• Nenhum resultado encontrado

TAVR versus SAVR no tratamento da Estenose Aórtica Severa em doentes com risco cirúrgico inferior a alto - uma revisão narrativa

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TAVR versus SAVR no tratamento da Estenose Aórtica Severa em doentes com risco cirúrgico inferior a alto - uma revisão narrativa"

Copied!
46
0
0

Texto

(1)

2019/2020

Rogério Gomes Silva

TAVR versus SAVR no Tratamento da Estenose Aórtica

Severa em Doentes com Risco Cirúrgico Inferior a Alto - uma

Revisão Narrativa

TAVR versus SAVR in the Treatment of Severe Aortic

Stenosis in Patient with Low or Intermediate Surgical Risk – a

Narrative Review

(2)

Mestrado Integrado em Medicina

Área: Ciências Médicas e da Saúde – Medicina Clínica

Tipologia: Monografia

Trabalho efetuado sob a Orientação de:

Professor Doutor José Pedro Lopes Nunes

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

Revista Portuguesa de Cardiologia

Rogério Gomes Silva

TAVR versus SAVR no Tratamento da Estenose Aórtica

Severa em Doentes com Risco Cirúrgico Inferior a Alto - uma

Revisão Narrativa

TAVR versus SAVR in the Treatment of Severe Aortic

Stenosis in Patient with Low or Intermediate Surgical Risk

– a

Narrative Review

(3)

UC Dissertação/Projeto (6º Ano) - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Eu, Rogério Gomes Silva, abaixo assinado, nº mecanográfico 201404001, estudante do 6º ano do Ciclo de Estudos Integrado em Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste projeto de opção.

Neste sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual, ou partes dele). Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores, foram referenciadas, ou redigidas com novas palavras, tendo colocado, neste caso, a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 08/04/2020

Assinatura conforme cartão de identificação:

(4)

UC Dissertação/Projeto (6º Ano) – DECLARAÇÃO DE REPRODUÇÃO

NOME

Rogério Gomes Silva

NÚMERO DE ESTUDANTE E-MAIL

201404001 rogeriogomesdesilva@gmail.com DESIGNAÇÃO DA ÁREA DO PROJECTO

Ciências Médicas e da Saúde – Medicina Clínica TÍTULO DISSERTAÇÃO/MONOGRAFIA (riscar o que não interessa)

TAVR versus SAVR no tratamento da Estenose Aórtica Severa em doentes com risco cirúrgico inferior a alto - uma revisão narrativa

ORIENTADOR

Professor Doutor José Pedro Lopes Nunes

COORIENTADOR (se aplicável)

---

ASSINALE APENAS UMA DAS OPÇÕES:

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTE TRABALHO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTE TRABALHO (INDICAR, CASO TAL SEJA NECESSÁRIO, Nº MÁXIMO DE PÁGINAS, ILUSTRAÇÕES, GRÁFICOS, ETC.) APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR, (INDICAR, CASO TAL SEJA NECESSÁRIO, Nº MÁXIMO DE PÁGINAS, ILUSTRAÇÕES, GRÁFICOS, ETC.) NÃO É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DE QUALQUER PARTE DESTE TRABALHO.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 08/04/2020

Assinatura conforme cartão de identificação: ______________________________________________ X

(5)

Por palavras agradeço a quem delas tirou proveito na construção do meu caminho,

À minha mãe,

Ao meu irmão,

E aos olhos negros da razão.

(6)

TAVR versus SAVR no tratamento da Estenose Aórtica Severa em doentes com risco

cirúrgico inferior a alto - uma revisão narrativa

Rogério Gomes Silva

Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Portugal

Contagem de Palavras: 4829

Rogério Gomes Silva

Rua Henrique Sousa Reis, 57, 3.3

4200-008, Paranhos, Porto

(7)

Abstract

A estenose aórtica (EA) é a doença valvular primária que mais vezes apresenta

necessidade de substituição valvular. Uma vez que esta patologia afeta, essencialmente,

doentes de faixa etária mais avançada, a correta estratificação da gravidade da doença e

do risco cirúrgico do doente assume um papel preponderante na escolha da melhor

intervenção. Em doentes com estenose aórtica severa (EAS) e não candidatos a

intervenção cirúrgica ou com risco cirúrgico elevado, a Transcatheter Aortic Valve

Replacement (TAVR) está bem definida como primeira linha de tratamento. Para riscos

cirúrgicos inferiores a alto, embora as guidelines da AHA/ACC considerem a técnica

não-inferior à Surgical Aortic Valve Replacement (SAVR), a TAVR ainda não está indicada

como alternativa viável à SAVR nas principais guidelines mundiais. Contudo, e de acordo

com os principais estudos relativos à técnica, a TAVR para além de constituir uma técnica

menos invasiva que a SAVR, apresenta resultados não-inferiores e até mesmo superiores

à SAVR no que diz respeito a outcomes como a mortalidade e o risco de acidente vascular

cerebral (AVC). Adicionalmente, as complicações mais vezes associadas a esta técnica

espelham uma provável consequência das atuais restrições ao seu uso, relacionando-se

com a falta de experiência do operador.

Palavras-Chave

Estenose aórtica severa;

Acidente Vascular Cerebral;

Mortalidade;

TAVR;

SAVR

(8)

Introdução

De acordo com a ESC/EACTS [1], a Estenose Aórtica (EA) é a doença valvular

primária que mais vezes conduz a intervenção cirúrgica ou mediada por cateter na Europa

e na América do Norte [1]. A sua prevalência aumentou nos últimos anos, estimando-se

que afete 2.7% da população acima dos 75 anos, inferindo-se que o crescimento da

patologia está associado sobretudo ao envelhecimento populacional [1]. A intervenção na

estenose aórtica difere de acordo com a gravidade da patologia e com o estado do doente,

nomeadamente, com o seu risco cirúrgico.

Após a aprovação da Transcatheter Aortic Valve Replacement (TAVR) como

primeira linha de intervenção em doentes com Estenose Aórtica Severa (EAS) não

candidatos a intervenção cirúrgica ou com um risco cirúrgico elevado, surgiu a

necessidade de compreender se constituía uma vantagem expandir a indicação desta

técnica para riscos cirúrgicos inferiores a alto. Neste sentido, os ensaios clínicos

posteriores compararam a TAVR com as terapias standard, nomeadamente a Surgical

Aortic Valve Replacement (SAVR), em doentes com um risco cirúrgico intermédio,

atestando a sua não-inferioridade no que à mortalidade e incidência de acidentes

vasculares cerebrais (AVC) diz respeito. [2] [3] Subsequentemente, em 2017, a

AHA/ACC fez uma atualização das suas guidelines, que outrora descreviam a técnica

como adequada mediante certos parâmetros, para “não-inferior à SAVR”. [4] Isto mudou

por completo o paradigma desta patologia, sendo que, neste momento, nos Estados

Unidos da América, mais doentes são tratados por TAVR do que por SAVR isoladamente

[5]. Contudo, as guidelines da ESC/EACTS de 2017, não foram alteradas no mesmo

sentido, pelas maiores taxas de complicações vasculares, implantação de pacemaker

permanente e regurgitação paravalvular descritas. [6] [3] Em 2019, os investigadores do

Evolut Low Risk Trial [7] e do PARTNER3 [5] propuseram-se a tentar inferir se os

resultados verificados nos estudos referentes ao risco intermédio eram sobreponíveis aos

registados em doentes com EAS sintomática e risco cirúrgico baixo.

Neste sentido, pretendemos rever se a TAVR cumpre os critérios

supramencionados, assim como avaliar, de acordo com os resultados dos outcomes de

AVC e mortalidade nos diferentes ensaios clínicos até agora publicados, qual a técnica

mais apropriada para o doente, de modo a incentivar a expansão das indicações descritas

nas principais guidelines internacionais.

