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O psicólogo e a sua relevância na prática da equoterapia

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Academic year: 2021

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O PSICÓLOGO E A SUA RELEVÂNCIA NA PRÁTICA DA EQUOTERAPIAI THE PSYCHOLOGIST AND THEIR RELEVANCE TO THE PRACTICE OF

EQUINE THERAPY

Daniela Duarte QuerinoII Rosane RomanhaIII

Resumo: O objetivo desta pesquisa foi de analisar o psicólogo e a sua relevância na prática da equoterapia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada através de uma revisão bibliográfica narrativa de caráter exploratório que contemplava artigos publicados entre os anos de 2014 e 2020. Após investigação realizada nos bancos de dados da SCIELO, BDTD, CAPES, BVS-Psi com nenhum resultado positivo para os objetivos propostos, foram realizadas buscas na ferramenta Google Acadêmico e localizados três estudos que correspondiam aos objetivos previamente listados. Os resultados indicaram que a presença de um profissional de psicologia é de fundamental importância dentro da prática equoterápica. O psicólogo no contexto equoterápico inicia seu trabalho desde o acolhimento com o praticante e sua família, na aproximação com o animal facilitador e participa de forma ativa do planejamento de todas as sessões com os demais profissionais que compõem a equipe multidisciplinar. Os principais pontos de buscas partiram através da necessidade de entender a relevância do psicólogo na prática da equoterapia.

Palavras-chave: Psicologia. Equoterapia.

Abstract: The objective of this research was to analyze the psychologist and their relevance in the equine therapy practice. It refers to a qualitative research conducted through a narrative bibliographical review that included articles published between the years of 2014 and 2020.After investigation carried out in SCIELO, BDTD, CAPES, BVS- Psi data bases showing no positive results for the proposed objectives, some searches on Google Academic were done and three studies that corresponded to the objectives previously listed were found. The results indicated that the presence of a psychologist is of great importance in the practice of equine therapy. The psychologist in the context of equine therapy begins their work from the very first welcoming of the practitioners and their families, as well as in the approach to the facilitator animal and takes active participation in the planning of all the other sessions with other professionals who are members of the multidisciplinary team. The main search points came from the need to understand the relevance of the psychologist in the equine therapy practice. Keywords: Psychology. Equine Therapy.

I Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação em Psicologia da Universidade do Sul de

Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Psicólogo (a).

II Acadêmica do curso de Psicologia. E-mail:danielaquerino@icloud.com

III Professora orientadora. Mestre em Educação pela Universidade do Sul de Santa Catarina.

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INTRODUÇÃO

De acordo com a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil, 1989), a equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.

O cavalo é o principal instrumento neste tipo de terapia eé através dos movimentos que ele realiza, ao se locomover, que acontecem os primeiros estímulos napessoa que está sobre o animal. “O cavalo carrega o ser humano em seu dorso, simulando o embalo da pelve humana, transmitindo as sensações dos embalos recebidos na vida intrauterina” (UZUM, 2005, p. 70).

A equoterapia por não ser um tratamento convencional, acontece geralmente em fazendas, haras e sítios. Estes ambientes devem possuir fácil locomoção, rampas e banheiros adaptados (UZUN, 2005). Essa ideia de clínica ampliada proporciona a todos um ambiente diferenciado. “Essa dinâmica de trabalho facilita a interação do praticante com o cavalo pois,

ao visualizar outras pessoas montando com desenvoltura e prazer, ele também se estimula para a prática da equoterapia” (SEVERO, 2010, p. 278).

Entretanto, para que a equoterapia aconteça é necessário que se tenha uma equipe multidisciplinar com atuação interdisciplinar, capacitada e qualificada para realizar este tipo de trabalho e paraparticiparem ativamente do planejamento de cada tratamento.

A composição da equipe de trabalho deve ocorrer baseando-se no planejamento dos programas, de sua finalidade e do seu objetivo. E deve ser a mais ampla possível, incorporando profissionais da área da saúde, da educação e daequitação. Dentre os profissionais da área da saúde que poderão fazer parte da equipe interdisciplinar estão: psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicomotricistas e médicos. Profissionais da área da educação: pedagogos, professores de educação física. Outros profissionais que são profissionais da área da equitação e do trato animal também poderão compor a equipe, são eles: instrutores de equitação, auxiliares guia, tratadores, veterinários e zootecnistas. A equipe que irá executar o trabalho deverá ser composta por profissionais que atenderão o planejamento singular de cada praticante a fim de atingir a finalidade do programa (LERMONTOV, 2004).

