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Migrações para o rural e urbano brasileiro: uma análise recente (1995, 2005 e 2015)

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MIGRAÇÕES PARA O RURAL E URBANO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE RECENTE (1995, 2005 E 2015)

Paulo Victor Maciel da Costa1

Silvana Nunes de Queiroz2

RESUMO

A partir dos anos 1980 a dinâmica migratória brasileira sofreu significativas transformações devido a mudanças observadas no âmbito institucional, econômico e social, que repercutiu de distintas formas nas grandes regiões brasileiras, bem como no rural e no urbano. Dessa forma, o presente trabalho tem como principal objetivo analisar as migrações para o rural e urbano brasileiro, nos anos mais recentes, 1995, 2005 e 2015, utilizando como principais fontes de informações os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), destes respectivos anos. Posto isto, os principais resultados apontaram que a maior atenção dada ao meio rural pelo Governo Federal, notadamente a partir dos anos 2000, impactou na redistribuição espacial da população e melhorou a atratividade do meio rural. Nesse contexto, a dinâmica migratória, no último ano em análise, revela que as regiões Norte e Nordeste atraem migrantes inter-regionais notadamente para o rural, enquanto o urbano do Sul, Centro-Oeste e Sudeste são os destinos mais atrativos. Embora nessas últimas regiões o urbano prevaleça como primeira opção dos migrantes, o rural vem ganhando espaço nas migrações internas brasileiras, mesmo que a passos lentos.

Palavras-chave: Migração. Rural. Urbano. Grandes Regiões. Brasil.

1 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Demografia (PPGDem/UFRN). E-mail:

paulovictorma22@hotmail.com.

2 Professora do Departamento de Economia da URCA e do Programa de Pós-Graduação em

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1. INTRODUÇÃO

As migrações internas brasileiras começam a ganhar destaque no início da primeira metade do século XX (BRITO, 2006; BAENINGER, 2012), quando ocorre o esgotamento do modelo de crescimento voltado para fora, baseado no setor exportador primário, e entra em cena o setor industrial, como motor do crescimento da economia brasileira, gerador de emprego e renda (FURTADO, 1986).

No processo de ocupação do território brasileiro, basicamente litorâneo, as pessoas se dirigiam ou estavam concentradas nas capitais dos estados brasileiros. Com a expansão urbana a partir de 1950, influenciada fortemente pelo processo de industrialização, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro foram os que mais sentiram os impactos demográficos, ao conterem mais da metade da população de todas as capitais do país (SINGER, 1985; BRITO, 2006).

Entre os anos de 1940 e o final da década de 1970, a migração rural-urbana foi uma das responsáveis pela aceleração do processo de urbanização de São Paulo e do Rio de Janeiro, dado que mais de 40 milhões de pessoas que partiram do campo em direção às grandes cidades, foram notadamente para esses dois estados (BRITO, 2006).

Boa parte destes migrantes era constituído por nordestinos de baixa qualificação, os quais eram absorvidos pela indústria da construção civil ou pelos serviços domésticos e comerciais nas cidades (CANO, 1975). Ademais, ainda vinculado ao processo de industrialização nacional, encontra-se a migração urbana-urbana, que se intensifica entre os anos 1980 e 1990 (BAENINGER, 2012).

Em tal contexto, a década de 1980 é considerada por Patarra (2003) como um ponto de inflexão na migração brasileira, com novas mobilidades migratórias: mais diversificadas, mais excludentes, e novas territorialidades. É nesse novo contexto socioeconômico que se intensificam algumas modalidades migratórias – migração de retorno, migração de curta distância, rotatividade migratória, o fluxo metrópole-interior, metrópole-periferia, periferia-periferia -, até mesmo a intensificação de velhas modalidades, como a rural-urbana, urbana-rural (KAGEYAMA, 2003; BRITO, 2009; BAENINGER, 2012; PINHO; BRITO, 2013; QUEIROZ, 2003, 2013).

