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JORNAL. Sumário. Primeira Leitura. do Leitor litúrgico. III Domingo Comum. Jornal Inter Paroquial: N.º 668 Ano XII 24 / 01 / Jn 3, 1-5.

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Texto

(1)

JORNAL

do

L

eitor litúrgico

Jornal Inter Paroquial: Carvalhosa – Eiriz – Figueiró – Sanfins E-MAIL: jornal.leitor@portugalmail.pt SAIT: www.paroquiascesf.com PERIODICIDADE: semanal N.º 668 – Ano XII – 24 / 01 / 2021

________________________

TEMPO LITÚRGICO:

III Domingo Comum

ANO “B”

Sumário

PÁGINA – 1

– Sumário.

– Tempo Comum (III Domingo). – Introdução. – Antífona de Entrada. – 1.ª Leitura (Jonas). PÁGINA – 2 – Salmo Responsorial. PÁGINA – 3 – 2.ª Leitura (1 Coríntios). – Aclamação ao Evangelho. – Evangelho (Marcos). PÁGINA – 5 – Oração Universal. PÁGINA – 6 – Antífona da Comunhão. – Monição da Comunhão. – Agenda Santoral.

– O que estamos a fazer pelo Reino? – Fala o Santo Padre.

PÁGINA – 7

– Sabias que… – Descomplica (46). – Oração.

– Seis Adágios populares. – Aniversário de Leitores. – Curiosidade.

PÁGINA – 8

– Apelo aos Coordenadores dos Leitores – Humor.

– Escala (desativada). – A Fechar.

III

D

omingo Comum

Neste dia, a liturgia recorda-nos uma vez mais, a certeza, que Deus ama cada homem e cada mulher e

chama-o à vida plena e verdadeira. A resposta a este chamamento de

Deus passa por um caminho de conversão pessoal e de identificação com Jesus.

I

ntrodução

Inaugurou Tempos Novos. Os Cristãos estão certos de que o Messias já veio, os Hebreus defendem que ainda deve vir. Afinal, quem tem razão?

Não há dúvida, são os Hebreus. Até nós, tacitamente, o admitimos, pelo facto de dedicarmos todos os anos quatro semanas à preparação da sua vinda (no Tempo do Advento).

Aguardamos com ansiedade o Messias, porque nos foi dito que «nos seus dias florescerá a justiça e uma grande paz até ao fim dos tempos, Ele socorrerá o pobre que o invoca e o indigente que não tem quem o ajude, haverá nos campos fartura de trigo» (SI 72, 7.12.16). Ora, não vimos realizadas ainda estas profecias, portanto, continuamos à espera.

Ainda deve vir o Messias, mas quando chegar, todos, também os Hebreus, o reconhecerão: é Jesus. O seu nascimento no mundo é lento e progressivo; os tempos novos, os últimos, já começaram, mas ainda não se completaram.

Um dia disseram a Jesus que a sua mãe e os seus irmãos o pro-curavam; Ele, «percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: Aí estão minha mãe e meus irmãos» (Mc 3, 34). Sim, a comunidade de quem ouve a sua palavra, confia nele e o segue, é sua mãe, é quem na dor o dá à luz todos os dias, até que se realize na plenitude o desígnio de Deus: «Submeter tudo a Cristo, reunindo nele o que há no céu e na terra» (Ef 1, 10).

Proximidade, generosidade, deci-são no desapego daquilo que é antigo e incompatível com o mundo futuro, isto caracteriza a resposta de quem,

respondendo à chamada de Jesus se deixa envolver nos desígnios de Deus.

Dá-me a conhecer, Senhor, os teus caminhos e dá-me a força de segui-los.

A

ntífona de Entrada

Salmo 95, 1.6

Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, terra inteira. Glória e poder na sua presença, esplendor e majestade no seu templo.

P

rimeira

L

eitura

Jn 3, 1-5.10

MONIÇÃO:

A primeira Leitura diz-nos que Deus ama todos os homens e a todos chama à salvação. A disponibilidade dos ninivitas em escutar os apelos de Deus e em percorrer um caminho imediato de conversão constitui um modelo de resposta ao chamamento de Deus.

LEITURA:

Leitura da Profecia de Jonas 1A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos: 2«Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi». 3Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus; levava três dias a atravessar. 4Jonas entrou na cidade, caminhou durante um dia e começou a pregar nestes termos: «Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída». 5Os habi-tantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de saco, desde o maior ao mais pequeno. 10Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho,

(2)

desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou.

Palavra do Senhor.

RECOMENDAÇÃO AOS LEITORES:

Leitor, a regra é sempre a mesma: se fizeres distinguir a voz no Narrador, da voz do Senhor e da voz de Jonas; se respeitares a pontuação do texto e se fizeres uma leitura sem pressa; se não fizeres uma leitura monocórdica, se, nos pontos certos, a musicares um pouco com as mudanças de vozes, então farás uma leitura com absoluto sucesso.

Esta leitura não é difícil de proclamar, mas não dispensa uma boa preparação. Não facilites.

