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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POLÍTICA PÚBLICA: Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e a prática escolar 1

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Academic year: 2021

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POLÍTICA PÚBLICA: Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e a prática escolar1

Janãine Daniela Pimentel Lino Carneiro janaine_nana@hotmail.com Aluna do Programa de Pós-graduação em Geografia

Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão Marcelo Rodrigues Mendonça mendoncaufg@gmail.com Professor do Programa de Pós-graduação em Geografia Universidade Federal de Goiás/Campus Catalão

RESUMO

A crise ambiental advinda da forma de apropriação da natureza predominante no capitalismo exige esforços da sociedade mundial para o entendimento das questões ambientais e para a busca por soluções. Nesse sentido surgem as Políticas Públicas, dentre elas a Educação Ambiental (EA) instituída no Brasil a partir de 1973, como uma ferramenta indispensável para uma prática sustentável da relação sociedade-natureza. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) instituem a EA por critérios específicos, caráter de urgência social e capacidade de ensino e aprendizagem no Ensino Fundamental. É um tema transversal, pois tem natureza diferente das áreas convencionais. Entretanto, nas escolas quase sempre se restringe a projetos de ensino de curta duração ou mesmo em eventos pontuais. Este estudo visa verificar como a EA está proposta nos PCNs e como vem sendo colocada em prática na Escola. Para tanto realizou-se a análise dos PCNs e um estudo de caso na Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro, em Corumbaíba (GO). Nota-se uma incompatibilidade entre a EA proposta pelos PCNs e a EA desenvolvida na escola. Espera-se fomentar os debates acerca do oficial e do real na EA, contribuindo para que haja uma aproximação entre o que se identifica no âmbito teórico e a realidade vivenciada na Escola.

Palavras-chaves: Políticas Públicas; Educação Ambiental; PCNs; Prática Escolar.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Ao pensar os principais problemas da atualidade a questão ambiental encontra-se numa posição central. O contexto atual é marcado por uma crise que coloca em risco a própria sobrevivência humana. Tal crise advém de uma sequência histórica de atitudes que concebem a utilização dos recursos naturais, sem uma preocupação direta, no sentido de que esses bens podem esgotar-se. Além disso, está intimamente relacionada às formas de apropriação da natureza, bem como, a dinâmica de produção e reprodução da sociedade no modo de produção capitalista.

Nesse sentido, a atual crise na relação entre homem e natureza advém de uma série de ações antrópicas regidas por interesses materialistas que foram praticadas ao longo da história da humanidade e intensificadas com o desenvolvimento técnico e tecnológico,

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proporcionados pela lógica do capital, que concebe a natureza enquanto meio inesgotável para total desfrute da sociedade humana, sem qualquer necessidade de reflexão acerca destas atitudes e formas de pensar a natureza.

A busca de alternativas à crise passou a exigir esforços da sociedade mundial na construção de um diálogo em busca do entendimento das questões ambientais contemporâneas, bem como, de estratégias para reverter e/ou minimizar os efeitos da crise ambiental, o que culminou na intensificação dos debates acerca desta temática em diversas partes do mundo, contando com a participação de lideranças políticas de vários países. Nesse contexto são elaborados os conceito de Educação Ambiental (EA) e ainda os parâmetros para a sua constituição enquanto política pública.

Houve a necessidade de especificar as atribuições e o público-alvo da Educação Ambiental, que passou a ser concebida como informal e formal. A primeira tratada pelas ações do Ministério do Meio Ambiente (MMA), fora da escola, para os demais segmentos da sociedade e como gestão ambiental; e a segunda, tratada nos sistemas vinculados ao Ministério da Educação (MEC), no ensino formal, como um tema transversal no currículo escolar.

Como marco inicial tem-se a realização da I Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano em Estocolmo, em 1972; outra conferência em Belgrado (Iugoslávia) onde foram formulados alguns princípios básicos para um programa de EA, em 1975 promovida pela UNESCO; a Conferência de Chosica (Peru) realizada no âmbito da América Latina em 1976; a I Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental em Tbilisi (Geórgia, Ex-URSS) em 1977, promovida pela UNESCO em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Esta última, segundo Mendonça (2004) é considerada um marco conceitual desse novo campo, onde foram elaborados os objetivos, princípios, estratégias e recomendações para a EA, uma vez que, passou a ser considerada um “[...] elemento fundamental para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta e uma proposta de educação emancipatória e comportamental, que deve estar presente em todos os setores da sociedade civil e do poder público.” (MENDONÇA, 2004, p. 28)

Em 1987, a UNESCO e o PNUMA promoveram a Conferência de Moscou com o objetivo de avaliar os rumos da EA até o momento e traçar ações para a década de 1990. Neste mesmo ano, segundo Reigota (1994), a Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente publicou o Relatório Brundtland apresentando o conceito de desenvolvimento sustentável e, dentre as novas estratégias destacou a importância da EA como alavanca indispensável para a construção de um desenvolvimento associado à sustentabilidade ambiental.

