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Ter maior sensibilidade interoceptiva afeta na velocidade de corrida em exercício autosselecionado?

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Academic year: 2021

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

MAYRA NASCIMENTO MATIAS DE LIMA

TER MAIOR SENSIBILIDADE INTEROCEPTIVA AFETA NA VELOCIDADE DE CORRIDA EM EXERCÍCIO AUTOSSELECIONADO?

NATAL 2019

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2 MAYRA NASCIMENTO MATIAS DE LIMA

TER MAIOR SENSIBILIDADE INTEROCEPTIVA AFETA NA VELOCIDADE DE CORRIDA EM EXERCÍCIO AUTOSSELECIONADO?

Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado ao Curso de Graduação em Educação Física - Licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Hassan Mohamed Elsangedy Coorientadora: Profa. Ms. Marília Padilha Martins Tavares

NATAL 2019

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3 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Lima, Mayra Nascimento Matias de.

Ter maior sensibilidade interoceptiva afeta na velocidade de corrida em exercício autosselecionado / Mayra Nascimento Matias de Lima. - 2019.

34f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Educação Física) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Educação Física. Natal, RN, 2019.

Orientador: Hassan Mohamed Elsangedy.

Coorientadora: Marília Padilha Martins Tavares.

1. Exercícios Físicos - Adolescentes - TCC. 2. Sensibilidade Interoceptiva - TCC. 3. Intensidade Autosselecionada - TCC. 4. Ansiedade - TCC. 5. Depressão - TCC. I. Elsangedy, Hassan Mohamed. II. Tavares, Marília Padilha Martins. III. Título. RN/UF/BS-CCS CDU 796-053.6

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4 "Respice post te! Hominem te esse

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5 AGRADECIMENTOS

“Em tudo dai graças” (1 Tess. 5:18), e é por isso, Senhor, que eu te

agradeço, principalmente por me sustentar em Teus braços todas as vezes que não sei o caminho.

Agradeço a toda minha família, por sempre vibrarem, acreditarem e apoiarem todos os meus sonhos, por mais inexplicavéis que eles sejam! Isso é extremamente significante. Ao meus amigos, meu coração é grato por toda aceitação e compreensão que vocês sempre tiveram/tem em cada ciclo vivido por mim. Em especial, agradeço as pessoas que conseguiram ser mais presentes durante esses 4 anos de curso, Letícia Régis, Laysa Sales e Maria Clara. Vocês são parte fundamental dessa conquista. As amigas/irmãs que o universo me deu, Ana Tércia e Helena Cristina, sempre faltará palavaras pra demonstrar o quanto vocês são importantes pra mim. Obrigada por serem meu porto seguro todo esse tempo, apesar da distância.

A UFRN, revelo minha paixão desde o primeiro treino na sala de lutas, 11 anos atrás, e agradeço por todo o investimento feito, tanto no esporte, como na educação, pesquisa e por proporcionar uma das melhores experiências da minha vida através do Trilhas Portiguares. Ao LEFEM, primeiro grupo que fiz parte, carrego comigo todos os ensinamentos e lições aprendidos, principalmente os que vieram através do professor Márcio Romeu.

Aos meus companheiros e amigos de laboratório (PsicoFisio), Gledson Amorim, Andressa Araújo, Raíssa de Melo, Maristela Linhares, Lídia Reniê, Gerson Daniel e Andrés Vivas, o meu muito obrigada por todo suporte, auxílio e aprendizagem diária! Nunca esquecendo aqueles que me incentivaram, exerceram influência e inspiração desde o início, Heloiana Faro, Marília Tavares e Daniel Carvalho. A Ludmila Cabral (minha Ludmom), tenho uma enorme gratidão a tudo que pude conviver e aprender com você. Ao meu orientador, professor Hassan, agradeço por sempre tentar compreender, respeitar meus limites e possibilitar que os impactos do trajeto sejam mais suaves! Tenho o senhor como fonte de inspiração na docência, professor, e espero aprender mais ainda nos próximos dois anos!

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6 compartilhamento mútuo de experiências nessa jornada. Obrigada por tornar meus dias mais leves, principalmente os mais ansiosos. Obrigada por escutar, enxugar minhas lágrimas e me fazer acreditar! Eu amo você, Bê!

Dedico e divido essa conquista a aqueles que nunca mediram esforços para me proteger e investir nos meus sonhos: minha mãe e meu pai. Agradecer é pouco frente a tudo que vocês fizeram/fazem por mim. Dos senhores herdei a força e persistência em lutar, seja nas artes marciais ou na vida. Amo vocês, infinitamente!

