O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS
como Unidade de Gestão Local do SUAS
Política Pública de Seguridade
Social não contributiva
Caráter de política de Proteção
Social articulada à outras políticas
sociais.
direito de cidadania
universalização do acesso
Sistema
Único de
Assistência
Social
(2005)Política de Assistência
Social
( PNAS - 2004) Convívio Familiar e Comunitário Seguranças Afiançadas Acolhida Renda Desenvolvimento da Autonomia Sobrevivência a Riscos Circunstanciais Sistema Único• Compõe um conjunto
articulado e integrado,
entre:
serviços,
programas, projetos e
benefícios;
• Pacto federativo;
• Rede pública e privada;
• É
um
sistema
nacionalizado,
com
mesma organização em
todo o país.
Conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social que visa a prevenir situações de
vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de
potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Destina-se à pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação ou ausência de renda, acesso precário ou nulo aos serviços públicos, com vínculos familiares, comunitários e de pertencimento fragilizados e vivenciam situações de discriminação etária, étnica, de gênero ou por deficiências, entre outros.
Noções introdutórias
Proteção Social Básica
São serviços da Proteção Social Básica:
Noções introdutórias
• Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF
• Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
(geracional e intergeracional)
• Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas
com Deficiência e Idosas.
Unidades de Implementação dos serviços, programas e projetos da
Proteção Social Básica:
• Centro de Referência de Assistência Social – CRAS
• Centro de Convivência; e
• Demais unidades que ofertam serviços, programas ou
projetos de Proteção Social Básica.
Centro de Referência de Assistência Social - CRAS
Unidade pública estatal de base territorial, localizada em áreas devulnerabilidade social
As funções do CRAS não devem ser confundidas com as funções do órgão gestor da política de assistência social municipal ou do DF:
os CRAS são unidades locais que tem por atribuições a organização da rede socioassistencial e oferta de serviços da proteção social básica;
o órgão gestor municipal ou do DF tem por funções a organização e gestão do SUAS em todo município.
Para uma melhor apreensão das atribuições dessas unidades, segue abaixo quadro comparativo:
CRAS Órgão Gestor Municipal ou do DF
Fornecimento de informações e dados para o Órgão Gestor Municipal ou do DF sobre o território para subsidiar o planejamento.
Elaboração do Plano Municipal de Assistência Social
Planejamento, execução físico-financeiro, monitoramento e avaliação dos serviços socioassistenciais do SUAS
Alimentação dos Sistemas de Informação e Monitoramento do SUAS
Constituição das equipes de referência e demais profissionais da política de assistência social e qualificação profissional dos trabalhadores do SUAS
Oferta do PAIF e outros serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica
Monitoramento, capacitação e apoio técnico para oferta do PAIF e demais serviços socioassistenciais ofertados.
Gestão territorial da rede socioassistencial da PSB Gestão da rede socioassistencial do município
Gestão do processo de conveniamento das entidades privadas sem fins lucrativos de assistência social – quando for o caso
Articulação política para garantir a intersetorialidade
Organização e disponibilização de informações territorializadas para a busca ativa e planejamento do CRAS
Centro de Referência de Assistência Social - CRAS
Serviço de Proteção e Atendimento Integral a
Família Gestão da Proteção Básica no
Gestão da Proteção Básica no Território Ações de Gestão: • Articulação da rede socioassistencial de PSB; • Promoção da articulação intersetorial; • Busca ativa. Coordenador do CRAS
O CRAS e a gestão do território da PSB
• A responsabilidade pela gestão da proteção social básica é da secretária de assistência social (ou congênere), a gestão do territorial da PSB é de responsabilidade do CRAS;
• A gestão territorial da PSB responde ao princípio de descentralização do SUAS;
• Tem por objetivo:
• Atuação preventiva;
• Disponibilização de serviços próximos ao local de moradia das famílias; • Racionalização das ofertas;
• Tradução do referenciamento dos Serviços ao CRAS ser uma ação concreta.
O CRAS e a gestão do território da PSB
Entidade Privada sem fins Lucrativos
Rede Socioassistencia local
Centro de Convivência
CREAS Políticas Outras
Públicas
Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família – PAIF Outros serviços de proteção básica
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV
Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com
Deficiência e Idosas.
Secretaria de Assistência
O CRAS e a gestão do território da PSB
Articula a rede socioassistencial de proteção básica estabelecendo contatos, alianças, fluxos e encaminhamentos entre o CRAS e as demais unidades de proteção social.
