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IM POSTOS PARA
EMPR EEND EDORES
Os principais impostos e contribuições existentes no Brasil
Escrito por:
Cristiano Freitas
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Introdução
O que é preciso saber sobre Tributos?
Regimes tributários existentes no Brasil
Definição de enquadramento fiscal
Incentivos fiscais
Conclusão
Introdução
Não é novidade para ninguém que o Brasil é um país com cargas tributárias altas e na maioria das vezes, muito confuso. Os empreendedores sentem isso na pele e precisam se encontrar no meio de tantas leis e tributos.
Pensando nisso, a Syhus e o Guia Empreendedor se juntaram para produzir este material e ajudar os empreendedores brasileiros a entender o essencial sobre tributos e se orientar no meio das burocracias.
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O que é preciso saber sobre Tributos?
No Brasil, o empreendedor encontra inúmeras dificuldades para iniciar suas atividades, sendo que as principais dizem respeito à carga tributária existente, à complexidade quanto a aspectos legais e fiscais e suas exigências de registros e comprovações, assim como incertezas quanto às políticas governamentais aplicadas aos diversos segmentos da economia.
Dentro desse contexto, vem se observando uma melhoria gradual quanto à busca por processos mais simples e com tributação centralizada e desburocratizada, inclusive com relação aos processos de abertura de empresas.
Para que um empreendimento seja realizado e mantido com sucesso, torna-se de grande importância o empreendedor ter conhecimento amplo sobre seu Negócio, conhecimento esse que deve abranger não só a parte comercial, mas também a administração, que inclui entendimento de riscos, processos, aspectos contábeis e fiscais / tributários.
O empreendedor deve se conscientizar que a profissionalização da Empresa é determinante para que possa atingir suas metas, contribuindo para que as decisões sejam tomadas com maior consistência e adequação às suas características.
Um dos aspectos mais importantes quanto à busca de conhecimento diz respeito à carga tributária incidente sobre as operações da empresa e seus reflexos na formação de preços, assim como o planejamento tributário a ser executado, visando reduzir a incidência destes impostos sobre o Negócio.
Você já se sentiu perdido ao discutir sobre tributação com seu contador?
Criamos nossa série de posts com um glossário para empresários, para explicar um pouco sobre as definições de Estado, e dar alguns esclarecimentos a respeito das formas de se pagar tributos. Confira o post Glossário de Contabilidade para empresários
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REGIMES TRIBUTÁRIOS
EXISTENTES NO BRASIL
Regimes tributários existentes no Brasil
No Brasil, existem três tipos de regimes tributários, que são: o Simples Nacional, a tributação pelo Lucro Real ou a tributação sobre o Lucro Presumido.
A escolha mais apropriada para o seu Negócio será o diferencial mais significativo para adequar a empresa quanto à tributação correta.
Na opção pela tributação aos regimes do Simples Nacional ou pelo Lucro Presumido, o imposto é calculado, considerando alíquotas preestabelecidas sobre o faturamento; dessa forma, o imposto incidirá independentemente de lucro ou prejuízo.
A alternativa de opção de tributação sobre o Lucro Real, embora exija maior controle sobre sua apuração, alguns tributos incidem sobre o efetivo resultado da empresa. Principais Impostos no Brasil
Conforme levantamentos de órgãos especializados em tributação, existem hoje no Brasil mais de 90 tipos de tributos entre impostos, taxas e contribuições de melhoria. Os principais impostos e contribuições que devem ser
Em nível Federal temos:
• Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas – IRPJ, sua
incidência é sobre os lucros da empresa, Real ou Presumido;
• Contribuição Social sobre o Lucro – CSLL, esse imposto
incide sobre o lucro das empresas, Real ou Presumido, e visa incrementar financeiramente a seguridade social; • Programa de Integração Social / Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público – PIS / PASEP, incide sobre
a folha de pagamentos ou receita bruta e seus objetivos são para financiar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades, tanto para os trabalhadores de empresas públicas, quanto privadas;
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, Este imposto incide sobre receita bruta e
seu objetivo é o financiamento da Previdência Social, Assistência Social e Saúde Pública. O cálculo da COFINS é feito de acordo com todas as receitas da pessoa jurídica, independentemente do tipo de atividade exercida ou a classificação atribuída às receitas de contabilidade. O cálculo tem como fundamento o faturamento mensal e a totalidade das receitas.
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Em nível municipal:
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS, o fato
ger-ador é a prestação de serviço descritos na lista de serviços estabelecida em Lei e esse imposto normalmente é recol-hido para o município onde está localizada a empresa que presta o serviço; porém, em alguns casos, pode ocorrer a tributação no local onde se presta o serviço – tais casos estão definidos em legislação.
Em nível Estadual:
• Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadori-as e prestações de serviços de transporte interestadual, inter-municipal e de comunicação – ICMS, onde o fato gerador é a
circulação de mercadorias e seu recolhimento deve ocor-rer no local onde a mercadoria esta sendo vendida.
Caso a empresa esteja enquadrada no Simples Nacional as alíquotas de tributação individuais dos impostos federais, es-taduais e municipais serão substituídas por uma alíquota úni-ca.
Para facilitar, melhorar e impulsionar o crescimento de empresas de micro e pequeno porte, além de reduzir os encargos, o Governo Federal desenvolveu o Simples Nacional. Se você quer saber se a sua empresa se enquadra nesse regime tributário confira nosso post
Startup se enquadra no Simples Nacional? E tira suas dúvidas.
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Caso tenha ficado alguma dúvida sobre este capítulo ou tenha interesse em esclarecer alguma outra referente ao dia a dia contábil de sua empresa, aproveite o nosso espaço gratuito tira-dúvidas!
