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DOCUMENTOS

294

ISSN 1808-9992 Junho / 2020

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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Semiárido

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Embrapa Semiárido

Petrolina, PE 2020

Anais da IV Jornada de Integração da

Pós-Graduação da Embrapa Semiárido

3 e 4 de dezembro de 2019

DOCUMENTOS 294

ISSN 1808-9992 Junho / 2020

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Exemplares da mesma podem ser adquiridos na: Embrapa Semiárido BR 428, km 152, Zona Rural Caixa Postal 23 CEP 56302-970, Petrolina, PE Fone: (87) 3866-3600 Fax: (87) 3866-3815

Todos os direitos reservados.

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Embrapa Semiárido

© Embrapa, 2020 Presidente

Flávio de França Souza

Secretária-Executiva

Juliana Martins Ribeiro

Membros

Ana Cecília Poloni Rybka, Bárbara França Dantas, Diogo Denardi Porto, Élder Manoel de Moura Rocha, Geraldo Milanez de Resende, Gislene Feitosa Brito Gama, José Maria Pinto, Pedro Martins Ribeiro Júnior, Rita Mércia Estigarríbia Borges, Sidinei Anunciação Silva, Tadeu Vinhas Voltolini.

Supervisão editorial

Sidinei Anunciação Silva

Revisão de texto

Sidinei Anunciação Silva

Projeto gráfico da coleção

Carlos Eduardo Felice Barbeiro

Editoração eletrônica

Nivaldo Torres dos Santos Sidinei Anunciação Silva

Desenho da capa

Paulo Pereira da Silva Filho 1ª edição: 2020

Jornada de Integração da Pós-Graduação da Embrapa Semiárido (IV. : 2019 : Petrolina, 2019): Anais da IV Jornada de Integração da Pós-Graduação da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE: Embrapa Semiárido, 2020.

112 p. (Embrapa Semiárido. Documentos, 294).

1. Pesquisa agrícola. 2. Agricultura. 3. Pecuária. 4. Tecnologia. I. Embrapa Semiárido. II. Título. III. Série.

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Comissão Organizadora

Bárbara França Dantas

Pesquisadora A

Beatriz Aguiar Jordão Paranhos

Pesquisadora A

Francislene Angelotti

Pesquisadora A

Rafaela Priscila Antonio

Pesquisadora A

Rita Mércia Estigarribia Borges

Pesquisadora A

Tadeu Vinhas Voltolini

Pesquisador A

Welson Lima Simões

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Comitê Avaliador

Dr. Amadeu Regitano Neto

Embrapa Semiárido

Dra. Andréa Nunes Moreira de Carvalho

Instituto Federal Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE)

Dra. Meridiana Araújo Gonçalves Lima

Universidade do Estado da Bahia (Uneb)

Dra. Rita Mércia Estigarribia Borges

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Apresentação

A Jornada de Integração da Pós-Graduação da Embrapa Semiárido foi idea-lizada para promover a troca de informações entre estudantes de pós-gradu-ação que desenvolvem seus estudos sob a orientpós-gradu-ação de pesquisadores da Unidade. É, também, uma oportunidade para que os orientadores discutam metodologias e experiências sobre suas pesquisas com o objetivo de obter melhores resultados.

Em 2019, o evento chegou à sua quarta edição e foi observada a diversidade de temas estudados na Embrapa Semiárido, sendo apresentados 44 resu-mos simples em áreas como agricultura irrigada, tecnologia de bioprocessos, recursos naturais, biodiversidade da Caatinga, sistemas agrícolas dependen-tes de chuva e produção animal.

A realização do evento também é propícia para que os estudantes de ini-ciação científica tenham acesso a informações que podem ser utilizadas no aprimoramento de suas atividades, além de subsidiar a decisão quanto à uma carreira científica.

Nesta publicação são reunidos os trabalhos apresentados na IV Jornada de Integração da Pós-graduação da Embrapa Semiárido, reafirmando-se uma das contribuições da Unidade com a formação de profissionais que podem atuar em diversas áreas da pesquisa científica.

Pedro Carlos Gama da Silva

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Sumário

Agricultura Irrigada

Caracterização físico-química de acessos de acerolas do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Semiárido ... 17 Correlação entre coloração da casca e atividade antioxidante em uva ‘BRS Cora’ em função de sistemas de condução e porta-enxertos... 19 Perfil e teores de antocianinas em uva ‘BRS Magna’ sob diferentes porta-enxertos em ciclos distintos... 21 Qualidade da uva ‘BRS Magna’ sob influência de sistemas de condu-ção e do porta-enxerto ‘IAC 766’ em quinto e sexto ciclo de producondu-ção 23 Aumento da concentração de CO2 sobre o comprtamento de adultos de Liriomyza sativae... 25 Comportamento bioquímicos e enzimático da melancieira sob níveis de água salina e doses de fertilizante mineral... 26 Produção da manga ‘Kent’ submetida a deficit hídrico controlado no Sub-médio do Vale do São Francisco... 28 Produção da manga cv. Palmer submetida à aplicação de cálcio ma-rinho... 29 Agroecossistemas multifuncionais afetam o acúmulo de zinco em

Cucumis melo L. no Semiárido brasileiro... 31

Tecnologia de Bioprocessos

Propriedades de nanocompósitos à base de galactomanana e princí-pios ativos antifúngicos para revestimento de frutas ... 35 Modificação da quitosana para a obtenção de filmes com propriedade antifúngica em revestimento pós-colheita... 37

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ta nanoencapsulado na manutenção da qualidade de mangas

‘Pal-mer... 39 Determinação rápida de parâmetros físico-químicos em vinhos bran-cos produzidos no Submédio do Vale do São Francisco utilizando es-pectrômetro VIS/NIR portátil ... 41 Influência da prática de maceração a frio na coloração e composição fenólica de vinho base para espumante ‘Shiraz’ ... 43 Caracterização físico-química de fermentado de maracujá-da-caatin-ga elaborado a partir de frutos colhidos em diferentes estádios de maturação ... 45 Influência do uso de diferentes agentes de colagem sobre a qualidade sensorial do vinho branco ‘Chenin Blanc’ do Submédio do Vale do São Francisco... 47 Efeito da suplementação nitrogenada e adição de leveduras comer-ciais na produção do hidromel a partir de mel de abelhas Apis

melli-fera... 49

Recursos Naturais

Efeitos de recobrimentos sobre a temperatura interna de câmaras es-táticas para a coleta de gases de efeito estufa emitidos pelo solo ... 53 Uso de sensoriamento remoto na análise do status hídrico em floresta tropical sazonalmente seca ... 55 Análise dos serviços ecossistêmicos da Caatinga de Pernambuco uti-lizando LIDAR ... 57

Biodiversidade da Caatinga

Influência da hidratação descontínua com o uso de ácido giberélico na germinação de sementes de caroá ... 61 Avaliação da germinação de sementes armazenadas de Erythrina

velutina Willd ... 63 Armazenamento de sementes de Handroanthus spongiosus (Rizzini) S. Grose. em diferentes condições ... 65 Teste de etanol para a avaliação da qualidade fisiológica de sementes nativas arbóreas da Caatinga ... 67

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Curva de embebição e requerimento térmico para a germinação de sementes de umbul ... 69 Prospecção in vitro de isolados de Bacillus para o biocontrole de

Me-loidogyne enterolobii... 71 Ocupação de ninhos-armadilha por abelhas do gênero Centris em ninhos-armadilhas em cultivos comerciais de aceroleira... 73 Beneficiamento e pré-condicionamento influenciam na germinação de sementes de umbu... 75 Agroecossistemas multifuncionais impactam na diversidade da fauna edáfica... 77 Amplificação simultânea dos genes nifH e nodC em bactérias isola-das de nódulos de Mimosa tenuiflora em solos de Pernambuco... 79

Sistemas Agrícolas Dependentes de Chuva

Bactérias endofíticas de nódulos de Vigna spp., oriundas de áreas de Caatinga, controlam doenças fúngicas em feijão-caupi ... 83 Eficiência agronômica de Bradyrhizobium sp. ESA 123 e B. elkanii SE-MIA 6144 na cultura do amendoim em Parnamirim, PE ... 85 Efeito da coinoculação de isolados não rizobianos com uma estirpe elite de Bradyrhizobium pachyrhizi em feijão-caupi ... 87 Quantificação de bactérias diazotróficas associadas a Tripogonella

spicata na Caatinga ... 89 Metabolismo enzimático de plantas de feijão-caupi submetidas a dife-rentes disponibilidades hídrica ... 91

Produção Animal

Qualidade fisiológica de genótipos de Cenchrus sp. conservados no Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Semiárido ... 95 Efeito do deficit hídrico no desenvolvimento vegetativo em acessos do gênero Macroptilium spp. ... 97

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miárido... Estimativa da diversidade genética morfoagronômica entre acessos de Cenchrus spp. do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Se-miárido ...

