RS
f t t
róUNIVERSIDADE
DE
ÉVORA
IZABiF,L
T-,ÚCI^A,DOS
SANTOS
OLTVEIRA
t
Mestrado em Ciências
da
Educação
Avaliação
Educacional
F'ORMAÇÃO
INICIAL
DE PEDAGOGOS:
A
CONSTRUÇÃO
UOS SABERES
NO
ÂMBITO
DO
ESTÁCIO
SUPERVISIONADO
Ilq
aaq
Dissertação
apresentada
para obtenção do grau
de
Mestre em Ciências
da
Educação
-
Área
de
Especia\izaçáo em
Avaliação
Educacional
Orientadora:
Professora
Doutora
Isabel
José
Botas
Bruno
Fialho
Évora
Dedico,
an
especial, este trabalhoà minha
mãe Esmeraldina deOliveira,
ar"irJ.ga de todas as horasque sempre esteve
por perto
parame
oferecer oseu
colo
de conforto,
esperançae
coragem para seguir ern frente. E, inmemoian,
a Eliana NazaréOliveira
Rodrigues, minhairmã,
mulher de almailuminada, que em vida
foi
exemplo de dedicaçãoE
sábio aquele que sabe usar
o
conhecimentopara
integrar-se a
própria
realidade.AGRADECIMENTOS
Não posso frnalizar esse trabalho, sem agradecer a todos que direta ou indiretamente
participaram narealização deste trabalho, e que despejaram graças e benção em minha vida.
Assim,
agradeçoprimeiramente
a
Deus,
meu
mestre
e
condutor
das
minhas inspirações e vitórias. Tudo posso naquele que fortalece!Agradeço, em especial, a
"Nazinha",
mãe celestial dos paraenses,por
acolher minhas lamentações e receber em seus pés as"fitinhas"
onde os pedidos de graças se amontoam.A
minha
orientadoraProf.
Doutora
lsabel JoséBotas Bruto Fialho,
agradeço pela compreensão e valiosas contribuições ao longo da orientação dessa dissertação.À
Universidade
de
Évora-Lisboa-Portugual
que
favoreceu
as
condições imprescindíveis para a concretização deste fiabalho.Agradeço aos (as)
professores(as)
do
programa
de
Mestrado
em
Educação da Universidade de Évora, pelo aporte precioso na edificação do conhecimento.A
coordenadorado
Curso
de
Pedagogia
da
UVA/AP
Rosangela
Costa
pelacontribuição valiosa
no
repassedas
informa@es necessáriaspara
esta pesquisa, estando sempre à disposição com paciência e compreensão. Obrigada, amiga!Aos (as) amigos (as) professores (as) coordenadores (as) de estágio que corroboraram com preciosas informações, como sujeitos dessa pesquisa. Obrigada, amigos (as) de docência!
Aos
(as)
acadêmicos(as)
do
Cursode
Pedagogiada
UVA
por
termos
partilhadoinstantes valiosos, como sujeitos nesta pesquisa,
e
por
estimularema
busca incessante pornovos conhecimentos. Muitíssimo obrigada!
Minha
mãe Esmeraldina deOliveira, minha
fortaleza eporto
seguro, pelasli@es
deamor, dedicação, paciência e exemplo de superação nos momentos difíceis, sem as quais não poderia ter realizado esse trabalho.
A
Paulo
Santos companheiro
na
caminhada
diâd,ae
na
ampliação
do
espíritocientífico, e por todos os momentos de renovação e superação. Obrigada, amado.
Meu
irmãoHamilton Oliveira
pelo apoio, na ocasião em que necessitava de uma mão amiga. Obrigada!Agradeço a meu cunhado
Brito
pelos almoços fartos e festivos aos domingos, regados de muitas brincadeiras e sorrisos.Meus
sobriúos
amados Mateus Pereira,Yago Leite, Caio
Rodriguese Ana
Beatiz
Rodrigues, pelos momentos repletos de descontração e "molecagem".
Obrigada
Prof.
Sérgio
Coutinho,
por
acreditar
em mim,
e
pela
atençãodisponibilizada.
Obrigada,
amigo
had
Silva
pela contribuição nas ocasiões em que necessitei de suacolaboração ao longo desse trabalho.
A
Adriana
Rodrigues,
Edir
Miranda,
Graci
Duarte, Ivanete Oliveira,
JosyanaRodrigues,
Sidnei
Rodrigues,pelo apoio amigo
nos momentosde aflição,
pelas acolhidas amorosÍrs, festivas e pelos abraços saudosos nas despedidas.A
amiga de curso,Ana
Conceição, pela anizade e parceria nas extensas conversas em direção ao conhecimento. Obrigada, amiga!A
amiga Dioméia Corrêa e Edna Pantoja,pelo
apoio para continuar nessa luta diantedas dificuldades e no momento de angustia. Obrigada, amigas!
Agradeço ainda, ao amigo e companheiro SebastiáoYazpelas orientações e sugestões na construção dos
coúecimentos.
Agradeço
a
Simone Freitas pela acolhida amiga,força e
orientações nos momentosfinais deste trabalho.
Muito
obrigada, por tudo, amiga!Agradeço as amigas
do
CEPM
Walkíria pelo
companheirismoe
compreensão nos momentos que necessitei ausentar-me para a conclusão deste trabalho. Valeu amigas!RESUMO
Formação
Inicial
de Pedagogos:A
Construção
dos Saberes noÂmbito
do Estágio Supervisionado.O
espaçoda
formação docente
apresenta-secomo
um
campo
de
investigaçãorico
de informações frente ao contexto da sociedade contemporânea. Assim, diferentes dimensões do processoformativo vem
se destacando no cenário educacional, como éo
caso da FormaçãoInicial
de Pedagogo: construção dos saberes no âmbito do Estagio Supervionado, tema destainvestigação.
Este
estudo
faz
uma
abordagemsobre
os dois
modelos
de
formação
de professores:o
racionalismo técnico eo
emergente pautado nosprincípios do
agente social, passando porum
breve histórico da pedagogia noBrasil,
e avança enfocando as concepçõesdicotômica
e
de
unidadedos
saberes teóricose
práticos, alernde
analisara
construção emobilização dos
saberes docentes. Destaca-sea
relevânciado
Estágio
Supervisionado noprocesso
de
formação,
o
seu
papel
articulador entre
os viírios tipos
de
saberes. Após,contextualiza-se
o
Curso de Pedagogia daUVA/AP,
seus dispositivos legais, enfocando as ementas das disciplinas Estrâgio SupervisionadoI
eII
contempladas namafrz
curricular deste curso. Em seguida faz-seum
apanhado da metodologia utilizada nesta investigação, que tem umanafileza
descritiva, pautando-sena
pesquisabibliográfica
e
na
pesquisa
de
cÍrmpo.
Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram à entrevista semiestruturada e question:írio, com os supervisoresde
estágiose
alunos-estagiários sujeitos desta investigação.Finalizando
com
o tratamento e análise dos dados, apresentados graficamente das informações dos supervisores deestágios e alunos-estagiiários e da análise das compreensões dos alunos-estagiiârios na entrevista
serniestruturada,
a qual
são interpretadasa luz do
referencialteórico
utilizado na
revisãoliteriária.
Os
resultados mostraramque
a
metodologia propostafoi
adequada para apreciarsobre
a
formaçãoinicial
do
pedagogoe
a
construção dos saberesno
momentodo
Estágio Supervisionado.ABSTRACT
Initial
Educators
Training:
The
Construction of
Knowledgein
the scope of the supervisedtraineeship.
The sphere
of
educatortraining
is presented as arich
of
information
researchfield
in
faceof
the contemporary society
context.
Thus,different
scopesof
thetraining
process have beenstanding
out
in
the
educational
scenario,as the
case
of
initial
educator
training:
Theconstruction
of
the
knowledge
in
the
scopeof
the
supervisedtraineeship,
topic
of
thisresearch.
This
study provides a comprehensive approach about thetwo
modelsof
teachertraining:
the
technicalrationalism
andthe
emerging basedon
the social
agent principles,followed
by
a
short historical
of
the pedagory
in
Brazil,
right
through focusing
on dichotomous conceptions and unitsof
the practical and theoretical knowledge, furthermore,analyzn the construction and
mobilization
of the educational knowledge. The relevance of the supervised traineeship stands outin
the training process; its role integrates different typesof
knowledge.
After,
Put
the
Pedagogy course
from UVA/AP
into
context,
their
legal arrangements, focusingon the
subjects "SupervisedTraineeship
I
andII",
includedin
the study prograrnme. Then is made an overview of the methodology usedin
this research, that isdescriptive
in
nature, also be guidedby
abibliographical
research and afield
research. Thedata collection
resourceswere
semi-structuredinterview
and
a
questionnaire,with
the traineeships supervisor and the trainee-students agentsof
this
research. Concludingwith
the data processing and analysis, graphically presented accordingto
the traineeships supervisor and trainee-studentsinformation
and also analysisof
the trainee-students comprehensionin
the
ssmi-structured
interview,
which
are
interpreted
in
accordanceof
the
theoreticalframework used
in
theliterary
review. The results prove that the methodology proposed wasappropriated
to
appreciateabout
the
initial
educator
training and
the
construction
of
knowledge at the moment of the supervised traineeship.
ÍNnrcn
cERAL
ÍNUcg
DE SIGLAS EABREVIATURAS
ÍNucn
DE TASELAS...ÍNorcB
oB
cnÁrrcos...
.x.xl
x1vTNTRoDUÇÃo...
...01nnvrsÃo
DE
LrrERATURA....
capÍrur,o
r
A
FoRMAÇÃo
INICIAL
DE
PEDAGoGo, HISToRICIDADE,
SABERES
DocENTBS
rnómcos
E
pnÁrrcos...
071-A
euEsrÃo pe ronunÇÃo
rNrcrAL
...071.1- Breve referência Histórica da
Pedagogia...
...1I1.2-
Ponderações Sobre a Relação Teoria e Prática na Formação de Professores...161.3- PedagogSa: arelação teoria e
prática....
...181.4-
A
construção dos saberes docente: base da formação e da profissão...20CAPÍTULO
II
..05
coNsrDERAÇôES
soBRE A
FoRMAÇÃo
CAMPO
DO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
DO PEDAGOGO NO
(em revisão).
2.1.3- AProposta do Estágio Supervisionado do Curso de Pedagogia...
CAPÍTULO
III
DESENVOLVIMENTO
METODOLÓGICO DA
II\TVESTIGAÇÃO...
3- METODOLOGTA
UTILZADA
NA PESQUTSA.3.1- Local da Pesquisa
3.2- Sujeitos da Pesquisa...
3.3- Procedimentos da Pesquisa...,
3.4 - Instrumentos de Coleta de Dados
....26
2 -
ESTÁGIO
SUPERVISIONADO...2.1- Contextualizando o Curso de Pedagogia da
UVA/4P...
2.1.1- Os Dispositivos Legais da Implantação
da
UVA/AP...2.1.2-
Matriz
Curricular
do Curso dePedagogia da
UVA/AP.....29 ...29 ...30 ...35 ....41 ,.41 42 42 ...43 ...45 .26
3 .4.2-E ntrevis ta s emies truturada..
3.5- Análises dos Dados...
CAPÍTULO
IV
TRATAMENTO
EANÁLISE
DOSDADOS
4.1- Supervisores de Estágio Supervisionado na pesquisa....
.46 .47 .49 .49 .73 4.2-Alunos-estagiários na pesquisa
4.3-análise da
entevista
serniestruturada: Reflexões entomo dos depoimentos dosalunos-estagiários..
9t
4.3.1- Análtse da entrevista a
partir
do eixo temático formaçãoinicial
de professores ea construção dos saberes, .92
4.3.2- Análise da entrevista a
partir
do eixo temático a construção dos saberes no âmbito doEstágio Supervisionado... ..96
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
102RTEREÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS....
.106109
ÍNnrcn
DE
srcLAS
E
ABREvTATURAs
AE-
Alunos-estagiiírioAIE
- Aparelho Ideológico do EstadoANFOP- Associação Nacional Pela Formação dos Profissionais da Educação
AP-Amapá
CEE/AP- Conselho Estadual de Educação do Amapá
CEE/CE- Conselho Estadual de Educação do Ceará
CFE- Conselho Federal de Educação
CNE- Conselho Nacional de Educação
CP- Conselho Pleno
DCNCP- Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos Licenciatura em Pedagogia
ISE - Institutos Superiores de Ensino
LDB-
Lei
de Diretrizes e Bases da EducaçãoMEC
-Ministério
da Educação e Cultura PCN- Parâmetro Curricular NacionalÍNnrcn
DE
TABELAs
Tabela 01. Distribuição dos Supervisores de estagio por sexo..., Tabela 02. Distribuição dos Supervisores de estágio por idade....
Tabela 03.
Distibuição
dos Supervisores de estágio por titulação... Tabela 04.Distibuição
dos Supervisores de Estágio por tempo de docência...Tabela 05.
Disfibuição
dos Supervisores de estágio por atividadelaboral..
...53Tabela 06.
Distribuição
dos Supervisores de estágiopor
entendimento sobre construção dossaberes no estágio
supervisionado...
...54Tabela
OT.Distribuiçãodos
Supervisoresde
estágio
sobre
a
presença
de
lacunas
na orgaruzação dos saberes na formaçãoinicial
de pedagogos...56Tabela
O8.Distribuiçãodos
Supervisoresde
estágio sobre
a
formação
inicial
a
partir
de modelos de professores
existentes...
...57Tabela 09.Distribuição
dos
Supervisores
de
estágio sobre
o
planejamento
escolar fazer parte do estágiosupervisionado...
