AUREA
GOMES
NOGUEIRA
AVALIAÇÃO
DA
PREVALÊNCIA
DA
cARD1o1>AT1A
CONGÊNITA
No
MUNICÍPIO
DE
FLoRIANÓPoL1s/sc
Dissertação
apresentada
ao
Curso
Mestrado
em
CiênciasMédica
Universidade
Federalde Santa Catarina
p'_ Va
obtenção
do
títulode Mestre
em
CiênciMédicas.
FLoRLANÓPoLIs, sc
2002
AUREA
GOIVIES
NOGUEIRA
AVALIAÇÃO
DA
PREVALÊNCIA
DA
CARDIOPATIA
CONGÊNITA
No
MUNICÍPIO
DE
FLORIANÓPOLIS/sc
Dissertação
apresentada
ao
Curso
de
Mestrado
em
CiênciasMédicas
da
Universidade
Federalde Santa Catarina para
aobtenção do
títulode Mestre
em
CiênciasMédicas.
Coordenador
do
Curso:
Prof.
Dr.
Armando
José
d'Acampora
Orientador:
Prof.
Dra.
Eliana
Ternes
Pereira
FLORIANÓPOLIS, sc
Nogueira, Aurea Gomes
Avaliação da Prevalência da cardiopatia congênita no Município de Florianópolis/ Aurea Gomes Nogueira.
-
Florianópolis, 2002.75 p.
Orientador: Eliana Ternes Pereira
Dissertação (Mestrado)
-
Universidade Federal de Santa Catarina-
Curso de Pós-Graduaçãoem
Ciências Médicas.1. Cardiopatias congênitas 2. Epidemiologia 3. Prevalência
'dade Federal
de
Santa
Cata
4
Universi
'^ias
da.'Saúde
E
šgv
Centro
de
Cienc
trado
em
Ciências
Médicas
f
/
:iriaMes
/Í 'V zz1Q¿ez‹.§14,
, Q\_,‹L¢Lan
_Í(E@§aI_QGIÊ1RA
DE
AJIREA
'l
JULGADA
ADEQUADA
PARA
A OBTENÇÃO
DO
TÍTULO
EDICAS
SERTAÇAO
Fo
ACIENCIAS
M
ESSA
DIS _MESTRE
EM
/' EAPROVADA
EM
sUA FORMA
coM›ÁREA
DE
CONCENTRAÇÃO
EM
PEDIATRLA
À _ø
FrNAL
PELO
PROGRAMA
DE Pos-ç:%AouAÇç/EM
c1EN‹;{AsMED1cAs.
.
, J ,A
/frffiflmff/av
Prof l2§r/-'Àrrnando Jose d Acampoff
rso /_ /'i I Cibordfriador do
Cu
/ ' . 1 Banca Examinadora:`Á
. I~.
-/.7W
Profa. Dra. Eliana Temes Pereira Orientadora
Prof. Dr. Eduardo Enrique Castilla
Mem
bro , "./
/
¿"~f¬//E
1--f
Próqfxorrflëišóú oúââzà /I'Membro
I ` \:l s Per 'ma Prof. Dr. aurício`¡José=Lope ;M
mb
._ l _ l ~ °=/ ¡ l s. _. oura Freitas Prof. DF.\2à%ziõ/
Membro
Florianópolis, _____,¬Hospital Universitária - Andar Térreo - Campus Univeršrarro Telefone: (048) 33! 9150 Fax: (048) 23497 de 7002. 10 de setembro ._ 6 Ii: - SC - Brasil CEP880J0-970 Florian po -I-I E-mai1:p0smed@hu.u[sc.br ›
_,
É
V,Universidade
Federal
de
Santa
Catarina
E339'
Centro
de
Ciências
da Saúde
_" "'
Mestrado
em
Ciências
Médicas
ATA
DE
DEFESA
DE
DISSERT
AÇÃO
CANDIDATA:
A
UREA
GOMES
NOGUEIRA'
A
partir das quatorze horasdo
dia dez de setembrodo
ano dois mil e dois,no
Auditório
do
Laboratórioda
Técnica Operatória, localizadono
Hospital Universitárioda
Universidade Federal de Santa Catarina, ra
Comissão
Examinadora, constituída pelosProfessores Eliana
Temes
Pereira,Eduardo
Enrique Castilla,Nelson
Grisard, Maurício JoséLopes
Pereirna e Paulo Fontoura Freitas, procedeu aoexame
da
Dissertação deMestrado
apresentada pela alunaAUREA
GOMES
NOGUEIRA,
intitulada“ESTUDO
EPIDEMIOLÓGICO
DAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
NO
MUNICÍPIO
DE
FLORIANÓPOLIS/SC”.
Após
explanação feita pela candidata, amesma
foi argüida pelaComissão
Examinadora, sendo aprovadacom
os seguintes conceitos, nos termosda
Resolução010/CUn/97
eRegimento
Interno do Curso dePós-Graduação
em
CiênciasMédicas.
NOME:
ASSINATURA
CONCEITO
Profa.
Dra
ElianaTemes
Pereira ... _.Â
Prof. Dr.
Eduardo
Enrique Castilla ... .; .... . . .'\
f
_.Prof. Dr.
Nelson
Grisard ... ,'L”`. , ... , ,r rz '\
, . , . \_›_
1
V4,
Prof. Dr. Mauricio Jose
Lopes
Perelrna.,-Í.l;.Í ... .. \... ..
. Prof. Dr. Paulo Fontoura Freitas .... ... .... ..
Florianópolis, 10 de setembro de 2002.
Pw{4.Úm.
ãliaaa. 7ø'u:ø4 PøfzeímaPresidente
da Comissão
Examinadora
;.__‹.../-'
Hospital Universitário - Andar Térreo - Campus Universitário CEP 88040-9 70 Florianópolis ~
SC
- Brasil_
Dedico
esta dissertação:
Aos meus
pais,exemplo
de
coragem na
busca
da
concretização dos sonhos.
Aos meus
grandes
amores, Roberto,
Aline,
Mariana
e
Caroline pelo
incentivo e
apoio
na
realização deste
sonho.
AGRADECIMENTOS
À
Prof.Dra
ElianaTemes
Pereira,que
guioucom
competência cada passo desteestudo. '
Ao
Prof. Dr.Eduardo
Enrique Castilla,Coordenador
doECLAMC,
pelo entusiasmoque
transmite aos profissionais colaboradoresdo
programa.À
Prof. Dra. Maria da Graça Dutra,membro
daCoordenação
Geral, pela orientaçãono
uso do banco de dadosdo
ECLAMC.
À
Dra
Viviana Cosentino,membro
participante doECLAMC
na
Argentina, pelovalioso auxílio na codificação das cardiopatias.
Ao
Dr. Maurício Laerte Silva, Chefedo
Serviço de Cardiologia Pediátricado
HospitalInfantil Joana de
Gusmão,
pelo apoio na realização do presente estudo.Ao
Prof.Dr
Paulo Fontoura Freitas e àDra
Ana
Luiza Curi Hallal, epidemiologistas,pelos ensinamentos recebidos.
Aos
colegasdo
Serviço de Neonatologiada
MaternidadeCarmela
Dutra pelo apoiorecebido durante a elaboração deste estudo.
