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Operadora: Agora, gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Roberto Mendes, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Roberto, pode prosseguir:

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Operadora:

Bom dia, e sejam bem-vindos à teleconferência da Localiza Rent a Car referente aos resultados do 1º semestre e 2º trimestre de 2012. Estão presentes, Roberto Mendes, CFO, Sílvio Guerra e Nora Lanari, Relações com Investidores.

Informamos que os valores desta apresentação estão em milhões de reais e baseados em USGAAP até 2010 e em IFRS a partir de 2011. Todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia, que será gravada. Em seguida iniciaremos a sessão de perguntas e respostas para analistas e investidores, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de alguma assistência durante a conferência, por favor, solicite a ajuda de um operador, digitando *0.

O áudio e os slides dessa teleconferência estão sendo apresentados simultaneamente pela Internet no endereço www.localiza.com/ri. Neste endereço pode ser encontrada a respectiva apresentação para download, que pode ser acessada ao se clicar no banner “Webcast 2T12”.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Localiza, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, que podem ou não ocorrer.

Investidores devem compreender que condições macro econômicas e outros fatores operacionais podem afetar o futuro da Companhia, e conduzir a resultados materialmente diferentes daqueles expressos em tais considerações.

Agora, gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Roberto Mendes, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Roberto, pode prosseguir:

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Roberto: Bom dia a todos e obrigado pela presença.

No slide de # 2, apresentamos alguns dos destaques do 2T12.

O anúncio da redução de IPI para carros novos, vigente de 21 de maio a 31 de agosto de 2012, com possibilidade de prorrogação, trouxe alguns reflexos para o nosso negócio.

Com a queda no valor residual esperado para os carros, foram reconhecidos R$100 milhões em depreciação adicional no 2T12. Logo após o anúncio da redução do IPI, a Companhia ajustou o preço dos seus veículos seminovos o que, aliado à queda de juros e às outras medidas anunciadas pelo governo, refletiu no aumento da demanda por carros seminovos.

A venda de carros desativados em junho apresentou recorde histórico. Foram vendidos 5.711 carros para a renovação da frota. A Companhia espera que a redução no preço de venda seja compensada pela redução no preço de compra dos novos carros, com o IPI reduzido e, portanto, sem impacto no capex de renovação da frota, como ocorrido em 2009.

Outro destaque do trimestre foi a taxa de utilização da frota da Divisão de Aluguel de Carros. Com a melhor administração da compra, distribuição e venda dos carros, a taxa de utilização alcançou 74,2% neste trimestre, contribuindo para a forte geração de caixa livre de R$242,3 milhões no 1S12.

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Passo agora a palavra para Sílvio Guerra, que fará a apresentação dos resultados do 2T12. Sílvio, por favor.

No slide de # 3, apresentamos a evolução do crescimento da divisão de aluguel de carros.

O crescimento moderado no volume de negócios foi resultado da forte desaceleração das atividades econômicas no Brasil. Por outro lado, o aumento da tarifa média refletiu no aumento de 10,4% da receita no 2T12 e de 12,7% na receita do 1S12.

Segundo notícia veiculada ontem no Jornal Valor, o Banco Central Brasileiro retomou nos últimos dias o tom otimista, demonstrando confiança em que o conjunto de estímulos monetários, fiscais e pontuais adotados nos últimos meses deverá levar a economia brasileira a um crescimento anualizado de 4% no quarto trimestre, com inflação no centro da meta de 4,5% e inadimplência em queda. Os juros caíram 450 pontos desde agosto de 2011 e o BC liberou cerca de R$ 80 bilhões em depósitos compulsórios, numa reação à forte desaceleração da economia verificada a partir do segundo semestre do ano passado, quando a crise externa se acentuou. Segundo o jornal, com compulsórios ainda elevados, o governo tem margem para flexibilizar a política monetária se for necessário.

Neste cenário, a aceleração da atividade econômica esperada para o final do ano deverá trazer impacto positivo nos volumes de negócios do Aluguel de Carros.

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No próximo slide, de #4, apresentamos os volumes e receitas do Aluguel de Frotas

Nesta divisão, os contratos são de longo prazo e com menor elasticidade em relação ao PIB.

No semestre, as receitas desta divisão alcançaram crescimento de 21,1%. No trimestre, o crescimento alcançou 18,7%.

Os valores dos contratos refletem as premissas de juros e depreciação à época da contratação.