Pronuncia corretamente o nome “Nínive” (o acento agudo está no primeiro

“i”). Respeita a acentuação das palavras

em todos os textos e do nome desta cidade “Nínive”, aqui, em particular. Não pronuncies “niníve” trocando, a acentuação.

Voltamos a insistir na palavra “pregar”: pronuncia “prégar” (anunciar) e não “pregar” (pregos).

Exercita as palavras: Levanta-te / Nínive / apregoa / pregar / executou / e outras.

COMENTÁRIO Á 1.ª LEITURA:

Estamos em Jerusalém, em finais do século IV a.C. e Israel recorda, com raiva e rancor, as deportações feitas pelos Assírios e a dura experiência do exílio na Babilónia. Nínive é ainda sinónimo de cidade sanguinária e a Babilónia permanece o símbolo do inimigo opressor e idólatra.

É o tempo da reconstrução da sociedade judaica, e às restaurações – bem o sabemos – facilmente se ligam o integralismo, a dureza para com os outros, a incapacidade de deixar espaço à misericórdia e ao perdão. Israel quer recuperar a fidelidade ao seu Deus, mas está obcecada pela pureza da raça, fecha- -se em si mesma, considera a sua eleição um privilégio e não um serviço, torna-se fanática, intolerante e está convencida de que as nações pagãs são rejeitadas pelo Senhor.

É neste ambiente que nasce o autor do livro de Jonas, um rabi inteligente, uma mente aberta, um humorista fino que sorri com a

animosidade dos seus compatriotas. Conhecedor profundo do pensamento bíblico, entendeu que Deus é «misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de fidelidade, que mantém a sua graça até à milésima geração, que perdoa a iniquidade, a rebeldia e o pecado» (Ex 34, 6-7), que ama cada pessoa e escolhe Israel para salvar os pagãos, não para se lhes opor.

Não recorre a grandes elaborações intelectuais, que sempre se revelam ineficazes perante o azedume e a má vontade, mas compõe uma história cujo protagonista é Jonas, um profeta obstinado que encarna os pensa-mentos tacanhos e os sentipensa-mentos mesquinhos do seu povo. Jonas significa “pomba” e, na Bíblia, a doce e ingénua pomba representa Israel (Os 7, 11).

A história é ambientada em Nínive, a cidade que pelo menos há trezentos anos está reduzida a um monte de escombros; ele imagina-a no ápice da prosperidade e eleva-a a símbolo do mal, da insolência e da violência contra os mais fracos. Os Israelitas odeiam-na e consideram que Deus, sendo justo, partilha e aprova os seus ressentimentos e que está decidido a puni-la, a fazer com que pague pelas iniquidades cometidas, a destruí-la. Mas será mesmo assim que Ele pensa?

O trecho de hoje responde a esta interrogação.

Jonas-Israel não compreendeu a sua vocação. «Levanta-te – ordena-lhe o Senhor – vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia-lhe que a sua maldade subiu até à minha presença» (Jn 1, 2) e Jonas, contrariado, sem pronunciar uma só palavra, desce ao porto de Jafa e, em vez de embarcar para Oriente, dirige-se para Ocidente, em direção a Társis (Jn 1, 1-3); prefere morrer a transformar-se em instrumento de salvação para os pagãos.

Perante a teimosia do seu enviado, Deus não se desencoraja; Ele ama muito os ninivitas, por isso desenca-deia uma tempestade e Jonas é lançado ao mar. É engolido por um grande peixe que o leva de volta à costa (Jn 1, 4. 2, 11) e, pela segunda vez, o Senhor ordena ao profeta rebelde que vá a Nínive (Jn 3,1-2).

A cidade «era grande, levava três dias a atravessar» (v. 3).

Jonas começa a pregar, sem entusiasmo, caminhando apenas «durante um dia». Indolente, não chega sequer a meio da cidade e a sua mensagem, reduzida apenas a cinco palavras, o mínimo in-dispensável, é um anúncio catastró-fico, diferente daquele que o Senhor lhe tinha confiado. Deus não falara da destruição da cidade, mas apenas da necessidade de os ninivitas tomarem consciência da sua vida depravada.

Apesar da indolência com que foi conduzida a missão do profeta, os cidadãos de Nínive acreditam em Deus e convertem-se.

É um facto surpreendente. Com subtil ironia, o autor deixa intuir a contraposição: Israel não deu ouvidos à voz dos profetas, mas os ninivitas, logo às primeiras palavras – malditas – de Jonas, mudaram de vida. É o que o Senhor tinha explicado a Ezequiel: «És enviado não a um povo de linguagem incompreensível e de língua bárbara, mas sim à casa de Israel; esses ouvir-te-iam, se a eles te enviasse. Mas a casa de Israel não te quer escutar, pois são de cabeça dura e coração obstinado» (Ez 3, 4-7).

Jonas não é só Israel, é também quem ainda imagina Deus como um justiceiro; é quem cultiva a esperança secreta de assistir um dia à punição dos maus; é quem não entendeu que não existem inimigos para derrotar, mas apenas irmãos para amar e ajudar a que se afastem do pecado, para que possam ser felizes.

S

almo Responsorial

Sl 24 (25), 4bc-5ab.6-7bc.8-9 (R. 4a)

MONIÇÃO:

Deus está disposto a esquecer os pecados, mas não abandona os pecadores; mostra-lhes o caminho que de novo conduz a Ele.