Aos
funcionários do Serviço de ArquivoMédico
e Estatísticada
MaternidadeCarmela
Dutra, Hospital Universitário e Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
pela agilidade e atençãodurante a coleta dos dados.
Aos
funcionários do Curso de Pós-Graduaçãoem
CiênciasMédicas da
UFSC,
peladedicação
no
desempenho
de suas atividades.SUMÁRIO
AEREVIATURAS
E SIGLAS
... _. vLISTA
DE TABELAS
E FIGURAS
... .. viRESUMO
... ..vii1SUMMARY
... .. ix 1INTRODUÇÃO
... .. 1 2OBJETIVO
... .. 12 3MÉTODO
... _. 134
RESULTADOS
... .. 19 5DISCUSSÃO
... .. 31 óCONCLUSÃO
... ..37
REFERÊNCIAS
... .. 38NORMAS
ADOTADAS
...42
APÊNDICES
... .. 43ANEXOS
... ._64
ivABREVIATURAS
E
SIGLAS
BWIS
=
The Baltimore-
Washington Infant StudyCIA
=
Comunicação
InteratrialCIV
=
Comunicação
InterventricularDSAV
=
Defeito septo atrioventricularECLAMC
=
Estudo Colaborativo LatinoAmericano
deMalformações
CongênitasFP
=
Fenda
PalatinaHU
=
Hospital UniversitárioISC =
International Societyof
Cardíology `ICBDMS
=
International Clearinghouse for Birth Defects Monitoring SystemLL
=
Lábio LeporinoMCD
=
MaternidadeCarmela
DutraNERICP
=
New
England
Regional Infant CardíacProgram
NV
=
nascidos vivos .PCA
=
Persistência canal arterialLISTA
DE TABELAS
E FIGURAS
TABELA
1-
Distribuição dos pacientes segundo local de residência.MCD/HU,
1998
a2000
. ... .. 19TABELA
2-
Distribuição dos pacientes segundo peso ao nascimento na populaçãocom
cardiopatia congênita e
na
população geral.MCD/HU,
1998 a2000
... ..20
TABELA
3
-
Distribuição dos pacientes segundo sexo.MCD/HU,
1998
... ..20
TABELA
4
-
Distribuição dos pacientes segundo idadematema.
MCD/HU,
1998
a2000
... ..` ... .. 21TABELA
5
-Distribuição dos pacientes segundo tipo de parto.MCD/HU,
1998
a2000
... ... ... .. 21TABELA
6-
Distribuição dos pacientes segundomomento
do
diagnóstico e tipo de parto.MCD/HU,
1998 a 2000. ... ..22
TABELA
7-
Distribuição da prevalênciada
cardiopatia congênita segundo a maternidade.MCD/HU,
1998a2000.
... .... ..22
TABELA
8-
Distribuição dos pacientes segundomomento
do
diagnósticoem
relação aonascimento por matemidade.
MCD/HU,
1998 a2000
... .. 23TABELA
9
-
Distribuição dos pacientes segundomomento
do
diagnósticoem
relação à alta.MCD/HU,
1998 a2000
... .. 23TABELA
10-
Distribuição dos pacientes segundomomento
do
diagnósticoem
relação àalta, por maternidade.
MCD/HU,
1998 a2000
... ..24
TABELA
11-
Distribuição dos pacientescom
diagnósticoda
cardiopatia congênita realizadonos períodos natal e pós-natal segundo a idade
no
momento
do
diagnóstico.MCD/HU,
1998
a
2000
... ..24
TABELA
12-
Distribuição dos pacientes segundo diagnóstico específicoda
cardiopatia.MCD/I-IU, 1998 a
2000
... ..25
TABELA
13-
Prevalência do tipo de cardiopatia congênita segundo a maternidade.MCD/HU,
1998 a2000
... ..26
TABELA
14-
Compaiação
da
prevalênciado
tipo de cardiopatia congênita dasmatemidades
do
estudocom
a base de dadosdo
ECLAMC. MCD/HU,
1998
a2000
... ..27
TABELA
15-
Distribuição dos pacientescom
diagnóstico realizadono
periodo pré-natalsegundo tipo
da
cardiopatia congênita.MCD/HU,
1998
a2000
... .. 28TABELA
16-
Distribuição dos pacientescom
malformação
extracardíaca associada segundotipo de cardiopatia congênita.
MCD/HU,
1998 a2000
... ..30
Figura
1-
Distribuição dos pacientessegundo
tipo de cardiopatia e idadedo
diagnóstico.MCD/HU,
1998
a2000
... ..29
RESUMO
Introdução:
A
cardiopatia congênita,no
grupo das malformações maiores, é considerada amalformação
de maior fieqüência.Na
América
Latina existem 'poucos estudosepidemiológicos sobre cardiopatia congênita.
O
conhecimentoda
prevalência geral e dastaxas de freqüência dos vários tipos de cardiopatia congênita de
uma
determinada região,permite o planejamento
adequado
dos serviços de saúde locais,além
de fornecer dados para amelhoria
da
assistênciamédica
aos pacientes portadores desta condição.Objetivo: Definir as características epidemiológicas das cardiopatias congênitas
em
duasimportantes maternidades
do
Município de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.Método:
Trata-se deum
estudo descritivo, transversal,numa
população de recém-nascidosvivos
na
MaternidadeCarmela
Dutra eMatemidade do
Hospital Universitárioda
Universidade Federal de Santa Catarina,
no
período de janeiro de1998
adezembro
de 2000.O
estudo contoucom
a análise dos pacientescom
diagnósticoda
cardiopatia congênitarealizado antes
da
alta dasmatemidades do
estudo ecom uma
busca de casoscom
diagnóstico realizado após a alta, nos ambulatórios de Cardiologia Pediátricado
Hospital Infantil Joana deGusmão
e do Hospital Universitário.Conclusão:
A
prevalência conjunta nas maternidadesdo
estudo foi de 7,17 %‹› nascidos vivos.Observada
taxa de 43,08%
do
total de pacientes cujo diagnósticoda
cardiopatia congênita foi realizado após a altada
maternidade.Os
tipos de cardiopatia congênitamais
freqüentesforam
a
Comunicação
Interventricular, aComunicação
Interatrial e aAnomalia da
válvulapulmonar.
A
média
de idade dos pacientesno
momento
do diagnósticoda
cardiopatiacongênita foi de 44,51 dias, sendo a
mediana
de 7 dias.-SUMMARY
Introduction:
The
congenital heart defects(CHD),
in the groupof
major malformations, isconsidered to be the
one
with the highest frequency. There arefew
epidemiological studiesaccomplished in Latin America.
Among
then, theECLAMC
program
represents the largestsource
of
informationon
the frequencyof
individual malformations.The knowledge
about thegeneral prevalence
and
the frequenciesof
the various typesof
CHD
of a detemiined region,permits the adequate planning
on
the local health services, besides, it provides data in order toimprove the medical assistance to the patients
who
carry those conditions. pObjective: Identify the epidemiological characteristics and the age
of
diagnosisof
theCHD
in
two
important matemities in Florianópolis, Santa Catarina, Brazil,which
participatesof
theECLAMC
program.Methods and
Results:A
descriptiveand
transversalwork
was
accomplishedamong
livebirths at theCarmela
DutraMaternityand
at theMatemity
of the Federal Universityof
Santa Catarina,fiom
January 1998 toDecember
2000.The
patient's recordswere
reviewedbefore thehospital discharge
and
a searchof
new
cases at the outpatient clinicsof
theUniversity Hospital
and
the Children”s Hospital 'Joana deGusmão
in Florianópolis.From
the18.116 livebirths
of
the study period, 130were
identified withCHD.