Por fim, a minha turma “Suvaco Azul”, desejo sucesso e determinação perante os desafios que virão na docência. Os estimo muito como profissionais e, sobretudo, como seres humanos. Obrigada por esses 4 anos e nunca esqueçam: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” – (Salmos

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7 RESUMO

O presente estudo verificou a relação entre a sensibilidade interoceptiva com a velocidade de execução do exercício autosselecionado em adolescentes fisicamente inativos. Participaram 45 adolescentes (15,55 ± 0,78 anos) que foram submetidos à avaliação antropométrica, avaliação do nível maturacional e nível de estresse, ansiedade e depressão. A medida subjetiva de sensibilidade interoceptiva foi verificada através do questionário de percepção (Porges, 1993), onde é avaliado o autorrelato relacionando as sensações corporais percebidas. Por fim, os participantes realizaram um teste de corrida com instrução livre durante 10 minutos, em intensidade autosselecionada. A normalidade dos dados foi testada pelo teste Shapiro-Wilk, assimetria e curtose. A correlação de Spearman foi utilizada para verificar a correlação do exercício autosselecionado e nível de sensibilidade interoceptiva. O coeficiente de correlação seguiu as recomendações de Cohen (1988), sendo considerado ≤ 0,10 uma correlação fraca, 0,11 a 0,30 moderada e > 0,30 forte. Todos os dados foram analisados utilizando o programa SPSS® versão 20.0. Os resultados principais evidenciaram que não houve diferença entre os indivíduos com maior sensibilidade interoceptiva e seus homológos. No entanto, quando correlacionado com as variáveis ansiedade e depressão, os indivíduos com SI maior demonstraram uma relação positiva com essas características. Dessa forma, concluímos que não há relação da velocidade de execução do exercício leve, entre adolescentes fisicamente inativos, com a sensibilidade interoceptiva. Porém, a sensibilidade interoceptiva, pode ser relacionada aos níveis de ansiedade e depressão em adolescentes.

Palavras-chave: Sensibilidade Interoceptiva, Percepção Interna, Adolescentes, Intensidade Autosselecionada, Ansiedade, Depressão.

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8 ABSTRACT

The present study verified a relationship between interoceptive sensitivity and execution speed of the automatic selection exercise of physically inactive adolescents. Forty-five adolescents (15.55 ± 0.78 years) participated in the study. They underwent anthropometric assessment, maturation level assessment and stress, anxiety and depression. The measure of interoceptive sensitivity was verified through the perception questionnaire (Porges, 1993), where it is automatically evaluated or correlated as perceived corporate sensations. Finally, participants take a free-running 10-minute self-selected intensity running test. Data normality was tested by the Shapiro-Wilk test, asymmetry and kurtosis. Spearman's correlation was used to verify the correlation of the automatic selection exercise and the level of interoceptive sensitivity. The correlation coefficient followed the recommendations of Cohen (1988), being considered ≤ 0.10 a weak correlation, 0.11 to 0.30 moderate and> 0.30 strong. All data were analyzed using the SPSS® version 20.0 program. The main results showed that there was no difference between the individuals with higher interoceptive sensitivity and their counterparts. However, when correlated with variations in anxiety and depression, individuals with IS show a positive relationship with these characteristics. Thus, it can be concluded that there is no relationship between the speed of light exercise performance among physically inactive adolescents with interoceptive sensitivity. However, interoceptive sensitivity may be helpful to anxiety and depression levels in adolescents.

Keywords: Interoceptive Sensitivity, Internal Perception, Adolescents, Self-Selecting Intensity, Anxiety, Depression.

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9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 2 OBJETIVOS ... 11 2.1 OBJETIVO GERAL ... 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 11 3 REVISÃO DE LITERATURA...12 3.1 INTEROCEPÇÃO...12

3.2 SENSIBILIDADE INTEROCEPTIVA E REGULAÇÃO DA INTENSIDADE DO EXERCÍCIO FÍSICO ...12

3.3 INATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES...14

3.4 ESTRESSE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO...14

4 METODOLOGIA ... 16

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ... 16

4.2 AMOSTRA... 17

4.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DA PESQUISA ... 17

4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA ... 19 5. RESULTADOS ... 21 6. DISCUSSÃO ... 22 7. CONCLUSÃO ... 24 8. REFERÊNCIAS ... 26 9. ANEXOS ... 29

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1 INTRODUÇÃO

Ainda que os benefícios físicos e psicológicos proporcionados por um estilo de vida ativo sejam constantemente divulgados em pesquisas, 23,8% da população mundial não praticam exercícios físicos (1) . Todavia, existe uma forte relação entre a inatividade física e uma propensão a risco de maiores problemas de saúde, incluindo doenças crônicas, como a obesidade, diabetes, ansiedade e, também, doenças cardiovasculares. Por este motivo, um estilo de vida com maiores práticas de atividade física torna-se fundamental para uma melhor qualidade de vida.

Com o intituito de compreender a objeção ao exercício físico, que ainda afeta uma parcela da população, alguns estudos indicaram que as percepções dos processos corporais internos interagem de acordo com o grau de atividade física em adultos (2–4). Nesse aspecto, a interocepção, nada mais é que a percepção dos sinais aferentes, que são enviados ao cérebro (5,6). Sendo assim, a interocepção é definida como a capacidade de perceber as informações corporais oriundas do corpo, a nível visceral sendo processadas em áreas cerebrais, assim, podendo afetar o comportamento consciente e/ou inconsciente de um indivíduo (6).