No slide # 5, apresentamos a evolução do investimento líquido na frota.

No 2T12, foram vendidos 14.504 carros e comprados 13.198, reduzindo o capital investido em R$10,3 milhões. No acumulado do ano, a redução do capital investido foi de R$134,2 milhões.

As compras de carro foram ajustadas para melhorar a produtividade da frota, o que pode ser visto no próximo slide, de número 6, onde apresentamos a taxa de utilização da divisão de aluguel de carros. A gestão mais eficiente da compra, distribuição e venda de carros, resultou na taxa de utilização de 74,2% no 2T12.

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No slide # 7, apresentamos a frota de final de período.

Mesmo com o aumento de 9,4% na quantidade de carros alugados no 1S12, a frota foi reduzida em 2,5%, resultando no aumento da taxa de utilização do aluguel de carros, conforme mencionado.

O slide # 8 apresenta a evolução da rede de seminovos.

A rede de venda de Seminovos vem sendo ampliada para sustentar o modelo de negócios da Companhia.

No 1S12, foram abertas 6 novas lojas e fechada 1 loja de menor porte.

No slide # 9, apresentamos a evolução da média mensal de venda de carros por loja de rua.

Em junho, o Seminovos alcançou o recorde histórico de venda de carros num mês, atingindo a marca de 5.711 carros vendidos.

Com o aumento das vendas, a produtividade voltou para o patamar de 82 carros vendidos por loja por mês, contribuindo para a redução do custo fixo por carro vendido.

O slide # 10 apresenta a evolução da receita líquida consolidada. No 2T12, o crescimento da receita consolidada de 11,8% deveu-se ao aumento de 13,2% nas receitas de aluguel e 10,4% nas receitas do Seminovos.

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No slide # 11 apresentamos a evolução do EBITDA. O EBITDA cresceu 7,5% no 2T12.

A margem de EBITDA de Aluguel de Carros foi impactada por despesa não recorrente de R$3,2 milhões referentes a complemento de provisão para bônus e participação nos lucros relativos a 2011 e por despesas de R$4,5 milhões de acessórios de pequeno valor para carros novos no 1S12, que passaram a ser contabilizados diretamente na linha de custos.

A relação custo-benefício do controle dos acessórios de pequeno valor na conta de ativo imobilizado justifica a sua contabilização direta na linha de custo.

Excluindo-se o ajuste de R$7,7 milhões, a margem de EBITDA do aluguel de carros no 1S12 alcançaria 42,7%.

No Aluguel de Frotas, a margem de EBITDA se manteve estável. A margem de EBITDA de Seminovos de 5,1% reflete a posição conservadora da Companhia ao revisar o valor residual estimado de seus carros bem como as despesas de venda, bases para o cálculo do book value ao final da vida útil do carro.

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Vamos agora para o slide # 12, em que apresentamos a evolução da depreciação.

A depreciação da frota foi ajustada após o anúncio da redução do IPI, para refletir a expectativa de redução do valor residual dos carros.

No 2T12, foram contabilizados R$100 milhões em depreciação adicional.

A Companhia estima ainda R$80 milhões em depreciação adicional a ser contabilizada pela vida remanescente dos carros. Este valor poderá ser reavaliado em função da alteração no valor de mercado dos carros.

Os carros comprados após a redução do IPI apresentam depreciação bem menor que a média apresentada no 2T12.

No slide # 13 apresentamos a evolução do lucro líquido.

A queda no lucro líquido do trimestre resulta do aumento da depreciação da frota em R$122 milhões, sendo R$100 milhões resultado da redução do IPI e R$22 milhões em função do crescimento do número de carros na frota operacional.

O aumento da depreciação foi parcialmente compensado em R$60,5 milhões pelo aumento do EBITDA, redução das despesas financeiras em função da queda da taxa de juros e da conseqüente redução do imposto de renda.

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Excluindo os efeitos da depreciação adicional, o lucro alcançaria R$149,5 milhões no semestre.

Agora vamos falar sobre a geração de caixa, demonstrada no slide de # 14.

A Companhia continua apresentando forte geração de caixa livre, com R$242,3 milhões gerados no 1S12.

A redução no preço de venda dos carros em razão da redução do IPI deverá ser compensada por menores preços de compra, sem que haja impacto no capex para a renovação da frota, com ocorreu em 2009.

