LEANDRO
MARCELO
SPINELLI
MORTALIDADE
PERINATAL
NA
MATERNIDADE
DO
HOSPITAL
UNIVERSITARIO
DA
UFSC
-
1996
A
2000.
\./
Trabalho
apresentado à Universidade Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Florianópolis
Universidade Federal de
Santa Catarina
MORTALIDADE
PERINATAL
NA MATERNIDADE
DO
HOSPITAL
UNIVERSITARIO
DA
UFSC
-
1996
A
2000.
Trabalho
apresentado à Universidade Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.Edson
J.Cardoso
Professor
Orientador:
Prof.
Dr.
Carlos
Eduardo
Pinheiro
Florianópolis
Universidade Federal de
Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
A
CarlosEduardo
Pinheiro queme
orientou neste trabalho, pela disponibilidade,paciência e interesse.
Ao
Dr.Marcos
Leite dos Santos e Pablo dos Santos pela ajuda namontagem
no banco
de dados e coleta dos dados.
Aos meus
pais pelo constante incentivo, minhas irmãs eminha
prima pela ajudaprestada.
Introdução. Objetivos ... . _
Método
.... .. Resultados. Discussão ... .. Conclusões ... .. Bibliografia ... ._RESUMO
A
mortalidade perinatal foi estudada na maternidadedo
Hospital Universitário daUFSC
no
pen'odo de janeiro de 1996 a
dezembro
de 2000. Objetivando-se conhecer os indicadores demortalidade fetal, neonatal precoce, neonatal tardia e perinatal 1 e 2, sua evolução temporal e
seu
comportamento
em
relação aos demais trabalhos deste assunto e estatísticas oficiais.Os
resultados mostraram que
no
período a mortalidade fetal foi igual a ll,07%0, a mortalidade neonatal precoce foi de 10,93%°, a mortalidade neonatal tardia foi igual a 3,42%‹›, a mortalidade perinatal 1 foi igual a 21,87%‹› e a mortalidade perinatal 2 igual a 25,26%ú.Ocorreu
aumento
nos coeficientes de mortalidadeno
período 1996-1999, sendo queo
ano de 1999 foi o ano que apresentou os maiores índices de mortalidade fetal (14,73%‹›), mortalidadeneonatal precoce (13,59%‹›), mortalidade perinatal 1 (28,ll%0) e mortalidade perinatal 2
(31,46%‹›).
O
correndo queda nestes coeficientesno
ano de 2000.Os
coeficientesda
maternidade
do
HU-UFSC
encontram-sepouco
abaixo da médiado
estado, e inferiores a média da região sul e sudeste.Porém
estes coeficientes são muito superiores aos encontradosThe
perinatal mortalitywere
studied at maternity of UniversitaryHospital-UFSC
(southernBrazil).
The
period studied began in january, 1996 and finished in december, 2000.The
objectives
were
know
the statistics about fetal deaths, early neonatal deaths, late neonatal deaths and perinatal 1 and 2 deaths, the temporal evolution, the trends of the perinatalmortality and
compare
with papers and oflicial statistics.The
results showed: in that periodthe fetal mortality
was
l1,07%‹›, the early neonatal motalitywas
lO,93%‹›, late neonatalmortality
was
3,42%‹›, perinatal 1 mortalitywas
2l,87%‹› and perinatal 2 mortalitywas
25,26%‹›. Therewere
increase in thenumbers
in 1996-1999 period, and the highestsnumbers
were
in 1999, fetal mortalitywas
14,73%o, early neonatal mortalitywas
13,59%‹›, perinatal 1mortality
was
28,11%‹› and perinatal 2 mortalitywas
28,11%‹›.And
a reducion happen in2000
compared
with 1999.The
perinatal mortality at matemity ofHU-UFSC
isbelow
(but near)than average of the Santa Catarina State, and
below
than average of desouthem
and1.
INTRODUÇÃO
A
mortalidade perinataltem
sidoum
dos indicadores de saúde mais importantesutilizados
quando
o objetivo é analisar as condições de vida deuma
população,uma
vez quereflete diretamente a qualidade da assistência prestada à mulher durante o ciclo gravídico- puerperall.
Nos
países desenvolvidos,predominam
as perdas perinatais relacionadascom
causas de dificil prevenção, entre elas as malformações congênitas, os acidentes de cordão umbilical e o descolamento prematuro de placenta; nos subdesenvolvidos as principais causasde óbito perinatal são as afecções passíveis de prevenção através de
uma
adequada atençãopré-natal e assistência ao parto, das quais destacam-se: os tocotraumatismos, patologias maternas (síndromes hipertensivas, diabetes gestacional, infecções congênitas e etc.) e, por
fim,
a asfixia pen`natal2.A
mortalidade infantil é dividida entre mortalidade neonatal-
do
nascimento até o 28°dia de vida
-
e mortalidade pós-neonatal-
do
28° dia de vida até 1 ano.A
análise aprofundadada mortalidade neonatal nos remete, obrigatoriamente, ao estudo da mortalidade relacionado à
gestação e ao parto, o que se
denomina
mortalidade perinatal.Em
regiõesonde
os problemas mais fiíndamentais de sobrevivência,como
condições de moradia e saneamento, encontram-se melhor equacionados, as causas perinatais são as principais responsáveis pela mortalidade infantil, pois háuma
redução dos óbitos causadospor diarréias e infecções respiratórias, causas mais importantes de mortalidade
em
paísessubdesenvolvidos.
No
RioGrande do
Sul, dados de 1993mostram
que46%
dos óbitosinfantis são de causa perinatal, sendo seguidos de anomalias congênitas
(16%)
e infecçõesrespiratórias (15%). Portanto, especialmente
em
regiões neste estágio de desenvolvimento, oestudo detalhado das patologias perinatais é de fundamental importância para a prevenção de óbitos infantis3.