...58Tabela
l0.Distribuição
dos
Supervisoresde
estágio sobrea
construçãoda identidade
doprofessor na formação inicial... 59
Tabela I
l.Distribuição
dos Supervisores de estágio sobrea
normatização da pedagogia parauma boa
educação...
...60Tabela 12. Distribuição dos Supervisores de estágio sobre os saberes da formação universitária
e profissão são necessários no momento do Estágio Supervisionado...61
Tabela
l3.Distribuição
dos
Supervisoresde
estágio sobrea
pesquisaser
fundamental noprocesso de formação dos
professores...
...63Tabela 14. Distribuição dos Supervisores de estágio sobre o estágio ser atividade que exige teoria e investigação para o conhecimento da
realidade...
...64Tabela l5.Distribuição
dos
Supervisoresde
estágio sobre
a
junção
de
teoria
com
aTabela l6.Distribuição
dos
Supervisoressobre se
o
estágio
complementaà
formaçãoacadêmica do aluno
Tabela
lT.Distribuição
dos
Supervisores
de
estágio sobre
promover
junto
aosprofessores, esfudos e debates sobre o estágio
curricular..
...67Tabela lS.Distribuição
dos
Supervisoressobre
o
estágio
como ponto
convergente docurso... 68
Tabela 19- Distribuição dos Supervisores de estágio sobre o trabalho de orientação com acompanhamento e avaliação sisternática na regulamentação da instituição...70
Tabela 20.
Diskibuição
de Supervisores de estágio supervisionado como eixo articulador entreteoria
e
prática.Tabela
21. Distribuição
dos Supervisores de estágio sobre seo
professor deve sabertodo
oconteúdo/saberes do oficio... ....72
Tabela 22. Distrrbuição de alunos-estagirírios por sexo .73
.74 49 50 ....51 ....52 ...71
Tabela 24. Distribuição dos alunos-estagiários sobre o que entende por construção dos saberes
no estágio supervisionado...
Tabela
25. Distribuição
dos alunos-estagiários sea
formaçãoinicial
de pedagogo apresenta lacunas naorganização dos saberes teóricos epráticos..
...76 Tabela 26.Distribuição
dos alunos-estagiáriospor
curso de formaçãoinicial
de pedagogos apartir de modelos existentes... 77 Tabela 27.
Distribuição
dos alunos-estagiríriospor
relevância do planejamento escolar comoparte do estágio supervisionado.. 79
Tabela 2S.Distribuição dos alunos-estagirários por formação
inicial
do pedagogo na construção da identidade do futuroprofessor...
...80Tabela 29.
Distribuição
dos alunos-estagirários sobre a pedagogia como parte normativa dossaberes para uma boa
educação...
...81Tabela 30. Distribuição dos alunos-estagiiírios sobre a pesquisa ser fundamental no processo
de formação ..82
Tabela
3l.Distribuição
dos
alunos-estagiáriose a
compreensãodo
estágio supervisionado como atividade que exige conhecimento da realidade... 83Tabela
32. Distribuição
dos alunos-estagiáriose a
compreensãodo
estágio supervisionado como complanentação à formaçãoacadêmica.
...85 Tabela 33. Distribuição dos alunos-estagiiírios e a atribuição do supervisor promover, atreladoaos professores, estudos e debates acerca do estágio
curricular..
...86 Tabela 34. Distribuição dos alunos-estagiiírios seo
estágio deve ser interpretado como pontoconvergente do
curso.
...87Tabela35.
Distribuição
dos
alunos-estagiráriose
se
os
úabalhos, orientação
com acompanhamento e avaliação sisternática doestágio.
...88Tabela
36.
Distribuição dos
alunos-estagiráriose
o
método
de
avaliaçãoque
contribui
naformação do futuro professor.. 89
Tabela 37.
Diskibuição
dos alunos-estagiários e o estágio como eixo articulador entue teoria eÍNprcn on
cnÁucos
Gráfico
0l
-Distibuição
dos Supervisores de estágio porsexo....
...49Gráfico 02- Distribuigão dos Supervisores de estágio por
idade...
...50Gráfico 03- Distribuição dos Supervisores de estágio por
titulação
...51Gráfico O4-Distribuição dos Supervisores de Estágio por tempo de docência... ...52
Gráfico O5-Distribuição dos Supervisores de estágio por atividade
laboral
...53Gráfico
06-Distribuição dos Supervisores de estágiopor
entendimento sobre construção dos saberes no estágiosupervisionado...
...55Gráfico
O7-.Distribuição
dos
Supervisoresde
estágio sobre
a
presençade
lacunas
na organzaçáo dos saberes na formagãoinicial
de pedagogos...56Gráfico 08-. Distribuição dos
Supervisoresde
estágio sobrea
formaçãoinicial
a
partir
de modelos de professoresexistentes...
...57Gráfico O9-Distribuição dos Supervisores de estágio sobre o planejamento escolar fazer parte do estágio
supervisionado...
...58GráÍico
lO-.Distribuição dos
Supervisoresde
estágio sobrea
construçãoda
identidade do professor na formação inicial... ...59Gráfico 1l-Distribuição
dos Supervisores de estágio sobre a normatização da pedagogia para uma boaeducação...
...60Gráfico
l2-Distribuição
dos
Supervisoresde
estágio sobre
os
saberesda
formaçãouniversitária
e
profissão
são
necessários
no
momento
do
EstágioSupervisionado...
...62Gráfico
13-Distribuição dos
Supervisoresde
estágio sobre a pesquisa ser fundamental no processo de formação dosprofessores
...63Gráfico
14- Distribuição dos Supervisores de estágio sobreo
estágio ser atividade que exige teoria e investigação para o conhecimento darealidade...
...64Gráfico l5-Disfibuição dos
Supervisoresde
estágio
sobre
a
junção
de
teoria com
apráúica...
...65Gráfico
16-Distribuição
dos
Supervisoressobre
se
o
estágio
complementaà
formação acadêmica doaluno....
...66Gráfico l7-Distribuição
dos Supervisores de estágio sobre promoverjunto
aos professores, estudos e debates sobre o estágiocurricular..
...68Gráfico l8-Distribuição dos
Supervisoressobre
o
estágio
como ponto
convergente docurso...
...69Gráfico l9-Distribuição
dos
Supervisoresde
estágio sobreo
trabalho
de
orientação com acompanhamento e avaliação sistemática na regulamentação da instituiçáo...70Gráfico
20-Distribuição
de
supervisoresde
estágio supervisionadocomo
eixo
articulador entre teoria eprâtica....
...71Gráfico
21.Distribuição
dos Supervisores de estágio sobre seo
professor deve saber todo o 72Gráfico 22.
Distibuição
de alunos-estagiários por sexo.... 73Gráfico 23. Distribuição de alunos-estagiários por
idade...
...74Gráfico
24.Distribuição
dos
alunos-estagiráriossobre
o
que
entendepor
construção dossaberes no estágio
supervisionado...