O slide de # 15 apresenta a movimentação da dívida no semestre. A forte geração de caixa permitiu a redução de R$108,5 milhões na dívida líquida do período.

No slide # 16 apresentamos o perfil da dívida.

A Companhia mantém forte posição de caixa e confortável perfil da dívida.

No 1S12, o spread all in foi de 1,3p.p. acima do CDI. Com a redução da taxa básica de juros para 8%, o spread será reduzido para 1,14p.p. ao ano

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No próximo slide, de # 17 apresentamos os ratios de dívida, que refletem a disciplina financeira da Companhia.

Os ratios de Dívida líquida sobre EBITDA e EBITDA sobre despesas financeiras líquidas apresentaram melhora significativa. No slide, de # 18, apresentamos o spread entre o ROIC e o custo da dívida após impostos.

O aumento das tarifas médias nas duas divisões de aluguel, a melhor taxa de utilização da divisão de aluguel de carros e a redução do custo da dívida contribuíram para o spread de 8,1 p.p. No slide de # 19, destacamos o lançamento do programa de ADRs nível I.

Passamos agora para a sessão de perguntas e respostas.

Operadora: Senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digitem asterisco um (*1). Para retirar a pergunta da lista, digitem asterisco dois (*2).

Nossa primeira pergunta vem do Sr. Samuel Campodal do BTG Pactual.

Felipe Nussili: Bom dia pessoal, aqui é Felipe Nussili, eu queria fazer duas perguntas - a primeira sobre a taxa de utilização no aluguel de carro. A gente observou um aumento muito importante, tanto sequencialmente quanto ano contra ano, será que vocês poderiam comentar um pouquinho se isso está relacionado, de alguma forma, com o crescimento de volume um pouco menor e o que a gente poderia esperar olhando para frente? Essa seria a minha primeira pergunta. Obrigado.

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Roberto Mendes: Obrigado, Felipe. Realmente essa taxa de utilização foi espetacular, é um conjunto de atitudes que nós tomamos para poder conseguir esse número; por ações na compra, na mobilização da frota e na venda, então esse conjunto levou a esse patamar. E nós temos trabalhado para que essa taxa de utilização no ano fique acima de 70%.

Samuel Campodal: Tá ótimo, Roberto, obrigado. A segunda e última pergunta é: olhando um pouquinho para o ratio de preço médio de compra e preço médio de venda, a gente viu que na verdade esse ratio aumentou na verdade no segundo tri se comparado também em relação ao próprio primeiro tri desse ano. Vocês estão vendo algum comportamento um pouco diferente no preço do veículo usado, se comparado ao preço novo? Ou seria mais uma questão de mix mesmo, que a gente observou agora no segundo tri?

Roberto Mendes: Nós temos... é ainda uma questão ainda que tem uma massa ainda pequena para poder chegar à essa conclusão, Felipe, mas nós não acreditamos que o GAP desse preço de compras e venda vai aumentar principalmente numa divisão de aluguel de carro, hoje nós temos os carros seminovos. Então, nós até já escrevemos aí nos releases, agora o Silvio acabou de comentar, que os carros que forem adquiridos após a redução do IPI, a depreciação destes carros (mas é uma massa pequena, são cerca de 10 mil carros) a dedução já foi bem menor do que aqueles números que nós apresentamos no segundo trimestre.

Mas nós estamos esperando ocorrer um volume maior de aquisições para que se tenha uma massa crítica maior para poder dar uma informação mais precisa para o mercado. Mas não percebemos uma diferença de GAP importante, até porque o preço do carro novo também vai cair... já caiu, aliás, e preço do carro usado também tem acompanhado mais ou menos em linha. Então, os dois ainda estão seguindo o mesmo... cerca de sete pontos percentuais de queda, então, isto faz com que o GAP não aumente. Samuel Campodal: Tá legal, tá ótimo. Muito obrigado, Roberto. Operadora: Nossa próxima pergunta vem do Sr. Rogério Araújo da Flow Corretora.

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Rogério Araújo: Olá, bom dia a todos, obrigado pelo call. Eu gostaria de saber em relação ao aumento de preço de car rental, qual que deve ser o tom daqui pra frente? Vocês devem continuar aumentando preço numa velocidade um pouco maior e que vocês iam aumentando para trás? E o que vocês esperam em termos de concorrência - se ela acompanha o preço ou não? E de market share de Localiza para frente, se deve ser ou não afetado devido a esse aumento de preço? É isso, muito obrigado.

