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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

VERIFICAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM FOGAREIRO COM A ADIÇÃO DE UMA FOLHA DE ALUMÍNIO EM SUA BASE

por

Leonardo Zimmer Marcelo Battisti Bochi Neimar Rodrigues de Freitas

Stone Barbosa Felix

Trabalho Final da Disciplina de Medições Térmicas

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ÍNDICE

RESUMO ...3 INTRODUÇÃO...4 EMBASAMENTO TEÓRICO...5 METODOLOGIA...8 DESCRIÇÃO DA BANCADA...9 RESULTADOS E INCERTEZAS ...10 CONCLUSÕES...11 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...12 ANEXOS...13

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RESUMO

O presente trabalho verifica a veracidade acerca de um mito popular sobre a influência de uma folha de alumínio sobre a chapa base de um fogão na eficiência do aquecimento do mesmo. Para as medições utilizam-se termopares fixados em uma casca semi-esférica de aço galvaniza-do, os quais possibilitam a análise da troca de calor ocorrida entre a panela e o fogão.

As medições foram feitas no LETA, assim como a construção da bancada. Essa mesma bancada poderá ser utilizada no futuro por outros alunos que quiserem realizar esse experimento novamente e também utilizá-lo para outras experiências.

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INTRODUÇÃO

A transferência de calor por radiação térmica é um fenômeno de grande interesse e muito importante para a engenharia mecânica. Existe uma discussão acerca da influência de uma folha de alumínio posta sobre a chapa base de o fogão aumentar a eficiência do aquecimento do mes-mo através de um aumento na troca de calor por radiação. Movidos pela curiosidade e pela pro-cura da verdade, decidiu-se verificar a consistência desse mito popular através dos conceitos de medições e instrumentação térmica aprendidos na disciplina.

A primeira idéia do grupo foi a utilização de uma casca semi-esférica de aço galvanizado para simular a base do fogão. A forma da casca visava concentrar a radiação proveniente da mesma em um determinado ponto. Uma vez concentrada a radiação poderíamos verificar a quan-tidade de calor trocado por radiação térmica da superfície da casca, com e sem o papel alumínio, utilizando um termômetro de assimetria de campo de radiação.

Esse tipo de termômetro busca determinar a diferença de campo de radiação através de uma leitura da diferença de temperatura entre duas placas do aparelho. A referida temperatura asseme-lha-se à temperatura de globo (Schneider, 2000).

No decorrer do trabalho verificou-se a inviabilidade da utilização dessa idéia e partiu-se então para um modelo mais simplificado. Utilizando um fogareiro (com e sem o papel alumínio na base) e a casca semi-esférica somente com dois termopares na superfície, um no centro da cas-ca e um na parede da mesma.

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EMBASAMENTO TEÓRICO Primeira idéia

Partindo da idéia original da utilização de uma folha de alumínio em um fogareiro, perce-bemos que a única possível fonte de diferença na troca de calor entre a utilização ou não da mes-ma é proveniente da transferência de calor por radiação. Vendo o esquemes-ma abaixo se torna claro o entendimento.

Fig.01- Casca sem folha de alumínio

Fig.02- Casca com folha de alumínio no interior

Percebe-se que a transferência de calor por convecção mantém-se igual nos dois casos, a condução pode ser considerada nula (transferência da grade do fogareiro para a casca) em ambos os casos. A mudança ocorre unicamente na emissividade da superfície interna da casca. A esco-lha da casca esférica ao invés de uma placa plana mostra-se bastante plausível se observarmos o fator de forma de uma configuração e de outra. Para duas placas planas com linhas meridianas conectadas por um plano perpendicular (Incropera, 2003) tem-se o seguinte fator de forma:

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Para o formato semi-esférico temos o fator de forma dado por:

Sendo:

F tp = Fator de forma Termômetro assimetria - Placa F tp = Fator de forma Placa - Termômetro assimetria F ct = Fator de forma Casca – Termômetro assimetria W t = Comprimento termômetro assimetria

W p = Comprimento da placa do fogão A t = Área do termômetro de assimetria A p = Área da placa do fogão

A c = Área da casca

Percebe-se que se considerarmos W p >> W t, portanto: F tp  0, logo F pt  0. Já

verifi-cando para o caso da casca esférica temos que o fator de forma nos dá um número finito e de ta-manho razoável. O que nos dá um ganho na troca de calor da placa plana para a casca esférica.