...75Gráfico
25.Distribuição dos alunos-estagirários sea
formagãoinicial
de pedagogo apresenta lacunas na organização dos saberes teóricos epráticos..
...77Gráfico 26.Distribuição dos alunos-estagiários
por
curso de formaçãoinicial
de pedagogos apartir de modelos
conteúdo/saberes do
oficio...
eviafcnfec
Gráfico 2T.Distribuição dos alunos-estagirírios
por
relevância do planejamento escolar comoparte do estágio
supervisionado...
...79Gráfico
28.Distribuição
dos
alunos-estagiáriospor
formação
inicial
do
pedagogo
na construção da identidade do futuroGráfico
29.Distribuição dos alunos-estagirários sobre a pedagogia como parte normativa dossaberes para uma boa
educação...
...81Gráfico 3O.Distribuição dos alunos-estagiários sobre a pesquisa ser fundame,ntal no processo
de
formação
...82Gráfico
3l.Distribuição
dos alunos-estagiráriose a
compreensãodo
estágio supervisionado como complernentação à formaçãoacadêmica.
...84Gráfico 32.Distribuição dos alunos-estagiiários e a atribuição do supervisor promover, atrelado
aos professores, estudos e debates acerca do estágio
curricular..
...85Gráfico 33. Distribuição dos alunos-estagirários se o estágio deve ser interpretado como ponto
convergente do
curso.
...86Gráfico
34.Distribuição
dos
alunos-estagiráriose
se
os
trabalhos, orientação
com acompanhamento e avaliação sistemática do estágio..Gráfico
35.Distribuição dos
alunos-estagiáriose
o
método
de
avaliaçãoque contribui
naformação do futuro
professor...
...88Gráfico 36.Distribuição dos alunos-estagirários e o estágio como eixo articulador entre teoria e 90
Gráfico
3T.Distribuição dos
alunos-estagiráriospara
ser professoré
necessiírio saber todoconteúdo...
...91...80
INTRODUÇÃO
O contexto brasileiro vem passando por mudanças significativas provocadas pela nova
ordem mundial
-
a globalizaçáo. Essas mudanças vêm repercutindono
sisterna educacional, mediante a formulação de políticas educacionais parao
país, que venham atender este novoceniírio econômico e político, bem como em todos os setores da sociedade contemporânea.
Os
desafios geradospor
tais
mudanças se concretizaÍamno
sistema educacional apartir
do estabelecimento das novas diretrizes e bases da educação nacional por meio daLei
9394196, que destaca a formação de profissionais da educação, considerando a importância de
uma
formaçãoinicial
em
cursosde
licenciatura,como
tambéma
capacitação constante e crescente dos professores que atuam na Educação Básica.Em nosso mundo conternporâneo a figura do profissional da educação ganha destaque,
já
que num projetopolítico
e/ou econômico, social, cultural e, particularmente, educacional deuma
nação correspondea
investimentosem
grandes somas, principalmente,oriundos
damáquina
pública.
Portanto,o
Estado precisagarantir uma
formaçãode
qualidadea
seusprofessores, pois do contriírio nenhum planejamento de políticas públicas para a educação se torna exequível, por ser o professor a figura mais importante neste processo.
A
exigência de indivíduos polivalentes e/ou politécnicos tem levado alguns governos aadotarem
medidas
capazesde suprir
a
carênciade
pessoas qualificadaspara
atuarem nomercado
de
trabalho,bem como, a
preperação parao
exercícioda
cidadania. Provocando assim, o retorno de indivíduos à escola; onde em um mundo dominado por novos paradigmascientíficos
ratifica
a exigência de um cognitivo mais apurado, fazendo das pessoas elementos indispensáveis na aquisição de conhecimentos, como também, na produção científica.E
a
escola, enquantoinstituição social, não pode
ficar à
margemdo
processo demudanças
que vem
ocorrendo; portanto, torná-se fundamentalampliar
o
debate acerca daconstrução
dos
saberesdos
profissionaisda
educação, prefencialmente,em
sua formaçãoinicial
possibilitando
com
que
os
docentes formadores sejam incentivadosa
produzirempesquisas neste campo
do
conhecimento e desenvolverem planos de intervenção nas escolasvisando garantir a melhoria da educação em nosso país, e dessa forma corroborrando com o
Tais pressupostos dese,ncadearam um movimento de valorização da ação doce,nte e da sua importância social,
por
sero
docenteo
grande disseminador das diretrizes das políticaseducacionais,
que
sãouma
manifestaçãoda
política
socialpromovida pelo
poder público,como também de algumas contribuições da sociedade
civil.
Assim,
o
processode
formação
docentee
os
saberes elaboradosno
interior
da docência têrn sido tema abordado por vários autores tais comoTardif
(2007), Pimenta (2007),Borges
(2004),
Campos(2007)
e
Gauthier (1998)
e
outros
com
o
propósito
de
elaborar subsídios teóricose
práticos voltadosà
efetivação de conhecimentos, habilidadese
saberesdefendidos por diversas e diferentes teorias fundamentadas, também, a diferentes tendências e discursos científico-pedagógicos que constituem a identidade profissional do professor.
Mas por maior que sejam as produções, a temática parece não se esgotar,
e,
cadavez
mais,
abre-sea
novas possibilidades investigativas,e por
estemotivo,
faz-se necessárioinvestir com maior
consistênciae
persistênciana
temática
sobrea
Formação
Inicial
dePedagogos:
a
construçãodos
saberesno
ômbito
do
Estágio
Supervisionado,pois
aindaexistem
muita
dúvidase
indefinições,
demandadaspelo próprio
contexto social,
político, cultural e educacional.Portanto, as universidades brasileiras possuem um papel categórico no enfrentamento da complexidade existente nos cursos de formação
inicial
dos profissionais da educação, que deve atender as demandas do contexto social contemporâneo. Em face às recentesdisposi$es
legais da
Lei
de Diretrizes e
Basesda
Educação (9394196)a
formação de professores, em especial do pedagogo, vem passandopor um
processo de reestruturação curriculardo
Cursode
Pedagogia,tendo
a
disciplina Estágio
Supervisionadoum
efetivo papel
no
espaçoformativo
inicial
do futuro pedagogo, por desenvolver conhecimentos e habilidades, atitudes evalores
que
constituemos
saberes-fazeresdo
pedagogo.Além
de
a
disciplina
favorecer a discussãoe
buscade
superaçãoda
dicotomia teórica
e
prática,possibilita
a
reflexão
do estagiráriosobre
a
experiênciavivida
fazendo dessemomento
uma
etapa
formativa
deexcelência, atenuando
as
dificuldades
surgidas
no
primeiro contato
com
a
realidadeprofissional.