Roberto Mendes: Rogério, daqui para frente a gente espera que o preço fique mais ou menos em linha com o que nós temos apresentado nesses dois últimos trimestres. O que a gente conseguiu fazer de aumento já está aí, então não esperamos novos aumentos. Nós temos ainda que esperar um pouco o cenário que vai acontecer - queda de taxa de juros, queda de preço de carro, quanto tempo isso vai durar – então, por enquanto, nós não pretendemos mexer na nossa tarifa. Temos que aguardar um pouco o quê que vai acontecer no cenário de preço de carro novo e usado. Rogério Araújo: Tá legal, muito obrigado.

Operadora: Nossa próxima pergunta vem do Sr. Nicolai Sebrell da Morgan Stanley.

Nicolai Sebrell: Bom dia, Roberto e Silvio. Só uma pergunta: eu gostaria de saber sobre o outlook para frota; parece que a frota, para mim, não vai crescer muito por causa da economia, dividiu o mercado fraco dos carros usados, e tem economistas agora com previsão para o crescimento da economia de quase 1.5%, então, isso significa que sua frota pode crescer 8%. O que você acha? Roberto Mendes: Nick, obrigado pela pergunta. A gente sabe... você sabe que a gente não dá guidance, mas vamos separa o PIB deste ano em dois semestres: o primeiro semestre foi bem fraco - como alguém falou: um “pibinho”, saiu na revista... acho que na Veja. Esse segundo semestre o Banco Central (até o Silvio comentou, saiu no jornal de ontem) o Brasil já está com uma expectativa mais positiva, em termos de taxa anualizada... de PIB, desculpe, anualizado no quarto trimestre, só o quarto então, anualizado, e já o Banco Central está falando em 4%. Ele fez vários estímulos para que isso acontecesse, então, ele espera que exista uma resposta de todos os estímulos que ele está fazendo.

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É claro que a gente vai comprar carros de acordo com a demanda, porque nós vamos ter que fazer aquela renovação da frota, que nós já anunciamos, cerca de 67 mil carros, vamos ter que comprar esses carros e mais o crescimento - e o crescimento vai ser de acordo com a demanda, até porque, como você viu, nós estamos bastante focados em manter uma taxa de utilização de, pelo menos, 70%, e a gente sabe que isso contribui para o ROIC... o spread de oito pontos percentuais que, enfim, busca esse spread, então nós vamos estar... a compra de carro vai estar sempre preocupada com o que comprar exatamente e o que está sendo demandado pelo aluguel de carro.

Nicolai Sebrell: Ok, faz sentido. Então, flexibilidade que você tem para mudar o tamanho da frota, você precisa dois meses, três meses, quantos meses... que período de mudanças para o que você, por exemplo, queria crescer a frota 8%, 10% em vez de 15%? O inverso para melhorar o tamanho da frota. Que flexibilidade para fazer isso? Entendeu?

Roberto Mendes: Entendi Nick. Realmente, aquele exemplo que a gente dá da caixa d’água é exatamente isso: a caixa d’água está lá, cheia não de água, de carros, né?

Nicolai Sebrell: (risos) Gosto disso: água... também.

Roberto Mendes: 70% desses carros a gente espera que esteja alugado, os outros 30% ou sendo preparados para ser alugados, lavando, consertando ou realmente aguardando o cliente, e nós vamos ter, então, a administração daquelas duas torneiras - uma torneira embaixo, que são os cartões vendidos, essa torneira está sempre aberta. E aquela torneira de conta, que nós podemos ajustá-la para comprar mais ou menos.

Então não é de se esperar que de repente apareça uma demanda que justifique ter... fazer uma comprar... uma mega compra de 20 mil carros. A demanda vai aquecendo, a gente vai acelerando as compras, e a gente consegue fazer isso de uma maneira bastante profissional e calculada, sem impactar a taxa de utilização. Então, a gente faz isso muito bem; temos demonstrado e mostramos essa capacidade ao longo do tempo, e esse último trimestre, então, ficou mais ainda claro como nós sabemos focar nesse assunto e dar

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Nicolai Sebrell: Ótimo, obrigado.

Operadora: Nossa próxima pergunta vem da Sra. Irma Sgarz do Goldman Sachs.

