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Relatório final de estágio pedagógico realizado na Escola Básica 2,3 Gaspar Correia

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE LISBOA – FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA

Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide

SEMANA DAS 22H

2º e 3º Ciclo do Ensino Básico

|

Ensino Secundário

Orientador de faculdade

Professor Doutor Gonçalo Tavares

Orientador de escola

Mestre Luís Duarte

Professora estagiária

Dora Carolo

Portela, janeiro de 2016 Estágio Pedagógico

(2)

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ... 3

2. OBJETIVOS DE FORMAÇÃO ... 5

3. OBJETIVOS DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ... 5

3.1 Gestão e organização inicial... 5

3.2 Instrução ... 5

3.3 Organização e gestão da aula/turma ... 6

3.4 Aquecimento e curva de esforço ... 6

3.5 Controlo ativo da prática dos alunos ... 6

3.6 Valor das atividades propostas ... 7

3.7 Feedback pedagógico ... 7

4. CARACTERIZAÇÃO DOS INTERVENIENTES NA SEMANA DAS 22H ... 7

5. AUTOSCOPIAS DAS AULAS DA SEMANA DAS 22H ... 8

2ª FEIRA – Autoscopias ... 8

Turma 12ºD – Voleibol, Badmínton e Basquetebol ... 8

Turma 7º3ª – Orientação, Condição Física (força média e superior), Luta ... 10

Turma 11ºD – Andebol, Râguebi e Atletismo (L. peso, velocidade e barreiras) ... 12

3ª FEIRA – Autoscopias ... 14

Turma 6º3ª – Andebol e Basquetebol ... 14

Turma 9º2ª – Ginástica de Solo, Ginástica de Aparelhos, Condição Física ... 16

Turma 5º7ª – Basquetebol e Voleibol... 17

4ª FEIRA – Autoscopias ... 18

Turma 8ºF – Escalada, Voleibol, Badmínton e Basquetebol ... 18

Turma 10ºE – Aeróbica, Dança (rumba), Ginástica de Solo e Aparelhos ... 20

5ª FEIRA – Autoscopias ... 21

Turma 5º7ª – Aeróbica, Ginástica de Solo e de Aparelhos, Condição Física ... 21

Turma 9º2ª – Aeróbica, Ginástica de Solo e de Aparelhos, Condição Física ... 23

Turma 7º3ª – Râguebi e Ténis ... 24

Turma 6º3ª – Aeróbica, Badmínton e Ginástica de Aparelhos ... 25

6ª FEIRA – Autoscopias ... 26

Turma 12ºD – Voleibol, Badmínton, Basquetebol, condição física. ... 26

Turma 10ºE – Aeróbica, Ginástica de solo e aparelhos, Dança, S. altura. ... 27

Turma 11º D – Condição Física, Voleibol, Basquetebol, Badmínton. ... 28

Turma 8ºF – Escalada, Voleibol, Basquetebol, Badmínton ... 30

6. ANÁLISE DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA SEMANA A TEMPO INTEIRO ... 31

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 43

(3)

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1. I

NTRODUÇÃO

A “Semana do Professor a Tempo Inteiro” ou semana das 22h, é uma atividade do estágio pedagógico em ensino da educação física que tem como principal objetivo proporcionar aos professores-estudantes uma experiência idêntica à de um professor de educação física, com horário completo na escola. Esta semana permite que os professores estagiários lecionem diferentes turmas, de diferentes anos de escolaridade, conduzindo-os à perceção das particularidades que caracterizam cada ciclo e cada ano de ensino. Por outro lado, também potencia a relação e o trabalho colaborativo com os professores do departamento de educação física que dão, deste modo, o seu contributo valioso à formação dos professores estagiários.

A atividade de estágio da “semana das 22h” está incluída nos objetivos de formação da subárea da condução de ensino, definida no Guia de Estágio 2015-2016.

O seu objetivo geral passa por:

A1C17: Utilizar e apreciar processos de observação e de análise da sua intervenção pedagógica e da dos seus pares no núcleo, reportando às singularidades dos contextos de intervenção e aos referenciais teóricos para a intervenção pedagógica em Educação Física.

O estagiário deverá proceder ao exercício de uma atividade sistemática de análise do ensino, a vários níveis e realizar um relatório geral da mesma, baseado:

(…)

iii) na análise da experiência de um horário completo, durante uma semana, incluindo as horas de aulas do estagiário, as horas destinadas à direção de turma, as horas destinadas à atividade de desporto escolar, as horas de reunião do núcleo, completadas por horas de aulas de turmas de outros professores do departamento. Para a sua preparação deverá haver um período de planeamento conjunto com os professores envolvidos, os quais durante a lecionação por parte dos estagiários, deverão estar presentes nas aulas.

(…)

v) na lecionação da Educação Física, numa turma do 2º ciclo de escolaridade, no seio da escolas do agrupamento ou outras a contratualizar, durante uma semana, podendo integrar-se na experiência de semana letiva a tempo inteiro. Para a preparação desta intervenção deverá haver um período de planeamento conjunto com os professores da turma.

O núcleo de estágio da Escola E.B. 2,3 Gaspar Correia projetou a sua semana das 22h para a semana de 18 a 22 de Janeiro, contando com as duas semanas anteriores para preparar esta atividade de estágio no que respeita à clarificação dos

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objetivos da atividade junto de todos os professores do departamento, definição do horário de cada estagiária, contactar pessoalmente com os professores da turma e planear as aulas/unidades de ensino.

A seleção das turmas em que cada estagiária interveio acabou por ser aleatória, face a algumas incompatibilidades de horário. Deste modo a seleção das turmas baseou-se nos seguintes critérios: (1) escolher uma turma de cada ano escolar, passando-se por turmas do 2º, 3º Ciclo e Ensino Secundário (do 5º ao 12º ano); (2) privilegiar a escolha de turmas de professores diferentes; (3) Realizar, se possível, a lecionação de turmas com características diferentes da que nos foi atribuída no início do ano letivo (número de alunos, rácio rapazes/raparigas, motivação para a prática, comportamentos de indisciplina).

No que respeita aos critérios de sucesso equacionados para a intervenção pedagógica, basei-me nos parâmetros de “Qualidade do Ensino” de Siedentop (1983), sendo eles: (1) Gestão e organização inicial; (2) Instrução inicial (qualidade da informação, demonstração, controlo e compreensão da informação); (3) Organização e gestão da turma; (4) Aquecimento e curva de esforço; (5) Controlo ativo da prática dos alunos; (6) Valor das atividades propostas; (7) Feedback pedagógico.

O presente relatório constitui-se como uma análise das aulas lecionadas na semana das 22h, cujo horário está representado na tabela 1. Nele serão especificados a caracterização dos intervenientes; os objetivos de formação e de intervenção pedagógica, assim como a análise da sua concretização, as autoscopias de aula e as implicações para a intervenção pedagógica após esta experiência a tempo inteiro.

Tabela 1 - Horário "semana a tempo inteiro".

Horário – Dora Carolo

Horas Segunda Espaço Terça Espaço Quarta Espaço Quinta Espaço Sexta Espaço

8:30h

9:15h 12ºD Pav.1 6º3ª Ext. 8ºF Pav.1 12ºD Pav.1

9:15h

10:00h 12ºD Pav.1 6º3ª Ext. 8ºF Pav.1 12ºD Pav.1

10:20h

11:05h 7º3ª 2 9º2ª 1 10ºE Gin. 5º7ª 1 10ºE Gin.

11:05h

11:50h 7º3ª 2 9º2ª 1 10ºE Gin. 5º7ª 1 10ºE Gin.

12:05h 12:50h 11ºD Ext. 9º2ª 1 11ºD Ext. 12:50h 13:35h 11ºD Ext. 11ºD Ext. 13:50h 14:35h DE GC DE ESP 14:35h 15:20h 7º3ª Ext. 8ºF Pav.1 15:35h 16:20h 5º7ª Ext. 6º3ª 1 16:20h 17:05h 17:15h 18:00h

(5)

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2. O

BJETIVOS DE

F

ORMAÇÃO

A esta semana estão associados os seguintes objetivos de formação:

 Experienciar diferentes situações e realidades de ensino, passando por todos os anos do 2º ciclo ao secundário e por contextos diferenciados;

 Experienciar a lecionação de diversas turmas num horário completo de 22h;  Analisar o nível de adaptabilidade de cada professor estagiário face a contextos

diferenciados, aferindo a capacidade de este reproduzir os seus pontos fortes na condução do ensino de turmas que não as dele;

 Desenvolver a capacidade de autoavaliação;

 Desenvolver a capacidade de análise e reflexão acerca da condução de aulas em diferentes ciclos de ensino;

 Promover a cooperação e entreajuda com os outros professores do Departamento de Educação Física, através da observação e reflexão crítico-construtiva da intervenção pedagógica.

