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Estimativa da contaminação do aqüífero Guarani por agrotóxicos e avaliação dos riscos à saúde humana. - Portal Embrapa

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9/ Ê Ê ttÊ Ê Ê Ú Ê Ê IB tH Ê Ê ttt Ê Ê tS Ê m C a p ítu lo 10

Estimativa da contaminação

do Aqüífero Guarani por

agrotóxicos e avaliação dos

riscos à saúde humana

Cláudio Aparecido Spadotto Marco A nto n io Ferreira Gomes Marcus Bariffouse M atallo Luís Carlos Luchini

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Capítulo 10 - Estimativa da contaminação do Aqüífero Guarani por agrotóxicos e avaliação dos riscos.

O uso de agrotóxicos no Brasil

A proxim adam ente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos são usados no m u n do anualm ente. No Brasil o consum o anual de agrotóxicos tem sido superior a 300 mil toneladas de produtos comerciais. Expresso em quantidade de in g re d ie n te -a tivo (i.a.), são consum idas anu a lm e nte no país cerca de 130 mil toneladas, representando um aum ento no consum o de agrotóxicos de 700 % nos últim os 40 anos, enquanto a área agrícola aum entou 78 % nesse período (SPADOTTO et al., 2004).

O consum o desses p ro du tos difere nas várias regiões do país, nas quais se m isturam atividades agrícolas intensivas e tradicionais, sendo que estas últim as não incorporaram o uso intensivo de produtos químicos. Os agrotóxicos têm sido mais usados nas regiões Sudeste (cerca de 38 %), Sul (31 % ) e Centro-Oeste (23 %). O consum o de agrotóxicos na região Norte é, com parativam ente, m u ito pequeno (pouco mais de

1

%), enquanto na re g iã o N o rd e s te (a p ro x im a d a m e n te

6

% ) o uso está p rin c ip a lm e n te concentrado nas áreas de agricultura irrigada, nas quais grandes quantidades de agrotóxicos são usadas. O consum o de agrotóxicos na região C entro- Oeste aum entou nas décadas de 1970 e 1980 devido à ocupação do Cerrado e continua crescendo pelo a um en to da área plantada de soja e algodão naquela região. Destacam-se q u a n to à utilização de agrotóxicos os estados de São Paulo (25 %), Paraná (16 % ), Minas Gerais (12 % ), Rio Grande do Sul (12 %), M ato Grosso (9 %), Goiás

(8

% ) e M a to Grosso do Sul (5 %). Q uanto ao consum o de agrotóxicos, por unidade de área cultivada, a média geral no Brasil passou de 0,8 kg i.a. h a 1, em 1970, para 7,0 kg i.a. h a 1, em 1998. Em term os de qua n tida d e to ta l de ingredientes ativos, as culturas agrícolas brasileiras nas quais mais se utilizam agrotóxicos são: soja, milho, citros, cana-de-açúcar, conform e pode ser observado na Tabela 1. Com a atual expansão das áreas com cultura de cana-de-açúcar, o perfil de consum o de agrotóxicos no Brasil vem se m odificando rapidam ente.

Pela quantidade total elevada de agrotóxicos usados, algumas culturas agrícolas m erecem a te n ç ã o , não p o r esses p ro d u to s serem a p licad o s intensivam ente p or unidade de área cultivada, e sim p or essas culturas ocuparem extensas áreas no Brasil, com o é o caso da soja; do m ilho e da cana-de-açúcar. Essas culturas apresentam -se com o fo n te s potenciais de contam inação pelo uso de agrotóxicos em grandes áreas. Outras culturas

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Parte 2 - Uso agrícola dás áreas de afloramento do Aqüífero Guarani no Brasil e impactos na qualidade.

agrícolas, apesar de ocuparem áreas pouco extensas, destacam-se pelo uso intensivo de agrotóxicos por unidade de área cultivada, cómo as culturas de tom ate e batata (Tabela 2).

Tabela 1.

Consumo de agrotóxicos em algumas culturas agrícolas no Brasil, em quantidade de ingredientes ativos, 1998.