Irma Sgarz: Bom dia, Roberto e Silvio. Eu queria... tenho duas perguntas na verdade. A primeira é: se vocês puderem, talvez, dar um pouco... um feedback sobre as vendas agora em julho. Sei que é a época das férias, mas eu queria entender se vocês estão vendo que o impulso inicial da redução no imposto IPI, se ainda traz um impulso agora, ou se vocês estão vendo um pouco uma tendência de fade out, que isso está, incrementalmente, sendo menos forte àquele estímulo?

E também, a outra pergunta é: na linha das despesas do aluguel dos carros - eu sei que vocês têm algumas receitas não-recorrentes, mas mesmo limpando tanto a base do ano passado, quanto este ano, daqueles impactos não-recorrentes, teve um pouco de aumento das despesas, acho que de uns 80 basis points. Tem alguma coisa onde vocês estão sentindo pressão nas despesas, tem alguma coisa que a gente deve entender melhor aqui? Obrigada.

Roberto Mendes: Oi Irma, muito obrigado pela sua pergunta, pela sua presença. Com referência à demanda por aluguel de carro agora no mês 7, mês de julho, o mercado continua aquecido, a demanda continua aquecida. Nós fizemos uma venda recorde no mês passado, então, aquela quantidade de carros que nós temos neste instante disponível para venda ficou bastante reduzido. Nós estamos tomando as providências para que os carros novos cheguem para gente poder disponibilizar mais carro para venda. No ponto de vista de mercado então está bom. Do ponto de vista de quantidade de carro que hoje o grupo tem disponível para venda está um pouco reduzido, essas frotas estão nos nossos pátios de seminovos, mas a notícia é boa. Com referência às despesas do aluguel de carro, realmente, teve esse assunto que você comentou de despesas não recorrentes, de bônus e participação nos resultados. E teve o assunto dos acessórios, de que até o ano passado nós jogávamos esses valores no ativo mobilizado. Não é econômico o controle desses ativos mobilizados; um rádio custa 80 a R$ 100, imagina o controle de 90 mil rádios? É realmente antieconômico fazer esses controles de, também, inúmeros tapetes;

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cada carro tem quatro tapetes, como é que eu vou ficar controlando todos esses tapetes? Então, não justifica todos esses controles; é antieconômico. Por isso nós, então, fizemos essa mudança de passar a registrar essas despesas, esses acessórios como custo. Isso impactou, e esse ano, então, nós estamos ainda depreciando os acessórios que nós tínhamos comprado até 2011, e passamos a jogar para custo todos acessórios novos que foram comprados para os carros novos. Então esse é o impacto de que este ano vai ter essa duplicidade de despesa, tem o efeito Ebitda, a partir do ano que vem não terá efeito na última linha, já que os acessórios estarão 100% já depreciados e só teremos as compras dos acessórios para 2013. Houve também algum impacto na queda de margem; os custos estão sujeitos a inflação, os preços aumentaram um pouco, mas não houve ganho de escala como a gente vinha apresentando no passado. Mas o importante é, a gente gosta sempre de salientar, que a diferença ao spread, ROIC menos o custo da dívida. O spread continua ali acima de oito pontos percentuais, deu 8,1, então o importante para agregar valor ao acionista é que esse spread continue nesse patamar, ou... claro que eu gostaria de que fosse mais, mas foi uma estratégia de consolidação da empresa esse... um número perto desses oito pontos percentuais.

Irma Sgarz: Perfeito. Obrigada.

Operadora: Nossa próxima pergunta vem do Sr. Bruno Amorim do Banco Santander.

Bruno Amorim: Bom dia. Eu tenho duas perguntas, por favor. A primeira é com relação à idade média do carro vendido de vocês, que ficou em 16.1 meses agora no segundo trimestre. Eu queria saber onde que vocês pretender estabilizar esse valor e se vocês esperam algum impacto ou depreciação para cima ou para baixo, conforme esse valor, eventualmente, diminua?

E em segundo lugar eu queria saber.... pedir para vocês explicarem, por favor, o que que levou à essa margem na venda de carros usados entre os seminovos de 5.1%? Queria saber se esse é o novo valor recorrente daqui para frente? Bom, da minha é isso, obrigado.

