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Distribuição Regional dos Serviços de Saúde no Brasil

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Academic year: 2021

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Samuel Kilsztajn e Dorivaldo Francisco da Silva*

resumo: O presente artigo analisa as estimativas do quadro profissional da área da saúde, consultórios médicos, produção ambulatorial, leitos hospitalares e gastos públicos em saúde no Brasil. Para a análise da distribuição regional dos serviços de saúde, utiliza-se a população total de cada uma das macro-regiões do país como referência. O artigo destaca também alguns indicadores internacionais de serviços de saúde.

estrutura: 1. Introdução

2. Quadro Profissional da Área da Saúde

3. Consultórios Médicos e Produção Ambulatorial - Rede/SUS 4. Leitos Hospitalares

5. Gastos Públicos em Saúde

6. Análise dos Serviços de Saúde por Macro-Região 7. Indicadores Internacionais

8. Conclusões

Referências Bibliográficas

Anexo: Números Absolutos de Serviços e Gastos em Saúde por Região 1. Introdução

O presente artigo tem por objetivo analisar a distribuição regional dos serviços de saúde no país. Num primeiro momento, apresentamos e discutimos as estimativas de organismos nacionais e internacionais para o quadro profissional da área da saúde, consultórios médicos, produção ambulatorial, leitos hospitalares e gastos públicos em saúde no Brasil.

Conforme especificado no decorrer do trabalho, algumas estimativas referem-se ao setor de saúde como um todo e outras especificamente aos serviços do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (SUS). Vários bancos de dados foram estudados e confrontados e as estimativas foram conceitualmente definidas para permitir uma análise integrada dos serviços de saúde no país. Nesta introdução, a título de exemplo, podemos destacar a significativa diferença entre o número de leitos credenciados pelo SUS e o número de leitos efetivamente ocupados pela Rede.

*

Do Grupo de Educação e Saúde Pública do Laboratório de Economia Social - LES/Programa de Estudos Pós Graduados em Economia Política/PUCSP. Este trabalho, desenvolvido com a participação de Aissa Rendall de Carvalho, André da Cunha Michelin, Celina Martins Ramalho Laranjeira, Claudia Maria Cirino de Oliveira, Ivan Lopes Bezerra Ferraz, Lígia Maria de Vasconcellos e Otilia Barbosa Seiffert, é parte do projeto de pesquisa “Nutrição e Saúde Pública na América Latina e no Brasil”.

(2)

A partir das estimativas a nível nacional, selecionamos os indicadores mais significativos e para os quais se dispõe de estimativas regionais, utilizando-se a população total de cada uma das macro-regiões do país como referência (os números absolutos para serviços e gastos públicos em saúde encontram-se no final do artigo, em forma de anexo). Para uniformizar a análise dos diferentes indicadores regionais de saúde por habitante, construímos índices regionais a partir dos indicadores médios do país. O artigo destaca ainda alguns indicadores internacionais de serviços de saúde.

2. Quadro Profissional da Área da Saúde

Segundo a Pesquisa Assistência Médico-Sanitária (PAMS) do IBGE, o número de empregos na área da saúde no país era de 1,4 milhões em 1992. As unidades hospitalares eram responsáveis por 64% do total de empregos e as unidades ambulatoriais (postos e centros de saúde, ambulatórios, clínicas e unidades de complementação diagnóstica) eram responsáveis pelos demais 36% (ver tabela 2.1).1

Destes 1,4 milhões de empregos na área da saúde em 1992, 21% correspondiam a empregos médicos, com um índice de 2,1 empregos médicos para cada 1000 habitantes. O índice dos outros empregos de nível superior (dentistas, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos etc.) era de 1,0 p/1000hab. e os técnicos e auxiliares somavam 3,9 empregos para cada 1000 habitantes. As funções administrativas ocupavam 30% dos empregos das unidades hospitalares e 25% dos empregos das unidades ambulatoriais.

2.1 - Empregos na Área da Saúde - Brasil - 1992

emprego unidade hospitalar* unidade ambulatorial total

número total (mil) 926 512 1439

distribuição (%) 64 36 100

por 1000 habitantes índice (%) índice (%) índice (%)

.médico 1.2 20 0.8 24 2.1 21

.outro de nível superior 0.4 7 0.5 15 1.0 10

.técnico c/diploma 0.3 5 0.1 4 0.5 5 .técnico s/diploma 0.1 1 0.1 2 0.2 2 .auxiliar c/certificado 1.1 17 0.4 11 1.4 15 .auxiliar s/certificado 1.2 19 0.6 19 1.8 19 .função administrativa 1.9 30 0.9 25 2.7 28 .total 6.2 100 3.4 100 9.7 100

Fonte: elaborado a partir de IBGE/92 e IBGE/99.

* inclui unidade mista.

1

Agrupamos os tipos de unidades em hospitalares e ambulatoriais. As unidades mistas dispõem de leitos e portanto foram incluídas nas unidades hospitalares.

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A tabela 2.2 reúne algumas estimativas de instituições nacionais e internacionais para o número de médicos no Brasil entre 1988 e 1999 que registram índices num intervalo de 1,2 a 1,6 médicos para cada 1000 habitantes. Se compararmos o número de empregos médicos registrado pela Pesquisa Assistência Médico-Sanitária (2,1 p/1000hab.) com o número de médicos ativos registrado pelo Ministério da Saúde (1,3 p/1000hab.), podemos estimar uma média de 1,5 empregos por médico no país em 1992.2

Segundo dados coletados pelo Ministério da Saúde junto aos conselhos profissionais, o país dispunha de 0,9 profissionais em odontologia, 0,4 em enfermagem e 0,1 em nutrição p/1000hab. em 1996 (ver tabela 2.3). Os índices estimados para o número de profissionais na área da saúde por 1000 habitantes que figuram na tabela 2.3 não são compatíveis com as estimativas dos índices para outros empregos de nível superior, técnicos e auxiliares da tabela 2.1.

2.2 - Médicos (p/1000hab.) - Brasil

fonte 1988 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 CFM/99a ... ... ... ... ... ... 1.3 1.3 1.3 1.4 1.4 MS/99a ... ... 1.3 1.4 1.4 1.3 1.3 1.3 ... ... ... IPEA/PNUD/96 ... ... 1.6 ... ... ... ... ... ... ... ... CEPAL/95 1.2 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... WHO/99 ... ... ... 1.3 ... ... ... ... ... ... ... BM/97 1.2 ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... BM/99 ... 1.4 ... ... ... ... 1.4 ... ... ... ...

Fonte: elaborado a partir das fontes acima listadas e IBGE/99.

