é a parte da zona histórica, esta parte foi imprimida nessa escala para se obter um melhor pormenor dos edifícios.

Figura 8 - Área de estudo dos pontos de interesse da Cidade da Guarda (Fonte: Orto foto disponibilizada pela Câmara Municipal da Guarda)

(38)

25 Figura 9- Trabalho de Campo

Visto que o objetivo do mapa é nele identificar os edifícios, por isso requer que se tenha um bom detalhe do mesmo, para que se possa identificar os edifícios que têm os estabelecimentos relativamente aos pontos de interesse em estudo, identificá-los no mapa e de seguida recolhidos os dados necessários junto ao responsável pela gerência de cada estabelecimento, após este processo concluído volta-se ao terreno para fazer o registo fotográfico dos edifícios, neste processo vai-se voltar a identificar os edifícios ou seja, vai-se obter uma nova confirmação da identificação inicial. As fotos vão ser anexadas na base de dados do programa junto aos dados de cada estabelecimento, isto ajudará a obter um melhor detalhe do estabelecimento.

(39)

26

5.4 Criação e descrição das tabelas de dados

Criaram-se diversas tabelas para cada tipo de serviço na folha de Excel com os campos que se pretendiam para caraterizar os pontos de interesse. Os campos em relação aos quais se quer obter as informações sãos os seguintes:

5.4.1 Para o Serviço de Restauração Campos da

tabela Descrição do campo

ID É o identificador de cada elemento.

Nome Nome do estabelecimento do serviço de restauração.

Telemóvel e

Telefone Contactos do estabelecimento.

Site/Página do Facebook

Site/Página do Facebook. Neste campo é indicado o site do estabelecimento, se caso não o tiver irá se apresentar a página do Facebook do estabelecimento, isto ajudará a perceber em que contexto trabalha o estabelecimento, ou seja, hoje em dia a rede social é um bom fator de divulgação de um estabelecimento de negócio.

Rua A rua onde se encontra situado o estabelecimento.

Latitude(º) e Longitude (º)

O valor da latitude e longitude é obtida a partir de uma ferramenta da google maps para se poder obter as coordenadas geográficas do estabelecimento, estes dados consideram-se importantes para a georreferenciação do estabelecimento pretendido, noutras aplicações. Ao introduzir as coordenadas tem que ser separadas por virgula (Latitude(º), Longitude (º)) e obterá a localização do lugar pretendido.

Endereço Preenche-se com a morada exata do estabelecimento onde tem o nome da rua e o código postal, cidade e país.

Horário Período de funcionamento do estabelecimento.

Encerado É o dia ou dias da semana que o estabelecimento se encontra fechado.

Lotação O número de pessoas sentadas que o estabelecimento suporta.

Prato do dia Aqui vê-se quais são as ementas diárias da casa, pode ser variável.

Especialidades Aqui consideram-se as ementas mais especiais da casa. Preço Médio É o preço médio de uma refeição.

Modo de

Pagamento Modo de pagamento que o estabelecimento permite. Se o modo de pagamento é em dinheiro ou por MB.

(40)

27

5.4.2 Para o Serviço de Bar e Café Campos da

tabela Descrição do campo

ID É o identificador de cada elemento.

Nome Nome do estabelecimento do serviço Bar e café.

Telemóvel

e Telefone Contactos do estabelecimento. Site/Página

do

Facebook

Site/Página do Facebook- Neste campo é indicado o site do estabelecimento, se caso não o tiver ira se apresentar página do Facebook do estabelecimento, isto ajudará a perceber em que contexto trabalha o estabelecimento, ou seja, hoje em dia a rede social é um bom fator de divulgação de um estabelecimento de negócio.

Rua A rua onde se encontra situado o estabelecimento.

Latitude(º) e

Longitude (º)

O valor da latitude e longitude é obtida a partir de uma ferramenta da google maps para se poder obter as coordenadas geográficas do estabelecimento, estes dados consideram-se importantes para a georreferenciação do estabelecimento pretendido, noutras aplicações. Ao introduzir as coordenadas tem que ser separadas por virgula (Latitude(º), Longitude (º)) e obterá a localização do lugar pretendido.