(9)

RISCO CIRÚRGICO BAIXO

PARTNER 3 (2019) [5]

O Placement of Aortic Transcatheter Valves (PARTNER) 3 Trial é um ensaio

clínico randomizado, multicêntrico, no qual a TAVR foi comparada com a SAVR como

solução terapêutica nos indivíduos com EAS e um risco cirúrgico considerado baixo. O

risco cirúrgico foi obtido de acordo com a apreciação de uma heart team, por avaliação

clínica e anatómica, através de scores como o Society of Thoracic Surgeons Predicted

Risk Mortality – STS-PROM (inferior a 4%), e aprovado pelo comité de revisão do

próprio ensaio clínico. Do estudo, foram excluídos todos os doentes considerados frágeis

para as intervenções propostas, os doentes com bicuspidia aórtica ou com qualquer outro

defeito anatómico, que condicionasse um aumento do risco de complicações no

pós-procedimento.

Numa fase inicial, foi selecionado um total de 1000 doentes, distribuídos por 71

centros distintos, tendo 950 doentes composto a população as-treated do estudo. Após

randomização, 496 doentes foram alocados ao grupo da TAVR, sendo que a 454 doentes

foi instituído a SAVR como procedimento de eleição. Aos doentes submetidos a TAVR,

foi realizada uma abordagem por via transfemoral, com recurso a balão expansível

SAPIEN 3. É relevante mencionar que os doentes enquadrados neste ensaio clínico são

mais novos (média de 73 anos), pertencem maioritariamente ao sexo masculino (69.3%)

e têm um score STS-PROM inferior (média de 1.9%) ao dos doentes incluídos nos ensaios

clínicos realizados previamente. [2] [8] [9] Como endpoint primário foi estabelecido um

composto de morte por qualquer causa, AVC ou re-hospitalização no primeiro ano após

procedimento. Destacam-se ainda, como principais endpoints secundários, o AVC, um

composto de morte ou AVC, a fibrilação auricular (FA) “de novo”, o tempo de

hospitalização e a fraca resposta terapêutica (morte ou baixo Kansas City

Cardiomyopathy Questionnaire Score – KCCQ score). Ao fim de um ano de seguimento,

a informação relativa ao endpoint primário encontrava-se disponível para 98,4% dos

doentes e as taxas obtidas correspondem a estimativas Kaplan-Meier.

Após 30 dias da realização do procedimento, a taxa de mortalidade era de 0.4%

para o grupo proposto a TAVR e 1.1% para o grupo submetido a SAVR (hazard ratio,

0.37; 95% Intervalo de Confiança – IC- 0.07 a 1.88). Relativamente à taxa de AVC, foi

(10)

descrita como de 0.6% para a TAVR e 2.4% para a SAVR (hazard ratio, 0.38; 95% IC -

0.15 a 1.00). Um ano após a intervenção, a taxa de mortalidade encontrava-se nos 1.0%

para a TAVR e 2.5% para a SAVR (hazard ratio, 0.41; 95% IC, 0.14 a 1.17), enquanto

que a taxa de AVC correspondia a 1.2% para a TAVR e 3.1% para a SAVR (hazard ratio,

0.38; 95% IC, 0.15 a 1.00).

Relativamente aos resultados obtidos, foi possível demonstrar que a TAVR, por

via transfemoral, cumpre critérios de não-inferioridade e superioridade, em comparação

com a SAVR, no que diz respeito ao endpoint primário (diferença absoluta de -6.6 pontos

percentuais num IC 95% de -10.8 a -2.5; P<0.001 para não-inferioridade; hazard ratio de

0.54 num IC 95% de 0.36 a 0.79; P=0.001 para superioridade), apresentado,

inclusivamente, melhores resultados nos seus componentes de modo isolado, quer aos 30

dias, quer ao ano após a intervenção. Comparativamente à SAVR, a TAVR apresenta

riscos significativamente inferiores de FA de novo e falência terapêutica aos 30 dias,

assim como proporciona aos doentes períodos de internamento mais curtos. A melhoria

dos sintomas é mais rápida na TAVR, o que se traduz na classe funcional da New York

Heart Association (NYHA), no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e no score

KCCQ. Complicações como a regurgitação paravalvular moderada ou grave, a obstrução

coronária e as complicações vasculares major, outrora associadas à TAVR [2] [8] [9] [10]

[11] [12] [13] [14] [15], apresentaram uma frequência idêntica nos dois grupos, tendo

sido inferior a ocorrência de hemorragias importantes ou ameaçadoras à vida na TAVR.

A favor da SAVR, as taxas de bloqueio do ramo esquerdo e de regurgitação paravalvular

ligeira registadas foram inferiores, assim como conseguiu os melhores gradientes

transvalvulares, provavelmente pelas maiores dimensões das válvulas utilizadas no

contexto cirúrgico.

(11)

Tabela 1

Achados relevantes do Placement of Aortic Transcatheter Valves

(PARTNER) 3 Trial

Endpoints

TAVR (496)

SAVR (454)

Mortalidade (%)

30 dias

0.4

1.1

1 ano

1.0

2.5

AVC (%)

30 dias

0.6

2.4

1 ano

1.2

3.1

(12)

EVOLUT LOW RISK TRIAL (2019) [7]

O Evolut Surgical Replacement and Transcatheter Aortic Valve Implantation in

Low Risk Patients (Evolut Low Risk) Trial é um ensaio clínico aleatorizado,

multinacional, que compara os resultados obtidos pela TAVR com os conseguidos pela

SAVR em doentes com EAS e com um risco cirúrgico baixo. A seleção dos doentes de

baixo risco cirúrgico – risco previsto de morte nos 30 dias após cirurgia ≤ 3% - foi

efetuada pela heart team local. Do ensaio clínico, foram excluídos todos os doentes que

apresentassem qualquer patologia que contraindicasse a colocação de uma válvula

biológica, determinados critérios anatómicos e clínicos, e outras condições exploradas no

Apêndice Suplementar do artigo. O procedimento TAVR foi efetuado com recurso a três

dispositivos auto-expansíveis distintos: CoreValve, Evolut R e Evolut Pro (Medtronic).

Inicialmente, 1468 doentes foram submetidos a randomização, tendo sido

atribuídos 734 doentes ao grupo da TAVR e outros tantos ao grupo da SAVR. Após a

randomização supramencionada, os procedimentos distribuídos não foram executados em

12 doentes alocados à TAVR e em 53 alocados ao grupo da SAVR, compondo assim,

uma população as-treated de 1403 doentes (725 para TAVR vs 678 para SAVR). Como

endpoint primário deste estudo, os autores elegeram um composto de morte por qualquer

causa ou AVC incapacitante (escala de Rankin modificada ≥ 2) aos 24 meses de

follow-up. Nos principais endpoints secundários de relevo, destacam-se: aos 30 dias, morte, AVC

incapacitante, hemorragia ameaçadora à vida, complicações vasculares major e

insuficiência renal aguda estadios 2 ou 3; ao ano, endocardite da prótese valvular,

trombose da válvula protésica, disfunção protésica com necessidade de re-intervenção,

AVC e hemorragia ameaçadora à vida. Todos foram testados, hierarquicamente, para

não-inferioridade ou superioridade. Ao ano de seguimento, estava disponível informação

relativa a 432 doentes do grupo da TAVR e 352 doentes do grupo da SAVR, sendo que

aos dois anos de follow-up havia dados de 72 doentes do grupo TAVR e 65 doentes do

grupo SAVR, estimando-se assim um tempo médio de follow-up de 12.2 meses. Neste

estudo, foi usado um método estatístico adaptativo, bayesiano, com uma distribuição

prévia, não informativa, do endpoint primário. As taxas obtidas foram expressas em

estimativas bayesianas, sendo relativas à população as-treated.

