• Nenhum resultado encontrado

Trabalho, Doenças e Alcoolismo: estudos de caso dos internos da Colônia Juliano Moreira, Rio de Janeiro ( )

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Trabalho, Doenças e Alcoolismo: estudos de caso dos internos da Colônia Juliano Moreira, Rio de Janeiro ( )"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

Trabalho, Doenças e Alcoolismo: estudos de caso dos internos da Colônia Juliano Moreira, Rio de Janeiro (1930-1945)

Anna Beatriz de Sá Almeida1

Aléxia Iduino Duarte de Melo**

No presente artigo será analisada a relação entre profissão e diagnóstico, examinando as nuance dos dados fornecidos pelas fichas de observações masculinas colhidas no acervo da Colônia Juliano Moreira, respeitando o recorte de 1930 a 1945. Nosso enfoque se encontra nos marcadores de profissão e diagnóstico de transtorno mental, trabalhando com a idéia de uma correlação entre os dois fatores para internação, utilizando o material coletado durante o projeto “Histórias e trajetórias de ‘internos desviantes’: doenças mentais, doenças do trabalho e homossexualismo na Colônia Juliano Moreira, Rio de Janeiro (1930-1945)” (projeto que recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), como APQ1 em coordenação com a Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz, durante o ano de 2015).

A história da saúde pública e do trabalho no Brasil ao longo das décadas de 1930 a 1945 está permeada por profundas mudanças no campo das políticas e das instituições de saúde e, especialmente, em relação à doença mental, aos estudos da relação entre as condições de trabalho e o adoecimento dos trabalhadores, em um período de grande valorização do mesmo pelo governo e também pelas definições e percepções acerca do papel dos homens e em especial dos trabalhadores na construção da “nação”. Cabe ressaltar que o processo de consolidação das leis trabalhistas, enaltecendo a figura do trabalhador, não é exclusivo do Brasil. Juán Perón, em 1943 na Argentina, quando Secretário do Trabalho e Segurança Social promoveu com apoio dos sindicatos, políticas de proteção aos trabalhadores. No México, Lázaro Cárdenas, presidente entre

* Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/ Fiocruz) no Departamento das Ciências e da Saúde.

** Graduanda em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e bolsista PIBIC pela FAPERJ (Fundação de Amparo às Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) no projeto “Histórias e Trajetórias de internos “desviantes”: doenças mentais e trabalho na Colônia Juliano Moreira, Rio de Janeiro (1930-1945)”, coordenado por Anna Beatriz de Sá Almeida.

(2)

1934 a 1940, desenvolve reformas socioeconômicas, criando órgãos de representação aos camponeses e os trabalhadores urbanos.

Não há divergências sobre o primeiro governo Vargas ser um marco para as políticas públicas no Brasil. É em 1930 que se inicia a integração das políticas sociais como atribuição do Estado, e aponta-se que a implementação dessas políticas públicas resultou na redução da desigualdade social, ainda que tenha sido instituído um sistema estratificado de serviços de saúde. Na obra “Saúde no Governo Vargas (1930-1945) – dualidade Institucional de um bem

público”, a historiadora Cristina Fonseca pesquisa o processo de formação das políticas de saúde

pública em 1930 a 1945. Cita a separação dos serviços de saúde atribuídos ao Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP) e ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (MTIC). Para a autoria essa separação foi responsável pela construção de duas formas diferentes de inclusão social, um corporativo e outro com parâmetros universais.

O MESP promovia ações de saúde pública voltada para a medicina preventiva e medicina curativa. A população alvo dessas ações seriam todos que não eram contemplados pela previdência, possuía um caráter não restritivo ainda que dada ênfase ao atendimento de mulheres e crianças. Era disponibilizado o atendimento médico individualizado, havendo também grandes campanhas para o combate as doenças endêmicas, já que as enfermidades infecciosas são de rápida transmissão. As ações públicas integravam projetos de interiorização do Estado, portanto as ações de medicina preventiva se conectaram a questão do homem rural e as endemias do campo, foram construídos postos de profilaxia. É destacada a importância do saneamento rural e urbano e o crescimento da participação do governo federal nas ações de saúde pública, indo além do perímetro urbano.