REFRÃO:

ENSINAI-ME, SENHOR, OS VOSSOS CAMINHOS.

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SALMO:

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,

ensinai-me as vossas veredas. Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,

porque Vós sois Deus, meu Salvador.

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias

e das vossas graças, que são eternas. Lembrai-Vos de mim segundo a vossa

clemência,

por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e reto,

ensina o caminho aos pecadores. Orienta os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer os seus

caminhos.

S

egunda

L

eitura

1 Cor 7, 29-31

MONIÇÃO:

São Paulo convida o cristão a ter consciência de que “o tempo é breve” e por isso cada cristão deve viver de olhos postos no mundo futuro, convertendo-se aos valores do “Reino”.

LEITURA:

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

29O que tenho a dizer-vos, irmãos, é que o tempo é breve. Doravante, os que têm esposas procedam como se as não tivessem; 30os que choram, como se não chorassem; os que andam alegres, como se não andassem; os que compram, como se não possuíssem; 31os que utilizam este mundo, como se realmente não o utilizassem. De facto, o cenário deste mundo é passageiro.

Palavra do Senhor.

RECOMENDAÇÃO AOS LEITORES:

Tem em atenção a 2.ª frase que é bastante longa. Impõe-se aqui uma boa inspiração e uma gestão eficaz no controlo de débito do ar.

Cada afirmação é pontuada por um breve inciso, sem deixar cair a voz. Farás bem treinar várias vezes em casa, em voz alta.

De resto, toma atenção a algumas palavras, que possam ser mais difíceis de pronunciar, tais como: Doravante / possuíssem / utilizassem / cenário / e outras.

COMENTÁRIO Á 2.ª LEITURA:

O tempo é breve, quem tem esposa, viva como se não a tivesse, quem compra, como se não possuísse, quem usa bens materiais como se não os usasse. É esta, em síntese, a mensagem do trecho que dá a impressão de desvalorizar as realidades deste mundo a favor das do céu. Mas não é assim.

Paulo quer apenas que os cristãos deem o justo valor às realidades terrenas, que são sem dúvida importantes, mas não são eternas. Assim como todas as outras coisas belas, também o matrimónio, a família, os bens, podem seduzir e tornarem-se absolutos. Transformados em ídolos, facilmente absorvem o coração da pessoa e fazem-na perder o sentido da vida.

Ora, para lembrar a transitoriedade do cenário deste mundo (v. 31) e movido por uma fé inabalável no Ressuscitado, há cristãos que renunciam à vida conjugal, rejeitam a posse dos bens, põem a própria vida e a própria pessoa completamente à disposição dos irmãos.

Esta escolha, testemunha a iminência do mundo futuro, no qual os homens e as mulheres não se casam, nem morrem, porque são semelhantes aos anjos, são filhos de Deus (Lc 20, 35-36).

Tal como outras coisas belas, também o matrimónio, a família, os bens, podem seduzir e tornarem-se absolutos. Transformados em ídolos, facilmente absorvem o coração da

pessoa e fazem-na perder o sentido da vida.

A

clamação ao

E

vangelho

Mc 1, 15

MONIÇÃO:

No Evangelho aparece o convite que Jesus faz a todos os homens para se tornarem seus discípulos e para integrarem a sua comunidade. Marcos avisa, contudo, que a entrada para a comunidade do Reino pressupõe um caminho de “conversão” e de adesão a Jesus e ao Evangelho.

REFRÃO:

ALELUIA, ALELUIA!

ACLAMAÇÃO:

Está próximo o reino de Deus; arrependei-vos e acreditai no

Evangelho.

E

vangelho

Mc 1, 14-20

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

14Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: 15«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». 16Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. 17Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». 18Eles deixaram logo as redes e seguiram- -n’O. 19Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; 20e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus.

Palavra da Salvação.

J

ornal do

L

eitor

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(4)

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COMENTÁRIO AO EVANGELHO O trecho começa com uma breve introdução, onde Jesus é visto a dirigir-se para as localidades das montanhas da Galileia, proclamando o Evangelho. «Cumpriu-se o tempo – diz Ele – está próximo o reino de Deus; arrependei-vos e acreditai no Evange-lho» (v. 14-15).

É a primeira frase que pronuncia e constitui a síntese de toda a sua mensagem.

H

istória dos factos

Fala de reino de Deus e os seus ouvintes, educados pelos profetas, sabem a que se refere. Durante quatrocentos anos, Israel fez a experiência da monarquia; a dinastia davídica teve também soberanos à altura das circunstâncias, no entanto, o balanço que a Bíblia faz deste período histórico é absolutamente negativo. Salvo raras – e nobres – exceções, todos os reis se afastaram do Senhor, não deram ouvidos aos profetas e levaram o povo à ruína. Em 587 a.C, o último rei foi deportado para a Babilónia juntamente com o seu povo.