A forma como dá-se essa transferência de calor da superfície para o termômetro é dada pe-la equação:

Sendo:

Valores de sub-índice c – referente a casca

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O que demonstra que a troca de calor entre a casca e o termômetro só depende das diferen-tes emissividades da casca esférica e do termômetro de assimetria.

Projeto concreto

No caso de utilizarmos somente o fogareiro com e sem a folha de alumínio na sua superfí-cie verificamos a seguinte configuração:

Fig.03 – Casca sobre a chama com folha de alumínio na base

Nessa configuração percebe-se que novamente a troca de calor por convecção permanece inalterada e que novamente podemos desprezar a troca de calor por condução existente entre as grades do fogão e a casca esférica. Neste novo caso simula-se no experimento a condição da pa-nela no fogão sendo aquecida com e sem a folha de alumínio.

Alem disso, percebe-se que o mecanismo de transferência de calor continua sendo o mes-mo descrito pela equação da troca de calor radiante e que este só depende das diferentes emissi-vidades da chapa do fogareiro.

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METODOLOGIA Idéia Inicial

Inicialmente o grupo optou por colocar a folha de alumínio dentro da casca esférica com o pensamento de que desse modo, o efeito reflexivo do papel alumínio, acompanhado do formato esférico da casca, otimizasse a concentração de calor incidente no termômetro de assimetria de campos de radiação, proporcionando resultados mais expressivos e coerentes para a comparação com a casca esférica sem a presença do papel alumínio.

Após a devida instrumentação e coleta de dados, constatou-se que o papel alumínio agia com efeito isolante em termos de radiação térmica, devido à formação de um “colchão de ar” en-tre a casca e o papel alumínio diminuindo consideravelmente a transferência de calor por radia-ção. Então se optou por fazer a metodologia de acordo com o fogão tradicional, ou seja, a colo-cação do papel alumínio sobre a chapa do fogão representando verdadeiramente o comportamen-to da chama usado no dia-a-dia.

Nova proposta

Com essa nova disposição do papel alumínio, os resultados obtidos não foram tão expres-sivos, devido à planicidade da chapa do fogão, mas mesmo assim, apresentaram variações em termos de tempo de aquecimento da casca esférica e de distribuição de temperatura lateral da cas-ca, sendo assim possível a apresentação dos resultados.

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DESCRIÇÃO DA BANCADA

A bancada de medição encontra-se no LETA (Laboratório de Ensaios Térmicos e Aerodi-nâmicos) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS, e poderá ser usada para fins didáticos na disciplina de Transferência de Calor e Massa e Medições Térmicas.

A bancada se constitui de um fogareiro conectado ao fornecimento de gás GLP, uma casca esférica que simula uma panela a ser aquecida e o termômetro de assimetria de campo.

O fogareiro utilizado neste experimento era de duas bocas e de superfície de cor azul escu-ro.

A casa esférica utilizada era de material metálico, especificamente aço galvanizado. Para as medições de temperatura da mesma foram utilizados dois termopares tipo K, sendo um posicio-nado no fundo da esfera e outro na posição mais superior da lateral.

O termômetro de assimetria de campo construído baseia-se por duas chapas de alumínio de 60 mm x 60 mm pintadas de tinta preta fosca, separadas por material isolante (no caso madeira) interligadas por um par de cabos termopar tipo K. Medindo-se a diferença de potencial gerado entre as duas juntas dos cabos pode-se ler uma diferença de temperatura provocada pela radiação e convecção recebidas da casca aquecida.

A seguir foto da bancada, Fig. 04.

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RESULTADOS E INCERTEZAS As incertezas de medição são:

Incerteza do termopar tipo K é 2,2°C ou 0,75% (considerando o maior valor).

Incerteza do equipamento de aquisição de dados HP é de 0,0001 °C (valor considerado desprezível para os cálculos deste trabalho).

