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MANUAL - OCUPAÇÃO DE ENCOSTAS- 1991

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Apresentação do livro:

MANUAL - OCUPAÇÃO DE ENCOSTAS- 1991

IPT- INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS

Observação: todas figuras encontradas nesta apresentação foram retiradas do livro estudado.

PosARQ / CTC / UFSC -2º trimestre 2004 -Disciplina: Urbanização de Encostas Profª Sônia Afonso -Aluna:

Josicler Orbem Alberton

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CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DA ENCOSTA

Inclinação ou Declividade

É representada pelo ângulo formado entre o plano da encosta e o plano horizontal. (declividade = H/L x 100).

Amplitude

Indica a diferença de cota existente entre o topo e a base da encosta.

Perfil

Caracteriza a variação da declividade de uma encosta ao longo de sua extensão transversal. Pode ser retilíneo, côncavo ou convexo.

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TIPOS DE EROSÕES

Os processo erosivos iniciam-se pelo impacto da massa aquosa.

Erosão laminar

Acontece quando a água desce a encosta e “lava” a superfície do terreno como um todo, sem formar canais definidos de escoamento.

Erosão em sulcos

Ocorre por concentração do fluxo d’água em caminhos preferenciais, arrastando as partículas e aprofundando os sulcos, podendo formar ravinas com alguns metros de profundidade.

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Erosão por boçorocas

Acontece num estágio mais avançado da erosão, sendo caracterizada pelo avanço em profundidade das ravinas até estas atingirem o lençol freático ou o nível d’água do terreno.

Pode provocar vazios com forma de tubos (“piping” ou entubamento) que, ao atingirem proporções significativas, dão origem a colapsos ou desabamentos, que alargam ou criam novos ramos na boçoroca.

Onde ocorrem surgências d’água na superfície de taludes também pode haver o processo “piping”.

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PRINCIPAIS FATORES DOS PROCESSOS EROSIVOS

Água

O volume de água e sua distribuição no tempo e no espaço são determinantes da velocidade da erosão.

Cobertura Vegetal

O tipo de cobertura vegetal determina maior ou menor proteção contra o impacto e remoção de partículas do solo pela água.

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Tipo de solo / rocha

Determina a suscetibilidade do solo à erosão em função das suas características granulométricas, estruturais, de espessura, etc.

Lençol Freático

A profundidade do lençol freático nos solos é fator decisivo para o desenvolvimento de boçorocas.

Topografia

Maiores declividades determinam maiores velocidade de escoamento das águas; maior comprimento da encosta implica em maior tempo de escoamento, e maior erosão.

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MOVIMENTOS DE MASSA

O principal agente detonador é a água.

A ação pode se dar através da elevação do grau de saturação nos solos, da introdução no maciço ou em partes dele, do aumento do peso específico do solo, etc.

Fatores predisponentes

Relevo, características geológico- geotécnicas do terreno, vegetação, características climáticas da região, lençol freático e ação humana.

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1- Rastejos

São movimentos lentos, estando associados a alterações climáticas sazonais (umedecimento e secagem).

Não apresenta superfície de ruptura bem definida.

Afeta grandes áreas do terreno, superficialmente ou em profundidade.

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Escorregamentos

São processos caracterizados por movimentos rápidos, limites laterais e profundidades bem definidos (superfície de

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Quedas

São processos extremamente rápidos e envolvem blocos e/ou lascas de rochas em movimento do tipo queda livre.

Tombamentos

Acontecem em encostas/taludes íngremes de rochas com descontinuidades verticais, onde a mudança da geometria acaba propiciando o tombamento das paredes do talude.

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Corridas de massa

São gerados a partir de um grande aporte de material para as drenagens. Esse material, combinado com um determinado volume de água, acaba formando uma massa viscosa com alto poder destrutivo e de transporte, e com extenso raio de alcance.

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INSTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS DECORRENTE DA AÇÃO DO HOMEM- EROSÃO

As principais causas da erosão:

remoção da vegetação, concentração de águas pluviais, exposição de terrenos suscetíveis à erosão, execução inadequada do aterro.