E

xpetativa do reino de Deus

Era o fim de tudo? Houve quem continuasse a sonhar com a restauração da dinastia de David e quem pusesse as suas esperanças num futuro messias. Mas todos chegaram à conclusão de que só o Senhor poderia voltar a levantar Israel, assumindo pessoalmente a condução do seu povo, proclamando-se rei em substituição dos soberanos prece-dentes que se tinham demonstrado indignos.

Foi o início da expectativa do reino de Deus.

R

eino que pertence ao Senhor

Já nos primeiros livros da Bíblia se encontra a promessa: «O Senhor é que será o vosso rei» (Jz 8, 23), «O Senhor reinará eternamente e para sempre» (Ex 15, 18). Esta promessa é um empenho, confirmado por Deus através da boca dos profetas: «Reinarei sobre vós com mão forte»

(Ez 20, 33), «O reino pertencerá ao Senhor» (Abd 21).

Ora, é preciso ter presente esta expetativa, cultivada ao longo dos séculos pelos Israelitas, para podermos compreender a carga ex-plosiva das palavras de Jesus. Terminou esta espera – afirma Jesus – chegou o tempo da consolação e da paz, chegou o reino de Deus, as promessas do Senhor realizaram-se.

N

o tempo de Jesus, evangelho

era uma boa notícia O conteúdo da sua mensagem é evangelho.

Com este termo nós designamos um livro, mas, no tempo de Jesus, evangelho significava apenas boa notícia. Eram chamados evangelhos todas as notícias de felicidade: um sucesso militar, a cura de uma doença, o fim de uma guerra, o nascimento de um imperador, a sua subida ao trono ou a sua visita a uma cidade.

No início do seu livro, Marcos apresenta Jesus como o arauto, o encarregado de proclamar às pessoas uma notícia tão extraordinária, tão surpreendente que suscita em quem a ouve uma alegria imensa.

C

onverter-se e acreditar

Há duas condições para poder fazer esta experiência: é necessário converter-se e acreditar.

Converter-se não significa fazer um propósito firme de evitar um ou outro pecado, mas sim a decisão de mudar radicalmente o modo de ver Deus, o homem, o mundo, a história.

Acentuou-se sempre muito a conversão moral e entendeu-se muito pouco que a primeira mudança a operar diz respeito à imagem que temos de Deus, e à qual não queremos renunciar porque feita de acordo com os nossos pensamentos, juízos e sentimentos. Permanecemos firmemente ancorados às palavras do Baptista, referidas por Marcos: «Raça de víboras, produzi, pois, frutos dignos de conversão» (Mt 3, 7.8) ou às que Lucas atribui ao percursor: «O machado já se encontra à raiz das árvores» (Lc 3, 9). Marcos deixa mais espaço à intuição da boa nova: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus.» (v. 15). Não se trata da perceção de um terrível castigo iminente, mas de uma novidade que dá alegria: há esperança para todos,

também para o pecador mais calejado, para o que se sente um refugo humano (um ralé desprezado), porque Deus não o considera um refugo, mas um filho.

Deus já se tinha revelado assim, não só nas sagradas Escrituras, mas também através da criação. Por este motivo, quando o ser humano imaginava Deus, qualquer deus, imaginava-o necessariamente bom. Converter-se, então, significa voltar a ver Deus assim, infinitamente bom, porque isto já faz parte do nosso ADN.

J

esus revoluciona o mundo!

Cristo revoluciona o mundo: volta a pôr como seu fundamento o amor e a compaixão, corrigindo antes de mais a ideia de Deus que em nós se tinha deformado.

Converter-se é também mudar o modo de considerar o ser humano e a criação, é começar a ver tudo na perspetiva de Deus, estando do lado de Deus, o Deus amoroso, paciente, longânime (bondoso e generoso), cheio de cuidados e interessado nas suas criaturas, o Deus que sabe distinguir o que parece, daquilo que é, o incidente de percurso da escolha de fundo, o efémero do que é duradouro. Para assimilar esta visão de Deus é necessário viver num estado perene de conversão. Nunca atingiremos a perfeição do Pai que está nos céus, mas é preciso tender continuamente a ela; quem se considera já convertido põe-se fora do reino de Deus. É bom sentir-se sereno, mas não satisfeito.

Depois é necessário também acreditar, o que não equivale a aceitar um pacote de verdades, mas significa seguir Cristo com a certeza de chegar, entre inúmeras dificuldades e renúncias, à plenitude da vida. Acreditar é confiar nele, na sua palavra e na sua promessa: «Eu renovo todas as coisas (Ap 21, 5); acreditar é aceitar com uma confiança incondicional as suas respostas às nossas interrogações.

C

hamados por Jesus

A segunda parte do trecho (v. 16-20) introduz ao chamamento dos primeiros quatro discípulos destinados a tornarem-se, depois da ressurreição de Jesus, os arautos (mensageiros) do Evangelho.

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III Domingo Comum – 24-01-2021 – N.º 668 O episódio está dividido em dois momentos paralelos, que cor-respondem às chamadas de dois grupos de dois irmãos cada um: Simão e André (v. 16-17), Tiago e João (v. 19-20).

A versão dos acontecimentos que nos refere Marcos é diferente e, do ponto de vista histórico, difícil de conciliar com a do Evangelho de João (Jo 1, 35-51).

