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AÇÕES DE GESTÃO AMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: O QUE TÊM SIDO FEITO POR ELAS?

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RGSA – Revista de Gestão Social e Ambiental Jan. – Abr. 2009, V.3, Nº.1, p. 22-33 www.rgsa.com.br AÇÕES DE GESTÃO AMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: O QUE TEM SIDO FEITO

Raquel Engelman1 Rubia Marcondes Guisso2

Edi Madalena Fracasso3

Resumo

Nas últimas décadas as questões ambientais estão gerando mudanças nos processos econômicos e produtivos mundiais como reflexos das exigências da sociedade em relação a valores e um crescente processo de conscientização ecológica, onde já é possível entrever um número crescente de universidades em várias partes do mundo desenvolvendo estudos e implementando práticas ambientais nos seus campi. Neste sentido, as Instituições de Ensino Superior desempenham um importante papel ao ser fonte de conhecimento e exemplo para a sociedade. Esse artigo trata das ações ambientais oriundas das Instituições de Ensino Superior, visando identificar se há um comprometimento por parte das instituições com uma gestão ambiental e quais as práticas realizadas para tanto, não só porque atuam na formação dos valores da comunidade, mas também por servirem de modelo, influenciando a sociedade. Práticas ambientais visando o desenvolvimento sustentável têm sido realizadas pelas universidades pesquisadas e há inclusão de objetivos ambientalmente sustentáveis em seus programas de difusão de conhecimentos e em suas próprias políticas internas. Os resultados mostram que apesar de barreiras financeiras e culturais, há muitas iniciativas e práticas em relação à gestão ambiental e um processo crescente de conscientização das pessoas envolvidas com as Instituições de Ensino Superior.

1. INTRODUÇÃO

As questões ambientais, nas últimas décadas, estão gerando mudanças nos processos econômicos e produtivos mundiais. Essas mudanças são reflexos das exigências da sociedade em relação a valores e ideologias, coexistindo com um mercado em crescente processo de conscientização ecológica, no qual mecanismos de gestão ambiental passam a constituir atributos desejáveis, se não fundamentais, na construção de uma imagem positiva junto à sociedade.

Os conceitos envolvendo desenvolvimento sustentável vêm evoluindo desde a publicação do relatório provido pela comissão de Brundtland (WCED, 1987). Esses conceitos são exigentes tanto metodologicamente como em termos práticos, por envolver os ambientes naturais, os ambientes modificados pelo homem e os ambientes culturais. A preocupação com

1

Professora de ensino à distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. E-mail: raquelengelman@hotmail.com

2

Professora Tutora da disciplina Planejamento Estratégico do Pólo Educacional de São Leopoldpo-RS. E-mail: rubiadelima@gmail.com

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Professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Administração, Departamento de Ciências Administrativas. E-mail: emfracasso@pq.cnpq.br

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o meio ambiente e com os aspectos econômico-sociais implica uma mudança de comportamento humano no que diz respeito à busca por um desenvolvimento sustentável.

A sustentabilidade ambiental demanda uma gestão integrada capaz de evitar e solucionar conflitos e de promover a organização de um processo cooperativo que estimule diversos atores sociais à participação, à cooperação e à comunicação na superação de uma visão utilitarista, que concebe o meio ambiente apenas como provedor de recursos naturais. As instituições educacionais têm um papel fundamental em relação a sustentabilidade e por isso, seus processos e serviços devem levar em consideração os níveis: individual, organizacional, político-econômico, sócio-cultural e ecológico (UNESCO, 1999).

As Instituições de Ensino Superior (IES) além de levar conhecimento, tecnologia e suporte ético para os futuros gestores, influenciam a comunidade onde atuam. Além disso, oferecem ao aluno instrumentos intelectuais para aprofundar seu senso crítico e confrontar a realidade na qual está inserido. Na tentativa de se adaptar a essas novas exigências da sociedade, as IES buscam incorporar uma gestão com foco na sustentabilidade, realizando diversas ações ambientais como os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA). O ensino, particularmente o universitário, é uma ferramenta essencial para a conscientização da sociedade. Muitas iniciativas e pesquisas têm sido realizadas a partir desta temática, mas no Brasil, pouco se têm estudado sobre o comprometimento das IES com as questões ambientais e a relação entre essa influência e as ações na comunidade onde atuam.