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MEDIDAS PARA O GERENCIAMENTO DA OCUPAÇÃOD E ENCOSTAS

Encosta ocupada: análise de risco

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DIRETRIZES PARA A CONCEPÇÃO URBANÍSTICA

O Caráter iterativo do projeto

Em função das peculiaridades das situações de encosta, são necessários sucessivos ajustes do posicionamento dos lotes, do sistema viário, das áreas comunitárias e dos demais componentes.

Além disso, à medida que os espaços vão sendo ocupados, é necessário que haja um acompanhamento cuidadoso, pois cada nova inserção tem conseqüências diretas sobre o estado da encosta, exigindo que sejam fornecidas, aos ocupantes, diretrizes que garantam a manutenção da estabilidade.

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Restrições do Meio Físico/ Cartas Geotécnicas

O ponto de partida do projeto de urbanização de uma encosta é o reconhecimento das áreas cuja ocupação deve ser evitada, por estarem associadas a situações de risco.

Existem áreas localizadas fora da encosta que podem sofrer conseqüências diretas da sua ocupação, tais como as zonas de influência de eventuais escorregamentos de terra ou prováveis trajetórias de blocos de rocha que possam vir a rolar.

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Elaboração da Planta de Isodeclividade

Trata-se da da delimitação, em planta, de trechos do terreno cujas declividades se situam em faixas de valores previamente estabelecidos.

A definição das faixas de valores podem ser as seguintes: 0 – 15% - inclinação máxima longitudinal para vias para circulação de veículos (são permitidas declividades entre 12 e 15% em trechos inferiores a 50m de comprimento);

15% - 30% - declividade máxima prevista em lei para ocupação de encostas sem projetos especiais;

30% - 50% - Limite de declividade tecnicamente recomendável para a ocupação;

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Limitações às ações humanas

Deve-se procurar preservar ao máximo as características originais do terreno, observando:

• o traçado natural das drenagens;

• a presença de vegetação associada à contenção natural de trechos do terreno;

• a tolerância da encosta à execução de cortes e aterros que não necessitem de tratamentos suplementares (muros de contenção, cortinas etc.), definindo-se: ângulos e alturas máximas de corte sem proteção, altura máxima de aterro e ângulo de taludes a serem adotados.

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Requisitos e restrições legais

Na elaboração do projeto, faz-se necessário a consideração das restrições legais à ocupação da área.

Em nível municipal, as principais leis aplicáveis dizem

respeito : ao uso do solo; à setorização da cidade em zonas de uso; ao exame, pela Prefeitura, da adequação ao sistema viário circundante; ao enquadramento às posturas municipais.

Em nível estadual e federal, as principais leis estão

relacionadas às: características a serem adotadas nos loteamentos; faixas não-edificáveis ao longo de ferrovias, rodovias, dutos, linhas de transmissão, córregos, etc; questões ambientais abrangendo áreas de proteção ambiental, código florestal e outras.

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CRITÉRIOS PARA A CONCEPÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO

Hierarquização de vias

A hierarquização usual de vias (expressas, arteriais, coletoras e locais) é de difícil aplicação em encostas, porque requer grandes movimentações de terra, com alto custo e inutilização de extensas faixas de terrenos.

Sempre que possível, recomenda-se a implantação de dois tipos de vias em encostas:

• Vias coletoras, que conectam porções da ocupação com o sistema viário pré-existente;

• Vias locais, que atendem a grupos de lotes e se conectam às vias coletoras;

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Vias sem saída devem apresentar terminação em balão de retorno ou dispositivo equivalente, que permita a execução de manobra de caminhões.

As vias para pedestres devem ter largura mínima a 5% do seu comprimento total, devendo ainda ser observado o mínimo absoluto de 4m. Em declividades superiores a 15% devem ser adotadas escadarias.

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efinição de traçados mais favoráveis em relação à topografia

Definição de traçados mais favoráveis em relação à topografia

O traçado deve minimizar os movimentos de terra, o que se alcança com vias perpendiculares às curvas de nível. Entretanto, isso só é possível em trechos com declividades inferiores a 15%. Acima dessa inclinação, deve-se adotar vias com traçado paralelo às curvas de nível.

Considerando os dois tipos descritos anteriormente, é aconselhável que as vias

coletoras sejam mais ortogonais às curvas

de nível, enquanto que as vias locais sejam mais paralelas às mesmas.