De acordo com os dados recolhidos, nos 30 dias seguintes à intervenção, a taxa de

mortalidade no grupo da TAVR era de 0.5%, em comparação com o grupo submetido à

(13)

SAVR, que registava um valor de 1.3% (diferença TAVR-SAVR, -0.8; 95% IC, -1.19 a

0.2). Já relativamente à taxa de AVC, no mesmo período, não houve diferença entre os

dois grupos, estimando-se ser de 3.4% (diferença TAVR-SAVR, 0.0; 95% IC, -1.9 a 1.9).

Ao ano de seguimento, a taxa de mortalidade era de 2.4% para o grupo TAVR e 3.0%

para o grupo submetido a SAVR (diferença TAVR-SAVR, -0.6; 95% IC, -2.6 a 1.3). No

que diz respeito à taxa de AVC, os dados revelavam uma taxa de 4.1% para a TAVR e

4.3% para a SAVR (diferença TAVR-SAVR, -0.2%; 95% IC, -2.4 a 1.9), ao fim de 1 ano

de seguimento.

Em relação aos resultados obtidos, a TAVR com bioprótese auto-expansível é

não-inferior à SAVR no que diz respeito ao risco de morte ou AVC incapacitante.

Adicionalmente, está associada a uma menor incidência de AVC incapacitante, lesão

renal aguda, eventos hemorrágicos e FA. Todavia, apresenta um maior risco de

regurgitação aórtica e necessidade de implantação de pacemaker permanente.

Relativamente à recuperação aos 30 dias pós-procedimento, melhores resultados foram

conseguidos no grupo da TAVR, apresentando um melhor score KCCQ. A incidência de

AVC demonstrou-se idêntica entre grupos, embora o AVC incapacitante ocorra menos

no grupo da TAVR, indo ao encontro do descrito em estudos prévios. [3] [16] [17]

Provavelmente pelo design da válvula, maiores áreas e menores gradientes

aórtico-valvulares foram obtidos com recurso à TAVR. Nos dois procedimentos, houve baixa

incidência de trombose valvular, endocardite e necessidade de re-intervenção (<1%).

Tabela 2

Achados relevantes do Evolut Surgical Replacement and

Transcatheter Aortic Valve Implantation in Low Risk Patients

(Evolut Low Risk) Trial

Endpoints

TAVR (725)

SAVR (678)

Mortalidade (%)

30 dias

0.5

1.3

1 ano

2.4

3.0

AVC (%)

30 dias

3.4

3.4

1 ano

4.1

4.3

(14)

OBSERVANT (2016) [18]

O Observational Study of Effectiveness of SAVR-TAVI Procedures for Severe

Aortic Stenosis Treatment (OBSERVANT) é um estudo coorte multicêntrico, e portanto,

não sujeito a randomização, que utilizou um método propensity score-matching para

selecionar dois grupos distintos de doentes, de acordo com a técnica a que foram sujeitos:

TAVR ou SAVR.

Dos 7618 doentes inicialmente selecionados, 3402 preencheram os critérios de

inclusão (doentes com estenose aórtica severa a necessitar de intervenção e com um

EuroSCORE II <4%). Após o propensity matching score, foram escolhidos 355 doentes

para cada grupo de tratamento. Do estudo foram excluídos doentes com um viés de

seleção na atribuição do procedimento, aorta de porcelana, qualquer condição que resulte

por si só em dificuldade acrescida de intervenção, endocardite ativa, oxigenoterapia,

necessidade de procedimentos combinados (concomitante revascularização coronária ou

intervenção de outra válvula) e necessidade de intervenção emergente. Como outcome

primário, foi pesquisada a sobrevivência após 3 anos de tratamento. A mortalidade e os

eventos adversos no internamento, como os AVC (qualquer défice focal que dure mais

de 24 horas ou menos de 24 horas, mas que apresente neuroimagem positiva),

complicações vasculares, hemorragias severas e lesões renais agudas, foram propostos

como principais outcomes secundários. Para leitura dos dados recolhidos, foi estabelecido

um design bayesiano adaptativo, referente à população as-treated.

De acordo com os dados selecionados, a taxa de mortalidade, aos 30 dias após o

procedimento, era de 2.5% para o grupo TAVR e 2.8% para o grupo submetido a SAVR

(valor P= 0.82). No mesmo período, a taxa de AVC era de 1.1% para a TAVR e 1.1%

para a SAVR (valor P= 1.00). Um ano após a intervenção, a sobrevivência era de 92.2%

para SAVR, enquanto, no grupo da TAVR, rondava os 88.6% (teste log-rank

estratificado; P < 0.001), continuando a ser inferior ao fim de 3 anos.

Do estudo, é possível inferir diversas conclusões. As taxas de tamponamento

cardíaco, implantação de pacemaker permanente, dano vascular major, regurgitação

paravalvular ligeira-grave e moderada-grave foram significativamente maiores após a

TAVR. Os resultados relativos à regurgitação paravalvular, embora sejam preocupantes,

tendo em conta a boa esperança média de vida nos indivíduos com baixo risco cirúrgico,

podem ser minimizados pela melhoria da técnica e dos próprios dispositivos utilizados.

(15)

Por outro lado, a TAVR apresenta um risco consideravelmente menor de choque

cardiogénico, hemorragia grave e lesão renal aguda, assim como está associada a menores

gradientes transvalvulares médios e menor necessidade de transfusão sanguínea. Na

população selecionada, são incluídos doentes com um risco semelhante ao do estudo

NOTION, embora os critérios de exclusão sejam menos exaustivos. Nesta subanálise, os

dois estudos são consistentes no que diz respeito ao risco aumentado de hemorragia,

choque cardiogénico e lesão renal aguda na SAVR e de regurgitação paravalvular,

implantação de pacemaker permanente e complicações vasculares na TAVR. Os autores

do artigo mencionam que a intervenção proposta aos doentes não se baseou em

contraindicações evidentes, tendo sido feita a escolha da TAVR principalmente devido a

políticas institucionais e por ser um método menos invasivo e, consequentemente,

preferido pelo doente. Contudo, as válvulas utilizadas na maioria dos procedimentos são

de segunda geração, pelo que são expectáveis resultados mais positivos no caso das

válvulas mais recentes. [19]

Tabela 3

Achados relevantes do Observational Study of Effectiveness of

SAVR-TAVI Procedures for Severe Aortic Stenosis Treatment

(OBSERVANT) Trial

Endpoints

TAVR (355)

SAVR (355)

Mortalidade

30 dias

2.5%

2.8%

1 ano

n = 52

n = 40

AVC (%)

30 dias

1.1

1.1

3 anos

9.4

3.0

(16)

RISCO CIRÚRGICO BAIXO A INTERMÉDIO

PARTNER 2A (2016) [2]

O Placement of Aortic Transcatheter Valves (PARTNER) 2 Trial é um ensaio

clínico randomizado, multicêntrico, que incluí paralelamente, dois ensaios clínicos

prospetivos – PARTNER 2 coorte A (TAVR vs SAVR em doentes operáveis com um

risco cirúrgico moderado-alto – STS ≥ 4%) e PARTNER 2 coorte B (TAVR com SAPIEN

ou SAPIEN X em doentes inoperáveis – STS ≥ 50%). [10] Para esta revisão, por motivos

de relevância, apenas será descrito o PARTNER 2A. Nesta coorte, foram incluídos apenas

doentes com EAS, sintomáticos, e com um risco cirúrgico intermédio. Esta seleção foi

realizada por uma heart team e de acordo com o modelo STS, como uma probabilidade

de morte aos 30 dias pós-cirurgia de 4.0%-8.0%. Doentes com STS inferior a 4.0%

também foram selecionados, no caso de apresentarem comorbilidades justificativas de tal

e que não estivessem representadas no modelo de risco supramencionado. A TAVR foi

efetuada com válvula SAPIEN XT com balão expansível.