A teoria do marcador somático (7) enfatizou a relevância do feedback visceral e somatossensorial do corpo para o cérebro, mapeado em áreas distintas do cérebro, para o surgimento de emoções e a regulação do comportamento do individuo. Assim, trazendo a tona que perceber as informações do corpo pode influenciar a tomada de decisão do indivíduo em diversas situações, uma dessas é o momento da prática de atividade física, no qual o indivíduo necessita regular a intensidade da atividade, a partir desses mecanismos (2). Deste modo, esses estudos revelam grande pontencial para compreendermos as sensações internas produzidas pelo corpo durante a atividade física em indvíduos que não atingem as recomendações básicas para serem considerados ativos fisicamente.

Um estudo prévio demonstrou que os retornos de informações internas provenientes dos sinais corporais afetam o autocontrole da carga física. Desta forma, foi levantada a hipótese de que bons perceptores de batimentos cardíacos (aqueles que demonstram maior percepção do sistema visceral) exerceriam menos esforço físico e demonstraria um autocontrole mais preciso da carga física e cardiovascular durante o exercício físico do que os pobres percebedores de batimentos cardíacos (3).

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11 populações, onde é econtrado uma abordagem predominante a indivíduos na infancia e na fase adulta, tornando a comparação dessas duas classes insuficiente, como também compreender os indivíduos adolescentes, fase em que a personalidade dos seus respectivos indivíduos são intensamente desenvolvidas, e a partir disso suas escolhas pessoais acerca do comportamento e estilo de vida acentuam-se, podendo se estabelecer, o que integra a decisão de ser fisicamente ativo (8).

Em um estudo longitudinal, Huotari (2011) conseguiu verificar o impacto da atividade física na adolescência sobre a idade adulta em homens e mulheres. Demonstrando que o risco de inatividade em adultos foi significativamente menor para aqueles que eram fisicamente ativos na adolescência (9). Deste modo, afirmando a importância da execução de atividade física no período da adolescência. Desta maneira, estudos tem mostrado que, a fim de manter a prática de atividade física ao longo da vida de forma continua, as pessoas tendem a repetir comportamentos que geram prazer e evitar os que geram desprazer (10), assim, se o desconforto, desprazer ou dor forem presentes durante a atividade, as percepções internas do corpo podem influênciar a forma que o exercício será executado. Nesse cenário, a sensibilidade das informações corporais internas pode interferir na velocidade de execução das atividades, em indivíduos considerados “bons percebedores” e “maus percebedores”. Adolescentes fisicamente inativos e com sensibilidade interoceptiva maior conseguem executar um exercício leve de forma mais rápida em comparação com aqueles que possuem uma sensibilidade interoceptiva menor.

Ante o exposto, o presente trabalho justifica-se na necessidade de compreender como se dá a reação entre adolescentes fisicamente incondicionados fisicamente a partir de suas percepções corporais internas. Portanto, este estudo foi realizado com o intuito de responder o seguinte questionamento: adolescentes com baixos níveis de condicionamento físico e com maior sensibilidade interoceptiva conseguem executar um exercício autosselecionado de forma mais lenta em comparação aos que possuem uma sensibilidade interoceptiva menor?

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12

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

- Verificar a relação entre a sensibilidade interoceptiva com a velocidade de execução do exercício autosselecionado em adolescentes fisicamente inativos.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Verificar a relação entre a sensibilidade interoceptiva e variáveis psicológicas em adolescentes fisicamente inativos.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1. INTEROCEPÇÃO

Em 1948, Sherrington desenvolveu a definição do termo “interocepção” (6). Porém, foi em 1884 que James e Lange propuseram a primeira teoria envolvendo a percepção das informações corporais internas, no qual o processamento visceral e emocional são interligados, onde as emoções foram tratadas como sendo o produto gerado a partir das mudanças corporais (2). Porém, a literatura demonstra variadas formas de defininições do termo, por isso, para esse estudo a definição de interocepção ficou estabelecida como a percepção dos sinais aferentes internos, que afetam a consciência e consequentemente o corportamendo direta ou indiretamente (11,12).

A partir desta interpretação, a interocepção foi definida como o ato de sentir, interpretar e integrar as informações dos sistemas internos do corpo conscientemente (12–14). Garfinkel define a interocepção em três medida, que são: a acurácia interoceptiva, podendo ser medida através da precisão na detecção das percepções corporais internas; a sensibilidade interoceptiva, subjetivamente, definida através do relato do indivíduo sobre sua autopercepção das medidas corporais; e a consciência interoceptiva, definida como sendo a relação existente entre a acurácia e a sensibilidade interoceptiva (11,13). A partir disso, estudos procuram compreender como as diferentes percepções corporais internas podem influências no comportamento humano e suas ações (2,6,13,15,16). Desta forma, é necessário compreender como cada dimensão interoceptiva atua sobre a regulação das emoções e suas respectivas modulações.