Em 1992 acontece no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO-92), que culmina na elaboração da Agenda 21, na qual a

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EA é reafirmada como proposta de um esforço global para fortalecer atitudes, valores e ações ditas ambientalmente saudáveis. Ao mesmo tempo realizou-se o Fórum Global, organizado por ONGs, que elaboraram o “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global”, um marco também para as ações não-formais da EA.

De acordo com Mendonça (2004) os documentos elaborados na RIO-92

trouxeram um novo conceito de EA que passou a abranger as noções de cooperação, pluralismo, paz, ética, criatividade, afetividade, resistência, solidariedade, dignidade, coletividade, participação, respeito mútuo, compromisso, iniciativa e, ainda, negociação, gestão de conflitos e cidadania passando a ser sinônimo de tudo o que deve ser mudado para o enfrentamento deste mal-estar civilizatório. (MENDONÇA, 2004, p. 29)

A RIO-92 foi bastante destacada pelos diversos meios de comunicação e midiáticos ressaltando as chamadas preocupações “ecológicas”, o que por um lado foi importante para discutir o estágio da crise ambiental, e por outro permitiu um crescente modismo em torno desta temática.

Melo Neto (2009) entende que

aliar a imagem pessoal e institucional às questões ambientais passou a ser valorativo, se antes, a ideia do desenvolvimento estava aliada a necessidade de gerar o progresso ilimitado, agora se tem a preocupação de uma parcela da humanidade que passa a considerar ações de minimização de impactos e de busca de soluções ao problema ambiental, como necessárias. Isso resulta no Marketing ecológico, sobretudo, no âmbito privado com as ISOs e os selos ambientais, que denominam as empresas como “ecologicamente ou sócio-ambientalmente responsáveis. (MELO NETO, 2009, p. 6)

Para fazer um balanço dos dez anos da Rio-92, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou em 2002, na cidade de Joannesburgo (África do Sul) a Conferência das Nações Unidas Sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável chamado Rio+10, na qual participaram lideranças políticas de diversos países, representantes de ONGs e da Sociedade Civil. Está previsto para o ano de 2012, a Rio+20, a ser realizada no Rio de Janeiro para um balanço dos 20 anos da Rio-92.

No Brasil, a EA foi instituída como política pública, a partir da Conferência de Estocolmo, em 1972, mais precisamente em 1973 com a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), vinculada ao Ministério do Interior. Em 1981, foi instituída a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei n° 6.938/81) que estabeleceu a necessidade de inclusão da EA em todos os níveis de ensino. Em 1989 foi criado o Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) conforme a Lei n° 7.797/89, em 1992 foi criado o Ministério do meio Ambiente (MMA), o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e foram instituídos os Núcleos de Educação Ambiental (NEAs). Em 1994, foi criado o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), cujos objetivos principais foram o desenvolvimento de

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ações educativas, o desenvolvimento de instrumentos, metodologias e a capacitação dos professores e da equipe gestora da escola.

Em 1996 foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n° 9394/96) que estabeleceu as normas e diretrizes da educação no Brasil. Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) foram aprovados pelo Conselho Nacional de Educação como suporte para a escola na elaboração do seu projeto educativo, prevendo procedimentos, atitudes e temas a serem abordados na Escola.

Em 2002, o Decreto n° 4.281 regulamentou a Lei n° 9.795/99, que definiu a composição e competências do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, onde as equipes do MMA e do MEC passaram a desenvolver ações conjuntas de articulação da EA nos níveis federal, estadual e municipal, e começam a receber recursos financeiros da União para desenvolver ações de apoio nas escolas públicas.