2.3 - Outros Profissionais na Área da Saúde (p/1000hab.) - Brasil

fonte 1988 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 dentista - MS/99a ... 0.7 0.7 0.7 0.8 0.8 0.9 ... nutricionista - MS/99a ... 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 ... enfermeiro .PROFAE/98 ... ... ... ... ... ... ... 0.4 .WHO/99 ... ... ... 0.4 ... ... ... ... .MS/99a ... ... 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 ... .BM/97 0.3 ... ... ... ... ... ... ... profissionais de enfermagem .CEPAL/95 ... 1.6 ... ... ... ... ... ... .IPEA/PNUD/96 1.0 ... ... ... ... ... ... ...

Fonte: elaborado a partir das fontes acima listadas e IBGE/99.

2

(4)

3. Consultórios Médicos e Produção Ambulatorial - Rede/SUS

Segundo o Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA) do Sistema Único de Saúde (SUS/99a), a rede ambulatorial do SUS contava com 100 mil consultórios médicos em dezembro de 1995 e 172 mil em dezembro de 1998. Aproximadamente 1/3 destes consultórios pertencia às unidades hospitalares e mistas e 2/3 às demais unidades que estamos denominando de ambulatoriais (ver tabela 3.1).

Em 1998, a Rede/SUS registrava 0,3 consultórios nas unidades hospitalares por 1000 habitantes e 0,7 consultórios nas unidades ambulatoriais, totalizando 1,1 consultórios por 1000 habitantes no país.

O SIA fornece ainda a produção ambulatorial/SUS com procedimentos que incluem consultas médicas, atendimento por profissionais de nível médio, atendimento odontológico, patologia clínica, aplicação de vacinas etc.3 A tabela 3.2 apresenta o número total de procedimentos aprovados, com destaque para as consultas médicas. O número absoluto de procedimentos manteve-se praticamente estável entre 1995 e 1998 e as consultas médicas, que representavam cerca de 1/4 do total da produção ambulatorial, apresentaram ligeiro declínio entre 1995 e 1998 em relação ao total da população. Em 1998 foram realizadas pela Rede/SUS aproximadamente 2 consultas médicas e outros 6 procedimentos ambulatoriais por habitante/ano (mais especificamente 1907 consultas e 5891 outros procedimentos por 1000 habitantes - os tetos físicos para a produção ambulatorial são estabelecidos a partir do padrão histórico dos serviços prestados4).

3.1 - Consultórios da Rede Ambulatorial/SUS - Brasil

consultório Dez/95 Dez/96 Dez/97 Dez/98

número total (mil) 100 115 131 174

distribuição (%) .unidade hospitalar* 32 32 34 30 .unidade ambulatorial 68 68 66 70 .total 100 100 100 100 por 1000 habitantes .unidade hospitalar* 0.2 0.2 0.3 0.3 .unidade ambulatorial 0.4 0.5 0.5 0.8 .total 0.6 0.7 0.8 1.1

Fonte: elaborado a partir de SUS/99a e IBGE/99. * inclui unidade mista.

em 1992 (307952/210666 = 1,5).

3

O produção ambulatorial inclui os procedimentos do PAB (Piso Assistencial Básico).

4

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3.2 - Produção Ambulatorial/SUS - Brasil

produção ambulatorial 1995 1996 1997 1998 número total (milhões) 1231 1251 1283 1262

distribuição (%) .consulta médica 26 25 25 24 .outros 74 75 75 76 .total 100 100 100 100 por 1000 habitantes .consulta médica 2051 2014 1998 1907 .outros 5873 5927 6041 5891 .total 7925 7941 8039 7798

Fonte: elaborado a partir de SUS/99a e IBGE/99. 4. Leitos Hospitalares

Segundo a Pesquisa Assistência Médico-Sanitária (PAMS), o país contava, em 1992, com 544 mil leitos, 25% públicos e 75% privados, que correspondiam a um índice de 3,7 leitos para cada 1000 habitantes (ver tabela 4.1). A Federação Brasileira de Hospitais (FBH/99) registra 503 mil leitos em 1996 (que correspondem a 3,2 leitos para cada mil habitantes) e as estimativas de outros organismos registram 3,0 a 3,7 leitos p/1000hab. no intervalo entre 1988 e 1997 (ver tabela 4.2).

Do total de 544 mil leitos registrados pela PAMS em 1992, a Rede/SUS, segundo o Sistema de Informações Hospitalares (SIH), mantinha 501 mil leitos credenciados em dezembro de 1992 (ver tabela 4.3). Embora a Rede/SUS tivesse 501 mil leitos credenciados em dezembro de 1992, o número de Autorizações para Internações Hospitalares (AIH) tinha sido formalmente limitado a partir de 1991 em 10 por 100 habitantes/ano (VIANA/PIOLA/99: 128). Com uma população estimada em 148,7 milhões em 1992 (IBGE/99), o teto físico implicaria num limite máximo de 14,9 milhões de AIH. Considerando-se que em 1992 foi registrada uma média de 6,5 dias de internação por AIH (SUS/99b), o teto físico de AIH corresponderia a uma média de 263 mil leitos ocupados.5

Concretamente, durante o ano de 1992, foram registradas 10,3 AIH por 100 habitantes/ano. Dado o número de AIH emitidas em 1992, a Rede/SUS manteve

5 14,9 milhões de AIH vezes 6,5 dias totalizam 96,2 milhões de dias de internações no

ano que, divididos por 365 dias, resultam numa média diária de 263 mil leitos ocupados.

(6)

ocupados apenas 273 mil dos 501 mil leitos credenciados, ou seja 54% do total.6 Se em 1992 foram ocupados 273 mil leitos, com uma taxa ideal de 80% de ocupação, pode-se estimar em 341 mil o número total de leitos efetivamente utilizados pela Rede/SUS (média de 273 leitos ocupados e 68 leitos em manutenção).

4.1 - Número de Leitos Hospitalares - Brasil - 1992

leito mil (%) p/1000hab.

público 135 25 0.9

privado 409 75 2.8

total 544 100 3.7

Fonte: elaborado a partir de IBGE/92 e IBGE/99. 4.2 - Leitos Hospitalares (p/1000hab.) - Brasil

fonte 1988 1990 1995 1996 1997 FBH/99 ... ... ... 3.2 ... MSa/99 ... ... ... ... 3.1 BM/97 ... 3.3 ... ... ... BM/99 ... ... 3.0 ... ... CEPAL/95 3.7 ... ... ... ...

Fonte: elaborado a partir das fontes acima listadas e IBGE/99.