Já o MTIC atendia a demanda da população que possuía previdência. Sua política social envolvia o governo, os trabalhadores e a burguesia, ganhando assim o sentido corporativo. O investimento nesse setor resultou em garantias legais para os trabalhadores e estabelecia o controle direto do estado sobre os sindicatos. Com a algumas atividades profissionais reconhecidas foi assegurado o direito dessas classes a assistência médica. Assim os serviços estruturados ligados ao MTIC eram destinados à prestação de serviço médico individualizado via categoria profissional. Antes da criação do MTIC o que valia para o sistema previdenciário eram

(3)

as regras das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), a assistência médica era atribuição obrigatória e fixa das instituições previdenciárias. No primeiro governo Vargas foi reformulada a legislação referente aos CAPs – decreto 20.465 de 1º de outubro de 1931 - evidenciando a diferença entre prestação de serviços médicos e concessão de benefícios pecuniários, considerando não obrigatório a prestação do serviço médico. Além dessas mudanças, o governo investiu na criação de um modelo previdenciário e gradativamente os CAPs foram substituídos pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), organizados por categorias profissionais e não por empresas, como era com as CAPs. Os IAPs teriam como funções a concessão de aposentadorias e pensões e administrar os serviços de saúde. Havia a hierarquização da prestação de serviço, já que a arrecadação variava com o valor do salário de casa profissão, quanto maior a contribuição melhor o atendimento médico.

O indivíduo homem era considerado o provedor da família e cidadão-trabalhador produtivo, esperava-se que fosse um “respeitável” chefe de família, gozando de boa saúde e muito disciplinado, um modelo exemplar, na medida em que seria ele e a sua família, a base de construção da ”futura nação”. Assim, qualquer desvio neste modelo, quer fosse por indisciplina ou esgotamento físico e mental decorrente do processo e das condições de trabalho, quer fosse por opções sexuais diferentes das esperadas, tornaria estes “desviantes” do projeto de nação e sociedade que se defendia naquele momento e, portanto, passíveis de serem considerados “loucos” e internados em instituições psiquiátricas para tratamento e recuperação.

As políticas públicas voltadas para a assistência à doença psiquiátrica surgiram no ano de 1940. Ana Venâncio narra com detalhes em “A Colônia Juliano Moreira na década de 1940:

política assistencial, exclusão e vida social”, o surgimento do Serviço Nacional de Doenças

Mentais (SNDM). Em 1937 o Departamento Nacional de Saúde Pública, subalterno do MESP, é substituído pelo Departamento Nacional de Saúde (DNS),visando a melhor fiscalização e execução das medidas de saúde pública. Devido às disparidades com a área de educação, todos os órgãos passaram a ser incorporar ao Departamento Nacional de Saúde, passando a ser dividido em 4 esferas: Divisão de Saúde Pública, Divisão de Assistência Hospitalar, Divisão de Amparo à Maternidade e à Infância e a Divisão de Assistência a Psicopatas.

(4)

Em 1941, Barros Barreto reforma DNS, criando segmentos para cada ramo de doenças. Uma nova divisão é feita, e o DNS passa a ser composto por: Serviço Nacional de Lepra, Serviço Nacional de Malária, Serviço Nacional de Peste, Serviço Nacional de Tuberculose, Serviço Nacional de Febre Amarela e o Serviço Nacional de Doenças Mentais (SNDM), o qual se segmentava em Divisão de Assistência a Psicopatas (DAP) e o Serviço de Assistência a Psicopatas (SAP). A criação do SNDM garante a expansão da assistência psiquiátrica para todo o território brasileiro.

O Estado ao mesmo que tempo que almejava ser moderno, queria ser centralizador. No campo da saúde é observado o Estado centralizador, mas trabalhando em conjunto com estado e município, buscando uma interação das três esferas. Essas novas ações seguiam a política de saúde pública internacional discutida em congressos patrocinados pelos Estados Unidos. A idéia era que os municípios sejam fiscalizados pelos estados, e o governo federal hierarquicamente estaria acima dos dois, sempre mantendo o diálogo com os poderes locais.

