CAPÍTULO
Competência Tributária
DA ATRIBUIÇÃO
CONSTITUCIONAL
DE
“A autonomia das entidades federativas
pressupõe a repartição de competências
para o exercício e desenvolvimento de sua
atividade
normativa.
Esta
distribuição
constitucional
de
poderes
é
o
ponto
nuclear da noção de Estado Federal
”. José
DA REPARTIÇÃO
DE
C.F e E.C. Repartição de Competência Tributária União Estados D.F. Municípios ENTES POLÍTICOS DOTADOS DE Poder de Tributar = •Legislar sobre tributos •Administrar e fiscalizar seus tributos •Arrecadar seus tributos
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
C.F e E.C. Repartição de Competência Tributária União Estados D.F. Municípios ENTES POLÍTICOS DOTADOS DE Poder de Tributar = COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA -Irrenunciável -Indelegável
Emendas Constitucionais que
atuaram na repartição de
competência tributária
•EC 27/85- IPVA
•EC 03/93 – IPMF
•EC 03/93 – extinção (AIR) e (IVVC)
•EC 12/96- CPMF
STF- Emendas Constitucionais
não podem criar exceção
ao Princípio da
Anterioridade Tributária
Art. 60 § 4° C.F. - CLÁUSULAS PÉTREAS GARANTIAS INDIVIDUAIS
DAS LIMITAÇÕES
CONSTITUCIONAIS
AO
Limitações Constitucionais
ao Poder de Tributar
1-
Princípios Constitucionais Tributários 2- Imunidades TributáriasLimitações Constitucionais
ao Poder de Tributar
1- Princípios Constitucionais Tributários Exemplos: Legalidade Tributária
Não confisco
Limitações Constitucionais
ao Poder de Tributar
2- Imunidades Tributárias
= (não incidência constitucional)
A Constituição Federal determina rol de fatos econômicos que não podem sofre incidência tributária
DO EXERCÍCIO
DA
União Estados D.F. Municípios Exercício positivo da Competência Tributária LEI facultativo
LC nº 101/00- Lei de Responsabilidade Fiscal
“(...) Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.(...) (continua)
(continua) Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos (...) (continua)
(continua) Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições.(...)”
LEI INSTITUIDORA DO TRIBUTO
REQUISITOS MÍNIMOS
•DEFINIÇÃO DO FATO GERADOR
•DEFINIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO •FIXAÇÃO DA ALÍQUOTA
•DEFINIÇÃO DO SUJEITO PASSIVO TRIBUTÁRIO
DO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA UNIÃO, ESTADOS, D.F. e MUNICÍPIOS
LEI INSTITUIDORA DO TRIBUTO •FATO GERADOR •BASE DE CÁLCULO •ALÍQUOTA •SUJEITO PASSIVO LEI COMPLEMENTAR ESTABELECE NORMA GERAIS •FATO GERADOR •BASE DE CÁLCULO •SUJEITO PASSIVO segue U – E – DF - M
1ª FUNÇÃO DA
LEI COMPLEMENTAR FEDERAL
Art. 146, III C.F.
“Art. 146 C.F. Cabe à lei complementar:
(...)
III - estabelecer normas gerais em matéria
de legislação tributária, (...)”
EXEMPLO 1
Norma geral sobre fato
gerador do IPTU
LEI MUNICIPAL Instituidora do IPTU
•FATO GERADOR
Ex. Fato gerador do IPTU • Propriedade • Posse • Domínio Útil LEI COMPLEMENTAR Ex. C.T.N. NORMA GERAIS art. 32 CTN F.G. do IPTU • Propriedade • Posse • Domínio Útil
EXEMPLO 2
Norma geral sobre fato
gerador da TAXA
LEI INSTITUIDORA DO TRIBUTO
•FATO GERADOR
Ex: Fato gerador da taxa Utilização efetiva De serviço público LEI COMPLEMENTAR NORMA GERAIS Ex. C.T.N. Fato gerador da taxa - art. 77 CTN Utilização efetiva ou potencial de serviço público
Compete à Lei Complementar federal definição de fato gerador, base de cálculo e contribuintes de impostos (tributos) federais, estaduais e municipais.