Nesse contexto, este artigo pretende tratar das ações ambientais nas Instituições de Ensino Superior, visando identificar se há um comprometimento por parte das instituições com uma gestão ambiental não só porque atuam na formação dos valores da comunidade, mas também por servirem de modelo, influenciando toda a sociedade. O desenvolvimento desse estudo teve como base uma extensa revisão bibliográfica sobre sistemas de gestão ambiental, incluindo informações sobre a ISO 14001. Em seguida fez-se um levantamento histórico do envolvimento das IES com o desenvolvimento sustentável, bem como os principais encontros e iniciativas. A seguir, procurou-se na literatura autores que discutiam as posturas e práticas de sustentabilidade nas IES, procurando relacioná-los com o contexto educacional brasileiro. Após esse levantamento, foram feitas entrevistas com gestores dos programas ambientais de quatro universidades a partir de um roteiro construído de acordo com o referencial teórico apresentado, bem como coleta e análise de dados secundários fornecidos pelas instituições. O método utilizado foi o de estudo de casos múltiplos, pois estes são reconhecidos como mais fortes do que as evidências de caso único.

Esse artigo não pretende tratar dos diferentes interesses por trás do desenvolvimento sustentável, nem busca se aprofundar na complexidade do tema, mas pretende tratar das ações ambientais oriundas das Instituições de Ensino Superior pesquisadas, visando identificar se há um comprometimento por parte das instituições com uma gestão ambiental e quais as práticas realizadas neste sentido, suas motivações e dificuldades, não só porque atuam na formação dos valores da comunidade, mas também por servirem de modelo, influenciando a sociedade.

2. Sistemas de Gestão Ambiental e ISO 14001

O meio ambiente tornou-se um valor-chave para se reformular as formas de pensamento e ação em todas as práticas organizacionais. A implantação de processos de Gestão Ambiental têm sido uma das respostas das organizações a este conjunto de pressões, ao mesmo tempo em que buscam adquirir uma nova perspectiva administrativa. A Gestão Ambiental é definida como um conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização na sua interface com o meio ambiente, é a forma pela qual a empresa se mobiliza,

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interna e externamente, para a conquista da qualidade ambiental desejada (DONAIRE, 1999; MAIMON, 1999).

No início dos anos de 1990, as organizações responsáveis pela padronização e normalização, localizadas nos países desenvolvidos, começaram a sistematizar procedimentos que refletissem suas preocupações com a qualidade ambiental e com a conservação dos recursos naturais, buscando atender às exigências sociais e mercadológicas em questão. Esses procedimentos resultaram no desenvolvimento de Sistemas de Gestão Ambiental que orientam as empresas a adequarem-se a determinadas normas de aceitação e reconhecimento perante a sociedade. Estes sistemas, hoje, também são vistos como estratégias empresariais imprescindíveis, por melhorarem a eficiência geral na empresa (ISO, 1996).

No Brasil, a década de 90 foi marcada por drásticas mudanças nas Instituições de Educação Superior brasileiras. As políticas públicas que caracterizaram a educação superior assentaram-se em orientações como a expansão do Sistema de Educação Superior; descentralização, diversificação e flexibilização. Essas orientações foram no sentido de impactar positivamente a tomada de decisão e o controle de qualidade nas IES (MOROSINI, 2006).

O Sistema de Gestão ambiental começou a fazer parte do comportamento ético-ambiental da organização, ou seja, o comportamento resultante da maior consciência com relação ao meio ambiente, cuja conformidade é conquistada com a implementação e cuja estabilidade e sustentabilidade estão calcadas no comprometimento da organização e de seus colaboradores com a sua política ambiental, expressa em planos, programas e procedimentos específicos (MAIMON, 1999).

O primeiro passo para sua implementação é fazer uma avaliação ou revisão da situação a respeito do relacionamento da organização com o meio ambiente, onde se faz um inventário das ocorrências e das condições de funcionamento das atividades, incluindo a análise da legislação pertinente, além de outras informações que possam auxiliar no planejamento do SGA. Para sua eficiência e sucesso, é necessário que haja consenso em todos os níveis hierárquicos quanto à sua importância, não representando uma imposição gerencial, devendo haver integração das funções com responsabilidade e comprometimento de todas as partes envolvidas (MAIMON, 1999). Segundo D’Avignon (1995) os gestores devem definir inicialmente o seu compromisso com as questões ambientais, de forma a adaptar a organização ao novo panorama, levando em conta as pressões externas e internas. Essa visão administrativa possibilitará a integração da organização aos imperativos ambientais através de uma comunicação ativa interna e externa.

