Os Desafios do Ensino de Engenharia
Carlos Américo Pacheco
FEI, São Bernardo do Campo 27 de janeiro de 2015
Emerging countries
A inovação será o principal
determinante da produtividade e será o componente mais importante das
políticas de C&T e industrial
• Engenheiros por
habitantes:
• percentual de egressos x
escolaridade superior • perfil inadequado de
egressos
• baixíssima escolaridade
superior
• Resultado: 1,95
engenheiros para cada 10 mil habitantes.
• Pior resultado entre 35
países com estaBsCcas:
• 70% menor que a Turquia
• 2,4 vezes menos que os
EUA
• 8,4 vezes menos que a
Coréia
Fonte: Pacheco, 2010 (dados brutos OECD)
• Apenas 9,2% dos concluintes
com conceito 5 do ENAE (2008) • 95% deles em insCtuições
públicas, mas crescimento do setor privado
• Desafio da formação de
engenheiros de alBssima
qualificação é um desafio ainda maior
• Resultados concretos de 5 a 10
anos após qualquer iniciaCva • Consciência do problema:
recursos e iniciaCvas públicas.
Fonte: Queiroz, 2011 (dados brutos INEP)
Qualidade: um segundo problema
The Future of
Engineering Research
The Royal Academy of Engineering August 2003
BOOK HIGHLIGHTS
• aquisição de conhecimento técnico
• criatividade
• tratamento de problemas complexos
• Empreendedorismo, trabalho em equipe e liderança
• novos requisitos profissionais (soft skills)
“Although Engineering Schools aim to prepare students for the profession, they are heavily influenced by academic tradi<ons that do not always support the professions needs” Educa<ng
Engineers, The Carnegie Founda<on, 2008.
“For too long tradi<onal engineering educa<on has been characterize by narrow, discipline-‐specific approaches
and methods, an inflexible curriculum focused exclusively on educa<ng engineers (as opposed to all students), an emphasis on individual effort rather
than team projects, and liNle apprecia<on for technology’s societal context. Engineering educa<on has not
generally emphasized communica<on and leadership skills, oQen hampering
engineers’ effec<veness in applying solu<ons.” Princeton, 2005
“The changing workforce and technology needs of a global knowledge economy are changing engineering
prac<ce demanding far broader skills. Importance of technological innova<on to economic
compe<<veness and na<onal security is driving a new priority for applica<on-‐driven basic engineering
research”. Engineering for a Changing World
FS&T Reports to date
•
Engenharia como um profissão inovadora que englobe:
–
as necessidades do homem e da sociedade
–
o design criaCvo de sistemas complexos
–
a criação de valor através de um esforço
empreendedor
•
Uma abordagem mais interdisciplinar prepara as
pessoas para os Cpos de problemas que elas irão
encontrar. Os estudantes também precisam mais
experiências com abordagens colaboraCva e voltadas a
solução de problemas.
Vários Modelos: Olin College & CDIO (MIT)
“Modern engineers must be knowledgeable in all phases of the aerospace system life cycle:
conceiving, designing, implemen<ng, and opera<ng (CDIO).”
Engineering for a Changing World, James J. Duderstadt
• Um dos mais críticos - e
hoje mais negligenciados – elementos do processo de inovação é a pesquisa de longo prazo requerida para transformar novo conhecimento em produtos, processos e serviços inovadores para a sociedade. • Universidades de pesquisa
são críticas para gerar novo conhecimento e educar
inovadores e
empreendedores.
Engineering for a Changing World, James J. Duderstadt
• A inovação tecnológica requer uma articulação mais
forte entre indústria e universidades de pesquisa. Entre as ações recomendadas se incluem inciativas conjuntas como os ‘Discovery Innovation
Institutes’ (…)
• Mas a missão e o impacto destes ‘Discovery
Innovation Institutes’ vai bem mais longe, uma vez que devem estimular a interdisciplinaridade, e
programas educacionais capazes de produzir não apenas o conhecimento necessário para inovação, mas os engenheiros, cientistas, inovadores, e
empreendedores necessários para sustentar a liderança em inovação.
