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Um sistema especialista para auxilio na elaboração de recomendações para agricultores no controle da sarna da macieira

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Academic year: 2021

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UNI V E R S I DADt. F E D E R A L DE S A N T A CAj. A R I N A

PROGRAMA DE P Ó S - G R A D U A Ç Ã O EM E N G E N H A R IA DE PRODUÇÃO

UM S I S T E M A ESPECIALISTA PARA A U X Í L I O NA E LA B O R A Ç Ã O DE R E C O M E N D A Ç Õ E S PARA AGRICULTORES N O C O N T R O L E DA S A R N A DA MACIEIRA.

DI S S E R T A Ç Ã O SUBMETIDA À U N IV E R S I D A D E FEDERAL DE S A N T A C A TARINA PARA OB T E N Ç Ã O DO G R A U DE MEST R E E M ENGE N A H A R I A

JOSÉ L E O M À R T O D E S C O jj , FLORIANÓPOLIS, F E V E R E I R O DE 1 QQ1 . I u CO u. D

(2)

UM S I S T E M A ESPECIALISTA PARA A U X Í L I O N A EL A B O R A Ç Ã O DE R E C O M E N D A Ç Õ E S P A R A A G R I C ULTORES NO C O N T R O L E D A S A R N A DA MACIEIRA.

(3)

UM S I S T E M A E S P E C I A L I S T A P A R A A J U D A R N A E L A B O R A Ç A O DE R E C O M E N D A Ç Õ E S P A R A A G R I C U L T O R E S N O C O N T R O L E D A S A R N A DA MACIEIRA.

J O S É L E O M A R T O D E S C O

í:STA D I S S E R T A Ç Ã O FOI J U L G A D A A D E Q U A D A P A R A O B T E N Ç Ã O D O T I T U L O DE

"MESTRE E M ENGENHARIA"

ESPECIALI D ADE ENGENH A R I A D E P R O D U Ç Ã O E A P R O V A D A EM SUA FORMA FINAL P E L O P R O G R A M A DE P ó S - G R A D U A Ç A O

EDGAR A U G U S T O LANZER - PhD. - ORI ENTADOf?

■-Os

NERI D O S S A N T O S - Dr.Ing. - COORD. D O C U R S O

B A N C A E X A M I NADO R A

EDGAR A U G U S T O L A N Z E R - PhD. - PRESID E N T E

(4)

\

O f e r e ç o este t r a b a l h o à meu pai Luiz, minha mãe Lindaura, minha

e s p o s a Rosana e meu filho

(5)

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer aos p r ofessores do P rograma de

P ó s - G r a d u a ç ã o em Engenharia de P rodução e Sistemas da U n i v e r s i d a d e

Federal de Santa Catarina» pelo c o n h e c i m e n t o adquirido no decorrer

do curso. Agradeço em especial ao Professor Edgar Aug u s t o Lanzer

pela orientação, dedicação e i n c e ntivo na c o ndução d este trabalho.

Agradeço também, a Empresa de P e squisa Agr o p e c u á r ia de

Santa Catarina C E M P A S C D , na pessoa do Sr. Sadi G rimm pela acolhida

e pelo apoio ao projeto desta pesquisa. Aos e s pecialistas da

E s t a ç ã o Experimental de Caçador José Luiz Petri e O n o f r e Berton

pela d i sp o n ibilidade de tempo e companheirismo.

Aos colegas, Fernando Gauthier pelas aulas de Prolog,

Paulo, Fernando, Mário e Roberto pelo i n c e n t i v o e companheirismo, e a todos que direta ou i n diretamente c o n t r i b u í r a m para realiz a ç ã o d esta dissertação, muito obrigado.

(6)

RESUMO

O objetivo central desta d i s s e r t a ç ã o foi o de elaborar

um Sistema Especialista para auxiliar na e l a b o r a ç ã o de

re c o m e n d a ç õ e s para agricultores no que tange ao c o n t r o l e da Sarna

da Macieira no Sul do Brasil. O o b j e t i v o atende uma demanda

e s p e c í f i c a do sistema de pesquisa agro p e c u á r i a de Santa Catarina. P a r a l e l a m e n t e procurou-se organizar de modo suscinto e g e n é r i c o as etapas de construção de Sistemas Especialistas.

Os Sistemas Especialistas c o n s t i t u e m atual m e n t e uma das

áreas economicamente mais i n teressantes de a plicações da

I n t e l ig ê n c i a Artificial CIAD. Aplica técnicas de IA e c o n h e c i m e n t o e m problemas específicos de um dado d o m í n i o para simular a atu a ç ã o de peritos humanos.

Uma avaliação b e n e f í c i o / c u s t o do sistema d e s e n v o l v i d o indicou uma alta taxa de ret o r n o para o i n v e s timento r e a l i z a d o na

(7)

ABSTRACT

The main objective of this dissertation was to develop

an Expert Svstem to help making r e c o m m e n da t i o n s for the control of

an economic important disease of a p p l e tree orchards in South

Brazil C mangeD .

Such a syst e m fulfills a specific demand fr o m the

agricultural research department of t h e s tate of Santa Catarina.

The steps required in the devel o p m e n t of Expert Systems are

di s c u s s e d prior to the pre s e n t a t i o n of the s y stem itself.

The Expert Systems e s t a b l i s h t o d a y one,of the areas

e c o n o m i c a l y more interesting of Artificial I n t e l ligence CAID

application. They techniques of AI and k n o wledge in specific

problems of a certaim domain to s i m u l a t e the working of human

experts.

Lastly, an economic a nalisys indicated a high

benefit/cost ratio for the i n v estiment made in getting the aimed

(8)

SUMARIO

I - I N T R O D U Ç X O 1

1.1 - O Pr o b l e m a e sua Importância 1

1.2 - Algumas Definições e a p e squisa em SE 2

1.3 - Sistemas Especialistas na Agricultura 4

1.4 - A p r es e n t a ç ã o dos Capítulos 7

IT - C O N C E I T O S E ETAPAS NA C O N S T R U Ç Ã O DE SE 8

2.1 - C a r a c t erísticas dos Sistemas Especialistas 8

2.2 - Id e n t i f i c a ç ã o de Problemas 11

2.3 - Aquisição, Organização e Represe n t a çã o do Conhecimento 14

2. 4 - T r a t a m e n t o de Incerteza 27

2.5 - Ambientes para Construção de Sistemas Especialistas 32

III - O S I S T E M A E S UA A V A L I A Ç Ã O 35

3.1 - Conside r a ç õ e s sobre a L i n g u a g e m escolhida 35

3. 2 - O S i s t e m a propriamente di t o 38

3. 3 - A v a l i a ç ã o dos Resultados 50

IV - CONCLUSÕES, S U G E S T Õ E S P A R A E X P ANSÕES FUT U R A S E 54

N O V A S P E S Q UISAS

R EFERÊNCIA B I B L I O G R A F I C A 56

(9)

ABREVIATURAS

Artificial Intlligence AI

Base de Conhecimento BC

Base de Dados BD

Base de Dados Geral B DG

Cálc ul o de Predicado de Pr i m e i r a O r d e m CCPO

E n g e n h e i r o ou Engenharia do C o n h e c i m e n t o EC

Empresa de Pesquisa Agropecuária EMPASC

Fator de Certeza FC

I nteligência Artificial IA

Máquina ou Motor de I nferência MI

Sistema de Controle SC

Sistema Especialista SE

Sistemas de Produção SP

(10)

L IS T A DE QUADROS E FIGURAS

Quad ro 1 - Trabalhos existentes na área 5 e 6

Quad ro 2 - Técnicas para extração de conhecimento

a partir de especialistas 19

Quad r o 3 - Linguagens de programação da IA 33

Q u a d r o 4 - Linguagens da EC CShells}' 34

Fi gura 1 - Estrutura básica de um SE 9

Fi gura 2 - Etapas no d esenvolvimento de SE IO

Fi gura 3 - Forma de aquisição de conhecimento 16

Fi gura 4 - A qu i sição de conhecimento usando um

ambi&nie de interface 16

Fi gura 5 - A q u i sição de conhecimento a partir de textos 17

Fi gura 6 - A q u i sição de conhecimento usando entrevistas 17

Fi gur a 7 - Re p r e s e n ta ç ã o de uma busca usando "frames" 23

(11)

1

I - INTRODUÇÃO

1.1 - O Problema e sua I m p o r t â n c i a

Diversas regiões no Sui do Brasil a presentam clima

favorável para o c u l t i v o da Macieira. Em Santa Catarina os

pomares estão localizados em regiões corn precipitação pl uviornétrica

acima de 1500 mm anuais e as temperaturas médias durante a

primavera e verão, s i t u a m —se e n t r e 10 e 20 C, r e s p e c tivamente

[EMP86]. Embora favoráveis ao c u l t i v o estas condições climáticas

t a m b é m c onferem a r e gião u m amb i e n t e propicio para o

desen v o l v im e n t o de diversas doen ç a s dos pomares. A principal delas

é a sarna.