A Colônia Juliano Moreira situada em Jacarepaguá no Rio de Janeiro, foi fundada em 1924 para ser uma colônia de psicopatas homens. Com sua estrutura fundamentada na praxiterapia e na assistência hétero familiar, era proposto o contato sistemático dos internos com pessoas sadias, como os funcionários. Para isso foram construídas as casinhas higiênicas, local onde acontecia o convívio dos funcionários com os internos, contribuindo para sua inserção social. Já a praxiterapia visava fornecer uma ocupação para os internos, um tipo de trabalho, fornecendo um grau de autonomia e os conectando com a realidade. As principais atividades empregadas eram relacionadas com o cultivo de lavoura de cereais e hortaliças, pecuária e produção de artigos de vime. Com o advento da SNDM, a Colônia recebe verbas para a sua ampliação. Ana Venâncio ainda em “A Colônia Juliano Moreira na década de 1940: política

assistencial, exclusão e vida social”, cita que entre nos anos de 1940 e início de 1950 foram

construídas novas unidades entre elas: o Bloco Médico-Cirúrgico “Álvaro Ramos”, Pavilhão de Tisiologia para Tuberculosos, Clínica Psico-cirúrgica Egaz Muniz, dois pavilhões para adolescentes de ambos os sexos e dois pavilhões de admissões2.

2 VENANCIO, Ana Teresa A. Da colônia agrícola ao hospital-colônia: configurações para a assistência psiquiátrica no Brasil na primeira metade do século XX. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.18, supl.1, dez. 2011, p.35-52.

(5)

É inferido a partir dessas informações que houve uma preocupação por parte do Estado de voltar um segmento das políticas públicas de saúde para a psiquiatria. Na década de 1940 além da CJM receber investimentos na sua infraestrutura, recebe também o maior contingente de internos masculinos, 2.805.

Os conhecimentos voltados para o surgimento de distúrbios psíquicos no âmbito social se concentravam normalmente, em duas linhas de investigação: a esfera macrossocial e a microssocial. Na primeira vertente temos estudos que buscam relacionar aspectos como classe social, sistema político, educação, guerras, entre outros, com o adoecimento mental e distribuição dos distúrbios psíquicos. A vertente microssocial tem buscas centradas na família. Estudos procuram correlacionar a vivência com os parentes com o inicio dos distúrbios da saúde mental.

No final no século XIX, início do XX, alguns autores já levantavam o trabalho como possível causa para o adoecimento mental. Karl Jasper em Psicopatologia Geral incluiu as experiências emocionais no trabalho, em alguns casos, como experiências adoecedoras. Kretschmer e Bleuler, em suas obras, identificaram as humilhações sofridas pelo trabalhador como determinante na origem de diagnósticos específicos.

Edith Seligmann-Silva em Trabalho e desgaste mental – o direito de ser dono de si

mesmo – alega que forças políticas e sociais possuem o poder de fragilizar ou fortalecer o

trabalhador. Duas noções são importantes para o processo de saúde-doença no trabalho são as determinações sociais e a divisão internacional do trabalho. A autora que o sofrimento social é associado a formas poderosas de dominação que amplia das instancias sociais até chegar ao ambiente familiar, locais de trabalho e indivíduos, a dominação e sofrimento alcançam a esfera mental.

Um exemplo de sofrimento social que levou a doença mental é o caso de F.A.F, deu entrada na Colônia Juliano Moreira (CJM) em 1942 com 35 anos, branco, solteiro, é operário em fábricas de sapato. Diagnosticado com esquizofrenia forma hebefrênica, é narrado na ficha do interno:

“Ali, a principio, ia bem, porém, para o fim passou a ser perseguido por um mestre, que não via no paciente um operário capaz de cumprir todas as tarefas diárias. Cada dia, esse mestre, mais lhe exigia maiores atividades. A todo o momento, o mestre procurava saber se as tarefas estavam prontas, e, como o paciente fosse pouco desembaraçado no

(6)

acabamento dos mesmos, o mestre se perdia em reclamações de toda a natureza. Por fim, o paciente foi sentindo um mal-estar lhe invadia o cérebro, um estado nervoso tomava conta do seu organismo, perdia o apetite e o sono, e cada vez mais sentia sua incapacidade para o serviço, mormente diante do mestre. Assim, sem meios de evitar semelhante situação, via também progredir seus padecimentos, a ponto de ser obrigado a demitir-se da aludida fábrica. Deste modo, doente e sem trabalho, se acha a cerca de 12 anos.”