Dois estudos epidemiológicos realizados
em
Pelotas,RS,
em
1982 e 19934,apontam
as causas perinatais
como
as primeiras causas de mortalidade infantil.Embora
tenha havidoredução importante dos coeficientes de mortalidade perinatal e infantil na década estudada,
com
relação à mortalidade infantil esta queda foi de apenas28%
para as causas perinatais,em
relação a60%
para mortes por diarréia,69%
para infecções respiratórias e93%
para óbitospor outras infecções.
As
mortes por causas perinatais,quando
comparadascom
outras causas,são mais dificeis de serem reduzidas, e faz se necessário conhecer quais os seus determinantes para que medidas preventivas
possam
ser adotadas.É
certo que 0 baixo peso ao nascer estáfortemente associado
com
a mortalidade perinatal e é possível que os fatores de risco paraestas duas condições sejam semelhantess.
A
redução das taxas de mortalidade perinatal verificada nos paísescom
maior desenvolvimento sócio-econômico desde a década de 50, foi decorrente essencialmente dadiminuição
do
seucomponente
neonatal precoce e não das mortes fetais, cujo declínio foiproporcionalmente menor, fazendo
com
que estas setomassem
a principal causa de morte perinatal nesses paísesz.Os
trabalhos sobre mortalidade perinatalacabam
gerando conhecimentosepidemiológicos que, progressivamente, se incorporam às políticas e programas de saúde. Este conhecimento é produzido a partir das várias visões que os autores
têm do
processosaúde doença.
Uma
delas valoriza mais osdenominados
“fatoresou
causas endógenas” 6,ou
fatores de risco. Vários trabalhos foram publicados neste sentido, sendo
boa
parte deles sobre instrumentos que permitem identificar gestantescom
risco de perda fetalou
óbito neonatalou
fatores a eles relacionados.
Alinha-se nesta visão vários autores entre eles:
Quick
e colaboradores7 investigaram as gestantes de Portland entre 1973-74, e oresultado de suas gestações, comparando-se dois grupos:
um
deles fazia parte deuma
organização de saúde “convênio médico”
(HMO)
totalizando4148
partos e outro,com
19116
nascimentos de crianças brancas estudaram as relações entreo
pré-natal, o resultado dagestação e o tipo de serviço utilizado.
Forbes e colaboradoress realizaram
um
estudo sobre a mortalidade perinatal naEscócia, entre 1970-79, sob vários aspectos, encontrando associação entre o baixo peso ao
nascer e a mortalidade perinatal, assim
como
em
relação à idade materna, paridade e classesocial, todos
com
tendência ao declínio, sugerindoque
tal tendência estaria relacionada às“práticas obstétricas” e ao “tratamento correto” das morbidades perinatais.
Laurenti e colaboradores9 realizaram
um
estudo sobre morbidade e mortalidade, durante o período perinatal, a partir de nascimentos ocorridosem
nove
maternidadesbrasileiras, entre 1981 e 1982,
o que
possibilitou a coleta de dados referentes a 13130abortos. Dentre os resultados gerais,
chamou
a atenção dos autores a alta taxa de mortalidadeperinatal, a alta porcentagem de cesárea e de baixo peso
em
casos de nascidos mortos que eraaproximadamente cinco vezes maior que a nos nascidos vivos.
Kestler e colaboradoreslo realizaram
um
estudo epidemiológico prospectivo entre 1984a 1986
com
17135 mulheres grávidas da zona urbana da cidade da Guatemala,com
o objetivo de desenvolverum
método
para identificar mulherescom
risco de terem filhoscom
baixopeso ao nascer.
Zapatero e colaboradoresn analisaram a tendência de mortalidade perinatal
no
Chile,no
período entre 1956 e 1986, mostrando diferenças entre a mortalidade fetal tardia segundo aidade das mães, a paridade e o peso
do
recém-nascido, verificando-setambém
que a maiordiminuição ocorreu entre 1975 e 1984
com uma
queda de 6,7%, na taxa de mortalidadeperinatal estabilizando-se esta taxa durante os últimos anos de estudo.
A
evolução da mortalidade perinatal foi estudadaem
Pelotas, RioGrande do
Sul, através de dois estudos de coorte realizadosem
1982 e 1993onde
se observou que ocoeficiente de mortalidade perinatal sofreu
uma
redução de31%
na década. Dentre as causasde mortalidade perinatal,
houve
uma
reduçãoem
1993 de58%
para óbitos fetais antepartum,47%
para imaturidade e62%
para outras causas.Assim
como
em
1982, os recém-nascidos pré-termo tiveram coeficientes três vezes mais elevadosdo
que crianças pequenas para a idade gestacional4.'Numa
sociedadecomo
a nossa,onde
existe muita desigualdade social,o
consumo
debens e serviços, dentre os quais se incluí a assistência médica, ocorre de
modo
desigual.Portanto a mortalidade perinatal, teoricamente, estaria distribuída desigualmente na
população,
em
funçãodo
consumo
desigual de assistência médica já mencionada. Dentrodeste
modo
de entender ofenômeno
“mortalidade perinatal”, encontram-se alguns autores dentre os quaispodemos
citar:Barbieri e colaboradores”
em
seu trabalhomostram
alguns aspectosdo
periodoperinatal da
mãe
edo
recém-nascido”, realizadoem
Ribeirão Preto,no
final da década de 70,com uma
amostra de 1000 casos consecutivos de nascimentos,pôde
observar vários aspectosdo
período perinatal, tendocomo
objetivos específicos estudar alguns elementosdo
“periilreprodutivo” das classes sociais, relações da classe social e a atenção médica ao pré-natal,
parto e peso ao nascer, concluindo por
exemplo
que “...o direito ao acesso aos serviços médicos não garante a democratização da assistência médica, isto é,uma
atenção médicaintegral, eqüitativa, não discriminatória e que atenda a cada
uma
das pessoas e a população,segundo suas necessidades..