Deve-se considerar ainda que, deste 273 mil leitos ocupados, 72 mil correspondiam a leitos de pacientes com transtornos mentais, pacientes que apresentam longo período de internação em hospitais com instalações muito particulares. Excluídos os pacientes com transtornos mentais, foram registrados 200 pacientes-dia em 1992, 40% do total de leitos da Rede/SUS.

O número total de leitos foi reduzido de 544 mil em 1992 (IBGE/92) para 503 mil em 1996 (FBH/99) e o número de leitos credenciados pela Rede/SUS de 501 mil em 1992 para 500 mil em dezembro de 1996 e 491 mil em dezembro de 1998. O número de AIH, por outro lado, que foi formalmente reduzido de 10% para 8% da população ao ano (CORRÊA/PIOLA/ARILHA/98: 14), caiu concretamente de 10,3% em 1992 para 7,6% em 1998. Dada a limitação de AIH, o número de pacientes-dia registrado foi reduzido de 273 mil em 1992 para 203 mil em 1998, passando de 54% para 41% do total de leitos credenciados pelo SUS (redução de 200 mil pacientes-dia em 1992 para 147 mil em 1998 se excluirmos os pacientes com transtornos mentais).

6

Algumas internações comportam mais de uma AIH e, durante todo o período analisado, o número total de AIH excedeu em 5% o número de internações. O número de pacientes-dia (número total de pacientes-dias de internação por ano dividido por 365) pode ser utilizado como número de leitos ocupados (LEBRÃO/97: cap.3).

(7)

Para 1992, se a PAMS indicava 3,7 leitos hospitalares por 1000 habitantes (total de leitos) e o SIH 3,4 para a Rede/SUS, o número de pacientes-dia registrava 1,8 leitos hospitalares ocupados pela Rede/SUS para cada 1000 habitantes. Entre 1992 e 1998 o índice de leitos hospitalares ocupados pela Rede/SUS por 1000 habitantes sofre forte redução, atingindo, em 1998, 1,3 leitos por 1000 habitantes (0,9 p/1000hab. se excluirmos os pacientes com transtornos mentais).

A partir do índice de 1,3 leitos ocupados pela Rede/SUS, considerando-se a taxa ideal de 80% de ocupação, pode-se estimar em 1,6 o número de leitos utilizados pela Rede/SUS por 1000 habitantes. Se considerarmos ainda que o SUS é responsável por 73% dos serviços ambulatoriais e hospitalares no Brasil (ALMEIDA/98: 15), o índice para o país poderia ser estimado em 2,1 leitos por 1000 habitantes.7

4.3 - Leitos e Pacientes da Rede Hospitalar/SUS - Brasil

leitos e internações 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 número (mil) .leitos/dezembro (a) 501 507 509 500 500 497 491 .pacientes-dia (b) 273 273 257 228 215 207 203 .pac.dia: mentais (c) 72 69 62 59 57 56 56 .pac.dia(- mentais)(d=b-c) 200 204 195 169 158 151 147 (b/a: %) 54 54 51 46 43 42 41 (d/a: %) 40 40 38 34 32 30 30 por 1000 habitantes .leitos/dezembro 3.4 3.4 3.3 3.2 3.2 3.1 3.0 .pacientes-dia 1.8 1.8 1.7 1.5 1.4 1.3 1.3 .pac.dia (- mentais) 1.3 1.4 1.3 1.1 1.0 0.9 0.9 AIH e internações

AIH (e: mil) 15381 15617 15367 13275 12531 12351 12249

internações (f: mil) 14583 14830 14699 12646 11933 11772 11715

AIH/internações (e/f) 1.05 1.05 1.05 1.05 1.05 1.05 1.05

AIH/população (%) 10.3 10.3 10.0 8.5 8.0 7.7 7.6

Fonte: elaborado a partir de SUS/99b e IBGE/99. 5. Gastos Públicos em Saúde

Os gastos públicos em saúde (federais, estaduais e municipais) serão aqui analisados segundo dois parâmetros: de acordo com a participação percentual no produto (PIB); e segundo o valor em reais correntes por habitante. A tabela 5.1 apresenta as estimativas da participação percentual dos gastos públicos em saúde em relação ao PIB segundo quatro fontes que registram gastos públicos federais, estudais e

7

2,1 = 1,3/0,80/0,73. Especificando: 1,3 (ou 1,253 com melhor aproximação), 0,80 (80% de ocupação) e 0,73 (73% de cobertura SUS).

(8)

municipais consolidados em saúde num intervalo de 1,6% a 3,4% do PIB entre 1990 e 1995. As estimativas são conflitantes, destacando-se a alteração do percentual para 1994 dos indicadores do Banco Mundial em BM/98 e BM/99 (respectivamente 2,7% e 1,9%).

A tabela 5.2 apresenta as estimativas de FERNANDES/98b para 1995 desdobradas nas três esferas de governo por origem dos recursos e introduz o valor dos gastos públicos em saúde em reais correntes por habitante. No conceito origem dos recursos, os gastos federais incluem gastos diretos e transferências negociadas para governos estaduais e municipais; e os gastos estaduais incluem transferências negociados para governos municipais.8 Por origem dos recursos, 63% do total de gastos públicos em saúde correspondiam a gastos federais, 21% a gastos estaduais e 16% a gastos municipais. Segundo as estimativas de FERNANDES/98b, de forma consolidada, o setor público gastou R$139,95 em saúde por habitante em 1995.

5.1 - Gastos Públicos em Saúde - % do PIB

fonte 1990 1991 1992 1993 1994 1995 MECIDI/95 2.8 2.4 2.1 ... ... ... FERNANDES/9 8b ... ... ... ... ... 3.4 CEPAL/95 2.9 ... ... ... ... ... BM/98 3.0 ... ... ... 2.7 ... BM/99 3.0 1.9 1.6 2.1 1.9 ...

Fonte: acima citadas.

5.2 - Gasto Público em Saúde por Origem dos Recursos - 1995

% PIB R$ milhões R$ p/hab. (%)

total 3.4 21737 139.95 100

.federal 2.1 13686 88.11 63

.estadual 0.7 4493 28.93 21

.municipal 0.6 3558 22.91 16

Fonte: elaborado a partir de FERNANDES/98b e IBGE/99.

As estimativas de FERNANDES/98b para o gasto público federal em saúde por origem dos recursos, 2,1% do PIB em 19959, excluem amortizações das dívidas, pessoal inativo, combate a carências nutricionais e gastos com saneamento do orçamento do

8

Os gastos estaduais e municipais, desta forma, são apresentados líquidos de transferências. Além ao conceito de gastos por origem de recursos, FERNANDES/98b apresenta também o conceito de gastos por responsabilidade na execução.

