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Os resultados das escolas do Alentejo nos relatórios da avaliação externa no triénio 2006-2009

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OS RESULTADOS DAS ES OS RESULTADOS DAS ESOS RESULTADOS DAS ES

OS RESULTADOS DAS ESCOLAS DO ALENTEJO NOCOLAS DO ALENTEJO NOCOLAS DO ALENTEJO NOS RELATÓRIOS DA AVALCOLAS DO ALENTEJO NOS RELATÓRIOS DA AVALS RELATÓRIOS DA AVALS RELATÓRIOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA NO IAÇÃO EXTERNA NO IAÇÃO EXTERNA NO IAÇÃO EXTERNA NO TRIÉNIO 2006 TRIÉNIO 2006 TRIÉNIO 2006 TRIÉNIO 2006----2009.2009.2009.2009. H. Salgueiro [1], I. Fialho [2]

[1] Agrupamento de Escolas Ourém. helena.salgueiro@gmail.com

[2] Departamento de Pedagogia e Educação da Universidade de Évora. ifialho@uevora.pt

Resumo ResumoResumo Resumo

O presente estudo apresenta os resultados da avaliação externa das escolas do Alentejo avaliadas no triénio 2006-2009. Neste sentido, procedemos à análise dos cinquenta e oito relatórios de avaliação externa das escolas/agrupamentos, com o objectivo de conhecer a qualidade das escolas desta região do país, tendo como referência as classificações obtidas nos cinco domínios avaliados, bem como os pontos fortes e fracos que predominam, as oportunidades e principais constrangimentos com que as escolas/agrupamentos se deparam.

Palavras PalavrasPalavras

Palavras----chave: chave: chave: auto-avaliação de organizações escolares, avaliação externa das escolas, chave: escolas/agrupamentos do Alentejo .

1. 1.1.

1. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Os relatórios da Avaliação Externa das Escolas estão estruturados em cinco domínios: Resultados, Prestação do serviço educativo, Organização e gestão escolar, Liderança e Capacidade de auto-regulação e melhoria da escola/agrupamento; que são classificados numa escala de quatro níveis (Muito Bom, Bom, Suficiente e Insuficiente).

Cada relatório termina com uma síntese dos atributos da unidade de gestão (pontos fortes e pontos fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos).

A análise dos relatórios da Avaliação Externa das Escolas do Alentejo que apresentamos incide, essencialmente, sobre as classificações obtidas em cada domínio e os pontos fortes e fracos

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assinalados em cada domínio e repectivos factores, não esquecendo as oportunidades e os constrangimentos.

2. 2.2.

2. METODOLOGIAMETODOLOGIAMETODOLOGIA METODOLOGIA

No tratamento e análise dos Relatórios utilizámos uma metodologia mista de natureza quantitativa e qualitativa. A dimensão qualitativa corresponde à análise de conteúdo das asserções referentes a pontos fortes e pontos fracos, oportunidades e constrangimentos. Para a análise quantitativa dos dados recorremos à estatística descritiva (frequências de classificações por Domínio, de asserções de pontos fortes e de pontos fracos por Factores e por Domínio e de constrangimentos e de oportunidades).

3. 3. 3.

3. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS DO ALERESULTADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS DO ALERESULTADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS DO ALERESULTADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS DO ALENTEJONTEJONTEJO NTEJO 3.1

3.13.1

3.1 Análise das classificações por domínioAnálise das classificações por domínioAnálise das classificações por domínio Análise das classificações por domínio

No triénio 2006-2009, no Alentejo, foram avaliadas 58 unidades de gestão (37 agrupamentos de escolas e 21 escolas não agrupadas).

Da análise global das classificações atribuídas às 58 unidades de gestão, verifica-se a predominância de níveis positivos (Gráfico 1).

Gráfico 1

Classificações por domínio

M u it o B o m B o m S u fi ci e n te In su fi ci e n te M u it o B o m B o m S u fi ci e n te In su fi ci e n te M u it o B o m B o m S u fi ci e n te In su fi ci e n te M u it o B o m B o m S u fi ci e n te In su fi ci e n te M u it o B o m B o m S u fi ci e n te In su fi ci e n te 1. Resultados 2. Prestação do Serviço Educativo 3. Organização e Gestão Escolar 4. Liderança 5. Auto-Regulação e Melhoria da Escola 0 74 26 0 0 73 28 0 2 76 21 2 10 57 31 2 4 20 59 17 %

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A classificação que predomina é a menção de Bom, com excepção no domínio 5. Capacidade de Auto-regulação e Melhoria da Escola. Neste domínio também se pode salientar os 17% de classificações Insuficientes, o que permite concluir que grande parte das escolas ainda não dispõe de processos de auto-avaliação consolidados.

Por outro lado, observa-se que, neste domínio, a classificação de Muito Bom ainda que atribuído apenas a 4% das escolas avaliadas, constitui o segundo valor percentual mais elevado.