Ao princípio, foram selecionados 2032 doentes, dentro dos quais 1011 foram

atribuídos à TAVR e 1021 à SAVR. Todos os doentes receberam aspirina (81mg) e

clopidogrel (≥300mg) antes dos procedimentos, continuando a toma de aspirina

pós-procedimento, por tempo indefinido, e clopidogrel por, pelo menos, 1 mês. Um total de

94 doentes não prosseguiram com os tratamentos, desistindo do ensaio após

aleatorização, essencialmente, por terem ficado alocados ao grupo da cirurgia (11 no

grupo da TAVR e 77 no grupo da SAVR). Como endpoint primário deste estudo, foi

escolhido um composto de morte por qualquer causa ou AVC incapacitante (escala

Rankin modificada ≥ 2, aos 90 dias pós-procedimento) aos dois anos na população

intention-to-treat. Entre outros, morte por qualquer causa, enfarte agudo do miocárdio,

todos os tipos de AVC, re-hospitalização, complicações vasculares major, hemorragia

debilitante ou ameaçadora à vida, insuficiência renal aguda, FA, necessidade de

pacemaker permanente de novo e endocardite, foram considerados e avaliados como

principais endpoints secundários. Todas as estimativas contempladas neste estudo foram

descritas como estatísticas Kaplan-Meier.

(17)

Trinta dias após a realização do procedimento, a taxa de mortalidade era de 3.9%

para o grupo TAVR e 4.1% para o grupo submetido a SAVR (Valor P = 0.78).

Relativamente à taxa de AVC era de 5.5% para a TAVR e 6.1% para a SAVR (Valor P =

0,57). Ao ano, a taxa de mortalidade era de 12.3% para o grupo TAVR e 12.9% para o

grupo submetido a SAVR (Valor P= 0.69), sendo a taxa de AVC 8.0% para a TAVR e

8.1% para a SAVR (Valor P= 0.88).

Do estudo, concluiu-se que, no que concerne ao endpoint primário, não foram

registadas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de tratamento,

sendo que, inclusivamente, a TAVR com acesso transfemoral evidenciou menor risco de

morte por qualquer causa ou AVC incapacitante do que a SAVR. Adicionalmente, quer

aos 30 dias, quer ao ano de seguimento, no que diz respeito aos endpoints individuais de

morte e AVC, não foram demonstradas diferenças significativas. A TAVR destacou-se

positivamente nas taxas de FA de novo, lesão renal aguda e hemorragia ameaçadora à

vida, eventos menos frequentes que na SAVR. A necessidade de implantação de

pacemaker de novo aos 30 dias foi igual nos dois grupos, assim como a redução dos

sintomas nos Classe I e II de NYHA aos 30 dias. Os doentes do grupo TAVR tiveram

internamentos na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) mais curtos. A melhoria nas

áreas e gradientes aórtico-valvulares também foi significativamente maior na TAVR. A

frequência e severidade da regurgitação paravalvular aórtica foram maiores na TAVR,

aumentando a mortalidade ao fim de 2 anos de follow-up, nos doentes que apresentavam

regurgitação moderada-grave aos 30 dias.

Tabela 4

Achados relevantes do

Placement of Aortic Transcatheter Valves

(PARTNER 2A) Trial

Endpoints

TAVR (1011)

SAVR (1021)

Mortalidade (%)

30 dias

3.9

4.1

1 ano

12.3

12.9

AVC (%)

30 dias

5.5

6.1

1 ano

8.0

8.1

(18)

NOTION TRIAL (2015) [20]

O Nordic Aortic Valve Intervention (NOTION) Trial é um ensaio clínico

randomizado e multicêntrico que inclui doentes com EAS e idade igual ou superior a 70

anos. Para a inclusão no estudo, os doentes sintomáticos deveriam ter dispneia, NYHA

classe II ou mais, angina pectoris ou síncope cardíaca. Caso fossem assintomáticos,

podiam ser incluídos, desde que apresentassem uma espessura do ventrículo posterior

esquerdo ≥ 17 mm, uma fração de ejeção do ventrículo esquerdo diminuída ou uma FA

de novo. Excluídos do ensaio foram: doentes que apresentassem outra doença valvular ou

doença arterial coronária a necessitar de intervenção, cirurgia cardíaca prévia, enfarte do

miocárdio ou AVC nos últimos 30 dias, doença renal grave com necessidade de diálise

ou insuficiência pulmonar com volume expiratório forçado no primeiro segundo

(FEV-1) ou capacidade de difusão <40%.

Após a seleção dos candidatos, 280 doentes foram aleatorizados, tendo 145

doentes sido atribuídos à TAVR e 135 à SAVR. Destes, 4 doentes morreram antes dos

procedimentos serem concretizados (3 TAVR e 1 SAVR) e 3 doentes da TAVR foram

convertidos para SAVR por complicações durante o procedimento. Como endpoint

primário, foi selecionado um composto de morte por qualquer causa, AVC ou enfarte do

miocárdio um ano após o procedimento. Os principais endpoints secundários do estudo

foram: taxa de incidência individual dos componentes endpoint primário, taxa de

mortalidade cardiovascular, re-intervenção, choque cardiogénico, endocardite valvular,

anormalidades na condução justificativas de pacemaker permanente, FA ou flutter,

complicações vasculares, renais e hemorrágicas após 1 mês e 1 ano do procedimento.

Nenhum doente foi perdido durante o tempo de follow-up.

Em referência à taxa de mortalidade 30 dias após a intervenção, era de 2.1% para

o grupo TAVR e 3.7% para o grupo submetido a SAVR (valor P = 0.43). Já à taxa de

AVCs rondava os 1.4% para a TAVR e 3.0% para a SAVR (valor P= 0.37). Um ano após

o procedimento, a taxa de mortalidade era de 4.9% para o grupo TAVR e 7.5% para o

grupo submetido a SAVR (valor P= 0.38). Relativamente à taxa de AVC, ao ano era de

2.9% para a TAVR e 4.6% para a SAVR (valor P= 0.44).

Relativamente a outros resultados, na população intention-to-treat, o endpoint

primário foi idêntico entre os 2 grupos (13,1% para a TAVR e 16,3% para a SAVR, Valor

P = 0.43, para superioridade). No pós-procedimento, a TAVR apresenta menores taxas

(19)

de hemorragias ameaçadoras à vida, choque cardiogénico e lesão renal aguda, assim como

internamentos de menor duração. No que concerne a complicações vasculares major, não

existem diferenças significativas relativamente entre os dois grupos. Aos 30 dias após o

procedimento, na população as-treated, a TAVR continha maior número de casos de

alterações na condução elétrica cardíaca, justificativas da implantação de pacemaker

permanente. Por outro lado, apresentava uma menor incidência de FA de novo e no que

diz respeito a morte cardiovascular ou evento isquémico transitório, não foram registadas

diferenças entre os dois grupos. Ao ano, o risco de implantação de pacemaker continuou

mais elevado no grupo da TAVR, assim como a taxa de FA de novo permaneceu mais

baixa. Neste período, o grupo da TAVR contém mais doentes com queixas de dispneia e

regurgitação valvular aórtica. A melhoria das áreas dos orifícios valvulares é significativa

nos dois grupos de tratamento, contudo o improvement na TAVR é maior aos 30 dias e

ao ano.