Das normas de maior aceitação e adoção destaca-se, pela crescente importância, a Norma NBR Série ISO 14001 que define o Sistema de Gestão Ambiental como “a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental”. Esta norma fornece ferramentas e estabelece um padrão de sistema, que especifica as principais exigências para a sua implantação e adoção, orientando a empresa na elaboração da política ambiental e no estabelecimento de estratégias, objetivos e metas, levando em consideração os impactos ambientais significativos e a legislação ambiental em vigor no país (ISO, 1996). É uma norma internacional de amplo aceite e aplicação em nível empresarial, de uso voluntário. A implantação de um sistema nos moldes da ISO 14001 representa um processo de mudança comportamental e gerencial na organização, cuja implementação também deve ser conduzida de modo participativo e integrado.

Para a determinação das ações, levam-se em consideração todas as atividades envolvidas, avaliando-se seus respectivos impactos ambientais. Por impacto ambiental entende-se qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo

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ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização (ISO, 1996). Os sistemas visando melhorias ambientais, mecanismos como os das normas de gestão ambiental da série ISO 14000 proporcionam às organizações, incluindo as instituições educacionais, uma forma de medirem de forma semelhante os seus progressos na via de uma atuação mais sustentável.

3. As Instituições de Ensino Superior e o Desenvolvimento Sustentável

Considerando sua importância no direcionamento da humanidade ás práticas sustentáveis, a partir da década de sessenta, se estendendo aos anos setenta, as Instituições de Ensino Superior começaram a introduzir em seus sistemas de gestão algumas ações ambientais. Com a Conferência de Estocolmo, em 1972, emergiram inúmeras parcerias e redes de trabalho, bem como instituições voltadas a trazer a discussão sobre o desenvolvimento sustentável para o âmbito das IES. Na década de 80 essas iniciativas foram aumentando tanto em importância, quanto em número, priorizando a gestão de resíduos e eficiência energética. Nos anos 90 o destaque se deu por conta das políticas ambientais de âmbito global (TAUCHEN; BRANDLI, 2006).

Muitas ações e iniciativas por parte de gestores e representantes das IES foram tomadas, como a aprovação do plano de ação global para o desenvolvimento sustentável na Rio 92, chamado Agenda 21. No Brasil a Universidade de Brasília (UNB) adotou um programa de gerenciamento de resíduos químicos como parte das contribuições ao plano, que é um programa de gerenciamento que inclui dimensões ecológica/ ambiental, bem como econômicas e sociais. Além de executar as atividades precípuas para as quais está sendo projetado, há previsão de um alcance social de grande magnitude para ações oriundas de desdobramentos naturais de nossas ações futuras, nas áreas de ensino, extensão e pesquisa (IMBROISI, 2006). Entre essas instituições, também está a Universidade de Mälardalen, na Suécia, considerada a pioneira na implantação de SGA e atualmente está certificada conforme a norma ISO 14001 (RIBEIRO et al., 2005). A formalização do Projeto Ecocampus, na Europa, que tem como metas fundamentais melhorar a situação ambiental dos diferentes campi na Universidade de Madri e sensibilizar a comunidade universitária a impulsionar a participação e debate na busca de conflitos ambientais globais e locais, também é bastante significativa (ECOCAMPUS, 2007).

A percepção de que as instituições de ensino são parte ativa do problema, ao possuírem campus com práticas de gestão insustentáveis ou com atitudes passivas, levou cerca de 30 universidades a assinar em 1990 a Declaração de Talloires, que concluiu que as IES deveriam urgentemente prover a liderança e suporte necessários para mobilizar fontes internas e externas em direção a superar esse enorme desafio (THE TALLOIRES DECLARATION, 1990). A Declaração de Halifax (1991), onde foi salientada a responsabilidade das IES em ajudar as sociedades no presente e no futuro, moldar políticas e ações de desenvolvimento em direção a sustentabilidade, acusava a contínua degradação do ambiente terrestre, das práticas ambientais insustentáveis, além do perverso aumento da pobreza. Em 1993, na Suécia, participantes de 400 universidades e de 47 países diferentes, inspirados nos exemplos de Talloires e de Halifax, se reuniram para discutir os tópico de pessoas e meio ambiente, tentando encontrar maneiras de as universidades comunitárias, com seus líderes e estudantes, se engajarem em responder adequadamente a este desafio (THE SWANSEA DECLARATION, 1993).