C u ltu ra a g ríc o la

f

Q u a n tid a d e (to n ) P a rtic ip a ç ã o (% )

Soja 42.015 32,6 M ilho 15.253 11,8 Citros 12.672 9,8 Cana-de-açúcar 9.817 7,6 Café 8.780 6,8 Batata 5.122 4,0 Algodão 4.851 3,8 Arroz irrigado 4.241 3,3 Feijão 4.199 3,3 Tomate 3.359. 2,6 Total 128.712

Fonte: Sindicato Nacional da Indústria de. Produtos para Defesa Agrícola (SINDAG).

Tabela 2.

Consumo de agrotóxicos por unidade de área em algumas culturas agrícolas no Brasil, em quantidade de ingredientes ativos, 1998.

C u ltu ra Tomate Batata Citros Algodão Café Cana-de-açúcar Soja Geral Q u a n tid a d e (k g h a ') 52,5 28,8 12,4 5.9 4.2 2,0 3.2 2.9

Fonte: dados básicos para os cálculos: Sindag (2006) e IBGE (1985).

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---Capitulo 10 - Estimativa da contaminação do Aqüífero Guarani por agrotóxicos e avaliação dos riscos.

A v a lia ç ã o d e riscos dos a g ro tó x ic o s a o m e io a m b ie n te e à s aú d e h u m a n a

O Comitê Técnico de Assessoraménto para Agrotóxicos, instituído pelo Decreto 4.074/2002, tem como atribuição elaborar rotinas e procedimentos visando à implementação da avaliação de risco de agrotóxicos e afins. O referido Decreto define as competências de órgãos federais e estaduais no processo de registro de novos produtos e de reavaliação dos produtos já registrados.

A avaliação de risco já era definida em 1983 pelo Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA (National Research Council - NRC) como "o uso de bases reais para definir os efeitos à saúde da exposição de indivíduos ou p op u la çõe s a m a te ria l p erigo so ou situ açã o de p e r ig o " . Apesar de aparecerem com o sinônim os em alguns trabalhos, existem controvérsias quanto ao uso dos termos análise de risco e avaliação de risco. A avaliação de risco pode ser tida como o processo de definição dos componentes de um risco em term os quantitativos (NRC, 1996), e ntre ta nto no presente trabalho adota-se a definição dada por Westman (1985), que usou o term o avaliação o mais amplo. Nesse caso, o term o análise-é usado de maneira mais restrita para se referir às técnicas quantitativas de estimativa do risco ambiental, considerando seus componentes: perigo (ou efeitos) e exposição.

O mesmo acontece com os term os avaliação de risco ecológico e avaliação de risco ambiental, que às vezes são usados como sinônimos. No entanto, alguns autores já incluem os aspectos relacionados à saúde humana no risco ecológico, outros preferem o term o risco ambiental como o mais abrangente. Nesse trabalho tratamos especificamente da avaliação de risco à saúde humana decorrente da contaminação da água subterrânea. Aqui não são considerados os riscos ocupacionais do uso de agrotóxicos. Na segurança do trabalho, riscos ambientais são caracterizados pela exposição do trabalhador (ocupacional) a perigos do meio.

É senso comum que a avaliação de risco deve ser feita para o produto form ulado do agrotóxico, considerando-se os dados do produto técnico com suas impurezas e dos produtos de degradação relevantes. Componentes da form ulação dos agrotóxicos podem tam bém ser levados em conta na avaliação.

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Parte 2 - Uso agrícola das áreas de afloramento do Aqüffero Guarani no Brasil e impactos na qualidade...

Alguns autores apregoam que toda e qualquer avaliação de risco tem que ser probabilística em todas as suas etapas, no entanto, defende-se aqui a im portância de se realizar a avaliação de risco mesmo que não seja plenamente probabilística, apesar da natureza estocástica do risco. A adoção da avaliação de riscos pode representar um avanço m e to d o ló g ico na consideração dos possíveis problem as am bientais e à saúde hum ana associados aos agrotóxicos e a outros estressores. Isso é particularm ente im p o rta n te em países ainda em desenvolvim ento, onde a carência de dados e recursos pode lim itar a adoção da avaliação e do gerenciamento de riscos.

Por definição geral aplicada ao contexto deste capítulo, o term o perigo indica o potencial de dano à saúde humana, enquanto risco é a probabilidade ou possibilidade de ocorrência de um certo dano. Perigo diz respeito à toxicidade (efeitos sobre o ser humano), e risco é uma função da exposição e do perigo (Fig.1). Quanto maior a exposição de organismos e o perigo intrínseco do agrotóxico, maior é o risco.