The
mean
ageof
diagnosis
was
44,51 days with amedian of
7 days.The
commonest
CHD
were
VentricularSeptal Defects, Atrial Septal Defects and
Pulmonary Valve
Defects. `(Íonclusions:
The
prevalenceof
CHD
was
7,17 %‹› at thetwo
maternitiesand
the diagnosiswas made
before the hospital discharge in 56,92%
of
the cases.The
clinical post-natalfollow-up
must
consider an especial attention to the cardiovascular examination.. ‹
\ 1
1.INTRoDUÇAo
rO
tennomalformação
define-secomo
erro primáriona morfogênese
deum
órgãoou
tecido.As
malformações
estão presentes ao nascimento,embora
.em alguns casos, odiagnóstico se realize mais tardiamente. Classifica-se
em
maiores
ou mènores
conforme
arepercussão clínica e,
em
múltiplasou
isoladas, segundo a presençaou
ausência demalfoimiações maiores concomitantes. Cerca de
14%
dos recém-nascidos são portadores demalformação
menor
isolada,3%
demalformação
maior isolada e0,7%
demalformações
múltiplas 1.O
sistema cardiovasculardo
embriãohumano
inicia seu desenvolvimentona metade
da terceira
semana
de gestação,momento
no
qual o embrião 'é incapaz de realizar todas assuas necessidades nutritivas através da difusão.
O
processo _inicia-se a partirdo
folhetomesodénnico,
na
porção anterior do disco embrionário, localdenominado
de áreacardiogênica.
A
junção de múltiplos vasos sanguíneos intra-embrionários vai dar origem àformação de dois tubos cardíacos primitivos que posteriormente se
unem
formando
um
único tubo,denominado
tubo endocárdico primitivo.A
formação do
tubo endocárdico primitivo seprocessa
no
mesodenna
entre o saco vitelino-e aconfluência
das cavidades celômicas direita eesquerda.
A
cavidade celômica intra-embrionária daráorigem
à cavidade pericárdica,seguindo-se a invaginação
do
tubo cardíaco primitivo para o seu interior. Simultaneamente omesoderma
da
cavidade celômica se espessa graduahnente,formando
omanto
mio-epicárdico. Este folheto está separado
da
parede endotelialdo
tubo poruma
camada
gelatinosa que posteriormente será invadida por célulasmesenquimatosas que
terão funçãoimportante na formação das válvulas cardíacas.
A
parededo
tubo cardíaco terá, ao final, trêscamadas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio
ou
pericárdio visceral.Nesta
fase o embriãotem
aproximadamente
2,2mrn decomprimento
e é neste períodoque
se iniciam os batimentoscardíacos.
As
porções, cefálica e média,do
tubo endocárdicoadotam
uma
convexidadeem
direção ventral e caudal
com uma
ligeira inclinação para o lado direito, e posteriormente, aporção caudal
do
tubo endocárdico se deslocaem
direção cranial e dorsal.O
coração2
deste processo, esta estrutura
tem
uma
aparênciaextema
de coração,porém
a sua estruturaintema consiste
em
uma
estrutura tubular contorcida, divididaem
5 segmentos,formando
ascavidades cardíacas primitivas.
As
junções dos diferentes segmentos são elementosimportantes
na formação
dos sistemas decondução
eno
processo de septação.O
ladoesquerdo
do
átriocomum
comunica-secom
o ventrículo primitivo pelo canal atrioventricular.O
ventrículo primitivo secomunica
com
o Bulbus Cordís atravésdo forâmen
bulboventricular.
O
Bulbus
Cordísno
seu terço proximal formará a parte trabeculadado
ventrículo direito, a partemédia
formará os tratos de fluxo externo deambos
os ventrículos e a parte distal formará as saídas e a porção proximalda
aorta eda
artéria pulmonar.O
processo deformação das válvulas cardíacas inicia-se após a
metade da
5°semana
de gestação,quando
está concluído o processo de septação das cavidades 2”3.O
termo cardiopatia congênita refere-se àmalformação
estruturalou
funcionaldo
coraçãoou
dos grandes vasos torácicos, presente ao nascimento,mesmo
que
diagnosticadatardiamente 4.
A
cardiopatia congênita,no
grupo dasmalformações
congênitas maiores, éconsiderada a de
maior
freqüência,podendo
ocorrer de forma isoladaou
associada a outrosdefeitos congênitos 5.
A
cardiopatia congênita, tanto pela patogênese quanto pela significância clínica,representa
um
grupo heterogêneo de malformações, sendo importante classificar os tipos decardiopatias congênitas
em
grupos uniformes para facilitar os estudos clínicos eepidemiológicos.
A
classiñcação das cardiopatias congênitastem
sidoum
grande desafio emotivo de muitas discordâncias entre os especialistas.
Segundo Weinberg
6,um
sistema declassificação ideal
deve
preencher as seguintes condições: capacidade de inclusão de todas as alterações possíveis, especificidadedo
diagnóstico, acuráciada
terminologia,ordenamento
lógico e de fácil entendimento e
que
assegureum
sistema de entrada de dados preciso eordenado de maneira
que
facilite a função dos especialistas na provisão dos dados completos.Dentre as classificações mais utilizadas, citamos a Classificação Intemacional de
Doenças fundamentada
nos códigosda
OrganizaçãoMundial
deSaúde
e a classificaçãoda
Sociedade Intemacional de Cardiologia (ISC).
São
listagens de códigosque permitem
a conversão dos diagnósticos descritivosem
códigos alfanuméricos. São limitadas porqueagrupam
várias anomalias específicas sobuma
mesma
denominação
da lista de códigos, epodem
ser úteisem
trabalhos epidemiológicos gerais, entretanto, nos estudosem
que o3
Na
classificação proposta por Pierre Pradat 7, as cardiopatias congênitas sãoselecionadas,
do
ponto de vista embriológico,em
nove
grupos principais, sendo quatro delesdivididos
em
subgrupos.Cada
grupo recebeuma
denominação
simplificada e a codificação érealizada a partir de
uma
modificação nos códigosda
classificaçãoda
Sociedade Intemacionalde czzfài01‹›g1a(1sc) 8
(ANExo
1).A
classificação desenvolvida pelo Estudo Colaborativo Latino-Americano deMalformações
Congênitas(ECLAMC)
tem
como
base a codificação da Sociedade Intemacional de Cardiologia (ISC) e a classificação proposta por Pradat, sendo apresentadoum
sistema informatizado para aplicarum
único código de cardiopatia para cada paciente(ANEXO
2).A
grandevantagem no
diagnóstico das cardiopatias congênitas está no seureconhecimento precoce.
Os
avanços tecnológicos e o aperfeiçoamento profissionaltêm
contribuído para a melhoria
no
diagnóstico ena
terapêutica clínico-cirúrgica das criançasportadoras de cardiopatia congênita 9.