9

O Banco Mundial pode estar utilizando como gasto público em saúde apenas o gasto federal. FERNANDES/98b estima o gasto público federal em saúde, por responsabilidade

(9)

Ministério da Saúde. Por outro lado, incluem gastos com saúde de outros ministérios, notadamente do Ministério da Educação (responsável pelos hospitais universitários).10

A tabela 5.3, por sua vez, apresenta os orçamentos executados do Ministério da Saúde entre 1995 e 1998 com destaque para os valores da produção ambulatorial (SIA+PAB)11 e internações hospitalares (AIH). O total dos valores SIA+PAB+AIH equivale a cerca de 60% do total do gasto público federal em saúde (líquido de amortizações das dívidas e pagamento de pessoal inativo do Ministério da Saúde).

A tabela 5.4 apresenta o gasto público federal em saúde por habitante no conceito do orçamento executado com destaque para os valores SIA+PAB+AIH. Para o valor da produção ambulatorial e internações hospitalares por habitante, a tabela 5.4 apresenta também dados segundo outros conceitos: valor aprovado para SIA+PAB e valor pago no período para AIH (valores que serão utilizados para a análise da distribuição regional dos gastos públicos em saúde - item 6 a seguir).

5.3 - Ministério da Saúde - Orçamentos Executados (R$ bilhões)

denominação 1995 1996 1997 1998

Ministério da Saúde - total (a) 14.9 14.4 18.8 19.3

amortização da dívida (b) 1.4 0.5 1.8 2.3

pessoal inativo (c) 1.5 1.5 1.6 1.6

gasto federal em saúde (d=a-b-c) 12.0 12.4 15.5 15.4

.SIA+PAB+AIH (e) 7.3 8.0 9.8 9.3

.pessoal ativo (f) 2.2 2.4 2.4 2.4

.outros (g=d-e-f) 2.5 2.1 3.3 3.7

(e/d) - (%) 61 64 63 60

Fonte: elaborado a partir de MS/99b, CARVALHO/98a e VIANNA/PIOLA/99.

Como vimos nos itens 3 e 4, em 1998, foram registradas pela Rede/SUS 2 consultas, 6 outros procedimentos ambulatoriais e 0,076 AIH por habitante. Além de limites físicos, são também estabelecidos tetos financeiros para a produção ambulatorial (PAB incluído) e para as internações hospitalares. Os valores da produção ambulatorial do PAB compreendem uma parte fixa (R$10,00 por habitante/ano) e outra variável,

na execução, em 1,95% do PIB em 1995. A estimativa do Banco Mundial para gasto público em saúde é de 1,9% do PIB em 1994 (ver tabela 5.1).

10

O gasto público federal em saúde estimado em FERNANDES/98a e FERNANDES/98b não incluem também a assistência médico-odontológica a servidores públicos (contabilizados como gastos sociais na forma de benefícios a servidores).

11 A sigla SIA (Sistema de Informações Ambulatoriais) é usualmente utilizada como

referência ao total da produção ambulatorial. Os valores apresentados na tabela 5.3 incluem as consultas médicas e outros procedimentos do PAB.

(10)

destinada aos Programas de Agentes Comunitários (PACS), Programa de Saúde da Família (PSF) etc. (MS/97a e MS/97b). Em 1998, o valor aprovado pelo SUS para a produção ambulatorial (PAB incluído) foi de R$25,13 por habitante e o valor pago para internações hospitalares R$23,54 (ver tabela 5.4).

5.4 - Gasto Público Federal - R$ por Habitante

gasto/conceito 1995 1996 1997 1998

conceito orçamento executado

gasto federal em saúde* 77.57 78.81 96.80 95.12

SIA+PAB+AIH 47.16 50.55 61.11 57.24

outros conceitos

SIA+PAB+AIH 41.92 41.77 42.96 48.67

.SIA+PAB (valor aprovado) 21.37 21.57 22.87 25.13 .AIH (valor pago no período) 20.55 20.21 20.08 23.54 Fonte: tabela 5.3, SUS/99a, SUS/99b e IBGE/99.

* líquido de amortização da dívida e pessoal inativo.

O Sistema Único de Saúde criado pela Constituição de 1988 é considerado o marco histórico que estabelece o direito universal à saúde no Brasil. Os conselhos municipais, estaduais e nacional têm como meta promover o controle social e a democratização dos serviços de saúde (CARVALHO/99b). Em relação aos gastos públicos, especificamente, a tabela de remuneração do SUS, precisa ser urgentemente reavaliada para que se possa viabilizar o princípio de equidade do sistema e o próprio SUS.12 A título de exemplo, o SUS paga R$4,30 por uma diária hospitalar que inclui cama, comida e enfermagem e R$2,50 por consulta médica.13

Cabe ressaltar, por fim, que a criação do Sistema Único de Saúde com assistência universal e integral foi acompanhada, no Brasil, por um expressivo crescimento do sistema privado de saúde (planos e seguros).14 O gasto privado total em saúde no Brasil em 1996 é estimado em R$27,2 bilhões, que corresponde a um gasto per capita de R$172,72 (ver tabela 5.5). Embora a Rede/SUS seja responsável por 73% dos serviços ambulatoriais e hospitalares (ALMEIDA/98: 15), o gasto público em saúde

12

Ver documento aprovado no I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do ano de 1999 com propostas para o pleno funcionamento do SUS (CFM/99a: 23).

13

Ver destaque sobre as verbas da saúde no Jornal da Federação Brasileira de Hospitais (FBH/97: 6). O reajuste de 25%, autorizado em 1995, ainda não foi incorporado à tabela SUS e está sendo pago com irregularidade na forma de abono. O valor mínimo da consulta médica vigente desde maio de 1996 para os planos e seguros privados de saúde é de R$30,00 (AMB/99).

14

Ver o criterioso estudo de ALMEIDA/98 sobre a assistência médica suplementar no Brasil. A expansão do mercado privado de serviços de saúde parece depender da

(11)

representa apenas 45% do total de gastos em saúde no país. Em relação ao produto, o gasto total em saúde (público e privado) é estimado por CORRÊA/PILOLA/ARILHA (1998: 40) em 7% do PIB em 1995-96.

5.5 - Estimativas de Gastos* e Serviços em Saúde

gasto/serviço gasto total gasto per capita/ano serviço

R$ milhões R$ (%) (%)

público 21737 139.95 45 73

privado 27200 172.72 55 27

total 48937 312.67 100 100

Fonte: elaborado a partir de CORRÊA/PILOLA/ARILHA/98, ALMEIDA/98 e IBGE/99. * gasto público em 1995 e privado em 1996.