Nesse contexto, esta pesquisa se propõe a analisar as migrações para o rural e urbano brasileiro, nos anos de 1995, 2005 e 2015, já que a problemática é de grande relevância tanto para a academia quanto para as instituições

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governamentais. Assim, a compreensão do movimento da população, bem como a sua distribuição nos espaços urbano e rural é de fundamental importância para a elaboração de políticas públicas específicas, que possibilitem um melhor aproveitamento destes espaços, bem como homogeneização econômica e social no rural e no urbano.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 2.1 Recorte Geográfico

O Brasil localiza-se na América do Sul e faz fronteira com quase todos os países deste continente (americano), com exceção apenas do Equador e Chile. Além disso, o Brasil é composto por 27 estados, incluindo o Distrito Federal, os quais formam as 5 grandes regiões – Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste (Figura 1).

Figura 1: Mapa de localização do Brasil, segundo grandes regiões e UF’s

Fonte: Elaboração própria, a partir das malhas territoriais do IBGE (2015) e das malhas culturais da Natural Earth Vector, versão 4.0.0 (2017).

2.2 Recorte Temporal e Fonte de Dados

O presente estudo delimita-se em três quinquênios: 1990/1995, 2000/2005 e 2010/2015, a partir do quesito data fixa. A principal fonte de dados são os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), dos anos de 1995, 2005 e 2015, disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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2.3 Definições Adotadas no Estudo

A definição de urbano e rural adotada no estudo é baseada nos critérios utilizados pelo IBGE (2016), que considera como situação de domicílio urbana “[...] as áreas correspondentes às cidades (sedes municipais), às vilas (sedes distritais) ou às áreas urbanas isoladas. A situação rural abrange toda a área situada fora desses limites. Este critério também é utilizado na classificação da população urbana e rural”.

Migrante inter-regional – indivíduo (natural ou não natural) da área em estudo (grandes regiões), com cinco anos ou mais de idade que, na data de referência do Censo Demográfico, residia em uma grande região do Brasil, mas em uma data fixa (exatamente cinco anos antes do recenseamento) morava em outra grande região do país.

Saldo migratório – representa a diferença entre o total de imigrantes e o de emigrantes.

2.4 Metodologia para o Cálculo do Fluxo Migratório

Foi elaborada uma matriz migratória inter-regional, com as cinco grandes regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, apresentada sumariamente da seguinte forma:

aij= saída do migrante da região i para a região j

∑ 𝑎1𝑗 𝑛 𝑗=1 ∑ 𝑎𝑖1 𝑛 𝑗=1

a11= a22 = a33 = ... = ajj = 0

= total de pessoas que emigram (saída) da região 1 para as demais regiões do país.

=total de pessoas que imigram (entrada) das demais regiões do país para a região 1.

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A partir dessas matrizes mensurou-se os fluxos migratórios inter-regionais, precisamente referente ao fluxo das e para as regiões brasileiras.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Antes de iniciar as análises dos fluxos migratórios inter-regionais, é necessário conhecer a distribuição da população brasileira segundo grandes regiões e situação de domicílio. Sendo assim, em 2015, o Brasil detinha em seu território, 204,9 milhões de habitantes contra 152,4 milhões em 1995 (Tabela 1). Assim, a população teve uma variação em cerca de 34%, entre 1995-2015, correspondendo a um crescimento absoluto de mais de 52 milhões de habitantes, garantindo-lhe uma densidade demográfica de 24hab/km2, contra 18hab/km2 em 1995.

Tabela 1: População total, absoluta e relativa, das grandes regiões, segundo a situação de domicílio - 1995, 2005 e 2015 - Brasil

Grandes Regiões Situação de Domicílio

Urbana (%) Rural (%) Total

1995 Norte 6.894.240 94,92 369.041 5,08 7.263.281 Nordeste 28.420.595 62,99 16.695.114 37,01 45.115.709 Sudeste 58.729.889 88,33 7.760.104 11,67 66.489.993 Sul 17.912.679 77,26 5.272.186 22,74 23.184.865 Centro-Oeste 8.393.134 81,32 1.927.621 18,68 10.320.755 Total 120.350.537 78,98 32.024.066 21,02 152.374.603 2005 Norte 10.605.112 71,34 4.261.289 28,66 14.866.401 Nordeste 36.872.279 70,79 15.218.198 29,21 52.090.477 Sudeste 72.179.560 91,76 6.480.993 8,24 78.660.553 Sul 22.161.009 82,44 4.721.629 17,56 26.882.638 Centro-Oeste 11.314.132 86,03 1.837.224 13,97 13.151.356 Total 153.132.092 82,48 32.519.333 17,52 185.651.425 2015 Norte 13.145.253 75,01 4.378.524 24,99 17.523.777 Nordeste 41.413.788 73,12 15.226.922 26,88 56.640.710 Sudeste 80.019.643 93,14 5.896.515 6,86 85.916.158 Sul 25.075.974 85,61 4.214.180 14,39 29.290.154 Centro-Oeste 13.911.396 89,81 1.577.906 10,19 15.489.302 Total 173.566.054 84,72 31.294.047 15,28 204.860.101

Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - 1995, 2005 e 2015 (IBGE).