O
significativo avançona
tecnologia dos equipamentosde ultra-sonografia e o esforço conjunto de especialistas
em
cardiologia pediátrica e medicinafetal resultaram
numa
maior competênciano
diagnóstico pré-natal das cardiopatiascongênitas. Hunter e cols. verificaram melhoria
no
diagnóstico pré-natal, após a organizaçãode
um
programa
de treinamento para ultra-sonografistas obstétricos. Esteprograma
tevecomo
objetivo a capacitação de profissionais para o diagnóstico das cardiopatias congênitasno
exame
ultra-sonográfico de rotina, entre a 18” e 20”semana
de gestação 1°.O
avançono
diagnóstico pré-natal das cardiopatias congênitas foi
também
motivado pela indicação daavaliação
da
estrutura cardíaca noexame
ultra-sonográfico de todas as gestantes,mesmo
as debaixo risco 9, 10, ll, l2,13,14.
O
período neonatal imediato representaum
momento
no
qual estão sendo processadasadaptações fisiológicas
no
sistema cardiovascular, oque
muitas vezes mascara o quadroclínico e, conseqüentemente, acarreta tuna
demora
no
diagnósticoda
cardiopatia 15. Citaremosa seguir, os principais sinais clínicos de suspeição 'da
malformação
cardíaca nesse período.A
prevalênciado
sopro cardíacono
exame
clínicodo
recém-nascido varia de 0,9 a 77,4%.Considera-se que esses valores são inversamente proporcionais ao
tamanho da
amostraestudada.
E
sua detecção vai dependerda
experiênciado
profissional,do
momento
e da4
A
cíanose éum
sinal clínico de freqüência variável,dependendo da
presençaou
nãode
anemia
ou
de sinaisde choque
18.A
insuficiência cardíacacomumente
se expressacom
taquipnéiaou
dispnéiaem
repouso
ou
durante a alimentação 18.1.1
Principais
Tipos de
Cardiopatias
Congênitas
1.1.1-
Comunicação
InteratrialAnatomicamente pode
ser dividida em: Tipo OstiumSecundum
(na regiãoda
fossaovalis) corresponde a cerca de
75%
dos casos desta condição, TipoOstium
Primum
(naporção inferior
do
septo atrial) corresponde a cerca de15%
dos casos desta condição e SínusVenosus (na porção superior do septo atrial) corresponde a cerca de
10%
dos casos.A
freqüência total
no
sexo feminino é duas a três vezes maior queno
sexo masculino 19.1.1.2-
Comunicação
Interventricular
Em
70%
dos casos o defeito está localizadona
porçãomembranosa
do
septointerventricular,
20%
na
porção muscular,5%
logo abaixoda
válvula aórtica e5%
próximo
àjunção das válvulas mitral e tricúspide
(chamado
de defeitodo
canal atrioventricular).Representa a cardiopatia congênita mais fieqüente na infância e não
há
predominânciaem
relação ao sexo 19.
1.1.3-
Persistência
do Canal
Arterial
O
canal arterial conecta a aorta descendentecom
a artériapulmonar
esquerda.No
fetopermite
que
o sangueda
artériapuhnonar
entre na aorta descendente para a oxigenaçãona
placenta.
Em
condições normais fecha-se logo após o nascimento. Representa cerca de10%
5
1.1.4-
Coarctação da
aorta
Consiste
num
estreitamentoda
aorta abaixoda
artéria subclávia esquerda e adjacenteao local de implantação
do
canal arterial. Classifica-seem
coarctação discreta, coarctaçãopré-ductal (mais freqüente), coarctação paraductal (rara) e coarctação pós-ductal (rara).
Analisando a freqüência quanto ao sexo, o relatório
do
New
England Infant CardiacProgram
aponta a freqüência
de
55%
no
sexo masculino e44%
no
sexo feminino 18' 19' 2°.1.1.5-
Interrupção
do
arco
aórtico
Consiste
na
atresiade segmento do
arcoaórtico.Baseado
na localização anatômicada
atresia, três subtipos são descritos: Tipo
A- quando
a atresia é distal à artéria subcláviaesquerda;
T
ípo B-quando
a atresia localiza-se entre a artéria subclávia esquerda e a artériacarótida esquerda, sendo esta a
forma mais
comum;
e Tipo C-quando
a atresia está entre otronco braquiocefálico e a artéria carótida esquerda 21.
1.1.6-
Tetralogia
de
Fallot
Representa a cardiopatia congênita cianótica mais
comum
e caracteriza-se poruma
ampla comunicação
interventricular, aorta sobrepondo os ventrículos direito e esquerdo,obstrução ao
fluxo
de saídado
ventrículo direito (subvalvular, valvular, supravalvularou
nosramos
da artéria pulmonar) e hipertrofiado
ventrículo direito.A
cianosepode
estar presenteao nascimento
ou
se manifestarno
primeiro ano de vida.Quanto
ao sexo háuma
predominância
no
sexo masculino 19' 2°.1.1.7-
Transposição dos
Grandes
Vasos
'
Defmida
como
anomaliana
qual a aorta saido
ventrículo direito e a artériapulmonar
do
ventrículo esquerdo. Inclui-se nesta condição a dupla via de saídado
ventrículo,também
chamada
de Transposiçãodos Grandes Vasos
Conígida.Aproximadamente metade
dos casos6
íntegro, a
comunicação
entre as duas circulações, venosa e arterial, se faz atravésdo
canalarterial e
do
forame oval. Nestes casos a cianose e a insuficiência cardíaca estão presentesno
período neonatal precoce. Observa-se
uma
predominânciano
sexo masculino 19° 2°' 21.Como
resultado dos avançosno
diagnóstico ena
terapêutica das cardiopatiascongênitas, muitas crianças
chegam
à idade adulta.Nos
EstadosUnidos
estima-se que apopulação de adultos portadores de cardiopatia congênita, corrigida cirurgicamente
ou
não,aumenta
cerca de5%
ao ano.A
Comunicação
Interauricular representaaproximadamente
um
terço das cardiopatias congênitas detectadas
em
adultos, seguindo-se a estenoseda
válvulapuhnonar
com
fieqüência
estimada de 10 a12%.
Faz-se, portanto, necessário que osprofissionais
da
especialidadeadquiram
conhecimento sobre essa condiçãocom
objetivo do seguimentoadequado
dos pacientes portadores de cardiopatia congênita na idade adulta 19.1.2
Genes do
Desenvolvimento Cardiovascular
Evidências de múltiplos genes
com
açãona
organogênesedo
coração são fomecidaspelas síndromes
cromossômicas
e monogênicas, nas quais a maioria coincidecom
anomaliacardiovascular.