Os especialistas da E s t a ç ã o Experimental de Caçador

E M PASC assessorados por t é cnicos da GT2- Agencia Alemã de

Coope r a ç ã o Técnica, e c o m o a u x í l i o de equipamentos científicos,

a c u m u l a r a m conhecimentos de tal mo d o que p e r m i t e m que as

pulverizações contra a sarna da macieira, s ej a m feitas não sóme n t e

baseados na fenologia da plan t a e de forma preventiva, mas t am b é m

o b s e r v a n d o —se o d e s e n v o l v i m e n t o do p a tógeno em relação às condições cli máti c a s .

C o m tais c o n h e c i m e n t o s , a sarna pode ser controlada c o m

um número relativ a m e n t e r e d u z i d o de pulverizações de fungicidas.

Isto, todavia, não o c o r r e ainda c o m vários produtores, os quais

f a z e m pulverizações c o m fungi c i d a s de forma preventiva à partir do

perí od o de brotação e m inter va l o s de 7 a 10 dias repetidamente. Os

altos custos ao produtor e os e levados riscos ao consumidor e ao

meio a mbiente causados pelo e x c e s s o de fungicida são questões

preocupantes [B E R 8 9 3 .

Os especialistas que a t u a m no c o ntrole da sarna da

macieira, co nsomem 16 horas semanais para f a z e re m as análises nos

dados. As recomendações são feitas de forma generalizada, sendo

enviadas à uma estação de r ádio local e em determinados horários

(12)

Esta m e t odologia poderia ser dinamizada com urn sistema

computadorizado. A rapidez na aná l i s e e conseqüentes recomendações

é vital para que casos isolados C r e f e rente ao produtor!) p o ssam ser

atendidos. Assim, p o d e r -se-iam fazer recomendações específicas a

cada produtor. Os avisos pe l o r ádio sobre um provável período de

i n f e c ç ã o do fungo continuariam» p o r é m os produtores poderiam fazer

consultas via telefone Cou o u t r o mei oD à estação experimental

C E M P A S O , e c o n s e q u e n t e m e n t e se daria uma recomendação sobre as condições específicas do produtor.

Para alcançar esta meta> o sistema c omputadorizado antes

r e f e r i d o deve ser amigável» ou seja, ter uma interface c o m o

u s u á r i o fácil, sem e x i g ê n c i a s de conhecimentos técnicos em

computação. O conh e c i m e n t o de v e ser estr u t u r a d o de tal forma que

perm it a fazer inclusões, altera ç õ e s ou exclusões pelo próprio

u s u á r i o se necessário. A l é m destas exigências, o sistema deve ter

uma boa performance no q u e diz res p e i t o a rapidez nas consultas.

1.2 - Algumas DefiniçSes e a P e s q u i s a e m Sistemas Especialistas

Na revisão da l i t e r a t u r a o b servou-se a evolução da

I n t e l i g ê n c i a Artificial CIAD. Nos anos 50 f o ra m fundamentados a

l ó gica matemática, a teor i a das funções recursivas e a formulação

de p r o c e s s a m e n t o de listas. Então, s u r g i r a m sistemas práticos de

c o m p u t a ç ã o simbólica. Já nos anos 60, os pesquisadores de IA

t e n t a r a m simular o c o m p l e x o p r o c e s s o do pensamento, procurando m étodos gerais para resolver uma ampla clas s e de problemas. Durante

a d é c a d a de 70 c o n c e n t r a m - s e esforços em técnicas como

representação, isto é, modo de formular o problema de maneira a

tornar sua solução mais fácil. S ó m e n t e no final da década de 70 é

que f i z e r a m a descob e r t a mais importante, onde o poder de um

programa resolver um p r o b l e m a d e p e nd e mais do c o nh e cimento que ele

possui do que o f o r m a l i sm o ou esq u e m a de inferência empregado

[HAY833. Esta reali z a ç ã o levou os pesquisadores ao d esenvolvimento

de programas de p r o p ósito particular, sistemas que são peritos em

alguma área limitada. Estes programas são chamados Sistemas

(13)

3

Conforme Feigenbaurn, citado por CGEN86] > urn sis t e m a

e s p e c i a l i s t a . .é urn p r ograma de computador inteligente, q ue usa

c o n h e c i m e n t o e procedi m e n to s de inferência para solucionar

problemas que são s u f i c i e n t e m e n t e difíceis para requerer um

s i g n i f i c a n t e grau de c o n h e c i m e n t o humano na sua solução". Esta área da IÀ t e m se c o n c e n t r a d o na c o n s t r u ç ã o de programas de alta

p e r f o r m a n c e e m domínios específicos. Um conjunto de princípios >

f e r ramentas e técnicas tern surg i d o e formando as bases da

E n g e n h a r i a do C o n h e c i m e n t o [HAY83].

A d e n o m i n a ç ã o de Sistemas Especialistas» que nesta

d i s s e r t a ç ã o será r e f e r e n c i a d o por SE, surgiu no início da década de

80 e é usado por vários autores [HAY83 e G O N 8 6 ] . Alguns projetos

q ue f o r a m d e senvolvidos no decorrer da década de 70 são hoje

r e f e r e n c i a d o s e c o n s i d e r a d o s como Sistemas Especialistas ou S i stemas Baseados no Conhecimento.

A área de SE i n v e s t i g a métodos e técnicas para construir s istemas ho m e m - m á q u i n a c o m "expertise" na resolução de problemas específicos. "Expertise" c o n s i s t e de c o n h e cimento sobre um d o m í n i o

particular, e n t e n d i m e n t o do d o m í n i o do problema, e perícia ou

h a b i l i d a d e na r e s o l u ç ã o de muitos destes problemas. Todo

c o n h e c i m e n t o se ap r e s e n t a de duas formas: público e privado.

O c o n h e c i m e n t o públ i c o inclui as definições publicadas, fatos

■teorias da qual livros textos e referências no domínio de e s tudo

s ã o t i p i ca m e n t e compostos. Mas "expertise", usualmente envolve mais do q ue este c o n h e c i m e n t o público. Especialistas humanos geral m e n t e p o s s u e m c o n h e c i me n t o p r i v a d o q u e não estão fundados neste c a m i n h o

na l i t e ra t u r a publicada. E s t e c o nh ecimento privado c o nsiste

s o b r e t u d o de regras do d o m í n i o q ue tem sido chamada de heurísticas.

As h e u rísticas p e r m i t e m aos especialistas humanos fazerem

suposições quan d o necessário, rec on h e c e r e m caminhos promissores

para r e s o l u ç ã o de problemas, e negociar co m imprecisão ou dados

imcompletos. Elucidar e reproduzir tais conhecimentos é tarefa

(14)

4

O especialista tem u m dis c u r so interno que representa

como el e se organiza e atua para tomada de decisões. Para isso, usa fatos e regras de decisão s e g u n d o seu raciocínio, pensamento, j uízo

de valor e outros fatores. A e l a b o r a ç ã o de um SE é viável se o

e s p e c i a l i s t a for capaz de comunicar os recursos Cfatos e regras)

que u t i l i z a na ab o r d a g e m e r e s o l u ç ã o de problemas e se tais recursos f o r e m possíveis de r e p r e s e n t a ç ã o em forma computável.

É importante que o con h e ci m e n t o seja r e p r e sentado de

forma mais próxima da maneira co m o o especialista age e que a

p a s s a g e m do d i scurso inte r n o para a sua configuração externa seja

feita de forma abrandada ou suave, para que não esc a p e m aspectos

r e l e v an t e s e sutis que d e s c r e v e m uma conduta decisorial.

1.3 - Si s t e m a s Especialistas na Agricultura

In vestigações da liter a t u r a revelam que a introdução da

t e c n o l o g i a de IA, ou mais p r e c i s a m e n t e a de SE na área agrícola' é

crescente» aparece e m u m campo- concreto de i n v e s tigação e

descrição, ap a r e c e n d o em publi c a ç õ e s especializadas.