3.2 SENSIBILIDADE INTEROCEPTIVA E REGULAÇÃO DA INTESIDADE DO EXERCÍCIO FÍSICO

A principal particularidade da sensibilidade interoceptiva é sua percepção subjetiva, devido sua representação a partir da autoafirmação do individuo em perceber suas sensações corporais internas. As tentativas de quantificar a sensibilidade interoceptiva tem sido focado, predominantemente, na atividade cardíaca, devido à frequência cardíaca ser um medidor de excitação autonômica não invasiva, avaliando quantitativamente a autopercepção da atividade cardíaca (14,17,18). Existe evidência

(14)

14 ampla da relação positiva entre a capacidade de percepção do batimento cardíaco do indivíduo e a intensidade de experiência emocional subjetiva (18,19)

Com o objetivo de realizar a mensuração da SI, existem duas formas de fazer sua detecção, sendo-as através de questionários de autorrelato com perguntas referentes às sensações corporais percebidas, como o questionário de percepção corporal (20), questionário de consciência corporal (21), e através da autoconfiança no desempenho após a realização de um teste de acurácia interoceptiva. Nessa situação, a segunda é realizada através de uma pergunta que a separa em alta sensibilidade interoceptiva (ASI) e baixa sensibilidade interoceptiva (BSI), a partir de uma resposta de “sim” ou “não” para saber se o indivíduo acha que obteve um bom ou mau desempenho no teste.

No Modelo do Governador Central, o exercício físico é visto como um comportamento regulado por sistemas complexos no sistema nervoso central, especificamente para garantir que o exercício termine antes que ocorra uma grande falha biológica (22). A partir disso, Herbert et al. (3) investigou a regulação da AF em relação a processos interoceptivos. Nesse estudo, instruíram participantes, com idades entre 20 e 40 anos, para pedalar em bicicleta ergométrica num período de tempo constante (15 min), sendo os participantes livres para controlarem seu ritmo durante o teste. Os resultados mostraram que bons detectores de batimentos cardíacos realizaram menor esforço físico, demonstrando uma maior percepção de seu cansaço e de sua capacidade de sentir suas percepções corporais internas, do que os pobres percebedores de batimento cardíaco. Assim sugerindo que os participantes com maior SI, regulam melhor sua carga física em uma tarefa de desempenho.

Um estudo realizado com crianças, por Koch e Pollatos (2014) afirma que a sensibilidade cardíaca em crianças parece mostrar característicais e relações mais fracas, porém, similares às parâmetros emocionais encontrados nos adultos, para que um processo dinâmico de desenvolvimento possa ser assumido (23). No estudo de Mehling et al., foi verificado como o exercício físico se relaciona com a sensibilidade interoceptiva, através de um programa de exercícios integrativos com 12 semanas sobre a melhora da sensibilidade interoceptiva, no qual os indivíduos que praticaram o mindfulness e exercícios aeróbicos foram relatados com sua sensibilidade interoceptiva maior (24).

O comportamento de diminuir ou aumentar a intensidade do esforço físico, é influenciado pela intensificação das sinalizações periféricas que estão em níveis

(15)

15 confortáveis ou alcançam níveis altos de consciência, modificando a resposta comportamental (22). Estudos demonstraram o benefício da alta interocepção para regular a tomada de decisão emocional, bem como processar emoções (14,19). Apesar disso, quando falamos da regulação do exercíco físico em adolescentes a literatura ainda é escassa, limitando essa informação para compreendermos como esses processos ocorrem nesses indivíduos (21).

3.3 INATIVIDADE FÍSICA EM ADOLESCENTES

A inatividade física é um grande problema no século XXI. Atualmente, ela é uma condição pandêmica de longo alcance, com consequências econômicas, ambientais e sociais (25). Sendo a atividade física considerada diversos benefícios relacionados à sua saúde, como efeitos positivos na pressão sanguínea e na diminuição da massa gorda (26), além de uma maior sensação de bem-estar (27,28). Ao tratarmos a inatividade física na adolescência, isso torna-se um assunto ainda mais pertinente, devido o comportamento saudável de um adolescente desencadear a tendência deste desenvolver comportamentos saudáveis quando adulto.

Guthold et al. (2014) realizaram um estudo global sobre atividade física em adolescentes, onde foram 34 países de diferentes partes do planeta. Os achados do estudo mostraram que em mais da metade dos países pesquisados, a inatividade física excedeu mais que 75%, sendo esse percentual um pouco em meninas. Se tratando de países subdesenvolvidos, esses índices se tornam ainda mais alarmantes, atingindo mais de 90%, em países como a Venezuela, Senegal e Zâmbia (29).

No Brasil, os índices de inatividade física entre jovens mostram circunstâncias alarmantes. Barbosa Filho, Campos e Lopes (2014), em sua revisão sistemática, evidenciaram que, apesar das limitações da análise de dados (uso de diferentes instrumentos, ponto de corte para atividade física e estudos que foram incluídos com diferentes faixas etárias) (30), a maioria dos estudos indicaram que existe uma prevalência acima de 50% de inatividade física entre os adolescentes no país, corroborando com o estudo de Guthold et al. (2014). Desta forma, a investigação das variáveis que podem influenciar esse grupo se fazem necessárias para poder realizar diferentes tipos de intervenções, visando a diminuição destes dados.

(16)

16 A depressão, a ansiedade e o estresse são conceituados como transtornos interoceptivos porque reduzem a capacidade dos indivíduos de relatarem com mais exatidão a informação corporal, advindos do eixo corpo-cérebro, produzindo uma experiência modificada da sua sensação real (31,32). Essa representação somática depende dos processos baseados na crença em que afirmam ou negam a verdade de um estado do eu e do mundo (32). Isso mostra a determinância desses distúrbios na capacidade interoceptiva do indivíduo.