Barros e colaboradores” relataram que “o estudo longitudinal de Pelotas foi planejado para avaliar a influência sobre a saúde infantil de
uma
série de fatores perinatais,demográficos, ambientais, alimentares e assistenciais, dentro de
um
quadro mais amplo, definido pela estrutura social”. Sobre a mortalidade perinatal, relataram que o coeficienteno
ano de 1982 foi de 33,7 por mil e que
8,8%
dos recém-nascidos pesarammenos
de 2500g,concluindo que esta alta taxa de mortalidade deveu-se a algumas falhas
no
atendimento, tantoao nível de pré-natal
como
no
atendimento ao parto.Ribeiro e colaboradores” realizaram estudo sobre morbimortalidade perinatal
em
uma
amostra de parturientes e recém-nascidos atendidosem
hospitais deSão
Luísdo
Maranhão,partindo da hipótese que o processo saúde-doença
no
período perinatal apresenta-se, porum
lado,como
expressões de condições particulares às quais famílias estão submetidas, de maneira diferenciais, na função de sua a descrição de classe e, por outro,como
expressão daarticulação de
um
conjunto de condições biológicas e sociaisem
permanente relação.O
trabalho procura,em
uma
amostra de parturientes e recém-nascidos de hospitais deSão
Luísdo
Maranhão, refletir sobreo
assunto. Conclui pela pertinênciado emprego do
conceito sociológico de classe social ao estudo de eventos perinatais que, articulado aesquemas
teóricos mais elaborados
do
campo
da Perinatologia, permite ampliar o nível de explicaçãodo
fenômeno.
No
Brasil, assimcomo
no
restantedo mundo,
conforme relatado, a mortalidadeinfantil
vem
apresentando significativa reduçãoem
algumas regiões; principalmenteno
sul esudeste.
Em
São
Paulo, particularmente, esta redução atingiu63%,
entreo
período de 1975 a 1990,quando
o coeficiente de mortalidade infantil passou de 84 por mil nascidos vivos para 31 por mil nascidos vivos. Esta reduçãovem
sedando
de forma mais rápidacom
a mortalidade pós-neonatal, fazendocom
que ocomponente
neonatal tenha progressivamenteuma
importância maior na mortalidade infantil. Nessas regiões já tivemosuma
inversãoem
relação aos
componentes
do
coeficiente de mortalidade infantil, isto é, prevalece ocomponente
neonatal; mas, na grande maioria dos estados brasileiros, ainda predomina ocomponente
infantil tardio. Talvez esta seja a justificativa para que, até omomento,
sejampoucos
os trabalhos brasileiros que se dedicam à análise específica da mortalidade perinatal”,aparece citada
no
Plano Qüinqüenal deSaúde
1990/95:A
Saúde
do
BrasilNovo”.
Destacamos
a seguir alguns tópicosdo
mesmo:
Implantar a metodologia para avaliação das condições de eficiência de serviços de assistência matemo-infantil
em
todas as secretarias estaduais de saúde e utilizaros resultados para programar as melhorias necessárias a serem feitas.”
“Promover
o uso de tecnologia apropriada já disponível para a melhoria da atençãomaterno-infantil”
“Promover
o desenvolvimento de pesquisas operacionais orientadas a melhoraro
conhecimento da realidade
do
estado da saúde matemo-irrfantil e proporaltemativas de solução para os problemas identificados”
Não
poderíamos discutir mortalidade infantilou
perinatal e deixar de mencionar apreocupação de alguns autores
com
a questão da fidedignidade dos dados e a metodologiautilizada.
Bercinils destaca
que
os estudos de mortalidade são feitos,em
geral, através dos dados das declarações de óbito, que se constituemem
um
instrumento importante paraobtenção de variáveis utilizadas para caracterizar os óbitos e o uso dos dados de mortalidade oriundos das declarações de óbitos levanta questões sobre a confiabilidade e a validade das
informações ali contidas.
Laurenti e colaboradores9 ressaltaram que o estudo da mortalidade perinatal, pela
maneira clássica e tradicional de se analisar rotineiramente mortalidade, isto é, pelos atestados
de óbitos, não é de todo satisfatório por algumas razões
como,
por exemplo, o sub-registro dos óbitos fetais, o que prejudicaria a mensuração correta das taxas, alémdo
conhecimentodas causas de morte não ser muito fidedigno.
Uma
outra razão é que o atestado de óbito nãocontém
informações importantescomo,
por exemplo, tipo de parto, assistência pré-natal,condições de nascimentos, entre outras.
Barros e colaboradores" relatam que, “...
em uma
coorte de 6011 crianças, quevem
sendo
acompanhada
desde0
nascimentoem
Pelotas,RS, combinando
algumas metodologias de trabalho (visita domiciliar, revisão periódica de atestados de óbitos e revisão de prontuárioshospitalares), foi possível detectar
42,1%
de sub-registros de mortes perinatais,com
47,8%
para óbitos fetais e
24%
com
relação à mortalidade infantil”. Nesta linha, poderíamos destacar a preocupação de outros autores que, além da questão da confiabilidade,também
levamem
A
definição a respeito dequando
se iniciaum
óbito fetalmudou
a partir da publicaçãoda 10“ Revisão da Classificação Internacional de
Doenças (CID
10), o período perinatal passou a ter seu início na 22”semana
de gravidezou
o equivalente aum
peso fetal igualou
superior a 50Og18.Peller,
em
1923, sugeriu que o período perinatal se iniciasse na 28”semana
degestação (equivalente a
um
peso fetal igualou
superior a l.OOOg) prolongando-se até o sétimodia após o nascimento (168 horas de vida), sendo essa proposta mais tarde referendada pela
ofgzzúzzçâo Mundial da
saúde (oMs)2.
Esta
mudança
ocorreuem
decorrência dos contínuos avanços tecnológicos atualmente observados, principalmenteno
campo
da Neonatologia,que
através das unidades de terapia intensiva neonataltomaram
viáveluma
sobrevivência fetal cada vez mais precoce forado
útero
matemo, tomou-se
necessáriouma
reformulação dos conceitos anteriormenteutilizados6`18.
Tal
modificação
conceitual imediatamente gerou questionamentos,uma
vez queimplicou
em
uma
elevação significativa das taxas de mortalidade perinatal. Paralelamente,alterou-se o
modo
de calcular a taxa de natimortalidade, que dessemodo
tomou-se
um
indicador mais importante na avaliação das condições de saúde maternals.
