PORTARIA Nº. 3252/GM, DE 22 DE
DEZEMBRO DE 2010
DOU-245 PG-65-69 SEÇÃO 1 DE 23.12.09
“Aprova as diretrizes para execução e financiamento das ações de
Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios
CONTEXTO INSTITUCIONAL
A VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA CONSTRUÇÃO DO SUS
• 1999:
– Aprovação das responsabilidades e requisitos da
área de epidemiologia e controle de doenças pelo
Conselho Nacional de Saúde
– Pactuação na TRIPARTITE
– Portaria GM/ 1399 – Descentralização das ações
de Epidemiologia e Controle de Doenças.
– Institui-se o TFECD - Teto Financeiro de
CONTEXTO INSTITUCIONAL
A VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA CONSTRUÇÃO DO SUS
• 2003: criação da SVS
• 2004:
– Portaria 1.172
– Institui-se o TFVS - Teto Financeiro de Vigilância em
Saúde
CONTEXTO INSTITUCIONAL
A VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA CONSTRUÇÃO DO SUS
Portaria N° 1.172/2004
Necessidade de atualização para
criar condições favoráveis ao
fortalecimento da
VS e da Promoção da Saúde
no contexto
do Pacto pela Vida e das Redes de Atenção à
Saúde
O conceito de VS inclui:
Vigilância e controle das doenças
transmissíveis, não transmissíveis e agravos
Vigilância da situação de saúde
Vigilância ambiental em saúde
Vigilância da saúde do trabalhador
Vigilância sanitária
Promoção da saúde
Nova forma de PENSAR, OLHAR, AGIR...
Não é somente a somatória das “diversas vigilâncias”.
Nova abordagem para o enfrentamento dos problemas
utilizando os diferentes conhecimentos.
PORTARIA 3252/2009
Atualização normativa aproximando a VS do Pacto
de Gestão e do Pacto pela Vida
Substituição do processo de certificação para a
gestão das ações de VS pela adesão ao Pacto
por meio do Termo de Compromisso de Gestão
(TCG);
Revisão das responsabilidades definidas nos
eixos do Pacto de Gestão – responsabilidades
da atenção
Processo compartilhado de gestão com
Proposta de classificação dos entes federados:
GRUPO A:
Certificados e aderidos
ao Pacto
(27 UF, 2957 municípios)
“A comprovação da aplicação de recursos repassados fundo
a fundo far-se-á mediante relatório de gestão, que deve ser
elaborado anualmente e aprovado pelo respectivo
Conselho de Saúde” – Port. 204/2007
Condição de suspensão da transferência do TFVS: Falta
de alimentação do SINAN, SIM, SINASC.
GRUPO B:
Aderidos ao Pacto
e não certificados
(16 municípios)
Publicação de portaria para transferência do TFVS /
publicação dos termos de limites financeiros globais aprovados
na CIB
Acompanhamento: idem GRUPO A
GRUPO C:
Certificados e não
aderidos ao Pacto
(2434 municípios)
Condição de suspensão da transferência do TFVS:
1)Falta de alimentação do SINAN, SIM, SINASC
2) Manutenção do acompanhamento do saldo bancário
(periodicidade anual – suspensão imediata – justificativa ao CMS)
GRUPO D:
Não certificados e não
aderidos ao Pacto
(157 municípios)
Adesão ao Pacto passa a ser a condição para repasse de
recursos do bloco de VS;
Planejamento das ações de Vigilância em Saúde
Introduzir na normativa da VS os instrumentos de
planejamento preconizados pelo Pacto pela Saúde:
Plano de Saúde
Programação Anual de Saúde (PAVS como um elenco
norteador de ações que subsidiará a Programação Anual de
Saúde, para o alcance de metas do Pacto e demais prioridades
de relevância para o Sistema Nacional de VS)
Relatório Anual de Gestão
Termo de Compromisso de Gestão – TCG,
*Portaria nº 2.751, de 11 de novembro de 2009
O desafio da gestão
Insuficiente incorporação da
Promoção e da Vigilância em
Saúde
Média
Complexidade
Atenção
Primária
Alta
Complex..
Organização piramidal
Organização em rede
APS
Fonte: Mendes, 2002
APS COMO
ORDENADORA
Não existe Rede de Atenção
sem a efetiva inserção da
Promoção e da Vigilância em
Modelo de Atenção / Integralidade
Fortalecimento da integração da VS com a Atenção
Primária em Saúde – APS
Elaboração de diretrizes para a construção das
linhas de cuidados / agravos e doenças sob gestão da
VS;
Integração do trabalho de Agentes de Combate às
Endemias e outros profissionais de VS e Agentes
Comunitários de Saúde;
Unificação de territórios / compatibilização do
Modelo de Atenção / Integralidade
Art. 6º As ações de Vigilância em Saúde, incluindo a promoção
da saúde, devem estar inseridas no cotidiano das equipes de
Atenção Primária/Saúde da Família, com atribuições e
responsabilidades definidas em território único de atuação,
integrando os processos de trabalho, planejamento, programação,
monitoramento e avaliação dessas ações.
.
.
§ 2º Para fortalecer a inserção das açõs de vigilância e promoção
da saúde na Atenção Primária à Saúde, recomenda-se a
incorporação gradativa dos ACE ou dos agentes que
desempenham essas atividades mas com outras denominações,
nas equipes de Saúde da Família, cuja disciplina será realizada
por meio de ato normativo específico, no prazo de 60 (sessenta)
dias após a publicação desta Portaria.
.
.