As
síndromescromossômicas
mais conhecidas são as trissomias doscromossomos
21, 13 e 18 etambém
amonossomia
do
cromossomo
X.As
anomaliascromossômicas
podem
sugerir localização de genes determinantesda
morfogênesedo
coração que,quando
mutados,favorecem
o desenvolvimento das malformações cardiovasculares.O
conhecimento dasanomalias específicas
da Síndrome
de Turner e a evidência das perdas fetais ocorridasna
maior
parte dos conceptos portadores desta sindrome, sugereque
existam vários genes envolvidosna
organogênese cardíacano
cromossomo
X
22.O
mesmo
raciocínio se faz para as síndromes monogênicas, nas quais a cardiopatia éum
doscomponentes do
quadro clínico, sugerindo que a organogênese cardíaca sejainfluenciada pelos genes envolvidos,
ou
ainda, que esta ocorraem
conseqüência desses genes23. Entre as doenças monogênicas, duas síndromes são particularmente importantes na
identificação de genes
na
organogênese cardíaca.A
Síndrome DiGeorge
é caracterizada porcardiopatia congênita, hipocalcemia por ausência
ou
hipoplasia das glândulas paratireóides,imunodeficiência por ausência
ou
hipoplasiado
timo, dismorfias faciais, anomalias renais e distúrbiosda
fala eda
aprendizagem. Esta condição é conseqüência deuma
microdeleção docromossomo
22q1l. Atualmente são relatadas várias microdeleções, nas quais a clinica7
completa dessa síndrome não se manifesta,
porém
o paciente apresentamalformação
cardiovascular 4' 23. Boudjemline e cols
demonstraram
alta freqüência
da
microdeleçãodo
cromossomo
22q
em
261 fetoscom
malfonnações conotruncais,que
é amalformação
cardíaca mais
comum
da Síndrome DiGeorge
24.A
Síndrome
deHolt-Oram
éuma
desordem
autossômicadominante
_que se caracterizapelas
malformações
em
membros
e cardiopatia congênitado
tipo defeitodo
septo atrialou
ventricular.
A
identificaçãodo
geneTBX5
sugere que a formação dos septos cardíacos tenha a participação desse gene.A
mutação do geneTBX5,
entretanto, não foi encontradaem
paciente
com
cardiopatia isolada 23' 25' 26' 27.Como
nosexemplos
anteriores, várias outras síndromes genéticaspodem
elucidar aorigem
dasmalfonnações
congênitas cardiovasculares.O
primeiro gene identificadocomo
causado
defeito do septo atrial,não
sindrômico foidescrito por Schott e cols.
em
1998, e decorre demutação do
genedo
fator de transcriçãodenominado
NKX2-5
26.Vários fatores ambientais
também
podem
causar cardiopatia congênita.O
álcool, atalidomida, a hidantoina, o lítio e o ácido retinóico.
A
cardiopatia congênitapode
ocorrerem
conseqüência de disrupção
ou
de interaçãocom
genesdo
desenvolvimento cardiovascular 22.Considera-se que nos casos de cardiopatia isolada, a gênese é
predominantemente
Multifatorial, o
que
corresponde à interação de fatores genéticos e fatores ambientais 23.A
identificaçãoda
etiologia e a compreensão da fisiopatologiada
cardiopatiacongênita
permitem
que medidas de prevençãopossam
sertomadas
para diminuir amorbidade
e evitar o aparecimento de novos casos .1.
3
Estudos Epidemiológicos
O
estudo epidemiológico das malformações congênitas representaum
importanteinstrumento
na
identificaçãoda
etiologia, direcionamento das medidas de prevenção eplanejamento dos serviços de saúde de
uma
região. Diversos programas de monitorização dasmalformações
congênitas são desenvolvidosem
vários países.A
maioria destesprogramas
está integrada a
uma
organização nãogovemamental denominada
“InternationalClearinghouse for Birth Defects Monitoring System”
(ICBDMS).
Esta organização teve seu8
oficialmente vinculada à Organização
Mundial
de Saúde, e a coordenação geraltem
sua sedeem
Roma,
na Itália.O
objetivo principal desta organização é o de auxiliarna
identificação dosfatores envolvidos e, conseqüentemente,
na
prevenção dasmalformações
congênitasem
vários países. Para atingir esse objetivo, realiza vigilância contínua das taxas de incidência das
malformações congênitas, fomecidas pelos
programas
demonitoramento
dos paísesparticipantes 28. A
Na
América
Latina, desde 1° de julho de 1967, o Estudo Colaborativo Latino-Americano
deMalformações
Congênitas(ECLAMC)
vem
desenvolvendoum
programa
deinvestigação clínica e epidemiológica das
malformações
congênitasem
maternidades públicase privadas
em
paísescomo
a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai,Peru, Uruguai e Venezuela. Está vinculado ao sistema de
monitoramento da
Clearinghouse(ICBDMS),
tratando-se deum
programa
de colaboração voluntária de profissionais interessadosno
estudo dasmalformações
congênitas. Por tratar-se deprograma
decolaboração voluntária, existe
uma
segurançano cumprimento
dasnormas
operacionais.A
uniformidade dos critérios é indispensável para
que
os dadospossam
ser comparáveis entre as diferentes instituições participantes.A
coordenação geral écomposta
por profissionaisresponsáveis pelo controle de qualidade e análise
da
informação produzida. Atualrnente estásediada
na Fundação
Osvaldo Cruz,no
Municípiodo
Rio de Janeiro.No
Brasil participamdo
programa
maternidades dos Estadosdo
RioGrande do
Sul, Santa Catarina,São
Paulo,Minas
Gerais e Paraíba.
No
Estado de Santa Catarina participam a MaternidadeCarmela
Dutra, aMatemidade do
Hospital Universitário da Universidade Federalde
Santa Catarina, situadasno
município de Florianópolis, e a Maternidade
Darcy
Vargas, situadano
Município de Joinville.A
epidemiologia dasmalformações
cardiovasculares representa a investigaçãoda
distribuição de cada diagnóstico especifico e dos fatores determinantes destas
malformações
numa
população.A
prevalência deuma
malformação
cardiovascular corresponde à proporçãode indivíduos afetados
numa
determinada população de risco.A
definiçãoda
população derisco é fundamental para a geração de estimativas de prevalência confiáveis.
Como
as cardiopatias congênitas sedesenvolvem no
período intra-uterino, a população de risco consisteem
todos os embriões vivosno
momento
da
formaçãodo
sistema cardiovascular 2' 4.Na
prática, amedida
realda
taxade
incidência das cardiopatias congênitas toma-se difícildevido às dificuldades
no
exame
anatomopatológico minucioso dos abortamentos e natimortos. Por este motivo,em
substituição à taxade
incidência utiliza-se aTaxa
de9
prevalência
em
nascidos vivos. Esta taxa é definídacomo
onúmero
de casos de cardiopatiacongênita
numa
população de nascidos vivosnum
determinado periodo.A
prevalência de cada diagnóstico especifico de cardiopatia congênita está diretamente relacionada àsobrevivência dos pacientes e inversamente à letalidade, à taxa de cura e à taxa de remissão
espontânea.