3. O

BJETIVOS DE

I

NTERVENÇÃO

P

EDAGÓGICA

3.1 Gestão e organização inicial

 Preparar os materiais a utilizar na aula e a organização do espaço na fase pré-imperativa, sempre que as matérias o possibilitarem (e.g. nas aulas em que é lecionado dança e ginástica de aparelhos, os aparelhos não podem estar montados de inicio).

 Pedir auxílio aos alunos para organizar os espaços da aula e para a manipulação de materiais (organizar ou arrumar).

3.2 Instrução

 Instrução Inicial: Apresentar os objetivos da aula, a relação com aulas anteriores (UE nas turma da ESP), a apresentação dos conteúdos propriamente ditos; apresentação das condições de realização e de organização e por fim, o controlo da informação.

 Instrução para a tarefa: Em cada tarefa, identificar os objetivos a alcançar e os comportamentos a ter para alcança-los, bem como os critérios de êxito. Após este momento, deverei o mais possível empregar modelos de ensino (alunos preferencialmente) para exemplificar comportamentos motores apropriados e

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executar a demonstração do exercício, especialmente nas tarefas de aprendizagem mais complexas.

3.3 Organização e gestão da aula/turma

 Garantir a segurança na prática das atividades, intervindo de forma a evitar situações potenciais de risco para a integridade física dos alunos, mas também responsabilizando-os pela sua segurança e pela segurança dos colegas;  Organizar as tarefas de aprendizagem de modo a garantir tempos de espera

baixos e um maior tempo potencial de aprendizagem, na tarefa proposta;  Organizar as situações de aprendizagem de modo a garantir uma transição entre

tarefas mais eficiente (rápida formação de grupos de trabalho, reunião rápida dos alunos);

 As tarefas escolhidas deverão ser desafiadoras, mas também adequadas ao nível de prática dos alunos (procurar uma relação ótima entre complexidade da tarefa e as competências dos alunos);

 Utilizar música durante o aquecimento para incutir a noção de ritmo, nas aulas de ginástica ou dança (rumba). Para o mesmo efeito, utilizar a aeróbica como aquecimento específico, neste contexto.

3.4 Aquecimento e curva de esforço

 Construir aquecimentos padrão, dependentes do tipo de modalidade que será lecionada e dividindo-os em duas partes, uma de ativação geral e outra específica, mais relacionada com as matérias lecionadas;

 Intensidade crescente ao longo do aquecimento;

 Duração do aquecimento de 10’ a 15’ nas aulas de 90 minutos e 5’ a 10’ nas

aulas de 45 minutos;

 A complexidade de exercícios e intensidade de esforço podem ter um caracter cíclico (estações) ou possuir um auge, 35 a 30 minutos antes da aula acabar. 3.5 Controlo ativo da prática dos alunos

 Controlo da turma através do aumento da presença em aula e da colocação da voz, intervindo à distância, de modo a fazer notar a minha presença;

 Circular no espaço da aula de modo a ter a maioria dos alunos da turma sob o meu campo de visão;

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3.6 Valor das atividades propostas

 Guiar-me pelos documentos de referência: PNEF e PCEF;

 Conversar com os professores da turma acerca do trabalho que estão a fazer com os alunos e o tipo de situações de aprendizagem mais adequadas para o trabalho com as turmas;

 Informar-me acerca de alunos com características particulares, como maiores dificuldades à disciplina, necessidades educativas especiais, etc.

 Planear variantes de dificuldade e de facilidade para transmitir a alunos excecionais.

3.7 Feedback pedagógico

 Aumentar o reforço positivo no geral. Deverei ter especial atenção aos que revelam ter maior dificuldade à disciplina;

 Emitir FB especifico, combinando-os sempre que possível (e.g. Descritivo + Prescritivo);

 Aumentar o FB dirigido à classe quando que verificam erros técnicos comuns à maioria dos alunos;

 Emitir FB individual quando as dificuldades apresentadas se revelam particulares.

4. C

ARACTERIZAÇÃO DOS INTERVENIENTES NA SEMANA DAS

22

H

Os intervenientes direto na semana a tempo inteiro serão a professora estagiária Dora Carolo, o professor orientador Luís Duarte e os professores, Pedro Silva, Isabel Trole, Anabela Afonso, José Fortes e Catarina Pires. Os dois primeiros professores, na Escola E.B. 2,3 Gaspar Correia e, os três últimos professores, na Escola Secundária da Portela. Outros professores participaram na “semana a tempo inteiro”, estando a trabalhar com as minhas colegas estagiárias, Ana Alvito e Raquel Pedroso.

Tabela 2 - Professores intervenientes na PTI da estagiária Dora Carolo

PROFESSOR TURMAS Luís Duarte 11ºD Dora Carolo 7º3ª Pedro Silva 9º2ª Isabel Trole 5º7ª, 6º3ª Anabela Afonso 8ºF José Fortes 12ºD

(8)

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5. A

UTOSCOPIAS DAS AULAS DA SEMANA DAS

22

H

2ª FEIRA – Autoscopias

Turma 12ºD – Voleibol, Badmínton e Basquetebol

A aula de educação física da turma do 12ºD foi o primeiro bloco da manhã de 2ª feira. Esta teve lugar das 8.30h às 10h00, no ginásio 1, um terço do pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária da Portela que permite a lecionação de matérias como a escalada, basquetebol, voleibol e andebol em situação de jogo reduzido e jogos de raquetas. As matérias lecionadas foram o voleibol, badmínton e basquetebol, em campo reduzido.

No que respeita ao planeamento, na fase pré-interativa, decidi planear as duas aulas desta turma como se de uma unidade de ensino se tratasse, uma vez que a rotação de espaços da escola secundária permite que as duas aulas semanais da turma sejam lecionadas no mesmo espaço. Deste modo, na próxima aula poderei continuar a trabalhar estas três matérias, criando outro tipo de exercícios que proporcionem o desenvolvimento dos objetivos definidos para a unidade e que passo a expor:

Tabela 3- Objetivos e conteúdos da aula do 12ºD

Acerca da fase interativa e especificamente da intervenção pedagógica, é de referir a dificuldade acrescida em formar grupos de trabalho, uma vez que não conhecia os alunos e o nível de competências de cada um. Contudo, uma vez que já tinha planeado a formação de grupos, na fase pré-interativa, no que respeita ao número de alunos em cada grupo, esta tarefa tornou-se menos demorosa do que estaria à espera, sendo que apenas um dos grupos não cumpriu o critério de ter um número equilibrado de rapazes e raparigas, uma vez que estavam quatro alunos sem fazer a parte prática da aula que “complicaram” as contas. No que respeita à organização do espaço e dos materiais, não senti grandes dificuldades, uma vez que inclui no plano de aula o material

Basquetebol Voleibol Badmínton

(1) Posição de tripla ameaça; (2) Lançamento na passada; Em Jogo reduzido (3x3 ou 4x4): (4) Ocupação racional do espaço; (5) Passe e corte;

(5) Bloqueio direto e indireto.

(1) Posição base do voleibol, (2) Passe e Manchete;

Em Jogo reduzido (3x3 ou 4x4): (4) Executa o serviço por cima; (5) Segundo toque do passador; (5) O passador coloca a bola no jogador 1 ou 2.

(1) Pega e posição base ofensiva; (2) Lob e clear em cooperação Em situação de Jogo (1x1): (4) Executa o serviço comprido ou curto;

(5) Tenta desenquadrar o oponente executando lob, clear ou drive. (5) Recuperação da posição após ação técnica.

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necessário e preparei-o antecipadamente, tendo requisitado a ajuda dos alunos para montar o poste e rede de voleibol.

A gestão do tempo de aula foi, a meu ver, adequada, tendo os alunos passado por momentos de prática alargados e de intensidade moderada, pelo menos no que respeita ao basquetebol e ao badmínton. A este nível deverei ter mais rigor no tempo em que cada grupo, em cada rotação, passa em situação de exercício critério e jogo reduzido. O planeamento foi cumprido na íntegra e os alunos saíram da aula quando faltava 5 minutos para o final.