Assim, este estudo constituiu-se em subsídios para reflexão de uma das questões que apresenta-se como um verdadeiro paradoxo na universidade - a formação
inicial
do pedagogo,efetivadas
no
decorrerdo
Estágio Supervisionado oferecidono
Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia de uma universidade particular na cidade de Macapá no Estado do Amapá.É
no
contexto da formaçãoinicial
eno
exercício da profissão, queo
estagiário tempossibilidade de obtenção de conhecimentos, saberes
relativos
à profissão docente, em quemediante
o
Estágio
Supervisionado
os
coúecimentos
são
refletidos,
analisados
ereformulados,
pois, a
relagão entre formação e profissãoé
colocadacomo
constituinte dos saberes peculiares da docência, não se podendo dissociar a formação da produçãodo
saber.Assim
sendo, busca-se respondero
seguinte questionamento: Qualo
contributo
do EstágioSupervisionado
para
a construção dos saberes docentesnaformação
inicial
dos pedagogos? Para tanto, a pesquisa teve como obejetivo geral analisar o processo de (re) conskuçãodos saberes docentes no âmbito do Estágio Supervisionado por alunos do Curso de Pedagogia.
Teve
aind4
como objetivos específicos: a)verificar
como procede a construção dos saberesdocentes por
meio
do Estágio Supervisionado;b)
identificar
as concep@es dos estagiiírios e superuisores em relação aos sabsres adquiridos na formaçãoinicial
do Curso de Pedagogia; e,c)
analisar
a
relação enfre
a
teoria
e
a
prática como
eixo
articulador
do
Estâgio Supervisionado.A
relevânciado
temajustifica-se
apartir
do momento em quea
pedagogia,
comociência prâtica da e
para
a prática
educacional,
tem na atividade
docenteum de
seuscampos
de
investigação (Pimenta, 2009). Assim,
buscandocontribuir
parao
avanço daformação
do
pedagogo, esta investigação estende-sealán
do
estudoacadànico,
a
fim
de desvelar a realidade educacional no que diz respeito à questão da (re) construção dos saberes,pelos estagiiírios, desafiando-os para
o
enfrentamento desta realidade ao mesmotempo
emque os incentiva em
apresentaruma nova
ação docente, imersade
novos
saberes, novos conhecimentos e novas habilidades inerente aooficio
do professor/pedagogo.Sabe-se
que
a
atividade
do
professor
é
o
ato
de
e.nsinar,que exige
um
domínio
teórico
da
disciplina a
serministrada; mas,
é definida,
acima de
tudo,
como uma
açãoprática do
docente.O
aluno
noperíodo do
estágio está se preparando para desenvolver aspráticas
do
ser professor,todavia
há
a preocupaçãode não
formá-lo
como
reprodutor de modelos práticos dominantes, mas como agente capaz de desenvolver uma atividade docente para transforÍnar o mundo natural e social humano.Segundo Pimenta Q007), nas duas últimas décadas tem ocorrido, em diferentes países
(Portugal, Espanha, ltá.Jria, França), tmmaciço investimento na formaSo inicial doce,lrte visando a inclusão dos princípios legais e da reforma do ensino para
a
escolarização. Entendendo que a 0sÍtocrdiução do ensino passapelos pmfessores, sua formaÉo, suavalorizaçáo
proÍissional
e suascondi$es detzbalho. Essas pesquisas entendem que as transformações das práticas docentes ocor:rem mediante a ampliação da consciência do professor sobre a
própria
prâtica.Nesse sentido,
valorizar o
trabalho do docentesignifica
dotar osfuturos
professoresde
perspectivas
de
análise
que
os
ajudem
a
compreender
os
contextos históricoVsociais/culturaislorgaruzacionais nos quais se dará sua atividade docente.Este üabalho estrutura-se em quatro capítulos os quais tratam da revisão literrária e da investigação empírica, descritos a seguir.
O
capítulo
l,
entituladoA
Formação
Inicial
de
Pedagogo,Historicidade,
SaberesDocentes Teóricos
e Práticos,
aborda-se, primeiramente,a
formaçãoinicial do
pedagogoconsiderando
os
paradigmas
que
impulsionaram
as
mudanças
no
contexto
social
e educacional. O processoformativo
é analisado apartir
dos dois modelos de formaçãoinicial
de professores: o racionalismo técnico e
o
emergente pautado nos princípios do agente social,que
forma
o
professorreflexivo.
Seguindo com uma breve trajetóriahistórica do
Curso de Pedagogia noBrasil
e, por conseguinte da formação do professor, enfocando alguns aspectoslegais
destecurso. Continua
com
o
debate
aceÍcadas
concepçõessobre
a
temática:
a concepçãodicotômica
e a
concepção de unidade dos saberes docentes teóricose
práticos,buscando canalizar
a
unicidade entre
esses saberespara
o
fortalecimento
da
pedagogia enquanto ciência da educação; analisando a construção emobilizaçío
dos saberes docentes noâmbito escolar e no meio acadêrnico.
No
capítulo
2,
denominadode
Consideraçõessobre
aformação
do pedagogo
nocampo
do
Estágio
Supervisionado faz-se
consideraçõessobre
a
relevância
do
EstrígioSupervisionado
no
processode
formaçãodo
pedagogo,do
seupapel articulador
entre ossaberes teóricos e práticos. Após, contextualiza-se
o
Curso de Pedagogia daUVA/AP,
seusdispositivos legais de implantação e funcionamento. Finalizando com uma análise acerca da
matiz
curricular do curso enfocando as ementas das disciplinas Estágio SupervisionadoI
eII,
bem como a
propostado
Plano Pedagógicodos
Cursosde
Licenciaturas Específicas para Pedagogia Estágio.Já
o
capítulo 3, com o título DesenvolvimentoMetodoló§co
da Investigaçãoorganiza-sê,
inicialmente, enfocandoa
abrangência metodológica usadaao
longo
desta investigação;acompaúado da exposição dos procedimentos metodológicos e terminando com os instrumentos de coleta de dados utilizados na compreensão das informações coletadas com os supervisores de estágios
e estagiários em relação aos saberes construídos no momento do Estágio Supervisionado.
E
finalizando
no
capítulo4,
com
o
Tratamentoe Análise
dos Dados,no
qual
sãointerpretados
os
dadose
as
informações instaladasno
decorrerda
pesquisa baseadas nosquestionrírios, entrevista serniestruturada
e
observaçãonão
participanteque
ocorreram noperíodo
de
recolha
destesdados.
Seguidodas pondera$es conclusivas
em torno
desta pesquisa.CAPÍTULO
I
A FORMAÇÃO
INICIAL
DE
PEDAG{OGO,HISTORICIDADE,
SABERESDOCENTES
TEÓRICOS
E PRÁTICOS
Este capítulo está
dividido em
quatro partes
e
nele
aborda-se,primeiramente,
aformação
inicial
do pedagogo considerando os paradigmas que impulsionaram as mudançasno contexto social e consequentemente educacional. O processo formativo é analisado a
partir
dos dois modelos de formação
inicial
de professores:o
racionalismo técnico eo
emergente pautado nos princípios do agente social, que forma o professorreflexivo.