Embora a população brasileira tenha tido um crescimento significativo de 1995 a 2015, destaca-se que o incremento populacional apresentou-se decrescente, já que caiu de 33.276.822 entre 1995/2005, para 19.208.676 entre 2005/2015.

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Portanto, segundo Brito (2007), esses números ratificam a tendência de queda na taxa de fecundidade, a partir da década de 1970, que interfere tanto na estrutura etária, quanto na distribuição espacial da população.

No que se trata da distribuição populacional por situação de domicílio, tendo como base a Tabela 1, em todos os anos em estudo, constata-se a superioridade da população urbana sobre a rural. O ponto de inflexão em que a população urbana se sobrepõe a rural foi constatada a partir da década 1960, pelo Censo de 1970. Essa inflexão é reflexo dos fortes investimentos no setor industrial nas regiões Sul e Sudeste do país, o que impulsionou as migrações internas para essas áreas, especialmente para o eixo Rio de Janeiro-São Paulo – no Sudeste – tendo como principais fornecedores de população a região Nordeste e Minas Gerais (BRITO, 2006; SINGER, 1985).

No que se refere as migrações internas brasileiras, as mesmas se dividem em dois grandes fluxos, o intrarregional e inter-regional. De acordo com a Tabela 2, 3.971.578 de pessoas migraram no Brasil, no interregno 1990/1995, sendo que 2.476.143 (62,35%) representam o fluxo inter-regional e 1.495.435 (37,65%) o intrarregional. Por sua vez, no quinquênio seguinte (2000/2005), as migrações se intensificaram, ao passarem para mais de 4,8 milhões de migrantes no país, sendo 3.031.395 (63,61%) inter-regional e 1.734.011 intrarregional (36,39%).

Tabela 2: Fluxos migratórios internos no Brasil, intrarregional e inter-regional - 1995, 2005 e 2015 Fluxos 1990/1995 % 2000/2005 % 2010/2015 % Intrarregional 1.495.435 37,65 1.734.011 36,39 822.967 34,26 Rural 295.337 7,44 252.100 5,29 102.596 4,27 Urbana 1.200.098 30,22 1.481.911 31,10 720.371 29,99 Inter-regional 2.476.143 62,35 3.031.395 63,61 1.578.926 65,74 Rural 317.615 8,00 396.201 8,31 224.660 9,35 Urbana 2.158.528 54,35 2.635.194 55,30 1.354.266 56,38 TOTAL 3.971.578 100,00 4.765.406 100,00 2.401.893 100,00

Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1995, 2005 e 2015.

Segundo Baeninger (2012, p. 3), essa intensificação das migrações internas brasileiras, no início do século XXI, pode estar relacionada a inserção das migrações em um novo contexto de transformações globais, em que a “[...] inserção periférica de espaços nacionais na âmbito da atual globalização passa a incluir dinâmicas locais ao sistema-mundo [...] que respondem a uma lógica externa redesenhada

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pela divisão internacional e territorial do trabalho”, no intuito de atender as demandas do capitalismo.

Contudo, no quinquênio 2010/2015, o volume das migrações se apresenta praticamente pela metade do registrado no interregno anterior (2000/2005), correspondendo a 2,4 milhões de migrantes, sendo deste total 1.578.926 (65,74%) pertencentes ao fluxo inter-regional e 822.967 (34,26%) ao fluxo intrarregional.