Para Ruas (1998) políticas públicas pode ser um conjunto de procedimentos formais e informais, que surgem a partir de uma demanda e são destinadas tanto à resolução pacífica de conflitos quanto aos bens públicos e dependem de decisões políticas, por meio de relações de poder. As demandas podem ser locais, nacionais ou internacionais, políticas, econômicas ou sociais, que são viabilizadas por um arcabouço teórico e financeiro que permite a formulação e a implantação de programas governamentais.

A EA tem sido concebida ao longo de sua elaboração enquanto política pública como uma importante ferramenta para a transformação da consciência ambiental, uma vez que, oportuniza a mudança de hábitos, valores, crenças e comportamentos capazes de rever a forma de interação sociedade-natureza vigentes, no sentido de criar e aplicar formas ditas sustentáveis dessa interação. Entretanto nota-se uma prática de EA na maioria das escolas bem distinta dessas diretrizes.

Diante da constante presença da problemática ambiental, bem como do termo EA, tanto nas discussões nos meios de comunicação quanto no meio acadêmico, e ainda ao vivenciá-la na Escola surgem alguns questionamentos que nortearam a presente pesquisa. Tais como: Qual EA está presente nos PCNs? Como vem sendo praticada a EA nas Escolas atualmente? A prática da EA é compatível com as diretrizes oficiais dos PCNs?

A partir dessa problemática, apresentam-se neste artigo as diretrizes da EA nos PCNs, a prática da EA com base no estudo de caso realizado na Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro em Corumbaíba (GO) e a avaliação acerca da compatibilidade entre as normas oficiais presentes nos PCNs e a EA praticada na escola. Para tanto se utilizou como metodologia a pesquisa teórico-bibliográfica, o trabalho de campo, aplicação de questionários e a análise qualitativa dos dados coletados. Estruturou-se o artigo em três sessões: 1. Os caminhos da pesquisa; 2. A educação ambiental nos parâmetros curriculares nacionais; 3. A Educação Ambiental na escola: um estudo de caso e; Considerações.

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OS CAMINHOS DA PESQUISA

Nesta pesquisa os procedimentos metodológicos assumem um papel de destaque uma vez que irão nortear o trabalho rumo aos objetivos propostos. “A metodologia constitui todo um referencial ontológico, epistemológico do pesquisador.” (BARROS, 2008, p. 72)

Minayo (2003) entende a metodologia como uma articulação entre conteúdos, pensamentos e existência, já que as concepções teóricas de abordagens, a teoria e a metodologia caminham juntas.

Entendemos por metodologia o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade. Nesse sentido, a metodologia ocupa um lugar central no interior das teorias e está sempre referida a elas. [...] inclui as concepções teóricas de abordagem, o conjunto de técnicas que possibilitam a construção da realidade [...]. MINAYO, 2003, p. 16)

Além da revisão bibliográfica que oportuniza uma “leitura científica da realidade”, outro instrumento metodológico utilizado foi o trabalho de campo. Este se constitui numa importante ferramenta que possibilita a conexão da empiria com a teoria. É um momento do processo de produção do conhecimento que não pode prescindir da teoria, pois pode tornar-se vazio de conteúdo, incapaz de contribuir para revelar a essência dos fenômenos. (ALENTEJANO; ROCHA-LEÃO, 2006)

A pesquisa teórica possibilitou reconhecer o crescente número de pesquisadores que vem desenvolvendo estudos relacionados à temática ambiental e especificamente acerca da Educação Ambiental (EA). Neste estudo servirão como pressupostos teóricos trabalhos de Mendonça (2004), Ruas (1998), Melo Neto (2009), Reigota (1994), Bueno & Oliveira (2008) e Brasil (2001a; 2001b).

A pesquisa de campo ou levantamento empírico foi desenvolvida na Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro, localizada no campo em Corumbaíba (GO) na região conhecida por “Bálsamo”. Foram realizadas três visitas na unidade escolar: uma para apresentação da proposta de trabalho; uma para análise dos documentos da instituição; e outra para a aplicação dos questionários aos estudantes e professores.

Na primeira visita foram apresentados à equipe gestora o caráter e os objetivos da pesquisa a ser desenvolvida, feita a solicitação para a realização dos trabalhos de campo e desenvolvimento da pesquisa. Na segunda visita foram analisados os documentos da escola, tais como a Proposta Pedagógica e o Projeto Político Pedagógico. E por último, na terceira visita, foram aplicados os questionários para o corpo docente e o corpo discente da unidade escolar, bem como as fotografias da escola.