Endereço Preenche-se com a morada exata do estabelecimento onde tem o nome da rua e o código postal, cidade e país.

Horário Período de funcionamento do estabelecimento.

Encerado É o dia ou dias da semana que o estabelecimento se encontra fechado. Lotação O número de pessoas sentadas e de pé que o estabelecimento suporta.

Fast Food Neste campo é preenchido com as opções “sim tem” ou “não. Tipo de

Fast Food

Este é preenchido em conformidade com o campo Fast Food, se caso for preenchido com a opção “sim tem”, já vai ser indicado o tipo de fast food feito no estabelecimento, caso contrário o campo será preenchido com o valor zero.

Preço

Médio É o preço médio de uma fast food. Modo de

Pagamento Modo de pagamento que o estabelecimento permite. Se o modo de pagamento é em dinheiro ou por MB. Tabela 2- Descrição da tabela de dados do Serviço de Bar e Café

(41)

28

5.4.3 Para o Serviço de Pastelaria, Padaria e Pizzaria

Campos da

tabela Descrição do campo

ID É o identificador de cada elemento.

Nome Nome do estabelecimento do serviço Pastelaria, Padaria e Pizzaria.

Telemóvel e

Telefone Contactos do estabelecimento.

Site/Página do Facebook

Site/Página do Facebook- Neste campo é indicado o site do estabelecimento, se caso não o tiver ira se apresentar página do Facebook do estabelecimento, isto ajudará a perceber em que contexto trabalha o estabelecimento, ou seja, hoje em dia a rede social é um bom fator de divulgação de um estabelecimento de negócio.

Rua A rua onde se encontra situado o estabelecimento.

Latitude(º) e Longitude (º)

O valor da latitude e longitude é obtida a partir de uma ferramenta da google maps para se poder obter as coordenadas geográficas do estabelecimento, estes dados consideram-se importantes para a georreferenciação do estabelecimento pretendido, noutras aplicações. Ao introduzir as coordenadas tem que ser separadas por virgula (Latitude(º), Longitude (º)) e obterá a localização do lugar pretendido.

Endereço Preenche-se com a morada exata do estabelecimento onde tem o nome da rua e o código postal, cidade e país.

Horário Período de funcionamento do estabelecimento.

Encerado É o dia ou dias da semana que o estabelecimento se encontra fechado.

Lotação O número de pessoas sentadas e de pé que o estabelecimento suporta.

Especialidades Alguns produtos mais especiais do estabelecimento. Promoção Dia e hora da semana que dão promoções.

Produto da

promoção Produto que se encontra na promoção. Modo de

Pagamento Modo de pagamento que o estabelecimento permite. Se o modo de pagamento é em dinheiro ou por MB.

(42)

29

5.4.4 Para o Serviço de Discoteca Campos da

tabela Descrição do campo

ID É o identificador de cada elemento.

Nome Nome do estabelecimento do serviço Discoteca.

Telemóvel

e Telefone Contactos do estabelecimento. Site/Página

do

Facebook

Site/Página do Facebook- Neste campo é indicado o site do estabelecimento, se caso não o tiver ira se apresentar página do Facebook do estabelecimento, isto ajudará a perceber em que contexto trabalha o estabelecimento, ou seja, hoje em dia a rede social é um bom fator de divulgação de um estabelecimento de negócio.

Rua A rua onde se encontra situado o estabelecimento.

Latitude(º) e

Longitude (º)

O valor da latitude e longitude é obtida a partir de uma ferramenta da google maps para se poder obter as coordenadas geográficas do estabelecimento, estes dados consideram-se importantes para a georreferenciação do estabelecimento pretendido, noutras aplicações. Ao introduzir as coordenadas tem que ser separadas por virgula (Latitude(º), Longitude (º)) e obterá a localização do lugar pretendido.

Endereço

Preenche-se com a morada exata do estabelecimento onde tem o nome da rua e o código postal, cidade e país.

Horário Período de funcionamento do estabelecimento.

Encerado É o dia ou dias da semana que o estabelecimento se encontra fechado. Lotação O número de pessoas que o estabelecimento suporta no geral.