3.2 3.2 3.2

3.2 Análise dos pontos fortes e fracos por domínioAnálise dos pontos fortes e fracos por domínioAnálise dos pontos fortes e fracos por domínioAnálise dos pontos fortes e fracos por domínio

Na análise de conteúdo das asserções foram utilizadas como categorias e subcategorias de análise os cinco domínios e os 19 factores do Quadro de referência para a avaliação das escolas e agrupamentos (documento orientador da avaliação externa das escolas e agrupamentos). Nas 58 unidades de gestão avaliadas foram registadas 528 asserções correspondentes a 308 pontos fortes (58%) e 220 pontos fracos (42%) (Gráfico 2).

Gráfico 2

Distribuição das asserções de pontos fortes e fracos

Relativamente à distribuição dos pontos fortes (Gráfico 3), constata-se que o domínio Liderança registou a maior percentagem de asserções (33%); os domínios Prestação do Serviço Educativo, Organização e Gestão Escolar e Resultados registaram valores percentuais de pontos fortes muito próximos, 24%, 20% e 19%, respectivamente. O domínio Capacidade de Auto-regulação e Melhoria da Escola obteve o menor número de asserções, correspondendo, apenas, a 4% do total dos pontos fortes.

No que diz respeito às asserções identificadas como pontos fracos, é de sublinhar que a percentagem mais elevada ocorre no domínio Prestação do Serviço Educativo (29%), seguido do

58% 42%

Pontos Fortes Pontos Fracos

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domínio Organização e Gestão Escolar (28%). A Capacidade de Auto-regulação e Melhoria da Escola obteve 17% das asserções; nos domínios Resultados e Liderança assinala-se 15% e 11% de asserções, respectivamente.

Gráfico 3

Distribuição das asserções de pontos fortes e fracos por domínio

Da análise comparativa da distribuição de pontos fortes e fracos pelos 19 factores (Gráfico 4), detaca-se o factor Comportamento e Disciplina, que registou o maior número de asserções (37) de pontos fortes. Segue-se, com 34 pontos fortes, o factor Motivação e Empenho. De sublinhar que dois factores não obtiveram pontos fracos – Diferenciação e Apoios e Equidade e Justiça – e que os factores com maior número de pontos fracos, foram a Articulação e Sequencialidade (38), Auto-avaliação (31) e Concepção, Planeamento e Desenvolvimento da Actividade (25).

1 . Resultados 2. Prestação do serviço

educativo

3. Organização e gestão escolar

4. Liderança 5. Capacidade de

auto-regulação e melhoria da escola 19 24 20 33 4 15 29 28 11 17 % Pontos Fortes Pontos Fracos

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Gráfico 4

Frequência absoluta de pontos fortes e fracos por factores e domínios

3.3 3.3 3.3

3.3 Oportunidades e ConstrangimentosOportunidades e ConstrangimentosOportunidades e ConstrangimentosOportunidades e Constrangimentos

A maioria das oportunidades identificadas diz respeito a parcerias com entidades locais e ao alargamento da oferta educativa.

Relativamente aos constrangimentos foram identificadas, na sua maioria, asserções referentes às limitações das instalações das escolas e à insuficiência de pessoal não docente.

1.1 Sucesso académico

1.2 Participação e desenvolvimento cívico

1.3 Comportamento e disciplina

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

2.1 Articulação e sequencialidade

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

2.3 Diferenciação e apoios

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

3.1 Cocepação, planeamento e desenvolvimento da actividade

3.2 Gestão de recursos humanos

3.3 Gestão de recursos materiais e financeiros

3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

3.5 Equidade e justiça

4.1 Visão e estratégia

4.2 Motivação e empenho

4.3 Abertura à inovação

4.4 Parcerias, protocolos e projectos

5.1 Auto-avaliação 5.2 Sustentabilidade do progresso 1 . R e su lt a d o s 2 . P re st a çã o d o s e rv iç o e d u ca ti v o 3 . O rg a n iz a çã o e g e st ã o e sc o la r 4 . Li d e ra n ça 5 . C a p a ci d a d e d e a u to -re g u la çã o e m e lh o ri a d a e sc o la 15 2 37 5 16 6 22 29 12 17 14 4 16 29 34 14 26 8 2 21 7 2 3 38 18 0 9 25 6 11 19 0 14 6 2 1 31 6

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4. 4.4.

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS EDISCUSSÃO DOS RESULTADOS EDISCUSSÃO DOS RESULTADOS EDISCUSSÃO DOS RESULTADOS E CONCLUSÕESCONCLUSÕESCONCLUSÕESCONCLUSÕES

Os resultados obtidos nos Relatórios da Avaliação Externa das Escolas do Alentejo, no ano lectivo 2008/09, foram muito semelhantes aos resultados obtidos no biénio 2006-2008 (Fialho, 2009), tanto ao nível das classificações por domínio como na distribuição das asserções de pontos fracos e de pontos fortes por domínios e por factores.