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Foram elaborados dois modelos distintos de questionários, um para os professores e outro para os estudantes. Os questionários abordaram elementos quantitativos e qualitativos.

Os questionários destinados aos alunos foram aplicados para vinte e seis estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e traz questões quantitativas e qualitativas referentes aos seguintes temas: Identificação (nome, sexo, idade); Perfil do estudante (série em que estuda, tempo em que estuda na escola); A concepção de Educação Ambiental, tanto na escola quanto por outros meios; Conhecimento e compreensão do termo “meio ambiente”; Concepção de Educação Ambiental na escola e a participação em atividades sobre Educação Ambiental desenvolvidas na Escola.

O questionário elaborado para o corpo docente foi aplicado para um total de seis docentes, também do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, uma diretora e uma coordenadora. O questionário enfatiza os seguintes aspectos: Identificação (nome, sexo, idade); Perfil profissional (nível de escolaridade, área de formação, área e tempo de atuação profissional); Papel da Educação Ambiental na sua formação bem como em sua atuação profissional; Concepção do termo “meio ambiente”; Conhecimento da Agenda 21; As atividades desenvolvidas no sentido de construir uma Educação Ambiental emancipadora e contínua; Aspectos positivos e negativos em trabalhar a Educação Ambiental na Escola; e possíveis soluções para as principais dificuldades encontradas em trabalhar a Educação Ambiental.

A revisão bibliográfica em parceria com aplicação dos questionários possibilitou um avanço no sentido de compreender como a Educação Ambiental vem sendo trabalhada na escola, a partir das considerações do corpo docente e do corpo discente da Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro, uma vez que, um simples olhar não daria conta de expressar sequer uma parcela da essência da realidade escolar.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

Todas as recomendações, decisões e tratados internacionais sobre a chamada crise ambiental evidenciam a importância atribuída por lideranças de todo o mundo à Educação Ambiental (EA) como meio imprescindível para se construir uma forma de interação sociedade-natureza de maneira sustentável. Nessa perspectiva a EA foi constituída enquanto política pública e inserida nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que regem a Educação Básica no Brasil desde a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) em 1996.

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Nos PCNs – Meio Ambiente e Saúde (BRASIL, 2001a) a questão ambiental é considerada como algo urgente e necessário, como elemento indispensável para a transformação da consciência ambiental e aponta para a necessidade de aquisição de conhecimento e informação por parte da escola, reconhecendo as diversidades e a globalidade das questões relativas ao meio, bem como o envolvimento da ética e da cidadania e da contextualização da questão ambiental.

Brasil (2001a) propõe uma EA que contribua para a formação de cidadãos conscientes, capazes de decidir e atuar na realidade socioambiental, a partir de um compromisso com a vida, com o bem-estar individual e coletivo, local e global. Nesse sentido o documento ressalta a necessidade da compreensão de noções básicas de Meio Ambiente, de Sustentabilidade e de Diversidade.

Como definição do termo Meio Ambiente, Brasil (2001a) traz conceitos distintos. O primeiro entende “meio ambiente como uma representação social, isto é uma visão que evolui no tempo e depende do grupo social em que é utilizada”. O segundo assegura que “indica espaço, com seus componentes bióticos e abióticos e suas interações, em que vivem e se desenvolvem os seres, trocando energia e interagindo com ele, sendo transformado e transformando-o”. Mas, chama a atenção para a necessidade de se considerarem os elementos naturais e construídos do meio ambiente, as distinções em áreas urbanas e rurais, e os fatores físicos e sociais do meio ambiente. E ainda sobre a importância da clareza dos conceitos de degradação, proteção, conservação, preservação, recuperação e reabilitação, por serem temas abordados com frequência na EA nas escolas, mas em grande parte, de maneira equivocada, por falta de conhecimento.

Outro conceito importante a ser compreendido para a construção de uma EA efetiva nas escolas, destacado nos PCNs (BRASIL, 2001a) é o de sustentabilidade. Esta deve ser entendida na perspectiva de uma sociedade sustentável, que vive em harmonia com princípios interligados no sentido de respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos, melhorar a qualidade da vida humana, conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta, minimizar o esgotamento de recursos não-renováveis, permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta Terra, modificar atitudes e práticas pessoais, permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente, preconizar a conservação da diversidade biológica e social.