A nível da instrução inicial e para a tarefa, senti que esta é uma tarefa que esteve facilitada face ao termo de comparação que tenho, a minha turma de 7º ano. O desenvolvimento cognitivo e o maior número de experiências na disciplina de educação física, destes alunos, permite-lhes perceber esquemas de organização e a instrução das tarefas de forma mais clara e eficiente, pelo que este é um aspeto que ajuda a promover a rápida passagem para a prática, a agilização dos momentos de instrução e de transição entre tarefas de aprendizagem. A minha de capacidade de observação não foi alterada face a que tem acontecido nas aulas de 7º ano, contudo, pelo menos no início da aula, senti um pouco de dificuldade em emitir feedback, talvez por não conhecer os alunos, não saber os nomes, possa ter ficado um pouco renitente em “expor-me” através desta forma de intervenção. No decorrer da aula, a emissão de feedback melhorou tendo optado por emitir feedbacks combinados (prescritivo e descritivo), mas menos feedbacks positivos avaliativos do que gostaria (talvez por não saber os nomes dos alunos).

O clima de aula, no que respeita à relação aluno-tarefa, foi bastante positivo, mesmo na parte do aquecimento, que segundo os alunos foi mais intensa do que estavam habituados. Os alunos já estavam familiarizados com o tipo de tarefas da parte principal da aula e o tempo de empenhamento motor foi elevado. Na relação aluno-aluno, nada que mereça especial atenção, tendo parecido uma turma em que existe uma boa relação entre os seus elementos. Na relação professor-aluno não existe nada a apontar uma vez que os alunos sempre mostraram cordialidade e respeito face ao meu papel momentâneo de professora. No início da aula optei por me apresentar e explicar a razão pela qual seria eu a lecionar as duas aulas da presente semana, tendo recebido durante a aula um retorno dos alunos em forma de empenhamento e de concentração nas tarefas da aula (o facto de me ter apresentado como professora estagiária poderia ter o efeito contrário).

(10)

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Turma 7º3ª – Orientação, Condição Física (força média e superior), Luta greco-romana Após a aula da turma 12ºD, desloquei-me para a escola E.B. 2,3 Gaspar Correia para lecionar a aula da minha turma, o 7º3ª, das 10h20 às 11h50. A aula teve lugar no espaço 2 e as matérias trabalhadas foram a orientação e a luta, na continuação da aula da segunda-feira passada.

No que respeita ao planeamento das aulas na fase pré-interativa, tive de fazer algumas alterações no planeamento da unidade de ensino, de modo a que conseguisse no seu final, cumprir o objetivo de apresentar as matérias definidas no plano de 2ª etapa. Este foi um aspeto que se relacionou com o facto de não ter havido aula na 5ª feira passada, devido a uma avaria no quando elétrico. As tarefas de aprendizagem proposta e os objetivos operacionais de cada aula estão articulados com o que vem sido trabalhado desde o dia 4 de janeiro, no caso da luta.

A aula foi exigente do ponto de vista da organização de materiais e da gestão do tempo de aula e de tarefa, pelo que aprimorei o planeamento das fases de transição, de modo a agilizar esses momentos e a não perder demasiado tempo na tarefa. Para assegurar as questões relacionadas com a organização da aula, cheguei mais cedo e, após conversar com o professor que iria dar aulas no espaço 1, retirei logo os colchões que necessita para as tarefas de luta e empilhei-os no espaço 2, preparei a aparelhagem (para a condição física) e preparei a tarefa mais complexa da aula, neste âmbito, a tarefa de orientação.

Após a parte inicial de instrução, com a explicação das tarefas de aprendizagem e dos conteúdos a trabalhar, os alunos fizeram um aquecimento de intensidade crescente, baseando-se primeiramente na corrida continua variada e depois, em exercícios por vagas (método de repetições) que permitem aumentar o número de picos de intensidade.

A primeira tarefa a ser apresentada foi a da matéria de orientação. Nesta unidade de ensino e, uma vez que tive de lecionar a matéria dentro do pavilhão, optei por apresentar um exercício (pontos cardeias e colaterais) que assentasse em dois aspetos que se constituem como objetivo para a turma e que têm sido trabalhados, a cooperação e estratégias de comunicação entre pares (trabalho de equipa), intercalado com picos de trabalho da componente motora e da cognitiva. O resultado do exercício foi bastante satisfatório, sendo que foi notório que os alunos estavam concentrados na tarefa e nos seus objetivos, pelo que três dos quatro grupos definidos fizeram um excelente trabalho e conseguiram trabalhar em cooperação, ao definirem previamente as estratégias mais acertadas para conseguirem cumprir os objetivos e os condicionamentos definidos para

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o exercício. A transição para a condição física foi rápida, tendo os alunos, a pares (luta) ir buscar dois colchões e organizar o espaço segundo as minhas indicações.

A segunda tarefa consistiu no treino dos testes do programa fitescola, para desenvolvimento da aptidão muscular média e superior. O programa é, a meu ver, um instrumento de treino bastante útil, não apenas de avaliação, permitindo ao aluno aumentar o número de repetições de cada exercício, numa cadência constante, sendo ideal para o desenvolvimento da força resistente. Após este exercício, de onde retirei ilações acerca do estado de desenvolvimento da aptidão muscular dos alunos, passámos rapidamente para a revisão dos conteúdos da matéria de luta, para os jogos de luta que antecedem a aprendizagem de determinada técnica e para a inclusão de uma outra técnica de solo (dupla prisão de braços) e de luta em pé (entrada às pernas), sendo que o trabalho da matéria foi concluído com uma situação de luta em cooperação.

Tabela 4 – Objetivos e conteúdos da aula do 7º 3ª (90 minutos)

No que respeita à organização do espaço e dos materiais, não senti muitas dificuldades, uma vez que inclui no plano de aula o material necessário e preparei-o antecipadamente, tendo requisitado a ajuda dos alunos para montar e desmontar materiais.

A gestão do tempo de aula foi ao encontro do que estava planeado, tendo concluído o trabalho na matéria de orientação e a condição física durante os primeiros 45 minutos. A segunda parte da aula foi dedicada em exclusivo ao desenvolvimento da matéria de luta.

Nesta aula tenho a apontar um episódio desagradável com o Allan, que consequentemente afetou a relação professor-aluno e aluno tarefa, tornando o clima de aula menos propicio à aprendizagem, pelo menos a certo ponto. O aluno referido reagiu de forma imprópria demonstrando desagrado pelo grupo em que tinha ficado, pelo que foi imediatamente repreendido na presença dos colegas, uma vez que quebrou o compromisso que temos vim a criar: “Aqui não existem faltas e respeito nem má educação”. No meu entendimento o aluno não só me desrespeitou ao reclamar de uma decisão minha (que não afetava negativamente ninguém), como, ainda mais grave,

Orientação Condição Física Luta

(1) Cooperação, comunicação intragrupo;

(2) Articulação com Geo. – Pontos cardeias e colaterais;

(1) Força resistente de média e de membros superiores; (2) Aptidão aeróbia (A1); (3) Agilidade e velocidade.

(1) Deslocamentos em pé e no solo (jogo 47 e 27 – a pares);

(2) Posição inicial fundamental no solo e posição ofensiva de pé; (3) Dupla prisão de pernas; (4) Dupla prisão de braços; (5) Entrada às pernas.

(12)

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desrespeitou os colegas de grupo, assumindo uma postura de superioridade perante eles ou dando-lhes a entender que eram inferiores.

Turma 11ºD – Andebol, Râguebi e Atletismo (lançamento do peso, velocidade e barreiras) Após a aula da turma 7º3ª, voltei a deslocar-me à Escola Secundária da Portela, para lecionar uma aula de 90 minutos para a turma do 11ºD. A aula teve lugar no espaço exterior e as matérias trabalhadas foram o râguebi, o andebol, na continuação do que fizeram no 1º período e, a matéria de atletismo, que foi lecionada a primeira vez no ano letivo (lançamento do peso; barreiras e velocidade).