6. Análise dos Serviços de Saúde por Macro-Região

Para a análise dos serviços de saúde por região apresentamos a tabela 6.1 com alguns indicadores selecionados: médicos ativos, empregos totais na área da saúde, consultas médicas e outros procedimentos da produção ambulatorial/SUS, número de leitos hospitalares, número total de AIH emitidas, leitos ocupados pela Rede/SUS (número de pacientes-dia excluídos os pacientes com transtornos mentais), gastos públicos em saúde e valor pago pelo SUS em SIA+PAB e AIH. A maior parte dos indicadores refere-se a 1998.15 Os indicadores de serviços de saúde (quantidade) são apresentados por 1000 habitantes e os indicadores de gastos (valores) são apresentados em reais correntes por habitante.16

Na tabela 6.2, os diferentes indicadores dos serviços e gastos em saúde por região foram transformados em índices e distribuídos em três grupos, tomando-se o país como referência (Brasil = 100): gerais, produção ambulatorial e leitos/internações.

Para os indicadores gerais dos serviços de saúde (médicos ativos, empregos totais na área da saúde, gasto público consolidado em saúde e valor total pago pelo SUS para produção ambulatorial e internações) o Sudeste apresenta os maiores índices do país, seguido pelas regiões Sul e Centro-Oeste. Em relação ao número de médicos

"deterioração ainda maior da capacidade do setor público de atender à demanda reprimida" (ALMEIDA/98: 28).

15

A fonte e o período a que se referem os dados estão listados no corpo da tabela 6.1. Os indicadores de produção, AIH e gastos referem-se a fluxos anuais, ou seja número médio de consultas realizadas ao ano etc.; os demais indicadores referem-se a estoques, isto é, número de médicos, empregos e leitos disponíveis por habitantes no ano (o conceito pacientes-dia, construído a partir do fluxo de dias de internação, também é um conceito de estoque: número de leitos que permanecem ocupados em média por dia).

16 Para o total da população brasileira foram utilizadas as estimativas da Divisão de

Estudos e Análise da Dinâmica Demográfica (IBGE/99). Para a distribuição regional foram utilizadas as estimativas do IBGE/SUS/99 ajustadas às estimativas IBGE/99.

(12)

ativos por habitante, por exemplo, o Sudeste atingiu um índice 36% superior ao do país e o Norte e o Nordeste alcançaram, respectivamente, apenas 45% e 61% da média nacional.17 As estimativas do número de médicos por 1000 habitantes da tabela 6.1 indicam 0,6 médicos p/1000hab. no Norte e 0,8 no Nordeste do país, indicadores que não atingem o número mínimo de 1 médico por 1000 habitantes recomendado pela Organização Mundial da Saúde (CFM/99b: 11).

6.1 - Indicadores dos Serviços e Gastos em Saúde por Macro-Região

indicador fonte ano NO NR SD SL CO Brasil

(p/1000 habitantes)

médicos ativos CFM/99a 1998 0.6 0.8 1.8 1.4 1.3 1.4 empregos totais em saúde IBGE/92 1992 6.0 7.5 11.9 9.5 9.3 9.7 produção ambulatorial (nº) 1998 6001 7159 8555 7518 8260 7798 .consultas médicas/SUS SUS/99a 1998 1158 1579 2291 1844 1808 1907 .prod.ambul./SUS (outros) SUS/99a 1998 4843 5580 6264 5674 6452 5891 total de leitos MSa/99 1997 2.0 2.9 3.3 3.3 3.6 3.1

AIH (nº) SUS/99b 1998 72 79 71 84 79 76

pac.dia/SUS (- mentais) SUS/99b 1998 0.7 0.8 0.9 1.1 1.0 0.9

(R$ por habitante)

gasto público em saúde* 1995 95.50 85.15 153.98 113.79 140.06 139.95 .federal* FERNANDES/98b 1995 61.03 55.69 79.26 78.46 81.90 88.12 .estadual FERNANDES/98b 1995 29.74 17.31 39.19 10.83 53.29 28.92 .municipal FERNANDES/98b 1995 4.72 12.15 35.53 24.49 4.87 22.92 SIA+PAB + AIH 1998 29.42 40.60 55.64 53.90 47.69 48.67 .SIA+PAB (valor aprovado) SUS/99a 1998 14.85 20.54 30.43 24.42 23.53 25.13 .AIH(valor pago no período) SUS/99b 1998 14.57 20.06 25.20 29.49 24.16 23.54 Fonte: elaborado a partir das fontes acima citadas, IBGE/99 e IBGE/SUS/99.

* o total inclui R$16,91 de gastos federais em nível nacional.

Em relação aos gastos, o Sudeste apresentou gastos públicos em saúde 25% superiores à média nacional em 1995, enquanto que o Norte e o Nordeste ficaram respectivamente com 78% e 69% da média nacional. A descentralização propiciada pelo SUS não eliminou a forte concentração dos gastos no Sudeste do país.18

É importante salientar que os índices foram calculados com a distribuição dos gastos públicos em saúde ponderados pela população de cada uma das regiões. Se, alternativamente, considerarmos a participação dos gastos públicos em saúde em

17

Deve-se ainda considerar que a média nacional é fortemente influenciada pelos indicadores da Região Sudeste, dado o peso relativo de sua população. Em relação aos indicadores da Região Sudeste, o Norte registrou 1/3 e o Nordeste 45% do número de médicos por habitantes em 1998.

18 Ver também MEDICI/99. Merece destaque especial a participação dos governos

(13)

relação ao PIB regional de 1995, a ordem de importância dos gastos públicos em saúde altera-se radicalmente, com o Nordeste atingindo 4,5%, o Norte 3,3%, o Centro-Oeste 3,2%, o Sudeste 2,7% e o Sul 2,4% (FERNANDES/99b: 27). Embora o gasto público em saúde em relação ao PIB do Nordeste (4,5%) seja 2/3 superior ao da Região Sudeste (2,7%), seu gasto público em saúde por habitante (R$85,15) é aproximadamente a metade do gasto por habitante no Sudeste do país em 1995 (R$153,98).19

6.2 - Índices de Serviços e Gastos em Saúde por Macro-Região (Brasil = 100)

índice ano NO NR SD SL CO Brasil

médicos ativos 1998 45 61 136 102 94 100

empregos totais em saúde 1992 62 77 123 98 96 100

gastos públicos em saúde* 1995 78 69 125 92 114 100

.federais* 1995 86 78 111 110 115 100 .estaduais 1995 103 60 136 37 184 100 .municipais 1995 21 53 155 107 21 100 SIA+PAB + AIH (aprovado/pago) 1998 60 83 114 111 98 100 produção ambulatorial produção ambulatorial (nº) 1998 77 92 110 96 106 100 .consultas médicas/SUS 1998 61 83 120 97 95 100 .prod.ambul./SUS (outros) 1998 82 95 106 96 110 100

SIA+PAB (valor aprovado) 1998 59 82 121 97 94 100

leitos/internações

total de leitos 1997 65 94 106 106 116 100

AIH (nº) 1998 95 104 94 110 105 100

pac.dia/SUS (- mentais) 1998 79 93 101 118 108 100

AIH (valor pago no período) 1998 62 85 107 125 103 100

Fonte: tabela 6.1.