Modelo de Atenção / Integralidade
Ampliar a presença da VS nas regiões de saúde
e no fortalecimento das redes de atenção
Inserir a Vigilância e a Promoção à Saúde na
agenda de prioridades dos Colegiados de Gestão
Regional
Apoio matricial às ações de VS
Tanto nas regiões de saúde como para a atenção primária
Objetivos:
Análise da situação de saúde dos territórios locais/regionais
Apoio às equipes no planejamento das ações de atenção,
vigilância e promoção à saúde, subsidiando a construção de
planos de intervenção;
Articulação das ações coletivas, incluindo as relacionadas ao
meio ambiente;
Articulação e apoio à implementação da estratégia de
gerenciamento do risco individual e coletivo
Monitoramento e Avaliação
Mecanismos integrados de monitoramento e avaliação das
ações de Vigilância em Saúde, com base nos indicadores do
Pacto pela Saúde e nas ações da PAVS
Monitoramento com metodologia elaborada em
consonância com as demais estratégias de monitoramento
do Pacto pela Saúde
SES têm a responsabilidade pelo monitoramento das
ações de Vigilância em Saúde nos municípios
Avaliação das ações de Vigilância em Saúde, através do
relatório anual de gestão
Bloco Financeiro de Vigilância em Saúde
-constituído por dois componentes:
I - Componente de Vigilância e Promoção da Saúde :
– Piso Fixo de Vigilância e Promoção da
Saúde (PFVPS)
– Piso Variável de Vigilância e Promoção da
Saúde (PVVPS)
II - Componente da Vigilância Sanitária
– Piso Fixo de Vigilância Sanitária (PFVS)
– Piso Variável de Vigilância
Sanitária(PVVS)
PROPOSTA
FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE VS
(Componente de Vigilância e Promoção da Saúde)
Preservar a lógica da composição dos estratos para
alocação dos recursos
– alocação mais eqüitativa /
diferenças regionais
Reduzir desigualdades na distribuição dos recursos
entre as UF que compõem os estratos
Buscar a recomposição do TFVS
Dar visibilidade aos recursos que compõe o
financiamento da VS
FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE VS
Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde
(PFVPS)
1.
COMPOSTO DE UM VALOR PER CAPITA estabelecido para cada UF,
mantendo a lógica dos estratos:
estrato I
– Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins
e
municípios
pertencentes
à
Amazônia
Legal
dos
Estados
do
Maranhão(1) e Mato Grosso(1)
estrato II
– Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão (2),
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso (2), Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe
estrato III - São Paulo e Paraná
2. VALOR PER CAPITA- PFVS - estabelecido para
cada UF:
- Base de cálculo: utilização da regra de composição
do teto atual (área geográfica + base populacional +
fator incentivo descentralização)
- Aplicação de correção financeira
Se gradativa: congelamento dos pisos
superiores até recuperação das diferenças
FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE VS
Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde
(PFVPS)
FINANCIAMENTO
DAS AÇÕES
DESCENTRALI-ZADAS
DE VPS
UF ESTRATO POPULAÇÃO 2009 TFVS TOTAL
( TFVS +0,48) PER CAPITA FATOR DE MULTIPLICAÇÃO DA UF(PER CAPITA E ÁREA) DIFERENÇA AC 1 691.132 5.824.447,85 8,43 4,89 3,53 AM 1 3.393.369 28.741.141,99 8,47 5,62 2,84 AP 1 626.609 6.021.878,77 9,61 4,92 4,69 MA(1) 1 5.424.364 32.600.033,66 6,01 4,39 1,62 MT (1) 1 960.221 6.370.343,44 6,63 6,00 0,63 PA 1 7.431.020 49.046.828,80 6,60 4,74 1,86 RO 1 1.503.928 10.159.813,15 6,76 4,71 2,05 RR 1 421.499 4.429.829,60 10,51 5,83 4,68 TO 1 1.292.051 9.215.083,45 7,13 4,88 2,26 TOTAL 1 21.744.193,00 152.409.400,71 AL 2 3.156.108 13.444.183,84 4,26 3,00 1,26 BA 2 14.637.364 62.240.053,46 4,25 3,06 1,19 CE 2 8.547.809 38.513.080,87 4,51 3,01 1,49 ES 2 3.487.199 15.679.977,50 4,50 3,01 1,49 GO 2 5.926.300 27.508.995,78 4,64 3,10 1,54 MA(2) 2 942.774 3.891.854,91 4,13 3,09 1,04 MG 2 20.033.665 88.576.059,54 4,42 3,04 1,38 MS 2 2.360.498 12.624.979,39 5,35 3,29 2,06 MT (2) 2 2.041.471 10.683.564,02 5,23 3,32 1,91 PB 2 3.769.977 15.907.957,79 4,22 3,01 1,21 PE 2 8.810.256 39.225.128,28 4,45 3,00 1,45 PI 2 3.145.325 15.133.573,40 4,81 3,14 1,67 RJ 2 16.010.429 75.045.223,16 4,69 2,99 1,70 RN 2 3.137.541 13.576.960,37 4,33 3,01 1,31 SE 2 2.019.679 8.905.051,05 4,41 3,00 1,41 TOTAL 2 98.026.395,00 440.956.643,36 PR 3 10.686.247 28.226.258,39 2,64 1,90 0,74 SP 3 41.384.039 115.597.129,73 2,79 1,89 0,91 TOTAL 3 52.070.286,00 143.823.388,12 DF 4 2.606.885 8.389.071,30 3,22 1,84 1,38 RS 4 10.914.128 28.539.311,78 2,61 1,87 0,74 SC 4 6.118.743 15.429.203,74 2,52 1,86 0,66 TOTAL 4 19.639.756,00 52.357.586,82 TOTAL GERAL 191.480.630 789.547.019,01