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Silvio Guerra: Bruno, obrigado pela pergunta. A respeito da idade média do carro vendido, nós estamos com a idade média de carro vendido na faixa de 16.1 no segundo trimestre de 2012, e a expectativa nossa é disso para baixo, nós fazemos a redução dessa idade média em função do volume das vendas que nós estamos obtendo com seminovos. Então, dependendo da quantidade de carros vendidos esse ano - nós já estamos aí com um número bastante considerável; esse primeiro semestre cerca de 27.8 mil carros vendidos - se a gente caminhar um pouco mais rápido nesse segundo semestre, esse número provavelmente vai chegar em uma meta mais ou menos em torno de treze meses. Esse seria o objetivo, dependendo do volume de carros vendidos.

Com relação à sua segunda pergunta, a margem de seminovos de 5.1%, primeiro: ela mostra o cuidado da Localiza do ponto de vista do conservadorismo em relação à “bookar” o preço desse carro vendido e de acentuar mais o efeito da depreciação para a gente não ter surpresa. O objetivo nosso não é transformar a área de seminovos numa área de lucro - ela continua sendo uma área de eficácia – e o objetivo permanece ter uma taxa de Ebitda na faixa de 2%.

Roberto Mendes: Bruno, só para complementar aqui a explicação do Silvio, a gente compra o carro na divisão de aluguel de carro e fica com ele um ano, depois eu gasto algum tempo para vendar. Quer dizer, então, em condições normais, quando está tudo acontecendo dentro desse ciclo que a gente busca, o carro... na hora que eu vou vender esse carro ele vai estar com treze meses e meio. Eventualmente, a gente pode esticar esses treze meses e meio até quatorze meses e meio, quinze ou um pouco mais. Isso não traz nenhum impacto em depreciação, e pouco impacto em manutenção. Então, a gente pode fazer... ter essa flexibilidade à medida que o mercado exige isso da gente; a gente vai buscando ter esse, vamos dizer, esse espaço para administração. Então entre treze e meio, quinze e meio e dezesseis, não faz nenhuma... pouca diferença em termos de custo. Só faria diferença se realmente esse número fosse para acima de dezoito meses. E os seminovos, o Silvio já foi claro, realmente nós não temos nenhum objetivo de rentabilizar essa área, o nosso core business é o aluguel de carro. Só para complementar também, o aluguel de frota é um pouco diferente; o carro fica vinte e quatro ou trinta e seis meses na mão do cliente, e quando o cliente devolve o carro nós temos que vender

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- esse carro não tem a opção de esticar a vida dele. Então esse carro, no negócio de aluguel de frota, tem que ser vendido tão logo o cliente nos devolva, ou assim que ele seja preparado para venda e etc. Não há como a gente esticar a vida desse carro, porque não pode ser aproveitado em outro contrato, ele tem que realmente ser vendido.

Silvio Guerra: Nós vamos agora responder a uma pergunta que veio via internet. A pergunta é do Caio Rossoni da Triogem:

Caio Rossoni: Poderiam comentar como o 3Q começou e se acham que, do ponto de vista de crescimento de Ebitda ano contra ano, vocês esperam um 3Q melhor ou pior que o 2Q?

Roberto Mendes: Caio, nós não damos guidance, como você sabe. Nós podemos falar do cenário, nós até comentamos, o Silvio comentou na fala dele da notícia que saiu no jornal Valor Econômico de ontem, em que o Banco Central já está menos pessimista, um pouco mais otimista com relação a todos os incentivos que ele deu para estimular a economia.

Então ele já anunciou uma queda na inadimplência, já espera uma queda na inadimplência, espera uma inflação ali na meta, de 4,5%, e um PIB do quarto trimestre anualizado de quatro pontos percentuais. E temos também que lembrar que nesse segundo semestre nós temos aí um impacto positivo das eleições. Então, o cenário tem algumas... alguns vários fatores positivos; todo esse estímulo de juros mais baixos, de investimentos que estão sendo feitos, estão sendo anunciados, a gente enxerga um cenário, no segundo semestre, mais favorável do que o primeiro semestre.

Roberto Mendes: Parece que também teve uma pergunta de Ebitda. O Ebitda cresce, geralmente, em linha com a receita de aluguel, tá certo? A margem Ebitda está ali consistente, nós temos uma margem Ebitda por volta de 42% na divisão de aluguel de carro, 66% na divisão de aluguel de frota e cerca de 2% na área de seminovos, que não é uma área core.

Operadora: A próxima pergunta vem do Sr. Daniel Spilberg do Banco Barclays.