Incerteza de medição da amostragem é de acordo com cada repetição da mesma. Formula da Incerteza Total:

It = ( Itermopar2 + Imdição2) 1/2

Resultados

Considerando a temperatura inicial de 26,9 °C +- 2,2°C elevou-se a temperatura da chama do fogareiro até estabilizar a temperatura.

Amostra com a utilização da folha de alumínio: a temperatura da base da casca esférica, que medições com amostra grande resultaram numa temperatura média de 327,97°C uma incer-teza total de 2,72 °C. A estabilização da temperatura lateral da casca esférica resultou em uma temperatura média de 123,67°C com uma incerteza total de 4,63 °C.

Amostra sem a utilização da folha de alumínio: a temperatura da base da casca esférica, que medições com amostra grande resultaram numa temperatura média de 329,89°C uma incer-teza total de 2,91 °C. A estabilização da temperatura lateral da casca esférica resultou em uma temperatura média de 109,90°C com uma incerteza total de 3,19 °C.

Outro resultado também expressivo foi a redução do tempo de aquecimento tendo em vista uma comparação da rampa de aquecimento de 30°C até 320°C, sendo que a redução foi de 1minuto e 10seg para a amostra com folha de alumínio.

As medidas de temperatura e diferença de temperatura com o termômetro de assimetria de campo não foram significativas, isto é, não houve mudança do comportamento de transferência de calor. Esta pouca diferença é devido a pouca redistribuição do gradiente de temperatura en-contrada entre os dois experimentos, sem folha de alumínio e com folha de alumínio.

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CONCLUSÕES

Após a execução do experimento, chegou-se às conclusões de que a medição da temperatu-ra com o termômetro de assimetria não teve gtemperatu-rande diferença entre as duas amosttemperatu-ras (com e sem folha de alumínio), sendo que o esperado pelo grupo seria de que houvesse uma diferença trans-ferência de calor mais significativa.

Outra conclusão que vale à pena ressaltar é a de que o tempo de aquecimento diminuiu em 1min 10seg com a utilização da folha de alumínio, isso significa que a presença da folha de alu-mínio proporciona um aquecimento mais uniforme e efetivo em relação a chama sem alualu-mínio. Outro fator não menos importante é o de que o fogão usado no experimento possui chapa azul escuro, porque se fosse feito o experimento com fogões domésticos de chapa de aço inoxi-dável, essa diferença encontrada na temperatura cairia ainda mais.

Portanto, a utilização da folha de alumínio sobre fogão doméstico não apresenta grandes variações de temperatura, mas pode-se garantir de que a propagação do calor é mais uniforme acarretando numa velocidade mais rápida de cozimento.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

- SCHNEIDER, PAULO S., Termometria e Psicrometria (Polígrafo), Departamento de Engenharia Mecânica – UFRGS, 2005.

- SCHNEIDER, PAULO S., Incerteza de Medição e Ajuste de Dados (Polígrafo), Departamento de Engenharia Mecânica – UFRGS, 2005.

- INCROPERA, FRANK P., Fundamentos de transferência de calor e de massa. 5. ed., Rio de Janeiro: LTC, c2003

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ANEXOS

Resultado expresso em gráfico, Fig.05 e Fig.06, de acordo com a metodologia de medição. Medição da temperatura com o termômetro de assimetria de campo feita após a convergência das temperaturas de fundo e lateral da casca semi-esférica.

Análise com Papel Alumínio

0 50 100 150 200 250 300 350 0 175 350 525 700 875 10501225140015751750 1925 2100 2275 2450 2625 2800 2975 Tempo (seg) T e m p e ra tu ra ( ºC ) Temp. FUNDO Temp. LATERAL Temp. superf. Termômetro Assimetria

Fig. 05 – Medições com Papel Alumínio

Análise sem Papel Alumínio

0 50 100 150 200 250 300 350 0 175 350 525 700 875105012251400157517501925210022752450262528002975 Tempo (seg) T e m p e ra tu ra ( ºC ) Temp. FUNDO Temp. LATERAL Temp. Superf. Termômetro Assimetria

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TABELA DE AVALIAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Relatório Fundamentação Instrumentação Resultados e Conclusões Incertezas de Medição

Referências

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