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Definição de enquadramento fiscal
A definição do enquadramento fiscal da Empresa deve ser realizada com base em avaliação que objetive aperfeiçoar a tributação e cumprimento de exigências fiscais. Esse aspecto evita que a Empresa opte por tributação com cargas de impostos maiores e burocracias de controles em sua apuração, melhorando assim os custos com controles para a Empresa. Depois da definição do enquadramento ao regime de tributação, as maiores preocupações do empreendedor quanto aos riscos tributários dizem respeito aos processos de apuração e recolhimento dos impostos devidos.
Essa etapa deve levar em consideração os riscos existentes em tais processos e devem observar alguns pontos, a saber:
Riscos na apuração de Impostos
• Fragilidades no processo de escrituração e apuração dos
impostos podem gerar valores indevidos com exposição junto às autoridades fiscais e possibilidade de autuações e multas. Estes processos devem ser bem estabelecidos e conferidos, fazendo parte de suas rotinas para garantir a correta tributação e minimizar riscos;
• Não cumprimento das obrigações acessórias que devem
ser emitidas e apresentadas à fiscalização;
• Falta de acompanhamento de atualizações de percentuais
de alíquotas fiscais e, consequentemente, considerar informações incorretas na emissão de documentos fiscais;
• Deixar de efetuar a escrituração de documentos fiscais
para apuração dos impostos;
• Não manter em ordem as informações fiscais exigidas,
dentro dos prazos estabelecidos pelos órgãos fiscalizadores
e que possuem prazos e exigências variáveis;
• Inconsistências na composição dos preços a praticar
por problemas quanto à apuração dos impostos ou por desconsiderá-los em sua base de formação.
Riscos em recolhimento de Impostos
• Não efetuar o recolhimento dos impostos nos prazos
definidos pela legislação;
• Efetuar recolhimentos em duplicidade ou em locais
incorretos;
• Efetuar recolhimentos com divergências para os registros de apuração correspondentes.
Cabe destacar que os impostos devem ser pagos em espécie, não sendo possível quitar a dívida utilizando outros bens, tais como móveis, veículos etc. Todavia caso ocorra autorização legal é possível o pagamento de tributo com imóveis.
A falta de pagamento de impostos não é considerada crime fiscal, e sim, um descumprimento administrativo, que considera o devedor como inadimplente e permite sua inscrição em dívida para fins da extração da Certidão de Dívida Ativa – CDA, que corresponde ao título executivo extrajudicial que irá possibilitar a execução fiscal a ser promovida pela Fazenda Pública.
No caso de sonegação fiscal, o processo é conduzido como delito ficando seus responsáveis sujeitos a julgamentos em processos criminais.
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Incentivos fiscais
Os incentivos fiscais são instrumentos da Política Nacional
de Desenvolvimento Regional (PNDR) que visam o estímulo à
formação do capital fixo e social em regiões específicas através da cobrança de impostos reduzidos ou com sua isenção, com vistas a possibilitar o aquecimento econômico destas regiões principalmente com a visão de atrair investimentos de capitais externos à região favorecida.
Normalmente a concessão de incentivos visa àquelas regiões que possuam determinadas infraestruturas que possibilitem ganhos ou atratividades diferenciais, tais como a existência de portos ou grandes áreas disponíveis para instalação de distritos industriais e podem considerar a redução de uma série de impostos, possivelmente também sobre importações. A implantação de política de incentivos fiscais normalmente tem por finalidade promover o comércio global, a ocupação populacional do local, uma maior industrialização de um país ou região, assim como outros fatores de incentivo ao desenvolvimento.
Dentre as modalidades de incentivos fiscais podem ser mencionados os seguintes:
• Empresas estabelecidas na Zona Franca de Manaus;
• Desoneração da folha de pagamentos;
• Redução de Imposto de Produtos Industrializados para a
indústria automobilística;
• Incentivo fiscal à inovação tecnológica - Lei do Bem;
• Atividades exercidas em áreas de abrangência da Sudene
ou Sudam;
• Isenção de até 75% do IRPJ para novos empreendimentos
relacionados a atividades de fabricação de máquinas, equi-pamentos, instrumentos e dispositivos baseados em tecn-ologia digital, voltados para programa de inclusão digital;
• Isenção do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha
Mercante – AFRMM;
• Depreciação Acelerada de ativo imobilizado;
• Atividades de cultura.
Vários incentivos são concedidos, tanto pelo Governo Federal quanto pelos Governos Estaduais, visando incentivar o cresci-mento da atividade econômica em si, mas também das regiões em que se localizam esses incentivos.
Vale ressaltar que a tributação no Brasil tem um peso con-siderável nos custos das empresas, assim como dos cidadãos, desta forma um planejamento fiscal e tributário adequado deve ser considerado pelo empreendedor, visando reduzir o impacto dos tributos sobre os resultados da empresa, permiti-do ganhos financeiros e de Mercapermiti-do, em relação à concorrên-cia existente.
A avaliação quanto ao aproveitamento dos incentivos fiscais torna-se um ponto importante quanto à definição da atuação do empreendimento, visando obter ganhos para o Negócio. A destacar ainda a necessidade de manter controles adequa-dos quanto ao registro das operações, visando permitir a cor-reta apuração e recolhimento dos impostos.
Conclusão
É muito importante para o empreendedor ter uma boa noção dos tributos existentes, mas ele não precisa resolver tudo sozinho. Contratar um bom contador pode ajudar muito com isso.
Se você ainda ficou com alguma dúvida sobre os tributos que sua empresa deve e não deve pagar, a Syhus pode te ajudar. A Syhus tem um espaço gratuito para tirar dúvidas sobre impostos, contabilidade e gestão financeira.
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