Este recurso terapêutico é pensado de forma singular para cada indivíduo, visando juntamente com a equipe interdisciplinar a forma mais adequada para se alcançar resultados.

É de extrema importância que a equipe esteja bem entrosada, sabendo a hora de atuar, procurando não invadir o espaço do outro profissional. Para isso, deve haver um

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planejamento prévio, para que seja feita a escolha dos profissionais envolvidos no atendimento, priorizando as necessidades do praticante. São necessárias, também, reuniões periódicas para discussão de casos, com o intuito de fazer valer a interdisciplinaridade (UZUM, 2005, p. 44).

A forma como a equipe trabalha poderá refletir diretamente no resultado do processo terapêutico. Cabe aqui ressaltar que dentre as áreas atuantes na equoterapia, destaca-se a psicologia, que está alcançando cada vez mais pessoas. A psicologia enquanto prática, possibilita ao profissional um amplo e vasto campo de atuação.

A formação do psicólogo o habilita a atuar em qualquer uma das áreas da psicologia, descritas na Resolução CFP 13/2007, sendo elas: Psicologia Escolar/Educacional; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia de Trânsito; Psicologia Jurídica; Psicologia do Esporte; Psicologia Clínica; Psicologia Hospitalar; Psicopedagogia; Psicomotricidade; Psicologia Social; Neuropsicologia (CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA, 2015).

De acordo com o Conselho Federal de Psicologia - CFP, essas são as áreas onde o profissional de psicologia pode desempenhar seu trabalho. Mesmo que a formação possibilite esse grande nicho, é imprescindível que os profissionais busquem especializações para que seja prestado um serviço de qualidade, exigindo, inclusive, dinamização para acompanhar diversas práticas emergentes. Dentre estas práticas emergentes, destaca-se a Equoterapia, onde para ser um profissional habilitado é preciso realizar um curso específico. O profissional saberá da melhor maneira abordar o praticante e alcançar os objetivos corretamente, não fazendo da prática apenas uma técnica de lazer. Importante salientar que praticante se trata daquela pessoa com alguma deficiência física ou mental e/ou com necessidades especiais e que esteja praticando a equoterapia como modalidade terapêutica.

Sendo assim, esta pesquisa busca identificar qual a relevância do profissional de psicologia na prática de equoterapia, descrevendo quais as funções atribuídas a ele nesta prática; identificando os métodos utilizados por ele e analisando a sua participação nas equipes interdisciplinares atuantes na prática equoterápica.

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Esse método chegou no Brasil em 1971, trazido pela Dra. Gabriele Brigitte Walter, que é fisioterapeuta e psicóloga, mas só passou a ser reconhecido em 9 de abril de 1997 pelo Conselho Federal de Medicina. (ASSOCIAÇÃO EQUOTERAPIA SANTOS, 2000).

O termo equoterapia foi criado pela ANDE-Brasil em 1989, com o intuito de caracterizar todas as práticas que utilizem o cavalo como técnicas de equitação e atividades equestres, objetivando a reabilitação e/ou educação de pessoas com deficiência ou com necessidades especiais.

Entretanto, há muito mais tempo o cavalo já era utilizado como um recurso terapêutico.

A relação homem/cavalo é antiga, já em 337 a. C o grego Hipócrates, em seu livro

Das Dietas, refere-se à prática equestre como eficiente tratamento de insônia, além

de contribuir para o desenvolvimento do tônus muscular do cavaleiro (LIMA 2018, p. 134).

Nesse sentido, a presença do cavalo é constante na vida do homem. Este animal que muito serviu como meio de transporte, na guerra, no esporte, na alimentação e também na medicina, tanto veterinária como humana, ganha mais espaço e atualmente é usado como instrumento facilitador na equoterapia (SEVERO, 2010). “O cavalo é um animal quadrúpede, mamífero, herbívoro, com longas pernas para corrida, focinho longo, cabeça grande, diversas alturas e pelagens e olhar atento” (SEVERO, 2010, p. 76).