Tabela 5

Achados relevantes do Nordic Aortic Valve Intervention (NOTION)

Trial

Endpoints

TAVR (145)

SAVR (135)

Mortalidade (%)

30 dias

2.1

3.7

1 ano

4.9

7.5

AVC (%)

30 dias

1.4

3.0

1 ano

2.9

4.6

(20)

RISCO CIRÚRGICO INTERMÉDIO

SURTAVI (2017) [3]

O Surgical Replacement and Transcatheter Aortic Valve Implantation

(SURTAVI) Trial é um ensaio clínico randomizado, multinacional, que incluiu, nos seus

participantes, doentes com EAS sintomática e um risco cirúrgico intermédio, definido por

um risco estimado de morte cirúrgica aos 30 dias de 3-15%, pelo STS-PROM, e outros

fatores como: fragilidade, incapacidade ou doença coexistente.

Numa população intention-to-treat modificada, 1660 doentes (864 na TAVR e

796 na SAVR) foram escolhidos, sendo que 1 doente no grupo da SAVR e 2 doentes no

grupo da TAVR não completaram o procedimento. Adicionalmente, a TAVR foi

realizada em 2 doentes anteriormente alocados ao grupo da SAVR, assim como a SAVR

foi o método de intervenção para 1 dos doentes do grupo da TAVR. Um complexo de

morte por qualquer causa ou AVC incapacitante (de acordo com os critérios da Valve

Academic Research Consortium-2 – VARC-2) aos 24 meses foi estabelecido como

endpoint primário. Outros endpoints de relevo, mas secundários, são a morte por qualquer

causa, enfarte agudo do miocárdio, todos os tipos de AVC e qualquer necessidade de

re-intervenção.

No trigésimo dia após o tratamento, a taxa de mortalidade era de 2.2% para o

grupo da TAVR e 1.7% para o grupo da SAVR (IC 95%, -0.9 a 1.8). Relativamente à

taxa de AVC, era de 3.4% para a TAVR e 5.6% para a SAVR (IC 95%, -4,2 A 0,2). Ao

ano, a taxa de mortalidade era de 6.7% para o grupo TAVR e 6.8% para o grupo

submetido a SAVR (IC 95%, -2.7 a 2.4). No que se refere à taxa de AVC, ao ano, era de

5.4% para a TAVR e 6.9% para a SAVR (IC 95%, -3.9 a 0.9).

Relativamente a outros resultados, a TAVR demonstrou ser não-inferior à SAVR

em doentes com um risco cirúrgico intermédio. Apresentou taxas mais baixas de lesão

renal aguda, FA e necessidade transfusional. Em contrapartida, as taxas mais altas de

regurgitação aórtica residual e necessidade de implantação permanente de pacemaker

correspondem ao grupo da TAVR. Aos 24 meses, a taxa de incidência de AVC

incapacitante é menor na TAVR do que na SAVR, embora a diferença não seja

(21)

significativa. Este achado é semelhante aos anteriormente registados em grupos de risco

mais altos. [17] [21]

Tabela 6

Achados relevantes do Surgical Replacement and Transcatheter

Aortic Valve Implantation (SURTAVI) Trial

Endpoints

TAVR (864)

SAVR (796)

Mortalidade (%)

30 dias

2.2

1.7

1 ano

6.7

6.8

AVC (%)

30 dias

3.4

5.6

1 ano

5.4

6.9

(22)
(23)
(24)
(25)

Conclusão

Nesta revisão, foram contemplados os principais ensaios clínicos relativos à

utilização da TAVR em doentes com EAS e risco cirúrgico inferior a alto.

Independentemente do risco cirúrgico, a TAVR apresenta períodos de internamento

significativamente mais curtos do que a SAVR. [2] [5] [20] Adicionalmente, as taxas de

hemorragias graves ou ameaçadoras à vida, de choque cardiogénico e de necessidade

transfusional são mais baixas na TAVR, corroborando assim, a ideia de que se trata de

uma técnica menos invasiva e, por conseguinte, mais aliciante para o doente. [2] [3] [7]

[18] [20]

No que concerne aos resultados funcionais dos procedimentos, o tempo necessário

para se registar uma redução dos sintomas é controverso: se por um lado, nos estudos que

conjugam doentes de risco cirúrgico baixo e intermédio, o NOTION trial descreveu que,

um ano após o procedimento, a TAVR apresentava um maior número de doentes com

queixas de dispneia [20] e, o PARTNER 2, demonstrou que a redução dos sintomas nas

classes I e II de NYHA foi igual entre os dois grupos [2]; por outro lado, nos ensaios

exclusivamente centrados em riscos cirúrgicos baixos, aos 30 dias, a redução dos

sintomas nos classes I e II de NYHA, do TC6M e do score NCCQ foi mais importante no

grupo da TAVR. [5] [7] Deste modo, é possível inferir que, em doentes com riscos

cirúrgicos mais elevados, a redução da sintomatologia provocada pela EAS é mais

idêntica entre técnicas, assim como, para riscos cirúrgicos baixos, a TAVR apresenta uma

melhoria mais rápida desta.

Relativamente à qualidade técnica da intervenção, apenas o PARTNER 3 Trial

descreveu maiores gradientes transvalvulares para a TAVR. [5] No entanto, neste ensaio

clínico, as válvulas utilizadas em contexto cirúrgico apresentavam maiores dimensões,

justificando a diferença encontrada em relação aos restantes estudos, que, inclusivamente,

relacionam a TAVR com maiores áreas dos orifícios valvulares. A regurgitação

paravalvular, já no que diz respeito a doentes com EAS e risco cirúrgico alto, é uma das

complicações mais associadas à TAVR e que pode conduzir a uma indesejável

re-intervenção. [9] Também nos ensaios clínicos supramencionados, a regurgitação ligeira

é mais associada à TAVR, sendo inconsistentes os resultados para regurgitações de maior

grau. Contudo, os avanços protésicos e a melhoria da técnica através da prática, são

encaradas como prováveis soluções para este problema. [18]

(26)

Em relação a eventuais complicações clínicas, a TAVR cumpriu critérios de

não-inferioridade, e até de superioridade [5], quando comparada com a SAVR quanto à taxa

de mortalidade e ao risco de AVC. Destacam-se ainda positivamente, as baixas taxas de

FA de novo, lesão renal aguda e falência terapêutica descritas. Por outro lado, as

alterações da condução elétrica cardíaca, como o bloqueio de ramo esquerdo, e a possível

necessidade de implantação de pacemaker permanente são complicações mais associadas

à TAVR do que à SAVR.

Em suma, embora a TAVR seja uma técnica menos invasiva que a SAVR, como

qualquer intervenção terapêutica apresenta as suas complicações e como tal, o seu sucesso

depende de uma correta avaliação das comorbilidades e contraindicações subjacentes ao

doente em questão. De acordo com os resultados obtidos, as complicações mais vezes

associadas a esta técnica, regurgitação paravalvular e necessidade de implantação de

pacemaker permanente, devem-se essencialmente à geração da válvula e à prática do

operador. Por este motivo, e tendo em conta o evidente sucesso em diversos outcomes

estudados, uma expansão das indicações deste procedimento tenderia a uma dissipação

das suas fragilidades e a um aprimorar dos resultados positivos já conseguidos,

tornando-se uma inevitável mais valia para doentes com EAS e risco cirúrgico inferior a alto.

(27)

Bibliografia

1. Baumgartner, H., et al., 2017 ESC/EACTS Guidelines for the management of valvular heart disease. European Heart Journal, 2017. 38(36): p. 2739-2791.

2. Leon, M.B., et al., Transcatheter or Surgical Aortic-Valve Replacement in Intermediate-Risk Patients. New England Journal of Medicine, 2016. 374(17): p. 1609-1620.