Contudo, para fins de comparação, há ainda necessidade de se estabelecer
uma
padronização intemacionalno
que se refere à obrigatoriedadedo
registro civil dos fetos, quesegundo os critérios estabelecidos pela
CID
10, enquadra-se na classificação de natimortos,em
especial naAmérica
Latina. Ainda hoje,em
vários países, somente os fetoscom
20
semanasou
mais de gestação são rotineiramente registrados, enquanto queem
outros apenasos conceptos considerados
como
perdas fetais tardias (idade gestacional igual a 28 semanasou
peso igual l.0OOg)têm
o seu registro obrigatório 1849.Os
conhecimentos e as informaçõesem
Florianópolis eem
especial na maternidadedo
HU-UFSC,
referente ao período perinatal, isto é, óbitos, assistência pré-natal, perinatal eneonatal são exíguos.
O
conhecimento deste períodoou
fatores a ele relacionados seriaimportante
em
termos de sua redução e representaria, por outro lado,uma
contribuição importante para reduzirtambém
a própria mortalidade infantilcomo
um
todo.Parece-nos firndamental,
em
função das considerações anteriores, realizarum
estudoinicial de caracterização geral da mortalidade perinatal e de seus aspectos para que possa
2.
OBJETIVOS
1.Geral:
Este trabalho
tem
por finalidade descrever a mortalidade perinatal na maternidadedo
Hospital Universitário
-
HU
da Universidade Federal de Santa Catarina-
UFSC,
desde janeiro de 1996 atédezembro
de 2000.2.Específicos:
2.1.
Comparar
os indicadores de mortalidade perinatalem
sua evolução ano a ano;2.2. Avaliar os indicadores encontrados na maternidade
do
HU-UFSC
com
osindicadores encontrados na literatura.
A
populaçãodo
presente estudo foi todos os pacientes que nasceram na maternidadedo
Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina(HU-UFSC)
desde janeiro de 1996 atédezembro
de 2000.Enfoque
foidado
aos óbitos ocorridosem
Recém
Nascidos
(RN
s) que nasceram na maternidade não importando o localonde
o
óbito ocorresse.Os
dados contidos neste trabalho foram inicialmente retirados dos livros de registrosda
sala de parto da maternidadedo
HU-UFSC.
Os
livros utilizados foram os dos anos de1996, 1997, 1998, 1999 e 2000, que são os anos que nos
propomos
a estudar.Os
dadosque
faltaram
ou eram
duvidosos foram completadocom
pesquisaem
cada prontuáriomédico
junto ao Serviço de Prontuários
do
Paciente (SPP)do HU-UF-SC.
A
mortalidade fetal, foi calculada baseadano
dados acima referidos.A
mortalidade neonatal-
precoce e tardia-
foi baseadano
livro de registros da Uti neonataldo
HU-UFSC;
para as criançasque eram
transferidas para aUTI
neonataldo
Hospital Infantil Joana deGusmão,
também
se pesquisouno
livro de registros daquela unidade e junto aoSAME
do
Hospital Infantil. Pesquisamos,
também,
junto a Secretaria Municipal deSaúde
a ocorrênciade óbitos após a alta hospitalar
da
maternidadedo
HU-UFSC,
para tanto nos utilizamos dosatestados de óbitos. Este levantamento foi importante para que não ocorresse sub
dimensionamento dos óbitos neonatais das
mães
residentes na cidade de Florianópolis.Para utilização e manipulação destas infonnações construiu-se
um
banco de dadosem
Microsofi
Access®
2000, conforrne mostra a figura 1. Neste banco de dadoseram
colocadastodas informações contidas nos livros de sala de parto, sendo elas: registro hospitalar, iniciais
da mãe, procedência, idade, data da internação, data e hora
do
parto, sexodo
RN,
APGAR
do
1°. e 5°. minutos, pesodo
RN,
idade gestacional, tipodo
parto, se gemelar, senatimorto
ou
neomorto, obstetra e auxiliar que realizaram o parto, se a paciente apresentavaalguma
patologia e se ocorreram intercorrências.Para a coleta de dados
do
livro de registros daUTI
neonatal,também
semontou
um
banco de dadosem
Microsofl Access® 2000
(Figura 2),onde eram
coletadas as seguintesinformações: Registro
matemo,
registrodo
RN
(caso possuísse), iniciais da mãe, datada
admissão na unidade, diagnóstico da admissão, procedência (caso diferente
da
MaternidadeRefislmfbspiäfli
d
E
Edcmrmçio
~
~
0
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Euúuuj
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.I `lí!
Figura 1. Formuláno do Mlcrosofl Access® 2000 que era preencludo
com
os dados referentes aos llvros de salade pano da matermdade do
HU-UFSC
No
presente trabalho, a metodologia apresentada para o estudo da mortalidadeperinatal leva
em
consideração todos os óbitos fetais, os óbitos neonatais precoces e tardios.Sendo
considerado óbito fetal a morte deum
produto da concepção antes de suaexpulsão
ou
extração completado
corpomatemo.
A
definição de nascidomorto
baseia-seem
dois critérios fundamentais:
um
para distinguí-lo deum
nascimento vivo e outro paradiferencia-lo dos abortos.
O
elemento que diferencia “nascidomorto”
de “nascido vivo” éo
chamado
“sinal de vida” (a própria respiração, batimento cardíaco, pulsaçãodo
cordãoumbilical,
ou movimento
efetivo dealgum
músculo, submetido à ação da vontade).O
outroelemento que vai diferenciá-lo de
um
aborto é o pesodo
RN.