Em casos de transtornos depressivos, Dunn et al. evidenciaram que a precisão interoceptiva ficara cada vez menor de acordo com a gravidade do distúrbio. Isso significa que sujeitos com depressão leve tem uma capacidade interoceptiva reduzida, e sujeitos com depressão profunda já nem conseguem diferenciar sua precisão de controles saudáveis (16). Essa redução da precisão interoceptiva acaba se expressando, também, na diminuição dos potenciais evocados por batimentos cardíacos, comparando-se com indivíduos saudáveis (33).

Nos casos de ansiedade, os sintomas são um pouco mais superficiais. A desregulação interoceptiva pode acarretar em um aumento do foco e da sensibilidade aos estímulos interoceptivos. Portanto, um sujeito com distúrbios de pânico pode antecipar uma sensação corporal, como o aumento da frequência cardíaca. Quando esta situação acontece durante a realização de atividades físicas, o sujeito pode interpretar o aumento da frequência cardíaca como um ataque iminente (34), afetando diretamente na percepção dos estímulos interoceptivos.

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3 METODOLOGIA

Essa pesquisa se caracteriza como um estudo transversal e teve como convidados para participação do estudo, estudantes de ensino médio do Instituto Federal de Rio Grande do Norte - Campus Ipanguaçu. Como critérios de inclusão, esse estudo teve: apresentar a autorização dos responsáveis através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TAE); não estar fazendo uso de medicações que alterassem as respostas fisiológicas cardiovasculares ao exercício e/ou percepção de fadiga; ser do sexo masculino, idade entre 14 a 17 anos; não ser atleta de alta competitividade (integrantes de clubes amadores ou profissionais). Como critérios de exclusão, foi adotado: apresentar alterações musculoesqueléticas, sinais e/ou sintomas que impediram a realização das avaliações propostas, hipertensos e a não participação em algum dos procedimentos do estudo. Para o calculo amostral foi utilizado o software Gpower versão 3.1.9.2 (Universität Kiel, Kiel, Alemanha). Tendo em vista não haver alteração nos resultados, todos os participantes foram instruídos a não realizarem exercícios físicos e a não ingerirem bebidas energéticas durante as 24 horas que antecederam os procedimentos experimentais.

Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN), parecer número 2.054.692. Os participantes após terem sido informados sobre os riscos, benefícios e procedimentos do estudo obtiveram assinatura do responsável no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), conforme Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Brasil(35), e foram submetidos aos procedimentos experimentais.

4.1 DESENHO EXPERIMENTAL

As coletas de dados ocorreram na escola dos voluntários, em quatro visitas com intervalo mínimo de uma semana. Na primeira sessão, foram apresentados os riscos, os benefícios e os procedimentos do estudo, aos responsáveis foi solicitado a assinatura do TCLE e ao voluntário a assinatura do TALE, aprovando a participação do voluntário no estudo. Na segunda sessão, os voluntários foram submetidos à anamnese, avaliação antropométrica, avaliação do nível maturacional, nível de estresse, ansiedade e depressão. Na terceira visita foi realizado o testo dos batimentos cardiacos e verificado o nível de sensibilidade interoceptiva através de um questionário

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18 de autopercepção. Na quarta visita, realizaram o protocolo de exercício aeróbio que consistia em 10 minutos de corrida, em volta da quadra de voleibol, com instrução livre (“você tem 10 minutos de exercício”) e intensidade autosselecionada. Ademais, os voluntários que se apresentaram indispostos no momento do teste, foram automaticamente remarcados, para amenizar qualquer influência motivacional.

4.2 AMOSTRA

Foi utilizado o software Gpower versão 3.1.9.2 (Universität Kiel, Kiel, Alemanha) para calcular o tamanho adequado da amostra para um teste t independente com os seguintes critérios: (a) potência = 0,8; (b) tamanho do efeito d = 0,95 (calculado após os resultados de Herbert et al. (3)); (c) probabilidade de erro α = 0,05; e (d) taxa de alocação N2 / N1 = 1. Assim, o tamanho da amostra necessário para atingir 80% de poder foi de 15 participantes em cada grupo (30 no total). A amostra do estudo foi composta por 45 adolescentes do sexo masculino com idade média de 15,55 ± 0,78 anos.

4.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DA PESQUISA 4.3.1 Avaliação antropométrica

Para mensuração da massa e da estatura corporal foi utilizada uma balança digital (Welmy – modelo H110) com estadiômetro acoplado. Para o calculo do índice de massa corporal (IMC) foi considerado o quociente entre a massa corporal em quilogramas e a estatura em metros ao quadrado.