Sendo o cavalo o principal instrumento para a realização da prática da equoterapia é importante cuidar do bem-estar do animal, pois assim como todo animal o cavalo necessita de cuidados especiais, cuidados diários e periódicos, como com a alimentação, com os cascos e incluindo a visita de um veterinário. “Cada equino, além da forte influência do fator genético, tem seu comportamento influenciado pelas pessoas que o rodeiam. Daí a importância de ser bem-educado e ter seu bem-estar garantido” (LIMA, 2018, p. 155).

Os cavalos por sua vez, obedecem a rigorosos critérios de seleção que consideram os pré-requisitos necessários para o uso em trabalhos de terapia – como índole, estatura, ritmo, andamento, impulsão, inteligência, e aprumos – e são treinados pelo equitador da equipe especialmente para essa função (WALTER 2013, p. 119).

Além da escolha do animal certo, é necessário também que todo o equipamento a ser utilizado esteja organizado e em bom estado, facilitando a prática. “A equipe responsável pela

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terapia deve sempre conferir o cavalo e equipamentos antes de o praticante montar (sela, manta, cilha, estribos, condições de saúde do animal, estado da rampa quanto a aderência, piso, materiais soltos que podem criar ou voar assustando o cavalo etc.)” (LIMA. 2018. p, 322). É necessário também que os profissionais que compõem a equipe multidisciplinar tenham uma boa afinidade com o animal. Não se pode, entretanto, deixar que o cavalo seja um cavalo e demonstre seus comportamentos naturais (LIMA, 2018).

Assim o cavalo se torna uma máquina terapêutica, fazendo com que o praticante tenha uma capacidade motora que não possuía. Isto porque, ao se deslocar ao passo, o cavalo realiza um movimento em seu dorso muito semelhante à marcha humana, fazendo com que o movimento provocado na bacia pélvica de quem está no seu dorso seja 95% semelhante ao de uma pessoa andando a pé (QUEIROZ, 2015, p. 2).

A figura abaixo ilustra a semelhança entre a marcha do cavalo e a marcha humana:

Fonte: Ecket (2013, p.24).

Sendo assim, esse movimento que o cavalo possui e proporciona de forma natural, traz benefícios que nenhum outro animal consegue trazer. E é exatamente por existir essa semelhança entre a marcha humana e a marcha do cavalo que esta prática possui tantos benefícios (HAINZENREDER, 2013).

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Pode-se utilizar o cavalo com baixa frequência de passo (executa em média 82 ondulações tridimensionais por minuto), o que origina correções posturais que ativam grupos musculares, mesmo sem nenhum exercício adicional, e equivale a 354.240 contrações, em uma sessão de 30 minutos (WALTER, 2013, p. 46).

O fato de montar em um animal de porte grande propicia ao praticante pensar que tem poder, por se sentir no comando do animal, aos poucos o praticante e família sentem a autonomia que esta prática promove. “A equoterapia estimula o paciente a construir sua própria história e ter consciência de sua situação, para poder atuar na busca pela solução de seus problemas” (WALTER, 2013, p.142).

Durante a sessão que leva em torno 30 minutos, além da montaria outras formas de fazer a prática da equoterapia também auxiliam em atividades da vida diária do praticante. Através da equoterapia, os praticantes são colocados a realizarem tarefas que envolvam todo o cuidado do cavalo como alimentação, limpeza do local onde o animal dorme e a escovação do pelo, possibilitando que todos assumam a responsabilidade pelo bem-estar do animal, e também fazendo com que isto reflita nas atividades pessoais que eles desenvolvem na sua rotina (WALTER, 2013). O tratamento pode estender-se por período indeterminado, variando de acordo com o quadro e o desejo de continuar do praticante, seguindo os programas básicos (UZUN, 2005).

Na prática da equoterapia, existem programas básicos que são realizados pela equipe responsável com os praticantes que necessitam de cuidados especiais:

Hipoterapia: praticante com completa dependência em relação ao manejo do cavalo (sem autonomia), que necessita de apoio direto (montado) dos técnicos, principalmente dos fisioterapeutas; Reabilitação: praticante com alguma influência sobre a condução do cavalo (semiautonomia), que necessita de menor intervenção direta dos técnicos; Pré-esportiva: praticante com completa autonomia sobre o cavalo, que necessita de pouca ou nenhuma intervenção dos técnicos; Hipismo adaptado: programa recomendado pela Ande-Brasil com finalidades desportivas, terapêuticas e educacionais, administrado principalmente dentro dos programas de equitação básica (SEVERO, 2010, p. 332).