Trata-se de uma lei Nacional pois cria regras gerais a serem observadas por todas as esferas governamentais (U,E,DF,M)
Exemplos de leis versando sobre normas
gerais
em
matéria
de
legislação
tributária:
1- Código Tributário Nacional
2- LC 87/96- ICMS
O Código Tributário Nacional
Norma Geral de
Normas
Gerais
lei ordinária
CONSTITUIÇÃO DE 1946 CÓDIGO TRIBUTÁRIO
NACIONAL Lei Ordinária n° 5.172/66 Lei Ordinária NORMA GERAL MATÉRIA DE LEI ORDINÁRIA
O CTN quando publicado em 1966
( vigência da CF de 1946) era:
•formalmente lei ordinária
Normas
Gerais
lei complementar
CONSTITUIÇÃO DE 1967 CÓDIGO TRIBUTÁRIO
NACIONAL Lei Ordinária n° 5.172/66 Lei Ordinária NORMA GERAL MATÉRIA DE LEI COMPLEMENTAR
Com o advento da Constituição de 67 o
CTN continuou sendo formalmente Lei
ordinária,
mas
passou
a
ser
materialmente Lei complementar.
Isto
quer
dizer
que
só
poderia
ser
alterado por lei complementar
Normas
Gerais
lei complementar
CONSTITUIÇÃO DE 1988 CÓDIGO TRIBUTÁRIO
NACIONAL Lei Ordinária n° 5.172/66 Lei Ordinária NORMA GERAL MATÉRIA DE LEI COMPLEMENTAR
Com o advento da Constituição de 88 o
CTN continuou sendo formalmente Lei
ordinária
e
materialmente
Lei
complementar.
Isto
quer
dizer
que
só
poderia
ser
alterado por lei complementar
Hoje o CTN é a lei ordinária nº 5172/66
recebida (recepcionada) pelas C.F 67 e
em seguida C.F 88 com status (força) de
lei complementar. Isto quer dizer que só
poderia
ser
alterado
por
lei
complementar. O AC 36/67 atribui à lei
5172/66 o nome de Código Tributário
Nacional.
Teoria da Recepção
Diante do advento de uma nova Constituição Feral, as normas anteriores que forem materialmente compatíveis com a nova Constituição, permanecem válidas, sendo, portanto recepcionadas. Já aquelas incompatíveis, consideram-se não recepcionadas, portanto, revogadas.
Como saber se uma lei poderá ser alterada por lei ordinária ou somente por lei complementar? Em função da forma da lei a ser modificada ou em função da matéria a ser alterada?
Resposta: em função da matéria. Analisamos que tipo de norma a C.F. exige para aquela matéria....
A instituição de tributos exige lei (art.
150, I CF). Embora para a maioria dos
tributos, a C.F exija apenas Lei Ordinária,
para alguns tributos em especial, a C.F.
faz exigência de que sejam instituídos
por lei complementar (ex. empréstimos
compulsórios)
Constituição Federal
Lei complementar Lei Ordinária ou lei
complementar
• Não institui tributo,
apenas atribui
competência tributária
• Normas Gerais
JURISPRUDÊNCIA - STF
“Lei complementar federal (não estadual) é a exigida pela Constituição (arts. 146, III, e 155, § 2º, XII) como elo indispensável entre os princípios nela contidos e as normas de direito local.” (ADI 1.945-MC - Rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 26-5-2010, Plenário,
DJE
de 14-3-2011)“A observância de normas gerais em matéria tributária é imperativo de segurança jurídica, na medida em que é necessário assegurar tratamento centralizado a alguns temas para que seja possível estabilizar legitimamente expectativas. Neste contexto, „gerais‟ não significa „genéricas‟, mas sim „aptas a vincular todos os entes federados e os administrados‟.” (STF RE 433.352AgR -Rel. Min. Joaquim Barbosa, de 28-5-2010)
2ª função da Lei Complementar
•
art. 146, I C.F
DISPOR SOBRE CONFLITO DE
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
“Art. 146 C.F. Cabe à lei complementar:
I- dispor sobre conflitos de competência,
em matéria tributária, entre a União, os
Estados,
o
Distrito
Federal
e
os
Municípios; (...)”
CONFLITO APARENTE DE
COMPETÊNCIA
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (...)
§ 1.º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal
(continua)
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; (continua)
(continua)
III - terá competência para sua instituição regulada
por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior;”
Vale mencionar que em 1989 o então Senador Fernando Henrique Cardoso apresentou no Senado Federal o Projeto de Lei Complementar nº 164/1989 (tendo recebido na Câmara dos Deputados o nº 23/1991), com o propósito de regulamentar a competência para instituição do ITCMD nas condições previstas no inciso III do § 1º do artigo 155 da Constituição Federal de 1988.