Os
avanços na cirurgia cardiovascular e o cuidado intensivo neonatal e pediátricoresultaram
numa
melhoria na sobrevivência de pacientes portadores de cardiopatiascongênitas e conseqüentemente
aumentam
a prevalência dessas condições.Em
contraste, amortalidade e a remissão espontânea
tendem
a diminuir a prevalência de determinadamalformação
cardiovascular 2' 12. Diferentes taxaspodem
ser usadas para descrever aocorrência das cardiopatias congênitas
A
prevalência dasmalformações
cardiovascularesem
nascidos vivos
tem
sidotema
de vários estudos, nos quais percebe-se a variabilidadena
defmição de caso, nos critérios de inclusão e exclusão, nosmétodos
diagnósticos eno
tempo
de
seguimento dos pacientes.Apesar
das diferenças metodológicas nos estudos de prevalênciarealizados entre os anos
1950
e 1980, tinha-se a impressão deuma
constância temporal egeográfica na
prevalência das cardiopatias congênitas.Nos
últimos vinte anos,tem
sidonotada
uma
nítidamudança
no
perfil epidemiológicoda
cardiopatia congênita. Considera-seque
estasmudanças
ocorreramem
face deum
aperfeiçoamento nosmétodos
diagnósticos,como
a utilizaçãoda
ecocardiografia-Doppler,que
tem aumentado
as chancesdo
diagnósticodas cardiopatias congênitas de
menor
repercussão e, proporcionadouma
maior agilidadeno
início
da
terapêutica, repercutindona
diminuição da taxa de mortalidade,levando aum
bom
resultado pós-operatório, principalmente nos pacientes
menores
de doismeses
de idadeDentre os estudos de prevalência das cardiopatias congênitas mais conhecidos, citamos
o
“New
England
Regional Infant CardíacProgram” (NERICP)
que
surgiu a partirda
associação voluntária de 11 hospitais
na
região deNew
England, nos Estados Unidos,englobando seis Estados: Connecticut, Massachusetts, Vermont,
New
Hampshire,Rhode
Island e Maine. Este
programa
teve inicioem
1968,com
o objetivo de melhorar o diagnósticoe
o
atendimento à criança portadora de cardiopatia congênita. Dentre as melhorias propostas,está a atualização e o aperfeiçoamento profissional,
um
melhor intercâmbio de informaçõesentre os Ohospitais participantes e
o
provimento de recursos para transporte eacomodações
para as famílias carentes.Em
1980, oNERICP
elaborouum
relatório referente ao períodobase de 1968 a 1974,
no
qual estão registradas as prevalências dos diferentes diagnósticos,10
cirúrgico, análise
da
mortalidade segundo o tipode
cardiopatia e segundo o tratamentocirúrgico. Representa
um
marco na
publicação médica, pois se trata da primeira vez queuma
região após concretizar
um
programa
colaborativono
atendimento a crianças portadoras decardiopatia congênita, realiza
uma
análise críticado
atendimento dispensado aos pacientesdurante o referido periodo,
fomecendo
informações valiosas para outros programascolaborativos 3 1. '
V
O
estudo de “Baltimore-Washíngtom Infant Stuafy”(BWIS)
representauma
investigação epidemiológica das
malformações
cardiovasculares, realizadono
período de1981 a
1989
em
recém-nascidos vivos demães
residentes nos Estados deMaryland
eno
Distrito de Columbia, nos Estados Unidos. Este estudo analisou 4.390 pacientes portadores de
cardiopatia congênita e 3.572 controles,
numa
área geográficacom
100.000 nascimentos porano, sendo verificada a prevalência de 3,7%o.
O
objetivo principal deste estudo foi o deidentificar as populações vulneráveis e conseqüentemente aperfeiçoar as estratégias
preventivas 3°' 32' 33.
O
estudo epidemiológico realizado na Suécia, nos anos de 1981 a 1986, contavacom
aanálise de dois registros, o Registro de
Malformações
Congênitas, iniciadoem
1964, e oRegistro
da
Cardiologia Pediátrica iniciadoem
1980.O
primeiroera baseado nosrelatórios derecém-nascidos vivos portadores de
malformações
congênitas, diagnosticadas na primeirasemana
de vida, e o segundo identificava criançascom
diagnóstico de cardiopatia congênitadurante o primeiro ano de vida,
em
quatro centros de cardiologia pediátrica localizados nascidades de Estocohno, Uppsala,
Lund
e Gothenburg. Neste estudo foram identificados 1.605casos de cardiopatia
congênitanum
total de 573.422 nascimentoscom
a prevalência de 2,8 %‹›e proposta
uma
classificação para as cardiopatias congênitas, a Classificação de Pradat 7.E
O
estudo realizadona
cidade de Newcastle,na
Inglaterra,no
período de 1985 a 1997analisou a variabilidade temporal da prevalência
da
cardiopatia congênitaem
nascidos vivos.Foram
identificados 2.671 pacientescom
cardiopatia congênita,num
total de 477.960 nascidosvivos,
com
a prevalência de 5,6 %‹›.A
prevalência maior,em
relação a outros estudos,pode
ter ocorrido devido ao aperfeiçoamento. diagnóstico das cardiopatias
menores
34.O
estudo epidemiológico realizadono
oesteda
Austrália baseado nos dados coletadosdo
Registro Regionalde
Defeitos Congênitosno
período de 1980 a 1989, identificou‹1.787pacientes
com
cardiopatia congênitanum
total de 233.502 nascimentos, sendo estimadauma
11
Na
América
Latina, o Estudo Colaborativo Latino-Americanode Malformações
Congênitasno
período de 1982 a1999
num
total de 3.180.008 nascidos vivos, identificou6.614 pacientes portadores de cardiopatia congênita, estirnando a prevalência de 2,08 %‹› 36.
No
Brasil,no
Município de Londrina,no
Estadodo
Paraná, foi realizadoum
estudoepidemiológico das cardiopatias congênitas,
no
período de janeiro de1989
adezembro
de1998,e
num
total de 80.262 nascidos vivosforam
identificadas 441 pacientescom
cardiopatiacongênita, estimada a prevalência de 5,49 %‹› 37.,
i
A
escolhado tema
para este estudo foi motivada pela importânciado
conhecimentodos dados epidemiológicos referentes às cardiopatias congênitas
no
Município ,de Florianópolis, Santa Catarina, etambém,
pela perspectiva de contribuir para a melhoriada
2.0BJETIVOS
2.1
OBJETIVO
GERAL
Defmir
as características epidemiológicas das cardiopatias congênitasno
Município deFlorianópolis, Santa Catarina, Brasil.
2.2
oBJETIvos
ESPECÍFICOS
Estimar a prevalência
da
cardiopatia congênitaem
recém-nascidos vivosna
MaternidadeCarmela
Dutra ena
Matemidade
do
Hospital Universitário.Verificar a
fieqüência
dos casos não diagnosticados antes da alta das maternidadesdo
estudo.
Verificar a
fieqüência
dos diagnósticos específicos das cardiopatias congênitas.Verificar a
média
de idade dos pacientesno
momento
do
diagnóstico da cardiopatia3.MÉToDo
Trata-se de
um
estudo transversalde
caráter analíticocom
coleta retrospectiva dedados, realizado na Maternidade
Carmela
Dutra,na
Matemidade
do
Hospital Universitário eno
Hospital Infantil Joana deGusmão,
situadosno
município de Florianópolis, SantaCatarina, Brasil,
no
período de janeiro de 1998 adezembro
de 2000.3.1
Local
do Estudo
O
município de Florianópolis, segundo os dadosdo
Instituto Brasileiro deGeografia
e Estatística (censo ano 2000) contacom
342.315 habitantes, sendo que 332.185 residemem
área urbana, dos quais 176.621 representam a população feminina.