Em 1989, a O rganização das Nações Unidas para A g ric u ltu ra e Alimentação (FAO, 1989) publicou um guia sobre critérios ambientais para o registro de produtos para proteção de plantas (agrotóxicos), apresentando os princípios de como a avaliação de risco ambiental deveria ser conduzida.

Risco

Perigo

Fig. 1. Representação esquemática do risco como função da exposição e do perigo (efeito adverso).

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Capítulo 10 - Estimativa da contaminação do Aqüífero Guarani por agrotóxicos e avaliação dos riscos.

Nos Estados Unidos, o Conselho Nacional de Pesquisa (NRC, 1983) d e s e n v o lv e u um esquem a g e ra l de a v a lia ç ã o de risco, o q ua l fo i posteriorm ente m odificado pela Agência de Proteção Am biental (EPA) e, então, adotado oficialmente pelã EPA em 1998 (EPA, 1998). O esquema da EPA adicionou aos princípios apresentados pela FAO o conceito de três etapas formais de avaliação de risco ambiental que deveriam ser realizadas como segue: (

1

) identificação do problema, (

2

) análise do risco: análise da exposição e dos efeitos e (3) caracterização do risco.

Id e n tific a ç ã o d o p ro b le m a

A identificação do problema consiste na formulação de uma hipótese, relativa^ à ocorrência de efeitos ambientais adversos e o perigo a certos organism os provocados pelo a g ro tó x ic o em estudo. Nessa etapa são determinadas as finalidades específicas da avaliação e é feita explicitamente a identificação do perigo, que é a determinação da natureza intrínseca da toxicidade do agrotóxico.

A n á lis e d o risco

Na etapa de análise do risco, as caracterizações da exposição e dos perigos devem ser executadas de form a integrada para garantir que os efe ito s ecológicos caracterizados sejam relacionados com as rotas de contaminação dos com partim entos ambientais e organismos identificados na caracterização da exposição.

A exposição pode ser expressa com o coocorrência (presença nos habitats dos organismos ou com partim ento ambiental) ou como contato (sobre ou em organismos), dependendo do agrotóxico e dos organismos. Um perfil de exposição pode então ser desenvolvido com a descrição da m agnitude e das distribuições espacial e tem poral da exposição para a m odalidade de uso do a g ro tó xico em estudo. Exposição depende da c o n c e n tra ç ã o do a g ro tó x ic o no c o m p a rtim e n to a m b ie n ta l, da sua biodisponibilidade e da biologia do organismo. Caracterização da exposição é a identificação das várias quantidades e durações da exposição a um dado químico, via todas as rotas possíveis de contaminação. A caracterização da exposição e a estruturação de toda a avaliação de riscos ambientais com a utilização de modelos matemáticos são recomendáveis, lembrando que

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Parte 2 - Uso agrícola das áreas de afloramento do Aqüífero Guarani no Brasil e impactos na qualidade.

um modelo é uma representação de um sistema real. Assim como um modelo físico, um m odelo m atem ático apresenta algum grau de sim plificação e abstração, e pode representar um ou mais processos (SPADOTTO, 2002).

A caracterização dos perigos (efeitos) envolve a consideração dos resultados dos testes de laboratório, nos quais se variam a concentração e a duração da exposição, levando em conta a resposta dos organismos. No caso mais simples, a proporção de organismos respondendo.com um particular efeito é uma função da concentração. Essa relação é não-lineár, porém pode ser analisada por um modelo linear onde a concentração é expressa na forma logarítmica e a porcentagem de organismos respondendo como uma p ro b a b ilid a d e . Trata-se dos estudos de dose resposta, que são caracterizações quantitativas da relação entre a m agnitude da exposição e a incidência de efeitos tóxicos.

C a ra c te riz a ç ã o d o risco

Na caracterização do risco, os efeitos (em grande parte dados de toxicidade média ou valores limites) sobre os diferentes organism os são com parados com as concentrações am bientais estimadas (previstas) em compartimentos ambientais relevantes ou em elementos da dieta de espécies de organismos.