No mesmo ano, em Kyoto, 650 IES explicitaram que a missão das universidades seria estabelecer e disseminar uma concepção clara de desenvolvimento sustentável, encorajando

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uma prática mais apropriada, para uma melhor compreensão por parte dos governos e do público em geral sobre os perigos físicos, biológicos e sociais enfrentados pelo planeta. Por terem obrigação ética, deveriam utilizar recursos próprios, no incentivo à superação das práticas tradicionais de utilização dos recursos e daquelas disparidades difundidas que se encontram no cerne da insustentabilidade ambiental. A Declaração de Kyoto visava também salientar a capacidade das universidades de ensinar e empreender na pesquisa e na ação dos princípios sustentáveis do desenvolvimento e pregava que as IES deveriam sentir-se encorajadas a rever suas próprias ações, refletindo sobre as próprias práticas sustentáveis do desenvolvimento (THE KYOTO DECLARATION, 1993).

Um programa inter-universitário de cooperação ao meio ambiente importante foi a Carta Copernicus (1994) que representou um esforço para mobilizar os recursos das IES para elevar a educação a um conceito mais complexo de desenvolvimento sustentável expressando um compromisso coletivo em nome de um grande número de universidades. A carta apresenta a educação como fator crítico na promoção de alguns valores e na capacidade de levantar questões sobre desenvolvimento e ambiente. Essa educação englobaria todos os níveis, principalmente o treinamento de tomadores de decisão e professores.

Percebe-se que em várias partes do mundo, principalmente nos países desenvolvido, as IES reconhecem a responsabilidade que têm em disseminar, de diversos modos e a diversas escalas, a consciência ambiental, através exemplos de práticas ambientalmente saudáveis na gestão dos campi, ou a um nível mais profundo, incluindo temas ambientais nos currículos acadêmicos. No Brasil, e nos países em desenvolvimento, nota-se uma postura das IES mais voltada à sustentabilidade social, onde existem inúmeras iniciativas e programas bem sucedidos nesse sentido. Uma iniciativa importante é o ELAUS (Encontro Latino Americano de Universidades Sustentáveis) que tem como objetivo reunir e expor práticas e pesquisas em andamento nas IES da América Latina.

A emergência dos problemas ambientais e das suas implicações econômicas e sociais no comprometimento do futuro nas sociedades modernas levou à consideração da via do desenvolvimento sustentável como alternativa às abordagens tradicionais dos problemas de desenvolvimento, onde as universidades são, tanto, parte do problema, como parte da solução (CARETO; VENDEIRINHO, 2003). Segundo estes autores, essas instituições detêm a capacidade e responsabilidade, por diversas razões, de promoverem o desenvolvimento pelo ambiente nas suas comunidades e regiões e podem e devem adotar a sustentabilidade na política e prática de gestão, afetando o presente e o futuro das sociedades, transmitindo valores e saberes e comportando-se de forma social e ambientalmente responsável.

Para Tauchen e Brandli (2006) existem razões significativas para implantar ações ambientais nas IES, pois estas podem ser comparadas a pequenos núcleos urbanos, já que o campus precisa de infra-estrutura básica, redes de abastecimento de água e energia, redes de saneamento e coleta de águas pluviais e vias de acesso. Além disto, envolvem diversas atividades de ensino, pesquisa, extensão e atividades referentes à sua operação por meio de bares, restaurantes, alojamentos, centros de conveniência, entre outros. Como conseqüência de suas atividades e operações, há geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos, consumo de recursos naturais, ou seja, a visão industrial de inputs e outputs.

As universidades geram significativos impactos ambientais, como a manutenção constante dos edifícios e espaços, uso de pesticidas e outros químicos, produção de resíduos perigosos, só para referir alguns dos aspectos. Na essência, com um leque tão grande de impactos potenciais, uma gestão ambiental bem sucedida de escolas e universidades requer uma aproximação à gestão ambiental similar à que pode ser aplicada a pequenas cidades, mas com especificidades próprias (CARETO; VENDEIRINHO, 2003).

Os mesmos autores expõem que uma das vertentes da sustentabilidade nas instituições de ensino pode voltar-se à melhoria do seu desempenho ambiental, pois um Sistema de

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Gestão Ambiental estabelecido numa organização pode reduzir de forma significativa a quantidade de materiais e energia requeridos para as atividades, resultando em significativas economias de custos e benefícios de desempenho ambiental. Na via da excelência ambiental pode recorrer-se ao desenvolvimento e aplicação de boas práticas ambientais, que apresentam diversas vantagens como a redução de custos, a conformidade com a legislação vigente, a antecipação a futuras leis, redução do risco ambiental, melhoria da imagem perante o público.