O objetivo de Marcos não é proporcionar um relato detalhado do que aconteceu; não é sua intenção satisfazer a nossa legítima curiosidade. Não nos diz, por exemplo, se os quatro pescadores já tinham encontrado Jesus, se tinham assistido a algum dos seus milagres; não explica como puderam abandonar tudo sem levantar qualquer objeção, sem fazer perguntas. Ele quer dar uma lição de catequese a quem, um dia, se sinta chamado por Jesus. O trecho não se refere à vocação dos padres ou das freiras, mas fala do apelo que é feito a cada pessoa para ser um discípulo, trata da vocação ao Batismo.

A cena desenrola-se rapidamente, tanto que é difícil seguir os vários fotogramas. Jesus, o protagonista, move-se rapidamente, é despachado não só no caminhar, mas também no falar e no convidar a segui-lo. Parece fazer uma corrida contra o tempo, mas de facto trata-se da ânsia de anunciar que «cumpriu-se o tempo», já não há outro; é preciso apressar-se para tomar parte no reino de Deus.

Foi realçado que, no Evangelho de Marcos, Jesus nunca pára: passa ao longo do mar da Galileia (v. 16), chama e não se volta para verificar se os discípulos acolheram o seu convite, continua em frente (v. 19), chama outros dois e continua o seu caminho sem parar um momento (v. 21). Quem o quer seguir não se pode iludir: o caminho a percorrer não é fácil, o Mestre não dá um momento de trégua, não concede meses, dias ou horas de férias, Ele exige que o discípulo mantenha o passo, sempre.

J

esus chama quem está

ocupado

Depois aparecem os outros personagens: Simão e André, Tiago e

João. Não estão a rezar ou a fazer alguma ação particularmente importante; estão simplesmente a desempenhar a sua profissão. Houve outras vocações na Bíblia que aconteceram em circunstâncias semelhantes. O profeta Eliseu recebeu o convite a seguir Elias quando se encontrava no campo a arar com doze juntas de bois diante de si (1 Rs 19, 19-21); Moisés estava a apascentar o rebanho de Jetro, seu sogro (Ex 3,1); Gedeão estava a limpar o trigo (Jz 6, 11); Mateus cobrava os impostos (Mc 2, 13-14).

Deus não se dirige aos que estão parados ou de férias, aqueles que têm tanto tempo (mas que nunca têm tempo), aos mandriões, às pessoas sem ideais, sem pontos de referência concretos, mas a quem está plenamente inserido no seu contexto social, económico e familiar. A adesão a Cristo na fé nunca é um remedeio, uma consolação para quem falhou outros objetivos, mas sim uma proposta feita a pessoas empenhadas e realizadas na vida.

O

chamado desapega-se dede

Como acontece com todas as vocações de que fala a Bíblia, também a vocação de seguir Jesus é completamente gratuita. O discípulo conhece e segue o Mestre porque é chamado, porque lhe foi revelado e oferecido um dom. Quem tem consciência disto não se enche de orgulho, nem despreza quem ainda não aderiu a Cristo. Agradece ao Senhor por tudo aquilo que recebeu e empenha-se para que venham a criar- -se, também nos outros, as condições favoráveis para acolher o mesmo dom. Desde o início que Jesus se apresenta como um mestre diferente dos outros do seu tempo. Estes ficavam nas suas escolas à espera que os discípulos fossem ter com eles para aprenderem a lição, pagarem e depois voltarem às suas casas. Não eram os mestres que escolhiam os discípulos, mas estes que escolhiam o mestre.

Jesus não quer discípulos que o procurem para aprenderem uma lição, mas pessoas que caminhem com Ele, que partilhem as suas escolhas de vida.

Os primeiros quatro discípulos respondem imediatamente à vocação, têm confiança em Jesus e seguem-no, mesmo se a meta é ainda imprecisa e

só mais tarde se clarificará o destino a que são chamados.

Tinham sido concedidos quarenta dias aos ninivitas para acolher ou rejeitar o convite à conversão (da 1.ª Leitura). Foi permitido a Eliseu «ir beijar o seu pai e a sua mãe» antes de seguir Elias (1 Rs 19, 20). Aos seus, Jesus não concede dilações (atrasos nem demoras). Dirá a um: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus» e a outro: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não é apto para o reino de Deus» (Lc 9, 59-62).

A resposta ao seu chamamento deve ser imediata, o desapego deve ser total, nada pode impedir de o seguir. Até mesmo os afetos mais sagrados, como os que ligam aos pais e à família, o apego à profissão, a necessidade de uma segurança económica social, o desejo de não perder os amigos, tudo deve ser sacrificado se contrasta com a vida nova à qual Jesus chama.

O

ração Universal

1

Pelo Papa Francisco, pelos bispos, presbíteros e diáconos,

para que, seguindo o caminho da fé, irradiem confiança, alegria e

disponibilidade,

oremos ao Senhor.

2

Pelos jovens que na nossa Diocese sentem o chamamento de Jesus, para que escutem a sua voz e O

sigam,

oremos ao Senhor.

3

Pelos responsáveis das nações em todo o mundo,

para que descubram no Evangelho de Cristo

o alicerce firme da justiça e da paz,

oremos ao Senhor.