Uma das respostas para essa queda abrupta dos volumes migratórios pode ser reflexo das transformações estruturais apresentadas pelo país a partir dos anos 1970, devido à forte desconcentração e interiorização das atividades industriais, explicada, por sua vez, pela ‘guerra fiscal’, a partir dos anos 1990, no intuito de atenuar as desigualdades regionais, possibilitando o aparecimento de novos arranjos produtivos que não se dirigiam somente para os grandes centros tradicionais (São Paulo), mas também para fora deles (Centro-Oeste e alguns estados nordestinos) (CAIADO, 2004).

Além da lógica locacional na distribuição das atividades produtivas, observa-se a partir dos anos 2000, precisamente de 2003 a 2014, outros fatores que retardam as migrações, como a criação de políticas públicas focalizadas (redistributivas, compensatórias e afirmativas), que vislumbraram em efeitos positivos sobre a pobreza extrema, desigualdades sociais e o acesso a bens e serviços, seja público ou privado (JANNUZZI, 2016).

Ademais, a partir de 2005, tendo em vista a conjuntura externa favorável junto ao aumento das ocupações com carteira assinada, e a política de valorização real do salário mínimo, gerando o aumento do poder aquisitivo das famílias, inclusive de pequenas comunidades, impulsionou significativamente o dinamismo das economias locais, especialmente do Nordeste (Baltar et. al., 2010), arrefecendo as migrações de longa distância e intensificando a migração de curta distância, notadamente o fluxo intraestadual (QUEIROZ, 2013).

Portanto, embora os volumes totais de migrantes, durante os três quinquênios em estudo tenham apresentado oscilações absolutas, o fluxo inter-regional se manteve superior e crescente (com participação de 62,35% em 1990/1995, 63,61% em 2000/2005 e 65,74% em 2010/2015), ao passo que o fluxo intrarregional foi inferior e decrescente (37,65% em 1990/1995, 36,39% em 2000/2005 e 34,26% em 2010/2015) (Tabela 2).

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Quando leva-se em consideração a situação do domicílio, o rural e o urbano também apresentam maiores participações, e crescentes, no fluxo inter-regional do que no intrarregional, em todos os interregnos analisados, como podem ser observados na Tabela 2.

As migrações inter-regionais suscitam a necessidade de identificar a origem e o destino, haja vista os expressivos volumes de entradas e saídas apresentados pelas regiões brasileiras, especialmente Sudeste e Nordeste. Para tanto, analisar-se-á as Matrizes 1 (1990/1995), 2 (2000/2010) e 3 (2010/2015).

Na Matriz 1 (1990/1995), que mostra as origens e destinos dos migrantes inter-regionais por situação de domicílio, foram registrados um volume de 2.476.143 migrantes. Em termos de regiões, o Sudeste apresentou o maior número de imigrantes do país (981.256), tendo como principal origem a região Nordeste, que enviou cerca de 596 mil migrantes, sendo que 567.652 dirigiram-se para o urbano e 28.329 para o meio rural. Já no que se refere as saídas do Sudeste, contabilizadas em 693.188 emigrantes, mais de 310 mil pessoas tiveram como principal destino a região Nordeste, onde 229.925 se inseriram no urbano e 80.899 no rural. Dessa forma, ao fazer o balanço das entradas e saídas, o Sudeste obteve o maior saldo migratório positivo do país (288.068), nesse interregno.

Por sua vez, o Nordeste que registrou a segunda maior entrada de imigrantes (471.196), originários notadamente do Sudeste (310.824), dos quais 229.925 foram para o urbano e 80.899 o rural nordestino. No entanto, o número de saídas do Nordeste foi de 918.317 emigrantes, que se destinaram principalmente para a região Sudeste (595.981), em que 567.652 foram para o urbano e 28.329 para o rural. Dessa forma, no balanço das entradas e saídas de pessoas do Nordeste, o mesmo obteve o maior saldo migratório negativo do país (- 447.121).

Segundo Camarano (1997), essa tradicional troca migratória entre o Nordeste e o Sudeste, de forma mais intensa, é datada desde os anos de 1950, impulsionada pela industrialização e urbanização, concentradas no eixo Sul-Sudeste, tendo o Nordeste como principal região de expulsão populacional e fornecedora de mão de obra para os seus centros urbanos-industriais.