A partir da norma de implementação para Sistemas de Gestão Ambiental NBR ISO 14001 (ISSO; 1996) e de pesquisa realizada em mais de cem universidades em diversas partes do mundo por Careto e Vendeirinho (2003) a respeito das experiências em relação à sustentabilidade desenvolvida pelos campi, foram identificadas diversas práticas neste sentido como políticas de gestão ambiental, guia de boas práticas de ações sustentáveis, auditoria ambiental para indicar melhorias, utilização de indicadores ambientais, acompanhamento e análise sobre a questão de sustentabilidade, diagnóstico dos impactos significativos para o ambiente, departamento específico para gestão ambiental, construções e reformas na instituição seguindo padrões de sustentabilidade, cursos de formação de gestores ambientais, treinamento e sensibilização da equipe de funcionários, programas de conscientização voltado à população e aos alunos, inclusão no currículo de conteúdos sobre a questão ambiental, desenvolvimento de projetos de pesquisa sobre sustentabilidade, parceria com outras universidades para desenvolver a temática, organização de eventos sobre a questão ambiental, disponibilização de alimentação orgânica, controle de consumo e reuso de água, controle de consumo de energia, controle de efluentes, racionalização do uso de combustíveis ou uso de combustíveis alternativos, utilização de material reciclado, programas de seleção de lixo, critérios ambientais para fornecedores de materiais de consumo, controle da vegetação e espaços verdes, gestão de resíduos e plano de ação para melhoria contínua da sustentabilidade ambiental.

As estruturas dos sistemas de gestão ambiental podem variar dependendo da sua localização geográfica, dimensão, condições do ambiente local, capacidade de aproveitamento de oportunidades, cooperação interinstitucional, capacidade de concretização de parcerias com entidades muito diferentes e outros aspectos. Segundo Morosini (2006), as universidades ainda estão construindo o caminho que as torna sustentáveis, na ótica de uma cultura contínua de mudança, ancorada nas vontades políticas da introdução de inovações, que tenham presente a qualidade, mas, também, a missão maior da universidade, que envolve a produção e o uso do conhecimento como um serviço ao público.

4. Metodologia

Para atingir os objetivos do artigo, foi feita uma pesquisa exploratória sobre ações e sistemas de gestão ambiental nas IES, incluindo informações sobre a ISO 14001. Em seguida fez-se um levantamento histórico sobre o envolvimento de IES com o desenvolvimento sustentável, bem como os principais encontros e iniciativas nesse sentido. A seguir, procurou-se na literatura autores que discutiam as posturas e práticas de sustentabilidade nas IES, procurando relacioná-los com o contexto educacional brasileiro. Foram escolhidas quatro instituições localizadas no Rio Grande do Sul, uma pública e três privadas, sendo uma delas no interior, que podem ser consideradas representativas de uma IES gaúcha. Foram feitas entrevistas com gestores dessas quatro instituições de ensino a partir de um roteiro construído de acordo com o referencial teórico apresentado. As IES serão identificadas neste trabalho pelas letras A, B, C e D respectivamente.

Na coleta de dados, optou-se tanto pela aplicação de um questionário estruturado e outro semi-estruturado. Quanto aos respondentes da pesquisa, voltou-se às atenções ao responsável direto pela área analisada, o que corresponde ao gestor responsável pelas questões

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ambientais na IES. O processo de entrevistas foi iniciado em maio de 2008 e finalizou-se no início de julho do mesmo ano. A amostra deu-se através da escolha por conveniência, de quatro IES estabelecidas no Estado do Rio Grande do Sul que pudessem contribuir para o estudo. Além disso, a pesquisa poderá apontar: 1) as ações ambientais realizadas nas IES pesquisadas; 2) como essa tendência está se processando nas IES e 3) quais os motivadores para essas ações na visão dos gestores.