No que respeita ao planeamento das aulas, na fase pré-interativa, defini as duas aulas lecionadas como se fizessem parte de uma unidade de ensino, ou seja, as duas aulas que leciono na turma têm uma estrutura semelhante no que respeita ao aquecimento e ao balanço final, assim como das matérias e dos conteúdos a serem desenvolvidos, apenas as situações de aprendizagem terão ligeiras alteração.

A aula foi exigente do ponto de vista da organização de materiais e da gestão do tempo de aula e de tarefa, no entanto, o facto de já conhecer a forma de trabalho na turma e os alunos que a constituem, permitiu-me agilizar a formação de grupos de trabalho e deixá-los em trabalho autónomo no râguebi, uma vez que sabia as competências que já tinham retido nesta matéria.

O aquecimento foi diferente do habitual, tendo como perspetiva a preparação para o trabalho que iam fazer na matéria de atletismo. Iniciámos uma corrida contínua pelo espaço exterior (tipo corta-mato), que potenciou o aumento de intensidade de corrida devido ao piso irregular aos diferentes declives do percurso. O aquecimento específico foi baseado em tarefas de agilidade (saltos, mudanças de direção e corrida) e de velocidade de reação (partir de várias posições), promovendo a concentração na tarefa e a destrezas motoras que não são habitualmente utilizadas no quotidiano (e.g. partindo da posição de decúbito dorsal, partir para corrida de velocidade sem usarem as mãos para se levantarem).

A matéria de andebol foi a que teve maior enfase, abarcando os primeiros 45 minutos de aula. Em relação a esta matéria, foram escolhidas duas situações de aprendizagem, para o ataque rápido e ataque organizado. No atletismo a incidência foi maior nas barreiras e no lançamento e peso, uma vez que a velocidade (e.g. técnica de partida e fase de aceleração) já tinha sido trabalhada no início da aula. Simultaneamente com o desenvolvimento da matéria de atletismo, metade da turma esteve a trabalhar no râguebi, fazendo jogo condicionado 5x5.

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A instrução inicial correu bastante bem, tendo sido clara em relação aos objetivos da aula e à forma geral de organização. A instrução para a primeira tarefa de andebol, pelo contrário, não foi completa e esclarecedora, pelo que acabei por ter dificuldades na organização do exercício, uma vez que não expliquei convenientemente a divisão da equipa “sem coletes” e não fui suficientemente esclarecedora em relação à forma de rotação dos alunos, no exercício.

A autonomia e compromisso em relação ao trabalho na aula de educação física, demonstrada pelos alunos ao longo do ano letivo, permitiu-me planear a organização das matérias de modo a que pudesse ficar mais tempo junto dos alunos que estavam na matéria de atletismo, deixando os alunos que estavam na matéria de râguebi a trabalhar de forma mais autónoma, após a clarificação de objetivos de aprendizagem a serem perseguidos.

A gestão do tempo em cada tarefa teve algumas alterações face ao planeamento, uma vez que face às dificuldades de organização na matéria de andebol (primeiro exercício) fizeram com que passasse à segunda parte da aula com um ligeiro atraso, pelo que tive de optar por não fazer a rotação entre alunos no lançamento do peso e nas barreiras, assim, na próxima aula, no que respeita à matéria de atletismo, os alunos que estiveram apenas nas barreiras farão apenas o lançamento de peso e vice-versa.

Os objetivos de desenvolvimento da unidade de ensino estão presentes na tabela 5.

Tabela 5 – Objetivos e conteúdos da aula do 11ºD (90 minutos).

O facto de ter procedido de forma errada na organização da primeira tarefa de andebol, levou a que existisse passividade de alguns alunos e comportamento fora da tarefa, pelo que o clima de aula piorou durante um breve momento, por ter repreendido um aluno que insistia em “dar toques” numa bola de andebol depois de ter avisado que não queria esse tipo de comportamentos, pelo menos três vezes. Contudo, estes comportamentos fora da tarefa existiram na sequência de uma organização defeituosa pelo que são inteiramente da minha responsabilidade. Após a alteração e esclarecimento da organização do exercício, o ritmo de trabalho melhorou de forma

Andebol Atletismo Râguebi

(1) Ataque rápido – exercício critério 2X1 e 3X1 (remate);

(2) Ataque organizado (5x5 + 1)

(1) Partidas a 2 e 3 apoios; (2) Desenvolvimento da técnica de corrida e fase de aceleração. (3) Corrida de barreiras – 4 a 5; - Ataque à barreira;

- Passagem da perna de impulsão; (4) Lançamento do peso (de lado - E e de costas - A);

(1) Passe e fora de jogo,

(2) Reposição da bola em jogo (foras);

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considerável, assim como a concentração dos alunos no trabalho desenvolvido. Os restantes momentos da aula decorreram de forma satisfatória e dentro do esperado.

3ª FEIRA – Autoscopias

Turma 6º3ª – Andebol e Basquetebol

A aula de educação física da turma do 6º3ª foi o primeiro bloco da manhã de 3ª feira. Esta teve lugar das 8.30h às 10h00, no ginásio 2, que permite a lecionação de matérias como o basquetebol, voleibol, andebol, futebol, atletismo, orientação, luta, dança e jogos de raquetas. As matérias lecionadas foram o andebol e o basquetebol.

No que respeita ao planeamento das aulas desta turma, na fase pré-interativa, não foi possível construir uma pequena unidade de ensino, como seria na escola secundária, uma vez que a turma têm as duas aulas de educação física em espaços diferentes. Deste modo, na próxima aula não me será possível trabalhar as matérias de andebol e basquetebol, uma vez que a aula será no espaço 1, onde as expressões e a ginástica têm prioridade de desenvolvimento. Os objetivos para a primeira aula lecionada com a turma 6º3ª foram:

Tabela 6 – Objetivos e conteúdos da aula do 6º3ª (90 minutos).

O aquecimento foi construído com uma estrutura lógica e de intensidade progressiva tendo começado com corrida contínua e integração de exercícios como saltos, “deitar”, “sentar” e prancha no decorrer do aquecimento geral, de modo a aumentar a sua intensidade. O aquecimento específico passou por exercícios de

skipping, agilidade e velocidade em vagas que antecederam o primeiro exercício

analítico de manipulação de bolas e de introdução do passe de ombro no andebol. Acerca da parte principal da aula e, especificamente da intervenção pedagógica, é de referir a dificuldade acrescida em manter os alunos concentrados nas tarefas, em primeiro lugar porque talvez tivessem estado demasiado tempo em cada tarefa (cerca de 15’), em segundo porque é uma turma com alguns elementos que perturbam bastante o decorrer normal das aulas e em que é visível a ausência de regras de comportamento ou disciplina.

Basquetebol Andebol

(1) Posição de tripla ameaça; (2) Jogo reduzido 3x3.

(1) Em situação de exercício critério, manipulação de bola, passe com o braço armado e receção com duas mãos;

(2) Jogo dos 10 passes; (3) Jogo reduzido 4x4.

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A formação de grupos foi planeada e executada por mim, tendo trocado alguns elementos entre equipas, no decorrer das tarefas, fundamentalmente por dois motivos: (1) São alunos com tendência para ter comportamentos de indisciplina e necessitam de estar afastados de alunos com essa mesma tendência; (2) são alunos com maior maturidade, proatividade e nível de competências desenvolvidas nas matérias, que poderão ajudar os colegas com mais dificuldades. A formação de grupos teve como pressuposto um número equilibrado de rapares e raparigas em cada equipa, tendo em conta que não tinha mais nenhuma referência acerca dos alunos da turma, no que respeita ao desenvolvimento de competências motoras.

No que respeita à organização do espaço e dos materiais, não senti muitas dificuldades, uma vez que inclui no plano de aula o material necessário e preparei-o antecipadamente de modo a assegurar uma rápida transição entre tarefas de aprendizagem. A gestão do tempo de aula foi, a meu ver, adequada, tendo os alunos passado por tempos prática alargados e de intensidade moderada.

A nível da instrução inicial senti que os alunos estiveram focados e compreenderam os objetivos e conteúdos a serem desenvolvidos em aula. A instrução para a tarefa também foi eficiente ao nivel do aquecimento, no entanto, durante as tarefas da matéria de andebol e de basquetebol, porque vezes, quando parava a aula e dava instrução, tinha dificuldade em reconcentrar os alunos, por estes estarem constantemente a fazerem queixas dos colegas ou a falar por cima de mim, pelo que algumas vezes tive de repreender estes comportamentos.