Portanto, na caracterização do risco as concentrações estimadas em compartimentos ambientais são consideradas para determinar se e como a exposição ao agrotóxico pode ocorrer - a caracterização da exposição - e, uma vez ocorrida essa exposição, qual é a m agnitude e o tip o de efeitos ambientais que podem ser esperados ou observados - a caracterização dos efeitos ecológicos (ou biológicos). Ambos fazem parte da etapa de análise e são elementos essenciais para a caracterização do risco, que é o processo de comparação e interpretação dos resultados da exposição (concentrações estimadas) com os dados e as' informações dos efeitos ecológicos adversos caracterizados por estudos laboratoriais toxicológicos (toxicidade aguda e crônica) previamente realizados.

A avaliação de risco pode ser usada tanto para rejeitar com o para quantificar os efeitos potencialmente danosos, com respeito à sua natureza, m agnitude, im portância, abrangência, duração, assim com o q u a n to ao potencial de recuperação do meio.

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Capítulo 10 - Estimativa da contaminação do Aqüífero Guarani por .agrotóxicos e avaliação dos riscos.

O processo de avaliação de risco, contemplando as três etapas, pode ser ordenado em níveis seqüenciais (WWF, 1992; SUTER, 1993; SOLOMON, 1996a, 1996b; EPA, 1998; AMERICAN CROP PROTECTION , 1999). O primeiro nível é planejado para permitir a identificação rápida daqueles agrotóxicos que não apresentam risco significativo para o ambiente. Nesse nível, os cálculos das concentrações ambientais, invariavelmente, superestimam a exposição, resultando em uma avaliação conservadora.

C onform e a avaliação é refinada, com estimativas mais prováveis das concentrações ambientais, critérios menos conservadores e mais realistas p o d e m ser usados, c u lm in a n d o , se necessário, com uma etapa de m onitoram ento (SPADOTTO et al., 2004).

Q ualquer proposta de avaliação dos riscos dos agrotóxicos deve c o n s id e ra r os esquem as e x is te n te s , in c o rp o ra n d o seus p rin c ip a is componentes, levar em conta as particularidades das condições brasileiras, especialmente a escassez de meios necessários para a avaliação de riscos baseada d ire ta m e n te em esquem as tra z id o s d ire ta m e n te de países desenvolvidos. A caracterização da exposição dos diferentes organismos seria feita a partir das estimativas das concentrações (ou doses) nos diferentes com partim entos ambientais (ou em elementos da dieta dos organismos), com base na modalidade de uso e nos dados de transporte, persistência e bioacumulação (Fig. 2). Caracterização do perigo Caracterização da exposição Avaliação do risco

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Parte 2 - Uso agrícola das áreas de afloram ento do Aqüífero Guarani no Brasil e impactos na qualidade

Na caracterização do risco o que se faz é a com paração dos resultados da exposição co m os dados dos e fe ito s adversos sobre os organism os considerados. Um p ro ce d im e n to simples para in te g ra r am bos (exposição e perigo) é o M é to d o do Q uociente (SOLOMON, 1996a, 1996b), no qual divide- se a concentração am bienta l estimada (CAE) pelo dad o toxicológ ico agudo ou crônico. O Q uociente de Risco (QR) o b tid o é e n tão com parado ao nível aceitável e ao nível crítico.

4

Estimativa das concentrações

de agrotóxicos na água subterrânea

Na caracterização da exposição, a estim ativa das concentrações nos diferentes c o m p a rtim e n to s am bientais é um c o m p o n e n te fu n d a m e n ta l da avaliação de risco. Em um levantam ento de dados de literatura, C arter (2000) e ncontrou , para a classe de herbicidas, perdas por lixiviação de menos de 1 % até 5 % , com relação à q u antid ade aplicada. No e n ta n to , M atallo et al. (2005), ao tra b a lh a r em lisímetros, determ inara m que 52 % da quantidade aplicada de um herbicida usado na cultura de cana-de-açúcar no Brasil lixiviou abaixo de 50 cm em um solo arenoso (Neossolos Q uartzarênico) d u rante um ano. Baseado nos dados experim entais, um m odelo m atem ático prevê que 96 % da q u a n tid a d e aplicada do herbicida passaria pelos prim eiros 12 cm (p ro fu n d id a d e na qual seu e fe ito desejado de c o n tro le das plantas daninhas é esperado) em 67 dias.