Considerando-se isso, a prática da equoterapia é indicada para alguns quadros clínicos, incluindo doenças genéticas, ortopédicas; sequelas de traumas e cirurgias; doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais; distúrbios de aprendizagem e linguagem (ANDE, 1989).

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Visto a importância da prática equoterápica, foi sancionada em 13 de maio de 2019 a Lei nº 13.830, que regulamenta a prática da equoterapia como método de reabilitação (BRASIL, 2019).

Além do cavalo, para esta prática terapêutica, é exigida uma equipe que atue interdisciplinarmente, priorizando que tudo saia da melhor maneira possível. A equipe deve estar atenta a todo o contexto para que a prática ocorra com segurança. Compondo a equipe interdisciplinar estão os psicólogos que, embora hoje estejam inseridos neste e em outros contextos, muito trilhou para que se conseguisse espaço dentro de algumas práticas.

No Brasil, a psicologia chegou no século XIX, com a criação das faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia em 1833, e até o final deste século não havia nenhuma sistematização ou institucionalização do conhecimento psicológico. Os primeiros cursos universitários surgiram na década de 1950, entretanto a profissão só foi regulamentada na década de 1960 (PORTUGAL; SOUZA, 2018).

A partir da década de 90 com a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), de Unidades Básicas de Saúde (UBS), os Programas de Saúde da Família (PSF’s) hoje denominados de Estratégia Saúde da Família, percebeu-se a importância da atuação do psicólogo nas equipes multidisciplinares para estabelecer integralmente o conceito de saúde (SOBROSA et al. 2014).

Nesse sentido, considera-se que o campo da Psicologia da Saúde no Brasil ainda está se estruturando como um novo campo de saber e atuação. Mudanças recentes na forma de inserção dos psicólogos na área da saúde e também a abertura de novos campos de atuação, tais como o campo da saúde pública, estão exigindo transformações qualitativas nas práticas dos psicólogos, que, por sua vez, requerem a construção de novas perspectivas teóricas (SOBROSA et al, 2014, p.5).

A psicologia está a todo momento sendo atualizada e, por esta razão, diariamente, surgem novos assuntos e desafios, tornando-se fundamental que os profissionais se capacitem para aprofundar seus conhecimentos, independentemente do contexto que estiver inserido. “O Psicólogo, dentro de suas especificidades profissionais, atua no âmbito da educação, saúde, lazer, trabalho, segurança, justiça, comunidades e comunicação com o objetivo de promover, em seu trabalho, o respeito à dignidade e integridade do ser humano” (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 1992, p.1).

Ainda de acordo com Conselho Federal de Psicologia (1992, p.1), sobre as funções atribuídas ao profissional de psicologia:

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O psicólogo desempenha suas funções e tarefas profissionais individualmente e em equipes multiprofissionais, em instituições privadas ou públicas, em organizações sociais formais ou informais, atuando em: hospitais, ambulatórios, centros e postos de saúde, consultórios, creches, escolas, associações comunitárias, empresas, sindicatos, fundações, varas da criança e do adolescente, varas de família, sistema penitenciário, associações profissionais e/ou esportivas, clínicas especializadas, psicotécnicos, núcleos rurais e nas demais áreas onde as questões concernentes à profissão se façam presentes e sua atuação seja pertinente.

Como referido anteriormente, dentre as áreas onde a psicologia executa seu trabalho está a equoterapia. Nesta área, o psicólogo exerce um papel importante tanto com a sua equipe de trabalho, como com o praticante e também os familiares. É, pois, importante ressaltar que “todo estudante e profissional de Psicologia deve saber pensar e aplicar tais teorias não apenas para sujeitos que ouvem, enxergam, andam ou capazes de pensar e interagir em alto nível de abstração” (NUERNBERG, 2019, p. 24). Desta forma, otimizando o cuidado com a saúde mental, diminuindo as barreiras de suas limitações.

PSICÓLOGO NA PRÁTICA DA EQUOTERAPIA

A equoterapia tem início a partir do momento em que a pessoa esteja com avaliações de diferentes profissionais, afirmando a indicação e liberação para este tipo de tratamento. “Os atendimentos são precedidos de diagnóstico, indicação médica, psicológica e fisioterapêutica e avaliação dos profissionais da saúde e educação, objetivando o planejamento do atendimento individualizado na equoterapia” (BUENO; MONTEIRO, 2011, p. 174).