A minha capacidade de observação do comportamento motor foi “minada” no início da aula pelos comportamentos desviantes de dois alunos (Rafael e Severo). Contudo, após uma chamada de atenção inicial face a estes comportamentos, consegui libertar-me para intervir a nível do feedback junto dos alunos.

O clima de aula, no que respeita à relação aluno-tarefa, foi satisfatório, mesmo existindo um esforço constante para manter os alunos concentrados na tarefa. Este foi um aspeto reforçado pela professora da turma como uma necessidade constante que ela própria possui quando está a lecionar nesta turma. A nível da relação professor-aluno, creio ter conseguido criar na generalidade uma relação positiva e de respeito-o mutuo, sendo que existiu a exceção já referenciada. Em relação ao comportamento do Rafael, não consegui evitar (e na minha opinião, nem podia fazê-lo) as advertências que fiz, uma vez que o aluno apresenta um comportamento que não pode ser admissível numa aula (incumprimento constante das regras, atitudes que podem ser facilmente interpretadas como má educação, e que perturbam o funcionamento normal da aula).

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Turma 9º2ª – Ginástica de Solo, Ginástica de Aparelhos, Condição Física

A aula de educação física da turma do 9º2ª foi o segundo bloco da manhã, logo após a aula da turma 6º3ª. Esta decorreu no espaço 1, entre as 10h20 e as 11h50, tendo como matérias a desenvolver a ginástica de solo e de aparelhos, para além da resistência de base e da força resistente (exercícios gerais e especiais).

A rotação espaços em que esta turma se encontra já me permite formar uma unidade de duas aulas com estruturas semelhantes.

Os objetivos para as aulas lecionadas estão representados na tabela 7.

Tabela 7 – Objetivos e conteúdos da aula do 9º2ª (90 minutos)

A instrução inicial iniciou-se com o professor Pedro Silva a explicar a razão de ser eu a lecionar as aulas desta semana, sendo que após este momento, apresentei-me de forma breve aos alunos e expliquei o tipo de tarefas que teríamos na aula, os conteúdos e a sua organização.

O aquecimento geral foi constituído por uma corrida ligeira, saltitos, marcha característica das atividades gímnicas e alongamentos dinâmicos de adutores e posteriores da coxa, seguido de um aquecimento baseado na mobilização do tronco e dos membros superiores, numa organização de xadrez.

A fase seguinte foi a organização dos grupos, tendo tido como critério a distribuição equitativa de rapazes e rapariga assim como o número que considerei ideal para cada estação. Resolvida esta questão, cada grupo atribuído ficou responsável, após terem recebido indicações, pela montagem da sua estação, sendo que o mesmo aconteceu no final da aula com a arrumação do material.

No que respeita à condução de ensino com uma aula de estrutura mais complexa como as de ginástica, não senti muitas dificuldades, em parte devido ao facto de estar habituada a este tipo de rotina no núcleo de ginástica do desporto escolar e porque os alunos eram bastante cooperantes. Durante a aula fui emitindo feedback avaliativo

Ginástica de solo Ginástica de aparelhos Condição física

(1) Nos colchões individuais, faz rolamento à frente pernas juntas e afastadas, rolamento à retaguarda, apoio facial invertido ou pino de cabeça, roda, avião e rodada; (2) Sequência no tapete com elementos de ligação.

Numa estação de aparelhos: (1) Salto ao eixo e entre mãos no Boque;

(2) Salto ao eixo e cambalhota no plinto de espuma;

(3) Minitrampolim: salo em extensão, engrupado, ½ e 1 pirueta, salto encarpado.

(4) Trave: marcha e saída em salto de extensão.

(5) Resistência de base (saltar à corda);

(6) Treino de suspensão – TRX. (7) Saltos no plinto de espuma para elevação da bacia nos saltos; (8) Saltos no banco sueco; (9) Abdominais no espaldar e colchão.

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positivo e feedback específico de forma combinada (prescritivo e descritivo), sendo que nestas matérias acabei por fazer uso do tipo de feedback quinestésico e visual.

O clima de aula, no que respeita que à relação professor-aluno, aluno-aluno e aluno-tarefa foi bastante favorável. Apesar de existirem alunos que evidenciam dificuldades nas matérias, alguns deles conseguiram-se superar nesta aula, com a minha ajuda e com a ajuda dos colegas, um ponto que me deixou bastante satisfeita. A relação entre alunos também parece ser bastante benéfica para o desenvolvimento de aprendizagens, uma vez que eles parecem ter no geral uma boa relação e predisposição para o trabalho colaborativo.

Turma 5º7ª – Basquetebol e Voleibol

A aula de 45 minutos da turma do 5º7ª foi a última de terça-feira, tendo sido lecionada no espaço exterior, entre as 15h35 e as 16h20. Tendo como referências as diretrizes do programa da disciplina de educação física, para o 5º ano e, as indicações que a professora da turma me emitiu, no que respeita ao tipo de trabalho que tem desenvolvido com os alunos e à fase das aprendizagens em que se encontram. As matérias que lecionei na aula foram o voleibol e o basquetebol.

No planeamento das aulas desta turma, na fase pré-interativa, tive em conta o nível, ainda imaturo, das suas aprendizagens na disciplina e o estádio do seu desenvolvimento cognitivo, pelo que já estaria à espera de comportamentos típicos da idade, como as “queixinhas” por que o colega de outra equipa fez falta e não parou o jogo, entre outras.

Os objetivos para a primeira aula lecionada com a turma 5º7ª foram:

Tabela 8 - Objetivos e conteúdos da aula do 5º7ª (45 min.)

O aquecimento foi construído com uma estrutura lógica e de intensidade progressiva tendo começado com corrida contínua e integração de exercícios de mobilização articular. Em relação ao aquecimento específico, decidi cortar esta parte, uma vez que os alunos chagaram atrasados e a professora ainda esteve a falar com eles, pelo que face ao sucedido, senti necessidade de tentar recuperar tempo.

Basquetebol Voleibol

(1) Posição de tripla ameaça;

(2) Exercício critério a pares, passe de peito e passe picado em deslocamento;

(3) Jogo reduzido.

(1) Posição base dos apoios;

(2) Exercício critério a pares, um aluno lança a bola na direção do colega, sendo que este recebe a bola em manchete ou passe, conforme a altura da bola, enviando-a de voltenviando-a penviando-arenviando-a o colegenviando-a;

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A formação de grupos foi planeada e executada por mim, mantendo o critério de alturas semelhantes, devido às matérias a trabalhar, e de heterogeneidade de género. No que respeita à organização do espaço e dos materiais, consegui ultrapassar as minhas expectativas em relação aos momentos de transição, organização e concentração na prática. Uma vez que é uma turma de 5º ano, estaria à espera que existisse alguma confusão nos momentos de transição, algo que não se verificou. As estratégias de organização passaram por definir no início da aula o modo de funcionamento da mesma; a definição de grupos de trabalho fixos para esta aula e o acompanhamento dos momentos de transição de uma forma mais próxima, especificando para onde os alunos iam e o que é que tinham de fazer. A gestão de tempo foi adequada face ao imprevisto de ter, praticamente, apenas 30 – 35 minutos de aula.

Os momentos de instrução foram uma preocupação na fase pré-interativa, uma vez que estaria a falar para alunos mais novos, que poderiam não compreender com facilidade o tipo de vocabulário usado, caso não existissem quaisquer adaptações a este nível. Nestes momentos os alunos destas idades têm tendência a querer falar de forma desordenada, pelo que fi-los entender no início da aula que nos iriamos compreender melhor se esperássemos pela nossa vez de falar, pedido que eles compreenderam e acataram bastante bem.

Em termos de intervenção ao nível do feedback, senti-me bastante bem, em muito porque percebi que os alunos estavam recetivos a recebê-los e estariam interessados em aprender, mantendo níveis bastante interessantes de prática motora, intervindo verbalmente e participando de forma ativa em todo o processo ensino aprendizagem.

O clima de aula, no que respeita à relação aluno-tarefa, foi bastante satisfatório, pelos motivos já apresentados. A relação aluno-aluno e aluno-professor foi igualmente bastante satisfatória, tendo conseguido manter uma posição muito próxima dos alunos e uma postura entusiasta durante a aula. No âmbito da disciplina, não existe nenhum aspeto a registar.