Algumas U n i ve r s i d a d e s e Institutos de Pesquisas de

vários países estão i n t e n s i f i c a n d o seus projetos de i m plementação

da t e c n o lo g i a de I A na Agricultura. D e s tacam-se a Universidade de

Illinois, a U n i v e rsidade do H a v a i i , o Instituto P o litécnico da

Virgínia, a U n i ve r s i d a d e de Chiba e o Instituto Nacional de

P e s q u i s a A g rícola da França C I N R Aj. No Brasil a Empresa Brasileira de P e s q u i s a A g r o p ecuária CEMBRAPAD já desenvolveu dois sistemas que ho j e se e n c o n t r a m e m o p e r a ç ã o c o m boa aceitação e perf o r ma n c e CFRE863. No Quad r o 1 são apr e s e n t a d o s alguns SE já desenvolvidos ou e m fase final de d e s e n v o l v i m e n t o no setor agrícola.

(15)

5

Q U A D R O 1 - Trabalhos e xistentes na área.

[W À T 8 6 > HAY83> D E R 8 5 , etc.]

Si s t ema D e s e n v o l v i d o por F unçao

P L A N T / d â U n i V4f- 9 i d a d õ ' J e I L L i n o l s S E p a r a d i a g n ó s t i c o e T r a t a m e n t o d e D o e n ç a s d e S o j a s e m d e a i g n a ç ã o s a p » c í t i o a U n i v e r s i d a d e d o H a v a >. i S E p a r a R e c o n h e c e r o N í ­ v e l d e c a l a g e m < c a l c á r e o > n o a a o l o a T r o p i c a i s a >3 m d e s i g n a ç ã o e s p s c í f i c a P u r d u e U n i v e r s i t y P r o t ó t i p o s d e S E p a r a o s P r o b l e m a s d e : a > C o m e r c i a l i z a ç ã o d e g r ã o s b > A n á l i s e d e P r o g r a m a s d e P e ã q u t s a s c ) D e t e r m i n a ç ã o d e P r o b l e ­ m a s e m M i c r o c o m p u t a d o r e s d ) S u p o r t e a s D e c i s õ e s d e P l a n t i o P G M M E I n s t i t u t o P o l i t é c n i c o d a V i r g í n i a . S E p a r a P r e v e r R e c o m e n ­ d a ç õ e s p a r a o C o n t r o l e d e P r a g a s , T r a t a t a m e n t o d e D o e n ç a s d o I n v e r n o , C o n ­ t r o l e d a S e c a e S e l e ç ã o d e P e s t i c i d a s p a r a M a c i e i r a s M I C C S C H I B A U t i i v e r s i t y / F a c u I t y o f H o r t i c u l t u r e , J a p a n S i s t e m a d e C o n s u l t a p a r a D i a g n o s t i c a r e P r o v e r R e c o ­ m e n d a ç õ e s p a r a t r a t a m e n t o D o e n ç a s p a r a T o m a t e , U v a e B e r i n j e l a C A S S I C U n i v e r s i t y o f ' O s a k a P r e f e c t u r e S i s t e m a d e S u p o r t e a D e c i ­ s ã o I n t e l i g e n t e p a r a A u x i ­ l i a r o E s p e c i a l i s t a n a I d e n t i f i c a ç ã o e C l a s s i f i c a ­ ç ã o d a A d a p t a b i l i d a d e d o S o l o / C o l h « i t a P I B A T O E M B R A P A S E p a r a D i a g n o s t i c a r e P r o ­ v e r R e c o m e n d a ç õ e s T é c n i c a s d e d o e n ç a s s e l e c i o n a d a s p a r a S A T E M B R A P A S i s t e m a p a r a A v a l i a ç ã o d a A p t i d ã o d a 3 T e r r a s

(16)

6

Q u a d r o 1 - Trabalhos existentes na área C c o n t i n u a ç ã o J .

Si s i e m ã Desenvolvi do por Funcão

P L A N T / t m U n i v ^ r s i s l a d « d e I 1 1 i n o i s S E p a r o . A d m i n i s t r a ç ã o d e Q r a m a s t ú r f i c a s d & 9 i g n a ç a o á a p e c í f L C CL I n s t i t u t N a t i o n a l d e l a R s c h s r c h s A g r o n o m i q u e S E e m P a t o l o g i a V e g e t a l M A M M I T R O N E c d U N a t i o n a l s V â t é r v n a i r s d © T o u 1 o a e S E d e A p o i o o u d i a g n ó s t i c o E p i d s m i o l ó g i c o d e i n f e c ç õ e s m a m a r i a s d o g a d o l e i t e i r o . 2 E A E c o l ê S u p é r i e u r e d ' A g r i c u l t u f e d e d e P u r p a n — E S A P T o u l o s e - P u r p a n S E d e C o n s e l h o e C o n d u ­ ç ã o d a C u l t u r a d o M i l h o I V R A I E A s s o c i a t i o n d e C o o r d i n a t i o n T e c h ­ n i q u e A g r i o o 1 6 / A C T A S E s o b r e o M i n i t e l a d õ a i g n a ç ã o « & 3 p d C Í f Í.CCL I N R A / S t a t i o n / d ' E e o n o m i © R u r a l e / d e G r i g n o n \ S E e G e s t ã o d a \ e x p l o r a ç ã o a g r í c o l a \ â d d s i g n a ç â o & a p & c í í iço.

I n s t i t u t S u p é r i e u r d ' A g r i c u l t u r e L I L L E - I S A S E p a r a i n t e r p r e t a ç ã o a u t o m á t i c a d o s r e s u l t a d o s d © e m p r e e n d i m e n t o s

Te m-se c o n h e c i m e n t o que vários países já i n c o r p o r a r a m

e s t a t é c n i c a de r e s o lução de problemas em seus d e partamentos de

Agricultura. Como pod e - s e observar no Quadro 1, a França já t e m

v á rios SE e m a p l i cação e m Estações de Economia Rural, Instit u t o s de P e s q u i s a s e Associações.

Para que a t ecnologia de SE possa ingressar no setor

agrícola, tem-se c o n c i é n c i a que é necessário o uso do

m i c r o c omputador Cfer r am e n t a imprecindívelD no setor. S ó m e n t e c om i n t r o d u ç ã o de equipamentos que se pode consolidar tal abordagem.

(17)

No c a pitulo 2 são descritos conceitos básicos s obre

e l e m e n t o s e componentes que são empregados em SE e referidos na

.literatura. São apresentadas c o nsiderações sobre i d e n t i f i c a ç ã o e

c a r a c t e r i z a ç ã o de problemas. A identificação do e sp e c i a l i s t a e

modelos de aquisição de c o n h e c im e n t o serão tratados, b em como,

o r g a n i z a ç ã o e represe n t a ç ã o de conheci m e n t o , onde serão abordados

os modelos de representação. T a m b é m são elaborados conside r a ç õ e s

s o b r e o tratamento de i n c erteza e ferramentas para c o n s t r u ç ã o de s i s t e m a s especialistas.

No c a pitulo 3 c o m e n t a m - s e detalhes sobre a l i n g u a g e m e s c o l h i d a e o sistema p r o p r i a m e n t e dito. Também são apre s e n t a d a s avali a ç õ e s econômicas e opinativas.

No c a pitulo 4 apresen t a m - s e conclusões e c o m e n t á r i o s

finais, p r o p õ e —se expansões dessa d i s sertação e su g e r e - s e novas

pesqui s a s .

(18)

II - CONCEITOS E ETA PA S NA CONSTRUÇÃO DE SE

2.1 — C a r a c t erísticas dos SE

Os SE pr o c u r a m representar de forma computável os

p r o c e s s o s (decisórios ^ d e tomadores de decisões e m d o mínios

e s p e c í f i c o s do c o n h e cimento humano. Dentro do ciclo de vida de um SE e n c o n t r a m - s e questões qu e neces s i t a m ser estudadas. D e n t r e elas, os as p e c t o s relacionados a o b tenção e v a li dação do c o n h e c i m e n t o do

especialista, são os que m e r e c e m maior atenção. Vários autores

r e c o n h e c e m que essa a t i v idade de aquisição de c o n h e c i m e n t o e sua f u t u r a v a l i da ç ã o é geralm e n t e o gargalo no pr o c e s so de c o n s t r u ç ã o d e u m SE CWATS6 e GEN86] .