A prática da equoterapia proporciona a todos os praticantes um modo singular de intervenção, sendo assim, como já citado, a equipe deve contar com a presença de profissionais de diversas áreas, cada um com suas habilidades e competências. A presença de um psicólogo tem se tornado imprescindível considerando-se que este profissional atua em todos os momentos e etapas, abrangendo não somente o praticante, mas todos os envolvidos. “Dessa forma, a atuação do psicólogo no espaço da equoterapia não pode reduzir-se à pura e simples atuação dentro de um consultório privado. A prática da equoterapia exige do psicólogo um olhar apurado que possibilite saber qual o melhor modo de fazer a intervenção.

Um ponto importante é a acolhimento realizado com a família. Ter um bom vínculo é algo fundamental para que o tratamento aconteça da melhor maneira, prezando não só pela

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pessoa que recebe o tratamento, mas também pelo bem-estar da família que espera por resultados satisfatórios.

O papel do psicólogo é o de avaliar, indicar, contraindicar e reavaliar, além de promover a terapia para o cliente, em cima e fora do cavalo. Realizando avaliações psicológicas com a família e principalmente com o praticante, para obter uma compreensão do mesmo. Além disso, auxilia na aproximação do paciente com o animal, o que é crucial ao desenvolvimento do tratamento e ajuda na montaria, ocorrendo a partir do momento em que se estabelece um vínculo afetivo entre o indivíduo e o cavalo, encontrando assim, confiança para montar. (GOLÇALVES, 2007, p. 21).

O papel que o profissional de psicologia desenvolve na prática da equoterapia não se limita só ao contato com o praticante e a sua família. O psicólogo também realiza intervenção com a sua própria equipe a fim de evitar que algo de fora venha a comprometer o tratamento e direciona a forma como será realizada a prática equoterápica. Além disso, o espaço da equoterapia proporciona um entrosamento entre os cuidadores, possibilitando uma troca de experiências.

O psicólogo observa o modo em que será estabelecida a relação praticante e cavalo. “Na prática da equoterapia, nada é pontuado e tudo é vivenciado; é o praticante quem descobre, com ajuda do cavalo, o tópico a ser trabalhado, cabendo ao psicólogo mediar esse processo” (WALTER, 2013, p. 143). A partir disso, o planejamento começa a ser montado visando a demanda demostrada pelo praticante.

Na equoterapia, é possível para o psicólogo identificar não só os mecanismos da psicopatologia do praticante, como também seu funcionamento psicodinâmico, pois na relação com o cavalo, ele reproduz suas limitações, sua dificuldade em estabelecer e manter vínculos, sua falta de iniciativa e baixa autoestima (WALTER, 2013, p. 143).

O psicólogo consegue extrair, durante a prática, diversos elementos sintomáticos ou clínicos, e a partir disso achar caminhos para que o planejamento terapêutico seja algo mais leve, que não invada a subjetividade do praticante, tornando possível a continuidade do trabalho e assim, atingir ganhos comportamentais, sociais, cognitivos e também ganhos físicos.

No aspecto psicológico, vale lembrar que todos os pacientes apresentam ganhos comportamentais, sociais e cognitivos extremamente relevantes, muitas vezes maiores e de forma mais rápida que os ganhos físicos. Entre as indicações psicológicas, estão

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comprometimentos sociais (como distúrbios de comportamento, autismo, esquizofrenia, psicose) e emocionais (WALTER, 2013, p, 12).

Percebe-se, assim, a relevância que a psicologia possui dentro da prática equoterápica.

MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório realizada a partir de uma revisão bibliográfica narrativa. Inicialmente foram escolhidas quatro bases de dados para a pesquisa: SCIELO, BDTD, CAPES, BVS-Psi. Entretanto, após investigação, os resultados mostraram que em nenhuma delas foram encontrados estudos pertinentes ao tema e aos objetivos do presente estudo. Desta forma, foram realizadas buscas na ferramenta Google Acadêmico onde foram localizadas três pesquisas que correspondiam aos objetivos previamente listados. Os estudos foram encontrados no banco de dados da Universidade de Severino Sombra e Universidade do Oeste de Santa Catarina e na base de dados Pepsic (Periódicos Eletrônicos em Psicologia). Na página da Associação Nacional de Equoterapia, foram encontradas duas produções, entretanto as mesmas tem oito anos e doze anos de publicação respectivamente, o quecomprovaa necessidade de atualizar o estudo do tema com pesquisas mais recentes.