A Educação Ambiental foi incluída nos PCNs - apresentação dos Temas Transversais (BRASIL, 2001b) por uma série de critérios específicos tais como o caráter de urgência social, de abrangência nacional, capacidade de ensino e aprendizagem no Ensino Fundamental e por favorecer a compreensão da realidade e participação social. Os chamados Temas Transversais tem natureza diferente das áreas convencionais por tratarem de processos vivenciados pela sociedade e pelas comunidades, pelas famílias,

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pelos educandos e professores. São temas debatidos nos mais diferentes espaços em busca de alternativas e soluções que demandam uma mudança de atitudes pessoais e macrossociais e que para tanto exigem um processo de ensino e aprendizagem.

Brasil (2001b)apresenta o conceito de transversalidade e ainda os temas a serem abordados como transversais. Estes temas têm natureza distinta das áreas convencionais, de modo que a sua complexidade não permita a compreensão por meio de uma abordagem isolada e disciplinar. Dentre os temas abordados pela transversalidade está a questão ambiental, a qual deve ser trabalhada de forma contínua e integrada, uma vez que seu estudo remete à necessidade de se recorrer a conjuntos de conhecimentos relativos a diferentes áreas do conhecimento. Propõe-se que esses temas, chamados transversais, integrem as áreas convencionais de forma a estarem presentes em todas elas, relacionando-as às questões da atualidade.

Quanto à interdisciplinaridade, (BRASIL, 2001b) afirma que esta surge em contraposição a uma abordagem que não leva em conta a inter-relação e a influência entre os fenômenos e elementos, ou seja, questiona a visão disciplinar sobre a realidade, constituída na escola por meio da educação tradicional. Destaca a necessidade de uma abordagem interdisciplinar da EA, uma vez que essa temática não pode ser compreendida em todas as suas dimensões e implicações numa visão compartimentada.

Dessa forma, a EA proposta pelos PCNs está em conformidade com as ideias expressas nos encontros e documentos produzidos pelas organizações internacionais, bem como com a LDB. Os PCNs sugerem que a EA e a sustentabilidade façam parte do dia-a-dia de professores e estudantes na escola.

Na prática as principais estratégias utilizadas na maioria das escolas que se propõe desenvolver a EA são: discussão em grandes e pequenos grupos, realização de debates e projetos, exploração do ambiente local, questionários, imitações e reflexões, visitas a ambientes diversos, passeios em trilhas ecológicas/desenhos, ecoturismo, publicações periódicas, atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental e programas de orientação ambiental. Estas quando bem aplicadas são bastante produtivas e oportuniza ao educando a possibilidade de compreender as questões, desenvolver autoconfiança, expressão oral, estímulo à criatividade e à liberdade além de ampliar a sua percepção e concepção acerca da questão ambiental, mas não constituem a materialização da Educação Ambiental contínua e emancipatória proposta nos PCNs ou nos demais documentos que regem a EA.

Estas ações quase sempre fazem parte de Projetos de Ensino ou mesmo de eventos pontuais que celebram as datas comemorativas. Acontecem em um curto período de tempo, são capazes de promover reflexões e até mesmo mudanças, mas que se restringem ao período de duração do Projeto e acabam não contribuindo para a construção

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de uma verdadeira EA capaz de construir uma mudança de postura formando cidadãos mais conscientes, éticos e atuantes.

Dessa forma, a Educação Ambiental foi instituída nos PCNs como uma proposta educativa no sentido de uma mudança de valores e hábitos da sociedade humana como uma resposta aos estímulos da crise ambiental tão vigente nos dias atuais. Entretanto observa-se uma prática de EA distanciada desses pressupostos fundamentais.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA: UM ESTUDO DE CASO

A análise interpretativa dos questionários aplicados com o intuito de conhecer como a Educação Ambiental vem sendo praticada na Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro, em Corumbaíba (GO) permitiu (des) velar a prática da Educação Ambiental nesta escola, possibilitando uma melhor compreensão da realidade. Pode-se conhecer como a EA proposta em documentos oficiais, vem sendo colocada em prática nesta unidade escolar.

De início serão apresentados os dados e os resultados das análises referentes aos questionários aplicados aos estudantes, e posteriormente os dados e resultados dos questionários aplicados ao corpo docente. Em ambos os casos foram considerados apenas os aspectos mais relevantes para a pesquisa.