O
Hospital Infantil Joana deGusmão
éum
hospital público, vinculado à Secretaria deEstado
da Saúde
e Centro de Referênciano
Estado de Santa Catarina para pacientespediátricos
em
todas as especialidades.Na
Cardiologia Pediátrica, seis especialistas realizamos atendimentos
médicos
aos pacientesno
ambulatório e nas enfennarias. Três profissionaissão responsáveis pela realização dos
exames
ecocardiográficos (ecocardiogramabidimensional
com
Doppler), nos pacientes internadosou
ambulatoriais.Em
média
96%
do
total de pacientes atendidos
no
hospital pertencem ao Sistema Ún_ico.de Saúde.O
Hospital Universitário éum
hospital público, de ensino, vinculado à UniversidadeFederal
de
Santa Catarina.Todos
os atendimentos são realizados pelo SistemaÚnico
deSaúde.
A
Matemidade
do
Hospital Universitáriotem
uma
média
de 1.668 nascimentos porano.
O
Serviço de Cardiologia Pediátrica contacom
um
especialista para os atendimentosambulatoriais e para os pacientes internados. Oiprofissional aqui referido é
membro
do
Serviço de Cardiologia Pediátrica
do
Hospital Infantil Joana deGusmão
e realiza osexames
ecocardiográficos nos dois hospitais. .
A
MaternidadeCannela
Dutra éum
hospital público, vinculado à Secretaria de Estadoda Saúde
e Centro de Referênciano
Estado de Santa Catarinaem
Saúde
da Mulher. Cerca de14
apresentando
em
média
4.358 nascimentos por.ano.Como
não possuiem
seuCorpo
Clínicoespecialista
em
cardiologia pediátrica, os recém-nascidoscom
diagnóstico suspeito decardiopatia congênita, após
exame
ultra-sonográfico pré-natalou
exame
clínico neonatal, sãoavaliados por especialistas
do
Serviço de Cardiologia Pediátricado
Hospital Infantil Joana deGusmão.
A
Matemidade
Carmela
Dutra e a Maternidadedo
Hospital Universitário participamdo
Estudo Colaborativo Latino-Americano deMalformações
Congênitas(ECLAMC).
Este éum
programa
de investigação clínica e epidemiológica dasmalformações
congênitasem
nascimentos hospitalares na
América
Latina desde o ano de 1967.É
considerado Centro Colaborador da Organização Mundialda Saúde
para a prevenção demalformações
congênitas. Participam
do
programa, maternidades da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e \./enezuela. São analisadas sistematicamente as
flutuações de freqüência das diferentes malformações, e diante de situações de alarme, são
realizadas análises dos fatores envolvidos.
As
maternidades colaboradoras são orientadas porum
manual
operacionalque
fornece todas as informações para o preenchimentodo
protocolode coleta de dados.
A
coordenação geraldo Programa
ECLAMC
tem
sua sede naFundação
Oswaldo
Cruz,na
cidadedo
Rio de Janeiro, e para lá sãoencaminhados
os dados coletadosmensalmente
nas maternidades.Cada matemidade
colaboradora recebeum
código que aidentifica junto à coordenação geral.
A
MaternidadeCarmela
Dutra é identificada pelo códigoA04
e a Maternidadedo
Hospital Universitário pelo código A50.
O
presente projeto foi aprovado peloComitê
de Éticada
Universidade Federal deSanta Catarina e pela
Comissão
Nacional de Éticaem
Pesquisa(CONEP/MS)
(APÊNDICE
3).
3.2
População
do
Estudo
A
populaçãodo
estudo corresponde ao total de 18.116 recém-nascidos vivos,no
períodode janeiro de
1998
adezembro
de 2000. Deste total, 13.113 recém-nascidosforam
nascimentos da Maternidade
Carmela
Dutra e 5.003da
Maternidadedo
Hospital15
3.3
Pacientes
3.3.1
Critérios
de
inclusão
0 Nascidos vivos
com
data de nascimentocompreendida
entre janeiro de1998
edezembro
de 2000.0 Local de nascimento: Maternidade
Carmela
Dutra e Maternidadedo
Hospital Universitário, Florianópolis, Santa Catarina.
0 Diagnóstico
da
cardiopatia congênita realizado por ecocardiograma fetalou
avaliação clínica especializada e ecocardiograma pós-natal e,
ou
cateterismo cardíaco, e,
ou
cirurgia, e,ouexame
anatomopatológico.3.3.2
Critérios
de
exclusão
0
Recém-nascidos
natimortos.0
Recém-nascidos
vivoscom
diagnóstico, pelo ecocardiograma, decardiopatia congênita funcional e
sem
confirmação de anomalia cardíacaestrutural.
0 Recém-nascidos pré-termos,
com
peso inferior a 2.000g,com
diagnósticode persistência
do
canal arterial realizado antes de30
dias de vida.3.3.3
Fontes
de
seleção
dos
pacientes
1” - Sistema de Informações Hospitalares
do
Sistema Único deSaúde
(SIH/S US):Gerido pelo Ministério de Saúde, através
da
Secretaria de Assistência à Saúde,em
conjunto
com
a Secretaria de Estadoda Saúde
de Santa Catarinaonde
estão listadas todas asinternações
do
SistemaÚnico
deSaúde do
Hospital Infantil Joana deGusmão,
MaternidadeCarmela
Dutra e Hospital Universitário,no
período de janeiro de1998
a julho de 2001.A
seleção dos pacientes foi realizada usando-se a Classificação Intemacional de Doenças, 10a
revisão (CID-10), utilizada por este sistema de informações a partir
do
ano de 1998, para o16
realizada utilizando-se os códigos relativos ao diagnóstico de
malformações
congênitasdo
aparelho circulatório
(Q20
a Q28).A
partir dessa triagemforam
revisados todos osprontuários
no
Hospital Infantil Joana deGusmão,
Hospital Universitário e na MaternidadeCarmela
Dutra, sendo selecionados os pacientes que preenchiam os critérios de inclusãodefinidos
para o estudo.2” - Ambulatório de Cardiologia Pediátrica
do
Hospital InfantilJoana
deGusmão
edo
Hospital Universitário:
1
Para a seleção dos pacientes
foram
revisadas as agendas diárias dos especialistasque
atuam no
Ambulatório,no
período de janeiro de 1998 a julho de 2001.No
impressoda
agendado
Ambulatóriodo
Hospital Infantil Joana deGusmão
consta datado
atendimento,nome
do
médico,número do
prontuário, idade e procedênciado
paciente.Na
primeira triagemforam
selecionados os pacientescom
data de nascimentocompreendida
entre janeiro de 1998 adezembro
de 2000, procedentesda
Mesorregiãoda
Grande
Florianópolis, que compreende,além do
município de Florianópolis, os municípios de Angelina, Canelinha, Leoberto Leal,Major
Gercino,Nova
Trento,São
João Batista, Tijucas,Antonio
Carlos, Biguaçu,Govemador
CelsoRamos,
Palhoça, Paulo Lopes, SantoAmaro
da
Imperatriz,
São
José, São Pedro de Alcântara,Águas
Momas,
AlfredoWagner,
Anitápolis,Rancho Queimado
eSão
Bonifácio.Quando
os dados doscampos
procedência e,ou
idadedo
paciente
estavam
em
branco, osmesmos
foram
obtidos nos prontuários dos respectivospacientes
no
Hospital Infantil Joana deGusmão.