Definiu-se que o método mais adequado para esta pesquisa é o estudo múltiplo de casos devido ao fato que “o estudo de caso é uma inquirição empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a fronteira entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas”. O estudo de caso também é adequado quando questões relacionadas a “por que” são aplicadas a um conjunto de eventos contemporâneos sobre os quais o investigador possui pouco ou nenhum controle, caso das características do estudo em questão (YIN, 1994). A pesquisa qualitativa (GOODY; HATT, 1979) foi escolhida, pois possibilita a obtenção de informações de forma que podem elucidar o objeto de estudo e as transforma em variáveis de pesquisa, gerando hipóteses para serem testadas em trabalhos futuros.

5. Apresentação dos Casos e Análise dos Dados

A instituição A, ocupa uma área total de 2.185 hectares e está em conformidade com sua concepção de que a missão da Universidade Brasileira é de contribuir de maneira continuada para o futuro da nação por meio da geração desses conhecimentos e principalmente por meio da formação de recursos humanos qualificados e compromissados com o exercício da cidadania, desenvolve de maneira consistente e permanente, ações de ensino, pesquisa e extensão, em nível de excelência social e ambientalmente comprometida. Ela está voltada à melhoria contínua de seu desempenho ambiental e prevenção da poluição, adotando procedimentos e práticas que visam a prevenção de impactos ambientais negativos, em conformidade com os requisitos legais, gerando alternativas que propiciem a sustentabilidade da comunidade universitária e de toda a sociedade, desenvolvendo uma estratégia de mudança cultural através de uma política pedagógica ambiental.

Entre as atividades da IES A estão o GIGA, Grupo Interdisciplinar de Gestão Ambiental, a Coordenadoria de Gestão Ambiental, a qualificação de agentes ambientais, responsáveis locais pela Gestão, além de atividades concretas como a implantação da Coleta Seletiva e uma proposta de compostagem para a instituição. Entre as responsabilidades dos mais de cem agentes ambientais está a Gestão Ambiental na Unidade, a identificação dos aspectos e impactos ambientais na Unidade respectiva, trabalho de orientação para a correta segregação e acondicionamento dos resíduos, conhecimento das características físico-química e biológica de cada resíduo gerado, armazenamento interno dos resíduos, identificação de possíveis métodos de minimização da geração de resíduos. O agente também é responsável pela documentação referente aos aspectos e impactos ambientais (legislação, encaminhamento, formulários), pelo contato com a área de Meio Ambiente (Comitê do Meio Ambiente da Universidade) e de participar do Comitê do Meio Ambiente da Universidade. Como principais barreiras, o Coordenador de Gestão Ambiental aponta a liberação de recursos e a “cultura da universidade”, que implica em mudanças de hábitos cotidianos há muito arraigados. Para transpor estas barreiras a Coordenadoria realiza diversas ações de conscientização, como por exemplo, a coleta seletiva, onde além da distribuição de panfletos, os funcionários encarregados pela coleta foram levados a visitar as unidades de triagem.

Outra ação da instituição A, no sentido de disseminar esta nova visão, são os cursos de agente ambiental, que hoje chegam a 160 agentes treinados para uma população em torno de 2 mil pessoas. Serão cerca de 5% dos funcionários nas diversas áreas do campus, engajados na

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questão da sustentabilidade e com poder de multiplicação desses conceitos. A idéia de educação ambiental também está sendo implantada mesmo que não seja ainda dentro de um programa formal, pois está em fase de estruturação e análise de como será financiado

A instituição B ocupa uma área de 90,55 hectares, sendo 18,5% de vegetação e quase 4% de lagos artificiais e arroios que se comunicam entre si, permitindo a circulação de animais. Possui ISO 14001 e de acordo com o respondente sempre esteve preocupada com as questões ambientais, sendo que em 1997 foi aprovado, o projeto Verde Campus que objetivava direcionar ações ambientais na instituição visando a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, assegurar condições de desenvolvimento sócio-econômico, segurança do trabalho, proteção da vida e qualidade ambiental, operacionalizar tarefas técnicas referentes ao meio ambiente sob o enfoque da sustentabilidade e implantar o Sistema de Gestão Ambiental. Em 1º de dezembro de 2004 tornou-se a primeira universidade da América Latina a conseguir a certificação ISO 14001. Na Política Ambiental, promulgada em 2004, mantém o compromisso de agir em prol da prevenção da poluição e da conservação do meio ambiente, atendendo à legislação vigente e outros requisitos aplicáveis, proporcionando a melhoria contínua do Sistema de Gestão Ambiental para o desenvolvimento sustentável de seu campus e oportunizando a geração e a transferência de conhecimentos e tecnologias para a comunidade.