"Nº 702/2003, de 5 do corrente, comunicando o arquivamento, por inconstitucionalidade, do Projeto de Lei do Senado nº 164, 1989-Complementar (nº 23/91-Complementar, naquela Casa), que regula a competência para instituição do imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, nas condições previstas no inciso III do §1º do art. 155 da Constituição Federal".
LC 116/03- “Art. 3o O serviço considera-se
prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será devido no local:
(...) III –da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa; (...)”
IPTU- CTN art. 32 § 1º “Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; (continua)
(continua)
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.”
Dec-Lei 57/66 (teria alterado o CTN) “Art. 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo assim, sôbre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados.”
“1. Ao ser promulgado, o Código Tributário Nacional valeu-se do critério topográfico para delimitar o fato gerador do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
(ITR): se o imóvel estivesse situado na zona urbana, incidiria o IPTU; se na zona rural, incidiria o ITR. (continua)
(continua) 2. Antes mesmo da entrada em vigor do CTN, o Decreto-Lei nº 57/66 alterou esse critério, estabelecendo estarem sujeitos à incidência do ITR os imóveis situados na zona rural quando utilizados em exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial. 3. A jurisprudência reconheceu validade ao DL
57/66, o qual, assim como o CTN, passou a ter o status de lei complementar em face da superveniente Constituição de 1967. (continua)
(continua). Assim, o critério topográfico previsto no art. 32 do CTN deve ser analisado em face do comando do art. 15 do DL 57/66, de modo que não incide o IPTU quando o imóvel situado na zona urbana receber quaisquer das destinações previstas nesse diploma legal.” REsp 492869 PR 2003/0011619-3
3ª função da Lei Complementar
•
art. 146, II C.F
REGULAR AS LIMITAÇÕES
CONSTITUCIONAIS AO PODER DE
TRIBUTAR
“Art. 146 C.F. Cabe à lei complementar:
(...) II- regular as limitações constitucionais
“CF Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, (continua)
(continua) das entidades sindicais dos
trabalhadores,
das
instituições
de
educação e de assistência social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei;”
“CTN art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV
do artigo 9º é subordinado à observância dos
seguintes
requisitos
pelas
entidades
nele
referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu
patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
(Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
(continua)
II - aplicarem integralmente, no País, os seus
recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e
despesas em livros revestidos de formalidades
capazes de assegurar sua exatidão.”
“Conforme precedente no STF (RS 93.770) e na linha da melhor doutrina, o que a Constituição remete à lei ordinária, no tocante à imunidade tributária considerada, é a fixação de normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial imune; (continua)
(continua) não o que diga respeito aos lindes da imunidade, que, quando susceptíveis de disciplina infraconstitucional, ficou reservado à lei complementar” (STF, Tribunal Pleno, ADI-MC 1.802/DF de 13.02. 2004)
Outra função da
Lei Complementar
X
Lei Ordinária
•
Legislar sobre tributos
“instituir tributos”
Art. 150, I C.F.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA
“C.F. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.”
NORMAS INFRALEGAIS FUNÇÃO
REGULAMENTAM AS LEIS TRIBUTÁRIAS TORNANDO-AS EXECUTÁVEIS, REALIZANDO O DIREITO INFRACONSTITUCIONAL
CAPÍTULO
Competência Tributária
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CONCORRENTE
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO
Competência para legislar sobre Direito
Tributário
corresponde
ao
Poder
constitucionalmente atribuído aos entes
políticos
para
editarem
regras
gerais
sobre o Poder de Tributar
C.F. art. 24
“ Compete à União, aos
Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro,
Competência para legislar sobre Direito Tributário difere da Competência Tributária “propriamente dita” para Legislar sobre tributos. Esta última refere-se ao Poder constitucionalmente atribuído aos entes políticos para editarem normas instituindo os tributos, bem como legislando de forma plena (extinguindo, majorando, reduzindo, concedendo isenções, incentivos, benefícios fiscais e etc...).
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
CONCORRENTE
“LEGISLAR SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO”
União Art. 24§1° C.F. Estados Art. 24§2° C.F. Estados Art. 24 §3° C.F. Comp. Legislativa Plena União Estados Art. 24§ 4° C.F. Normas gerais Comp. Suplementar
União omissa Superveniência de lei federal
C.F. art. 24
§1º “No âmbito da legislação
concorrente,
a
competência
da
União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.”
C.F. art. 24
§ 2º “A competência da União
para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos
Estados.”
C.F. art. 24 §3º “Inexistindo lei federal sobre
normas
gerais,
os
Estados
exercerão
a
competência legislativa plena, para atender a
suas peculiaridades.”