Ao entrevistar u m especialista no d o m í n i o de a p l i c a ç ã o p a r a o qual está const r u i n d o um SE, o e n g e n h e i r o de c o n h e c i m e n t o

CECD f o r m u l a um modelo mental do p rocesso de r e s o l u ç ã o do

problema. O e s p e c ialista de fato, t em um modelo mental p r ó p r i o que

d e n o t a o pro c e d i m e n t o de resolução do problema as s o c i a d o c o m sua

profissão. No curso de construir um sistema b a s e a d o no

conhecimento, tanto o construtor do sistema q u a n t o o especialista- c o n t i n u a m e n t e r e v i s a m seus modelos respectivos. Embora o EC e o e s p e c i a l i s t a do dom í n i o p o s s a m ter modelos mentais d i f e r e n t e s no

c o m e ç o de suas colaborações, os modelos d e v e m tender a uma

convergência. Esta con v e r g ê n c i a se torna possível porq u e o p r o c e s s o d e a q u i s i ç ã o de c o n h e c i m e n t o força todos os grupos a praticar seu

m o d e l o mental para u m ponto fixo. D esta forma surge a ba s e de

c o n h e c i m e n t o , q ue dará supo r t e ao motor de i n f e r ê n c i a [MUS883.

O d e s en v o l v i m e n t o de um SE se inicia c o m o e n g e n h e i r o de c o n h e c i m e n t o e s t r e v i s t ando exaust i v a m e n t e o e s p e c i a l i s t a e m um d e t e r m i n a d o domí ni o de aplicação. O EC codifica a perí c i a o b t id a em

regr a s e fatos. Depois de repr e s e nt a d o s i m b ó l i c a m e n t e o

c o n h e c i m e n t o ext r a í d o e m uma forma computável, o computador simula o especialista, r e p e t i n d o as análises e e s t ratégias de s o l u ç ã o de p r o b l e m a s do domínio de aplicação.

(19)

O conhecimento do domí n i o do problema re f e r e n t e a um SE é o r g a n i z a d o separadamente de outros tipos de c o n h e c i m e n t o do

sistema, como os procedimentos de resolução de problemas ou de

i n t e r a ç ã o corn o usuário. Esta c o l e ç ã o de c o n h e c i m e n to e s p e c i a l i z a d o é c h a m a d o Ba.se d e . conheci mento C B O , e os p r ocedimentos gerais de

s o l u ç ã o do problema, de máquina ou motor de i nferência CMID. Um

p r o g r a m a c om conhecimento organ i z a d o desta forma c h a m a —se Sistema B a s e a d o em Conhecimento ou Sistema Especialista.

A Figura 1 mostra a e s t r utura básica de u m SE. A base de

c o n h e c i m e n t o de um SE contém fatos Cdados, tabelas!) e/ou regras

C f atos c o n d i c i o n a i s ) , ou outra represe n t a ç ã o q ue usa tais fatos co m o b a s e para tomada de decisão. O motor de inferê n c i a d e c i d e corno

aplicar as regras e em que ordem, a f im de deduzir novos

conheci m e n t o s .

FATOS ---- \ M OTOR DE

REGRAS

>

INFERÊNCIA

Base de P r ocedimentos gerais

conhecimento • para r e s o lução de

problemas

F I G U R A 1 - Estrutura básica de um sistema es p e c ialista [GEN86].

Outros autores p r e f e r e m usar outras composições. Uma

delas é separar o módulo coletor de dados e o móduló e x p l i c a t i v o do

motor de inferência. Sendo a s s i m o MI apenas processa a BC usan d o

uma linha de raciocínio. E o módulo coletor de dados fica

responsável pela comunicação c o m o usuário e/ou outros sistemas,

s e n d o ativada pelo MI sempre que necessário. O módulo de e x p l i c a ç ã o

t a m b é m seria conduzido pelo MI, sendo responsável pela e x p l i c a ç ã o

de co m o o MI CsistemaD chegou a certas conclusões e por qu e está

f a z e n d o d et erminada pergunta. Como se pode ver, a e s s ê n c i a é a

(20)

1 o

Na Figura 2 estão as etapas de d e s e n v o l v i m e n t o de um SE» as quais dão-se uma idéia do p r ocesso de c o n s t r u ç ã o dos SE.

Análise das c a r a c t e r í s ­ ticas do problema Aquisição do c o n h e ­ cimento r d f o r m u l a r r ô p r o . j ô t a r E laboração do ■* Protótipo do SE c o m as Regras r e f i n a r Teste do — P r o t ótipo e ■» V a l i dação das Regras a l t e r a ç õ e s Versão Melhorada F I G U R A 2 - Etapas no d e s e n v o l v i m e n t o de SE. Adaptado de [GON863.

A i d e n t i ficação do p r oblema ou análise das

c a r a c t e r í s t i c a s do problema ocor r e j u nt a m e n t e c o m o pro c e s s o de

a q u i s i ç ã o de conhecimento. Após esta etapa p a s s a —se para a

o r g a n i z a ç ã o e c o n seqüente r e p r e s e n ta ç ã o do conhecimento, e s c o l h e n d o a f o r m a que melhor se a d apte C " f r a m e s " , rodou 'jcmânLícuj, cálc u l o de pr e d i c a d o de primeira o r d e m ou regras de p r o d u ç ã o } , como será v i s t o posteriormente. I m p l e m e n t a ç ã o das regras na Base de C o n h e ­ cime n t o Represe n t a ç ã o do conheci mento

(21)

Em seguida, será i n iciada a elabo r a ç ã o de um pr o t ó t i p o

c om algumas regras e a i m p l e m e n t a ç ã o das regras da Base de

Conhecimento, aumen t a n d o o núme r o de regras até incluir todas. A

i n c l u s ã o deve ser feita gradativãmente.

Dinamic a m e n t e se f a z e m testes co m o protótipo e a

c o n s e q ü e n t e v a l i dação das regras. N e s t e ponto CestágioD p o d e - s e retornar a qualquer das e t apas a nteriores C vide Figura 2), ou seja, reformular o problema, reprojetar a represe n t a ç ã o do c o n h e c i m e n t o e refinar as regras.

Depois de e n c e r r a r - s e a fase de testes, partir— se-á para

uma versão melhorada, p o d e n d o se n e c e s s á r i o fazer alterações até

chegar e m uma vers ã o final.

2.2 - I d e n t i f i c a ç 3 o de P r o b lemas

Vários autores t e m c o n c e i t u a d o o que são problemas e há

várias incursões na t e n t a t i v a de explicitar como as pessoas os

r e s o l v e m CHAY83 e NIL71]. Uma i m p o r t a n t e ativi-dade c o n s i s t e e m

analisar a nat u r e z a do p r o b l e m a re s o l v i d o por especialistas,

v e r i f i c a n d o sua p o s s i b i l i d a d e por meio de SE. Tem-se a idéia básica q ue os SE t e m uma a p l i c a ç ã o melhor e m problemas que se u t i l i z a m do

r a c i o c í n i o humano, e p r o b lemas que e x i s t a m alternativas de

c a m i n h a m e n t o e esc o l h a para se chegar mais rapidamente ao alvo

Cobjeti voD .

E x i s t e m vários modelos propostos para caracterizar

problemas. Há enfoques como: Ca!) q u a n t o a natureza das decisões;

CbD através de e s paço de estados; CcD outros.

aD Quanto a nat u r e z a das decisões.

A c l a s s i f i c a ç ã o dos problemas, segu n d o alguns autores, está rela c i o n a d o ao p r o c e s s o e a nat.t.ire/.a dos dados Cconheci mento)

e nvolvidos nas suas s o luções co m o sendo: estruturados, s e m i -

e struturados e não estruturados. Os estruturados são os problemas

(22)

cujo pr o ce s s o de s o l u ç ã o é b e m d e f i ni d o e único. Por exemplo, um

p r oblema de d e t e rm i n a ç ã o das raízes de uma determinada equação. Os

p r o b lemas que p e r t e n c e m a esta clas s e p o d e m mais facilmente ser resolvidos, pois, g e r a l m e n t e u t i l i z a m processos algorí timicos.

Os problemas s e m i - e s t r u t u r a d o s t em certa semelhança co m

os estruturados, s e n d o qu e muitas das vezes é n e c e s s á r i o

utilizai— se de h e u rísticas no p r o c e s s o de busca da solução.

Quando os dados n ão são b em definidos Cgeralmente q u a n d o te m p r o b a b i l i d a d e associada) e q u ando exi s t e m várias alternativas

os p r o blemas são não estruturados. Esta classe de problemas

requer d e cisões cuja p r e v i s ã o e m termos de resultados é difícil.

b) Enf o q u e de e s p a ç o de estados

Esta a b o r d a g e m foi su g e r i d a por Simon e Newell [GON86].