Promove o acesso dos usuários aos demais serviços socioassistenciais e possibilita que as famílias mais vulneráveis sejam acompanhadas pelo PAIF;
Assegura o compartilhamento de informações para a proteção à família e garantia de direitos.
Articula a rede socioassistencial de proteção básica
O CRAS como porta de entrada;
Técnico de nível superior do CRAS acompanha a oferta dos SCFV; Realiza reuniões periódicas para acompanhar o desenvolvimento do
serviço e, levantar possíveis vulnerabilidades que demandem acompanhamento familiar;
O CRAS e a gestão do território da PSB
Promoção da articula a rede intersetorial propicia o dialogo da política pública de assistência social com as demais políticas públicas, promovendo o acesso das famílias a serviços setoriais.
A intersetorialidade se materializa por meio da criação de espaços de comunicação, capacidade de negociação e disponibilidade de mediar conflitos. Sua efetividade depende de um investimento na capacidade de estabelecer e coordenar fluxos de demandas e informações entre as políticas envolvidas.
A articulação inersetorial não está sob a governabilidade da Política de Assistência Social. É uma decisão do gestor municipal!
O CRAS e a gestão do território da PSB
Um dos desafios do SUAS é consolidar um modelo de atenção baseado no reconhecimento e identificação das demandas e necessidades da população, desenvolvendo ações proativa para assegurar o acesso das famílias aos serviços socioassistenciais.
A oferta dos serviços deve ser planejada com base no diagnóstico da demanda, utilizando a busca ativa como método estratégico para efetivação do acesso aos serviços e benefícios, efetivando o caráter preventivo, protetivo e proativo da Assitênica Social.
É fundamental organizar, no âmbito da gestão, a Vigilância Socioassistencial
do SUAS, que desenvolve atividades de sistematização e análise de
informações territorializadas relativas às situações de vulnerabilidade e risco que incidem sobre as famílias. E sistematiza e analisa informações relativas ao acesso da população aos serviços.
O CRAS e a gestão do território da PSB
A busca ativa tem o objetivo de identificar as situações de vulnerabilidade
e risco social e ampliar o conhecimento do território, possibilitando ação preventiva e a priorização do acesso a serviços e beneficios.
A busca ativa nem sempre se traduz em visita domiciliar. Diversas estratégias devem ser utilizadas para se atingir o objetivo de alcançar estas famílias, como por exemplo:
divulgação dos serviços ofertados nos CRAS em variadas mídias;
envio de correspondências às famílias, convidando-as para uma primeira acolhida no CRAS;
divulgação de listas em locais estratégicos, ou ainda contando com apoio de outras unidades e políticas públicas.
É exercida quando há
encaminhamentos realizados entre os equipamentos públicos CRAS e CREAS.
Referência e Contrarreferência da família no SUAS
Contrareferência Referência
O CRAS possui uma equipe de referência. Sua composição é regulamentada pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS, depende do número de famílias referenciadas ao CRAS ;
As equipes volantes são equipes adicionais, vinculadas a um CRAS em funcionamento, para cobrir territórios com peculiaridades, tais como: extensão territorial, isolamento, áreas rurais e/ou de difícil acesso.
As equipes volantes e a ampliação do acesso a oferta dos serviços
socioassistencias.
• As funções da equipe volante são: ofertar serviços socioassistenciais de proteção social básica, com centralidade no PAIF; realizar busca ativa, com prioridade para as famílias em extrema pobreza residentes em áreas distantes da unidade CRAS; e acesso às demais políticas públicas;
• Para consolidar os direitos sociais da família, deve-se garantir a continuidade dos serviços executados pela equipe volante, possibilitando o retorno periódico da equipe a cada localidade;
• Organização das atividades conforme as características do território para o atendimento e acompanhamento de famílias.
Romper com a lógica da demanda espontânea, e cumprir com o compromisso de ir ao encontro das famílias ;
O CRAS deve ter acesso a fontes de informação sobre o território – Implantação da vigilância socioassistencial;
Mobilização e orientação das equipes dos CRAS para atuação planejada no território;
Superar a fragmentação das políticas públicas, possibilitando uma visão integrada dos problemas sociais e de suas soluções.
“Se, na verdade, não estou no mundo para
simplesmente a ele me adaptar, mas para
transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou
projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que
tenha para não apenas falar de minha utopia, mas
participar de práticas com ela coerentes.”
protecaosocialbasica@mds.gov.br
www.mds.gov.br/suas 0800- 7072003