“2. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA.
3. Competência legislativa plena da unidade da Federação, à falta de normas gerais editadas pela União. Art. 24, § 3º, da Constituição Federal. Precedentes.
4. Agravo regimental improvido.” RE-AgR 191703 SP
C.F. art. 24 §4º “A superveniência de lei federal
sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.”
MUNICÍPIOS NÃO TÊM COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CONCORRENTE
(doutrina majoritária) X
Aos que defendem a competência concorrente do Município (não há consenso)
•art. 30, II C.F
C.F Art. 30. “Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual
no que couber;”
A.D.C.T. art. 34 §3º “ Promulgada a Constituição,
a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão editar as leis necessárias à
aplicação do sistema tributário nacional nela
previsto.”
CAPÍTULO
Competência Tributária
Competência Tributária para
Legislar sobre Tributos
A Competência Tributária “propriamente dita” para Legislar sobre tributos refere-se ao Poder constitucionalmente atribuído aos entes políticos para editarem normas instituindo os tributos, bem como legislando de forma plena (extinguindo, majorando, reduzindo, concedendo isenções, incentivos, benefícios fiscais e etc...).
A Competência Tributária “propriamente dita” para Legislar sobre tributos difere da Competência para legislar sobre Direito Tributário. Esta última corresponde ao Poder constitucionalmente atribuído aos entes políticos para editarem regras gerais sobre o Poder de Tributar
C.T.N. art. 6º
“A atribuição constitucional
de competência tributária compreende a
competência legislativa plena, ressalvadas
as limitações contidas na Constituição
Federal, nas Constituições dos Estados e
nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e
dos Municípios, e observado o disposto
nesta Lei. (...)”
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (propriamente dita)
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE TRIBUTOS
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA ou seja
Competência Tributária
(sentido estrito)
Competência Tributária (sentido amplo)
Legislar
Fiscalizar Arrecadar Executar
= EXIGIR ( sujeito ativo) art. 119 C.T.N Delegável a outra Pess. Jur. Dir. Publico indelegável Delegável a ente privado Competência (sentido estrito)
Lei
Fato Gerador
Sujeito
Passivo
Prestação
Sujeito
Ativo
Dar Fazer Não fazer tributo Multa ato ilícito sanção EXIGIRC.T.N art. 119. “Sujeito ativo da obrigação é a
pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.”
Lei
Fato Gerador
Sujeito
Passivo
Prestação
Sujeito
Ativo
EXIGIRTitular da
competência
LegislarORIGINARIAMENTE
O
TITULAR
DA
COMPETÊNCIA COINCIDE COM O SUJEITO ATIVO
Lei
Fato Gerador
Sujeito
Passivo
Prestação
UNIÃO
EXIGIRUNIÃO
LegislarCTN art. 7º “A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.”
CTN art. 7º “A competência tributária é indelegável,
salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos
SE O TITULAR DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
DELEGA A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA A
OUTRA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO, O
SUJEITO ATIVO SERÁ DIVERSO DO TITULAR DA
COMPETÊNCIA
Lei
Fato Gerador
Sujeito
Passivo
Prestação
INSS
EXIGIRUNIÃO
LegislarCompetência Tributária (sentido amplo)
Legislar
Fiscalizar Arrecadar Executar
= EXIGIR ( sujeito ativo) art. 119 C.T.N Delegável a outra Pess. Jur. Dir. Publico indelegável Delegável a ente privado Competência (sentido estrito)
CTN art. 7º “A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.”
CTN art. 7 § 1º “(...)A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.(...)”
CTN art.7° § 3° “ Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.”
CTN art. 8º “O não-exercício da competência
tributária não a defere a pessoa jurídica de
direito público diversa daquela a que a
Constituição a tenha atribuído.”
CTN art. 6º parágrafo único “Os tributos cuja
receita seja distribuída, no todo ou em parte,
a outras pessoas jurídicas de direito público
pertencerá à competência legislativa daquela
a que tenham sido atribuídos.”
EX: ITR
A União tem a competência tributária
A União deve transferir 50% da sua receita aos Municípios
A competência tributária não é transferida, somente a receita.
CTN art. 6º parágrafo único “Os tributos cuja
receita seja distribuída, no todo ou em parte,
a outras pessoas jurídicas de direito público
pertencerá à competência legislativa daquela
a que tenham sido atribuídos.”
C.F. Art. 158. Pertencem aos Municípios:
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III
C.F 153 § 4º “O imposto previsto no inciso VI do caput:
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.”