99

101 Ingestão de água e excreção urinária em ovinos alimentados com ra-ções à base de melancia forrageira em substituição parcial ao feno .... 103 Parâmetros fisiológicos em ovinos alimentados com ração à base de palma forrageira em substituição parcial ao feno ... 105 Parâmetros fisiológicos de cabras das raças nativas submetidas a diferentes dietas em região semiárida do nordeste do Brasil ... 107 Parâmetros fisiológicos de cabras Canindé e Repartida em região semiárida do nordeste do Brasil ... 109 Atividade estral das cabras da raça Canindé e Repartida exploradas em condições do Semiárido... 111

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DOCUMENTOS 294

Caracterização

físico-quími-ca de acessos de acerolas

do Banco Ativo de

Germo-plasma da Embrapa

Semiá-rido

Maria Aparecida Rodrigues Ferreira1; Ianca

carnei-ro Ferreira²; João Claudio Vilvert³; Flavio França Souza4; Sergio Tonetto de Freitas5

Resumo

A aceroleira (Malpigia emaginata DC.) é uma planta da América central e o seu fruto se destaca pelo alto teor de vitamina C, assim como de outros com-postos químicos a exemplo dos carotenoides, tiamina, riboflavina e niacina.

O objetivo deste trabalho foi caracterizar os frutos de aceroleira de acessos do Banco Ativo de Germoplama (BAG) da Embrapa Semiárido, tanto para consumo in natura, quanto para processamento. Os frutos foram colhidos no BAG da Embrapa Semiárido, no estádio de maturação com coloração da epi-derme vermelha e foram levados ao Laboratório de Fisiologia Pós-colheita da Embrapa Semiárido. Os acessos avaliados foram Okinawa, Aco 18, Cabocla e BRS Rubra. Após a colheita, os frutos foram avaliados quanto à firmeza de polpa, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), relação SS/AT e Vitami-na C. O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizados, com quatro repetições de dez frutos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. De acordo com os resultados, foi observado que os acessos Aco 18 e Okinawa apresentaram maior firmeza de polpa dos frutos e se di-ferenciaram estatisticamente dos acessos BRS Rubra e Cabocla. O acesso BRS Rubra expressou menor teor de ácido málico sendo estatisticamente

1Bióloga, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Produção Vegetal –

Univaf, Petrolina, PE.

2Tecnóloga em Alimentos, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências de Alimentos

- Ufla , Lavras, MG.

³Engenheiro-agrônomo, mestrando no Programa de Pós-graduação em Fitotecnia - Ufersa, Mossoró, RN.

4Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Genética e Melhoramento, pesquisador da Embrapa

Semiárido, Petrolina, PE, flávio.franca@embrapa.br.

5Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Biologia de Plantas, pesquisador da Embrapa Semiárido,

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diferente em relação aos acessos Aco 18 e Okinawa. Foi observada maior re-lação SS/AT no acesso BRS Rubra, que se diferenciou estatisticamente dos demais acessos. Okinawa apresentou maior teor de vitamina C e diferenciou--se estatisticamente do acesso Cabocla e BRS Rubra. O acesso BRS Rubra apresentou alta qualidade para o consumo in natura e/ou processamento por apresentar menor teor de ácido málico e maior relação SS/AT.

Palavras-chave: Malpigia emaginata DC, consumo in natura, processamento. Financiamento: Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de

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19

DOCUMENTOS 294

Correlação entre coloração

da casca e atividade

antioxi-dante em uva ‘BRS Cora’ em

função de sistemas de

con-dução e porta-enxertos

Phetrus Bittar de Araújo1; Vanda Maria de Aquino

Figueiredo2; Eleonora Barbosa Santiago da Costa3;

Wilyanne Monique Danôa Bonfim4; Maria

Auxilia-dora Coêlho de Lima5

Resumo

As uvas são importantes fontes naturais de compostos fenólicos. Estes com-postos, além de estarem envolvidos na manutenção da saúde humana, uma vez que são fitoquímicos com potencial antioxidante, exercem forte influência sobre as características sensoriais das uvas e de seus derivados. A cor, prin-cipal atributo originado dos polifenóis, é decorrente do conteúdo de pigmen-tos na casca e, nas uvas tintas, as antocianinas, compospigmen-tos pertencentes ao grupo dos flavonoides, são os mais importantes. O objetivo deste estudo foi determinar a correlação entre coloração da casca e atividade antioxidante em uva ‘BRS Cora’ em função dos sistemas de condução e porta-enxertos. O experimento foi conduzido no Campo Experimental de Bebedouro, perten-cente à Embrapa Semiárido, em Petrolina, PE. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em parcelas subdivididas, com quatro repetições. Foram estudados os sistemas de condução latada, lira e espaldeira, nas par-celas, e os porta-enxertos ‘IAC 572’ e ‘IAC 766’, nas subparcelas. Não houve diferença significativa entre sistemas de condução e porta-enxertos para os atributos de cor a* e b* e para a atividade antioxidante, determinada pelo método DPPH●.Houve interação significativa entre sistemas de condução e porta-enxertos para os teores de antocianinas totais (ANT), flavonoides ama-relos (FLAV) e atividade antioxidante total (AAT), pelo método ABTS●+. As plantas conduzidas em sistema latada sobre o porta-enxerto ‘IAC 572’

carac-1Bacharel em Agroindústria, mestrando em Agronomia – UFPB, Areia, PB 2Engenheira-agrônoma, mestranda em agronomia – UFPB, areia, PB 3Engenheira-agrônoma, doutoranda em agronomia – UFPB, areia, PB 4Graduada em ciências biológicas, bolsista BFT/Facepe, petrolina, PE

5Engenheira-agronoma, D.Sc. em Fitotecnia ,Pesquisadora da Embrapa Semiárido,

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terizaram-se por maior acúmulo de FLAV na casca e maior AAT nas bagas, pelo método ABTS●+. O mesmo verificou-se para o teor de ANT, quando se adotou o sistema de condução latada associado ao porta-enxerto ‘IAC 766’. Correlações positivas (>0,63) foram observadas entre ANT e FLAV e entre os teores de FLAV e atividade antioxidante, pelo método de ABTS●+. Numa mesma safra, a adequada associação entre sistema de condução e porta--enxerto define características diferenciais nos pigmentos determinantes da cor da casca em uva ‘BRS Cora’.

Palavras-chave: antocianinas, latada, flavonoides amarelos, compostos

fe-nólicos.

Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

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DOCUMENTOS 294

Perfil e teores de

antocia-ninas em uva ‘BRS Magna’

sob diferentes

porta-enxer-tos em ciclos distinporta-enxer-tos

Eleonora Barbosa Santiago da Costa1; Vanda Maria

de Aquino Figueiredo2; Liziane Marques dos

San-tos3; Phetrus Bittar de Araújo4; Maria Auxiliadora

Coêlho de Lima5

Resumo

A BRS Magna é uma cultivar de uva para a elaboração de suco, rica em compostos fenólicos, como as antocianinas. Seus teores variam de acordo com a cultivar, maturidade e condições climáticas. O porta-enxerto influencia o crescimento vegetativo, a produção e a qualidade do cacho. Também, sofre interferência das condições edafoclimáticas e responde diferentemente de acordo com a copa sobre ele enxertada. Neste trabalho, objetivou-se quan-tificar, por cromatografia líquida de alta eficiência, os teores de compostos antociânicos em bagas de videira ‘BRS Magna’ cultivada sobre sete porta--enxertos em dois ciclos produtivos, no Submédio do Vale do São Francisco. O experimento foi conduzido no Campo Experimental de Bebedouro, perten-cente à Embrapa Semiárido, Petrolina, PE, utilizando-se os porta-enxertos IAC 313, IAC 572, IAC 766, Harmony, Freedom, Paulsen 1103 e SO4, em delineamento experimental em blocos ao acaso em parcelas subdivididas no tempo, com três repetições. As uvas foram colhidas nos ciclos do segundo semestre dos anos de 2017 e 2018. Os extratos das amostras para leitura em cromatógrafo líquido de alto desempenho foram obtidos de 50 bagas de cada repetição, das quais foram retiradas as sementes para posterior liofilização. Nas amostras liofilizadas, foram quantificadas as antocianinas: calistefina, cianina, curomanina, mirtilina, malvina e oenina. Malvina foi a antocianina majoritária, apresentando teores até 60 vezes maiores que os da oenina, que estava presente em menor quantidade que as demais. Entre os porta-enxer-tos, maiores acúmulos de antocianinas foram observados nas uvas colhidas de plantas sobre o Harmony. Mesmo estudando-se períodos equivalentes do

1Engenheira-agrônoma, doutoranda em Agronomia – UFPB, Areia, PB. 2Engenheira-agrônoma, mestranda em Agronomia – UFPB, Areia, PB.

3Engenheira-agrônoma, mestranda em Produção Vegetal – Univasf, Petrolina, PE. 4Bacharel em agroindústria, mestrando em Agronomia – UFPB, Areia, PB.

5Engenheira-agronôma, D.Sc. em Fitotecnia, Pesquisadora Embrapa Semiárido, Petrolina, PE,

auxiliadora.lima@embrapa.br.

____________

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ano, as uvas colhidas no segundo semestre de 2017 apresentaram teores até 50% superiores, para a maioria das antocianinas. Isso pode ser atribuído às diferenças das condições climáticas em ambos os períodos estudados, de forma que, sob temperatura e umidade relativa mais favoráveis, tem-se estímulo à síntese e estabilidade desses compostos.

Palavras-chave: antocianinas, compostos fenólicos, uva para suco.

Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

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DOCUMENTOS 294

Qualidade da uva ‘BRS

Mag-na’ sob influência de

siste-mas de condução e do

porta--enxerto ‘IAC 766’ em quinto

e sexto ciclo de produção

Liziane Marques dos Santos¹; Vanda Maria de Aquino Figueiredo²; Eleonora Barbosa Santiago da Costa³; Wilyanne Monique Danôa Bonfim4; Maria

Auxiliadora Coêlho de Lima5

Resumo

A cultivar de videira BRS Magna se adaptou à região do Submédio do Vale do São Francisco e apresenta alto rendimento e alta qualidade do suco. Por ser uma cultivar relativamente nova, pesquisas voltadas para o aprimoramento do sistema produtivo são necessárias. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a qualidade da uva ‘BRS Magna’ cultivada em diferentes sistemas de condu-ção, no quinto e sexto ciclos de produção. O trabalho foi realizado em área implantada em 2013, no Campo Experimental de Bebedouro, pertencente à Embrapa Semiárido, em Petrolina, PE. Os tratamentos corresponderam a três sistemas de condução (lira, espaldeira e latada) e aos dois ciclos de produção sucessivos. As plantas foram enxertadas sobre ‘IAC 766’. O deli-neamento experimental foi em blocos ao acaso, em parcelas subdivididas no tempo. A partir de dez cachos por parcela e ao final de cada ciclo, foram ava-liados: massa média de dez cachos, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, cor da casca (L, a* e b*) e resistência à compressão. Não houve diferença entre os sistemas de condução para os atributos de cor L e b*, resistência à compressão e acidez titulável. O mesmo foi observado para a* e acidez titulável entre os ciclos de produção. A massa do cacho diferiu entre os ciclos de acordo com o sistema de condução, sendo maior quando se usou lira. Ao analisar o teor de sólidos solúveis e a*, verificou-se que as uvas colhidas de plantas sobre o sistema lira apresentaram menores valores em relação à latada. O segundo ciclo diferenciou-se por produzir uvas com teor de sólidos

1 Engenheira-agrônoma, mestranda em Produção vegetal – Univasf, Petrolina, PE. 2 Engenheira-agrônoma, mestranda em Agronomia – UFPB, Areia, PB.

3 Engenheira-agrônoma, doutoranda em Agronomia – UFPB, Areia, PB. 4 Bióloga – UPE , bolsista BFT/Facepe, Petrolina, PE.

5Engenheira-agronôma, D.Sc. em Fitotecnia, pesquisadora Embrapa Semiárido, Petrolina, PE,

auxiliadora.lima@embrapa.br.

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solúveis 2,5 ºBrix acima do observado no primeiro. O atributo de cor L e a resistência à compressão foram superiores no primeiro ciclo de produção. A partir dos resultados, infere-se que o fator que mais influenciou a qualidade da uva ‘BRS Magna’ foi o sistema condução.

Palavras-chave: espaldeira, lira, latada, uvas para suco.

Financiamento: Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de

Pernambuco (Facepe); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa).

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DOCUMENTOS 294

Aumento da concentração

de CO

2

sobre o

comporta-mento de adultos de

Lirio-myza sativae

Jessica de Oliveira Santos1; Tiago Cardoso da

Cos-ta Lima2; Francislene Angelotti3

Resumo

Ultimamente, a concentração de dióxido de carbono (CO2) tem aumentado na atmosfera, o que pode provocar alterações no desenvolvimento de insetos herbívoros. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto do aumento da concentração dedióxido de carbono sobre adultos da mosca minadora,

Liriomyza sativae. O experimento foi realizado em câmaras de crescimento

com duas concentrações de CO2 (Tratamentos), 400 ppm e 770 ppm. O expe-rimento teve delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos e 20 repetições. Cada repetição foi constituída por uma gaiola de criação (40 x 40 x 55 cm) com cinco casais de L. sativae de 4 a 6 dias de idade e uma plan-ta de melão da cultivar Gladial com 15 dias de desenvolvimento, cultivada em vaso em casa de vegetação. As avaliações foram realizadas diariamente com o auxílio de microscópio estereoscópico (60x) com luz por transmissão, quantificando-se o número de ovos e as puncturas de alimentação nas folhas dos meloeiros, além da mortalidade de machos e fêmeas de L. sativae por 5 dias consecutivos, sendo as plantas de melão trocadas diariamente. O expe-rimento foi em delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos e 20 repetições. Foram utilizados modelos lineares não generalizados com distribuição Quasi-poisson (número de puncturas e número de ovos), segui-dos de análise de variância com teste F e Qui-quadrado (p < 0,05), respec-tivamente. Não foi observado efeito do aumento do CO2 sobre adultos da L.

sativae quanto ao número de ovos e puncturas de alimentação.

Palavras-chave: mosca-minadora, dióxido de carbono, Cucumis melo.

1Mestranda em Ciências Ambientais - UPE, Petrolina, PE.

2Biólogo, D.Sc. em Entomologia, pesquisador da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE,

tiago.lima@embrapa.br.

3Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Agronomia, pesquisadora da Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE, francislene.angelotti@embrapa.br.