À medida que sejam atingidas regiões de declividade superior a 30%, deve-se privilegiar, se possível, somente a implantação de vias locais.

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Interferência do traçado sobre os lotes

As vias implantadas paralelamente às curvas de nível costumam dificultar o acesso aos lotes, assim como seu aproveitamento.

Em função disso, são recomendados traçados que resultem em diferenças de nível de no máximo 2,50m entre o topo do corte no lote e o nível da via pública, e um desnível de no máximo 1,50m entre a vias pública e a base do aterro.

Não é recomendável que, após a

implantação do sistema viário, se faça o denominado “desbaste de quadra”, que consiste na terraplenagem das quadras visando diminuir o desnível entre lotes e vias.

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Interferência do traçado sobre a drenagem

Sempre que o sistema viário cruzar linhas de drenagens, torna-se necessário a execução de galerias de águas pluviais ou, alternativamente, o desvio para canaletas ou sarjetas da própria via.

O sistema viário constitui, normalmente, parte integrante do sistema de drenagem, devendo ser dotado de guias e sarjetas.

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CRITÉRIOS PARA A CONCEPÇÃO DE LOTEAMENTOS

Definição de forma e áreas de lotes mais favoráveis Devem ser evitados grandes movimentos de terra.

Em áreas com declividade acentuada, são preferíveis lotes com testadas maiores que a profundidade, situados paralelamente às curvas de nível, reduzindo assim as alturas de corte e aterro.

Nessas áreas é também recomendada a adoção de terrenos com áreas maiores, de forma a compensar a dificuldade na implantação das casas.

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Definição de quadras mais favoráveis

Para amenizar altos custos e adensamento de vias, podem ser utilizadas vias locais com apenas uma faixa de rolamento e alargamentos para a transposição de veículos.

Podem também ser pensados lotes com acessos apenas para pedestres.

Drenagens e Esgotamento Sanitário em Grupos de Lotes

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CONCEPÇÃO DAS HABITAÇÃO Tipologia básica de projetos de

habitações específicas para encostas

As casas térreas devem ter forma alongada, pequena largura e o lado maior disposto paralelamente às curvas de nível. Plantas de forma quadrada exigem maiores alturas de corte e aterros e, portanto, não são recomendadas.

Nas casas com mais de um pavimento podem ser utilizados desníveis de meio pé-direito com o objetivo de acompanhar melhor o desnível natural do terreno.

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Detalhes construtivos Típicos para Habitação de Encostas

• paredes de contenção devem estar ancoradas e devem ser

impermeabilizadas;

• a captação e destinação de águas pluviais deve ser feita desde

a cobertura da casa, com calhas e tubos verticais direcionados a drenagem revestida (conectada a rede geral da área);

•tubulações hidráulicas, esgoto e água, estanques sem

vazamentos;

• não é aconselhado a implantação de fossas sépticas e

sumidouros . Aconselha-se o uso de fossas coletivas quando não existe rede de esgoto;

• as fundações devem estar locadas dentro do perfil natural do

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PROJETOS DE REURBANIZAÇÃO

Buscam intervir em assentamentos existentes para garantir condições de segurança e melhoria das condições de urbanização.

Normalmente, nesses projetos, são necessárias remoções ou relocações de famílias no período em que as obras estão sendo executadas. É necessário, portanto, analisar:

• a identificação de áreas do próprio assentamento passíveis de adensamento, para absorção de relocações provisórias ou definitivas;

• a identificação de locais públicos ou privados que possam alojar famílias nas relocações provisórias;

• a identificação de outras áreas da cidade, de preferência próximas da área original, para absorver relocações definitivas.

Devem atender a regularização de todos os aspectos relativos à instabilização da encosta, drenagens, sistema de esgoto sanitário, rede de água, etc. Torna-se também necessária uma obTorna-servação atenta das edificações remanescentes.

A regularização do sistema viário acaba também beneficiando, indiretamente, a situação de segurança.

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REFERÊNCIAS

• CUNHA, Márcio A. (coord.) Ocupação de encostas. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1991. • SABOYA, Renato. Seminário ocupação de encostas.

Florianópolis, 2003. Disponível em:

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