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esse ano e para o ano que vem? E se a companhia tem uma meta revisada de venda de seminovos para esse ano? Obrigado.

Roberto Mendes: Bom Daniel, obrigado pela pergunta. Realmente, a gente tem um plano de abertura de lojas de seminovos. Nós comentamos... queríamos abrir esse ano quatorze lojas; essas lojas são de maior porte. Temos fechado algumas lojas de menor porte que tem um custo fixo elevado. Então, realmente, essa é a informação que a gente tem agora.

Também comentamos agora que esse próximo trimestre já vão ser abertas mais quatro lojas. E para o ano que vem nós vamos abrir a quantidade de loja necessária para manter... sustentar o modelo de negócio, porque a gente sabe que não é econômico buscar o crescimento na semi-store sales; o crescimento de venda nas lojas com... que exigiria um investimento muito grande em publicidade para atrair clientes. Então, faz mais sentido abrir novos pontos para vendas desses carros desativados do que buscar um crescimento de volume de carro nas lojas muito acima daquilo que é da capacidade dela. Então, nós temos esse objetivo de manter essa rede em crescimento para manter... para sustentar o nosso negócio. Daniel Spilberg: Roberto, só para ver se eu entendi: são quatorze lojas abertas líquidas? Ou são quatorze lojas abertas e algumas fechadas? E se tem também um número atualizado de número de veículos seminovos para serem vendidos?

Roberto Mendes: Não, nós não alteramos nenhuma das informações. Nós informamos que iríamos abrir quatorze lojas, em termos líquidos, pode ser doze, porque duas pelo menos serão... já foram fechadas, mas o objetivo é abrir quatorze lojas de rua - de maior porte - e fechar algumas de menor porte para essas duas que nós já anunciamos; uma foi no primeiro trimestre e outra no segundo trimestre. Esse que é o número. Com referência ao número de carros, nós precisamos renovar este ano nossa frota – são aqueles 67 mil carros – então mantemos o mesmo número: 65... 67, não vai fazer muita diferença, mas o desejável seria que fossem renovados 67 mil carros.

Daniel Spilberg: Obrigado.

Operadora: Nossa próxima pergunta vem do Sr. Caio Rossoni da Triogem.

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Caio Rossoni: Oi Silvio e Roberto. Obrigado pelo call. Eu tinha na verdade um complemento da minha pergunta: eu queria entender um pouquinho mais essa parte dessa atitude mais conservadora em relação à taxa de utilização. Eu queria entender se isso tem mais a ver com a incerteza em relação à IPI, enfim, taxa de juros? Ou mais a ver com uma atitude mais cautelosa em relação à demanda? E eu pergunto isso porque eu entendo que o Banco Central está fazendo, e mais ou menos o que eles estão achando que pode acontecer com o PIB. Mas, na verdade, vocês não estão expostos ao PIB do Brasil crescer, vocês estão expostos ao PIB de serviços. E é por isso que queria entender um pouco melhor se vocês acham que o PIB de serviços, o PIB da Localiza - vamos colocar assim - ele é um PIB que realmente você já viu o pior dele ou esse terceiro trimestre ainda continua fraco? Porque, você tem essa dicotomia em relação à manufatura e serviço do Brasil – que acaba, às vezes, embaraçando um pouco a análise. Seria essa a minha pergunta. Silvio Guerra: Caio, o assunto de taxa de utilização é muito relevante; por exemplo, as empresas aéreas se preocupam muito em não voar com avião vazio porque tem... uma vez que... é quase um capital fixo instalado - ele comprou o avião, encheu de combustível, voou, então o desejo dessas empresas é que ele voe cheio. Um hotel também se preocupa muito porque eles construíram um prédio e esperam, então, que tenha uma taxa de ocupação dos hotéis ali para poder rentabilizar aquele investimento que ele fez.

No nosso caso, esse é o bem que nós compramos, é o carro, e ele precisa de uma taxa de utilização mínima para poder compensar o capital investido porque o carro alugado ou parado, ele tem alguns custos muito relevantes. Pelo menos dois muito relevantes, que eu vou falar agora: depreciação e os juros. O carro... você comprar o carro e deixar na garagem e vender daqui um ano, ele vai perder valor, mesmo que você não rode com ele. E vai ver também o capital empatado naquele dinheiro, porque ele não vai remunerar. Então, o aluguel, 70% que o número que a gente está buscando de pelo menos 70%, é para ter uma rentabilidade boa, para dar um spread de oito pontos percentuais.