Sendo
que o natimorto deveráter peso igual
ou
superior a 500gl8'19.Óbito neonatal precoce é a morte de
uma
criança, nascida viva, durante os primeirossete dias completos (168h) de vida. Óbito neonatal tardio é a morte de
uma
criança, nascidaviva, depois de sete dias completos,
mas
antes de28
dias de vida completos.2°Consideramos
o
Período Perinatal 1 o períodoque
se inicia na 20”semana
de gestação-
fetoscom
peso igualou
superior a500g
-
e se estende atéo
sétimo dia de vida e Período Perinatal 2 o período que se inicia na 20”semana
de gestação_
fetoscom
peso igualou
superior a
500g -
e se estende até o 28° dia de vida.”Os
coeficientes relativos à mortalidadeno
período perinatal usados nesta pesquisa são os seguintes:a) Coeficiente de Mortalidade Perinatal
l(CMPl): dado
pela relaçãoem
óbitos por1000 nascimentos para
um
local e período determinado.CMP
=
N°
de natimortos+ N°
de óbitos até o 7°dia incompletox
1.000N°de
nascidos vivos+ N°
de natimortosb) Coeficiente de Mortalidade Perinatal
2(CMP2): dado
pela relaçãoem
óbitos por1000
nascimentos paraum
local e período detenninado.I
CMP
=
N°
de natimortos+ N°
de óbitos atéo
28°dia incompletox
1.000N°de
nascidos vivos+ N°
de natimortosum
local e período detenninado.CNM
=
N°
de perdas fetais (natimortos) xl .000N°
de nascidos vivos+ N°
de perdas fetais (natimortos)d) Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce:
dado
pela relaçãoem
óbitos por 1.000 nascidos vivos paraum
local e período determinado.C.M.N.P= N”
de óbitos de crianças de 0 a 7 diasx
1.000N°
de nascidos vivose) Coeficiente de Mortalidade Neonatal Tardio:
dado
pela relaçãoem
óbitos por 1.000 nascidos vivos paraum
local e pen'odo determinado.C.M.N.P= N°
de óbitos de crianças de 0 a 28 diasx
1.000O
número
total de nascimentos na maternidadedo
HU-UFSC
no
periodo estudado,que
vai desde janeiro de 1996 adezembro
de2000
é de7681
partos, tendo ocorrido 107partos gemelares sendo 2 deles de trigemelares.
No
período de 1996 a2000
ocorreram 85 óbitos fetais, 83 óbitos neonatais precoces e26
óbitos neonatais tardios.Todos
os óbitos neonatais ocorreram a nível hospitalar, sendoou
naUTI
neonataldo
HU-UFSC,
ou
naUTI
neonataldo
Hospital Infantil, não tendo sidodetectado
nenhum
óbitoem
domicilio (quando da revisão dos atestados de óbito, junto àsecretaria de saúde
do
município de Florianópolis).Os
dadosdo
total de nascimentos e óbitosdo
período,aparecem
na tabela 1.Tabela 1: Mortalidade perinatal na maternidade
do
HU-UFSC
1996-2000.Indicadores 1996 1997 1998 1999
2000
TotalIl Il Il Il
H
IlN
de nascimentos 1455 1543 1527 1494 1662 7681Óbitos Fetais
Número
17 15 1822
13 85Coeficiente por mil 1 1,68 9,72 11,79 14,73 7,82 11,07
Óbitos neonatais precoces
Número
13 16 1720
17 83Coeficiente por mil 9,04 10,47 1 1,27 13,59 10,31 10,93
Óbitos neonatais tardios
Número
3 4 6 5 8 25Coeficiente por mil 2,09 2,62 3,98 3,40 4,85 3,42
Óbitos perinatais 11
Número
30
31 3542
30
168Coeficiente por mil 20,62 20,09 22,92 28,1 1 18,05 21,87
Óbitos perinatais 2*
Número
33 35 4147
38
194Coeficiente por mil 22,68 22,68 26,85 31,46 22,86 25,26
TÓbitos fetais + óbitos neonatais precoces.
Observamos
que a mortalidade fetal apresentouaumento no
período 1996 a 1999,subindo de l1,68°/×› para l4,73%‹z.
Porém
em
2000 houve
uma
queda
importanteem
relaçãoaos anos anteriores, de 14,73%0
em
1999 para 7,82%‹›em
2000.Gigura
3)Em
relação à mortalidade neonatal precoce, ocorreuuma
ascensãodo número
de Óbitos até o ano de 1999, tendoaumentado
de 9,04%‹›em
1996 para l3,59%oem
1999; jáno
ano de2000
ocorreuum
declínio deste coeficiente (de l3,59%‹›em
1999) para l0,65%o(Figura 3). Já a mortalidade neonatal tardia apresentou-se oscilante, sendo
o
último anodo
estudo aquele que apresentou o índice mais alto, de 4,85%‹› (Figura 3).
A
mortalidade perinatal 1 (que incluía os óbitos fetais mais os óbitos neonataisprecoces) apresentou-se praticamente igual
no
período 1996-1997, tendoaumentado
de 20,09%0em
1997 para 28,l1%°em
1999;porém
em
2000
este indice foi igual a l8,05%‹›-
queda
em
relação ao ano anterior (Figura 3).O
comportamento
da mortalidade perinatal 2(que inclui Óbitos fetais, Óbitos neonatais precoces e neonatais tardios) apresentou
comportamento
semelhante a mortalidade perinatal l.¡Coeficientes
de
mortalidade
na
matemidade
do
HU-U
FSC.I
7
2, 'ví':‹2;~*ãi¬š¡*-'1§%fí:\?^fñ§ '.'Í:”_3`lšf.*::;1`f`2ii~Êí*Ú.â§*â“,š?**I?"'?7í*~?Ãí4=*4<š§'\1"'WXQÉ-1-?`~?"@íÊ;Í. .ii '121~:=f=.É$C¬'ššf§;-;*-':zzf;*'<f*~'›'£?.à2¿*'f"2;š=$í{1›.fi5*¿S§:?;fi'íÍC.:rZé*iÍâ*š›;`§,;rl:li gi z^1_š`-ix!