Consumo

Mínimo É consumo mínimo estabelecido pela casa. Modo de

Pagamento Modo de pagamento que o estabelecimento permite. Se o modo de pagamento é em dinheiro ou por MB. Tabela 4- Descrição da tabela de dados do Serviço de Discoteca

A figura 11 mostra como se obteve as coordenadas geográficas para cada estabelecimento. Para obter as coordenadas através da ferramenta da google (mapcoordinates), basta clicar com o cursor do rato em cima do lugar pretendido abrirá uma caixa com as coordenadas, e também se pode recorrer ao street view da google maps para visualizar em 3D a sinalização da localização como mostra a figura 12.

(43)

30 Figura 11- Como obter as coordenadas (Fonte: http://www.mapcoordinates.net/pt)

(44)

31

5.5 Descrição do procedimento feito no software 5.5.1 Criação do Projeto

Primeiramente definiu-se a estrutura do projeto, o sistema de coordenadas pretendido (figura 13), que neste caso é o PT-TM06-ETRS89 (PT- Portugal, TM- Transversa de Mercator e o 06 é o ano que foi adotado para Portugal) e as unidades de medida (metros).

Figura 13- Escolha do sistema de referência de coordenadas no QGIS

5.5.1.1 European Terrestrial Reference System 1989 (ETRS89)

Segundo a DGT (2013), ETRS89 é um sistema global de referência recomendado pela EUREF (European Reference Frame, subcomissão da IAG - Associação Internacional de Geodesia), estabelecido através de técnicas espaciais de observação. No simpósio da EUREF realizado em Itália em 1990 foi adotada a seguinte resolução: "A Subcomissão da IAG para o Referencial Geodésico Europeu (EUREF) recomenda que o sistema a ser adotado pela EUREF seja coincidente com o ITRS na época de 1989 e fixado à parte estável da Placa Euro-Asiática, sendo designado por Sistema de Referência Terrestre Europeu 1989 (European Terrestrial Reference System - ETRS89)".

(45)

32 O estabelecimento do sistema PT-TM06-ETRS89 Continental foi efetuado com base em campanhas internacionais (realizadas em 1989, 1995 e 1997), que tiveram como objetivo ligar convenientemente a rede portuguesa à rede europeia. Nos anos subsequentes, toda a Rede Geodésica de 1ª e 2ª ordens do Continente foi observada com GPS, tendo o seu ajustamento sido realizado fixando as coordenadas dos pontos estacionados nas anteriores campanhas internacionais.

Elipsoide de referência: GRS80 Semi-eixo maior: a = 6 378 137 m Achatamento: f = 1 / 298,257 222 101 Projeção cartográfica: Transversa de Mercator

Latitude da origem das

coordenadas retangulares: 39º 40' 05'',73 N Longitude da origem das

coordenadas retangulares: 08º 07' 59'',19 W Falsa origem das

coordenadas retangulares: Em M (distância à Meridiana): 0 m Em P (distância à Perpendicular): 0 m Coeficiente de redução de escala no meridiano central: 1,0

Tabela 5- Parâmetros do PT-TM06-ETRS89

O QGIS utiliza códigos do tipo EPSG (European Petroleum Survey Group). A EPSG sistematizou todos os Sistemas de Referência Espacial (SRS). Isso significa que um sistema de referência pode ser identificado através do código EPSG.

A lista de códigos EPSG dos sistemas de referência utilizados a nível nacional são o seguinte:

Portugal Continental - Sistemas Globais

EPSG: 4936 (ETRS89/ Coordenadas Geocêntricas) EPSG: 4937 (ETRS89/ Coordenadas Geográficas 3D) EPSG: 4258 (ETRS89/ Coordenadas Geográficas 2D) EPSG: 3763 (ETRS89/ PT-TM06)

(46)

33

Portugal Continental - Sistemas Locais

EPSG: 4274 (Datum 73/ Coordenadas Geográficas 2D) EPSG: 27493 (Datum 73/ Hayford-Gauss)