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fazer algum conserto, Então, uma parte desses 30% de carros que não estarão alugados, ou vão estar a serem preparados ou, de fato, vão estar aguardando algum cliente que não fez reserva e tudo mais.

Então, esse número é muito importante e já ajuda, de maneira bastante relevante, a conseguirmos um ROIC e um spread de oito pontos percentuais. Com referência ao PIB (que foi a sua outra pergunta) nós estamos vinculados ao PIB da economia, não é só de serviço, porque as empresas que vão estar fazendo investimentos vão precisar alugar carro. Então alguém vai construir uma ponte; precisa mandar uma equipe ali pra sondar o terreno - essas pessoas vão precisar de carro. Depois vem uma equipe que vai desenhar lá a ponte, fazer a estrutura e tudo mais para construir - também precisa de carro. Até a turma que vem inaugurar a ponte precisa de carro - precisa de carro para poder levar as autoridades lá.

Então, todos esses momentos que vão precisar de carro esquentam o nosso negócio. Então, daí a relação de elasticidade importante de crescimento no negócio de aluguel de carro com o PIB.

Caio Rossoni: Se eu puder só ao menos fazer um follow-up na pergunta de utilização. A minha pergunta de utilização é porque é o seguinte: a gente olha no histórico e a gente vê vocês com uma média de, sei lá, 68, 69%, então, historicamente essa utilização funcionou para vocês. E eu entendo a questão econômica e financeira de você tentar ter utilização o máximo, mas, eu entendo que o histórico do business de vocês, talvez, vocês chegaram a uma conclusão que, sei lá, 68, 69, historicamente, era uma utilização boa; que te dava rentabilidade, mas te fazia perder uma venda futura. Então minha pergunta é: se alguma coisa em relação ao que vocês julgam ser a utilização ideal para vocês mudou ou não? E por quê? Essa é mais a natureza da pergunta.

Roberto Mendes: Caio, nós estávamos com uma taxa de crescimento na faixa de 25%, 20% no aluguel de carro. Com essa taxa de crescimento e todo aquele momento, 68, 69% dava rentabilidade e não perdia negócio. Nesse... nós estamos agora num cenário de crescimento mais moderado. Nós temos então a capacidade, a inteligência para poder focar na nossa logística e dedicar mais tempo para melhorar esse indicador que está aí.

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Então, contribuir para que esses oito pontos percentuais fossem alcançados.

Caio Rossini: Ok, obrigado.

Silvio Guerra: Nós vamos ler aqui... Nós vamos estar lendo aqui a pergunta do Gustavo da (ininteligível X 41:09). E a pergunta é a seguinte: vocês acham que o GAP entre carros novos e usados ficará maior novamente depois que terminar a redução do IPI, conforme ocorreu em 2010?

Roberto Mendes: Gustavo, em 2010 o GAP não aumentou depois que o IPI voltou não, na verdade, quando o IPI voltou em 2010, nem o preço do carro novo subiu nem o seminovo nosso. Os dois... as montadoras absorveram o aumento do IPI naquela época e, consequentemente, o carro seminovo não sobe. O carro seminovo vai ter sempre uma linha ali de acompanhamento em relação ao preço praticado no mercado de carros novos.

Então, em 2010 esse GAP não aconteceu e agora falar o quê que vai acontecer é ainda um pouco prematuro; o IPI acabou de baixar, nem sabemos se vai ser prorrogado ainda. O que nós temos é o histórico; o histórico demonstrou naquela época, 2010, de que os preços quando o IPI foi voltando, também não voltou de uma só vez, o preço praticado no mercado de carro novo não aumentou. Então o preço do carro usado manteve no mesmo patamar e o GAP, então, ficou constante.

Operadora: Lembrando que para fazer pergunta, basta digitar asterisco um *1). Gostaria de convidar o Sr. Roberto Mendes para prosseguir com as considerações finais. Por favor, Sr. Roberto. Roberto Mendes: Senhores eu gostaria de agradecer a presença de todos em nossa teleconferência. Informá-los que nosso que nosso Departamento de Relações com Investidores está disponível para qualquer dúvida que vocês tenham aqui, estão a Nora e o Silvio à disposição. Muito obrigado e um bom dia a todos.

Operadora: A audioconferência da Localiza Rent a Car está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham um bom dia.

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