* em relação ao total da tabela 6.1 menos R$16,91 de gastos federais em nível nacional. Além dos baixos valores por habitante, as regiões mais pobres do país são também aquelas que mais dependem dos serviços do SUS. Segundo pesquisa realizada pelo IBOPE em fevereiro de 1998, 39% das pessoas no Sul e 35% no Sudeste utilizavam frequente ou exclusivamente os serviços privados de saúde, contra 14% no Nordeste e 25% nas regiões Norte e Centro-Oeste (ver tabela 6.3).20 A título de ilustração, se utilizarmos os gastos públicos em saúde por habitante do Sudeste e

dos governos estaduais da Região Centro-Oeste nos gastos públicos com saúde deve-se essencialmente ao gasto do Distrito Federal.

19

O que significa que os gastos públicos em saúde por habitante são regionalmente melhor distribuídos que o total da renda.

(14)

Nordeste em 1995 (respectivamente R$153,98 e R$85,15) ponderados pelo percentual de utilização exclusiva ou frequente da Rede/SUS destas regiões (respectivamente 53% e 80%), os gastos no Sudeste por habitante passam de R$153,98 para R$290,53 (R$153,98/0,53) e os gastos no Nordeste de R$85,15 para R$106,44 (R$85,15/0,80). Desta forma, os gastos públicos por habitante no Nordeste passam de 55% dos gastos no Sudeste (R$85,15/R$153,98) para apenas 37% (R$106,44/R$290,53).

6.3 - Utilização dos Serviços Públicos e Privados de Saúde* - 1998 (%)

serviço NO/CO NR SD SL Brasil

SUS** 69 80 53 55 63

SUS/privado 6 5 12 6 7

privado** 25 14 35 39 30

total 100 100 100 100 100

Fonte: elaborado a partir de VIANNA/PIOLA/99: 111.

* não foram consideradas as pessoas que não vão a médico, não sabem ou não opinaram (7% do total dos entrevistados).

** exclusivo e frequente.

A tabela 6.2, como vimos, destaca os índices de produção ambulatorial e de leitos/internações. A Região Sudeste, que apresenta os maiores índices gerais, também apresenta os maiores índices para a produção ambulatorial, tanto em números (10% acima da média nacional) como em valores (21% acima da média nacional). Em relação às internações hospitalares, contudo, é a Região Sul que apresenta os maiores índices de número de AIH, pacientes-dia e valor pago pelo SUS, respectivamente 10%, 18% e 25% acima da média nacional.

Construímos dois indicadores para mensurar o padrão de serviço de saúde, dividindo a produção ambulatorial (consultas médicas e outros procedimentos) pelas internações hospitalares em números e valores (ver tabela 6.4). A região Sul apresenta o menor número de produção ambulatorial em relação ao número de leitos ocupados (com um índice igual a 82% da média do país) e o menor valor pago/SIA+PAB em relação ao valor pago/AIH (com um

índice de 78% da média do país). O Sudeste, no extremo oposto, apresenta a melhor relação produção ambulatorial/internações tanto em números como em valores (respectivamente 8% e 13% superior à média do país).

Para melhor visualização da distribuição dos serviços e gastos em saúde por macro-região, o gráfico 1 apresenta os principais índices da tabela 6.2. Como

20

A pesquisa do IBOPE é citada por VIANNA/PIOLA (1999: 111). Para a distribuição regional dos serviços SUS/privado, ver também as estimativas de ALMEIDA (1998: 21).

(15)

salientamos, o Sudeste apresenta os maiores indicadores de serviços e gastos em saúde por habitante, seguido das regiões Sul e Centro-Oeste. As regiões com menores índices são o Nordeste e principalmente o Norte do país. Destacam-se também os elevados índices de pacientes-dia e valor das AIH do Sul do país, que refletem o padrão de serviços intensivo em internações utilizado pela região.21

6.4 - Produção Ambulatorial/Internações Hospitalares - Rede/SUS por Macro-Região - 1998

razão/índice NO NR SD SL CO Brasil

produção ambulatorial diária*/pacientes-dia (- mentais)

razão 23.0 23.4 25.6 19.3 23.1 23.6

Brasil = 100 97 99 108 82 98 100

(SIA+PAB)/AIH (valor aprovado/pago)

razão 1.02 1.02 1.21 0.83 0.97 1.07

Brasil = 100 96 96 113 78 91 100

Fonte: tabela 6.1.

*consultas médicas e outros procedimentos.

21 Embora o Sudeste apresente concretamente os melhores índices do país, a relativa

estabilidade entre os índices no Sudeste é efeito derivado do peso da população da região no total do país.

(16)

AIH (valor pago no período) /98

pac.dia/SUS (- mentais)/98

SIA (valor aprovado) /98

produção ambulatorial (nº)/98

gasto público em saúde/95

empregos totais em saúde/92

médicos ativos /98 NO NR SD SL CO 0 20 40 60 80 100 120 140 Brasil = 100 Fonte: tabela 6.2. Gráfico 1 - Serviços e Gastos em Saúde

(17)

7. Indicadores Internacionais

Para a análise comparada dos serviços de saúde a nível internacional, apresentamos as estimativas dos serviços e gastos em saúde de 7 países latino-americanos (que representam 80% da população da América Latina e Caribe) e 3 países desenvolvidos (Estados Unidos, França e Japão). Para o número de médicos e enfermeiros por 1000 habitantes utilizamos as estimativas da Organização Mundial da Saúde22; para o número de leitos por 1000 habitantes e gastos em saúde em relação ao PIB e em PPP utilizamos as estimativas do Banco Mundial (ver tabela 7.1 - os países foram listados em ordem crescente de gastos totais em saúde por habitante em PPP).23

Para o Brasil, as estimativas para médicos e enfermeiros são consistentes com a análise dos dados do item 2 deste trabalho. Em relação aos leitos, deve-se lembrar que o índice por nós estimado no item 4 deste trabalho é de 2,1 leitos por 1000 habitantes (e não 3,3 de acordo com as estimativas da WHO/99). Em relação ao gasto total em saúde em relação ao PIB, as estimativas do Banco Mundial, 6,8% para 1994, são também compatíveis com as estimativas de CORRÊA/PILOLA/ARILHA (1998: 40), 7% em 1995-96.24

Para a visualização da tabela 7.1, construímos o gráfico 2 com os serviços de saúde e o gasto total em saúde dos países em PPP por habitante. O número de médicos, enfermeiros e leitos por habitante segue, grosso modo, o gasto total em saúde em PPP por habitante. O número de leitos para o Brasil, corrigido pela nossa estimativa (de 3,3 do gráfico 2 para 2,1 por 1000hab.), parece ajustar-se melhor às estimativas dos demais países analilsados.