Dentre as demais regiões, destaca-se o Centro-Oeste, ao apresentar o terceiro maior volume de imigrantes (465.978), principalmente de nordestinos (157.585), sendo que 134.901 se dirigem para a zona urbana e 22.684 para a rural. As saídas do Centro-Oeste, por sua vez, registraram-se em 306.508, sendo que

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120.663 pessoas optaram pelo Sudeste, em que 105.598 ingressaram no urbano e 15.065 no rural. Portanto, a referida região contabilizou saldo migratório positivo de 159.470 migrantes.

A atração para o Centro-Oeste foi promovida pelos vultosos investimentos no setor privado, na produção de grãos, conforme Bezerra e Cleps Junior (2004). Ademais, segundo Silva e Grossi (2001), a inserção tecnológica na produção agrícola recebe mão de obra não somente do rural, mas também do urbano. Assim, as pessoas podem residir no urbano e trabalhar no campo, e vice-e-versa, fazendo parte das famílias pluriativas, que segundo Schneider (2010, p. 521) “[...] são aquelas que combinam atividades agrícolas e não‑agrícolas e promovem a integração intersetorial (agricultura com comércio e serviços) e interespacial (rural com urbano)”.

Quanto ao Norte, 261.992 pessoas imigraram para a região, sendo que mais da metade (137.309) vieram do Nordeste, onde 127.435 se inseriram no urbano e 9.874 no rural. Das pessoas que saíram do Norte (241.062), o principal destino foi o Centro-Oeste, sendo que 77.594 residem no urbano e 14.563 no rural. Portanto, a região Norte apresentou o menor saldo migratório positivo (20.930).

Por fim, o Sul registrou 295.721 imigrantes, com boa parte oriunda do Sudeste (198.046), onde 172.196 residem no urbano e 25.850 no rural. No que tange as saídas da região, no total de 317.068 emigrantes, praticamente metade foi para a região Sudeste (216.110), em que 200.441 emigraram para o urbano e 15.669 para o rural. Dessa forma, ao deduzir o número de entradas e saídas, a região Sul obteve um saldo negativo de 21.347.

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Matriz 1: Migração inter-regional segundo a situação do domicílio de destino - 1990/1995 - Brasil

Origem em 1990

Destino em 1995

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Total de Emigrantes Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

Norte - - 70.315 14.197 42.807 5.695 13.603 2.288 77.594 14.563 241.062 Nordeste 127.435 9.874 - - 567.652 28.329 24.582 2.860 134.901 22.684 918.317 Sudeste 35.097 2.787 229.925 80.899 - - 172.196 25.850 124.016 22.418 693.188 Sul 19.391 620 10.024 1.121 200.441 15.669 - - 51.488 18.314 317.068 Centro-Oeste 58.113 8.675 45.827 18.888 105.598 15.065 47.523 6.819 - - 306.508 Total de Imigrantes por situação de domicílio 240.036 21.956 356.091 115.105 916.498 64.758 257.904 37.817 387.999 77.979 - Total de Imigrantes 261.992 471.196 981.256 295.721 465.978 2.476.143 Saldo Migratório 20.930 - 447.121 288.068 - 21.347 159.470

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Com relação ao interregno de 2000/2005, a Matriz 2 aponta que a dinâmica migratória inter-regional aumentou em mais de 555 mil migrantes, quando levado em consideração o primeiro período (1990/1995). Ao avaliar o destino dos migrantes, contatam-se alterações, o Sudeste não está mais no topo da atratividade, porém ainda é uma das grandes absorvedoras de população do Brasil. Dos 851.744 imigrantes que foram para a região, os nordestinos contribuem com 504.557 para o urbano e 14.279 para o rural. No que tange a emigração, a mesma apresentou um volume bem acima do número de pessoas que entram na região (1.167.465 emigrantes e 851.744 imigrantes). Assim, verificou-se a reversão do seu significativo saldo positivo (288.068, em 1990/1995) em negativo (-315.721, em 2000/2005).

O Nordeste, por sua vez, foi a principal região de destino dos migrantes (889.396), sendo que boa parte originaram-se especialmente do Sudeste, a qual enviou um maior volume de imigrantes quando comparado ao período anterior, em quase 276 mil. Neste sentido, o Nordeste recebeu 505.909 pessoas no urbano e 140.345 no rural, da região Sudeste. Embora a região Nordeste tenha aumentado suas saídas para as demais regiões de 918.317, em 1990/1995, para 921.101, em 2000/2005, as imigrações para essa região praticamente dobrou (471.196 em 1990/1995, e 889.396 em 2000/2005). Com isso, registra-se uma expressiva queda no saldo migratório negativo do Nordeste de 447.121, em 1990/1995, para 31.705, em 2000/2005.