Todas as buscas seguiram como critério de inclusão que os estudos e os relatos de experiências fossem publicados entre os anos de 2014 e 2020 e tivessem como descritores as palavras: Psicologia e Equoterapia. Posto isso, como critério de exclusão, foram descartados todos os estudos que direcionavam os benefícios da prática equoterápica para alguma necessidade especial especifica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao longo da investigação realizada nas bases de dados, verificou-se pouca produção científica fazendo referência a temática proposta por este estudo. Contudo, os estudos encontrados foram significativos e responderam aos objetivos propostos, considerando cada vez mais importante a ampliação da atuação e contribuição das práticas psicológicas em diferentes contextos. As informações obtidas por meio dos resultados dos estudos encontrados são discutidas e relacionadas com a teoria na seção seguinte.

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Quadro 1: Descrição dos resultados da investigação bibliográfica. (Continua)

Autor Ano Localidade Método Objetivos Resultado

Silva & Silva (2017) 2017 Vassouras, RJ Experiência retrospectiva em estágio do curso de psicologia, associado à revisão da literatura pertinente. Demonstrar os efeitos da equoterapia na vida de seus praticantes.

A equoterapia como modalidade terapêutica, permite ao psicólogo vivenciar inúmeras experiências em um único campo de trabalho.

Para além da questão psicoterápica, de modo geral, a

atuação dos profissionais engloba acompanhar, analisar e

avaliar: praticantes, cuidadores e/ou familiares, isto dentro de um contexto interdisciplinar de trabalho, já que a composição da

equipe abrange profissionais de outras áreas de conhecimento e

não só a psicologia. Zamo e Trentini (2016) 2016 São Paulo, SP Estudo de revisão sistemática de pesquisas empíricas, considerando estudos que buscaram verificar atribuições relacionada a atuação do psicólogo. Investigar as pesquisas empíricas em equoterapia publicadas entre 2004 e 2014, buscando verificar características das amostras, construtos psicológicos avaliados, instrumentos de avaliação utilizados e resultados psicológicos atribuídos ao tratamento de equoterapia.

- Os resultados mais evidentes da equoterapia no âmbito

psicológico envolveram diminuição da ansiedade e ganhos em relacionamento

social;

- Embora existam mais de 150 testes psicológicos validados padronizados e normatizados,

grande maioria das pesquisas brasileiras revisadas utiliza entrevistas e observação de comportamento, não fazendo uso

dessas ferramentas no momento da avaliação de eficácia terapêutica da equoterapia; - os estudos internacionais utilizaram questionários, escalas

de qualidade de vida, de funcionalidade e para grupos específicos, com isso podemos

entender que o pouco uso de escalas e instrumentos estruturados em psicologia para

avaliar faz parte da falta de hábito do brasileiro em utilizar essas ferramentas, ou da falha na

formação nesta área da psicologia que vem sendo

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Quadro 1: Descrição dos resultados da investigação bibliográfica. (Conclusão)

Autor Ano Localidade Método Objetivos Resultados

Baretta e Sehenm (2016) 2016 Joaçaba, SC Pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, com 12 profissionais que atuam na equipe interdisciplinar da equoterapia, em cinco cidades da mesorregião Oeste do estado de Santa Catarina. Investigar o processo psicoterapêutico da equoterapia, a prática do trabalho interdisciplinar e os benefícios que são proporcionados aos seus praticantes a partir do olhar dos profissionais envolvidos na equipe. Quanto o perfil sociodemográfico dos 12 profissionais, 11 são mulheres, a

média geral de idade é de31 anos, seis são casados, sete têm

filhos e o tempo médio de formação foi de 5,5 anos. - Quanto a interdisciplinaridade, onze profissionais acreditam que a troca de informações sobre os

praticantes é a base desse trabalho.

- Quanto a colaboração da psicologia para o trabalho interdisciplinar, dos cinco profissionais desta área que participaram da pesquisa todos

entendem que a função desse profissional é realizar o primeiro

contato do praticante, tanto com o indivíduo e sua família, no momento de adaptação, quanto

com o cavalo, que é o instrumento terapêutico

principal.