A concentração (C) em |jg L 1 de um ag ro tó xico em água subterrânea p o u co p ro fu n d a (a q ü ífe ro não c o n fin a d o ) pod e ser estim ada através da expressão:

100 M

C = --- (1)

p * d * A

o nde M é a massa prevista do a g ro tó xico cheg a n d o até o lençol fre á tico (kg), p representa a porosidade do aqüífero (v .v 1 e d é a pro fu n d id a d e de m istura d e n tro do corpo d 'á g u a subterrâneo (m), considerando uma área (a) de 1 ha (10 .0 0 0 m 2).

Assim, uma estim ativa pre lim in a r da co n ce n tra çã o a m bienta l (CAE) na água subterrânea de um ag ro tó xico aplicado a 1 kg i.a. ha-1, sendo 5 %

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---Capitulo 10 - Estimativa da contam inação d o A q ü ífe ro Guarani por agrotóxicos e avaliação dos riscos..

perdidos p o r lixiviação - valor levantado p o r C arter (2000) - chegan do em um aqüífero com 50 % de porosidade, considerando 2 m de p ro fu n d id a d e de mistura, resultaria em 5 pg L 1. Porém, se elevarm os a perda estim ada para 50 % da qu a n tid a d e aplicada teríam os um a CAE de 50 pg L ' .

Um m o d e lo simples de lixiviação de agrotóxicos na água subterrânea poderá te r co m o base o c o n ju n to de equações apresentadas por Rao e t ah (1976) e Rao e t al. (1985), o qual estim a o A tte n u a tio n Factor (AF), que representa a fração da q u antid ade do a g ro tó xico que chega na superfície do solo e que lixivia através de um a dada p ro fu n d id a d e . Poderá ser usada sua fo rm a generalizada para solos com várias camadas (ou horizontes), a qual deve ser m odificada para considerar o c o m p o rta m e n to de agrotóxicos em solos brasileiros e em nossas condições climáticas.

A expressão apresentada po r Rao et al. (1985) é:

AF = exp ( - t r . k) (2)

o n d e t r re p re s e n ta o te m p o de p e rc u rs o , e k a c o n s ta n te da taxa de degradação d o ag ro tó xico no solo. C om o visto anteriorm en te, a concentração (C) d o a g ro tó x ic o em á gua s u b te rrâ n e a p o d e ser e stim a d a a través da equação (1).

Esse c o n ju n to de equações, depois de devidam ente desenvolvido, pode ser u tiliza d o nos níveis iniciais da caracterização da exposição hum a n a à água s u b te rrâ n e a c o n ta m in a d a . M o d e lo s m a te m á tic o s são im p o rta n te s fe rra m e n ta s para estim a tiva das concentraçõ es a m b ie n ta is de d ife re n te s agrotóxicos em várias condições am bientais e de uso. Assim sendo, devem levar em consideração os resultados o b tid o s e as expressões m atem áticas desenvolvidas, mais recentem ente, por Paraíba e S padotto (2002), S padotto et al. (2003), S padotto e Hornsby (2003), M a ta llo e t al. (2005) e S padotto et al. (2005) para condições clim áticas e de solos do Brasil.

Exemplo de aplicação

Para fins de exem plo, fo ra m selecionadas as condições da M icrobacia do C ó rre g o d o Espraiado p o r estar localizada em área representativa do m o n o cu ltivo de cana-de-açúcar, que ocupa 67 % da área to ta l da m icrobacia e, ainda, por possuir áreas consideradas vulneráveis d o p o n to de vista da

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Parte 2 - Uso agrícola das áreas de afloramento do Aqüífero Guarani no Brasil e impactos na qualidade.

contaminação da água subterrânea e reconhecidas com o áreas de recarga direta ou de afloram ento do Aqüífero Guarani, com uma extensão de 16.000 km. A Microbacia do Córrego do Espraiado possui uma área de 4.463 ha, estando localizada à sudeste da C idade de Ribeirão Preto, SP, na divisa entre os municípios de Ribeirão Preto, Cravinhos e Serrana, pertencendo à Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, e apresenta solos semelhantes a outras áreas de recarga no Estado de São Paulo. Por sua vez, o te b u tiu ro n (N-(5-(1,1-dim etiletil)-1.,3,4-tiadiazol-2-il)-N ,N '-dim etilureia) é um herbicida do grupo dos derivados da uréia recom endado para uso na cultura da cana- de-açúcar.