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Comportamento bioquímico

e enzimático da

melanciei-ra sob diferentes teores de

sais e doses de fertilizante

mineral

Zézia Verônica Silva Ramos Oliveira1; Carlos

Ales-sandro Mesquita2; Welson Lima Simões3; Pedro

Igor Pereira da Silva4; Biank Amorim Rodrigues5

Resumo

Objetivou-se com este trabalho avaliar o comportamento bioquímico e en-zimático da melancieira variedade Crimson Sweet submetida a diferentes

teores de salinidade e doses de fertilizante mineral, em experimento condu-zido em casa de vegetação no município de Juazeiro, BA. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 5, cujos tratamentos resultaram da combinação de cinco doses de fertilizante mine-ral contendo os nutrientes fósforo (19% P2O5 -253 g/L de P2O5) e magnésio (4% Mg - 53 g/L de Mg) (0,5; 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5 L ha-1) e cinco níveis de condutividade elétrica (CE) da água de irrigação (0,1; 1,5; 2,5; 3,5 e 4,5 dS m-1). As variáveis analisadas foram açúcares solúveis totais (AST), açúcares redutores (AR), prolina (Pro) e nitrato redutase (NR). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e análise de regressão. Houve interação entre as doses de fertilizantes e os teores de CE de 1,5 e 3,5 dS m-1 para a variável AST. Com a salinidade de 1,5 dS m-1 e a dose 1,5 L ha-1 do fertilizante observou-se o maior acúmulo de AST e para a CE de 3,5 dS m-1, foram as doses de 0,5 e 2,5 L ha-1. Em relação ao AR, à medida que os níveis de salinidade aumentaram, ocorreu uma redução dos mesmos no tecido foliar. O aumento das doses dos fertilizantes e do nível de salinidade elevou a atividade da NR. Os efeitos do fertilizante e da salinidade são inver-sos em relação à prolina, onde se notou, isoladamente, que com o aumento das doses do fertilizante e da salinidade há uma redução e um acréscimo,

1Engenheira-agrônoma, mestranda em Horticultura Irrigada - Uneb, Juazeiro, BA. 2Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Agronomia, professor da Uneb, Juazeiro, BA.

3Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Engenharia Agrícola, pesquisador da Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE, welson.simoes@embrapa.br.

4Estudante de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia - Uneb, Juazeiro, BA. 5Estudante de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia - Uneb, Juazeiro, BA.

(27)

27

DOCUMENTOS 294

respectivamente, dos níveis de prolina nas folhas. O uso de fertilizante favo-receu o acúmulo da AST e da atividade da NR na melancieira irrigada com água salina.

Palavras-chave: Citrullus lanatus, estresse salino, prolina.

Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

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Produção da manga ‘Kent’

submetida a deficit hídrico

controlado no Submédio do

Vale do São Francisco

Victor Pimenta Martins de Andrade1; Welson Lima

Simões2; Weslley Oliveira da Silva3; Bruno

Rodri-gues do Nascimento3; Nildo da Silva Dias4

Resumo

A produção de manga (Mangifera indica L.) tem representado grande ex-pressão econômica para a agricultura brasileir a, sendo a região semiárida do Submédio do Vale do São Francisco a maior região produtora, e a ‘Kent’ uma das principais cultivares produzidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção da mangueira ‘Kent’ submetida a deficit hídrico controlado nos estádios fenológicos de floração, crescimento de frutos e maturação. O tra-balho foi conduzido no município de Petrolina, PE, na fazenda Special Fruit, coordenadas 09º 08’ Sul, 40º 18’ Oeste. O solo da área experimental foi clas-sificado como Argissolo Amarelo e o clima, segundo Köppen, como BSh’. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com dez tratamentos e quatro repetições, com cada parcela constituída de quatro plantas. Os tratamentos foram aplicados de acordo com a fase fenológica da cultura, sendo: T1, T2 e T3 - irrigação com 40%, 60% e 80% da ETc na fase de floração; T4, T5 e T6 - irrigação com 40%, 60% e 80% da ETc na fase de crescimento de frutos; T7, T8 e T9 - irrigação com 40%, 60% e 80% da ETc na fase de maturação de frutos; T10 – irrigação com 100% da ETc durante todo o ciclo produtivo. A evapotranspiração de referência foi obtida pelo mé-todo FAO-Penman-Monteith e a irrigação foi aplicada por gotejamento, com duas linhas de gotejadores por fileira de plantas. Na colheita, em novembro de 2018, foram avaliados o número de frutos por planta, o peso médio de frutos e a produtividade por hectare. Os tratamentos irrigados com lâminas de 40% da ETc na fase de floração e 80% na fase de maturação proporciona-ram maior número de frutos por planta (72,3 e 65, respectivamente) e maior produtividade (41,2 t ha-1 e 41,7 t ha-1, respectivamente).

Palavras-chave: Irrigação, fitotecnia.

1Engenheiro-agrônomo, doutorando em Fitotecnia – Ufersa, Mossoró, RN.

2Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Engenharia Agrícola, pesquisador da Embrapa Semiárido,

Pe-trolina, PE, welson.simoes@embrapa.br.

3Estudante de Ciências Biológicas - UPE, Petrolina, PE.

4Engenheiro-agônomo, D.Sc. em Agronomia, professor da Ufersa, Mossoró, RN.

____________

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29

DOCUMENTOS 294

Produção da manga cv.

Pal-mer submetida à aplicação

de cálcio marinho

Emerson Wilberto Silva Leite1; Welson Lima

Si-mões2; Maria Aparecida do Carmo Mouco3;

Juci-cléia Soares da Silva4; Vinicius Gonçalves Torres

Junior5

Resumo

A cultura da manga teve sua demanda aumentada no mercado internacional, sendo a fruta tropical que mais contribui com as exportações brasileiras de frutas frescas. O cálcio é o terceiro elemento mais exigido pela planta, sen-do pouco móvel tanto na planta quanto no solo. As adubações com o cálcio proveniente de algas marinhas, como o lithothaminium, tendem a deixar o elemento mais disponível no solo para as plantas que as fontes convencio-nais utilizadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de doses de cálcio proveniente das algas marinhas (lithothaminium) na produção de frutos da mangueira ‘Palmer’. O experimento foi conduzido na fazenda Saúde, loca-lizada no Projeto Senador Nilo Coelho nº 9, Petrolina, PE. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com cinco doses de lithothaminium via fertirrigação (0; 5; 10; 15 e 20 L ha-1), aplicado semanalmente por um pe-ríodo de 30 dias, após o início da frutificação. A adubação convencional reco-mendada para cultura só não foi aplicada em um tratamento adicional. Foram avaliados o número de frutos por planta, o peso médio dos frutos (kg) e a produção por planta (kg). A adubação convencional mais o cálcio lithothami-nium promoveu um incremento de 49,68% no número de frutos, alcançando 137 frutos/planta, influenciado pelo maior pegamento dos frutos, e de 39,14% na produção por planta, quando comparado com a adubação convencional realizada na propriedade, chegando a 39 kg/planta. O peso médio dos frutos foi de 0,6 kg, sem diferença entre os tratamentos.

1Engenheiro Agrícola e Ambiental, mestrando Engenharia Agrícola – Univasf, Juazeiro, BA. 2Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Engenharia Agrícola, pesquisador da Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE, welson.simoes@embrapa.br.

3Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Agronomia, pesquisadora da Embrapa Semiárido, Petrolina,

PE, maria.mouco@embrapa.br.

4Doutora em engenharia agrícola, pós-doutoranda – UFRB, bolsista na Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE.

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Palavras-chave: cálcio lithothaminium, manga Palmer.

Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia

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31

DOCUMENTOS 294

Agroecossistemas

multifun-cionais afetam o acúmulo

de zinco em Cucumis melo

L. no Semiárido brasileiro

Vanêssa Coelho da Silva1; Alessandra Monteiro

Salviano2; Mônica da Silva Santana3; Jony Eishi

Yuri4; Vanderlise Giongo5

Resumo

O Nordeste é responsável por 91% da produção nacional de melão, pro-duzindo cerca 511.916 toneladas. A intensificação do sistema de produção por meio da fertirrigação e dos tratos culturais pode causar redução da dis-ponibilidade micronutrientes às plantas. O objetivo deste estudo foi avaliar o acúmulo de zinco (Zn) em Cucumis melo L. cultivado em diferentes mo-delos de agroecossitemas multifuncionais no Semiárido brasileiro. O estudo foi desenvolvido em 2017 em experimento de longa duração com cultivo de melão amarelo (Cucumis melo L.) cv. Gladial, na Estação Experimental Be-bedouro da Embrapa Semiárido, em Petrolina, PE. O delineamento expe-rimental utilizado foi blocos ao acaso, com quatro repetições, com arranjo em parcelas subdivididas, tendo nas parcelas dois sistemas de preparo do solo, sem revolvimento (SR) e com revolvimento (CR) e, nas subparcelas, três tipos de mistura de plantas, MP1 - (75% leguminosas + 25% gramíneas e oleaginosas) MP2 - (25% leguminosas + 75% gramíneas e oleaginosas) e MP3 - vegetação espontânea, sendo quatro repetições. Foram coletadas amostras compostas da parte aérea do meloeiro aos 11, 23, 30, 38, 46, 52, 59 e 66 dias após o transplantio (DAT). As amostras foram secas e pesadas para a obtenção do acúmulo de matéria seca, expresso em kg ha-1. Os teores de Zn foram determinados por espectrofometria de absorção atômica no La-boratório de Solos da Embrapa Semiárido. O maior acúmulo de Zn na planta ocorreu aos 59 dias. O modelo MP2CR apresentou o maior acúmulo de Zn

1Biológa, mestranda em Ciência e Tecnologia Ambiental para o Semiárido - UPE,

bolsista Facepe, Petrolina, PE.

2Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas, pesquisadora da Embrapa

Semiárido, Petrolina, PE, alessandra.salviano@embrapa.br.

3Biológa, doutoranda em Ecologia e Recursos Naturais - UFC, Fortaleza, CE. 4Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Olericultura, pesquisador da Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE, jony.yuri@embrapa.br.

5Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Solos, pesquisadora da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE,

vanderlise.giongo@embrapa.br.

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(124,93 kg ha-1), enquanto o menor acúmulo foi observado no CV1CR (72,14 kg ha-1). As gramíneas se decompuseram mais lentamente que as legumino-sas. Entretanto, o cultivo associado de oleaginosas e o revolvimento do solo podem promover o rápido crescimento da biomassa microbiana, elevando a taxa de decomposição, mineralização de nutrientes e favorecendo a absor-ção de zinco pelo meloeiro.

Palavras-chave: micronutriente, mistura de plantas, manejo do solo, melão

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DOCUMENTOS 294

Propriedades de

nanocom-pósitos à base de

galacto-manana e princípios ativos

antifúngicos para

revesti-mento de frutas

Gustavo Pereira Gomes de Souza1; Dirliane Santos

Duarte2; Ana Laressa Feitosa de Araújo3; Ana

Valé-ria Vieira de Souza4; Douglas de Britto5

Resumo

Uma importante propriedade dos polissacarídeos como as galactomananas (GLM) em estudos pós-colheita é a filmogênica por ser a base de formação de revestimentos comestíveis. Já a quitosana, que devido às suas proprie-dades quelantes e de entrecruzamento, pode ser empregada no encapsula-mento de compostos ativos tais como os polifenóis (PF) e os óleos essenciais (OE) com aplicação direta na área alimentícia. A partir destas propriedades da GLM e da quitosana, o objetivo deste estudo foi preparar e caracterizar materiais nanocompósitos (NC) para o revestimento de frutas. Assim, os compostos ativos PF e OE foram obtidos por meio de extração, respectiva-mente, do resíduo agroindustrial da uva e de folhas de Lippia grata. Estes princípios ativos foram encapsulados em nanopartículas (NP) de quitosana, segundo o método de gelificação iônica, e introduzidos em uma matriz poli-mérica de GLM. A GLM foi extraída de sementes de algaroba (Prosopis

ju-liflora). As NP e os filmes NC foram caracterizados quanto à eficiência de

encapsulamento e liberação pela técnica espectrofotométrica de UV-visível; morfologia, por microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura (MEV); permeabilidade ao vapor d’água (PVP) e propriedades mecânicas, por ensaio tensão-deformação. Os resultados indicaram que nas diferentes concentrações estudadas, o PF tem eficiência de encapsulamento (~94%)

1Engenheiro Naval, mestrando em Ciência dos Materiais - Univasf, Petrolina, PE. 2 Química, mestranda em ciência dos materiais - Univasf, Petrolina, PE.

3 Graduanda em Química, Petrolina, PE.

4 Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Agronomia, Pesquisadora Embrapa Semiárido, Petrolina,PE,

ana.souza@embrapa.br.

5 Químico, D.Sc. em Química, pesquisador da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE, douglas.

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melhor que o OE (~20%), no entanto, os perfis de liberação são similares para ambos, atingindo máxima liberação em cerca de 5 horas. Quanto à mor-fologia, as imagens de MEV mostraram que a distribuição foi homogênea e dispersa, não apresentando cluster de NP nos filmes. Nos testes de PVP, no geral, a permeabilidade aumentou para os filmes de GLM com adição de NP (0,37±0,01) em relação à GLM pura (0,19±0,02). Isso pode ser atribuído à formação de pequenos poros, que geram caminhos livres para a difusão do vapor no filme. Quanto às propriedades mecânicas, os filmes incorporados com NP-PF se mostraram mais resistentes (Tensão Máxima: 90±17 Mpa) e menos quebradiços (Deformação Máxima: 0,11±0,03), quando comparados com os filmes de GLM pura (Tensão Máxima: 39±5 Mpa; Deformação Máxi-ma: 0,036±0,007). No geral, observou-se que os princípios ativos OE e PF são eficientemente estabilizados em nanopartículas e que os filmes obtidos apresentaram propriedades filmogênicas adequadas à preparação de formu-lações para revestimento de frutas.

Palavras-chave: galactomanana, nanocompósitos, quitosana.

Financiamento: Embrapa (12.13.06.17.00.00.00); bolsa de mestrado

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37

DOCUMENTOS 294

Modificação da quitosana

para a obtenção de filmes

com propriedade

antifúngi-ca em revestimento

pós-co-lheita

Júlio César Lucindo de Oliveira1; Douglas de Britto2

Resumo

Polissacarídeos são abundantes, renováveis, não tóxicos e filmogênicos, pos-sibilitando aplicações em revestimento pós-colheita. Alguns polissacarídeos como a quitosana apresentam também propriedades funcionais de particular interesse na pós-colheita, como a antifúngica. No entanto, a concentração e o tipo de ácido usado para solubilizar a quitosana podem influenciar na qua-lidade e eficiência da proteção de frutas revestidas com esse material, uma vez que a quitosana é solúvel apenas em meio ácido. Buscando-se aumentar tanto a sua solubilidade como a sua atividade antifúngica, neste estudo, a quitosana foi modificada quimicamente. A rota sintética para a preparação da quitosana modificada (quaternizada) se deu por meio da reação de alquila-ção com diferentes agentes alquilantes, como cloreto de glicidiltrimetilamô-nio (GTMAC) e dimetilcarbonato (DMC). Inicialmente foram realizados testes para ajustar o meio reacional, a temperatura e tempo para obter um material com boa capacidade de formação de filmes. Os filmes foram obtidos por cas-ting, à temperatura ambiente, a partir de uma solução do material em água em concentração de 5 mg mL-1. Assim, a reação procedeu-se a partir de meio reacional constituído de água (5 mL), quitosana (0,5 g) e agente alquilante (1,5 mL). A reação aconteceu sob agitação magnética à temperatura de 80 oC por 18 horas, rendendo cerca de 100 mg de quitosana quaternizada e for-mação de filme transparente. A análise da estrutura química foi realizada por espectroscopia de infravermelho (FTIR). A caracterização por FTIR mostrou que a quaternização foi efetiva com GTMAC. O derivado apresentou banda de absorção em 1477 cm-1, que é característica do derivado alquilado. A re-ação com DMC apresentou rendimento menor, precisando de ajustes para tornar a reação mais efetiva. O método empregado é viável para a obtenção

1Químico, mestrando em Ciência dos Materiais - Univasf, Juazeiro, BA.

2Químico, D. Sc. em Química, pesquisador da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE,

douglas.britto@embrapa.br.

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de materiais funcionais com propriedades fungicidas a partir de fontes de polissacarídeos.

Palavras-chave: filmes comestíveis, antifúngico, polissacarídeo.

Financiamento: Embrapa (21.14.03.001.03.00 - Perspectivas da Pesquisa

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DOCUMENTOS 294

Revestimentos à base de

galactomanana com óleo de

Lippia grata

nanoencapsu-lado na manutenção da

qua-lidade de mangas ‘Palmer’

Vanda Maria de Aquino Figueiredo1; Eleonora

Bar-bosa Santiago da Costa2; Liziane Marques dos

Santos3; Phetrus Bittar de Araújo4; Gustavo Pereira

Gomes de Souza5; Douglas de Britto6; Maria

Auxi-liadora Coêlho de Lima7

Resumo

A manga é um fruto de grande importância para o agronegócio brasileiro, principalmente para a região do Submédio do Vale do São Francisco, que se destaca pela área cultivada e geração de divisas. Por ser um fruto climatérico, sujeito a alterações bioquímicas que afetam sua qualidade, o emprego de tec-nologias para prolongar sua vida pós-colheita é imprescindível, principalmen-te aquelas que aprincipalmen-tendam aos requisitos de susprincipalmen-tentabilidade. O objetivo desprincipalmen-te trabalho foi determinar o efeito de revestimentos nanoestruturados à base de galactomanana com óleo de Lippia grata nanoencapsulado (1.000 ppm) na manutenção da qualidade de mangas ‘Palmer’ p roduzidas no Submédio do Vale do São Francisco. Mangas ‘Palmer’ oriundas de empresa exportadora, localizada no município de Petrolina, PE, foram colhidas no estádio de ma-turação 2 (coloração de fundo verde-claro). Depois de limpos e sanitizados, os frutos foram separados para a aplicação das formulações filmogênicas: controle (sem revestimento); galactomanana 0,25%; galactomanana 0,25% + óleo de L. grata; galactomanana a 0,5%; galactomanana a 0,5% + óleo de

L. grata; galactomanana 0,75%; galactomanana 0,75% + óleo de L. grata.

1Engenheira-agrônoma, mestranda em Agronomia – UFPB, Areia, PB. 2Engenheira-agrônoma, doutoranda em Agronomia – UFPB, Areia, PB.

3Engenheira-agrônoma, mestranda em Produção Vegetal – Univasf, Petrolina, PE. 4Bacharel em agroindústria, mestrando em Agronomia – UFPB, Areia, PB. 5Engenheiro Naval, doutorando em ciências dos materiais – Univasf, Juazeiro, BA.

6Engenheiro Químico, D.Sc. em Química, pesquisador da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE,

douglas.britto@embrapa.br.

7Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Fitotecnia, pesquisadora Embrapa Semiárido, Petrolina, PE,

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O experimento foi disposto em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições constituídas de quatro frutos. Os frutos foram mantidos em temperatura ambiente (25 ± 2,9°C e 90 ± 8% UR) e avaliados por até 18 dias. Foram realizadas avaliações destrutivas (acidez, sólidos solúveis e firmeza), no início e fim do armazenamento, e não destrutivas (ângulo Hue da casca, taxa respiratória e perda de massa) aos 0, 3, 6, 8, 10, 12, 14, 16 e 18 dias. Os revestimentos preservaram a qualidade, proporcionando retardo na evolução da coloração e na respiração, com destaque para galactomanana a 0,5% e galactomanana a 0,5% + óleo de L. grata, que também reduziram a perda de massa e de firmeza bem como resultaram em maiores teores de sólidos solúveis nos frutos ao final do armazenamento.

Palavras-chave: Mangifera indica L., nanotecnologia, qualidade pós-colheita. Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

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DOCUMENTOS 294

Determinação rápida de

pa-râmetros físico-químicos de

vinhos brancos produzidos

no Submédio do Vale do São

Francisco utilizando

espec-trômetro VIS/NIR portátil

Naiane Santos Barreto1; Emanuel José Nascimento

Marques2; Islaine Santos Silva3; Ana Paula André

Barros4; Sérgio Tonetto de Freitas5; Aline Telles

Biasoto Marques6

Resumo

Um dos fatores que tem contribuído para o aumento da qualidade dos vinhos e espumantes brasileiros é a implementação de novas tecnologias analíticas. Durante o processo de vinificação, diversos parâmetros físico-químicos de-vem ser monitorados para garantir a qualidade do produto final. Neste con-texto, a espectroscopia na região do visível e infravermelho próximo (Vis/NIR) é uma das técnicas analíticas que têm sido propostas para a avaliação da qualidade de vinhos, permitindo a quantificação de diversos parâmetros de qualidade da bebida. Atualmente, o desenvolvimento de novas tecnologias utilizadas na construção dos espectrômetros Vis/NIR tem permitindo a re-dução significativa do tamanho e do custo destes instrumentos, tornando-os ainda mais acessíveis para as vinícolas. Neste sentido, o objetivo deste tra-balho foi desenvolver modelos de calibração multivariada para a

determina-1Tecnológa em Alimentos, Mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos – UFS,

São Critóvão, SE

2 Bacharel em química, Doutor em química, Bolsista de pós-doutorado da Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE

3Tecnológa em Viticultura e Enologia, Mestranda em Ciência de Alimentos - UFBA,

Salvador, BA

4Tecnológa em Viticultura e Enologia, Mestre em Engenharia de Alimentos, Doutoranda em

Biotecnologia – UFBA, Salvador, BA

5 Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Biologia de Plantas, Pesquisador da Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE

sergio.freitas@embrapa.br

6 Bacharel em Ciência dos Alimentos, D.Sc. em Alimentos e nutrição, Pesquisadora da

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ção rápida de parâmetros físico-químicos em vinhos brancos. Foram utiliza-das 88 amostras de vinhos brancos comerciais e experimentais de diversas variedades (Vitis vinífera L.). Os espectros foram registrados empregando-se o espectrômetro Vis/NIR portátil F-750 (Felix Instruments, EUA). Os modelos de calibração multivariada foram desenvolvidos utilizando-se regressão por mínimos quadrados parciais (PLS), empregando-se a técnica de pré-proces-samento espectral variação normal padrão (SNV). Foi utilizado o software The Unscrambler X (CAMO, Noruega) para a modelagem dos dados. Os mo-delos de calibração desenvolvidos para a determinação de densidade, pH, teor alcoólico, acidez total e extrato seco apresentaram desempenhos predi-tivos satisfatórios, com valores de raiz quadrada do erro médio quadrático de validação cruzada relativo (RMSECVr) de 0,2%, 3,0%, 5,3%, 6,5% e 12,7%, respectivamente; e coeficiente de determinação (R2) de 0,92, 0,72, 0,78, 0,79 e 0,92, respectivamente. Os resultados obtidos sugerem que o espectrôme-tro Vis/NIR portátil avaliado pode ser utilizado para a determinação dos parâ-metros de qualidade analisados em amostras de vinhos brancos.

Palavras-chave: análises, quimiometria, Vitis vinífera L., infravermelho

pró-ximo.

Financiamento: Embrapa, Facepe (No. BFP-0130-5.01/17), CNPq/ INCTAA

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DOCUMENTOS 294

Influência da prática de

ma-ceração a frio na coloração

e composição fenólica de

vinho base para espumante

‘Shiraz’

Ana Paula André Barros1; Érika Samantha Santos

Carvalho2; Islaine Santos Silva3; Naiane Santos

Barreto4; Aline Telles Biasoto Marques5; Janice

Iza-bel Druzian6

Resumo

A maceração a frio é uma técnica pré-fermentativa que procura intensificar a transferência de compostos da película, polpa e semente da uva para o mosto. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito desta prática sobre a coloração e composição fenólica do vinho base para espumante da cultivar Shiraz. Para a elaboração dos vinhos base, foram realizadas microvinifica-ções, em triplicata, com três tratamentos: SPD (prensagem direta), S24 (ma-ceração a frio durante 24 horas seguida de prensagem) e S72 (ma(ma-ceração a frio durante 72 horas seguida de prensagem). A prática de maceração a frio foi conduzida a 8±2 °C. Foram realizadas análises espectrofotométricas dos vinhos base elaborados de: índice de polifenóis totais (IPT), intensidade de cor (IC), tonalidade e antocianinas monoméricas totais. Parâmetros colorimé-tricos também foram determinados em colorímetro portátil pelos sistemas CIE L*a*b* e CIE L*C*h. As análises foram realizadas em triplicata e os resultados submetidos à ANOVA e teste de Tukey (p≤0,05). Com exceção da luminosida-de (L*), que não diferiu significativamente entre os tratamentos, a maceração a frio influenciou positivamente na intensificação das vermelhas (+a*) e

ama-1Graduada em Tecnologia em Viticultura e Enologia, doutoranda em Biotecnologia – Ufba,

Salvador,BA.