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§*= ai É `›`.. .z`-, ~'~' ' 1,69%, *ev ‹›. »› ^ ^ , _ ` _ ,_~,.a. 1 z I - . ` -, .z_t z~«›.~.›ê= 2 ~'“-- -¬ '"--'fl-Êif '.-5. '=ë*`7*`?šÍf$fiÍ'¡‹'§:¿‹zL; fÍ¿\ÍÍ.¡{ÊÍ'Í"¬3§:-›§iÍ=Í'
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:\~.¿.‹;›,=;_:_à;,«g§5^'a'‹ ._. M.. .J '~.~=:;~'~”<§f?;«ã:ëP,.fק"›..s¬f-_¿q:§gi§â¿_*.>,,5~‹,,¿“,@;¬,»'õ››=?*ä~f'~» , .z `§..â».¿i,~ ..¬.\.<\5.›.‹ a Q, za. ._ ...i ,;,_...,_ . .., .\,.,`.¿â:zf,a«_z- z«..».-,,. _ .,
W;
. . .-‹ `¬ ._a_\\«~¬- i ‹..:. .,_ 10 7-' `?'*¡"*9Í`1*"1f*1-.~» ›. ' " -~ '_ " ‹ :-‹. . . aaššse-_z!~`L~“:::=-“2f=?‹›¢ ‹~3>. ›' -'T$**3**S». '*f'*`*":'*"›"““"'¬ Y ~,‹<zz ~ - ' - ~~-~~~~: ._ .kz - ¬-, -‹, w ú 1 ..zz¬~›_›.\4. -tv»-~ J -.V ,sz-,.›-.z‹\ ‹.=f>.~\: ~- « -.z.f.='>‹\‹-~-f~ .- =>.f=.z N.-..~ .~<...,\-¿.,_. ¬ m_._\,.\m ,,;-*az .f.«.;, 1 . .‹›~ ='-:».'~':._§~~ z ,z...-«›.. @›§à››g=.gY¬»~»«.4z~,z-.z«~.›~»»«~ ,vz > «W ».-~‹zz~. ~«.~~.-wg»`z‹-‹.-z»›« ›-»‹‹-.z. z_it_-z¬~__-..-~;.¡, .. v 1. r- ¡-,\¡_ _'_ .~,z›,.- _ › . 4 ~ “_;:‹z.;* ›u QE» §›.ú\-_¿Q‹z,<.-;`\l-:z,~› f=¿~_\~,=.~z.:E‹. 1*-~¿F3:`-”,:<z.¬5f,z-><='¢¢s§:f-_ ¬ --
, . zêgi- »..z5-;‹M›,>*;,z›r1\;z› ;._ " .z'§'¢-.›.‹:z‹_>_'«*z,~-.:~.-- . - `=` z "T***“'““"-"" -A , 1 "“T“ | 1 |
ano
morta dade(%‹›) N N-§-
Óbitos Fetais -1-Óbitos neonatais precoces¬¡-
Óbitos neonatais tardios-×-
Óbitos perinatais 1-1:-Óbitos perinatais 2
'Porcentagem de cada
componente
na
mortalidade
perinatal1
2,
na
matemidade do HU-UFSC.
1996 1997 1998 1999 2000
Ano
iÓbitos
Fetais IÓbitos neonatais precoces DÓbitos neonatais tardios|
Figura 4. Porcentagem de cada componente na mortalidade perinatal 2, na matemidade do HU-UFSC.
Fato que
chama
atenção é queno
ano de 1999 os coeficientes de mortalidadeficaram
muito altos,
ficando
acimaem
relação aos demais anos, fato que ocorreucom
oscomponentes
de mortalidade fetal e neonatal precoce, determinando o
aumento
da mortalidade perinatal 1 emortalidade perinatal 2.
Nos
anos de 1996, 1998 e 1999 o principalcomponente
da mortalidade perinatal era os óbitos fetais, já nos anos de 1997 e2000
o principalcomponente
era a mortalidade neonatal precoce (Figura 4).A
tabela 2 mostra a divisão dosRNS
conforme o peso ao nascimento,onde
se observaaumento
significativono número
de nascimento de criançascom
pesos na faixa de 1000-lsoog.
Vemos
na tabela 3 o coeficiente de mortalidade da maternidadedo
HU-UFSC
conformo
o peso de nascimento para o período estudado.Onde
observamos que o coeficienteTabela 2. Divisão
do
total de nascimentos conformeo
pesodo
RN
ao nascimento, namatemidade do
HU-UFSC.
1996 1997 1998 19992000
Total 500|-1000 15 23 1522
2196
1000|-150020
24
3130
38 143 1500|-200037
34
56
46
47
220
2000|-2500 83 108 118 108 95512
2500|-3000267
326
324
274
329
1520 3000|-3500 585566
534
543607
2835
3500|-4000 343359
339
365
399
1805>4000
105 103 110 106 126550
Total 1455 1543 1527 1494 1662 7681Figura 3. Coeficientes de mortalidade
da
maternidadedo
HU-UFSC
conforme o peso aonascimento,
no
período 1996-200.Peso fetal neonatal precoce neonatal tardia perinatal 1 perinatal2
500|-1000 166,67 512,50 150,00 593,75 718,75 10001-1500 104,90 140,63 46,88 230,77 272,73 15001-2000 54,55 38,46 19,23 90,91 109,09 2000|-2500 35,16 20,24 2,02 54,69 56,64 2500|-3000 3,55 2,65 1,33 11,18 12,50 3ooo|-3500 0,71 0,71 0,35 1,41 1,76 3 500|-4000 1,66 0,00 0,00 1,66 1,66
>4ooo
10,91 0,00 o,oo 10,91 10,91 Total 11,07 10,31 4,85 18,05 22,86Tabela 4. Total de nascidos vivos confonne peso ao nascimento
do
RN,
na maternidadedo
HU-UFSC.
Peso
1996 1997 1998 19992000
Total 500|-1000 15 21 12 14 1880
1000|-1500 19 2126
2834
128 1500|-2000 34 31 5542
46
208
2000|-2500 76 104 1 14 10694
494
2500|-3000264
323320
272
328
1507 3000|-3500584
566
534
542
607
2833
3500|-4000 343359
339
363398
1802>4000
103 103 109 105 124544
Total 1438 1528 1509 1472 16497596
Tabala 5.