Engineering for a Changing World, James J. Duderstadt
Cornell & Technion
• Many op<ons
• No standard model
Aerodinâmica Estruturas Propulsão Mecânica de Vôo Projetos Estruturas e Edificações Geotecnia Recursos Hídri cos e Saneamen to Ambiental Transporte Aéreo Energia Projetos Gestão e Apoio à Decisão Turbomáquinas Materiais e Processos Mecatrônica Software e Sistemas de Informação Sistemas de Computação Metodologias da Computação Teoria da Computação Eletrônica Aplicada Microondas e Optoeletrônica Sistemas e Controle Telecomunica- ções CURSO FUNDAMENTAL
Matemática – Física – Química - Humanidades
Navegação e Guiamento Propulsão e Aerodinâmica Eletrônica p/ Aplicações Espaciais Engenharia
Aeronáutica Engenharia Eletrônica
Engenharia Civil – Aeronáutica Engenharia Mecânica- Aeronáutica Engenharia de Computação Engenharia Aeroespacial
ENGENHARIA AERONÁUTICA E MECÂNICA • Aerodinâmica, Pro- pulsão e Energia • Mecânica dos Só- lidos e Estruturas • Materiais e Proces- sos de Fabricação • Produção • Sistemas Aeroes- paciais e Mecatrô- nica ü MP – AERONÁUTICA ü MP – SAFETY ENGENHARIA ELETRÔNICA E COMPUTAÇÃO ENGENHARIA DE INFRA-ESTR. AERONÁUTICA FÍSICA 4 • Dispositivos e Sis- temas Eletrônicos • Informática • Microondas e Optoeletrônica • Sistemas e Controle • Telecomunicações • Infraestrutura de Transportes • Transporte Aéreo e Aeroportos • Física Atômica e Nuclear • Física Nuclear • Física de Plasmas
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM APLICAÇÕES OPERACIONAIS (PPGAO)
GUERRA ELETRÔNICA – COMANDO E CONTROLE –ANÁLISE OPERACIONAL – ARMAMENTO AÉREO
PROGRAMA INTEGRADO GRADUAÇÃO-MESTRADO (PIGM)
FÍSICA TECNOLOGIAS CIÊNCIAS E
ESPACIAIS
• Física e Matemá- • tica Aplicadas • Química dos Ma- • teriais • Propulsão Espa- • cial e Hipersônica • Sensores e Atua- • dores Espaciais • Sistemas Espaciais • Ensaios e Lança- • mentos
Programas de Pós-graduação
Crescimento da pós-graduação (média anual das matrículas) 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 núm er o (ac um ulado) ano Especiais/MI PG lato sensu Doutorado Mestrado Profissional Mestrado GRADUAÇÃO
Quadro discente – últimos 30 anos
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 50 53 56 59 62 65 68 71 74 77 80 83 86 89 92 95 98 01 04 07 10 N º D E C AN D ID A T O S ANOS Mulheres Homens
Escolas TCG Municipais 32,0% Estaduais 60,2% Federais 57,6% Privadas 40,8% ITA (*) 95,9% Top EUA 76,0% Evasão (TCG): 2010 (*) Media de 88%
Medalhas em Olimpíadas – T16 e T17
• Alunos brilhantes – prêmios em
olimpíadas do ensino médio
• Premios internacionais: IMC (15ª), ICPC
(27ª), Rockets (Technical Excellence) • Evasão baixa para padrões nacionais e
internacionais
• Melhor Nota do ENEN de ingressantes
2012 OURO PRATA BRONZE MERITO TOTAL
ALUNOS 25 25 25 24 67
MEDALHAS 37 35 30 33 135
Alunos (%) 20% 20% 20% 19% 53%
2011 OURO PRATA BRONZE MH TOTAL
ALUNOS 22 14 14 10 60
MEDALHAS 31 29 34 32 127
Alunos (%) 18% 12% 12% 8% 50%
!
Provas que ensinam somente a resolver problemas por similaridade. O aluno não vê conexão do que aprende com outras matérias nem com problemas reais.
O modelo educacional atual não é motivador
e utiliza a nota como meio de pressão externa
Exemplo do dia-a-dia de estudo no FUND
• “Brazil will be the first major country of
the world to integrate all educa<onal and research facili<es of a na<on, in all fields which pertain to aeronau<cs the professional level, both civil and
military, in one geographical center and in one legal organiza<on. Not only will Brazil be the first na<on to centralize these facili<es but she will also be the first na<on to plan these facili<es,
before they are created and started, as properly correlated components of a
single organiza<on”. Recommenda<ons
for the CTA Law, Smith, R.
CTA/ITA e Bell labs: NatLab
• Laboratório Próprio para
um Campus Tecnológico
25
Apud Cesar Vohringer
Não ampliar as especializações em Engenharia, mas abrir espaço para competências transversais
Aerospace Engineering Aeronautical
Engineering Engineering Civil Engineering Computer Engineering Eletronics Engineering Mechanical
‘Minor’ em Engenharia Física ‘Minor’ em Engenharia de Sistemas
‘Minor’ em Engenharia de Inovação
Introdução de Ciências da Vida no Ensino Fundamental Possibilidade de Estudar uma área de Bio-Engenharia
Innovation Center: Cultural Change
The Innovation Center will be a central component of ITA’s innovation ecosystem. It will enhance the
evolving of student and faculty with innovation. It will provide an interface with industry, to bring challenges to ITA and
facilitate presentation of innovative ideas from ITA to industry. The Center will support the building and sustaining of an innovative and entrepreneurial