EPSG: 4207 (Datum Lisboa/ Coordenadas Geográficas 2D) EPSG: 5018 (Datum Lisboa/ Hayford-Gauss)

Arquipélagos dos Açores e da Madeira - Sistemas Globais

EPSG: 5011 (ITRF93/ Coordenadas Geocêntricas) EPSG: 5012 (ITRF93/ Coordenadas Geográficas 3D) EPSG: 5013 (ITRF93/ Coordenadas Geográficas 2D)

EPSG: 5014 (ITRF93/ PTRA08 - UTM zona 25N) - Grupo Ocidental do Arquipélago dos Açores

EPSG: 5015 (ITRF93/ PTRA08 - UTM zona 26N) - Grupo Central e Oriental do Arquipélago dos Açores

EPSG: 5016 (ITRF93/ PTRA08 - UTM zona 28N) – Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens.

Arquipélagos dos Açores e da Madeira - Sistemas Locais

EPSG: 2188 (Datum Observatório - Flores (Grupo Ocidental do Arquipélago dos Açores) / UTM zona 25N)

EPSG: 2189 (Datum Base SW - Graciosa (Grupo Central do Arquipélago dos Açores) / UTM zona 26N

EPSG: 2190 (Datum S. Braz - S. Miguel (Grupo Oriental do Arquipélago dos Açores) / UTM zona 26N)

(47)

34 Após definir a estrutura do projeto adicionou-se a ortofoto da cidade da Guarda para sobre ela se identificar os pontos de interesse em estudo, a ortofoto já se encontra no sistema de coordenadas PT-TM06-ETRS89 por este motivo não é preciso fazer a transformação de coordenadas da mesma. A figura 14 mostra como inserir a ortofoto no software QGIS.

Figura 14- Como inserir a Ortofoto

5.5.2 Criação dos Shapefiles

Para ciar os shapefiles com os pontos de interesse, fez-se a partir do Menu Camada-Criar Camada e escolheu-se a opção “Nova Camada Shapefile” abriu uma caixa New Shapefile Layer, na figura 15 e 16, escolheu-se a opção Tipo ponto, definiu-se o sistema de coordenadas como ETRS89/PT-TM06 e adicionou-se o campo ID e foi o único campo porque os outros campos foram elaborados na tabela de Excel para posteriormente ser anexada, a tabela do Excel contém também o campo ID, porque para fazer a junção da tabela Excel à tabela do shapefile criado é preciso que eles tenham um campo em comum, ou seja, com o mesmo tipo de atributos. Criou se uma shapefile para cada tipo de serviço.

(48)

35 Figura 15- Como criar um shapefile

(49)

36

5.5.3 Edição das Camadas

Depois de se ter criado a camada, criaram-se os pontos pretendidos, e depois guardaram-se os pontos criados. A figura 17 mostra como editar pontos e a figura 18 mostra o resultado da edição dos pontos.

Figura 17- Como editar pontos

Figura 18- Pontos Editados

5.5.4 Junção de tabelas

Após a criação de todas as camadas importaram-se as tabelas correspondentes a cada uma delas e fez-se a junção de cada uma das camadas (figura 19), com as suas respetivas tabelas de dados onde se usou como campo em comum o campo ID, que é o identificar

(50)

37 de cada ponto, ambas as tabelas tinham o mesmo atributo ID porque é necessário ter um atributo em comum para se efetuar a junção.

Figura 19- Junção de Tabela

5.5.5 Exportação do novo Shapefile

Apos a junção das tabelas exportou-se um novo shapefile através da opção “Guardar como”, na caixa de diálogo as únicas opções que foram estabelecidas foi a definição do sistema de coordenadas SRC onde se utilizou o sistema apresentado na figura 20 e a codificação que foi alterada para UTF-8, porque esta codificação apresenta as informações dos campos de atributo com as mesmas configurações definidas no Excel. Por exemplo os acentos nas palavras não sofrem alterações, com esta configuração não acontecem alterações na formatação das palavras. O objetivo de guardar um novo shapefile é para que este fique com a tabela de dados incorporada.