Os desdobramentos no início dos anos 2000, especialmente com a intensificação de políticas sociais e assistencialistas, geração de postos de trabalho formais, política de valorização do salário mínimo, foram extraordinárias nos resultados no combate à pobreza e as desigualdades sociais e regionais, abrangendo, prioritariamente, regiões com baixíssimo desenvolvimento, como é o Nordeste (QUEIROZ; REMY; PEREIRA, 2011).

Assim, essas ações podem ter retardado a emigração nordestina. Já a atração apresentada pelo Nordeste quanto as perdas apresentadas pelo Sudeste, podem ter sido influenciadas pelos efeitos dos incentivos fiscais, os quais aumentaram a possibilidade de emprego e consequentemente melhores rendimentos na região, especialmente nas principais regiões metropolitanas do Nordeste (CAMARANO, 1997; BRITO, 2005). Esses resultados têm relação com a intensificação da migração de retornados para a região Nordeste, a partir dos anos 1990 (QUEIROZ, 2013).

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No que se refere as demais regiões, o Centro-Oeste embora tenha apresentado o terceiro maior número de imigrantes (583.613), oriundos do Nordeste para o urbano (185.113) e procedentes da região Norte para o rural (31.822), a mesma apresentou o maior saldo migratório positivo (222.486) entre as grandes regiões do país. Esse resultado está atrelado ao dinamismo da região, devido ao significativo desenvolvimento do agronegócio, que produz em larga escala tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo (Bezerra; Cleps Junior, 2004), que teve como consequência a geração de novos postos de trabalho. Ademais, a exportação de commodities apresentava-se favorável, visto que a taxa de câmbio estava valorizada (IPEADATA, 2018).

Na região Norte, ingressaram 344.091 pessoas, sendo que mais da metade (177.508) são do Nordeste, e ao comparar com o interregno anterior (1990/1995), a imigração para o urbano aumentou em cerca de 10 mil migrantes e quase 30 mil para o rural. Das pessoas que saíram do Norte (296.993), o principal destino não foi o Centro-Oeste, e sim o Nordeste (105.539), sendo que 92.883 optaram pelo urbano e 12.656 pelo rural. Com isso, a região Norte apresentou o menor saldo migratório positivo do Brasil (47.098).

Por fim, o Sul registrou 362.551 imigrantes, com mais da metade oriunda do Sudeste (257.251), onde 243.080 residem no urbano e 14.171 no rural. No que tange as saídas da região, no total de 284.709 emigrantes, a maior fatia da população foi direcionada para a região Sudeste (138.509), onde 119.819 emigraram para o urbano e 18.690 para o rural. Dessa forma, ao deduzir o número de entradas com as saídas, a região Sul obteve o segundo maior saldo migratório positivo de 77.842.

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Matriz 2: Migração inter-regional, segundo a situação do domicílio de destino - 2000/2005 - Brasil

Origem em 2000

Destino em 2005

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Total de Emigrantes Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

Norte - - 92.883 12.656 57.369 862 27.086 2.399 89.504 14.234 296.993 Nordeste 137.982 39.526 - - 504.557 14.279 29.092 590 185.113 9.962 921.101 Sudeste 52.662 13.393 505.909 140.345 - - 243.080 14.171 166.083 31.822 1.167.465 Sul 23.749 6.335 23.470 5.751 119.819 18.690 - - 66.244 20.651 284.709 Centro-Oeste 52.058 18.386 86.483 21.899 130.682 5.486 41.369 4.764 - - 361.127 Total de Imigrantes por situação de domicílio 266.451 77.640 708.745 180.651 812.427 39.317 340.627 21.924 506.944 76.669 - Total de Imigrantes 344.091 889.396 851.744 362.551 583.613 3.031.395 Saldo Migratório 47.098 -31.705 -315.721 77.842 222.486

(14)

No tocante ao quinquênio 2010/2015, a Matriz 3 mostra significativa queda na migração inter-regional brasileira em mais 1,4 milhões de pessoas, em relação ao interregno anterior (2000/2005), revelando novas dinâmicas e/ou tendências na migração interna do país.