3. Reardon, M.J., et al., Surgical or Transcatheter Aortic-Valve Replacement in Intermediate-Risk Patients. N Engl J Med, 2017. 376(14): p. 1321-1331.

4. Nishimura, R.A., et al., 2017 AHA/ACC Focused Update of the 2014 AHA/ACC Guideline for the Management of Patients With Valvular Heart Disease: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. 2017. 135(25): p. e1159-e1195.

5. Mack, M.J., et al., Transcatheter Aortic-Valve Replacement with a Balloon-Expandable Valve in Low-Risk Patients. New England Journal of Medicine, 2019. 380(18): p. 1695-1705.

6. Siontis, G.C., et al., Transcatheter aortic valve implantation vs. surgical aortic valve replacement for treatment of severe aortic stenosis: a meta-analysis of randomized trials. Eur Heart J, 2016. 37(47): p. 3503-3512.

7. Popma, J.J., et al., Transcatheter Aortic-Valve Replacement with a Self-Expanding Valve in Low-Risk Patients. New England Journal of Medicine, 2019. 380(18): p. 1706-1715. 8. Leon, M.B., et al., Transcatheter aortic-valve implantation for aortic stenosis in patients

who cannot undergo surgery. N Engl J Med, 2010. 363(17): p. 1597-607.

9. Smith, C.R., et al., Transcatheter versus surgical aortic-valve replacement in high-risk patients. N Engl J Med, 2011. 364(23): p. 2187-98.

10. Webb, J.G., et al., A Randomized Evaluation of the SAPIEN XT Transcatheter Heart Valve System in Patients With Aortic Stenosis Who Are Not Candidates for Surgery. JACC Cardiovasc Interv, 2015. 8(14): p. 1797-806.

11. Genereux, P., et al., Vascular complications after transcatheter aortic valve replacement: insights from the PARTNER (Placement of AoRTic TraNscathetER Valve) trial. J Am Coll Cardiol, 2012. 60(12): p. 1043-52.

12. Kapadia, S.R., et al., Stroke After Surgical Versus Transfemoral Transcatheter Aortic Valve Replacement in the PARTNER Trial. J Am Coll Cardiol, 2018. 72(20): p. 2415-2426. 13. Fadahunsi, O.O., et al., Incidence, Predictors, and Outcomes of Permanent Pacemaker Implantation Following Transcatheter Aortic Valve Replacement: Analysis From the U.S. Society of Thoracic Surgeons/American College of Cardiology TVT Registry. JACC Cardiovasc Interv, 2016. 9(21): p. 2189-2199.

14. Nazif, T.M., et al., Predictors and clinical outcomes of permanent pacemaker implantation after transcatheter aortic valve replacement: the PARTNER (Placement of AoRtic TraNscathetER Valves) trial and registry. JACC Cardiovasc Interv, 2015. 8(1 Pt A): p. 60-9.

15. Kodali, S., et al., Paravalvular regurgitation after transcatheter aortic valve replacement with the Edwards sapien valve in the PARTNER trial: characterizing patients and impact on outcomes. Eur Heart J, 2015. 36(7): p. 449-56.

16. Adams, D.H., et al., Transcatheter aortic-valve replacement with a self-expanding prosthesis. N Engl J Med, 2014. 370(19): p. 1790-8.

17. Reardon, M.J., et al., 2-Year Outcomes in Patients Undergoing Surgical or Self-Expanding Transcatheter Aortic Valve Replacement. J Am Coll Cardiol, 2015. 66(2): p. 113-21. 18. Rosato, S., et al., Transcatheter Aortic Valve Implantation Compared With Surgical Aortic

(28)

19. Webb, J., et al., Multicenter evaluation of a next-generation balloon-expandable transcatheter aortic valve. J Am Coll Cardiol, 2014. 64(21): p. 2235-43.

20. Thyregod, H.G., et al., Transcatheter Versus Surgical Aortic Valve Replacement in Patients With Severe Aortic Valve Stenosis: 1-Year Results From the All-Comers NOTION Randomized Clinical Trial. J Am Coll Cardiol, 2015. 65(20): p. 2184-94.

21. Deeb, G.M., et al., 3-Year Outcomes in High-Risk Patients Who Underwent Surgical or Transcatheter Aortic Valve Replacement. J Am Coll Cardiol, 2016. 67(22): p. 2565-74.

(29)

Revista Portuguesa de Cardiologia

AUTHORS INFORMATION PACK

GUIDE FOR AUTHORS

INTRODUCTION

The Portuguese Journal of Cardiology, the official journal of the Portuguese Society of Cardiology, was founded in 1982 with the aim of keeping Portuguese cardiologists informed through the publication of scientific articles on areas such as arrhythmology and electrophysiology, cardiovascular surgery, intensive care, coronary artery disease, cardiovascular imaging, hypertension, heart failure and cardiovascular prevention.The Journal is a monthly publication with high standards of quality in terms of scientific content and production. Since 1999 it has been published in English as well as Portuguese, which has widened its readership abroad.

The Journal accepts the following categories of articles:

Research (Original Investigation and Meta-Analysis), Review and Education (Narrative Reviews, Systematic Reviews -without meta-analysis, Guidelines, Case Reports, Images in Cardiology and Snapshots), Opinion (Current Perspective), Correspondence (Editorial Comment, Letters to the Editor, Research Letter and Observation)

Types of article

Manuscripts submitted for publication should be prepared in accordance with the "Recommendations for the Conduct, Reporting, Editing, and Publication of Scholarly Work in Medical Journals" of the International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE). This document is available at http://www.icmje.org/recommendations/.

Summary table of Revista Portuguesa de Cardiologia types of article characteristics.

Original Investigation

Original Investigation articles cover areas of clinical or basic research: Clinical trial, Meta-analysis, Intervention study, Cohort study, Case-control study, Epidemiologic assessment, Survey with high response rate, Cost-effectiveness analysis, Decision analysis, Study of screening and diagnostic tests, Other observational studies) . They should have a maximum of 5000 words, with a total of up to 15 tables and/or figures, and should be structured as follows: Abstract (maximum 250 words; divided into Introduction and Objectives, Methods, Results and Conclusion(s)); 3-10 keywords; Introduction; Objectives; Methods; Results; Discussion; Conclusion(s); Acknowledgements, if any; References (up to 75); and figure legends, if any. Follow EQUATOR Reporting Guidelines.

Review Articles and Systematic Reviews

(30)

figures, and should be structured as follows: Abstract (maximum 250 words; unstructured); 3-10 keywords; Introduction; thematic sections at the discretion of the authors; Conclusion(s); Acknowledgements, if any; References (up to 100); and figure legends, if any.

Systematic Reviews should be structured as Introduction, Methods, Results, Discussion and Conclusion(s). The subject should be clearly defined. The objective of a systematic review should be to produce an evidence-based conclusion. The Methods should give a clear indication of the literature search strategy, data extraction, grading of evidence and analysis.

Systematic Reviews should not normally exceed 4000 words, with a total of up to 6 tables and/or figures and up to 100 references.

A u t h o r s a r e s t r o n g l y r e c o m m e n d e d t o c o n s u l t t h e P R I S M A s t a t e m e n t

(http://www.prisma-statement.org/), which is intended to help improve the reporting of

systematic reviews and meta-analyses. We encourage authors to develop a systematic review protocol (e.g. following PRISMA-P) and register with PROSPERO.

Guidelines

It is recommended to consult the AGREE II instrument for which items should be reported that highlighted particular quality aspects of guideline development. In general, published statements intended to guide clinical care (e.g., guidelines, practice parameters, recommendations, consensus statements and position papers) should describe the clinical problem to be addressed, the mechanism by which the statement was generated, a review of the evidence for the statement (if available), and the statement on practice itself.