A instituição C possui uma área construída de 55.847 metros quadrados em dois campi. A partir de 1997 foram realizadas as primeiras práticas ambientais, por iniciativa de alguns alunos e professores. Por causa da necessidade de técnicos responsáveis e uma infra-estrutura mais complexa, foi criado em 2002 o Grupo Interno de Gerenciamento Ambiental (GIGA), que faz parte da área de Suprimentos e Apoio, responsável pelo gerenciamento de todos os resíduos da Universidade. Sua primeira ação foi a separação do lixo e entre tantas manifestações recebidas, destacam-se o reconhecimento da UNESCO, concedido através do Instituto Internacional de Planejamento. Apesar da licença ambiental concedida pela Secretaria do Meio Ambiente à todo campus no final de 2007 e das diversas práticas, entre elas a coleta seletiva do lixo, pessoas contratadas especialmente para separar os resíduos, desde lâmpada, pilha, eletrônicos, contatos com as empresas que realizam a reciclagem, controle do uso da água., não há a intenção dessa IES ir em busca de certificações.

Na IES C, o gerenciamento ambiental não segue a norma ISO 14001, mas tem embasamento na legislação vigente. Houve complicações iniciais, a universidade teve dificuldades para se encaixar nas exigências voltadas para área industrial, pois não possuía estações de tratamento e nem um sistema de transportes para os resíduos. Mas com as novas normas criadas no ano passado a situação foi resolvida. Outro problema levantado é quanto à conscientização por parte dos alunos em relação aos resíduos, principalmente nos laboratórios. Para contornar este desafio o trabalho de conscientização é realizado desde a pré-escola, visando compartilhar esses valores com a sociedade. Em 2007 foi lançada a campanha Consumo Consciente, propondo melhorias no consumo da água e energia, diminuição na utilização de materiais de expediente, reutilização de alguns materiais, além ações de conscientização no gerenciamento de resíduos, com a realização de palestras, o apoio de uma cartilha com dicas e a disseminação dos princípios sobre questão ambiental entre os funcionários.

Através do curso de Engenharia Industrial Química, a instituição C vem trabalhando em prol de soluções gerenciais e tecnológicas na área de meio ambiente, proporcionando às empresas consultoria e análise completa dos problemas por grupos multidisciplinares de especialistas e pesquisadores. Há também a previsão da construção de uma estação de tratamento de esgoto em 2009, que consiste em tratamento secundário para desinfecções, possibilitando o reuso da água.

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A IES D ocupa uma área total de 410 hectares, conta com uma ampla estrutura de apoio, laboratórios, Hospital Veterinário, museus, clínicas extra-muros, ambulatório, centros regionais comunitários e de pesquisa. A instituição desenvolve trabalhos voltados para a melhoria da qualidade de vida da comunidade e da região. O CCTAM (Centro de Ciência e Tecnologia Ambiental) é responsável pelas ações de gestão ambiental na instituição. Por iniciativa dos professores foi formado um comitê (entidades representantes da sociedade civil organizada, usuários de água e órgãos do governo) que visa o esclarecimento da Lei das Águas e a mobilização da comunidade para o gerenciamento dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo e o diagnóstico da Bacia do Alto Jacuí. Não há um Sistema de Gestão Ambiental implantado ou em fase de implantação na Universidade, somente ações isoladas, mas a universidade norteia suas ações pela ISO 14001. Uma das importantes contribuições nesse sentido foi a construção de uma estação de tratamento de efluentes, diminuindo consideravelmente seu impacto ambiental na região. A IES também revela que há problemas quanto à conscientização de alunos e professores na disposição dos resíduos. A comunidade e os professores são os principais atores na elaboração de ações e propostas ambientais. Como exemplo de interesse na gestão ambiental, esta universidade vai sediar o ELAUS (Encontro Latino Americano de Universidades Sustentáveis).

A partir dos dados coletados, é possível inferir que as quatro instituições pesquisadas demonstraram posturas voltadas à gestão ambiental, apresentadas na forma de diversas atitudes em relação à sustentabilidade. É possível verificar que um grande número de práticas são adotadas por todas as Instituições de Ensino Superior pesquisadas e apesar de nem todas as IES estarem em busca de certificações, todas se baseiam na norma ISO 14001 para nortear sua práticas, por entenderem a importância dessa ferramenta para a eficácia na identificação e determinação dos processos, em conformidade com ações disseminadas e bem sucedidas em todo o mundo. Todas as instituições desenvolvem as seguintes práticas ambientais: diagnóstico dos impactos significativos para o ambiente, disseminação dos projetos ambientais desenvolvidos dentro da instituição, controle de efluentes, controle de resíduos, programas de seleção do lixo e espaços verdes.