Porcentagem
de nascidos vivos conforme o peso ao nascimento.Peso
1996 1997 1998 19992000
EBP*
1,04 1,37 o,so o,95 1,09MBP*
2,36 2,75 2,52 2,85 3,15BP*
1o,o1 11,58 13,72 12,91 11,64TEBP
Extremo Baixo Peso;IMBP
Muito Baixo Peso;*BP Baixo Peso.
A
tabela 5 nos mostra a porcentagem dos nascidos vivos divididosem
grupos deExtremo
Baixo Peso,Muito
BaixoPeso
eExtremo
Baixo Peso,onde
observamosque
o baixopeso (< 2500g) tiveram pico
em
1998, os muito baixo peso (<l500g) mostrouuma
tendência crescente ao longodo
periodo e os extremo baixo peso (<lO00) tiveramum
picoem
1997com
qued
acentuadaem
1998 crescendo nos anos seguintes (figura 5).Evolução
da
porcentagem
dos
nascimentos
conforme
o
peso
ao
nascer
na
matemidade do HU-UFSC.
14 › z - 1 : 2' . ¬ r. .;:=*›~ -5-~.z;›-¬›z›rëzs.-:i~z- `:-7175'-':› " ., ._w~‹::-~"-.Ê' _.,-`~.:3"*-:li-T‹;r.¿-.\¬›. _ ~ * ~ :-5 *z1_-z^;'¬'›: Ea-.-* :'.-,z.c;f_.-"¬‹›..-.,.,;».,#5 z›_.~,, :f';.›‹:¬. 1 .rf ‹ ,g wi ,~.›.>,'zfâ“‹:!zÍ;:z`«'~.'~,`.-.-‹i`.*=?-'7‹‹-- rs¿›››* ›z-`-fÉ2'›F¿~‹›.f.=-¬›f-5 -.z'é.'.ë‹.'.»;~.-:'z.=fiÊ`._«.-"Y i` ,._‹›fáÊ; c:z»e¬.›;-..^- ››.'-*.'¡.›6;;.».-zf::z¬.«V., ,... à :z.z¬-,v.. ..›‹ zm.›r.w‹‹ê-iêlfizriê.-zzÀ;z›.=â:\1â§1f¡¿::" ,.,>- ¡- *';.;¬;53;;19-3fzê;f-*::í=:¿ff:-;1f€'z:z~.~'- ¬i=."='z:'››-¬ _ "~1~Srë*-i'-,"::-fci.. ,., ,‹..-,f ,._';'»'---.1t=_¿_-'.;:.-.'‹, _;-:z;‹;¡~-'-1:-¬›`-:u-.=<;\ '-‹-:sff 1ê'»1'5v1='g›zêiz1¶¿õg‹.fl¿¬=â‹5vfc¬zcm›fi_1äí.-fifirfõfzwflvfif- *` _-z~.f:'.›:›-5.-.-z-_'-f.':1';-5.9.1 ë";›:›ff››,›:'‹;41z>~a:,.,ê‹.xfz:ras.~f'-fi=r;==fê_~‹,z-=3*-1» .“" Y' ?›'~'2¬:'› W' ' "Í*t$¿iêé^zâ¿s‹:Farinar5;§s=&iêfz~zz=šfz:11z7I~f;f:fââ--1f"ƒ :f¬ fl,.~'f.‹‹z'§1'Ê,‹-Êf*i*\. . '-¬ - =\ ›\:}i;;¿.¬.;\1-.--,,.»,›‹,~,-.~zê;›.â.~,-11-z1.;‹›.z-¿.x«›. ,,¬z_.,...- ¡z~»L.第=.z.= -:z...:,_‹.‹.z«z..z.¬.zz,.z»,z,z,.»z‹4'm;.zf.¡.;.4z‹.z1z.:;,~.,_««,z.=.1^^=§;z¡.=.:.~;z.,e;.bm.mz .z-;.-.,-.¬,z_.zm.-¬s,.»zfi›¬¡z.,«z¬¿.-,.¿,›¢z¿.«\>;gl‹s^ *
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ci ~z<. -‹..›. .›. _,\~,_...e._›-ffz~z~...-_-,~ ._¬_, , 1. , ,_ _~,«. «_ . .~~.` 5. -z -`~y.‹. ,~ _.-›¬.~ .‹..‹'1 . , ¬,›‹:›-.,f.› .. .›.,‹..\\¬-5 .› \ .‹ ~ ,
3 .,¿:‹›§,_.- ã 5 _;._.._-uz-.::.z'.T.~.‹,-.Y :-;f,.-.,:,zz‹¬‹.~_-.%:§¡¢_;:t@zx~,1››x‹-z;1.>.;à :,^-;.--¬;zÍ;_.¬_¬e.›zz:_..›._¡›;. ,_»,§\,;*¢,ÍÊ`;~e:«i:g_;§Ê§Ê1§f;\¢;¿;fzf..2§,=;.;;;z,;< Ê.
"“°'×'ã*"- 'ii 1 ' ff ,_ . -~'“"~.z¬'f:.'-.ii 1::z:; _::~z*~I_;;.,;,@\¡‹z‹zz.âa:§:‹ Àa"¿-\'f.z1.'f‹;1;°z'~'~w=~._.sz;›z<-=¬'f%"'.;;1:';,,T.,-_¬_-,vz , ,,z,--z,=>z'zz,_-., .:.._'.1;::¬;“,:”›~f-3: f ;.::. ;,.í\¬.›.‹,w››z-1-sz-â-.:_<í-z'='§.: -, \ - 1'-1-››._z3.~;~z›z~¿_,¿õ§g<‹s.9§wfiiseäfiišggim u=_a›t_;~,,‹' .,¬ ,‹,\;_“ LM, aí ,_ ..z › 1, " ~.:¿,` .¡`~ L _ -_ _ ~\ -» ...z `\. z~\ ›-x¡»‹¿~ 2 QO .,.-aê.