- Os sete profissionais das áreas da Fisioterapia e Terapia Ocupacional consideram essencial a presença do psicólogo na equoterapia e

reconhecem seu papel no processo de tratamento.

Fonte: pesquisa do autor, 2020

O quadro 1 acima apresenta a distribuição dos conteúdos descritos nos estudos selecionados. O estudo de Silva e Silva (2017) alinhado a uma experiência de estágio, aponta que ao longo dos anos a prática equoterápica como método terapêutico foi empregada nos mais diferentes contextos: com Hipócrates (458-370 a.C) no tratamento da insônia, com Asclepíades da Prússia (124-40 a.C) no tratamento de patologias e paralisias, apontando igualmente que durante a idade média os árabes já reportavam o uso do cavalo para conservação de uma boa forma física. Já em 1901 a prática passou a ser utilizada até mesmo dentro de hospitais na Inglaterra. Seguindo a cronologia da construção deste método, Paris foi palco de defesa em 1972 da primeira tese de doutorado de medicina sobre equoterapia e em 1974 do primeiro Congresso Internacional de reeducação pela equitação. Tais acontecimentos despertaram também interesse de um grupo de brasileiros pela equoterapia. Este interesse levou-os a

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fundação da Associação Nacional de Equoterapia no Brasil, que atualmente é quem dita os critérios de indicação e contraindicação e os benefícios físicos e psicológicos que a prática desenvolve em nível nacional. À vista disso, observa-se no território brasileiro, tendo em vista a notoriedade que esta modalidade vem ganhando, uma crescente no número de fundações de centros equoterápicos. Contudoé importante salientar sobre o compromisso com os inúmeros fatores essenciais que garantam a qualidade do serviço prestado, dentre eles: profissionais qualificados, ambientes e estrutura adequada, materiais para realização do trabalho, cavalos apropriados e treinados. Para Walter (2013), ainda é necessário que haja maior incentivo nessa área no Brasil que não somente por meio de recursos particulares ou patrocínio de empresas privadas.

Na prática, na pesquisa de Silva e Silva (2017), foi possível identificar os mais variados benefícios terapêuticos que o método oferece ao praticante, além do acolhimento, assistência e orientação familiar. Bueno e Monteiro (2011), destacam a importância da familiarização da prática para pais ou cuidadores submetendo-os de alguma forma as vivencias que seu filho terá, experienciando até mesmo andar a cavalo, pois isto certamente facilitará o vínculo destes com a equipe. E, neste sentido, é a psicologia quem exerce um papel fundamental, além de propiciar maneiras de aproximar e entrosar os membros da equipe multidisciplinar, interpelando o conhecimento singular de cada especialidade. Desta forma, o psicólogo proporciona uma visão para além da patologia ou limitações do praticante, realizando intervenções que favorecem o desenvolvimento da autoconfiança, do equilíbrio, da concentração, da aquisição de autonomia, do desenvolvimento afetivo, do desenvolvimento psicomotor, estimulação da linguagem falada e corporal, da confiança, da socialização, ou seja, como um indivíduo em potencial para descobrir novas capacidades (SILVA; SILVA, 2017). No decorrer do processo terapêutico, o praticante experimenta a oportunidade de transpor para o seu dia a dia as respostas obtidas durante a prática e isto firma o resultado que se é esperado (WALTER, 2013).

O estudo de Baretta e Sehenm (2016), assim como o estudo de Silva e Silva (2017), salientam a relevância do processo interdisciplinar na prática da equoterapia, através da junção dos saberes específicos de cada área atuante para um melhor desempenho e resultado. A depender da fase e da evolução do praticante durante a terapia cada um dos profissionais, em função do plano terapêutico, terá maior ou menor participação (WALTER, 2013). No estudo de Baretta e Sehenm (2016), pode-se perceber que em suma, os profissionais envolvidos nesta pesquisa entendem que a interdisciplinaridade é um ponto essencial para uma boa execução do trabalho. Walter (2013), confirma este dado ressaltando, que sozinha a equoterapia não se mostra como a solução para todos os problemas, mas é indiscutível que essa interação e