2 Mestra em Ciência de Alimentos, doutoranda em Biotecnologia em Recurso Naturais - Ufba,

Salvador,BA.

3Graduada em Viticultura e Enologia, mestranda em Ciência dos Alimentos – Ufba,

Salvador,BA.

4 Tecnóloga em Alimentos, Mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos – UFSE, São

Cristovão,SE.

5 Bacharel em Ciência dos Alimentos, D.Sc. em Alimentos e Nutrição, pesquisadora da

Embrapa Semiárido, Petrolina, PE, aline.biasoto@embrapa.br.

6 Bacharel em Química Industrial, D.Sc. em Ciência de Alimentos, professora da Ufba,

Salvador, BA.

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rela (+b*) e a saturação da cor (C* - Croma). Avaliando-se a variável h (ângulo Hue - tonalidade), observa-se que os resultados apresentaram diferenças de 29,06 para o tratamento S72, a 27,53 para o S24, contudo, os valores de h em todos os vinhos apontam para a angulação próximo ao vermelho (h=0°). O maior tempo de maceração a frio (S72) proporcionou maiores valores para IPT (15,16), IC (1,84 nm) e antocianinas monoméricas (159,57 mg.L-1). Com isso, pode-se concluir que a prática de maceração a frio contribuiu para uma maior extração de cor e compostos fenólicos para os vinhos base para espu-mante da cultivar Shiraz.

Palavras-chave: criomaceração, Syrah, Vitis vinífera L., vinhos espumantes. Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia

(Fa-pesb – Nº0723/2019 e 2560/2017) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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DOCUMENTOS 294

Caracterização

físico-quími-ca de fermentado de

mara-cujá-da-caatinga elaborado

a partir de frutos colhidos

em diferentes estádios de

maturação

Renata Torres dos Santos e Santos1; Luís Henrique

Pereira de Sá Torres2;Ana Cecilia Poloni Rybka3;

Clívia Danúbia Pinho da Costa Castro4; Saulo de

Tarso Aidar5; Aline Telles Biasoto Marques6; Flávio

Luiz Honorato da Silva7

Resumo

De ocorrência frequente e espontânea no Semiárido do Nordeste brasileiro, o maracujá-da-caatinga (Passiflora cincinnata Mast.) é um fruto nativo que ainda é colhido em pequena escala e pouco explorado pelos agricultores localizados no bioma Caatinga. Com o objetivo de propor mecanismos de agregação de valor ao fruto a partir de seu processamento agroindustrial, este estudo avaliou o potencial do maracujá-da-caatinga para a elaboração de bebida alcoólica fermentada semelhante ao vinho branco. Para isso, fo-ram utilizados frutos colhidos em dois estádios de maturação: intermediária (T1) e maduro (T2), e a polpa foi previamente diluída em água na propor-ção de 20:80. A fermentapropor-ção foi conduzida a 23±2°C, após chaptalizapropor-ção do mosto com sacarose. Como coadjuvantes adicionou-se, metabissulfito de

1Engenheira de Alimentos, doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos – UFPB, João

Pessoa, PB.

2Tecnólogo em Viticultura e Enologia, mestrando em Horticultura Irrigada – Uneb, Juazeiro, BA. 3 Engenheira de Alimentos, D.Sc. em Ciência de Alimentos, pesquisadora da Embrapa

Semiárido, Petrolina, PE, ana.rybka@embrapa.br.

4 Bacharel em Agroindústria, D.Sc. em Tecnologia de Alimentos, pesquisadora da Embrapa

Semiárido, Petrolina, PE, clivia.castro@embrapa.br

5 Biólogo, D.Sc. em Fisiologia Bioquímica de Plantas, pesquisador da Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE, saulo.aidar@embrapa.br.

6 Bacharel em Ciência de Alimentos, D.Sc. em Alimentos e Nutrição, pesquisadora da Embrapa

Semiárido, Petrolina, PE, aline.biasoto@embrapa.br.

7Engenheiro Químico, D.Sc. em Engenharia de Alimentos, professor da UFPB, João Pessoa,

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potássio (0,10 g/L), enzima pectnolítica (2 mL/100L), ativante fosfato de amô-nio (200 mg/L), levedura Saccharomyces cerevisiae (400 mg/L), os agentes clarificantes bentonite (1400 mg/L), sílica (500 mg/L) e gelatina (100 mg/L). Anteriormente ao engarrafamento, sacarose foi adicionada para a obtenção de bebida suave e o conservante sorbato de potássio (200 mg/L). O processo fermentativo ocorreu por um período de 144 horas para T1 e 96 horas para T2. A qualidade dos produtos obtidos foi determinada com relação ao pH, acidez total e volátil, SO2 livre e total, açúcares totais, teor alcoólico, extrato seco e extrato seco reduzido. Os resultados foram submetidos à ANOVA e teste t de Student (p<0,05). Os fermentados obtidos apresentaram, respecti-vamente, em T1 e T2, pH 3,00 e 3,20; acidez total de 565,45 meq/L e 460,79 meq/L; acidez volátil de 6,09 meq/L e 5,53 meq/L; açúcares totais de 205 g/L e 202 g/L; graduação alcoólica de 8,00%v/v e 7,00%v/v; e extrato seco de 136 g/L e 131 g/L. A produção do fermentado de maracujá-da-caatinga apresentou-se tecnicamente viável. Entretanto, estudos posteriores devem ser realizados para adequar a acidez total dos produtos ao limite máximo estabelecido pela legislação brasileira para fermentados de fruta.

Palavras-chave: bioma Caatinga, fermentados de fruta, bebidas alcoólicas,

Passiflora cincinnata Mast.

Financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

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DOCUMENTOS 294

Influência de diferentes

agentes de colagem sobre

a qualidade sensorial do

vi-nho branco ‘Chenin Blanc’

do Submédio do Vale São

Francisco

Islaine Santos Silva1; Ana Paula André Barros²;

Elis Tatiane da Silva Nogueira3; Renata Gomes de

Barros Santos4; Érika Samantha Santos Carvalho5;

Daniela de Grandi Castro Freitas de Sá6; Aline

Tel-les Biasoto Marques7

Resumo

A cultivar Chenin Blanc tem demonstrado boa adaptação no Submédio do Vale do São Francisco, sendo largamente utilizada na elaboração de vinhos brancos e espumantes. Buscando agregar qualidade aos produtos da região, este trabalho avaliou o efeito de diferentes agentes clarificantes sobre a acei-tação e perfil sensorial do vinho branco ‘Chenin Blanc’. Foram testados cinco tratamentos: T1 - sem clarificante (controle); T2 - bentonite adicionada na

debourbage e estabilização (0,30 g.L-1 e 0,40 g.L-1, respectivamente); T3 – bentonite (0,70 g.L-1) na estabilização; T4 – PVPP (0,05 g.L-1) e bentonite (0,10 g.L-1) durante a fermentação alcoólica (FA) e bentonite (0,60 g.L-1) na estabilização; e T5 – gelatina (0,20 mL.L-1) e bentonite(0,10g.L-1) na FA e bentonite (0,60 g.L-1) na estabilização. Para as análises sensoriais, 62

consu-1Tecnológa em Viticultura e Enologia, mestranda em Ciência de Alimentos - Ufba, Salvador, BA.

²Graduada em Tecnologia em Viticultura e Enologia, doutoranda em Biotecnologia – Ufba, Salvador, BA.

3Graduada em Tecnologia em Viticultura e Enologia, professora do IF Sertão Pernambucano,

Petrolina, PE.

4Tecnológa em Viticultura e Enologia, especialista em Tecnologia de Alimentos – IF Sertão

Pernambucano, Petrolina, PE.

5Mestre em ciência dos alimentos, doutoranda em biotecnologia em recursos naturais – UFBA,

Salvador, BA.