4.3.2 Nível de depressão estresse e ansiedade

A Escala de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21; Depression Anxiety and Stress Scale), desenvolvida por Lovibond e Lovibond (36), tem o objetivo de medir e diferenciar, os sintomas de ansiedade e depressão, foi aplicada na sua versão validada para a língua portuguesa (37). A escala agrupa-se em três estruturas básicas. Sendo a primeira, (a) definida pela presença de afeto negativo, como humor deprimido, insônia, desconforto e irritabilidade, que são sintomas inespecíficos e estão incluídos tanto na depressão como na ansiedade; a segunda englobando (b) fatores que constituem estruturas que representam sintomas específicos para depressão (anedonia, ausência de afeto positivo); por último, a terceira estrutura que faz

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19 referência aos (C) sintomas específicos de ansiedade (tensão somática e hiperatividade). O questionário foi aplicado em forma individualizada com objetivo de assegurar a integridade dos voluntários.

4.3.3 Maturação somática

Para a avaliação do nível de maturação somática (38) dos indivíduos, foi utilizado as medidas de idade cronológica (IC), comprimento de pernas (CP), estatura total (E), altura tronco encefálica (ATC) e massa corporal (MC) (38). Esse método de avaliação estima o tempo que o indivíduo está do pico de velocidade de crescimento (PVC), onde o valor zero significa o início do PVC e os valores negativos e positivos significam os anos que faltam ou passaram do PVC. Portanto, o valor -1 mostra que falta um ano, aproximadamente, para o sujeito alcançar o PVC e o valor 1 significa que o PVC já começou há um ano. A fórmula para predição dos anos até o PVC para meninos é: -9,236 + [0,0002708 x (CP x ATC)] + [-0,001663 x (IC x CP)] + [0,007216 (IC x ATC)] + [0,02292 x (MC/E)]. Esta avaliação vem sendo utilizada em outros estudos com crianças e adolescentes como alternativa aos métodos mais invasivos de detecção do nível maturacional (39).

4.3.4 Sensibilidade Interoceptiva

A medida subjetiva de sensibilidade interoceptiva foi verificada através de um questionário de percepção corporal, que é um questionário de autorrelato relacionando as sensações corporais percebidas (20). Essa abordagem mensura a autopercepção do individuo com as informações do corpo, no qual o individuo específica e pontua o quanto sente essas informações em seu cotidiano.

4.3.5 Teste de Corrida

Os voluntários caminharam/correram ao redor de uma quadra de vôlei (9m de largura e 18m de comprimento) durante 10 minutos. A intensidade no teste foi autosselecionada, tendo como instrução ao voluntário se exercitar por 10 minutos (“você tem 10 minutos de exercício físico”). Ao final dos 10 minutos foi mensurada a distância total percorrida, a partir da qual foi calculada a velocidade média durante a realização do teste.

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20 4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA

A normalidade dos dados foi testada pelo teste Shapiro-Wilk, assimetria e curtose. os dados foram expressos em média, mediana e desvio padrão. A correlação de Spearman foi utilizada para verificar a correlação da atividade autosselecionada e nível se sensibilidade interoceptiva. O coeficiente de correlação seguiu as recomendações de Cohen (1988), sendo considerado ≤ 0,10 uma correlação fraca, 0,11 a 0,30 moderada e > 0,30 forte.Todos os dados foram analisados utilizando o programa SPSS® versão 20.0 (IBM, Inc., Chicago, EUA). Um nível alfa de p < 0,05 foi usado para determinar a significância estatística.

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21 5. RESULTADOS

A tabela 1 apresenta a caracterização dos participantes

Tabela 1. Caracterização dos adolescentes participantes da pesquisa.

Variáveis Média ± DP Idade 15,56 ± 0,78 IMC (kg.m-2) 22,37 ± 3,40 Massa corporal (kg) 66,41 ± 11,17 Estatura (m) 1,72 ± 0,05 Maturação 0,44 ± 0,61 VO2máx (ml.kg-1.min-1) 42,31 ± 5,95

Nota: IMC =. Índice de Massa Corporal; VO2máx = Volume de Oxigênio Máximo.

A tabela 2 aponta os resultados evidenciados nesse estudo, no qual foi observada uma forte correlação entre a sensibilidade interoceptiva e os níveis de ansiedade e depressão.

Tabela 2. Correlação entre VO2, Sensibilidade Interoceptiva, Estresse, Ansiedade, Depressão e Teste de Corrida.

Nota: SI-Q = Questionário de Sensibilidade Interoceptiva; *p< 0,05; **p<0,001.

1 = Volume de Oxigênio Máximo; 2 = Sensibilidade Interoceptiva; 3 = Estresse; 4 = Ansiedade;

5 = Depressão; 6 = Teste de Corrida.

MEDIANA 1 2 3 4 5 6 1. VO2 40,4 - -,215 -,071 -,027 -,423** ,521** 2. SI-Q 83,0 - ,230 ,388** ,325* -,023 3. Estresse 5,00 - ,230 ,203 -,049 4. Ansiedade 2,00 - ,267 -,023 5. Depressão 3,00 - -,421** 6. Teste de Corrida 1157,0 -

(22)

22 6. DISCUSSÃO

Esse estudo teve como objetivo verificar a relação entre a sensibilidade interoceptiva sobre a velocidade de execução do exercício autosselecionado, a partir de uma instrução livre, em adolescentes fisicamente inativos. Os principais resultados do presente estudo mostraram que não houve diferença entre os adolescentes com maiores níveis de sensibilidade interoceptiva e os com níveis menores ao final da corrida (-,023, p< 0,05). No entanto, quando correlacionado com as variáveis ansiedade e depressão, os indivíduos com sensibilidade interoceptiva maior demonstraram uma relação positiva com essas características (0,388, p< 0,05 e 0,325, p< 0,05).