As propriedades do solo de textura arenosa (Neossolo Quartzarênico) e do tebutiuron foram as mesmas obtidas e utilizadas por M atallo et al. (2005). Abaixo de 50 cm até as diferentes profundidades da zona saturada foram usados valores médios das propriedades do solo e do material rochoso (Arenito Botucatu) na região de estudo. A taxa de recarga hídrica líquida de 442 mm ano

_1

foi estimada como a diferença entre chuva e evapotranspiração na microbacia.

Os valores do coeficiente de sorção (Kd) foram 0,4; 0,2 e 0,1 mL g_1, respectivamente, nas profundidades até

12

cm, de

12

cm a

22

cm e maior que 22 cm. Segundo resultados apresentados por M atallo et al. (2005), os dados do estudo de degradação do te b u tiu ro n em laboratório, mesmo no horizonte superficial do solo

(0

cm a

12

cm), ajustaram-se melhor à função bi-exponencial, o que significa que sua degradação inicialm ente é rápida ( t/2 = 1,3 dias) e posteriormente lenta ( t/2 = 1.386 dias). Assim, para os cálculos realizados neste trabalho, a dose de te b u tiu ro n foi considerada pela metade e, concom itantem ente, fo i usada a meia-vida mais longa. Isso porque se não houver ocorrência de chuvas lo g o após a aplicação, o te b u tiu ro n permanecerá na superfície do solo, o n d e será rapidam ente degradado até metade da sua massa inicialm ente aplicada, sendo posterior­ mente degradado lentamente. Por o u tro lado, se houver chuvas logo após a aplicação, o herbicida será lixiviado rapidam ente para as camadas mais profundas do solo, onde a degradação é mais lenta.

A previsão da lixiviação do herbicida até a zona saturada foi baseada no conjunto de equações do AF, considerando as várias camadas do solo. Para efeito da estimativa da concentração no aqüífero, foi usada a equação [

1

], considerando uma área de

1

ha (

10.000

m 2), sendo assumido que a profundidade de mistura é de 2 m e a porosidade do aqüífero de 30 %.

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Capítulo 10 - Estimativa da contaminação do Aqüífero Guarani por agrotóxicos e avaliação dos riscos.

As concentrações estimadas, considerando diferentes profundidades do to p o do aqüífero, a p artir da superfície do solo, estão representadas na Fig. 3. A co n ce n traçã o do te b u tiu ro n na água subterrânea é reduzida exponencialm ente conform e a profundidade do top o do aqüífero aumenta, e a concentração que atende o padrão de qualidade de água para consumo hum ano da C om unidade Européia (0,1 pg L 1) ocorreria quando o aqüífero estivesse a cerca de 53 m de p ro fu n d id a d e . A m édia re g io n a l das profundidades das áreas de recarga é de 42 m, enquanto que na área da Microbacia do C orrégo do Espraiado somente com a cobertura de Neossolo Quartzarênico, a profundidade é de 10 m em média, onde a concentração estimada seria de 23,0 pg L '\ É im portante notar que neste trabalho não se considerou a eventual presença de camadas de impedim ento e de lençóis freáticos suspensos.

2 5 30 35 40 45 P r o fu n d id a d e (m )

Fig. 3. Concentrações estimadas de tebutiuron no Aqüífero Guarani, considerando diferentes profundidades do topo do aqüífero, a partir da superfície do solo.

Na condição da área de recarga na Microbacia do Córrego do Espraiado com cobertura de Latossolo V erm elho de textura média, a profundidade média do aqüífero é de 20 m. Nesse caso, o aqüífero estaria mais protegido pelo Latossolo, no qual a lixiviação do tebutiuron encontrada por Matallo et al. (2005) fo i bem m enor que no Neossolo. No entanto, seguindo-se das

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Parte 2 - Uso agrícola das áreas de afloramento do Aqüífero Guarani no Brasil e impactos na qualidade.

partes mais altas da microbacia em direção ao C órrego do Espraiado, essa cobertura dim inui até chegar som ente no Neossolos (próxim o ao córrego), d im in u in do tam bém a distância entre a superfície do solo e a zona saturada. Deve-se lem brar de que nesse tra b a lh o não fo i considerado o eventual tra n s p o rte do te b u tiu r o n p or e s c o a m e n to s u p e rfic ia l. Se ocorrer, esse transporte poderia levar o herbicida aplicado em outras áreas para aquelas de Neossolos.

A a plicaçã o d o te b u tiu r o n na área do N eossolos apresenta alto potencial de contam inação do A q ü ífe ro G uarani, p o d e n d o ultrapassar o padrão da C om unidade Européia para consum o hum ano. Entretanto, o uso desse herbicida fora das áreas com Neossolo, restringindo-se às áreas com Latossolos na M icrob a cia do C ó rre g o do Espraiado, p od e d im in u ir seu potencial de contam inação da água subterrânea, ta n to pela m aior distância até o a q ü ífe ro , q u a n to pela m a io r p ro te ç ã o ou barreira im posta pelos Latossolos. A m anutenção, ou a recuperação, da mata ciliar ao longo do C órrego do Espraiado seria uma medida am bientalm ente adequada, assim com o legalm ente requerida.

Assim, fica claro que a adoção de boas práticas agroam bientais, além de d im in u ir as perdas de agrotóxicos e de m elhorar a eficiência agronômica, pode levar à dim inuição dos riscos am bientais e à saúde humana.

C a ra c te riz a ç ã o d o s riscos à s a ú d e h u m a n a

No caso mais simples, a proporção de organism os respondendo com um efeito particular ou específico é uma função da concentração (ou dose em elem entos da dieta dos organismos). Assim, a determ inação dos efeitos envolve a consideração da concentração (ou dose) do agrotóxico e da dura­ ção da exposição, levando em conta a resposta dos organismos. Essas subs­ tâncias químicas podem ser diferentem ente tóxicas a vários organismos (toxi­ cidade aguda e crônica, sistêm ica e tóp ica ). Os a grotó xico s podem ser agentes mutagênicos, teratogênicos, carcinogênicús, e afetar a reprodução de mamíferos.

A lg u n s o rg a n ism o s possuem g ra n d e capa cid a de de b io a cu m u la r substâncias químicas, caracterizando o processo de bioacum ulação ou bio- concentração. Esse fenôm eno, no e ntanto, depende de dois fatores básicos: (a) da presença de um m ecanism o de absorção ou sorvedouro representado p rincipalm ente pelos lipídios do organism o e (b) das propriedades

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228---Capítulo 10 - Estimativa da contaminação do Aqüífero Guarani por agrotóxicos e avaliação dos riscos.

quím icas d o a g ro tó x ic o que p o d e m fa v o re c e r ou não sua e n tra d a no organismo.

D eterm inados pro du tos quím icos são rapidam ente decom postos no solo, e n q u a n to o u tro s não são d e g ra d a d o s tã o fa c ilm e n te . A lg u m a s m oléculas são m o d e ra d a m e n te p e rs is te n te s , e seus resíduos p o d e m permanecer no solo durante um ano inteiro, outras podem persistir por mais tem po. No am biente aquático, além da hidrólise e da fotólise, os agrotóxicos podem tam bém sofrer a degradação biológica e, ainda, a bioacum ulação e a biom agnificação (bioacum ulação em níveis elevados da cadeia trófica), diferenciando apenas os m icrorganism os nesse am biente em relação àqueles presentes no solo.

Além da molécula original, os m etabólitos ou produtos de degradação dos a g r o tó x ic o s d e v e m ser c o n s id e ra d o s n o m o n ito r a m e n to . O com portam ento am biental e a toxicidade e eco-toxicidade dos produtos de degradação do agrotóxico podem d ife rir enorm em ente da m olécula-m ãe. Alguns produtos de degradação podem ser mais tóxicos que o ingrediente ativo original. Na Tabela 3, os produtos de degradação ou m etabólitos de importância am biental de alguns agrotóxicos são apresentados.

Tabela 3.

Produtos de degradação ou m etabólitos de alguns agrotóxicos.

Agrotóxico (ing red iente ativo) Produto de degradação ou m e ta b ó lito

Atrazina desetil atrazima (DEA), desisopropil atrazina (DIA)

Benomil carbendazim, 2-am inobenzim idazólio

Carbendazim 2-am in o b e n zim id a zó lio

C arbofurano 3-hidroxi-carbofuram

C arbosulfam carbofurano, 3-hidroxi-carbofuram

Endossulfam (isômeros a e P) sulfato de endossulfam

G lifosato ácido am inom etil fdsfônico (AMPA)

Se o interesse é caracterizar os riscos para a saúde hum ana com respeito à potabilidade da água para consum o, pode-se usar o padrão geral de qualidade de água para consum o h um an o da C om unidade Européia, que é de 0,1 pg L

1

para cada agrotóxico e de 0,5 pg L

'1

para o co njun to de agrotóxicos encontrados. O utro indicador de risco pode ser o valor m áxim o perm itido específico para alguns agrotóxicos segundo a Portaria 518/2004 do M inistério da Saúde (Tabela 4).