4

Pelos que se entregam ao serviço dos mais pobres,

para que o Senhor lhes dê o seu Espírito

e a perseverança nas dificuldades,

(6)

5

Por nós que participamos nesta celebração,

para que tenhamos o desejo de viver na graça de Deus

e de a ela voltar se a viermos a perder,

oremos ao Senhor.

A

ntífona da Comunhão

Salmo 33, 6

Voltai-vos para o Senhor e sereis iluminados,

o vosso rosto não será confundido.

Ou:

Jo 8, 12

Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor. Quem Me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida.

M

onição da Comunhão

Se Jesus olha os homens, é porque Deus os olha. Deixemo-nos olhar por Deus e aceitemos olhá-l’O, olhando o seu Filho Jesus, presente na Eucaristia. Então pode-se estabelecer uma nova relação.

A

genda Santoral

Dia 25 – Conversão de S. Paulo

(Apóstolo).

Dia 26 – S. Timóteo e S. Tito (Bispos).

Dia 27 – S. Ângela Merici (Virgem). Dia 28 – S. Tomás de Aquino

(Presbítero e Doutor da Igreja). Dia 30 – Santa Maria no Sábado.

O que estamos a fazer

pelo Reino?

O Evangelho que foi proclamado (Mc 1, 14-20) fala-nos sobre “Jesus e o Reino de Deus”, sobre o que o Reino de Deus significou para Cristo e como Ele começou a estabelecê-lo.

Sendo projeto de Deus presente em tudo o que é visível e invisível, sendo um grande plano de Deus sobre tudo o que está criado, Jesus nunca quis dar-nos uma definição do Reino de Deus. Ele preferiu falar desse Reino em parábolas ou comparações comprometedoras, como as que Mateus nos traz no seu Evangelho (c.13). A expressão Reino de Deus ou dos céus aparece até 59 vezes nos sinópticos, sem contar aqueles que aparecem em João como vida eterna. Digamos que Jesus veio, viveu e morreu para anunciar e estabelecer o Reino de Deus.

“Cumpriu-se o tempo e está próximo o Reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”. De acordo com Marcos (Mc 1,15), assim começou Jesus a sua vida pública ou ministerial como rabi ou mestre. Analisar e comentar cada uma das quatro frases encheria um livro, por isso, resumindo, digamos apenas que

(1) fiel à sua Palavra, Deus-Trindade

cumpriu a sua promessa (Gn 3,15); (2) o Reino de Deus já é uma realidade, embora ainda não seja em plenitude;

(3) Os seus cidadãos são aqueles que

mudam o seu modo de viver e (4) recebem a Boa Nova de Jesus, a Sua pessoa e os Seus ensinamentos. Certamente, todas as estas frases são muito importantes, mas não podem fazer-nos perder de vista o Reino de Deus, que é a prioridade na vida de Jesus e do Seu evangelho.

Deve ter sido impressionante ver Jesus a deslocar-se veloz e suado e proclamando bem alto o Reino de Deus, ao mesmo tempo que fazia acompanhar as suas palavras com ações milagrosas: os cegos veem, os leprosos são curados, etc. Alguns dias antes de tudo isso acontecer e pensando em quem poderia ajudar a construir o Reino, Jesus conversara com alguns dos discípulos de João

Batista (Jo 1, 35-42). Eles garantiram- -lhe que estavam prontos para deixar

tudo e segui-l’O e que Ele poderia encontrá-los em Betsaida, já que eram pescadores. E lá foi Jesus e encontrou os irmãos André e Simão Pedro, João e seu irmão Tiago. Rapidamente Jesus lança o convite: “Vinde comigo e eu farei de vós pescadores de homens”. E eles, deixando tudo, seguiram-n’O.

O chamamento de Jesus feito aos apóstolos (e, neles, feito a todos nós) para construir o Reino de Deus é de

extrema importância. Ele chamou-os e chama-nos a nós não tanto porque a sua concretização ultrapassa a Sua capacidade, mas porque o Reino pertence a todos e todos nós compete construí-lo. Cada um de acordo com o estado de vida a que Deus o chamou (leigo, consagrado, sacerdote) e de acordo com os talentos que Deus lhe deu.

Como os apóstolos, respondemos de forma rápida, generosa e eficiente? É hora de nos perguntar o que estamos a fazer pelo Reino de Deus.

F

ala o Santo Padre

«Jesus é o cumprimento das promessas divinas porque é Aquele que doa ao

homem o Espírito Santo, a “água viva” que mata sede do nosso coração inquieto.»

O Evangelho de hoje apresenta- -nos o início da pregação de Jesus na Galileia. São Marcos frisa que Jesus começou a pregar «depois que João [o Baptista] foi preso» (1, 14). Precisamente no momento em que a voz profética do Batizador, que anunciava a vinda do Reino de Deus, é abafada por Herodes, Jesus começa a percorrer os caminhos da sua terra para levar a todos, sobretudo aos pobres, «o Evangelho de Deus» O anúncio de Jesus é semelhante ao de João, mas distingue-se pelo facto de que Jesus já não indica para o alto quem deve vir: Jesus é Ele mesmo o cumprimento das promessas; é Ele mesmo a «boa nova» a acreditar, acolher e comunicar aos homens e mulheres de todos os tempos, para que também eles Lhe confiem a sua existência. Jesus Cristo em pessoa é a Palavra viva e ativa na história: quem o ouve e segue entra no Reino de Deus.