A região Sudeste, tradicionalmente reconhecida por seu poder de atração, no quinquênio anterior (2000/2005), registrou um total de imigrantes (851.744) inferior a região Nordeste (889.396). No entanto, neste período (2010/2015), a região Sudeste volta a apresentar superioridade no número de imigrantes em relação as demais regiões do país (515.059). Da quantidade de pessoas que tiverem como destino o Sudeste, a maior parte foi canalizada para o urbano (487.811), sendo que 340.672 vieram do Nordeste.

Ainda que o Sudeste tenha reduzido suas perdas em cerca de 638 mil migrantes em relação ao quinquênio anterior (2000/2005), a mesma apresentou saldo migratório negativo (-14.557). Corrobora com o presente resultado, a redução das desigualdades regionais, tendo como um dos principais motivos a redução da pobreza rural, especialmente nas regiões Nordeste e Norte (Araujo, 2008; Delgado, 2010), as quais reduziram significativamente suas perdas para o Sudeste, não desmerecendo, portanto, as regiões Sul e Centro-Oeste, que também reduziram suas perdas para o Sudeste, em relação ao quinquênio 2000/2005.

No que se trata do Nordeste, a região que mais enviou população para essa área foi o Sudeste (282.982), sendo que 209.473 se dirigiram para o urbano e 73.509 para o rural. As perdas apresentadas pela região Nordeste (561.780) foram principalmente para o Sudeste (357.132), onde 340.672 optaram pelo urbano e 16.460 pelo rural. Nesse contexto, o saldo apresentado pela região foi o mais negativo do país (-148.331).

Do leque de políticas públicas implementadas a partir de 2003 até 2014, sugere-se algumas que possivelmente condicionaram a redução das migrações internas brasileiras e/ou migrações de longa distância, devido a redução das desigualdades regionais e entre o rural e urbano, destacaram-se: o Programa Bolsa Família (PBF), o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), as políticas voltadas para a previdência social, a geração de empregos formais e a política de valorização do salário mínimo (BALTAR et al., 2010; STUMPF JUNIOR; BALSADI, 2015).

(15)

Dentre as demais regiões, destaca-se o Centro-Oeste, o qual registrou o terceiro maior número de imigrantes (323.251), tendo como principal contribuinte o Nordeste, com um total de 117.855 emigrantes, sendo que 97.307 foram para o urbano e 20.548 para o rural. Enquanto isso, 197.705 pessoas saíram do Centro-Oeste, número este inferior aos que ingressaram na região (323.251).

Portanto, a região Centro-Oeste apresentou o maior saldo migratório positivo do país neste período (125.546), provavelmente devido ao seu desempenho econômico na produção de grãos, melhora dos investimentos, como já apontado por Bezerra e Cleps Junior (2004) e Brasil (2017), acompanhado pela maior atuação do governo na economia, com incentivos à atividade agrícola e oportunidade trabalho no setor público (GRISA; SCHNEIDER, 2015).

Na região Norte, neste último interregno (2010/2015), ingressaram 242.513 pessoas a menos em relação ao período anterior (2000/2005), sendo a maioria ainda oriunda do Nordeste (48.617), e 35.483 imigraram para o urbano e 13.134 para o rural. Das pessoas que saíram do Norte (164.306), o principal destino foi o Centro-Oeste (61.958), dos quais 57.195 optaram pelo urbano e 4.763 pelo rural. Dessa forma, a região Norte apresentou o segundo maior saldo migratório negativo (-62.728) do país.

O Sul registrou 225.589 imigrantes, a maioria procedente da região Sudeste (131.916), onde 120.635 pessoas optaram pelo urbano e 11.281 pelo rural. No que tange as saídas, 125.519 emigrantes tiveram como principal destino o Sudeste (59.023), sendo que 56.727 emigraram para o urbano e 2.296 para o rural. Dessa forma, ao contabilizar o número de entradas e saídas, a região Sul obteve o segundo maior saldo migratório positivo do país (100.070).

Portanto, a partir das análises das matrizes, observa-se que neste último quinquênio, as áreas rurais das regiões Norte e Nordeste apontam como uma das principais opções dos migrantes inter-regionais, enquanto o urbano do Sul, Centro-Oeste e Sudeste, é o principal destino.