Entendemos assim que a perseguição por parte do chefe a F.A.F, alegando que ele não era capaz de concluir seu serviço, criando uma relação conturbada foi o “gatilho” social para o surgimento dos sintomas da esquizofrenia. Após esse episódio, F.A.F passa 12 anos sem emprego e doente. É internado na CJM pelo cunhado, que confirma sua história e diz que os recursos financeiros da família acabaram e por isso a decisão de interná-lo. O interno recebe uma alta experimental de 6 meses e não regressa mais.

A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) é a designação de uma especialização produtiva global, já que cada país fica responsável a produzir um determinado produto. Os países detentores da tecnologia a exportam por um alto valor em enquanto os países em desenvolvimento produzem produtos menos elaborados e mais baratos por geralmente fadar os seus operários a altas cargas horárias de trabalho, pagando um salário inferior ao tempo trabalhado. Gerando o adoecimento desse trabalhador de ponta. A DIT é um processo mais recente e por isso não cabe no recorte do trabalho.

A saúde mental relacionada ao ofício percorre todo o mundo do trabalho, esse é composto pelos empregados, desempregados, o trabalhador temporário, os afastados por doenças entre outras categorias. Temos o caso de A.J.R com entrada na CJM em 1943, com 46 anos, branco, solteiro,garçom, diagnóstico com psicose heterotóxica. Vindo de Portugal, sempre trabalhou como ajudante de cozinha ou garçom, seu pai era alcoólatra. Sua doença é remetida a sua profissão, pois o contato com o álcool facilitou a embriaguez do interno: “Costumava fazer uso do álcool desde os 16 anos, persistindo nesse hábito até ser internado”. O paciente relata alucinações e perturbações vinculadas ao rádio, por isso procura o Distrito Policial afim de conseguir uma guia de transferência para internação. Não é diagnosticado apenas por alcoolismo

(7)

justamente por ter essas alucinações, já que seu caso possui traços de degeneração, sendo seu pai também consumidor assíduo e voraz de bebidas alcoólicas. A psicose hétero tóxica remete ao uso excessivo de álcool, uma das principais causas de doenças mentais na classe trabalhadora. A demanda de diagnósticos relacionados a alcoolismo foi tão expressiva que a CJM constrói, com recursos do SNDM, um reformatório para alcoolistas. O paciente recebe alta em 31/10/1944, após passar por tratamento contra o vício e erisipela.

Na pesquisa feita na Biblioteca Nacional, foram encontrados diversos periódicos de 1930 a 1945 com a temática de saúde e doença mental. O Archivos Brasileiros de Hygiene Mental em Agosto de 1930- nº 08 – Ano III, com um editorial sobre “Brasil Anti-alcoólico”, ficava claro a concepção de que o abuso do álcool era considerado um problema, ainda que pouco debatido. O periódico cita a realização de uma sessão anti-alcoolismo na II Conferência Latino-Americana de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal. É percebido que o abuso do álcool não é só considerado uma patologia, é visto também como um problema social (Archivos Brasileiros de

Hygiene Mental, agosto de 1930, nº 08,ano III):

“Deixou de há muito, na verdade, ao alcoolismo de ser apenas uma doença médica, passando a ser, sobretudo, uma doença social. E, como doença social, tornou-se passível de tratamento administrado por terapeutas sociólogos, como são, no regime vigente, os legisladores e os governos.”

É observado no discurso médico da época que para o diagnóstico de doenças nos internos masculinos serem feitos, uma investigação sobre questões do trabalho, vadiagem e alcoolismo ocorria. Também é importante a fisiologia do interno e seu histórico de saúde, e suas intercorrências da infância e hábitos familiares.