To minimize confusion and to enhance transparency, such statements should begin with the following questions, followed by brief comments addressing each question:

What other guideline statements are available on this topic? Why was this guideline developed?

How does this statement differ from existing guidelines? Why does this statement differ from existing guidelines?

The statement should have an unstructured abstract of up to 350 words, 3 to 10 keywords and can include up to 4000 words, a total of up to 6 tables and/or figures and up to 100 references. Case Reports

Authors should use the CARE guidelines as a guiding framework. Case reports should not exceed 1500 words of body text, with up to 15 references and four tables or figures. They must include an abstract (unstructured, maximum 250 words) and bulleted statements (maximum 70 words) in answer to the following questions: What’s already known about this topic? and What does this study add?

Please see the Ethics section of the Instructions regarding preservation of patients’ privacy. Case Reports must have no more than 5 authors.

Images in Cardiology

Images in Cardiology should have a maximum of 250 words, without Abstract, keywords, tables, or division into sections and up to 5 references may be included.

(31)

This section is intended for the publication of rare or educational cases or novel techniques in cardiology. The text should not exceed 500 words and up to 3 figures with brief captions and up to 5 references may be included. Snapshots must have no more than 3 authors.

Current Perspective

This type of manuscript is submitted upon invitation by the Editorial Board. It may cover a broad diversity of themes focusing on cardiology and healthcare: current or emerging problems, management and health policies, history of medicine, society issues and epidemiology, among others. An author who wishes to propose a manuscript in this section is requested to send an abstract to the Editor-in-Chief including the title and Author list for evaluation. The text should not exceed 1200 words, and up to 10 references, two tables or two figures are allowed. An abstract is not required.

Editorial Comment

Editorials are submitted at the invitation of the Editor. They should not exceed 1500 words and can contain up to 20 references and 1 table and 1 figure. They do not have an Abstract or keywords.

Letters to the Editor

Letters to the Editor on articles previously published in the Journal will be considered up to 8 weeks after the publication of the article in question. They should not exceed 800 words and can contain up to 2 figures but without Abstract, keywords or tables. They should have no more than 3 authors.

Research Letter

Research Letters are concise, focused reports of original research. These should not exceed 600 words of text and 6 references and may include up to 2 tables or figures. Online supplementary material is not allowed. Research Letters may have no more than 7 authors.

Observation

Observations consisting of short reports of 1 or 2 complicated, unique cases should not exceed 600 words of text (not including acknowledgment, tables, figures, acknowledgments, and references) and 6 references and may include up to 2 tables or figures. Online supplementary material is not allowed. Observations may have no more than 7 authors.

If the patient(s) described in these manuscripts is identifiable, a Patient Permission form must be completed and signed by the patient(s) and submitted with the manuscript. Omitting data or making data less specific to deidentify patients is acceptable but changing any such data is not acceptable.

Contact details for submission

You can send your manuscript at https://www.editorialmanager.com/repc

Language

This journal is published in Portuguese and in English language.

The title (and abstract and key words if applicable) must be submitted in both English and Portuguese.

(32)

Articles submitted to the Journal should be clearly written in Portuguese (from Portugal) and/or English of a good standard. Text may be edited to maintain linguistic quality and to conform with standard American English.

Submission checklist

You can use this list to carry out a final check of your submission before you send it to the journal for review. Please check the relevant section in this Guide for Authors for more details. Ensure that the following items are present:

One author has been designated as the corresponding author with contact details: • E-mail address

• Full postal address

All necessary files have been uploaded: Manuscript:

• Include keywords

• All figures (include relevant captions)

• All tables (including titles, description, footnotes)

• Ensure all figure and table citations in the text match the files provided • Indicate clearly if color should be used for any figures in print

Graphical Abstracts / Highlights files (where applicable) Supplemental files (where applicable)

Further considerations

• Manuscript has been 'spell checked' and 'grammar checked'

• All references mentioned in the Reference List are cited in the text, and vice versa

• Permission has been obtained for use of copyrighted material from other sources (including the Internet)

• A competing interests statement is provided, even if the authors have no competing interests to declare

• Journal policies detailed in this guide have been reviewed

• Referee suggestions and contact details provided, based on journal requirements For further information, visit our Support Center.

BEFORE YOU BEGIN

Ethics in publishing

Please see our information pages on Ethics in publishing and Ethical guidelines for journal publication.

Studies in humans and animals

If the work involves the use of human subjects, the author should ensure that the work described has been carried out in accordance with The Code of Ethics of the World Medical

Association (Declaration of Helsinki) for experiments involving humans. The manuscript should

be in line with the Recommendations for the Conduct, Reporting, Editing and Publication of

Scholarly Work in Medical Journals and aim for the inclusion of representative human

populations (sex, age and ethnicity) as per those recommendations. The terms sex and

gender should be used correctly.

The privacy rights of human subjects must always be observed. A statement must be included to the effect that the study was conducted in accordance with the amended Declaration of Helsinki, that the local institutional review board or independent ethics committee approved the

(33)

protocol, and that written informed consent was obtained from all patients. The name of the committee, the name of the chairperson of the committee (or the person who approved the protocol), the date of approval and the approval number should follow this statement in the Methods section. For multicenter studies, a list of the relevant approvals may be provided in a separate document to be published as supplementary material.

All animal experiments should comply with the ARRIVE guidelines and should be carried out in accordance with the U.K. Animals (Scientific Procedures) Act, 1986 and associated guidelines, EU Directive 2010/63/EU for animal experiments, or the National Institutes of Health guide for the care and use of Laboratory animals (NIH Publications No. 8023, revised 1978) and the authors should clearly indicate in the manuscript that such guidelines have been followed. The sex of animals must be indicated, and where appropriate, the influence (or association) of sex on the results of the study.

Conflicts of Interest and Financial Disclosures

All authors must disclose any financial and personal relationships with other people or organizations that could inappropriately influence (bias) their work. Examples of potential competing interests include employment, consultancies, stock ownership, honoraria, paid expert testimony, patent applications/registrations, and grants or other funding. A conflict of interest may exist when an author (or the author's institution or employer) has financial or personal relationships or affiliations that could influence (or bias) the author's decisions, work, or manuscript. All authors are required to report potential conflicts of interest including specific financial interests relevant to the subject of their manuscript.

Authors must disclose any interests in two places: 1. A summary declaration of interest statement in the title page file (if double-blind) or the manuscript file (if single-blind). If there are no interests to declare then please state this: 'Declarations of interest: none'. This summary statement will be ultimately published if the article is accepted. 2. Detailed disclosures as part of a separate Declaration of Interest form, which forms part of the journal's official records. It is important for potential interests to be declared in both places and that the information matches. More information.

Submission declaration and verification

Submission of an article implies that the work described has not been published previously (except in the form of an abstract or as part of a published lecture or academic thesis, see 'Multiple, redundant or concurrent publication' section of our ethics policy for more information), that it is not under consideration for publication elsewhere, that its publication is approved by all authors and tacitly or explicitly by the responsible authorities where the work was carried out, and that, if accepted, it will not be published elsewhere in the same form, in English or in any other language, including electronically without the written consent of the copyright-holder. To verify originality, your article may be checked by the originality detection service Crossref Similarity Check.

Authorship

Each author should have participated sufficiently in the work to take public responsibility for appropriate portions of the content. One or more authors should take responsibility for the integrity of the work as a whole, from inception to published article. According to the guidelines of the International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), authorship credit should be based on the following 4 criteria:

(34)

interpretation of data for the work; and

2. drafting of the work or revising it critically for important intellectual content; and 3. final approval of the version to be published; and

4. agreement to be accountable for all aspects of the work in ensuring that questions related to the accuracy or integrity of any part of the work are appropriately investigated and resolved.