Em seguida érealizada uma breve trajetória histórica do Curso de Pedagogia no Brasil
e consequentemente da formação do professor em
nível
superior, enfocando alguns aspectos legais que nortearam os encamiúamentos deste curso ao longo de sua história. Prosseguindocom
a discussão erntorno
das abordagens de duas grandesconcep$es
sobre a ternática: aconcepção dicotômica e a concepção da unidade dos saberes docentes teoricos e práticos da formação docente, buscando canalizaçáo a unicidade entre esses saberes para o fortalecimento
da pedagogia enquanto ciência da educação.
Terminando
com
a
análise acercada
classificação, construçãoe
mobilização
dossaberes docentes no âmbito escolar e no meio acadêmico.
l
-A
QUESTÃODA FORMAçÃO
nrrCnr
As mudanças evidenciadas no sistema educacional contemporâneo buscam adequar-se aos paradigmas dos novos tempos e contextos apresentados pelo processo de globalização da
economia, das
políticas
públicas,do
avançotecnológico
e
alargamento das comunicações.Neste cenário,
"o
conhecimento e a educação passam a terum valor
de grande importância,assim, como a formação do professor toma-se um campo de sérios desafros" (Ramalho, 2003,
p.18),
por
serem concebidos
como
indicadores
do
desenvolvimento
social,
cultural
e econômico.Fialho (2005)
evidenciaem
seu estudo queo
êxito
de
qualquerreforma
educativarecai, assim, nos seus principais obreiros, que são precisamente os professores. São eles que
têm a missão de pôr em prática as novas orientações do sistema de ensino. Nesta perspectiv4
compreende-se que a formação
inicial
de professores surja como uma problemática nuclear, nos discursos políticos e normativos.Diante
deste cenário
desenhado,a
formação
do
professor tomou-se
um
campo expressivo de investigação e debates dos estudiosos da iírea educacional. Os professores sãoconsiderados
uma
peça
essencialdento
desses processosde
inovação educativa,
comoprodutores de saberes.
E
o
processo de profissionalizaçáodo
professor deve está articuladocom as mudanças sociais, políticas e econômicas do país.
Tardif
(2007) acrescenta que, na atualidade as cobranças crescentes sobreo
trabalhodocente abordam
a
urgênciaem
seconstituir
novos parâmetrospaÍa
sua formação,com
a organização e programação das atividades de ensino. Nessa perspectiva, não importaa
átrea em que o professor afue, é necessário que ele domine princípios que se encontram no campo de estudo da pedagogia.As universidades tem o grande desafio de formar os futuros educadores que afuarão no
ensino
formal,
medianteos
avanços da informação na sociedade moderna, que representamum
avançotécnico-científico, e
assim formando'trm
profissional
que deve seÍr, ao mesmotempo, agente de mudanças
individual
e coletivamente, e embora seja importante saber o que deve fazer e como, também é importante saber por que devefazêJo"
(Imbernón, 2010, p. 38),distanciando
do
modelo de
racionalidadetécnica que peÍmeia
os
cursosde
formação deprofessores,
pois
o
momento
de
incertezasem que se
vive,
nestenovo
século,
exigeprofissionais cada vez mais qualificados para atuar de
forma
cntica e consciente na sociedade.Cabe considerar
que
a
formaçãodo
professor pautadono
modelo
de racionalidadetécnica,
concebe
o
professor
como
executor, reprodutor
e
consumidor
dos
saberesprofissionais existentes
no
campo educacional, os conteúdos curriculares são trabalhados deforma descontexfualizada, alern de evidenciar a visão dicotômica entre os saberes
tóricos
e práticos do processo de formação.Uma
importante questãoa
elucidar paramelhor
compreensãodo modelo
formativo técnico encontra-se nos estudo de Contreras (2002,) ao descrever que:a
ideia
básicado
modelo de
racionalidadetécnica
é
que
a
prâtica profissional consistena
solução instrumental
de
problernasmediante
a
aplicação
de
umcoúecimento
tórico
e técnico, previamente disponível, que procede da pesquisacientífica.
É
instrumental porque supõea
aplicação de técnicas e procedimentosque
sejustificam por
sua capacidadepara
conseguiros
efeitos
ou
resultados desejados (pp.90-91).E subjacente a esse ponto de vista, destaca-se as ideias de
Veiga
(2003) a respeito do processo de formação nesta perspectiva, por se encontrar:centrada
nas
competênciasé
restrita
e
prepara,
na
realidade,
o
prático,
o tecnólogo, isto é, aquele que faz mas não conhece os fundamentos do fazer, que serestringe ao
microuniverso
escolar, esquecendotoda a
relaçãocom
a
realidadesocial
mais
ampla que,
em última
instância,influencia
a
escolae
por
ela
éinfluenciada. Essa concepção confere ao trabalho do professor
um
carátermuito
ligado à atividade artesanal, restringindo competências a um saber prático
(p.72)
As características marcantes do modelo de racionalidade técnica, ainda muito presente,
ignoram
a
realidadesocial
e a
complexidadedo
dia-a-dia
escolar,restringe
a
profissão docente a uma ação pragmática, simplista e prescritiva.Assim,
parecemuito
pertinenteo
alertade Ramalho (2003)
ao
enfatizarque
estemodelo de prática
formativa "tem
mantido sua hegemonia, tomando evidente a necessidadede se apostar na construção de
um
'modelo
teóricoinovador',
de uma formação que possacontribuir
para a superação dos diferentes obstáculos ao trabalho docente" (p.22), mediante auma ação
reflexiva
de sua prática docente, bem como do contexto social no qual o professor encontra-se inserido; além de conceber como eixoprincipal
os subsídios dos saberestóricos
e práticos simultaneamente no processo de formação do docente.
O que Ramalho (2003) propõe é um modelo formativo emergente que poderá servir de
guia
como
referênciateórica
na
formaçãoinicial do
professor pautadaem três
condições básica de atitude profissional: a reflexão, a investigação ea
crÍtica,por
estas favorecerem aoprofessor a:
participar
na
construçãode
suaprofissão
e no
desenvolvimentoda
inovaçãoexplicar
os
processoseducativos
dos
quais participa, como
tambán
paracontribuir
na transformação da realidade educacionalno
âmbito de seus projetos pessoais e coletivos.(p.23)Essa linha de reflexão demonstra uma visão ampla da atividade docente, não limitada
à simples transferência de técnica, noÍrnas, procedimentos de ensino, contudo fundamenta-se
em
umareflexão crítica
sobrea
prártica docente, colocandoo
profissional da
educação no cernedo
processo de formaçãoinicial,
e
assim, contribuiu para que sua prática pedagógica possa acompanhar astransformaSes
pelas quaisvivencia
o
mundo
contemporâneo. Estas considerações são importantes,pois
o
professoré um
sujeito histórico influenciado
pelo contexto social,político,
econômicoe
cultural
no
qual
a
educação está inserida,e
que suaatuação é daenninada pelas necessidades sociais a que o sistema educativo necessita dar resposta.