De fato, nossos achados não corroboram com os encontrados em Herbet et al (2007) e os de Pennebaker e Lightner (1988). Nesses estudos foi evidenciado como os experimentos em tarefas de exercício físico livre, no qual o sujeito pode alterar a intensidade de esforço durante a atividade, o aumento da informação interoceptiva influencia na diminuição da intensidade/velocidade, enquanto que em tarefa de exercício físico isolado, onde a intensidade não pode ser modificada, o aumento da informação interoceptiva influencia na velocidade de execução da tarefa.

Como os estudos prévios trataram da sensibilidade interoceptiva junto a exercícios em adultos, nossos resultados podem evidênciar uma diferença de comportamento quando relacionados a adolescentes, como ocorre no estudo da Georgiou (2015), mostrando que crianças com maior SI tiveram melhores resultado na tarefa de desempenho físico. Encontrando, também, resultados que salientam a importância da interocepção para a autorregulação do comportamento relacionado à saúde(41). Todavia, nesses estudos a medida da interocepção utilizada foi a acurácia interoceptiva (contagem de batimentos cardíacos), enquanto que em nosso estudo a medida que empregue foi a sensibilidade interoceptiva.

As variáveis ansiedade e depressão, (verificadas através do EDAE-A) evidenciaram uma forte correlação com os dados de sensibilidade interoceptiva. Esse comportamento pode ser explicado pela explicação encontrada por Paulus e Stein (2009), que em sua revisão de literatura chegaram ao consenso que a depressão e ansiedade não são simplesmente distúrbios interoceptivos, mas sim estados interoceptivos alterados como conseqüência da redução da capacidade dos indivíduos de informar de forma adequada as suas informações corporais, tendo

(23)

23 como resultado vivências alteradas, podendo ser, baixa autoestima ou preocupação exceciva a eventos qua ainda não ocorreram (32,34).

Assim, acreditamos que a maior intensidade das informações internas em adolescentes pode desencadear sérias alterações psicofisiológicas que resultem em sintomas ansiosos e depressivos. Portanto, com base nos resultados deste estudo recomenda-se que adolescente com ASI que estejam acometidos com esses sintomas possam procurar práticas que impulsionem uma melhor convivência com as percepções corporais internas para obterem uma melhor convivência diante dessas sensaçõs e seu próprio corpo.

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24 7. CONCLUSÃO

Dessa forma, concluímos que não há diferença na regulação da velocidade em exercício autosselecionado em indivíduos com ASI e BSI. Além disso, a partir dos resultados do presente estudo, podemos observar que, em adolescentes fisicamente inativos percebe-se que há uma forte correlação entre os níveis de ASI e sintomas de ansiedade e depressão. Assim, nossos achados contribuem no sentido de destacar o papel da sensibilidade interoceptiva como fator importante no desenvolvimento das condições de saúde mental.

(25)

25

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(28)

28 9. ANEXOS

Anexo 1: Termo De Assentimento Livre E Esclarecido (Tale)

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TALE)

Você está sendo convidado a participar da pesquisa A INFLUÊNCIA DA

INTEROCEPÇÃO SOBRE A REGULAÇÃO DO ESFORÇO FÍSICO EM ADOLESCENTES,

coordenada pelo professor Marília Padilha Martins Tavares – (84) 99851-8483. Seus pais permitiram que você participe.

Queremos saber se você sente o mesmo cansaço, durante o exercício físico, que o seu colega e como você controla a sua velocidade durante a corrida.

Você só precisa participar da pesquisa se quiser, é um direito seu e não terá nenhum problema se desistir. As crianças que irão participar desta pesquisa têm de 12 a 17 anos de idade.

A pesquisa será feita no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio

Grande do Norte – Campus Ipanguaçu, onde as crianças irão se pesar, verificar a altura e

medidas do corpo, pressão arterial, verificar a frequência do coração, farão um teste que conta os batimentos do coração, um teste de saliva – que terão que cuspir em um copinho – e três testes de corrida, o primeiro teste você correrá até o máximo que puder e o segundo e terceiro você escolherá a velocidade que vai correr durante 10 minutos. Para isso, será usado balança, fita métrica, um relógio que verifica a frequência do coração, um aparelho de pressão arterial e uma escala, ele é considerado seguro, mas é possível ocorrer cansaço e tontura depois do teste que corre o máximo que puder. Caso aconteça algo errado, você pode nos procurar pelos telefones que tem no começo do texto. Mas há coisas boas que podem acontecer como descobrir o seu condicionamento físico, a intensidade (velocidade) ideal dos exercícios, se você consegue perceber as informações do corpo mais ou menos que os outros, sua condição cardiovascular, entre outros.