S e g u n do esses autores, essa é um a maneira que torna possível a

p e r c e p ç ã o de com p l e x i d a d e s na a b o r d a g e m de problemas. E x i s t e m evidê n c i a s de que se u m d e t e r m i n a d o problema tem grande e s paço de

estados, e x i s t e m indica ç õ e s de complexidade, considerando que um

es p e c i a l i s t a deve "trafegar" no mesmo c o m g r ande habilidade.

Talvez se j a mais fácil conceituar os e l e mentos

per t e n c e n t e s a este m o d e l o atr a v é s de u m exemplo. No caso do jogo dos 8 quadros, c o n h e c i d o c o m o ”8-puzzle". Neste jogo partimos de uma c o n f i g u r a ç ã o inicial e d e s e jamos alcançar uma d e te r m i n a d a co n f i g u r a ç ã o final CalvoD. Todas as configu r a ç õ e s possíveis f a z e m

parte do espa ç o de estados, e a mudança de um estado para o utro

o c o r r e através* de operadoi-es. P o r t a n t o ü vj operadores p o do m uor 1

cons i d e r a do s funções c u j o d o m í n i o e alcance são conjuntos de

e s t a d o s .

1 2

G e r a l m e n t e e l a s s ã o f u n ç õ e s p a . r c i . c i .i s , o n d e o o p e r a d o r n ã o p o d e s e r < x p li.c ci.d o e m t o d o s o s e s t a d o s .

(23)

A maioria dos SE e m a t u a ç ã o foram projetados para a

s o l u ç ã o de problemas q ue t e m o domínio de estados co n h e c i d o

[G O N 8 6 ] .

O jogo "8-puzzle" t e m as seguintes características:

1 3 e s t a d o inicial ou nó inicial 2 8 .3 1 6 4 7 5 o p e r a d o r e s :

- espaço para cima C6D - e s paço para direita C 5!) - e s paço para esquerda C7D

2 8 3 1 6 4 S 7 5 2 8 3 1 4 7 6 5 2 8 3 1 6 4 7 5 B e s t a d o final ou nó final

N ã o basta apenas chegar ao e s tado final CobjetivoD,

d evemos otimizar o problema, ou seja, minimizar o número de

aplicações do operador. P o r t a n t o para completar uma re p re s e n t a ç ã o

de e s paço de estado de um problema, nós devemos especificar tres

aspectos: CaD a forma de d e s c r i ç ã o de e s t a d o e em particular, a

d e s c r i çã o do esta d o i n i c i a l , CbD o con j u n t o de operadores e seus efeitos na d e s c r i ç ã o de estados, e CcD as propriedades da d e s c r i ç ã o de um e s t a d o obj e t i v o Cfinali [NIL71].

As mudanças de esta d o s p o d e m ser, ou constituir,

conjuntos incertos. A essas mudanças, pode-se associar fatores de

p r o b a b i l i d a d e ou confiança. Is s o nos permite alcançar soluções

CobjetivosD c o m graus de c e r t e z a Cconf i a n ç a ou probabilidade}

a ssociados a estas soluções [HAY83, 2AD83 e NEG8S3 . H eurística

O elemento seguinte em

uma determinada c o n f i ­

g ur a ç ã o deve sempre-ser

(24)

O p r ocesso de r e s o lução de problemas s e gu n d o esse

e n f o q u e co ns i s t e e m saber aplicar regras, de forma a se conduzir

Ctrafegar} no espaço de estados dos problemas a procura de um

o b j e t i v o CalvoD. Assim, a u t i l i z aç ã o de um operador, ou seja, a m u d a n ç a de u m estado para o u t r o se faz através de a p l i c a ç ã o de regras.

A e x p osição Cdiscurso) de um especialista c o m p r e e n d e uma c e r t a r a c i o n a l i d a d e e m certos contextos das atividades humanas. No c a s o de SE essa r a c i o n a l i d a d e pode ser e nquadrada d en t r o dos c o n t o rn o s da pe r c epção e c a p a c i d a d e de a b o r dagem de problemas.

2. 3 - Aquisição, Organização e Representação do C o nhecimento

Estas são as etapas q ue mais se deve ter c u i d a d o na

c o n s t r u ç ã o de um SE, pois as mesmas t e m uma relação bionívoca. A

a q u i s i ç ã o de c o n h e c i m e n t o é t r a t a d a por alguns autores co m o s e n d o o "gargalo" no p rocesso de construção.

2.3.1 - Aquisição de conhec i m e n t o

P sicólogos e C ientistas do con h ec i m e n t o t e m e s t u d a d o os

e s p e c i a l i s t a s Cperitos) e suas técnicas de resolver problemas,

u s a n d o métodos de observ a ç ã o e i ntuição para medir a p e r f o r m a n c e e a s s i m revelar a especialidade.

As formas de a q u i s i ç ã o de conh e c i m e n t o adotadas n ão são m e n c i on a d a s na l iteratura de SE. Essa tarefa, que diz r e s p e i t o à a t i v i d a d e s do EC, t e m uma g r a n d e e fundamental i m p o r t â n c i a pois c o m p r o m e t e a e x e q ü i b i 1 idade de u m SE. O que se observa na maioria dos projetos de SE é a menção direta das regras r e p r e s e n ta t i v a s do c o n h e c i m e n t o do e s p e c ialista e não há uma d e s c r i ç ã o de como as

mesmas f o r a m adquiridas. Isto po d e ser visto nos sistemas como,

MYCIN, REACTOR, PROSPECTOR, SACON, RI e outros [HAY831.

(25)

p rima para, após ser trabalhada, constituir a Base de Conhecimento. E s s e in d i v í d u o deve estar dis p o s t o a fornecer de forma explícita, a

sua f o r m a de se conduzir nas fases de a b o r d a g e m de problemas

a t i n e n t e a seu domínio de conhecimento.

Devernos estar atentos para as diferenças exist e n t e s

e n t r e os chamados " p r á t i c o s ” e os ‘’especialistas". Os práticos são aque le s indivíduos que e x e r c e m a tividades p r e d o m i n a n t e m e n t e p a d r o n i z a d a s do dia a dia. D e t é m uma gran d e q u a nt i d a d e de dados que

o p e r a m c o m proficiência. Por outro lado, os especialistas, e m b o r a

não m a n u s e i e m uma gran d e q u a n t i d a d e de dados, d e f i n e m as ativid a d e s a s e r e m feitas e como d e ve m ser executadas. Os es p e c i a l i s ta s são capa z e s de projetar e struturas e descrever atividades funcionais.

O u t r o aspecto import a n t e na aq u i s i ç ã o de conhecimento, c o n s i s t e na p e r cepção do e s t i l o c o g nitivo do especialista. Pessoas c o m d i f e r e n t e s estilos c ognitivos t em maior ou menor f a c i l i d a d e em

refletir e explicar sua maneira de se conduzir na i d e n t i f i c a ç ã o e

s o l u ç ã o de problemas. Isso des c r e v e uma a u t o d i s e i p l i n a

i n t e r n a l i z a d a de c ondução do pensamento, prát i c a e hábi t o de

cultivar atividades de "pensar como pensa". Con s i s t e de um meta

c o n h e c i m e n t o que atua como um "monitor" de r a c i o n a l i d a d e superior qu e fac i l it a e c ontrola a e x p l i c i t a ç ã o do conhecimento.

E m entrevistas c o m determinados e s p e c i alistas o b s e r v a - s e c o m fr e q u ê n c i a respostas do tipo "sei decidir, mas não sei p o r q u e e c o m o decidi".

As atividades de ob t e n ç ã o de c o n h e c i m e n t o e sua

r e p r e s e n t a ç ã o estão dent r o de uma área cha m a d a e n g e n h a r i a de c o n h e c i m e n t o segundo Fe i g e n b a u m [HAY83].

Alguns modelos para obter o c o n h e c i m e n t o são

ap r e s e n t a d o s a seguir, propostos por B u chanan C c o n f o r m e cita

C H A Y 8 31 ).

a) Uma forma proposta, con s i st e na p a s s a g e m a u t o m á t i c a Cdireta) do c o n h e c i m e n t o do e s p e c ialista para o e l e m e n t o físi c o que

(26)

arqu iv a a BC. Existe ai um programa de interface com funções de e d i ç ã o e interpr e t a ç ã o das regras para gerar as estruturas da BC. O

e s p e c i a l i s t a deverá observar no transcrever as regras, as

d e s c r i ç õ e s léxicas, s intáticas e semânticas adequados ao a m b i e n t e receptor do conhecimento.

A Figura 3 a seguir ilustra essa forma de aquisição.

16 E S P E C I A L I S T A Programa editor e interpretador intel i g e n te C interface} Sistema de I n f e r ê n c i a Base de C o n h e c i m e n t o F I G U R A 3 - Forma de a q u i s i ç ã o de c o n h e c i me n t o u s a n d o u m am biente de interface [HAY833.

Algumas ferramentas são propostas c o m o i n t u i t o de

facilitar a aquisição do conheci mento. Nessa linha pode se citar o

K A S C " K n o w l e d g e Aquisition Systems"}, E X P E R T e OPSS menc i on a d o s em C HAY83] .

b} O u t r a forma, c o n s i d e r a d a mais ev o l u i da que a anterior, c o n s i s t e e m analisar dados arquivados e m grandes bases de dados. Ou

seja, utilizar um programa de indução que o p e r e sobre as bases de

dados através de associações causais e d i s s o produzir dados

conclusivos. As regras descritas f o r m a m a base de conhecimento.

A Figura 4 ilustra o método proposto.

D A D O S -- > Programa de indução

S ist e m a de I n f e r ê n c i a

B a s e de c o n h e c i m e n t o

F I G U R A 4 - Aquisição de conh e c i m e n t o através de pro g r a m a de indução ap l i c a d o a base de c o n h e c i m e n t o CHAY33].

e} Uma outra proposta, consiste na a q u i s i ç ã o de c o n h e c i m e n t o d i r e t o através de livros textos. Para u m melhor e n t e n d i m e n t o é i n t e r e s s a n t e observar a Figura 5.

(27)

T E X T O S DE L I V R OS F I G U R A 5 Programa i n t e r p r e ­ tador de textos Sistema de I n f e r ê n ci a Base de c o n h e c i m e n t o Aquisição de c o n he c i m e n t o a C H A Y 8 3 ] . partir de textos

dD Um outro processo, cham a d o m é todo da o b se r v a ç ã o tem iníc i o c o m o EC i n teragindo "face a face" c o m o especialista para o b t e n ç ã o do c o n h e c i m e n t o através de uma série de entrevistas.

O método da o b s e r v a ç ã o c onsiste e m acompanhar o p e r i t o

na r e s o l u ç ã o de problemas reais no domínio, tendo cuid a d o de não

falar ou fazer algo que influe n c i e a solução do pro b l em a pelo

per i to.

S u g e r e - s e o pr o t o c o lo de "pensar em voz alta" para

provar o me c a n i s m o de solu ç ã o de problemas usado pelos

especialistas. Tais protocolos p o d e m vir de informações s o b r e a

o r g a n i z a ç ã o de uma base de conh e c i me n t o do especialista, o

c o n h e c i m e n t o real que o contém, e a e s t rutura de c o n t r o l e u sada p a r a s e l e t i v a m e n t e ser a p licada nesse conhecimento. Estes métodos

g e r a l m e n t e s ão seguidos por uma fase de refinamento, na qual o

e s p e c i a l i s t a comenta e m modelos preliminares, novos

d e s e n v o l v i m e n t o s para descrever seus comportamentos.

Os EC u t i l i z a n d o este método não d e v e m interromper o

e s p e c i a l i s t a c o m questões ou comentários d u r a n t e a s o l u ç ã o do problema. Em vez disso, eles a n a l i s a m o t r a n s c ri t o da seção depois do e v e n t o ter acabado, p o s s i v e l m en t e c o m o auxíl i o do perito.

A figura 6 ilus t r a a p r oposta de Buchanan.

Entrevista

E S P E C I A L I S T A --- -» E C ---- ->

CFace a Face!)

F I G U R A 6 — A q u i sição de con h e c i m e nt o usan d o e n t r e v i s t a C H A Y 8 3 ] .

Sistema de I n f e r ê n c i a

(28)

e) O último método, que é uma variação do anterior foi a p r e s e n t a d o por Waterrnan CWATS6].

É necessário faz e r - s e várias entrevistas e e ntão usar o

m é t o d o intuitivo que conta c o m a introspecção do especialista. Em

u m caso» o EC o qual " i n v e s t i g a ” e interage c om o e s p e c i a li s t a e a l i t e r a t u r a sobre o assunto c o m a intenção de se familiarizar c o m

seus principais métodos de solucionar problemas Ceie se torna um

p s e u d o - p e r i t o j . Atuando c o m esta capacidade, o EC d e s e n v o l v e a r e p r e s e n t a ç ã o de um m o delo conceituai C " e x p e r t i s e " D , o qual é e ntão c h e c a d a depois da o p i n i ã o de outros peritos e e v e n t u a l m e n t e i n c o r p o r a d a dentro de um p r ograma de computador.

T a mbém pode ocorrer que u m a u t ê n t i c o e v e r d a d e i ro e s p e c i a l i s t a atue como u m construtor de teorias sobre seu p r ó p r i o comportamento. Então o especialista, através de introspecção, t e nt a

ident i f i c a r as bases de seu pró p r i o c o nh e cimento e habilidade, e

a s s i m i n c o r p o r á - l o d i r e t a m e n t e dentro do computador.

Através de entrevistas, no momento e m que o pe rito

r e s o l v e o problema de forma introsp e ct i v a Cf a l a n d o em vóz alta como

e s t á resolvendo), o EC c o n s e g u e acompanhar o r a c i o c í n i o do

especialista, e sempre que lhe parecer apropriado, ele "pula"

p e r g u n t a n d o questões r elevantes para estimular e testar o

especialista. Neste p r o c e s s o o EC toma uma f u nção mais ativa do que

passiva, fazendo perguntas, s u g erindo p o s s ibilidades racionais,

c o n c e i t o s e regras hipotéticas.

Infelizmente, não e x i s t e m métodos gerais para a q u i s i ç ã o

de conhecimento. No entanto, algumas técnicas p o d e m ser utilizadas

p a r a es t a tarefa e estão resumidas no Quadro 2.

Outro fator que não pode ser e s q uecido é que o EC deve

se esforçar para empregar os termos técnicos do d o m í n i o de

c o n h e c i m e n t o e m questão. Isso exige do EC uma p r e p a r a ç ã o prévia no a s s u n t o para enriquecer o d i á l o g o c o m o especialista.

(29)

19

M E T O D O

Técnicas para ex t r a ç ã o de con h e c i m e n t o a par tii de e s pecialistas [GEN861. D ESCRIÇ X O O b s e r v a ç ã o 1 ocal Di s c u s s ão de pr obi etnas D e s c r i ç ã o de problemas A n á l i s e de pr oblemas Ref i n a m e n to do sistema Ver i f i cação do sist e m a Vaii d a ç ã o do si stema

Assistir ao esp e c i a l i s t a resolver problemas reai s

Explorar o tipo e dados. con h e c i m e n t o s e

p r ocedimentos necessários para resolver

p roblemas específicos

Solicitar ao perito que des c r e v a p r o t ó t i p o s de problemas para cada ca t e g o r i a de p e r g u n ­ tas do domínio

Apresentar ao perito uma série de problemas

reais para ser r e s o lvida c o m todos os

passos de racio c í n i o

Testar a sol u ç ã o de uma s érie de p r o b lemas usando regras adquiridas nas e n t revistas

Solicitar ao perito que e x a m i n e e c r i t i q u e o p r o t ó t i p o do sistema, regras e e s t r u t u r a de c o ntrole

Mostrar os casos resolvidos pelo p e r it o e

e sis t e m a p r o t ó t i p o para outros peritos

2 . 3 . 2 - O r ganização e R e p r esentação do C o n hecimento

Q uan d o os cientistas da I n t e l i g ê n c i a Artificial CIA}

u s a m o termo conhecimento, eles q u e r e m dizer que uma i n f o r m a ç ã o p a r a u m pr o g r a m a de computador ne ce s s i t a antes poder c o m p o r t a r —se

inteligentemente. Esta inform a ç ã o pode tomar a forma de fatos ou

r e gras c o m o são mostrados abaixo.

Fatos : O tanque # 22 c o n t é m f u n gicida de c o n t a t o C c a p i a n ) . O exce s s o de fungicida traz danos ao a m b i e n t e e ao consumidor.