Esses estudos de casos citados são de fichas de observação colhidas para o projeto “Histórias e trajetórias de ‘internos desviantes’: doenças mentais, doenças do trabalho e homossexualismo na Colônia Juliano Moreira, Rio de Janeiro (1930-1945)”. Foram lidas 4.006 fichas observação do período de 1930 a 1945 dos internos do sexo masculino, foram selecionadas para o projeto em questão 155 fichas. Das quais 81 são de internos que por diversas causas relacionadas ao trabalho foram julgados mentalmente incapazes. Desses 81 casos os diagnósticos mais expressivos são: esquizofrenia com 31 casos, em seguida psicoses com 12 casos e alcoolismo com 10. O restante de diagnósticos é igual ou inferior a 5 casos.

(8)

Dessa forma podemos perceber que o período do primeiro governo Vargas foi um período de consolidação das políticas públicas, onde o Estado constrói a premissa que é dever do mesmo fornecer saúde para a população. Uma das vertentes médicas beneficiadas é a psiquiatria. Com a criação de um setor voltado para as doenças mentais, é possível tratar com maior eficácia os alienados, já que verbas são disponibilizadas para infra-estrututra, medicamentos e funcionários.

A saúde do trabalhador também é peça importante para a construção desse estado moderno e centralizador. O homem por ser o provedor da família precisava ser fisicamente e mentalmente forte. As pressões sofridas no ambiente de trabalho, os acidentes ocorridos, ou até mesmo a falta de emprego, poderia vir a causar o adoecimento mental de certos indivíduos.

Bibliografia: .

ALMEIDA, A. B. S. As parcelas (in)visíveis da saúde do anônimo trabalhador": uma contribuição à história da medicina do trabalho no Brasil (1920-1950). Niterói, Tese de Doutorado em História, UFF, defendida em 12 de julho de 2004.

ALMEIDA, A. B. S.. "Doenças e Trabalho: Um Olhar sobre a Construção da Especialidade Medicina do Trabalho". In: NASCIMENTO, D. R. do & CARVALHO, D. M & MARQUES, R. C. Uma história brasileira das doenças, volume 2. Rio de Janeiro, MAUAD X, 2006.

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho? Ensaios sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 1995.

CAMPOS, André Luiz Vieira de. Políticas Internacionais de Saúde na Era Vargas: o Serviço Nacional de Saúde Pública, 1942 – 1960. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006.

DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. Oboré Editorial: São Paulo, 1987.

(9)

ENGEL, Magali Gouveia. “As fronteiras da anormalidade: psiquiatria e controle social”. História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Rio de Janeiro, Fiocruz, vol. V. nº 3, nov.1998/fev. pp. 547-563, 1999.

FONSECA, Cristina M. O. Saúde no Governo Vargas (1930-1945): dualidade institucional de um bem público. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2007.

GOMES, Angela de Castro (coord). Capanema: o ministro e seu ministério. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2000

HOBSBAWM, Eric, Mundos do trabalho, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

SILVA. S. E. Trabalho e desgaste mental – o direito de ser dono de si mesmo. São Paulo: Editora Cortes, 2011.

SMITH, Bonnie G. Gênero e História: homens e mulheres e a prática histórica. São Paulo: Editora EDUSC, 2003

THOMPSON, E. P.,.Costumes em comum:estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

VAN DER LINDEN, Marcel, “História do trabalho: o velho, o novo e o global”, Revista Mundos

do Trabalho, vol. 1, no. 1, jan-jun 2009,

VENANCIO, A.T.A. "Ciência psiquiátrica e política assistencial: a criação do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil". História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol.10 (3), pp. 883-900, set-dez, 2003.

VENANCIO, Ana Teresa A. Da colônia agrícola ao hospital-colônia: configurações para a assistência psiquiátrica no Brasil na primeira metade do século XX. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.18, supl.1, dez. 2011, p.35-52.

Referências

Documentos relacionados

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

Neste capítulo foram descritas: a composição e a abrangência da Rede Estadual de Ensino do Estado do Rio de Janeiro; o Programa Estadual de Educação e em especial as

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à

Nesse trabalho, procuramos avaliar os efeitos do Programa Bolsa Família (PBF) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), os dois maiores programas brasileiros de

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do

Os instrutores tiveram oportunidade de interagir com os vídeos, e a apreciação que recolhemos foi sobretudo sobre a percepção da utilidade que estes atribuem aos vídeos, bem como

Dessa forma, a partir da perspectiva teórica do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o presente trabalho busca compreender como a lógica produtivista introduzida no campo

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação