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Professoras sergipanas em busca de ascensão profissional: por entre táticas e estratégias (1960-1980)

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Academic year: 2021

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(1)PROFESSORAS SERGIPANAS EM BUSCA DE ASCENSÃO PROFISSIONAL: POR ENTRE TÁTICAS E ESTRATÉGIAS (1960-1980). Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas / UFS O objetivo desta comunicação1 é o resultado da investigação do processo de constituição da carreira docente de ex-alunas do Instituto de Educação Rui Barbosa (IERB), que concluíram o curso entre 1960 e 1980. Através da abordagem biográfica foi possível conhecer as vivências construídas pelas professoras sergipanas em busca de ascensão profissional, principalmente as táticas e estratégias mobilizadas. A análise da prática docente permitiu verificar também em que medida as habilidades, as competências e os saberes desenvolvidos e apropriados durante a formação inicial foram utilizados no exercício profissional. Os pressupostos teórico-metodológicos que embasam este estudo procuram aproximar a história da profissão docente e a abordagem biográfica. Neste sentido a reconstrução das trajetórias das professoras sergipanas mostrou-se recurso metodológico apropriado para compreender a relação entre os projetos familiares, o processo de formação (inicial e continuada) e os percursos profissionais, inseridos em um determinado contexto sócio-cultural. O Instituto de Educação Rui Barbosa foi responsável pela formação de várias gerações de professoras em Sergipe. Até meados da década de 1940, era única instituição de ensino público dedicada à formação de professores ao lado de colégios confessionais que atuavam na capital e no interior do Estado. A mudança do prédio da instituição da praça central da cidade para um bairro de periferia na metade da década de 1950, provocou alterações significativas no corpo docente e discente. Na segunda metade do século XX, o magistério primário em Sergipe, aos poucos deixou de ser exercido apenas pelas “professorinhas” geralmente jovens solteiras oriundas das classes mais favorecidas da sociedade. A partir da década de 1960, muitas jovens que procuravam o Instituto de Educação Rui Barbosa almejavam uma carreira e investiram de forma estratégica em busca de ascensão nesta profissão. O magistério, enquanto profissão,. 1. Esta comunicação é resultado da análise preliminar dos depoimentos coletados para pesquisa em andamento financiada pela FAP/FUNTEC/MCT/CNPq, intitulada “Memórias de professoras: processo de formação e prática docente de ex-alunas do Instituto de Educação Rui Barbosa (1960-1990)”, que conta com o apoio da bolsista Roselusia Teresa Pereira Morais..

(2) passou a ser exercido de forma a garantir não apenas os meios de subsistência, mas também como espaço de realização e de conquistas para algumas gerações de professoras. Logo após a formatura no curso normal as ex-alunas geralmente buscaram os concursos públicos no âmbito estadual e/ou municipal para ingressarem no magistério público. Muitas delas passaram os anos iniciais do exercício do magistério lecionando no interior do Estado. Uma das estratégias mobilizadas em favor da ascensão profissional foi a realização de cursos de graduação de licenciatura plena na Universidade Federal de Sergipe, criada em 1968, ou em outra instituição de ensino superior privada. A conquista do diploma do curso superior, significou para um grupo de entrevistadas a possibilidade de exercer funções de administração, orientação, supervisão e coordenação pedagógica, garantindo a ampliação do exercício do magistério para além da sala de aula. Algumas também investiram em cursos de pós-graduação como especialização e Mestrado em Educação. Tivemos a possibilidade de coletar depoimentos de professoras que ocuparam cargos relevantes em determinadas gestões nas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, assim como outras que se engajaram nas diretorias dos sindicatos dos professores. Nenhuma das entrevistadas aposentou-se como professora do ensino fundamental, a maioria delas no final da carreira estava lecionando no ensino médio e mesmo no ensino superior. A possibilidade de apreensão de aspectos da experiência profissional das professoras através de documentos institucionais (atas, relatórios, processos, teses), textos jornalísticos (de autoria pessoal ou sobre o trabalho docente), depoimentos (orais e escritos), cartas, fotografias, entre outros, se constituiu em um desafio complexo. Afinal, para tentar compreender as relações que estabeleceram ao longo de suas vidas, e o significado de suas experiências, fez-se necessário construir aproximações com o contexto em que estavam inseridas. Questões Teórico-Metodológicas Alguns autores também têm produzido, principalmente a partir da década de 1990 , algumas reflexões sobre os limites da utilização da abordagem biográfica para os estudos no campo da História e da Sociologia. Para Bourdieu (1996, p.183), a “história de vida é uma noção do senso comum que entrou como contrabando no universo científico.” A partir desta afirmação o citado autor referiu-se a algumas impropriedades metodológicas e conceituais do trabalho com biografias e autobiografias e com as “ilusões” em busca de um sentido linear para as trajetórias e os relatos de vida..

(3) Levi (1996, p.168) ao questionar a possibilidade de escrever/narrar uma vida, analisou as funções da biografia e apresentou de forma esquemática, diferentes possibilidades da pesquisa biográfica. Ao refletir acerca das “perspectivas dinâmicas das condutas individuais e coletivas”, o referido autor comentou: Não se pode negar que há um estilo próprio a uma época, um habitus resultante de experiências comuns e reiteradas, assim como há em cada época um estilo próprio de um grupo. Mas para todo indivíduo existe também uma considerável margem de liberdade que se origina precisamente das incoerências dos conflitos sociais e que suscita a mudança social. Portanto, não podemos aplicar os mesmos procedimentos cognitivos aos grupos e aos indivíduos; e a especifidade das ações de cada indivíduo não pode ser considerada irrelevante ou não pertinente. (...)Os conflitos de classificações, de distinções, de representações interessam também, à influência que o grupo socialmente solidário exerce sobre cada um dos membros que o compõem, além de revelarem as margens da liberdade e de coação dentro das quais se constituem e funcionam as formas de solidariedade. (Levi, 1996, p.182).. Para analisar os depoimentos coletados foi importante desenvolver uma leitura sócio-histórica, relacionando sujeitos-contexto a partir da “rede de interdependências” e das “figurações” constituídas, como aponta Norbert Elias2: Nessa mudança de perspectiva, os homens singulares não perdem, como às vezes tendemos a considerar, o seu caráter e valor enquanto homens singulares. Porém eles não aparecem mais como indivíduos isolados, cada um totalmente independente dos demais, existindo por si mesmo.(...) Na análise das figurações, os indivíduos singulares são apresentados da maneira como podem ser observados: como sistemas próprios, abertos, orientados para a reciprocidade, ligados por interdependências dos mais variados tipos e que formam entre si figurações específicas, em virtude de suas interdependências. (...)Na maior parte das vezes, as figurações que os indivíduos formam em sua convivência mudam bem mais lentamente do que os indivíduos que lhes dão forma, de maneira que homens mais jovens podem ocupar a mesma posição abandonada por outros mais velhos. (Elias, 2001, p.50-51).. Ao buscar compreender os aspectos da “configuração” do trabalho docente e das posições ocupadas pelas professoras, na construção de suas carreiras profissionais foi possível retomar experiências singulares que foram constituídas por uma determinada rede de interdependências e reciprocidades. As famílias, as associações culturais, as instituições escolares e as relações profissionais permitiram a cada uma delas o desenvolvimento de habilidades e de um certo repertório de atitudes. 2. Elias também analisa figurações específicas como o modelo da sociedade de corte As obras de Elias que inspiraram mais de perto esta pesquisa, além do livro já citado, foram: Elias (1994; 1998)..

(4) A análise dos percursos escolares nos permitiu compreender aspectos da escolarização, de forma mais específica, mediada por diferenciações de classe, etnia e gênero. O interesse dos familiares e dos próprios atores pelo processo de escolarização, nos seus diversos níveis, geralmente foi conquistado através da mobilização de estratégias3 diversas no jogo das posições de classe e das possibilidades de futuro. O investimento na escolarização e a formação familiar possibilitaram a aquisição de disposições e instrumentos, saberes e práticas significativos. Neste sentido, para Bourdieu: O sistema de disposições em relação à escola é o produto da interiorização do valor que o mercado escolar (antecipando suas sanções formalmente neutras as sanções do mercado simbólico ou econômico) confere aos produtos da educação familiar das diversas classes sociais (logo de seu capital cultural) e do valor que, por suas sanções objetivas, os mercados econômico e simbólico conferem aos produtos da ação escolar segundo a classe social de que provêm. Nestas condições, o sistema de disposições em relação à escola enquanto propensão a consentir investimentos de tempo, esforço e dinheiro, necessários para conservar ou aumentar o capital cultural, tende a duplicar os efeitos simbólicos e econômicos da distribuição desigual do capital cultural ao mesmo tempo que os dissimula e legitima. (Bourdieu, 1974, p.308):. A abordagem biográfica não favorece a generalização dos resultados pesquisados, mas permite a percepção profunda dos processos formativos aproximados de uma geração, ou categoria profissional. Assim, ao reconstruir e interpretar as trajetórias são destacados elementos comuns e distintos do processo de socialização familiar, assim como, cada um a seu modo, de perspectiva de acesso a posições privilegiadas. Aspectos do exercício do magistério em Sergipe Como ainda não possuímos estudos específicos sobre a história do trabalho feminino em Sergipe, fomos buscar algumas inspirações em outros Estados, para compreender algumas das relações identificadas. Constatamos que estatisticamente as mulheres sergipanas eram a maioria da população, desde o final do século XIX e trabalhavam. No entanto, nas atividades profissionais de maior visibilidade social e com maior chance de rentabilidade econômica, elas estavam representadas em menor número. A maior parte dos estudos produzidos, que de alguma forma tratam, sobre aspectos da história do trabalho das mulheres brasileiras se referem a profissões específicas e 3. A categoria estratégia é utilizada segundo a abordagem de Certeau (1994, p.99-102), que indica “o cálculo (ou a manipulação) das relações de forças que se torna possível a partir do momento em que um sujeito de querer e poder (...) pode ser isolado. A estratégia postula um lugar suscetível de ser circunscrito como algo próprio e ser a base de onde se podem gerir as relações com uma exterioridade de alvos ou ameaças (...). As estratégias apontam para a resistência que o estabelecimento de um lugar oferece ao gasto do tempo”..

(5) períodos circunscritos4. As pesquisas no campo da sociologia do trabalho e das relações de gênero, produzidas com maior intensidade, no Brasil, a partir do final da década de 1980, tem oferecido reflexões significativas que possibilitam uma releitura do processo de inserção feminina no mundo do trabalho5. Estes estudos também nos permitiram perceber como as relações vivenciadas atualmente são marcadas historicamente. Segundo Segnini (1995), refletindo sobre trabalho doméstico e as novas exigências do mercado, em termos de qualificação e polivalência no setor bancário, identificou como estes vínculos com passado, ainda estão tão presentes: A mulher, historicamente e culturalmente tem adquirido essas qualificações sociais no espaço privado, notadamente no trabalho doméstico. Na empresa, essas habilidades tendem a se transformar em competência traduzida em índices elevados de produtividade. No contexto do trabalho polivalente as mulheres foram consideradas “campeãs de adaptabilidade”. (..) A conquista do espaço público do trabalho inserido num contexto altamente informatizado, tendo como estratégia um desempenho profissional em conformidade com as novas estratégias de racionalização do trabalho, que se traduz em produtividade elevada, revela uma nova especificidade no uso do trabalho feminino: vivenciar o espaço privado, as tarefas domésticas, passa a ser não mais um fato limitador para a mulher, mas sim um elemento qualificador, frente à possibilidade de ter adquirido socialmente habilidades requeridas para a realização do trabalho flexível. (Segnini, 1995, p. 304-305).. Adaptabilidade, polivalência, produtividade, conciliação das atividades próprias da esfera doméstica com o exercício de funções no espaço público características presentes não apenas no trabalho bancário, mas também em outras atividades, como no magistério. O trabalho das mulheres das camadas menos favorecidas, nas primeiras décadas do século XX, era aceito socialmente como necessário e inerente à sua condição. No entanto, às mulheres escolarizadas, o exercício profissional era encarado como prejudicial à manutenção da unidade familiar e da educação dos filhos. (Rago,1997) Nas primeiras décadas do século XX, a presença das mulheres no magistério primário era majoritária, em Sergipe, assim como nas indústrias têxteis e nas atividades relacionadas com o âmbito doméstico. A partir da década de 1960, vamos identificar uma maior presença das mulheres em alguns campos profissionais, 4. mas algumas áreas. Neste sentido, entre outros estudos, encontramos: o trabalho realizado pela Profa. Dra. Margareth Rago e as prostitutas na Primeira República, em Rago (1985;1991); o estudo de Louro (1997), Branco (1996), Reis (1993), Demartini (2002), Campos (2002), Freitas (2002) sobre professoras nas primeiras décadas do século XX; Telles (1997), Siqueira (1995) e De Luca (1999) sobre as mulheres escritoras; Elizabeth Juliska Rago (2000) sobre as médicas; sobre as mulheres operárias, Rago (1997); Pena (1981) e Ribeiro (1988). 5 Entre outros estudos podemos citar: Kartchevsky-Bulport (1986); Souza-Lobo (1991); Segnini (1998); Rocha (2000); Bruschini e Lombardi (2000); Hirata (2002); Maruani e Hirata (2003)..