Regras: SE houve infecção do fungo da sarna E

o fungicida apl i c a do foi s i s t é m i c o E

o fungicida estava a ti v o E

choveu até 2S mm

(30)

Fatos e regras em um SE nem sempre são verda d e i r o s ou falsos, algumas vezes existe um grau de certeza sobre a v a l i d a d e de um fato ou a exatidão CacuráciaD de uma regra. Q u ando esta d ú v i d a é

f e i t a explicitamente, ela é chamada fcttor de c&rteza. ou grcoj. de

\j&rd.a.de. A seguir são ilustrados o uso de fatores de cert e z a ou

i ncerteza.

Fatos : O tanque # 22 cont é m fungicida de cont a t o c o m c e r t e z a 1.0 O aspersor da bomba está defei t u o s a co m cer t e z a 0.8

Regras: SE houve infecção do f ungo da sarna > 0.8,

o fungicida ap l i c a d o foi s i s tê m i c o c o m c e r t e z a 1.0, o fungicida esta v a ativo c o m certeza 0.9,

choveu até 25 mm c o m certeza > 0.7

E N T Ã O não exix t e m e vidências para p u l v e r i z a ç ã o e m b o r a tenha oc o r r i d o i n fecção c o m certeza 1.0

Muitas das regras e m SE sã o heurísticas, regras do

d o m í n i o C"ruies of thumb"D ou s i m p lificações que e f e t i v a m e n t e l i m i t a m a busca para soluções. As buscas para as soluções p o d e m ser a l g o r í t í m i c a s ou heurísticas. U m método algoritmo, g a r a n t e produzir a s o l u ç ão ó t i m a ou correta para o problema, e n q ua n t o u m m é todo h e u r í s i í c o produz uma solução aceitável. Outra d i f e r e n ç a está no t e m p o para achar a solução. Por vezes é mais i n t e r e s s a n t e ter uma s o l u ç ã o a proximada r a p idamente do que obter a melhor s o l u ç ã o depois de c entenas ou milhares de iteraçõs.

O c o n he cimento e m u m SE é o r g a n i z a d o e m u m c a m i n h o que s e para o con h e ci m e n t o sobre o dom í n i o do pr o b l e m a do s i s t e m a de o u t r o conhecimento, tais co m o c o n h e c i m e n t o geral s o b r e c o m o

resolver problemas ou c o n h e c i mentos s o b r e c o m o interagir c o m o

u s u á r i o Cpor e x e m p l o ) , como imprimir u m r e l a t ó r i o para o usu ár i o

final ou modificar linhas de dados, etc. Esta c o l e ç ã o de

c o n h e c i m e n t o do domínio é cha m a d o base de conhecimento, e n q u a n t o q u e o c o n h e c i m e n t o geral para sol u ç ão do p r oblema é c h a m a d o MI c o n f o r m e já foi mencionado anteriormente.

Os estudos das formas de r e p r e s e n t a ç ã o do c o n h e c i m e n t o humano, de uma forma ampla, e n c o n t r a m - s e fundamen t a d o s nos campos

da s e m i ótica Csignos), da l i n güística e p r i n c i p a l m e n t e no da

(31)

lógica. Essas são grandes áreas que evoc a m variadas correntes de p e n s a m e n t o envol v e n d o um g r ande número de filósofos, m a t emáticos e l i n g ü is t a s c o nforme cita Nils N i l s s o n CNIL71].

À construção de u m mode l o não é uma tare f a simples, pelo c o n t r á r i o implica n um grande n ú m e r o de considerações. Um m o delo é uma s i m p l i f i c a ç ã o e como tal c o r r e - s e o risco de jogar fora ou

o m i t i r —se elementos relevantes ou introduzir co r relações e spúrias

que i n d u z e m a observações impróprias.

Vários modelos de dados são mencionados na l iteratura de Ba n c o de Dados CBD), por o u t r o lado sur g i r a m outros modelos vindos de o u tras correntes de pesquisa, diferentes do e n f o q u e de BD. Esses

se o r g a n i z a m por linhas e grupos de p esquisa em IA. Tais modelos

p o d e m ser vistos e referênciados como formas para re pr e s e n t a ç ã o do conheci mento.

U m elemento atômico c o n s i d e r a d o como "dado" pode ser r e p r e s e n t a d o pela tupi a < nome do objeto, p r o p r i e d a d e do objeto,

valor, t e m p o >. Uma outra d i m e n s ã o pode ser necessária, se

in s e r i r m o s a incerteza do dado, a s s i m incorporamos à tupia anterior a nova dimensão, ou seja: < nome do objeto, pr o p r i e d a d e do objeto, valor, tempo, fator de i n c e rteza do d a d o >. Essa última d i m e n s ã o po d e afetar, inclusive, apenas alguns dos comp o n en t e s da tupla.

Para melhor v i s u a l i z a ç ã o da tupla, vejamos o exem p l o

c o n s i d e r a n d o a categoria "empregado" de uma organização, onde:

< n o m e do e m p r e g a d o > < J o s é D , uma < p r o p r i e d a d e > =C i d a d e do empregado) e < v a l o r > = C 3 0 anos). Nesse caso, o tempo e a incerteza f or a m e l i m i n a d o s da r e presentação do da d o mas p o d e r i a m existir in c i d i n d o s o b r e o p r ó p r i o objeto como t a m b é m sobre outros descritores, ou seja, p r o p r i e d a d e do objeto e o valor.

Os relacionamentos e nt r e os dados não são percebidos ou

r e p r e s e n t a d os na tupla anterior, pois essa d e s c r e v e o dado,

d e s c r e v e entidades, seus atributos e seus relacionamentos, na sua

f orma isolada. A representação, d e s crição e r e l a c i o n a m en t o

inter d a d o s d e v e m ser alcançados c o m o modelo de dados.

(32)

Alguns modelos r e p r e s e n t a m adequadamente» de forma

explícitaj o r e l a cionamento entre os dados.-. outros de rnaneira

implícita. Por exemplo, o mode lo de rede semântica que será visto

depois» que usa a re p r e s en t a ç ã o através de grafo, ap r e s e n t a

re l a ç õ e s explícitas.

S erão vistos os modelos considerados de maior

i m p o r t â n c i a a nível conceituai. Àqueles que p r o c u r a m enfatizar as

formas de caracterizar o c o n h e c i m e n t o humano. Esses modelos são

c o n s i d e r a d o s relevantes na r e p r e s e n t a ç ã o de c o n he c i m e n t o CHAY83, W A T 8 6 e GEN86] .

F a z e m parte deste mode lo as seguintes representações:

11? 0 2 C ãJTíss**3 *

2D Redes Semânticas;

3D C á l c u l o de Predicados de Pr i m e i r a O r d e m CCCPOD, e 43 Regras de Produção CRP3.

1 D Q u a d r o s : a idéia foi or i g i na l m e n t e pro p o st a po M i n s k y

C 197ED corno urns bâss psrs. sntsncii íflsnto ds. pfi?rcspção v i s u ã l ,

d i á l o g o s da l i n guagem natural, e outros p r ocedimentos complexos. A

e s t r u t u r a d © quadros C ”fraines"3 e s p e c i a l m e n t e d e s i g n a d a para

r e p resentar seqüências de eventos, se baseia e m considerar que as

p es s o a s v e ê m ou per c e b e m as coisas segundo cenas C " f rames" ou q u a d r o s ) .

A r e presentação do c o n h e c i m e n t o pelo m o delo de "frame"

p r o v e uma estrutura de quadros Cuma moldura!) , c o m que novos dados

s ão i n terpretados em termos de co n c eitos adquiridos através de

e x p e r i ê n c i a prévia. Além disso, a o r g a n i z a ç ã o deste c o n h e c i m e n t o f a c i l i t a o p r ocessamento de e x p e c t a t i v a —dirigida, o l h a n d o para coisas que são esperadas, base a d o no c ontexto de p e n s a r - s e "onde

está". O m e c a nismo representacional q ue faz possível e s ta espécie

de r a c i o c í n i o é a ranhura C"slot" ou janela}, o lugar onde o

c o n h e c i m e n t o combi n a - s e c o m o c o n t e x t o c r ia d o pelo quadro. Por exemplo, um "frame" simples para um co n c e i t o g e n é r i c o de cadeira p o d e ter "slots" de número de pés e tipo de assento.

(33)

Nía Figura 7 a seguir, mostra-se uma forma s im p l i f i c a d a do u so de quadros em uma "busca de d o c u m e n t o s ” .

F I G U R A 7 — R e presentação de uma busca usando '‘frames"

Adaptado [GON861.

Algumas tentativas ou caminhos p odem não ser b em

su c e d i d o s na busca para se chegar aos documentos. N esse caso,

p o d e - s e voltar a quadros anteriores, para daí se dirigir a o u t r o

s u b q u a d r o em o utro ou no mesmo nível.