Todos os testes da pesquisa serão realizados no horário da aula de educação física. Ninguém saberá que você está participando da pesquisa; não falaremos a outras pessoas, nem daremos a estranhos as informações que você nos der. Os resultados da pesquisa vão ser publicados em revistas da área da saúde e no trabalho final do mestrado da pesquisadora

Marília Padilha Martins Tavares – (84) 99851-8483, mas sem identificar as crianças que

participaram.

CONSENTIMENTO PÓS INFORMADO

Eu ___________________________________ aceito participar da pesquisa A INFLUÊNCIA

DA INTEROCEPÇÃO SOBRE A REGULAÇÃO DO ESFORÇO FÍSICO EM ADOLESCENTES.

Entendi as coisas ruins e as coisas boas que podem acontecer.

(29)

29 Entendi que posso dizer “sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso dizer “não” e desistir e que ninguém vai ficar com raiva de mim.

Os pesquisadores tiraram minhas dúvidas e conversaram com os meus responsáveis.

Recebi uma cópia deste termo de assentimento e li e concordo em participar da pesquisa.

Natal, ____de _________de __________.

______________________________________ Assinatura do menor

______________________________________ Assinatura do pesquisador

(30)

30 Anexo 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esclarecimentos

Estamos solicitando a você a autorização para que o menor pelo qual você é responsável participe da pesquisa: A INFLUÊNCIA DA INTEROCEPÇÃO SOBRE A

REGULAÇÃO DO ESFORÇO FÍSICO EM ADOLESCENTES, que tem como pesquisador

responsável Marília Padilha Martins Tavares.

Esta pesquisa pretende examinar a relação da capacidade que você tem em perceber as informações do corpo sobre a regulação do esforço físico durante a realização de exercício em adolescentes fisicamente ativos e sedentários.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é que pesquisas recentes relatam haver variabilidade na capacidade humana em perceber estímulos interoceptivos, ou seja, perceber alterações corporais. Assim, pessoas com maior interocepção – que é a capacidade nessas informações do corpo - apresentam maior demanda fisiológica ao estresse físico e/ou emocional, e maior intensificação das informações corporais. Dessa forma, os indivíduos podem responder diferente ao estímulo do exercício e alterar seu comportamento durante o exercício físico.

Caso você decida autorizar, todos os testes serão realizados durante a aula de educação física na escola, na qual o voluntário será submetido a uma entrevista sobre sua saúde, avaliação do peso, estatura e gordura corporal, avaliação do estágio maturacional, ficará 10 minutos em repouso para verificar a frequência cardíaca, e mais 5 minutos para pressão arterial de repouso. Ele será submetido ao questionário de ansiedade (IDATE), ao teste de contagem dos batimentos cardíacos e ao teste de esforço máximo (léger). Nas outras duas visitas, ele será submetido ao teste de contagem dos batimentos cardíacos e a um protocolo de corrida com duração de 10 minutos. Estes procedimentos serão repetidos para assegurar que as respostas serão repetitivas e não acontecem ao acaso. Não haverá gravação de voz e captura de imagens, cada visita durará 40 minutos em média.

Durante a realização do teste de esforço máximo e o exercício de 10 minutos os riscos são mínimos, ou seja, o risco é semelhante ao sentido num exame físico.

Pode acontecer um desconforto durante a realização do teste de aptidão aeróbia que será minimizado pelo monitoramento do esforço físico e das variáveis fisiológicas de esforço por profissionais capacitados e terá como benefício à descrição da aptidão aeróbia e intensidade máxima suportada.

Em caso de algum problema que ele possa ter, relacionado com a pesquisa, ele terá direito a assistência gratuita que será prestada pela pesquisadora responsável.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Marília

Padilha Martins Tavares, (84) 99851-8483 pesquisadora que compõe a equipe responsável

pelo estudo.

(31)

31 nenhum prejuízo para você e para ele.

Os dados que ele irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa identificá-lo.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

Se ele tiver algum gasto devido à participação nessa pesquisa, será assumido pela pesquisadora e reembolsado para o voluntário.

Se ele sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, ele será indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável Marília Padilha Martins Tavares.

Consentimento Livre e Esclarecido

Eu, ____________________________________________, representante legal do menor ____________________________________________, autorizo sua participação na pesquisa sobre a ‘A INFLUÊNCIA DA INTEROCEPÇÃO SOBRE A REGULAÇÃO DO

ESFORÇO FÍSICO EM ADOLESCENTES”.

Esta autorização foi concedida após os esclarecimentos que recebi sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados, por ter entendido os riscos, desconfortos e benefícios que essa pesquisa pode trazer para ele e também por ter compreendido todos os direitos que ele(a) terá como participante e eu como seu representante legal.

Autorizo, ainda, a publicação das informações fornecidas por ele em congressos e/ou publicações científicas, desde que os dados apresentados não possam identificá-lo.

(32)

32 Natal, / / .

____________________________________

Assinatura do representante legal

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo ‘A INFLUÊNCIA DA INTEROCEPÇÃO

SOBRE A REGULAÇÃO DO ESFORÇO FÍSICO EM ADOLESCENTES’, declaro que assumo a

inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal, / / .

_________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

Impressão datiloscópica do representante legal

(33)

33 Anexo 3 – DASS-21

(34)

34 Anexo 4 – Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)

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Referências

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