4ª FEIRA – Autoscopias

Turma 8ºF – Escalada, Voleibol, Badmínton e Basquetebol

A aula de 90 minutos da turma 8ºF foi o primeiro bloco de aulas da quarta-feira, tendo sido lecionada no espaço 1, entre as 8h30 e 10h00. Com esta turma, face ao tipo

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de rotação que existe na escola secundária da portela, foi possível planear uma unidade de ensino constituída pelas matérias de basquetebol, voleibol, badmínton e escalada.

Os objetivos apresentados para as quatro matérias são os seguintes:

Tabela 9- Objetivos e conteúdos da aula do 8ºF (90min.)

O aquecimento foi construído com uma estrutura lógica e de intensidade progressiva tendo começado com corrida contínua e integração de exercícios de velocidade e agilidade, numa aproximação à matéria de atletismo, a pedido da professora, face à aproximação do torneio.

A formação de grupos foi planeada e executada por mim, tendo-se mantido inalterada até ao final da aula, uma vez que pelo que fui observando, os grupos pareciam estar mais ou menos equilibrados.

No que respeita à organização do espaço e dos materiais, esta foi uma aula mais complexa uma vez que existiam quatro estações, sendo que uma delas era de escalada. Deste modo, cheguei mais cedo para preparar a parede de escalada e as estações de voleibol e basquetebol. A professora da turma ficou, durante a aula a dar segurança na escalada, tendo ficado a intervir nas estações das outras três matérias. Esta foi uma turma a que gostei bastante de dar aula, apesar de ter tido referencias menos boas acerca da mesma.

A organização das tarefas de aprendizagens e os momentos de transição correram bastante bem, em muito devido à postura disponível dos alunos e à concentração que apresentaram, na sua maioria, nas tarefas de aprendizagem.

Os momentos de instrução não foram demasiado longos, uma vez que tive cuidado em prepará-los para que tal não acontecesse. Os alunos estiveram, na generalidade, concentrados nestes momentos.

Em termos de intervenção ao nível do feedback, senti-me bastante bem, não tendo notado que com este tipo de organização da aula, tivesse estado mais concentrada numa estação do que noutra, como me aconteceu várias vezes em outros momentos. O feedback emitido foi dirigido para o grupo ou para o individuo, tendo existido apenas feedback para a classe ao nível do aquecimento. Os alunos aceitavam, na generalidade, os feedbacks emitidos e procuravam a sua verificação da minha parte

Escalada Voleibol Badmínton Basquetebol

(1) Escalada e rapel; (2) Regras de segurança e gestão/organização; (3) 3 Regras da escalada: verticalidade, proximidade e 3 pontos de apoio. (1) Posição base; (2) Em exercício critério, manchete, passe (pares), (3) Jogo reduzido (3x3 ou 4x4)

(1) Posição base; (2) Pega da raquete; (3) Lob, drive, clear; (4) Situação de jogo até aos 10 pontos. (1) Posição de tripla ameaça; (2) Lançamento parado e na passada; (4) Jogo reduzido (3x3 ou 4x4)

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pelo que esta aula, no que respeita à emissão e fecho do ciclo de feedback, foi bastante rica.

O clima de aula, no que respeita à relação aluno-tarefa foi muito mais positiva do que esperava, sendo que os alunos mantiveram níveis permanentes de prática de grande qualidade, sendo que a exceção poderá ter sido o voleibol, que pelas suas características técnicas, constitui-se como uma matéria em que os alunos têm mais dificuldade em manter uma prática intensa, porque o jogo não é fluído. A relação aluno-aluno e aluno-aluno-professora foi bastante boa, pelo que eu própria me senti mais realizada por não ter de estar constantemente a reprender ou a pedir para que trabalhem como acontece algumas vezes na minha turma, o 7º 3ª. Não existem casos de indisciplina a registar.

Turma 10ºE – Aeróbica, Dança (rumba), Ginástica de Solo e Ginástica de Aparelhos Após a aula do 8ºF, lecionei a primeira aula da semana da turma 10ºE, no ginásio da Escola Secundária da Portela. As matérias lecionadas foram a ginástica de solo, ginástica de aparelhos, aeróbica e condição física, sendo que estaria previsto a lecionação da rumba quadrada, apesar de não ter sido lecionada.

As matérias apresentadas foram planeadas a pedido da professora da turma, sendo os objetivos, os seguintes:

Tabela 10 - Objetivos e conteúdos da aula do 10ºE (90 min.)

Apesar da matéria de dança (rumba quadrada) estar planeada, acabei por esquecer-me de a lecionar e de passar diretamente da aeróbica para a organização dos grupos e a montagem das estações, uma vez que estava preocupada com a rapidez e eficiência do processo. Acabei por me lembrar da matéria de dança, quando os alunos já estavam em prática nas estações, pelo que decidi não parar as práticas para voltar atrás, como é óbvio. Após ter conversado com a professora da turma acerca do sucedido, ela descansou-me em relação a esse facto pois poderia lecionar a matéria na aula seguinte. Posto isto, decidi fazer trabalho de condição física no final da aula. Em

Ginástica de

solo Ginástica de aparelhos Aeróbica

Condição física (1) O aluno excuta o rolamento à frente e rolamento à retaguarda (pernas juntas e afastadas) roda, rodada, avião e ponte.

(1) Salto ao eixo no plinto longitudinal; cambalhota no plinto;

(2) No minitrampolim executa, salto em extensão; engrupado e ½ pirueta, carpa lateral.

(3) Na trave: marcha atrás, a frente, avião, salto de gato;

(4) Na barra fixa: volta de barriga, subida direta; (5) Nas paralelas: balanços, deslocamentos,

ângulo. (1) Marcha, balanços, passo cruzado, polichinelo, passo em “v”. (1) Força inferior, média e superior

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termos de organização dos materiais e de agilização na formação de grupos, a aula correu bastante bem, mas, como me tinha esquecido da dança, os alunos ficaram mais tempo do que o planeado em cada estação, tendo sentido necessidade de parar a aula algumas vezes para dar feedback à classe e deste modo, reconcentrar os alunos nas tarefas.

No que respeita ao clima de aula, nas suas componentes de relação aluno-tarefa, aluno-aluno e aluno-professora, o balanço é bastante positivo, tendo recebido feedback positivo da professora da turma, a este respeito e em relação à organização da aula.

Para a próxima aula deverei fazer algumas alterações no que respeita aos conteúdos trabalhados em cada estação (e.g. colocar a cabeça do plinto de madeira para os alunos subirem para as paralelas) e trocar as estações de minitrampolim e saltos no plinto, pela estação de salto em altura, uma vez que alguns alunos vão participar no torneio dos megas. A dança (rumba) será também lecionada.

5ª FEIRA – Autoscopias

Turma 5º7ª – Aeróbica, Ginástica de Solo, Ginástica de Aparelhos, Condição Física (força) A aula do 5º7ª foi o primeiro bloco de aulas da manhã de 5ª feira. Na aula de 90 minutos foram lecionadas as matérias de aeróbica, ginástica de solo, ginástica de aparelhos e condição física. Os objetivos da aula foram os seguintes:

Tabela 11 - Objetivos e conteúdos da aula do 5º7ª (90 min.)

A aula iniciou-se com um aquecimento padrão que defini para as aulas de ginástica. Este consiste na corrida ligeira, marcha característica da ginástica, alongamentos dinâmicos, saltitos, saltos, mobilização articular em saltitos, concluindo com a turma, numa organização de xadrez, a executar movimentos de mobilização da coluna vertebral. Nessa mesma posição os alunos fizeram trabalho de melhoria da aptidão aeróbia (saltar à corda) e tiveram uma introdução à aeróbica. Em relação à matéria da aeróbica, fiquei bastante surpreendida uma vez que os alunos estiveram bastante coordenados, de forma geral e, pareceram gostar bastante.

Ginástica de solo Ginástica de aparelhos Aeróbica Condição

Física

(1) Nos colchões individuais, faz rolamento à frente, rolamento á retaguarda, ponte e avião; (2) Sequência no tapete.

(1) Saltos: Salto ao eixo no boque; cambalhota no plinto;

(2) Minitrampolim: extensão, engrupado e ½ pirueta; (3) Trave: marcha para a frente.

(1) Marcha, balanços, passo cruzado, polichinelo, passo em “v”; toca à frente. (1) Abdominais; saltos no plinto de espuma e banco sueco; saltar à corda; agilidade nos arcos.