As IES adotam práticas formais para a gestão ambiental de seus campi, constituindo departamentos ou áreas para a gestão, cursos de formação de gestores ambientais, bem como treinamento e sensibilização da equipe de funcionários, inclusão no currículo de conteúdos sobre sustentabilidade, desenvolvimento de projetos de pesquisa sobre a sustentabilidade do meio ambiente, organização de eventos sobre a questão ambiental e disseminação dos projetos ambientais desenvolvidos dentro da instituição. Apesar de todas essas práticas, nenhuma das instituições disponibiliza algum tipo de alimentação orgânica nos seus campi.

Exceto a instituição D, que é a única que não possui nenhuma política ou forma de controle oficial, as outras três instituições apresentam algum tipo de política e controle das práticas como políticas de gestão ambiental, guia de boas práticas de ações sustentáveis, auditoria ambiental para indicar melhorias, utilização de indicadores ambientais e acompanhamento, critérios ambientais para fornecedores de materiais de consumo, análise da questão de sustentabilidade ambiental e planos de ação para melhorias contínuas da sustentabilidade ambiental.

Pelo menos duas, das quatro IES, desenvolvem práticas em relação a construções e reformas na instituição seguindo padrões de sustentabilidade, programas de conscientização ambiental voltado à população e/ou alunos, parceria com outras universidades para desenvolver a questão ambiental, controle de consumo e reuso de água, controle de consumo de energia, racionalização do uso de combustíveis ou uso de combustíveis alternativos, utilização de algum tipo de material reciclado.

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6. Considerações Finais

As mudanças da sociedade em relação a valores e ideologias demonstram uma preocupação crescente com as questões ambientais. Essas questões demandam por parte das organizações uma gestão integrada capaz de evitar e solucionar conflitos, promovendo processos cooperativos que estimule diversos atores sociais à participação, à cooperação e à comunicação com a preocupação de considerar o meio ambiente não só como provedor de recursos naturais, mas como imprescindível para a sua continuação no planeta. Por causa do seu papel fundamental em direcionar a sociedade nesse sentido, essa pesquisa buscou identificar se há um comprometimento das IES pesquisadas com uma gestão ambiental e quais as práticas realizadas neste sentido, suas motivações e dificuldades, já que atuam na formação dos valores da comunidade, servem de modelo e influenciam a sociedade em questão.

O estudo possibilita inferir que há intenção de uma convergência, por parte dos administradores, entre a gestão ambiental e a estratégia organizacional das universidades. Esta convergência, invariavelmente, segue a tendência da adaptação ao mercado das IES pesquisadas. Com uma visão administrativa ambiental, a pode-se inferir que a tendência é que os impactos negativos causados pela universidade ao meio ambiente e os custos sejam reduzidos ao longo do tempo, gerando assim benefícios ambientais.

Os resultados apontam que as iniciativas oriundas das IES pesquisadas existem, mas algumas não são levadas adiante por causa de uma visão administrativa que visa resultados imediatos (redução de custos, pouco capital para investimento), em concordância com organizações situadas em países em desenvolvimento. Práticas ambientais visando o desenvolvimento sustentável têm sido realizadas por todas as instituições pesquisadas e há inclusão de objetivos ambientalmente sustentáveis em seus programas de difusão de conhecimentos e em suas próprias políticas internas. Os resultados mostram que apesar de barreiras financeiras e culturais, muitas iniciativas são tomadas nesse sentido e há um processo crescente de conscientização em todas as pessoas envolvidas com as IES. A adoção de um Sistema de Gestão Ambiental pode ser visto como uma concretização dessas iniciativas.

Este estudo não esgotou todas as possibilidades de análise dos dados levantados, como também não é sua intenção ser representativo da situação das IES brasileiras quanto à Gestão Ambiental. Contudo, pode contribuir para futuros trabalhos que considerem a adoção de práticas que englobem a conscientização dos indivíduos envolvendo benefícios nos campos econômico, ambiental e social. Esse artigo também visa contribuir para a disseminação do conceito de sustentabilidade ambiental, e a importância de suas práticas para a sociedade e o meio ambiente.

7. Referências

ASSOSSIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR ISO 14001. Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.

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Referências

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