-Após
a análise dos prontuários triados inicialmente, foram selecionados os pacientesque
atendiam aos critérios de inclusão definidos para o estudo.No
impressoda
agendado
Ambulatório de Cardiologia Pediátricado
HospitalUniversitário consta:
nome
do
paciente,número do
prontuário e diagnósticodo
paciente.Foram
selecionados todos os prontuários de pacientescom
diagnóstico de cardiopatiacongênita.
A
triagem para a datado
nascimento e procedênciado
paciente foi realizada após arevisão
do
prontuário. Para os pacientes cujoscampos
do
diagnóstico estivessemem
branco, odado
era igualmente obtidono
prontuário.Os
prontuários,sem
a informaçãodo
nome
da
matemidade
na qual o paciente nasceu edo
laudo
do
ecocardíograma,foram
listados para que,em
contatos telefônicoscom
a família,fossem
obtidos esses dados.Foram
excluídosdo
estudo, os pacientescom
informaçõesl7
3 “:
Banco
dedados do
Estudo Colaborativo Latino-Americano deMalformações
Congênitas das maternidades
Carmela Dutra
edo
Hospital Universitário:Neste banco de dados estão as entrevistas realizadas ao nascimento,
com
asmães
dosrecém-nascidos
com
diagnóstico confirmadoou
suspeito de cardiopatia congênita duranteo
pré-natal, ao nascimento
ou
durante o periodo de permanência na matemidade. Para os recém-nascidos
com
diagnóstico não confirmado,ou
seja,com
sopro cardíaco a esclarecer,foram
revisados os prontuários
do
ambulatório de cardiologia do Hospital Infantil Joana deGusmão
e
do
Hospital Universitário.Foram
realizados contatos telefônicoscom
as famílias dospacientes cujos prontuários não continham todos os dados necessários para a inclusão
no
estudo.
Foram
excluídos os pacientes dos quais não foi possivel a obtenção dos dados completos exigidos para a sua inclusão.O
Banco
deDados
do
ECLAMC
também
foi utilizado para acomparação
dos dados deprevalência obtidos
na
populaçãodo
presente estudo.3.4
Procedimentos
Para cada paciente selecionado para o estudo foi aplicado o protocolo
doiECLAMC
(ANEXO
2), do qualforam
obtidas informações para as seguintes variáveis:número
do
prontuário, data de nascimento, código da maternidade, descriçãoda
malformação, peso de nascimento, sexo, tipo de parto, idadedo
diagnósticoda
cardiopatia congênita e idadematema.
3.5
Banco
de
Dados
Os
dados obtidos dos protocolosforam
registradosnum
banco
de dados criadocom
o“software” Access 7.0 (Microsoft Corporation, Seattle, Washington,
EUA).
3.6
Análise
dos
Dados
Os
dados relativos aos diagnósticos específicos das cardiopatias congênitasforam
codificados inicialmente pelo Sistema ISC,
no
qual cada diagnóstico específico recebeum
18
um
sistema hierárquico,no
qual édada
prioridade para ocomponente da malformação
clinicamente mais grave.
O
Sistema de codificação desenvolvido peloECLAMC
codifica asmalformações
cardiovasculares
com
3 dígitos (746) seguido de duas letrasconforme o
diagnósticoespecífico, sendo
também
desenvolvidauma
tabela de códigos combinados,com
o objetivode fornecer
um
único código por paciente(ANEXO
2).Os
dados foram importados, utilizando-se o softwareEPI
INFO
6.04,do
Center forDisease Control and Prevention, Atlanta, Estados Unidos, 1997,
com
o qual foi realizada aanálise da informação. Análises complementares
foram
realizadas,quando
necessário, utilizando oprograma
EpiCalc 38.Foram
produzidas fieqüências de todas as variáveis.As
variáveis categóricasforam
investigadas utilizando tabelas de contingência para todos os fatores de interesse relacionados
com
o desfecho.A
associação entre estes fatores e o desfecho foi testada utilizandoo
testedo
qui-quadrado na
comparação
de duasou
mais prevalênciasem
um
nívelde
significância de4.RESULTADOS
A
população totaldo
estudo foi de 18.116 recém-nascidos vivosem
duas maternidadesno
Município de Florianópolis: MaternidadeCarmela
Dutra e Maternidadedo
HospitalUniversitário da Universidade Federal
de
Santa Catarina,no
periodo de janeiro de 1998 adezembro de
2000.Foram
identificados 130 pacientescom
diagnóstico de cardiopatiacongênita, responsáveis por
uma
prevalência de 7,17 %6.A
Tabela 1 mostra a distribuição dos pacientes segundo o local de residência,apontando
um
percentual de63,85%
para -os pacientes residentesno
Município deFlorianópolis e
4,62%
para outros municípiosdo
Estado de Santa Catarina.TABELA
1-
Distribuição dos pacientes segundo local de residência.MCD/HU,
1998 a2000.
Município de
Residêncian
%
Angelina 1 0,77Antonio
Carlos 2 1,54Biguaçu
FlorianópolisGov.
CelsoRamos
PalhoçaSão
José Outros 7 83 2 8 21 6 5,38 63,85 1,54 6,15 16,15 4,62 Total130
100,00O
denominador da
população de risco variou de acordocom
os fatores estudados,em
função das perdas
de
dados nos registros hospitalares, para as variáveis: peso ao nascer, sexo,idade materna e tipo de parto (Tabelas 2 a 5).
A
distribuiçãodo
peso ao nascer dos pacientescom
cardiopatia congênita e acomparação
com
a população geraldo
estudo está demonstrada na Tabela 2,onde
é observada20
a ocorrência de baixo peso ao nascer mais freqüente entre os pacientes
com
cardiopatiacongênita (21,54%),
comparados
com
a populaçãosem
cardiopatia (9,61%). Esta diferença foi estatisticamente' significanteno
nível de95%
deconñança
(p<
0,0001).TABELA
2-
Distribuição dos pacientessegundopeso
ao nascimentona
populaçãocom
esem
cardiopatia congênita. MCD/I-IU, 1998 a 2000.Peso
5
2500 g
Peso
>
2500 g
Totaln
%
I.C.95% n%
I.C.95% nC0m
cardiopatia 28 21,54 14,8-29,6 102 78,54 70,4-85,2 130População
Semcardiopatia 1.624 9,61115.283
90,39 16.907 Total 1.652 15.385 “ 17.037 . - ›ä=2o,9s p<o,oo1A
Tabela 3 demonstra que o percentual para a variável sexo não diferiu na populaçãocom
cardiopatia,quando comparado
com
a pop/ulaçãosem
cardiopatia congênita.Na
análise da associação de cada tipo de cardiopatiacom
a variável sexo, não foiobservada diferença estatisticamente significativa (p
>
0,05).¡TABELA
3
-
Distribuição dos pacientes segundo sexona
populaçãocom
esem
cardiopatiacongênita.
MCD/HU,
1998 a 2000._
Masculino
Feminino
Total.
Populaçao
'N.
_%
n%
nCom
cardiopatia67
51,5 63 48,5 _ 130Sem
cardiopatia8827
51,18456
48,9 17283 p=
NS
Como
demonstradona
Tabela 4 a diferença observadana comparação
das duaspopulações