Na questão “Você já ouviu falar em meio ambiente?” As respostas afirmativas foram unânimes. Assim como as respostas “muitas vezes e sempre” foram unânimes para a questão “Com que frequência você houve falar em meio ambiente?”. Já para as questões

“Você já ouviu falar em Educação Ambiental?” e “Você já ouviu falar em Educação Ambiental na Escola?” obteve-se o seguinte resultado: 66% já ouviram falar em Educação

Ambiental enquanto 44% nunca ouviram falar em EA nem mesmo na Escola. Ao serem questionadas com relação à abordagem da Agenda 21 durante as aulas as respostas dos estudantes foram todas negativas.

As respostas evidenciam que o tema EA é divulgado tanto no ambiente escolar quanto fora dele, mas ainda não atingiu a sua totalidade. Assim como o domínio de conceitos e temas, e o reconhecimento de projetos fundamentais para a EA, tais como o conceito de “meio ambiente” e o Projeto “Agenda 21”, não são trabalhados de maneira efetiva e totalizadora na Unidade Escolar.

No que se refere às disciplinas cursadas na escola e que abordam as temáticas da EA as respostas obtidas mostram que a EA ainda é abordada na maioria das vezes nas aulas de Ciências, seguida pelas aulas de Geografia e posteriormente nas aulas de Língua Portuguesa, nas demais disciplinas, a temática ainda não é trabalhada. Isso demonstra que a Educação Ambiental ainda não é desenvolvida por todas as disciplinas escolares, seja em caráter multidisciplinar, indisciplinar ou mesmo transversal.

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Com relação à participação em atividades desenvolvidas na escola com temas voltados para a EA as respostas, conforme mostra o Gráfico 1, foram às seguintes: 74,82 % participaram uma vez por ano; 15,38% uma vez por semestre; 7,69% uma vez por mês; 1,2% participaram uma vez por semana; enquanto 2,10% nunca participaram

.

Gráfico 2- Frequência da participação em atividades com o tema Educação Ambiental

na Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro de acordo com os estudantes

Uma vez por ano Uma vez por semestre Uma vez por mês Uma vez por semana Nunca

Fonte: Pesquisa de campo, 2011.

Organização: CARNEIRO, J. D. P. L, 2011.

A definição do termo “meio ambiente” apresentada pelos estudantes na questão “O que você entende por meio ambiente” e na questão “Faça um desenho representando o meio ambiente para você” está relacionada à ideia conservacionista e preservacionista de meio ambiente, ou melhor, ao meio ambiente livre do homem e de sua ação. As principais respostas elaboradas pelos estudantes foram: “É uma floresta cheia de vida, animais exóticos, animais lindos, o sol, a água, os peixes, os rios e lagoas.” “Eu entendo que meio ambiente é a casa dos bichos.” “Ar puro, sem barulho, meio ambiente é formado pelos fatores vivos e não vivos.”

Ao analisar os desenhos construídos pelos estudantes notou-se a concepção de meio ambiente diferente da presença e da atuação antrópica, bem como das práticas histórico-sociais. Com apenas uma exceção, todos os desenhos trazem o meio ambiente relacionado à natureza intocada. Somente no desenho A, o estudante reconhece a presença do homem enquanto parte do meio ambiente, mesmo assim, os resultados da ação antrópica não são evidenciados. No desenho B, como acontece a todos os outros desenhos, o homem nem mesmo aparece enquanto parte do meio ambiente. (Figura 1)

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Figura 1 – Desenhos dos estudantes: Meio Ambiente

Fonte: Pesquisa de Campo, 2011.

Organização: CARNEIRO, J. D. P. L., 2011.

Nos questionários aplicados ao corpo docente os principais tópicos estão relacionados ao conceito, importância, possibilidades e dificuldades em relação à EA.

Ao serem questionados sobre a abordagem da temática EA durante a graduação apenas o biólogo, o geógrafo e as pedagogas disseram ter estudado sobre EA durante a sua graduação. Os demais profissionais licenciados em Letras, Matemática, Educação Física e Artes Visuais afirmaram não ter uma formação satisfatória com relação à EA.

As principais metodologias utilizadas na EA na Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro segundo os professores são: textos diversos, trilhas (caminhada ecológica), vídeos, fotos, trabalhos de campo, trabalhos manuais, trabalhos artísticos e desenhos.