(15)

Parte 2 - Uso agrícola das áreas de afloramento do Aqüífero Guarani no Brasil e impactos na qualidade.

Tabela 4.

Padrões de potabilidade de água para consumo humano de alguns agrotóxicos(,). A g ro tó x ic o V a lo r m á x im o p e rm itid o (|xg L 1) 2,4-D 30 Alaclor 20 Atrazima 2 Bentazona - 300 Endossulfam 20 Glifosato 500 M etolaclor 10 M olinato 6 Pendimetalina 20 Permetrina 20 Propanil 20 Simazina 2 Trifluralina 20

"'Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.

A Environmental Protection Agency (EPA) dos EUA apresentou limites máximos permitidos de contaminação de água (M axim um Contam inant Levei - MCL), com o padrões o b rig a tó rio s para consum o hum ano de alguns agrotóxicos (EPA, 2001), que são mostrados na Tabela 5; na qual estão tam bém

05

níveis aceitáveis (Health A dvisory- HA) baseados em informações ' sobre efeitos na saúde humana para outros agrotóxicos (EPA, 1989). O HA aqui considerado é a concentração do agrotóxico na água a qual se espera não causar efeitos adversos à saúde humana em uma exposição dentro da expectativa de vida de 70 anos. Assim, esses valores podem ser usados como indicadores de risco.

Considerações finais

As características físicas das áreas de recarga do A qüífero Guarani favorecem uma situação de alto potencial de contaminação, principalmente para produtos químicos que apresentam elevada capacidade de lixiviação em solos tropicais, a exemplo dos agrotóxicos quim icam ente neutros ou básicos. Assim, para a proteção das áreas em questão e, conseqüentemente do Aqüífero Guarani a partir das mesmas, torna-se necessária a adoção de

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Capítulo 10 - Estimativa da contaminação do Aqüífero Guarani por agrotóxicos e avaliação dos riscos.

Tabela 5.

Padrões e níveis aceitáveis de alguns agrotóxicos nos EUA quanto à potabilidade da água de abastecimento (EPA, 1989, 2001).

Agrotóxico Padrão MCL(1)(fig L 1) Nível aceitável HA(2) (p.g L 1)

2,4-D 70 N.N. Alaclor 2 N.N. Am etrina N.E. 60 Atrazina 3 3 Bentazona N.E. 20 Butilate N.E. 350 C arbofurano 40 N.N. Dicamba N.E. 200 Diquat 20 N.N. Diuron N.E. 10 G lifosato 700 N.N. Linuron N.E. s 10 M etolaclor N.E. 100 M etribuzin N.E. 200 O xifluorfem N.E. 20 Paraquate N.E. 30 Pendimetalin N.E. 300 Permetrina N.E. 400 ' Picloram 500 N.N. Simazina 4 N.N. v Trifluralina N.E. 5

01 Maximum C ontam inant Levei: limite máximo de um contaminante que é permitido em água para consumo humano (padrão obrigatório).

121 Health A dvisory: nível aceitável de um contaminante em água para consumo humano (consultivo). N.E.: não estabelecido; N.N.: não necessário, pois existe o padrão obrigatório estabelecido.

práticas agrícolas e de manejo que promovam o uso racional de agroquímicos, quando então os riscos de contaminação da água subterrânea e de saúde serão minimizados ou mesmo extintos. Para tanto, há necessidade de uma política de proteção das áreas de recarga dos aqüíferos brasileiros, com destaque para o Guaranr, com o tam bém a necessidade de avanço na definição de limites de concentração, em relação ao padrão de potabilidade, para um núm ero maior de agrotóxicos. Tais conhecimentos, sem dúvida, trarão benefícios expressivos para as comunidades que utilizam água do Aqüífero Guarani, como tam bém para toda a sociedade brasileira, pois novos padrões de potabilidade constituem referenciais de maior rigor nas questões relacionadas à saúde da população.

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Parle 2 - Uso agrícola das áreas de aflorâmento do Aqüífero Guarani no Brasil e impactos na qualidade

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