6 Engenheira de Alimentos, D.Sc. em Tecnologia de Alimentos, pesquisadora da Embrapa

Agroindústria de Alimentos, Rio de Janeiro, RJ.

7 Bacharel em Ciência dos Alimentos, D.Sc. em Alimentos e Nutrição, pesquisadora da

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midores receberam monadicamente 30 mL de cada amostra, sendo solicita-dos a avaliar a aceitação global solicita-dos cinco vinhos, utilizando escala hedônica tradicional (1 = desgostei extremamente; 9 = gostei extremamente), e a des-crever seus respectivos perfis sensoriais aplicando o método

Check-all-that--apply (CATA), contendo 13 atributos. Para a análise dos dados do CATA, foi

utilizada a análise de correspondência (AC) e o teste de Cochran (p≤0,05). Os resultados do teste de aceitação foram submetidos à ANOVA e ao teste de Tukey (p≤0,05). A AC explicou 71,53% da variação entre os atributos sen-soriais. As amostras T3, T4 e T5 apresentaram perfis mais similares entre si e diferenciados de T2 e T1, caracterizados pelos atributos ácido e sensação de secura (notadamente T5), alcoólico e refrescante (destacando T4). O vinho do tratamento T2 se destacou quanto à persistência do sabor e aroma floral, enquanto T1 obteve perfil mais aguado e com maior intensidade de aroma de frutas maduras. Entretanto, as amostras não diferenciaram significativamente entre si, exceto para o atributo aroma floral. A aceitação dos vinhos pelos con-sumidores também não diferiu significativamente. Os resultados indicam que a utilização dos agentes clarificantes testados não modificou o perfil sensorial dos vinhos, fator que é extremamente relevante para as vinícolas, tendo em vista que o emprego desses insumos melhora a aparência e a estabilidade do vinho branco.

Palavras-chave: clarificantes, CATA, teste com consumidores, Vitis vinifera L. Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia

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49

DOCUMENTOS 294

Efeito da suplementação

ni-trogenada e adição de

leve-duras comerciais na

produ-ção do hidromel a partir de

mel de abelhas Apis

mellife-ra

Cynthia Brasil da Nóbrega de Teive e Argollo1;

Gra-ce da Silva Nunes2; Edna Santos de Barros3; Ana

Paula André Barros4; Fábia de Mello Pereira5;

Már-cia de Fátima Ribeiro6; Aline Telles Biasoto

Mar-ques7

Resumo

O hidromel é obtido a partir da diluição de mel em água. No Brasil, é ainda pouco conhecido, vindo a ser estudado como alternativa para a geração de renda para apicultores. Este trabalho avaliou a composição físico-química de hidroméis produzidos a partir de diferentes processos fermentativos, sendo elaborados seis tratamentos: H1 - sem adição de levedura e suplementação nitrogenada; H2 - sem adição de levedura e com adição de pólen (30 g.L-1); H3 - sem adição de levedura e adição de ativante comercial Gesfem® (500 mg.L-1); H4 - adição de levedura comercial PDM® (300 mg.L-1) e sem suple-mentação; H5 - adição de levedura (300 mg.L-1) e pólen (30 g.L-1); H6 - adição de levedura(300mg.L-1) e ativante comercial(500 mg.L-1). Os hidroméis foram avaliados quanto ao teor de extrato seco, alcoólico, açúcares redutores, aci-dez total e volátil, SO2 livre e total, turbidez, pH e coloração. Todas as variá-veis diferiram significativamente (p≤0,05) entre os tratamentos. A composição

1Tecnóloga em Gastronomia, mestranda em Ciência de Alimentos – Ufba, Salvador, BA. 2 Estudante de Viticultura e Enologia, IF Sertão Pernambucano, Petrolina, PE.

3 Bacharel em Química, M.Sc. em Ciências Biológicas, analista da Embrapa Semiárido, Petrolina,

PE.

4 Mestre em Engenharia de Alimentos, doutoranda em Biotecnologia – Ufba, Salvador, BA. 5 Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Zootecnia, pesquisadora da Embrapa Meio-Norte, Terezina,

PI.

6 Bacharel em Biologia, PhD em Ciências Biológicas, pesquisadora da Embrapa Semiárido,

Petrolina, PE,marcia.ribeiro@embrapa.br.

7 Bacharel em Ciência dos Alimentos, D.Sc. em Alimentos e Nutrição, pesquisadora da Embrapa

(50)

físico-química das amostras encontrou-se em conformidade com a legisla-ção para hidromel, sendo todas classificadas como suaves (açúcares>3g/L). A turbidez nos tratamentos com adição de pólen (H2 e H5) apresentou os valores mais altos (251,08 e 141,25 NTU), significando que estes possuem maior número de partículas em suspensão e turbidez. A luminosidade (L*) também foi mais baixa em H2 e H5(37,16 e 43,78), mostrando que esses hidroméis apresentavam-se com coloração mais escura que os demais. Os valores de C* (Croma) variaram entre 26,86 (H2) e 13,40 (H4), sugerindo grande diversidade de saturação da cor entre tratamentos com pólen e sem o uso do suplemento. As médias de a* não foram negativas apenas para H2 e H5, evidenciando que a coloração dos hidroméis H1, H3, H4 e H6 mostrou--se mais esverdeada. Entretanto, H2 e H5 obtiveram maiores valores de b*, apresentando-se como hidroméis com coloração mais amarelada. Concluiu--se que o uso do pólen como suplemento para a fermentação do hidromel, além de elevar o custo do processo, pode promover impacto negativo na qualidade da bebida, não sendo, portanto, indicado.

Palavras-chave: bebida alcoólica, Sacharomyces cereviseae var. bayannus,

fermentação espontânea, pólen.

Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia

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DOCUMENTOS 294

Efeitos de recobrimentos

sobre a temperatura interna

de câmaras estáticas para a

coleta de gases de efeito

es-tufa emitidos pelo solo

Tatiane Luzia Gomes Galdino1; Diana Signor2

Resumo

Os solos agrícolas atuam como produtor ou consumidor de gases de efeito estufa, dependendo do sistema de manejo utilizado. A mensuração da emis-são desses gases pode ser feita com o auxílio de câmaras estáticas. Con-tudo, para uma medição precisa é necessário que as temperaturas do ar e do solo no momento da colocação da câmara sobre a base sejam mantidas durante a coleta, evitando-se aquecimento ou resfriamento excessivo e que não reflitam a condição do solo descoberto. Portanto, principalmente nas condições de elevadas temperaturas, típicas do Semiárido, é fundamental a identificação de materiais que evitem flutuações na temperatura interna da câmara, principalmente seu aquecimento excessivo. O objetivo deste traba-lho foi testar materiais para recobrimento da câmara estática. Foram testados quatro tratamentos: esmalte sintético branco, manta aluminizada, sombrite e espuma com adesivo branco. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Para a verificação da exis-tência da diferença de temperatura entre o interior e o exterior da câmara foi medida a temperatura inicial do ar e do solo no momento da colocação da câmara. Para a avaliação do efeito do recobrimento sobre a temperatura in-terna, as temperaturas foram medidas com termômetro calibrado, das 14h20 às 15h20 h,nos tempos 0, 10, 20, 30, 40, 50 e 60 minutos após o fechamen-to da câmara. A temperatura média do ar durante as medições foi de 40,6 °C. As médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste Tukey (α=0,5). O esmalte sintético e a manta apresentaram temperaturas estatisticamente iguais, de 43,9±0,4 °C e 44,3±0,4 °C, respectivamente. Os recobrimentos de espuma com adesivo e sombrite apresentaram temperaturas de 46,4±0,5 °C

1Engenheira Mecânica, mestranda - UPE, Petrolina, PE.

2Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas, pesquisadora da Embrapa

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e 49,9±0,4 °C, respectivamente, diferindo estatisticamente dos demais trata-mentos. Portanto, o esmalte sintético é o mais indicado para o recobrimento das câmaras, uma vez que esse material permite que a temperatura interna não se altere durante a coleta dos gases emitidos pelo solo.

Palavras-chave: câmara estática, recobrimentos, temperatura, gases de

efeito estufa.

Referências

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