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A matéria a ser trabalhada após a faixa de aeróbica foi a ginástica de solo. Aqui, escolhi aplicar um estilo de comando, com cada dois alunos a trabalhar a pares em cada colchão, com o objetivo de que um dos elementos do par executasse o elemento gímnico e o outro ajudasse. As ajudas foram demonstradas, assim como cada um dos elementos trabalhados, tendo existido a aplicação de alunos como modelos de ensino. O ritmo de trabalho na ginástica de solo foi satisfatória, no entanto, foi notório que os alunos da turma que tinham excesso de peso resistiram à execução dos elementos, tendo que estar constantemente a ajudá-los ou a motivá-los para a tarefa, esse foi um facto que a meu ver me impossibilitou de observar com qualidade o desempenho motor dos alunos, em alguns momentos.

Após a prática de ginástica de solo, os alunos arrumaram os colchões e sentaram-se em ½ lua para formar os grupos. Este foi um processo ágil, tendo os alunos se dirigindo para três estações possíveis, a de ginástica de aparelhos (minitrampolim e plinto – salto eixo), de solo (elementos por colchão e sequência no tapete de ginástica) e de condição física (força inferior, média e superior). O trabalho dos alunos nas diferentes estações correu bastante bem, à exceção da estação de solo, uma vez que tendo os colchões e sendo proporcionado um estilo de ensino mais divergente, os alunos não executavam autonomamente os elementos, aliás, como seria natural, uma vez que são apenas do 5º ano e não têm competências na matéria e autonomia desenvolvidas para que exista um trabalho efetivo. Este foi um facto discutido com a professora da turma, que me ajudou a criar soluções, em termos de organização da aula, para aquele espaço e matéria (e.g. “a estratégia inicial que utilizaste no solo foi

muito boa – comando, mas por estações é complicado…acontece sempre o que

reparaste nesta aula. Podes é lecionar ginástica de aparelhos ou de solo, juntamente com uma matéria em que estejam mais autónomos, como o badmínton, assim, estás mais liberta para trabalhar com eles na ginástica”).

A estratégia de organização da aula e das tarefas em particular correu bem melhor do que pensava (à exceção da estação de solo pelas razões já apresentadas), em muito, graças à participação ativa dos alunos nestas tarefas, o que me surpreendeu bastante para uma turma de 5º ano.

O clima de aula no que respeita à relação aluno-aluno e aluno professora foi bastante positivo. No que respeita à relação aluno-matéria confesso que estaria à espera que esta não fosse tão gratificante quanto foi, uma vez é comum os alunos terem uma relação menos boa com a matéria. É de referir que na aula de 3ª feira preparei os alunos para o trabalho que iria ser feito na aula seguinte, referindo as matérias que iriamos trabalhar e a importância de termos responsabilidade no que respeita à nossa segurança e à segurança dos colegas. Os alunos também foram bastante valorizados

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durante as práticas, através do feedback positivo avaliativo individual, podendo ser um fator que contribuiu para a criação de um clima de participação ativa e aprendizagem na aula.

Turma 9º2ª – Aeróbica, Ginástica de Solo, Ginástica de Aparelhos, Condição Física (força) A aula da turma 9º2ª teve 45 minutos de duração, tendo uma estrutura semelhante à da aula anterior, uma vez que foi lecionada no mesmo espaço (espaço1). As diferenças em relação à aula anterior são referentes à adição da aeróbica na parte inicial da aula (aquecimento) e a redução de um aparelho na estação da ginástica de aparelhos (saltos ao eixo e entre mãos no boque).

A aula esteve organizada em três estações, a de condição física (força inferior, superior e média), de aparelhos (minitrampolim e plinto longitudinal) e de solo (colchões para treinar elementos e tapete de ginástica para treinar sequência).

Os objetivos da aula foram os seguintes:

Tabela 12 - Objetivos e conteúdos da aula do 9º2ª (45 min.)

A aula iniciou-se com o aquecimento já descrito na aula anterior. A este respeito devo destacar a postura positiva descontraída e a expressão de satisfação dos alunos aquando da coreografia de aeróbica, um aspeto da aula que me deixou bastante agradada.

O ritmo de trabalho, empenhamento e concentração nas tarefas de aprendizagem foram muito bons. A organização da aula, no que respeita aos tempos de prática, à eficiência dos períodos de transição e distribuição do tempo de cada grupo em cada estação foi adequado.

O clima de aula e a disciplina, pelo descrito anteriormente foram bastante positivos, facto consumado pelo empenhamento e ritmo de trabalho dos alunos, mas também pela presença constante do feedback motivacional e prescritivo para classe,

Ginástica de solo Ginástica de

aparelhos Aeróbica Condição física

(1) Nos colchões individuais, faz rolamento à frente pernas juntas e afastadas, rolamento à

retaguarda, apoio facial invertido ou pino de cabeça, roda, avião e rodada;

(2) Sequência no tapete com elementos de ligação.

Numa estação de aparelhos: (1) Salto ao eixo e

cambalhota no plinto de espuma; salto entre mãos (3 alunos);

(2) Minitrampolim: salto em extensão, engrupado, ½ e 1 pirueta, salto encarpado; mortal (2 alunos). (1) Marcha, balanços, passo cruzado, polichinelo, passo em “v”; toca à frente. (1) Resistência de base (saltar à corda); (2) Treino de suspensão – TRX. (3) Saltos no plinto de espuma para elevação da bacia nos saltos; (4) Saltos no banco sueco;

(5) Abdominais no espaldar e colchão.

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destacando alunos que executavam os elementos cumprindo os critérios de êxito de modo a permeá-los e para que servissem de exemplo para os restantes membros da turma. A intervenção junto da turma revelou-se uma ferramenta importante para a reconcentração na tarefa e o aumento dos níveis motivacionais dos alunos, pelo que a partir de agora, espero ter ganhado consciência desta necessidade, uma dificuldade de intervenção que possuía até à “semana de professor a tempo inteiro”.

No balanço final da aula fiz questão de referir que aquela era uma turma com um ótimo potencial à disciplina, estando todos de parabéns pelo trabalho que têm desenvolvido na disciplina e pela postura exemplar que na generalidade apresentam.

Turma 7º3ª – Râguebi e Ténis

A aula da turma 7º3ª teve lugar do espaço 2, após o desporto escolar de ginástica, às 14h35. As matérias lecionadas foram as de râguebi e de ténis, as duas últimas matérias a serem apresentadas. Após esta aula, os alunos já passaram por todas as matérias a desenvolver durante o ano letivo, sendo que umas terão prioridade de desenvolvimento face a outras, tal como já foi reportado nos balanços de 1ª etapa, e de 1ª unidade de ensino. Os objetivos trabalhados foram os seguintes:

Tabela 13 - Objetivos e conteúdos da ula do 7º3ª (45 min.)

No que respeita à organização da aula e das tarefas de aprendizagem, tive alguns problemas na estação de ténis, no início da aula. Na estação de râguebi, correu tudo bem e os alunos estiveram bastante empenhados nas tarefas propostas, tendo existido apenas um problema no âmbito da relação aluno-aluno, que foi prontamente resolvido, tendo o desenvolvimento do trabalho na estação, progredindo normalmente.

O balanço das competências identificadas nos alunos, na matéria de râguebi, foi muito positivo, com os alunos a já conseguirem interiorizar as diferenças entre o passe no râguebi e em outras matérias como o andebol e basquetebol, a terem noção de fora de jogo e das ações do jogador com e sem bola. Durante a instrução inicial os alunos mostraram-se bastante interessados nas duas matérias, tendo existido especial interesse nas diferenças entre os materiais e as regras do râguebi, em relação a outras matérias coletivas que conhecem (“Professora, porque é que a bola de râguebi tem essa

Râguebi Ténis Condição Física

(1) Agarra a bola com as duas mãos; (2) Olha para o lado passa para trás; (3) Noção de fora de jogo;

(4) Comportamento ofensivo do jogador com e sem bola.

(1) Pega da raquete; (2) Posição base; (3) Manipulação da bola;

(4) Batimentos de esquerda e direita.