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aproximação das áreas envolvidas na prática alcançam efeitos extremamente satisfatórios. Com relação a Psicologia a pesquisa identificou as mais variadas formas de colaboração desta ciência para com o processo equoterápico como demonstrado no estudo de Silva e Silva (2017). Para Gonçalves (2007), o psicólogo na prática da equoterapia jamais esperará seu paciente sentado, dentro de um consultório, pois participa ativamente e deve acompanhar cada praticante em cada sessão. Dentre os cinco profissionais de Psicologia participantes do estudo de Baretta e Sehenm (2016), todos consentem que a sua função é realizar o primeiro contato com o praticante, tanto com o indivíduo e sua família, no momento de adaptação, quanto com o cavalo, que é o instrumento terapêutico principal. Para Lermontov (2004), por ser o cavalo um ser vivo e comunicante, ele está carregado de significados simbólicos e funciona como um intermediador entre o mundo intrapsíquico do praticante e o mundo exterior, sendo o psicólogo o intercessor desta relação. Ainda no estudo de Baretta e Sehenm (2016), três dos participantes partilham do estudo a ideia da importância de utilização de atividades lúdicas e psicopedagógicas para trabalhar as cognições básicas e as questões da autoestima e do comportamento do praticante. Dois dos psicólogos julgam que a presença do psicólogo também é necessária no planejamento das sessões em conjunto com o fisioterapeuta. Os sete participantes do estudo das áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, relataram ser essencial a presença do psicólogo neste contexto. Todos citam que o psicólogo facilita os momentos de aproximação com o animal e nas questões familiares, auxiliando nas questões emocionais e comportamentais. Ao examinar com os doze profissionais entrevistados quais as mudanças mais evidentes durante e após a prática da equoterapia, dez deles manifestaram como as principais alterações psicológicas do praticante a melhora na autoestima, no afeto e na socialização.

Após, a análise de vinte artigos com grupos de diferentes patologias Zamo e Trentini (2016), identificaram que grande parte dos estudos utilizaram métodos quantitativos em instrumentos e escalas validadas, padronizadas e normatizadas para suas populações. Os estudos brasileiros, especificamente, eram qualitativos sem grupo controle. Como limitação, a maioria dos estudos, analisados pelos autores (2016), citou a heterogeneidade dos participantes e a existência de terapia complementares a equoterapia. No Brasil, com relação ao uso de instrumentos de medidas, os pesquisadores verificaram que embora existam inúmeros testes validados, padronizados e normatizados para a população brasileira, os profissionais utilizam comumente entrevistas e observação de comportamento especialmente com profissionais de equoterapia no Brasil, somente em um dos profissionais pesquisados citou que faz uso de instrumentos específicos do psicólogo. Dentre os vinte estudos revisados somente um reportou a utilização de uma escala que está em processo de validação no Brasil. Já nos estudos

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internacionais, utilizaram questionários, escala de qualidade de vida, de funcionalidade e para grupos específicos. Esta diferença, segundo os autores pode ser reflexo da falta de hábito do brasileiro em fazer uso dessas ferramentas ou da falha na formação desses profissionais. Relacionado aos resultados mais perceptíveis da equoterapia no âmbito psicológico destacam-se a diminuição da ansiedade, ganhos em relacionamento social e ganhos em aspectos cognitivos, embora este último apesar de citado em alguns dos estudos não esteja bem claro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados mostraram que é indispensável a presença de um psicólogo em âmbito equoterápico e que o papel deste profissional não se limita exclusivamente ao praticante, mas sim estendendo-se a todos os envolvidos, como familiares e equipe multidisciplinar. A relevância do profissional de psicologia perpassa desde a chegada do praticante ao centro de equoterapia até a sua aproximação com o cavalo. É o psicólogo o responsável por fazer com que os outros integrantes da equipe enxerguem cada praticante além da sua patologia, dando enfoque para a capacidade de tudo aquilo que ele é capaz de desenvolver, participando ativamente do planejamento de cada intervenção e sessão.

Embora a prática já esteja bastante difundida em vários países pelo mundo e seja também uma prática bastante antiga, ainda que os seus objetivos venham se modificando e aperfeiçoando no decorrer dos anos, ainda há muito a ser aprimorado. Como por exemplo, uma certa unificação de recursos a serem utilizados pelos profissionais de psicologia de forma universal. Embora cada intervenção aconteça de modo singular, alguns recursos podem auxiliar muito nesse processo, como a utilização de testes, algo ainda não habitualmente utilizado por profissionais brasileiros dentro da equoterapia.

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