r~'z=. .*:.'5~1à~:-'I 2.-â~z:~cê:zzf:-5+;1z‹eitfs›z;r;*=.1,1;â§. ;2‹,:;-;›_=-›z.=. íêi:.='*“':?`-.L‹>§Ií'¿;=1s.š2ã1=í '=`;`-“- z`š~2'<z'Yé¢.:›:; - *'¬4ià*1"'“-1 ' f=L*"'f`- "* -«» .;»1 " "'.*`t“::il~-f-.-‹›»- z `~ =ií='=*f'š=::~.›z.›z ~` ~-2..-:._-›__.z ..¬-.:-.z=›;,-...z.‹_z =~«z- -Y gs M, ›¬«,_1 -- , ~ Ê' 0 1 oo 1996 1997 1998 1999 2000
300
~ê 1,,l-o-
Estermo Baixo Peso-I-
Muito Baixo Peso-1-Baixo
Peso|
5.
1)IsCUssÃo
Contrariamente
do
que descritono
estudo de coortes realizadoem
Pelotas (RS) porMenezes
e colaboradores3, encontramos, namatemidade do
HU-UFSC,
aumento no
coeficiente de mortalidade fetal, neonatal precoce e perinatal 1, até o ano de 1999.
Menezes
ecolaboradoress
mostram
reduçãono
coeficiente de mortalidade fetal, de 16,1%‹›em
1982 para10,5%0
em
1993,porém
o coeficientedo
total de óbitos nesta faixa encontrado na maternidadedo
HU-UFSC
é de 11,07%‹›,no
ano de2000
este coeficiente é de 7,82%‹›, mostrando portantoresultados melhores, que os de Pelotas para
o
ano de 1993.Quando
comparamos
com
os coeficientes de mortalidade encontrados nos estadosdo
sul e sudestedo
Brasilem
199521percebe-se
que
o coeficiente de mortalidade fetalem
todos os anos émenor
que o da regiãosudeste
que
é de 16%‹›, e encontramosum
valor próximo a mediado
suldo
Brasil que é de 12,0%o.Sendo
que o estado de Santa Catarina apresentouum
coeficiente de 12,5%0 naqueleano”.
Em
relação aos óbitos neonatais precoces, a médiado
total dos coeficientes mostra que este índice na maternidadedo
HU-UFSC
é de 10,93%‹›,menor
que aquele encontradoem
Pelotas - l6,4%‹›
em
1982 e de 11,7%‹›em
199335.Sendo
maiorque
amédia do
estado parao
ano de 1995 que foi de 9,9%‹›21,
porém
muito próxima da média para a região Sudeste que foide 11,0%‹›21. Este coeficiente
ficou
muito acima daquele encontrado nos paises desenvolvidos,porque por
exemplo
este índice foi de 3,5%‹›no
Canadá (em
1993), 2,8%° na Finlândia(em
1994)”.
O
coeficiente de mortalidade neonatal tardio (3,42%‹› namédia
históricado
período)mostrou-se superior ao descrito, para esta faixa etária,
em
relação à média Catarinense de 1995que
era de 2,2%‹›“, sendo maiortambém
que amédia do
suldo
Brasil que é de 3,O%‹›21.Porém
este coeficientefica
próximo ao da Finlândia que foi de 1,8%0(em
1994) emenor
que
aquele encontrado nos Estados
Unidos
em
1992 que foi igual a 2,9%‹›21.O
Coeficiente de mortalidade perinatal 1em
suamédia
históricaficou
em
21,87%‹›, sendo este valor muito próximo ao descrito para pelotasem
1993 (22,1%0).Sendo
este índiceEm
relação a mortalidade perinatal 2 não encontramos dados recentes na literatura,porém
como
já citado por Cartlidgew para melhor compreensão da mortalidade perinatal faz- se necessário excluirRNs
com
menos
de500g
e incluir Óbitos neonatais tardios.Os
aumentos
dos óbitos fetais e neonatais precoce ocorridoem
1999, econseqüentemente
aumento
dos óbitos perinatais 1 e perinatais 2 são dificeis de explicarcom
a metodologia utilizada,
uma
vez que não se estudo o período gravídico, nãosabemos
portanto
como
foi a qualidade da assistência dada amão
durante o pré-natal e as condições devida da
mãe
antes e durante a gestação.O
óbito fetal está relacionadocom
a qualidade da assistência pré-natal eo
perfil dacliente. Explicar seu
aumento
na maternidadedo
HU-UFSC
requereniaum
estudo de toda aregião de Florianópolis.
A
mortalidade neonatal tardia reflete qualidadedo
Serviço de Neonatologiaou
mudança
da população que passou a procurar a Maternidade.A
análise da prevalência deBP,
MBP
eEBP
não justificaram as variações encontradas,uma
vez que as variações que ocorreramcom
estes índices são diferentes das variações dos coeficientes de mortalidade.6.
CONCLUSÕES.
As
informações coletadas e analisadas nos permitem concluir que:Na
matemidade do
HU-UFSC
no
período estudado a mortalidade neonatal foi igual a11,07°/×›, a mortalidade neonatal precoce foi igual a 10,93%‹›, a mortalidade neonatal tardia foi igual a 10,93%‹›, a mortalidade perinatal 1 foi igual a 21,87%‹› e a mortalidade perinatal 2 foi igual a 25,26°/›‹›.
Ocorreu
aumento
nos coeficientes de mortalidadeno
período 1996-1999, sendo que o ano de 1999 foi o ano que apresentou os maiores índices de mortalidade fetal (14,73%‹›),mortalidade neonatal precoce (13,59%‹›), mortalidade perinatal 1 (28,11%‹›) e mortalidade
perinatal 2 (31,46°/×›).
O
correndo queda nestes coeficientesno
ano de 2000.Os
coeficientes damatemidade do
HU-UFSC
encontram-sepouco
abaixo da médiado
estado, e inferiores a
média
da região sul e sudeste.Porém
estes coeficientes são muito superiores aos encontrados nos paises desenvolvidos.1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
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