Os países da América Latina apresentam reduzido número de enfermeiros em relação ao número de médicos enquanto que os países desenvolvidos, principalmente os Estados Unidos, apresentam elevado número de enfermeiros em relação ao número de médicos. O Japão, especificamente, apresenta um reduzido número de médicos e elevado número de leitos. Em relação ao número de leitos, o elevado número relativo de

22

Não utilizamos as estimativas para o número de dentistas em WHO/99 porque o número de dentistas p/1000hab., a partir de um determinado nível de renda, apresenta relação inversa com o desenvolvimento do país.

23

PPP (em inglês), PPA (em espanhol) ou PPC (paridade do poder de compra) ou simplesmente "dólar internacional" é uma moeda desenhada para possibilitar a comparação internacional do poder de compra nacional de cada moeda e, portanto, da renda e consumo real de cada país. Os preços absolutos (e relativos) em dólares americanos das mercadorias e serviços variam de país para país, sendo em geral mais baixos nos países mais pobres. Para análises setoriais são utilizadas PPP específicas por tipo de mercadoria e serviço (saúde etc.). Ver SUMMERS/HESTON (1991) e BM (1999: tabelas 4.11 e 4.12).

(18)

leitos na França e principalmente no Japão deve estar refletindo, entre outros fatores, a estrutura etária envelhecida da população deste países. Deve-se fazer referência também ao elevado gasto em saúde na França e principalmente nos Estados Unidos em relação ao número de médicos, enfermeiros e leitos. A tabela 7.1 permite ainda destacar o Japão e a França como países que possuem um padrão de serviços de saúde essencialmente público.

Em relação aos países analisados, o gasto em saúde por habitante em PPP no Brasil só é superior ao do Peru e do México. O PIB per capita do Brasil (PPP$5840 em 1994), contudo, também só é superior ao do Peru (PPP$4090 em 1994). O México, embora com um PIB per capita de PPP$8070 em 1994, apresenta gastos em saúde relativamente muito baixos (4,7% do PIB - ver tabela 7.1).25

7.1 - Análise Comparativa dos Serviços e Gastos em Saúde

país serviços em saúde* gastos em saúde - 1994

taxas p/1000hab. % PIB PPP

médicos enfermeiros leitos público privado total p/hab.

Peru 0.7 0.5 1.4 2.2 1.5 3.7 156 México 1.1 0.4 0.8 2.7 2.0 4.7 373 Brasil 1.3 0.4 3.3 1.9 4.9 6.8 382 Colômbia 1.1 0.5 1.3 2.9 4.4 7.4 477 Venezuela 1.9 0.8 2.7 3.0 4.5 7.5 617 Chile 1.1 0.4 3.2 4.2 3.7 7.9 783 Argentina 2.7 0.5 4.6 4.3 5.4 9.7 931 Japão 1.8 6.4 16.0 5.4 1.6 7.0 1484 França 2.8 3.9 9.7 7.6 2.1 9.7 1962 USA 2.5 8.8 4.7 6.3 7.8 14.1 3683 Fonte: WHO/99 e BM/99.

* para médicos e enfermeiros, anos específicos entre 1992 e 1994; leitos em 1990.

24

Na distribuição do gasto em saúde entre públicos e privados, o Banco Mundial parece estar utilizando como público apenas o gasto federal em saúde (ver item 5 deste trabalho).

25 Em 1994, segundo as estimativas do Banco Mundial (BM/99), o PIB dos demais países

citados atingia PPP$6280 (Colômbia), PPP$8360 (Venezuela), PPP$9530 (Argentina), PPP$10190 (Chile), PPP$20310 (França), PPP$21930 (Japão) e PPP$26170 (USA).

(19)

A tabela 7.2, por fim, apresenta o número de leitos por médico e enfermeiro. As estimativas corrigidas para o Brasil com base em 2,1 leitos p/1000hab. são de 1,6 leitos por médico e 5,2 leitos por enfermeiro. Além do já mencionado elevado número de leitos em relação ao número de médicos no Japão, a tabela 7.2 destaca o elevado número de leitos por enfermeiro na Argentina, Chile e Brasil (mesmo com 5,5 leitos por enfermeiro) e o reduzido número de leitos por enfermeiro nos Estados Unidos.

7.2 - Leitos por Médico e Enfermeiro*

país p/médico p/enfermeiro

Peru 1.9 2.9 México 0.7 2.0 Brasil 2.5 8.0 Colômbia 1.2 2.7 Venezuela 1.4 3.5 Chile 3.0 7.6 Argentina 1.7 8.5 Japão 9.0 2.5 França 3.5 2.5 USA 1.9 0.5

Fonte: tabela 7.1; * estimativas entre 1990-94.

Gráfico 2 - Análise Comparativa dos Serviços e Gastos em Saúde 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 16.0 18.0 Peru México Brasil Colômbia Venezuela Chile Argentina Japão França USA Fonte: tabela 7.1. serviços (p/1000hab.) 0.0 500.0 1000.0 1500.0 2000.0 2500.0 3000.0 3500.0 4000.0 gastos (PPP p/hab.)

(20)

8. Conclusão

Entre os 7 maiores países latino-americanos, que somam 80% da população da América Latina e Caribe, o poder de compra da renda per capita do Brasil é inferior ao do Chile, Argentina, Venezuela, México e Colômbia (só superior ao do Peru). O gasto total em saúde no Brasil por habitante é também um dos mais baixos dentre os países citados, menor que a metade do gasto na Argentina e no Chile. O Brasil, além da baixa renda e gasto total em saúde por habitante, destaca-se ainda como um dos países com pior distribuição de renda do mundo.