Jesus é o cumprimento das promessas divinas porque é Aquele que doa ao homem o Espírito Santo, a «água viva» que mata a sede do nosso coração inquieto, sedento de vida, de amor, de liberdade, de paz: sedento de Deus. Quantas vezes sentimos o nosso coração sequioso!

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III Domingo Comum – 24-01-2021 – N.º 668 Foi Ele mesmo quem o revelou à mulher samaritana, que encontrou no poço de Jacob, à qual disse: «Dá-me de beber» (Jo 4, 7). […]

Deus, tornando-se homem, fez sua a nossa sede, não só da água material, mas sobretudo a sede de uma vida plena, de uma vida livre da escravidão do mal e da morte. Ao mesmo tempo, com a sua encarnação Deus colocou a sua sede — porque também Deus tem sede — no coração de um homem: Jesus de Nazaré. Deus tem sede de nós, dos nossos corações, do nosso amor, e colocou esta sede no coração de Jesus. Por conseguinte, no coração de Cristo encontram-se a sede humana e a sede divina. E o desejo da unidade dos seus discípulos pertence a esta sede. Encontramos isto expresso na oração elevada ao Pai antes da Paixão. «Para que todos sejam um» (Jo 17, 21). O que Jesus queria: a unidade de todos! O diabo — sabemo-lo — é o pai das divisões, é um que divide sempre, que faz sempre guerras, faz muito mal.

Que esta sede de Jesus se torne cada vez mais também a nossa sede! Continuemos, portanto, a rezar e a comprometer-nos pela plena unidade dos discípulos de Cristo, na certeza de que Ele mesmo está ao nosso lado e nos ampara com a força do seu Espírito para que esta meta se aproxime. E confiamos esta nossa oração à materna intercessão de Maria Virgem, Mãe de Cristo, e Mãe da Igreja, para que Ela nos una a todos como uma boa mãe.

Papa Francisco, Ângelus, Praça de São Pedro, Janeiro de 2015

S

abias que…

A pesca

O primeiro meio de subsistência para o povo de Israel era a pecuária, depois desenvolveu-se a agricultura. A pesca não aparece como atividade relevante até ao Novo Testamento. Vários discípulos de Jesus eram pescadores no mar da Galileia: Pedro,

André, Tiago, João… Pescavam com redes de arrasto com pequenos barcos à vela. Os peixes capturados eram consumidos salgados; método aprendido com os fenícios e consistente em manter o peixe com sal.

Jesus converte a pesca em símbolo da ação missionária.

D

escomplica

(46)

Transforma a tua vida

11 verbos que descomplicam a tua vida: Recomeçar, Acreditar, Confiar, Esperar, Aceitar, Entregar,

Desapegar, Persistir, Agradecer, Avançar e Descomplicar.

Quarto verbo: “Esperar”

Tudo na vida tem o poder e a importância que tu lhe deres. Olha por ti. Aprende a pôr-te à frente de tudo. Cuida da vida e deixa que ela cuide de ti. Nem todas as pessoas com quem te cruzas vão gostar de ti, aprende a lidar com isso. Valoriza os que nunca desistem de ti, e os que nunca te deixam desistir de ti mesma.

Há os que te vão criticar sempre, faças tu o que fizeres. Não lhes dês tempo de antena, segue o teu coração, dá-lhes o teu perdão. Segue em frente com o coração leve, leva contigo só o que é essencial e deixa para trás tudo o que te faz mal. Deixar ir nem sempre quer dizer desistir. Às vezes, é apenas aceitar que há coisas (e pessoas) que não podem ficar.

Abraça-te com força. Acredita sempre em ti. e repete como uma mantra: «Eu sei bem do que sou capaz.»

Nos desejos que pedires, pede amor e paz. E confia. Mas confia mesmo: o resto a vida traz.

— A vida traz.

(Sofia Castro Fernandes)

O

ração

Senhor, obrigado por me chamares. Eu estava distraído junto ao mar. Consertava as minhas redes… havia tantos caprichos enredados nelas! Pareciam-me tesouros, mas eram

apenas objetos que fecham o horizonte e não deixam ver mais além. Mas eis que de repente ressoou a tua voz. Chamaste-me pelo meu nome e convidaste-me a seguir-Te… deixei as minhas redes, e seguindo-Te a Ti, encontrei-me também a mim.

Obrigado, Senhor, por me chamares. Eu estava tão distraído!...

S

eis

A

dágios

populares

1

Quem promete na quarta e vem na quinta, não é falta que se sinta.

2

O ribeiro vai ter ao rio, o rio vai ter ao mar, quem nasce podre, não vale o trabalhar.

3 Tudo se vai, atrás dos seus donos.

4

Quem lhe não “bota“

(esterco às terras),

não lhe tira

(frutos).

5

Pelo ruim não te mates, pelo bom não te agaches.