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Matriz 3: Migração inter-regional, segundo a situação do domicílio de destino - 2010/2015 - Brasil

Origem em 2010

Destino em 2015

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Total de

Emigrantes Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

Norte - - 35.759 12.282 37.171 0 17.136 0 57.195 4.763 164.306 Nordeste 35.483 13.134 - - 340.672 16.460 35.682 2.494 97.307 20.548 561.780 Sudeste 8.251 3.777 209.473 73.509 - - 120.635 11.281 87.625 15.065 529.616 Sul 4.929 524 12.886 7.409 56.727 2.296 - - 36.770 3.978 125.519 Centro-Oeste 27.659 7.821 42.901 19.230 53.241 8.492 36.764 1.597 - - 197.705 Total de Imigrantes por domicílio 76.322 25.256 301.019 112.430 487.811 27.248 210.217 15.372 278.897 44.354 - Total de Imigrantes 101.578 413.449 515.059 225.589 323.251 1.578.926 Saldo Migratório -62.728 -148.331 -14.557 100.070 125.546

(17)

Embora nessas últimas regiões o meio urbano prevaleça como primeira opção dos migrantes, mesmo a passos lentos, o rural vem ganhando espaço nas migrações internas brasileiras, como pode ser melhor visualizado na Figura 2.

Figura 2: Destino dos migrantes inter-regionais segundo as grandes regiões brasileiras e situação do domicílio – 1995, 2005 e 2015

Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1995, 2005 e 2015 (IBGE).

Dentre os motivos que justificam essa melhora gradual do espaço rural, neste último interregno (2010/2015), destacam-se os efeitos da propagação das mais de 20 políticas/programas, a partir dos anos 2000, o maior número já registrado desde os anos 1980, que certamente retirou um contingente significativo da população em situação de extrema vulnerabilidade social (Jannuzzi, 2016), refletindo na permanência do migrante em sua região e/ou no estímulo as migrações nestes espaços que agora são atrativos por proporcionarem uma melhor qualidade de vida, como é o caso do rural brasileiro.

Acrescenta-se ainda, segundo Kageyama (2003), as transformações estruturais que vem sofrendo esses dois espaços (rural e urbano) em consonância com a alocação da população. Em outras palavras, o rural vem passando por um processo designado de “urbanização do meio rural”, devido as novas atividades nele inseridas. Vale destacar o papel das cidades médias nesse processo, já que as mesmas passam a constituir mercados para o desenvolvimento dessas novas atividades que se inserem no campo.

(18)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como principal objetivo estudar a dinâmica migratória no rural e urbano brasileiro, com ênfase no período recente (1995, 2005 e 2015), a partir das migrações inter-regionais por situação de domicílio (rural e urbana), tendo como foco a origem e o destino do migrante.

A dinâmica migratória observada no último ano em análise, assinalou que as áreas rurais das regiões Norte e Nordeste apontam como uma das principais opções dos migrantes inter-regionais, enquanto o urbano do Sul, Centro-Oeste e Sudeste são o principal destino. Embora nessas últimas regiões o urbano prevaleça como primeira opção dos migrantes, mesmo a passos lentos, o rural vem ganhando espaço nas migrações internas brasileiras. Ou seja, a atuação intensiva do Estado com políticas específicas e outras mais gerais, seja para a agricultura familiar ou para o agronegócio, beneficiaram o rural de tal modo que as migrações para este espaço agora são mais atrativas, pois o mesmo vem agregando características e potenciais, como um maior leque de atividades (agrícolas e não-agrícolas), e uma melhor qualidade de vida (com acesso a educação, saúde, moradia, saneamento básico, lazer).

Por fim, embora o Sudeste ainda apresente a sua tradicional atratividade urbana, o mesmo deixa de apresentar o maior saldo migratório dentre as grandes regiões do Brasil, e desde 2005, o Centro-Oeste assume este posto, possivelmente devido ao seu dinamismo econômico, proporcionado por investimentos públicos e privados, sendo puxado não somente pelo agronegócio, mas também por outros setores da economia a ele ligado que, por sua vez, refletem na geração de postos de trabalho e atração populacional e/ou arrefecimento na saída de migrantes.

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