Em relação ao número médio de médicos, enfermeiros e leitos por habitante, por sua vez, o Brasil apresenta uma posição razoável para o padrão latino-americano (mesmo considerando-se que o número de leitos esteja superestimado). Em relação à distribuição regional dos serviços de saúde, contudo, o Nordeste e principalmente o Norte do país dispõem de menos que a metade do número de médicos ativos por habitante da Região Sudeste. A Rede/SUS, em 1998, foi responsável por 2,3 consultas por pessoa/ano na Região Sudeste e apenas 1,2 consulta no Norte e 1,6 no Nordeste do país. Quanto aos outros procedimentos ambulatoriais da Rede/SUS, o número médio registrado por pessoa/ano foi de 6,3 no Sudeste, 4,8 no Norte e 5,6 no Nordeste.

A diferença regional entre os serviços de saúde pode também ser mensurada pelos gastos públicos em saúde que, em 1995, somavam R$153,98 no Sudeste, R$95,50 no Norte e R$85,15 no Nordeste por habitante. Da mesma forma, a soma dos valores aprovados para a produção ambulatorial (que inclui o PAB) e pagos para as internações hospitalares pela Rede/SUS por pessoa/ano atingiram, em 1998, R$55,64 no Sudeste, R$29,42 no Norte e R$40,60 no Nordeste do país.

O Sudeste é a região que possui o mais amplo serviço de saúde do país, seguido pelas regiões Sul e Centro-Oeste. No caso específico do Sul do país, é importante ressaltar que a região apresenta um padrão de serviços de saúde intensivo em internações hospitalares, com 8,4% de AIH e um valor pago para internações de R$29,49 por pessoa/ano em 1998, enquanto que o Sudeste registrou 7,1% de AIH e R$25,20 (o número de consultas médicas e o valor aprovado para a produção ambulatorial em 1998 foram respectivamente 1,8 e R$24,42 por pessoa/ano no Sul e 2,3 e R$30,43 no Sudeste).

A distribuição regional dos serviços e gastos públicos em saúde, de acordo com os indicadores analisados neste trabalho, apresenta um perfil perverso, na medida em que privilegia as regiões mais ricas do país e penaliza as regiões mais carentes. É importante lembrar ainda que as regiões do país com serviços públicos de saúde mais

(21)

precários são também aquelas que mais dependem destes serviços. No Nordeste e no Norte/Centro-Oeste, respectivamente, 80% e 69% das pessoas utilizam-se exclusiva ou frequentemente o Sistema Único de Saúde, enquanto que no Sudeste e Sul este percentual é de respectivamente 53% e 55%.

A aprovação de tetos financeiros para a produção ambulatorial e internações hospitalares pelo padrão histórico perpetua a má distribuição regional dos serviços de saúde no país. Além disso, como todos os indicadores de saúde revelam serviços mais precários e valores mais baixos para as regiões mais pobres do país, pode-se afirmar que existe um círculo vicioso entre, por uma lado, o número de médicos e outros profissionais da área da saúde, equipamentos e instalações disponíveis e, por outro, a possibilidade das regiões mais pobres elaborarem projetos que possam atrair verbas para melhorar os serviços de saúde dessas regiões. Neste sentido, acreditamos que a descentralização e autonomia administrativa propiciada pelo SUS, embora esteja trazendo contribuições significativas para o aprimoramento dos serviços de saúde em todas as regiões, deveria vir acompanhada de uma efetiva política nacional de apoio a projetos de saúde que possam atrair profissionais e verbas para as áreas mais carentes do país.

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Anexo: Números Absolutos de Serviços e Gastos em Saúde por Macro-Região

dado fonte ano NO NR SD SL CO Brasil

empregos (mil) IBGE/92 1992 61 321 754 213 89 1439 .médicos IBGE/92 1992 8 55 177 49 18 308 .outr/n.sup. IBGE/92 1992 5 33 75 22 9 143 .técn.c/dipl. IBGE/92 1992 4 12 41 7 6 69 .técn.s/dipl. IBGE/92 1992 2 6 13 4 2 26 .aux.c/cert. IBGE/92 1992 10 46 112 32 15 215 .aux.s/cert. IBGE/92 1992 13 73 126 47 14 273 .função administrativa IBGE/92 1992 20 97 210 52 25 404 médicos ativos (mil) CFM/99a 1998 7.3 37.6 126.9 33.2 14.0 219.0 dentistas (mil) MS/99a 1996 3.3 17.5 87.3 20.0 9.6 137.6 nutricionistas (mil) MS/99a 1996 0.5 4.0 11.0 3.8 1.4 20.6 enfermeiros (mil) MS/99a 1996 3.0 14.8 34.4 10.5 4.1 66.9 nº consultórios/SUS (mil) SUS/99a Dez/98 9 45 71 36 13 174 prod.ambul./SUS (milhões) SUS/99a 1998 71 328 590 182 91 1262 .consultas médicas SUS/99a 1998 14 72 158 45 20 309 .outros procedimentos SUS/99a 1998 57 256 432 137 71 953 leitos hospitalares (mil) FBH/99 1996 24 130 230 80 39 503 leitos - Rede/SUS (mil) SUS/99b Dez/98 24 129 221 77 39 491 nº AIH (mil) SUS/99b 1998 852 3602 4904 2020 871 12249 nº internações (mil) SUS/99b 1998 849 3508 4550 1958 849 11715 dias de internação (mil) SUS/99b 1998 3249 18285 35506 12004 4936 73981 .mentais SUS/99b 1998 146 4259 12431 2611 1004 20451 .outros SUS/99b 1998 3103 14027 23075 9394 3932 53530 pacientes-dia (mil) SUS/99b 1998 8.9 50.1 97.3 32.9 13.5 202.7 .mentais SUS/99b 1998 0.4 11.7 34.1 7.2 2.8 56.0 .outros SUS/99b 1998 8.5 38.4 63.2 25.7 10.8 146.7 gasto público em saúde*(R$ milhões) 1995 1062 3817 10174 2623 1434 21738 .federal* FERNANDES/98b 1995 679 2497 5237 1809 839 13686 .estadual FERNANDES/98b 1995 331 776 2590 250 546 4492 .municipal FERNANDES/98b 1995 53 545 2348 565 50 3559 SIA+PAB + AIH (R$ milhões) 1998 349 1860 3837 1302 524 7874 .SIA+PAB (valor aprovado) SUS/99a 1998 176 941 2099 590 259 4066 .AIH(valor pago no período) SUS/99b 1998 173 919 1738 712 266 3808 população (mil) IBGE/SUS/99 1998 11869 45811 68961 24154 10995 161790

Fonte: acima listadas.

Referências

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