Apesar de nos domínios Prestação do Serviço Educativo e Organização e Gestão da Escola, terem predominado as classificações de Bom, importa sublinhar que estes dois domínios incluem os factores Articulação e Sequencialidade e Concepção, Planeamento e Desenvolvimento da Actividade que registam números elevados de pontos fracos. Por outro lado, no domínio Capacidade de Auto-regulação e Melhoria da Escola foi assinalado, também, um número elevado de pontos fracos no factor Auto-avaliação.

Os resultados obtidos nestes três factores constituem indicadores importantes sobre as áreas em que as escolas têm de melhorar a sua intervenção, designadamente, a cultura organizacional, as lideranças e a auto-avaliação.

De acordo com o Quadro de Referência, o factor Articulação e Sequencialidade, tem como referentes: a gestão conjunta dos programas e orientações curriculares; a articulação intra e interdisciplinar na concretização das actividades: a definição de critérios e metas de avaliação do trabalho a desenvolver pelas estruturas de coordenação e supervisão e a articulação dos docentes da mesma unidade de educação/ ensino e entre unidades do agrupamento.

Para a concretização destes referentes a escola deve constituir-se como espaço de convívio e partilha de saberes, crenças, linguagens, atitudes, ideologias. Neste sentido, importa romper com o individualismo e o isolamento em que os professores têm desenvolvido a sua acção. Sublinha-se a necessidade de melhorar as interacções sociais e as relações profissionais, de forma a contribuir para o desenvolvimento de uma cultura colaborativa, condição necessária para as escolas melhorarem a qualidade do serviço prestado.

Os referentes do factor Concepção, Planeamento e Desenvolvimento da Actividade são: a coerência entre os diversos documentos de orientação educativa; os contributos das estruturas internas e externas e dos diferentes actores na definição das prioridades educativas e na revisão dos planos de acção; a planificação do ano lectivo; a gestão do tempo escolar e a programação das áreas transversais. Estes referentes questionam o modo como a escola/agrupamento se organiza e é gerida para prestar o serviço educativo.

(7)

Sabemos que a melhoria da qualidade do serviço prestado por uma escola depende de factores externos, como a origem sócio-económica e cultural dos alunos e as expectativas das famílias, mas também de factores internos, como o tipo de liderança, o funcionamento dos órgãos e das estruturas de orientação educativa, a motivação e o empenho dos professores, entre outros. No actual modelo organizacional, as lideranças desempenham um papel fundamental na mudança e na inovação do trabalho dos professores. Por outro lado, as lideranças só se podem desenvolver nas escolas se estiver instalada uma cultura de partilha e colaboração entre os membros da comunidade educativa.

Os resultados da Avaliação Externa das Escolas mostram, claramente, insuficiências e debilidades no conjunto de referentes do factor Auto-avaliação: participação da comunidade educativa; recolha, tratamento e divulgação da informação; impacto da auto-avaliação e consolidação e alargamento da auto-avaliação. Daí decorre a necessidade de reconhecer às escolas autonomia da acção, capacidade de reflexão e inovação e motivá-las para aperfeiçoar o seu funcionamento e os seus resultados.

A auto-avaliação deve ser entendida como um processo sitemático de análise, realizada pelos seus membros, com vista a identificar os pontos fortes e fracos e a elaboração de planos de melhoria; constituindo um instrumento de reforço de uma autonomia responsável, essencial ao desenvolvimento das organizações escolares e dos seus profissionais.

Contudo, importa reconhecer que o processo de auto-avaliação não só é necessário como é difícil (Lafond, 1999; Rocha, 1999). Exige conhecimentos técnicos e procedimentos relativamente complexos, pelo que a sua implementação requer a constituição de equipas com formação específica em avaliação, com capacidade para mobilizar todos os actores directa e indirectamente envolvidos na escola (professores, alunos, pessoal não docente, pais/encarregados de educação, autarcas e outros cidadãos que se relacionam com a escola) e de criar um clima de transparência e abertura, favorável ao desenvolvimento do processo.

Promover uma cultura de escola colaborativa, incrementar a liderança transformadora e consolidar os processos de auto-avaliação são desafios que na actualidade se colocam às escolas. As oportunidades de melhoria na qualidade do ensino estão na capacidade das escolas responderem a estes desafios.

(8)

5. 5.5.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fialho, I. (2009). Avaliação externa das escolas. Desafios e Oportunidades de Melhoria na qualidade do ensino. In J. Bonito (Org.). Ensino, qualidade e formação de professores (pp. 137-146). Évora: Departamento de Pedagogia e Educação - Universidade de Évora. Inspecção-Geral da Educação (s/d). Avaliação Externa das Escolas – Quadro de Referência para

a avaliação de escolas e agrupamentos 2009/ 2010. Online. Internet. Disponível em http://www.ige.min-edu.pt. Consultado em Março de 2010.

Lafond, M. A. C. (1999). A avaliação dos estabelecimentos de ensino: novas práticas, novos desafios para as escolas e para a administração. In Lafond et al. Autonomia, gestão e avaliação das escolas. Porto: Edições Asa.

Referências

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