2D O termo rede semântica é usada para descrever um méto d o de

r e p r e s e n t a ç ã o do c o n h e cimento bas e a d o e m estruturas de rede. Rede s e m â n t i c a foi origina l m e n t e d e s e nv o l v i d o para uso c o m o m o delo

p s i c o l ó g i c o da memória humana, mas é agora u m m ét o d o de

r e p r e s e n t a ç ã o para I n t e l igencia Artificial e Sistemas

Especialistas. A rede semantica co n s i s t e de pontos c h amados nós

c o n e c t a d o s por elos chamados a rcos d e s c r e v e n d o as relações entre os

nós. Esta estrutura constitui u m g rafo di r i g i d o valorado. Os nós

r e p r e s e n t a m entidades, objetos, conceitos. Já os arcos Cvalorados)

e s t a b e l e c e m uma relação e ntre os nós. Os arcos p o d e m ser

c o n s i d e r a d o s como predicados.

Os primeiros sistemas baseados em redes semânt i c a s foram e n t e n d i d o s co m o modelos psicológicos da mémoria. B e r t r a m Raphael C1Q68D projet a n d o SIR, o qual foi um dos primeiros programas a usar té c n i c a s de re d e s e m â ntica em sistemas de IA. Já em meados de 1970, Robert Simmons utilizou a r e p r e s e n t a ç ã o de rede s e m â ntica para uso e m s ua p esquisa no ent en d i m e n t o de lin g u a g e m natural. Atualm e n t e tal es t r ut u r a tem-se evid e n c i a d o para re p r e s e n t a çã o de sistemas que u s a m l i ngxiag&m. na. tnrcz L e cenár i o s .

(34)

£4

A Figura 8 a s e g u i r , constitui um exem p l o de rede

s e m a n t i c a .

F I G U R A 8 — Um exemplo de r e p r e s entação de rede semântica C G O N 8 6 3 . .

3D A lógica» que foi um dos primeiros esquemas de

r e p r e s e n t a ç ã o usado e m IA, t e m dois ramos importantes e

interligados. O primeiro é a con s i d e r a ç ã o de "O q ue pode ser dito",

qu e relações e aplicações p o d e m formalizar» os axiomas de um

sistema. O segundo é a e s t r utura dedutiva, as regras de inferê n c i a

qu e d e t e r m i n a m o que pode ser i n ferido se certos axiomas que e s t ã o

ag r u p a d o s para serem verdadeiros. Esta é a m esma lógica est ud a d a

por Boole, Frege e Russel e m meados do século 19 C B A R 8 1 ].

O Cálculo de Pr e di c a d o de Primeira O r d e m CCCPO) é u m

r a m o da lógica que t em tido g r a n d e utilidade em sistemas da IA. O

C C P O é um a extensão das noções de cálculo p r o p o s i c i o n a l .

A representação do c o n h ecimento u s a n d o c á l c u l o de

pr e d i c a d o s de v e ser cons t i t u í d a c om vistas a um am b ie n t e de p r o g r a m a ç ã o usando lógica dos predicados. O m o d e l o C C P O é de s c r i t o

por uma l in guagem c o m componentes básicos como: símbolos

predicados, símbolos variáveis, símbolos funções, e c o n j u n t o de

(35)

As relações entre os componentes de urn d i s cu r s o são

feitos através de símbolos predicados. Assim a sentença "DUMONT

P I L O T O U 14BIS" pode ser representado por PILOTOUC DUMONT. 1 4BIS!) »

o n d e PIL O T O U é o símbolo predicado, D U M O N T e 1 4 B I S são símbolos

constantes. Outra forma de apresentar a sentança anterior é na

f orma PI LOTOUC DUMONT, X!) , onde X é u m símbolo variável p o d e n d o

assumir vários valores C í n s t â n c i a s !>. O exemplo anterior constitui

uma f orma atômica. Às ligações entre fórmulas atômicas s ão feitas

p>or conect i v o s "v" Cou) , " V Ce!) e C i mpl i cação!) . Usa- s e t a m b é m

o c o n e c t i v o unário i" para negação. Um exemplo simples pode

mostrar o uso dos conectivos, ou seja, PI LOTOUC DUMONT, X D -i

P I L O T O U CDUMONT» JUMBOD =* N O M E C X ,14BIS> v N O M E C X ,D E M O I S E L E D . Outros e xe m p l o s de sentenças bem formados de rep r e s e n t a ç ã o do c o n h e c i m e n t o através do cál c u l o de predicados.

1) V C x!) Matér i a_Pr i maC x) -*• CompraCx!)

2!) V Cx) Produto_não_fabricadoCx!) =» Matéria_PrimaCx!)

3D V CxD CompraCx!) PreçoCx!)

4!) V Cx) A tingiu_ponto_estoqueC x!) ^ 3 Cy!) Fornece Cx,y) =»

Convi deC x ,yD

5!) V Cx!) PreçoCx) Condições__pagamentoC x!)

25

C o m o podemos ver» a r e p r e s entação anterior não com p l e t a

todas as questões referentes ao c ontrole de uma empresa, p o r é m já

nos dá uma idéia aproximada de como devemos trabalhar.

A l i n g uagem P R O L O G implementa estruturas lógicas como as anteriores. O interessante neste tipo de rep r e s e n t aç ã o é que a BC é

d e s c r i t a por relações lógicas» tipo das anteriores, que são

e s c r i t a s e m qualquer o r d e m e cabe ao P R O L O G mostrar as i n f erências

Csubstituição, separação e os encadeamentos!) necessárias [GON863.

4!) Sistemas de P r odução foi p rimeiro p roposto por Post C1943!) rnas d e s de e ntão tido tal desen v o lv i m e n t o em a p licação e teorias da IA q ue os sistemas correntes t e m pouco em c o m u m com a f o r m u l a ç ã o de

Post. Co m o no caso do termo de rede semântica que r e f e r e- s e há

vários esquemas de represen t a ç ã o de c o n h e c i m e n t o d iferentes bas e a d o

(36)

para descrever vários sistemas diferentes baseados em caminhos

gerais. A idéia é subordinada a noção de pares de c o n d i ç a o —a ç ã o ,

c h a m a d a s regras de produção C RP) . ou somente produção.

Sistemas de produção CSP) ou Regras de p r odução seg u n d o

Nils Nilsson [NIL7Í], são aqueles que usam como parte de sua

e s t r u t u r a os seguintes componentes básicos: uma Base de Dados

Global CBDG), um conjunto de regras de pro d u ç ã o e um sistema de

c o n t r o l e CSC). Alguns autores c h a m a m o sistema de con t r ol e de

M á q u i n a ou Motor de I n l e r é n c i a , a B DG de c ontexto e o c o n j u n t o de regras de produção de base de regras.

À B DG pode ser vista como área de t r abalho onde sao

a r m a z e n a d o s os dádos ou fatos intermediários deduzidos dur a n t e o

p r o c e s s o de inferência ou introduzidos externamente.

Uma regra de p r o du ç ã o é uma d e c l a r a ç ão r e f e renciada por S E . . . E N T Ã O ...C"IF . . . THEN ... ruies") e usa co m o parte de sua a r q u i t e t u r a uma Base de Conhecimento, r e p r e sentada por um co n j u n t o

de regras de conhecimento arquitetadas numa rel a ç ã o de "condição e

ação". G e r a l m e n t e são descritas da forma:

SE :< a n t e c e d e n t e > ; ENT&O: < conseqüente> .

Os antecedentes c o r r e s p o n d e m "as c ondições" Cpremissas) e os conseqüentes "as ações" C c o n c l u s õ e s ) . D u r a n t e a exe c u ç ã o de um SP, u ma regra de produção cuja p arte da co n d i ç ão é satis f e i t a pode d i s p a r a r , isto é, pode ter sua p arte da ação e x e c u t ad a pelo SC.

O SC é um programa cujo papel é decidir qual o próx i m o

passo, após cada tarefa de decisão. Ou seja, a partir de alguns

valo re s externos ou existentes na BDG tenta disparar ou aplicar as

regras de produção. Este sistema tenta disparar as regras seg u n d o

t é cnicas como, busca para trás C "Backward chaining") ou busca para

f r e n t e C F o r w a r d chaining") ou a c o m b in a ç ã o de ambas. O pro ce s s o

e n c e r r a - s e q u ando algum evento terminal na B DG ocorrer C atingir o

objetivo) ou quando nenhuma regra for possível de ser aplicada.

Referências

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