Desta
formq
Paiva (2003) esclarece que"o
saber profissional docente não se constituisomente com base nos resultados das investigações educacionais realizadas,
e sim
em uma espécie dediálogo
entre os diferentes saberes, em queo
conhecimentocientífico é
aspecto relevante, certamente, mas nãoúnico"
(p.120),já
que no desenrolar de sua prática docente, oprofessor
inventa
um
jeito
próprio que
lhe
permite
enfrentar
a
complexibilidade
e
a singularidade do cotidiano escolar.É
mister
salientar
que,
a
reflexão sobre
a
açãoe
durante
a
açáo, estando o conhecimentoimplícito
na prática,possibilita
a ressignificação, reconstrução e a elaboraçãode novas compreensões deste conhecimento que será
utilizado
quandoa
situação cotidianaescolar
exigir.
Esta reflexão na ação profissional constitui um dos princípios fundamentais do professorreflexivo.
Nesta perspectiva,
as
instâncias formadoras
tem
a
responsabilidadede
prepararsujeitos
para
o
exercício pleno
da
cidadania,propiciar-lhes,
alán
das habilidades para oexercício profissional, uma formação geral e humanista, dotada de visão crítica da sociedade em que irão atuar, bem como primar pela construção de
'tma
autonomia profissional madura[que] implica
uma reflexão crítica
em
que
as práticas,os
valorese
as instituições
sejamproblematizados" (Contreras, 2002,
p.133)
sendouma
açãode
descobertae
mudança da experiência cotidiana e das aspirações sociais e educacionais.classe dominante.
Enfim
uma concepção que venha ao encontro a tudo que se anseia de umainstituição
verdadeiramenteeducativ4
e o
cursode
formação de professores,denho
dessenovo paradigma da sociedade do
coúecimento,
não podeadmitir
a cultura da exclusão socialque se expressa
por
mecanismos comoa
evasão escolar,o
sistemarígido
de avaliaçãoe
as formas objetivas de transmissão de ensino.Dessa forma, os
coúecimentos
profissionais carecem constanternente de reconstruçãoe
de
adaptaçáoa
situações singularese
novas
que "exigem
do
profissional
reflexão
ediscernimento para que possa
não só
compreendero
problemacomo também
organizar e esclarecer os objetivos almejados e os meios a serem usados paraatingi-los" (Tardif,2007,
p.42).
Assim, há
necessidadede
criaçãode
espaçosde reflexão,
na
formação docente, queampliem
os
domínios
desta formaçãono
sentidode
explorar
conteúdos/temasem
que
o professor tenha possibilidade de se desenvolver para além das questões técnico-didáticas.1.1-Breve referência Histórica da Pedagogia
A
trajetória histórica do Curso de Pedagogiano Brasil
remete ao cerne da origern doensino superior, na década de
30,
especificamentecom
o
estabelecimento da Faculdade deFilosofia,
Ciênciase
Letras, bem como com a obrigatoriedade do processo de formação de professores para atuarern no ensino secundário da época.Entretanto, de acordo com Rodrigues e Sobrinho (2006) o cerne deste curso
encontra-se
nos princípios
geraisda
EscolaNormal
com
"a
primeira
tentativade criar os
estudos pedagógicos, emnível
superior,com a
Reforma SampaioDória
instituídapelo
Decreto no.I.750120 e no. 3.356121", qrure aÍnpara a implantação da Faculdade de Educação, que ocorreu apenas com a Reforma Universitária ern 1968. Assim, instala-se
o
Curso da Escola Normal, buscandoa
"preparação técnicade
inspetores, delegadosde
ensino, diretoresde
escolas, professores da EscolaNormal
e professores emnível
técnico, que depois se especializavatrrem curso de aperfeiçoamento de
nível
superior ou pós-normal"(p.95).
Esta organizaçáo doâmbito educacional conduziu a profissionalização do trabalho docente, que
por
sua vez abriuO
panorama nacionalbrasileiro,
entre 1937e
1945, vivenciavao
EstadoNovo
queutilizou-se
de instrumentos ideológicos para massificaro
pensamento desenvolvimentista da nação, sobreum
discurso de conquistas sociais importantes para a classe trabalhadora. Mas,na
realidade,a
escola tecnicista,da
época,restringia
o
cidadãoa uma
formaçãopara
omercado
de
trabalho, sem
levar
em
consideraçãoa
participação
política
no
sentido
depossibilitar
um
pensamentomais
crítico
do povo brasileiro
parao
exercícioda
cidadania.(Aranha,2006)
É
no
ceme deste panorama conjuntural queo
Curso de Pedagogia se instalar apartir
da
promulgaçãodo
Decreto
Lei
n.o
1.190
de
1939
que
regulamentaa
organtzação da FaculdadeNacional de Filosofia,
"com
uma seção que tratavada
formação de professorespara
o
ensino
secundiário,normal
e
superior, objetivando
realízar pesquisanas
iíreas daCiência, Pedagogia, Literatura e
Filosofia"
(Rodrigues; Sobrinho,2006, p.95), e funcionandocom uma dupla função
de
formar
bacharéise
licenciadosem
diversas ráreas mediante o esquema 3+1.Os cursos estruturados neste esquema diplomavam os licenciados
por meio do
curso de didática, com a duração de um ano, acrescentado ao curso de bacharelado, com duração detrês
anos.É
vaHdoelucidar que
essa organizaçãoconduziu
a
uma
discussão sobrea
realfunção
do
Curso de Pedagogia e sua identidade,já
que formava bacharéis e/ou licenciados, além de questionar sobre o campo de atuação deste profissional.O
que concerne às questões curricularesdo
curso de pedagogia estabelecidopor
esteesquema, Saviani (2008) chama atenção para seu padrão fechado e restrito:
o
modelo implantado como
Decreto n.o 1.190,de
1939,instituiu um
currículo pleno fechado para o curso de pedagogia, em homologia com os cursos das áreasde
filosofia,
ciências e letras e não os vinculando aos processos de investigação sobre os temas e problemas da educação (p. 41)Com efeito,
a
organização deste ensino acaba assumindoum
caráter essencialmenteprofissionalizante do curso, com excessivo domínio técnico, prático e metódico adequando-se
à prática
docente, desvinculandoos
saberes teóricosdos
saberes práticos que abrangem o campo pedagógico, do contexto social e sem compromisso com a produção do conhecimento científi co na área educacional.No
entanto, as propostas educacionais preconizadas pelalei n.'
4.024161 parapolítica
de
formação
de
professoresnão
efetuou
muitas
alteraçõesno
processode
formaçáo
eexercício
da
docência,porán
estabeleceu que paraa
atuaçãodo
docente fosse necessrário"apenas
o
registro dos professores em órgão competente,e a
aberturapara professores nãoformados afuarem nas escolas primrírias
e de
nível
médio,
suprindoa
falta
de professores devidamente qualificados" (Rodrigues e Sobrinho, 2006, p.96) promovendo a desvalorização do profissional da educação e a falta de incentivo no ensino superior.Nesse percurso
histórico
em buscapela
conquistade
um
espaço acadêmico para a pedagogia, são promulgados dois parecereso primeiro
den."