6 Quem não cria.

não pia.

A

niversários de

Leitores

Esta semana que compreende o período de 24 a 30 de janeiro, não há qualquer aniversariante em nenhuma das quatro Paróquias.

C

uriosidade

Qualquer quadrúpede (animal de 4 patas) discrimina (distingue), sem experiência nem ensino, na imensa variedade das ervas do campo, as venenosas das saudáveis.

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Apelo aos

coordenadores

dos Leitores

O Jornal do Leitor vem pedir a

colaboração dos Coordenadores

dos Leitores das Paróquias de

Eiriz, Figueiró e Sanfins de

Ferreira, no sentido de lhe ser

fornecido relação dos Leitores

atualmente

ativos nas

suas

paróquias, onde conste o primeiro

e o último nome, assim como dia

e mês do aniversário de cada

qual, para que passem a constar

na

coluna

“Aniversários de

Leitores”,

deste Jornal, a menos

que o Leitor em causa dê

instruções em contrário.

Como agora não há escala,

atualiza-se assim a lista, para que

não conste, no Jornal, Leitores

que já não o são e incluem-se

aqueles que entraram de novo.

O Jornal do Leitor agradece.

H

umor

D

ivórcio

Um casal de velhinhos vai ao escritório de um advogado para que seja preparado o divórcio. O advogado, vendo-os assim tão velhinhos, pergunta por que eles farão isso nessa idade tão avançada.

Determinada ao divórcio a velhinha diz:

– Veja doutor, é que ele tem, com muitos esforços, uma única ereção no ano e...

O velhinho, muito, muito nervoso, interrompe-a, dizendo:

– E ela pretende que eu a desperdice justamente com ela!...

S

upercola

Rita e o namorado estavam no seu quarto... A mãe termina o almoço e começa a chamar:

– Rita, o almoço está pronto! – Já vou mãe, não demoro. – Eu sei o que eles estão a fazer! – diz o Joãozinho, o irmão mais novo.

– Deixa de ser intrometido e cala a boca!

– Rita, anda! Vem prá mesa! – diz a mãe.

– Já vou, mãe!

– Rá, rá, rá, eu sei o que eles estão a fazer! – continua o “pestinha”.

– Óh “pentelho” levas um tabefe e calas a boca – diz a mãe.

Passada quase meia hora, a mãe, novamente:

- Rita, apressa-te que a comida vai ficar fria!

– Óh mãe, já vou..., diz a filha, quase a chorar...

O Joãozinho começa a rir e diz: – Eu sei o que eles estão a fazer... Há há há .

Diz a mãe:

– Fala então “peste” ...

– A Rita pediu-me o tubo da vaselina... e eu dei-lhe o de supercola!!!

C

redo de um bêbado

Creio no álcool todo poderoso e criador de formidáveis carraspanas, creio na aguardente sua filha e minha esposa predileta, a qual foi concebida por obra e graças do alambique, nasceu da puríssima cana, padeceu sob a pisão dos moinhos, foi derramada e sepultada num casco, ao terceiro dia, surgiu da garrafa e subiu graciosa e triunfante à caixa dos pirolitos.

Escoou o fundo da caldeira, está no tonel bem rolhada, estando à mão direita das barbas do bagaço, onde há de vir a alegrar uma pândega sem fim, dar visão aos grandes e pequenos, ricos e pobres, doutores e burros santos e diabos, portanto creio na repetição da pinga, na santa vindima anual, na comunicação dos irmãos do esgota, na renovação das pipas vazias, na bebedeira eterna. Assim seja.

C

uba e Fidel

Um grupo de cubanos abandona a ilha rumo a Miami. No meio viagem, um dos cubanos, o mais velho, sofre um ataque cardíaco e pede como último desejo uma bandeira para se despedir da sua querida Cuba.

Os outros começaram a procurar em todos os lugares do barco onde pudesse estar guardada uma bandeira de Cuba.

Nisto uma jovem de vinte anos, vendo o sofrimento do velho, disse que tinha tatuada no rabo a bandeira de Cuba e ofereceu-se para ajudar.

A mulher virou-se de costas para o moribundo, baixou as calças e mostrou o rabo com a bandeira tatuada. O velho agarrou a rapariga com força e beijou a bandeira, emocionado, gritando:

– Mi querida Cuba, me despido com recuerdos, mi vieja Havana, mi linda tierra!

Continuou com beijos e mais beijos na bandeira, até que, em lágrimas, disse à moça:

– Ahora vira de frente, Chiquita, que me quiero despedir de Fidel!!!

E

SCALA DE

L

EITORES

24-01-2021 – III Dom. Comum

DESATIVADA POR TEMPO INDETERMINADO, DADO QUE CONTINUAMOS A OPTAR PELA UTILIZAÇÃO DE “LEITOR ÚNICO”

POR CELEBRAÇÃO, DEDVIDO À PANDEMIA DO COVID-19 QUE PARECE NÃO QUERER LARGAR-

-NOS…

A

Fechar

Nunca peças ajuda para aquilo que podes fazer sozinho.

ESTE JORNAL FOI CONCLUÍDO EM 16 DE JANEIRO

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Referências

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