(6) profissionais ainda se encontravam menos permeáveis ao trabalho feminino. No início da segunda metade do século XX, as mulheres sergipanas ainda conviviam com uma realidade analisada por Besse, para as primeiras décadas do século XX, no Rio de Janeiro: Na prática, a inclusão de mulheres de classe média e alta na força de trabalho provavelmente mais beneficiou a economia do Brasil do que beneficiou as próprias mulheres. Somente um pequeno número delas conseguiu verdadeira satisfação e independência com o trabalho assalariado, enquanto a economia em rápida expansão ganhou uma grande reserva de mão-de-obra facilmente explorável, que podia ser encaminhada para empregos rotineiros e de baixo status. Além disso, o ingresso de uma elite de mulheres em carreiras novas mais prestigiadas só muito gradativamente modificou os estereótipos da “natureza” feminina. O impacto potencialmente radical do emprego feminino foi solapado pela segregação da ampla maioria de trabalhadoras em cargos “femininos” que lhes proporcionavam remuneração muito baixa, exigia apenas qualificação mínima e não permitia exercício algum de autoridade – em suma, cargos que as mantinham impotentes (Besse, 1999, p.180-181).. A maioria das sergipanas estava acomodada aos papéis tradicionais de esposa e mãe, restritas ao ambiente doméstico. Subverter as fronteiras entre os limites do público e do privado, para as professoras a partir da década de 1960, era uma conquista que parecia ter sido realizada por algumas gerações anteriores mas ainda assim causava uma certa suspeição.A maneira como cada uma delas lembrou os processos de formação, as conquistas na carreira docente, as marcas que deixaram em cada uma das instituições em que atuaram, a pluralidade das atividades que desenvolveram permitiram, em alguns momentos, aproximações mais incisivas aos processos de rupturas e de tensões em que estiveram envolvidas. No jogo político das lembranças e dos esquecimentos foi possível perceber como as professoras desenvolveram suas diferentes atuações, que táticas6 mobilizaram e como construíram suas marcas na ocupação do espaço público. Em relação ao processo de formação vivenciado no Instituto de Educação Rui Barbosa, as ex-alunas salientaram as disciplinas teóricas e a experiência do estágio, bem como a convivência com as colegas, as experiências de transgressão e solidariedade construída ao longo dos anos. O processo de avaliação na maioria dos depoimentos encontra-se em sintonia com a necessidade de memorização exigida por grande parte dos docentes. 6. Compreendemos tática a partir da concepção de Certeau (1994, p.100-102): “ A tática não tem por lugar senão o do outro. E por isso deve jogar com o terreno que lhe é imposto tal como o organiza a lei de uma força estranha. Não tem meios para se manter para se manter à distância, numa posição recuada, e de previsão e de convocação própria: a tática é movimento dentro do campo de visão do inimigo (...) e no espaço por ele controlado. Ela opera golpe por golpe, lance por lance. (...) Tem que utilizar, vigilante, as falhas que as conjunturas particulares vão abrindo na vigilância de poder proprietário. Aí vai caçar. Cria ali surpresas. Consegue estar onde ninguém espera. É astúcia.”.

(7) Os docentes foram referenciados como competentes principalmente em relação ao domínio de conteúdo e à postura exigente diante da turma. Alguns deles buscaram acompanhar mais de perto o processo de aprendizado das alunas abrindo a possibilidade de contatos mais próximos e o desenvolvimento de um sentimento de admiração. Foi determinante na maioria das trajetórias o empenho na formação inicial e continuada como estratégia de ascensão, através da legitimidade de obtenção dos títulos acadêmicos. No entanto, algumas professoras, em determinados momentos da carreira, de forma tática, mobilizaram os contatos políticos familiares e pessoais para obtenção de vantagens profissionais. Considerações Finais As experiências vivenciadas e relatadas pelas ex-normalistas ao longo de sua trajetória de formação e exercício profissional foram permeadas de forma ambígua pela resistência e pelo conformismo. Uma vez que procuraram independência social e econômica através do magistério, profissão socialmente permitida e considerada respeitável, no período analisado, mas não se restringiram ao trabalho docente no ensino primário, utilizaram diferentes estratégias para ampliar seu campo de ação no mundo profissional. As opções teórico-metodológicas favorecerem a construção de uma “rede interpretativa” para a análise das trajetórias das professoras e de suas buscas pela ascensão profissional. Através de cursos de formação, graduação e pós-graduação foi possível perceber como a preocupação com a titulação se fez presente para cada uma delas. Assumir desafios, enfrentar concursos e nomeações fora da capital do Estado, ocupar cargos estratégicos, foi constatado também como forma de buscar a ascensão através do exercício profissional.Ao buscar compreender os aspectos da configuração do trabalho docente em Sergipe, no período de 1960 a 1980, a partir das trajetórias de ex-alunas do Instituto de Educação Rui Barbosa, foi possível retomar experiências singulares que constituem e são constituídas por uma determinada rede de interdependências e reciprocidades. As lacunas, as sombras e os silêncios ajudaram a compor os depoimentos, onde as incertezas e conquistas foram elementos identificados que permitiram contribuir com a história da do trabalho docente em Sergipe, no início da segunda metade do século XX. Referências bibliográficas BESSE, Susan. Modernizando a desigualdade. Reestruturação da ideologia de gênero no Brasil 1914-1940. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999. BOURDIEU, Pierre. Ilusão biográfica. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaína. Usos & Abusos da História Oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. pp.183-200..

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