(51)

38 Figura 20- Exportar nova camada shapefile

5.5.6 Escolha de Simbologia

O QGIS apresenta diversos tipos de simbologia só que, algumas destas simbologias não permitem alterações, por este motivo teve que se procurar outras fontes de simbologia com o formato SVG, suportada pelo programa, só que a maioria das simbologias encontradas nesses formatos tinham que ser compradas. Continuou-se com a pesquisa até encontrar uma página que disponibiliza-se gratuitamente. As simbologias encontradas eram parecidas com os que o QGIS disponibilizava, só que a grande vantagem era que estas podiam ser editadas (mudar de cor, alterar o contorno, e o preenchimento etc).

(52)

39 Figura 21- Editor das Simbologias (Fonte: https://www.mapbox.com/maki-icons/editor/)

As simbologias utlizadas para representar os pontos de interesse

Figura 22- Simbologia para Serviço de Restauração Figura 23- Simbologia para Cafés

Figura 24- Simbologia para Bares Figura 25- Simbologia para Pastelaria, Padaria e Pizzaria

(53)

40 Para importar estas simbologias para o programa tinha-se que escolher no próprio QGIS a opção para marcador SVG e depois importar as simbologias que tinham sido descarregados da Internet. Para os serviços de Restauração, Pastelaria e Discoteca utilizou-se um símbolo, e guardou-se o estilo como padrão.

Figura 27- Exemplo de uma simbologia utilizado

Para o serviço de Bar e Café utilizou-se a simbologia categorizada (figura 28), onde este permite dentro de uma camada obter várias simbologias, neste caso usou-se uma para café e outro símbolo diferente para bar, e guardou-se o estilo como padrão.

(54)

41 Figura 28- Simbologia Categorizada

Após a escolha das simbologias obteve-se como resultado a figura 29.

Figura 29- Pontos de interesse

5.5.7 Inserir fotografias e etiquetas dos estabelecimentos no software QGIS

Tiraram-se fotos aos estabelecimentos para anexar no programa QGIS, para isso foi criado um novo campo na tabela (figura 30), de cada uma das camadas com o nome “foto” onde é inserido a foto do estabelecimento.

(55)

42 Figura 30- Criar novo campo

Depois de criar o novo campo definiu-se as propriedades do campo. Para este campo pretendia-se que fosse apresentada uma foto de cada um dos estabelecimentos, para isso tinha que se alterar a opção Editar Texto para Fotografia e definir as propriedades do campo Foto como mostra a figura 31.

(56)

43 De seguida tinha-se que guardar o estilo como padrão (figura 32), porque se não for guardado como padrão depois de ter removido a camada não guarda a edição como fotografia e volta a ficar como texto. Quando é guardado como estilo padrão fica sempre com as propriedades escolhidas.

Figura 32- Como guardar o estilo padrão

Depois de definir a propriedade do campo Foto basta carregar, ativar a edição e carregar com o cursor de indentificador em cima do ponto pretendido, abrirá a tabela de atributo (figura 33), do elemento selecionado, para preencher o campo Foto, é necessário procurar e escolher a foto que se pretende. A figura 34, apresenta o atributo do elemento depois de ter sido carregado a foto.

Referências

Documentos relacionados

O romance Usina, diferentemente dos demais do conjunto da obra pertencente ao ciclo-da-cana-de-açúcar, talvez em função do contexto histórico em que se insere, não

Era de conhecimento de todos e as observações etnográficas dos viajantes, nas mais diversas regiões brasileiras, demonstraram largamente os cuidados e o apreço

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

Esta dissertação teve como objetivo analisar a formação docente a distância do Projeto Jovem Cientista, parte integrante do Projeto Jovem de Futuro (realizado

Optamos por escolher o tema gestão democrática a partir do PPP, primeiramente, porque a escola ainda não o possui, e, também, por considerarmos esse documento

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

Segundo o mesmo autor, a animação sociocultural, na faixa etária dos adultos, apresenta linhas de intervenção que não se esgotam no tempo livre, devendo-se estender,

Para Souza (2004, p 65), os micros e pequenos empresários negligenciam as atividades de planejamento e controle dos seus negócios, considerando-as como uma