(1) Aptidão aeróbia (método contínuo variado);

(2) Resistência aeróbia máxima/potência – saltos (método de repetições – Vagas);

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forma?”, “Eu já vi na televisão a passarem para a frente no râguebi…porque é que nós só podemos passar para trás?”; “Duarte, o que tu viste foi provavelmente um jogo de futebol americano… alguns gestos técnicos são parecidos, mas no que respeita ao passe e ao ensaio, existem as diferenças que temos estado a ver”; “ Tenho uma sugestão…como TPC, procurem vídeos na internet sobre o râguebi e o futebol americano… e tentem encontrar a resposta para a forma da bola de râguebi, na história da modalidade.

No ténis, são notórias maiores dificuldades, uma vez que a generalidade dos alunos nunca tinha sequer pegado numa raquete de ténis. Aqui, o trabalho incidiu entre a pega da raquete e o movimento do braço durante o batimento na bola, reconhecendo a participação diferenciada de cada segmento do braço e da posição base que antecede o batimento. Nesta matéria os alunos ainda necessitarão, antes de tudo, de manipular a bola de ténis em tarefas individuais, antes de se proceder a exercícios de batimentos 1+1.

Turma 6º3ª – Aeróbica, Badmínton e Ginástica de Aparelhos

A aula da turma 6º3ª teve lugar no espaço 1, das 15.35h às 16.20h, tendo como matérias a serem lecionadas a ginástica de aparelhos e o badmínton. As matérias que estariam planeadas eram a ginástica de solo e de aparelhos, organizadas por estações, mas face ao sucedido com a turma 5º7ª na ginástica de solo, decidi seguir o conselho da professora e lecionar uma matéria em que soubesse qua os alunos estariam em prática motora mais efetiva (e.g. badminton). Esta aula foi assistida pelo orientador de faculdade e de escola, assim como pela professora da turma. Os conteúdos trabalhados foram os seguintes:

Tabela 14 - Objetivos e conteúdos da aula do 6º3ª (45 min.)

As estações da aula já estavam organizadas quando os alunos chegaram, à exceção da estação de badmínton, que os alunos ajudaram a montar.

O momento de instrução inicial foi constituído pela exposição dos objetivos, conteúdos a trabalhar na aula (demonstração) e clarificação da organização dos grupos e das tarefas. Após este momento procedeu-se ao aquecimento padrão da ginástica, já referido e a lecionação da matéria de aeróbica como aquecimento específico. No

Aeróbica Ginástica de Aparelhos Badmínton

(1) Marcha, balanços, passo cruzado, polichinelo, passo em “v”; toca à frente.

(1) Saltos: Salto ao eixo no plinto longitudinal; cambalhota no plinto; (2) Minitrampolim: extensão, engrupado e ½ pirueta e carpa;

(1) Pega da raquete; (2) Posição base; (3) Lob, clear, drive

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aquecimento específico fiquei, mais uma vez, agradada com a prestação dos alunos na matéria e com a forma agradada e entusiasta com que participaram, a exceção foi um grupo de três rapazes que recusavam a “dançar” mesmo com os pedidos incessantes para o fazerem e mesmo vendo que os colegas se estavam a divertir. Aqui a única intervenção que consegui fazer foi uma intervenção na forma verbal, pois estava a utilizar um estilo de comando, em que fazia uso da instrução (exposição e demonstração), pelo que se parasse de executar os passos de aeróbia os alunos também parariam uma vez que não conhecem a coreografia, estaria, portanto, a prejudicar uma turma inteira por causa de três alunos que se recusaram fazer uma tarefa e que são os alunos que mais perturbam a aula com comportamentos de indisciplina durante as aulas, segundo a professora.

Do ponto de vista da organização e do clima (relação aluno e aluno-tarefa), a aula correu muito bem, os alunos estiveram bastante empenhados nas tarefas de aprendizagem e motivados para aprender a fazer melhor. Acerca da disciplina, tive de intervir outra vez junto do Rafael, um aluno, problemático da turma, no sentido de o levar a participar na estação de badmínton. Nesta estação, o aluno queria estar sozinho, pelo que se recusou a participar com outros dois colegas, a solução passou por fazerem um jogo até aos cinco pontos, saindo o jogador que perdia, sendo que o jogador que estava de fora estará a arbitrar e a observar os batimentos de lob e clear dos alunos.

6ª FEIRA – Autoscopias

Turma 12ºD – Voleibol, Badmínton, Basquetebol, condição física.

A aula da turma 12ºD foi o primeiro bloco da manhã, das 8.30h às 10.00h. Esta foi uma aula com estrutura semelhante à anterior. As tarefas de aprendizagem basearam-se, desta vez, apenas em situações de jogo reduzido nas três matérias apresentadas. Os conteúdos trabalhados na aula foram os seguintes:

Tabela 15 - Objetivos e conteúdos da aula do 12ºD (90 min.)

Voleibol Badmínton Basquetebol Condição Física

(1) Posição base;

(2) Em exercício critério, manchete, passe (pares) e remate.

(3) Jogo reduzido (4x4)

(1) Posição base; (2) Pega da raquete; (3) Lob, drive, clear, remate.

(4) Situação de 1+1 sem rede e em cooperação.

(1) Transporte da bola pelo centro do campo; (2) Corte para o cesto e reposição dos

jogadores; (4) Jogo (4x4) em campo inteiro.

(1) Aptidão aeróbia (método contínuo variado); (2) Resistência aeróbia máxima/potência – saltos (método de repetições – Vagas); (3) Velocidade de reação e velocidade máxima.

(27)

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Na instrução inicial foram apresentados os conteúdos das estações e organização da aula (e.g. após o aquecimento sentamo-nos em ½ lua no chão). O aquecimento/condição física teve uma estrutura semelhante à da aula anterior da turma: corrida continua variada; exercícios em vagas (potência muscular; velocidade).

No que respeita à organização da aula e das tarefas de aprendizagem, não existe nada reportar, que tenha corrido fora do normal e do esperado, sendo que os alunos foram bastante rápidos nas transições e a formação de grupos foi eficiente e mais ou menos equilibrada (entre géneros – à exceção de um grupo). A primeira rotação demorou um pouco de mais tempo, uma vez que estaria a tentar que dois alunos que só fizeram os últimos 45 minutos da aula entrassem e se preparassem para a aula.

Acerca do clima da aula, no que respeita à relação aluno-aluno, aluno-tarefa e professor-aluno, correu tudo bem, como esperado, uma vez que como tinha verificado na primeira aula, a turma é, no geral, organizada e empenhada nas tarefas de aprendizagem. No âmbito da disciplina não existe nada a reportar. Em relação a dificuldades na intervenção pedagógica, não senti dificuldades de maior, tendo-me sentido mais liberta para intervir a nível do feedback, uma vez que já tinha tido uma aula com os alunos e já os tinha observado antes nas matérias.

Turma 10ºE – Aeróbica, Ginástica de solo e de aparelhos, Dança (rumba), Salto em altura. A última aula da turma do 10ºE foi lecionada das 10.20h às 11.50h. As matérias trabalhadas foram as de ginástica de solo; ginástica de aparelhos, salto em altura, aeróbica e rumba quadrada. A aula iniciou-se com a professora da turma a resolver algumas questões da direção de turma, sendo que logo que obtive autorização para iniciar o trabalho com a turma, comecei por clarificar a estrutura, os objetivos e os conteúdos da aula.

Tabela 16 - Objetivos e conteúdos da aula do 10ºE (90 min.) Ginástica

de solo

Ginástica de

aparelhos Salto em altura Aeróbica

Rumba Quadrada

(1) Em sequência nos colchões faz rolamento à frente pernas juntas e afastadas, rolamento à retaguarda, roda, avião e rodada;

Numa estação de aparelhos:

(1) Salto ao eixo e cambalhota no plinto de espuma; salto entre mãos (3 alunos); (2) Minitrampolim: salto em extensão, engrupado, ½ e 1 pirueta, salto encarpado; mortal (2 alunos). (1) Corrida de balaço; (2) Chamada ativa e elevação do braço e da perna livre; (3) Técnica de salto em tesoura e Fosbury. (1) Marcha, balanços, passo cruzado, polichinelo, passo em “v”; toca à frente. (1) Passo quadrado; (2) Avançar e recuar; (3) Volta a senhora

Imagem

Tabela 1 - Horário "semana a tempo inteiro".
Tabela 4 – Objetivos e conteúdos da aula do 7º 3ª (90 minutos)
Tabela 5 – Objetivos e conteúdos da aula do 11ºD (90 minutos).
Tabela 7 – Objetivos e conteúdos da aula do 9º2ª (90 minutos)
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Referências

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