25116l que tece ern seu textoconsiderações sobre
"o
currículomínimo
parao
Curso de Pedagogia,com
matérias pura aformação
do
bacharel
-
núcleo comum
-
e
mais uma
variedadede
matérias
da
partediversificada"
(Rodrigues e Sobrinho, 2006,p.96.),
eo
segundo como
n.o 292162 que visa legislar sobre a formação docente, mantendo a dualidade do curso, ou seja, mantém o curso debacharel visando
a
formaçãodo
técnico em
educaçãoe
o
de licenciaturapaÍa
preparar o professor paÍa a Escola Normal.É
mister
considerar
que
o
ceniárioda
sociedade brasileiÍa5na
ditadura
militar
implantada
em
1964, é de mudanças educacionais nos moldes de umapolítica
extremamenteexcludente,
na qual
a
maioria da
populagão estava condenadaao
paradigma tecnicista.Transformando
a
grande
massa trabalhadoraem mão
de
obra barata
para
os
grandes conglomerados econômicos, de capital esfiangeiro, que instalou-se no país nesse período.E é neste cenário
político
educacional brasileiro que são instituídas várias reformas nointerior das universidades, desencadeadas pela Lei n." 5.540168 que corroborou com uma nova regulamentação para o curso pedagógico, bem como mediante o Parecer
n."
252169 do CFE e da Resolução CFE n." 2169.Saviani (2008)
esclareceque
estes
dispositivos legais geram as
mudanças na orgaruzação do Curso de Pedagogia ao definirem os conteúdos e duração do curso, o currículoem base comum e diversiÍicada, define funções, as concepções e finalidades da Faculdade de
Educação.
Deve-se salientar
que as
orientaçõeslegais
suprimiram
a
diferença
entre
aformação ern bacharelado e licenciatura, mas conservou a formação de especialista nas várias habilitações. Assim sendo, a legislação vigente admite que o formado em pedagogia adquira o
Neste sentido,
vale explicitar
que a discussão que se estabeleceu erntomo
dalei
n.o 5.692171 se deu emvirtude
desta apresentarum
conjunto de medidas para regulamentar o sistema de ensino e vislumbrar novos rumos a Pedagogia,já
queinstituiu
'tma
habilitaçãoespecífica para o magistério, em meio a tantas outras
habilita$es
profissionais, por ocasião da implantação do ensinode2"
grau profissionalizante e diferentes modalidades para a formação de professores" (Rodrigues e Sobrinho, 2006,p.98).Nos
meados da décadade 70,
apontam novas discussõespela
organizaçáooficial
e entidades de educadores, em torno das reformas para o Curso de Pedagogia, das licenciaturase
em
defesada
reforma
democrática.Tais
discussõessão ratificadas
nos
anos
80
pelaAssociação
Nacional
pela
Formaçãodos
Profissionaisda
Educação(ANFOPE),
por
nãodistinguirem
a
formação docente edo
especialista, bem como reafirmando este curso como uma licenciatura. Porém, nos meados desta década, fortalece o debate de redernocratizaçào doensino,
e
algumas "universidades
acabamabolindo as
habilitações
conve,ncionais, parainvestirem
num
currículo
centradona
formaçãode
professorespara
as
sériesdo
ensino fundamental e curso de magistério" (Pimenta,2006,pp.l l0-111),
Portanto,
é
necessárioreafirmar
o
grandiosopapel da ANFOPE
no moümento
de reformulação dos cursos de formação de professores, ao produzir expressivos documentos quefomentam
o
debatee
"tendo
exercido
efetiva influência na
concepçãode
formação
doprofessor
e na
reformulaçãodo
currículo em
algumas Faculdadesde
Educação" (Pimenta,2006,p.14$.
Destaca-se
gu€,
com
a
promulgação
da
Constituição Federal
de
1988
e, particularmente, a aprovação daLei
de Diretrizes e Bases da Educação(LDB
9394/96), torna-se imprescíndivel ampliar a reflexão sobre o nosso mundo, que permita repensar a educaçãocomo forma de apreender verdadeiramente o processo
evolutivo
da produção do saber, sendo este saber uma produção humana é muitas vezesutilizada
como ferramenta de dominação, mas pode ser considerado ainda,um
instrumentos de libertação do homem, colocando-o em categoria de igualdade com seus sernelhantes.O contexto delineado paÍa
o
Curso de Pedagogia pelaLei
de Diretrizes e Bases(LDB
9394196),é
de
aÍirmação
da
formação
docenteque
passaa
ocorrer
em nível
superior,licenciando
o
profissional para
atuarna
educaçãoinfantil e
nas
sériesiniciais
do
e,nsinoa formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior,
em
curso
de licenciatur4 de
graduaçãoplena,
em
universidadee
institutossuperiores de educação, admitindo, como formação mínima para
o
exercício domagistério
na
educaçãoinfantil
e
nas
quatros
primeiras
séries
do
ensino fundamental, oferecida em nível médio, na modalidade normal.Todavia, a
LDB
9394196 traz novamente para o ernbate a necessidade da definição da identidade do Curso de Pedagogia,a
partir da instituição dos Institutos Superiores de Ensino (ISE),já
que a formação dos professores parao
CursoNormal
e parao
Ensino Fundamental se davana
Faculdade de Educação.E
estedispositivo legal
alán
de criar
o
Curso Normal superior destinadoa
formaçãodo
professorda
educaçãoinfantil
e
sériesiniciais do
ensino fundamental, licencia os ISE a atuarem com estas modalidades. (Rodrigues e Sobrinho,2006).Uma importante questão a elucidar que acirrou as discussões no âmbito educacional a cerca do processo formativo docente, diz respeito ao encaminhamento legal feito pelo Decreto
Presidencialn.'3.276199 em seu art.o 3o, §2o que considerou a formação de professor em nível
superior voltada
ao
magistério
na
Educação
Infantil
e
nos
anos
iniciais
do
Ensino Fundamental exclusivamente em cursos normais superiores. Nessas circunstâncias, a questãofoi
estabelecida mediantea
publicaçãode outro
Decreto Presidencialn."
3.554/2000
quesubstitui
no
texto
a
expressão"exclusividade"
por
"preferencialmente"em
cursos normais superiores.Em
face
destesnovos
encaminhamentoslegais para
a
Formaçãode
Professores, especialmente, para o Curso de Pedagogia, e que oMEC
por meio da CNE/CP no Parecer n"0912001 e na Resolução n.o 0112002 e mais recenternente
o
Parecern.'
05/2005 regulamanta as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores da educação Básica em cursos de licenciatura, de graduação plena em nível superior, a qualinstitui:
os princípios norteadores para a formação profissional para atuar na Educação
Biísica, coerência entre formação
e
práticado
futuro
professor,a
definição dapesquisa