Changes to authorship. Role of the corresponding author

A single corresponding author (or coauthor designee in the event that the corresponding author is unavailable) will serve on behalf of all coauthors as the primary correspondent with the editorial office during the submission and review process. If the manuscript is accepted, the corresponding author will review an edited manuscript and proof, make decisions regarding release of information in the manuscript to the news media or federal agencies, handle all postpublication communications and inquiries, and will be identified as the corresponding author in the published article. The corresponding author also is responsible for ensuring that the Acknowledgment section of the manuscript is complete and that the conflict of interest disclosures reported of the manuscript are accurate, up-to-date, and consistent with the information provided in each author's potential conflicts of interest section in the Authorship Form.

Authors are expected to consider carefully the list and order of authors before submitting their manuscript and provide the definitive list of authors at the time of the original submission. Any addition, deletion or rearrangement of author names in the authorship list should be made only before the manuscript has been accepted and only if approved by the journal Editor. To request such a change, the Editor must receive the following from the corresponding author: (a) the reason for the change in author list and (b) written confirmation (e-mail, letter) from all authors that they agree with the addition, removal or rearrangement. In the case of addition or removal of authors, this includes confirmation from the author being added or removed.

Only in exceptional circumstances will the Editor consider the addition, deletion or rearrangement of authors after the manuscript has been accepted. While the Editor considers the request, publication of the manuscript will be suspended. If the manuscript has already been published in an online issue, any requests approved by the Editor will result in a corrigendum.

Clinical trial results

In line with the position of the International Committee of Medical Journal Editors, the journal will not consider results posted in the same clinical trials registry in which primary registration resides to be prior publication if the results posted are presented in the form of a brief structured (less than 500 words) abstract or table. However, divulging results in other circumstances (e.g., investors' meetings) is discouraged and may jeopardise consideration of the manuscript. Authors should fully disclose all posting in registries of results of the same or closely related work.

Reporting clinical trials

The ICMJE defines a clinical trial as any research project that prospectively assigns human participants to intervention or comparison groups to study the cause-and-effect relationship between an intervention and a health outcome. Interventions include but are not limited to drugs, surgical procedures, devices, behavioral treatments, educational programs, dietary interventions, quality improvement interventions, process-of-care changes, and the like.

(35)

hoc analysis of trial outcomes, must include the following:·

· CONSORT flow diagram

· Completed trial checklist

· Registry at an appropriate online public clinical trial registry

· A Data Sharing Statement to indicate if data will be shared or not. Specific questions regarding the sharing of data are included in the manuscript submission system.

Trial Registration

In concert with the ICMJE, our journal requires, as a condition of consideration for publication, registration of all trials in a public trials registry that is acceptable to the ICMJE (ie, the registry must be owned by a not-for-profit entity, be publicly accessible, and require the minimum registration data set as described by ICMJE).

Acceptable trial registries include the following and others listed at http://www.icmje.org: anzctr.org.au clinicaltrials.gov isrctn.org trialregister.nl umin.ac.jp/ctr

Copyright

Upon acceptance of an article, authors will be asked to complete a 'Journal Publishing Agreement' (see more information on this). An e-mail will be sent to the corresponding author confirming receipt of the manuscript together with a 'Journal Publishing Agreement' form or a link to the online version of this agreement.

Author rights

As an author you (or your employer or institution) have certain rights to reuse your work. More information.

Elsevier supports responsible sharing

Find out how you can share your research published in Elsevier journals.

Role of the funding source

You are requested to identify who provided financial support for the conduct of the research and/or preparation of the article and to briefly describe the role of the sponsor(s), if any, in study design; in the collection, analysis and interpretation of data; in the writing of the report; and in the decision to submit the article for publication. If the funding source(s) had no such involvement then this should be stated.

Open access

This is an open access journal: all articles will be immediately and permanently free for everyone to read and download. To provide open access, this journal has an open access fee (also known as an article publishing charge APC) which needs to be paid by the authors or on their behalf e.g. by their research funder or institution. Permitted third party (re)use is defined by the following Creative Commons user licenses:

(36)

Open Access

Please visit our Open Access page from the Journal Homepage for more information.

Elsevier Researcher Academy

Researcher Academy is a free e-learning platform designed to support early and mid-career

researchers throughout their research journey. The "Learn" environment at Researcher Academy offers several interactive modules, webinars, downloadable guides and resources to guide you through the process of writing for research and going through peer review. Feel free to use these free resources to improve your submission and navigate the publication process with ease.

Language (usage and editing services)

Please write your text in good American English. Authors who feel their English language manuscript may require editing to eliminate possible grammatical or spelling errors and to conform to correct scientific English may wish to use the English Language Editing service

available from Elsevier's WebShop.

Informed consent and patient details

Studies on patients or volunteers require ethics committee approval and informed consent, which should be documented in the paper. Appropriate consents, permissions and releases must be obtained where an author wishes to include patient descriptions, photographs, video, and pedigrees of patients and any other individuals (parents or legal guardians for minors) who can be identified (including by the patients themselves) in such patient descriptions, photographs, video, and pedigrees. Written consents must be retained by the author but copies should not be provided to the journal. Only if specifically requested by the journal in exceptional circumstances (for example if a legal issue arises) the author must provide copies of the consents or evidence that such consents have been obtained. For more information, please review the Elsevier Policy on the Use of Images or Personal Information of Patients or other

Individuals. Unless you have written permission from the patient (or, where applicable, the next

of kin), the personal details of any patient included in any part of the article and in any supplementary materials (including all illustrations and videos) must be removed before submission.

Patient Identification

Omitting data or making data less specific to deidentify patients is acceptable, but changing any such data is not acceptable. Only those details essential for understanding and interpreting a specific case report or case series should be provided. Although the degree of specificity needed will depend on the context of what is being reported, specific ages, race/ethnicity, and other sociodemographic details should be presented only if clinically or scientifically relevant and important. Cropping of photographs to remove identifiable personal features that are not essential to the clinical message may be permitted as long as the photographs are not otherwise altered. Please do not submit masked photographs of patients. Patients' initials or other personal identifiers must not appear in an image.

Submission

Our online submission system guides you stepwise through the process of entering your article details and uploading your files. The system converts your article files to a single PDF file used in the peer-review process. Editable files (e.g., Word, LaTeX) are required to typeset your article

Referências

Documentos relacionados

This leads normal cells to respond to p53 reactivators with cell cycle arrest (cytostatic effect), instead of cell death (cytotoxic effect) (Carvajal et al., 2005; Rao et al.,

Estas questões colocam desafios tanto à sociedade em geral, como, ao nível da formação, da pesquisa e intervenção, às políticas públicas e aos

Corrente de transmissão Verificar, ajustar e lubrificar a cada 1.000 km — Sistema de iluminação/sinalização Verificar 3.000 Fluido de freio Verificar o nível e completar 3.000

General information about an article and its authors is presented on a manuscript title page and usually includes the article title, author information, any disclaimers, sources

Este normativo é composto por: Estrutura Conceptual, Bases para a apresentação das Demonstrações Financeiras, Modelo das Demonstrações Financeiras, Código das Contas,

A tabela 01 apresenta as características da amostra dos voluntários estudados. Nota-se diferença estatisticamente significante entre o grupo tec/adm com os demais

RESUMO - Estudou-se o efeito de seis temperaturas constantes (18, 20, 22, 26, 30 e 32 0 C), na biologia das fases imaturas de Pseudalesia sequax Franclemont, 1951

As duas aulas descritas configuram um modelo de ensino desenvolvido na EMM. Estabelecemos como principal premissa, a prática musical desde o primeiro momento,