Foram citados alguns projetos já trabalhados pela escola no ano letivo de 2010 que abordam temas referentes à EA. Os projetos são: “Geografia e Meio Ambiente”, “Furnas”, “Conhecendo o Cerrado” e “Água”. Segundo os professores as atividades dos projetos foram desenvolvidas em grupo, mas de forma multidisciplinar.

Na questão 24 foi-lhes questionado a respeito do conceito de EA e as respostas obtidas ressaltam concepções preservacionistas, e voltadas para o uso adequado dos recursos naturais, mas reconhecem a interação entre sociedade-natureza na construção das paisagens. As principais respostas foram as seguintes: “Contribuir para a preservação do meio ambiente.” “Conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar o meio ambiente.”

Quando questionados sobre a importância de colocar em prática a EA na escola, os docentes destacaram a importância de uma educação que promova a mudança de hábitos e comportamentos cotidianos, a consciência da necessidade de conhecer para preservar, conforme as afirmativas a seguir:

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“Importantíssimo. É na escola que o discente adquire informações novas visando atitudes de mudanças de hábitos. É através dessas informações que o aluno tornará um agente ativo no meio em que vive, mudando e transformando atitudes visando a preservação do meio ambiente.”

Segundo os docentes, as principais dificuldades encontradas nas tentativas de praticar a EA estão relacionadas à falta de capacitação dos professores, a falta de materiais didáticos disponíveis e ainda a resistência às mudanças por parte da comunidade escolar, conforme as respostas a seguir:

“Falta de uma melhor preparação dos professores com relação ao tema e também material de apoio.”

“Uma das principais dificuldades são as resistências às mudanças de hábitos que encontramos nos pais dos alunos. Devido a forma que foram criados e o fato de ser o sustento da família muitos negam o fato de ter que preservar o meio ambiente. E essa resistência atinge principalmente os alunos que tem os pais como ícones.”

Quanto às sugestões de ações que sejam capazes de minimizar as dificuldades na prática da EA estão presentes as reivindicações de parceria da secretarias responsáveis pela educação tanto no âmbito federal e estadual, quanto no municipal para a promoção de cursos de formação e capacitação de docentes nesta temática. A maior parte dos professores e professoras afirmam:

“Acho que com projetos trabalhados pela escola, o envolvimento dos pais no processo de ensino-aprendizagem pode facilitar as mudanças de hábitos, consequentemente de maior satisfação no processo de troca de informações.”

“Cursos de capacitação para os professores que atuam no Ensino Fundamental, sobre Educação Ambiental.”

A necessidade de cursos de capacitação ou formação continuada em EA para os profissionais que atuam na Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro foi destacada ainda nas respostas da questão acerca da participação dos professores em cursos sobre a temática ambiental. Todos afirmam nunca ter participado de curso nesta área.

Em suma, os resultados da pesquisa empírica apontam para uma prática da EA diferenciada dos apontamentos presentes nos PCNs. Os estudantes, em sua maioria, ainda não têm domínio do conceito de EA e de suas temáticas, ou mesmo conhecem a sua prática da maneira como esta prevista no documento. Os docentes, ainda apresentam inseguranças em relação à abordagem dessa temática em suas aulas. Estes, mesmo tendo clareza de sua importância como mecanismo capaz de promover mudanças significativas na sociedade, alegam não ter preparação suficiente para colocá-la em prática. Suas ações, dessa forma acabam acontecendo sob caráter emergencial e paliativo.

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CONSIDERAÇÕES

A Educação Ambiental (EA) constitui-se política pública em resposta à crise ambiental posta. É entendida como um meio indispensável para criar formas sustentáveis de interação entre a sociedade e a natureza, bem como, para a elaboração de possíveis soluções para os problemas ambientais que se tornam cada vez mais constantes na sociedade atual. É preciso ter clareza de que ela sozinha não é capaz de promover soluções para mudar o rumo do planeta, mas sim, consiste num dos caminhos para uma mudança de atitudes e valores referentes à relação Homem-Natureza.

No Brasil, a EA nas escolas é direcionada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que estão em conformidade com os documentos elaborados a partir dos fóruns e conferências realizados com a participação de representes de diversos países do mundo. Nos PCNs nota-se uma proposta de Educação Ambiental capaz de minimizar a crise ambiental na atualidade, uma vez que se propõem reflexões e ações locais, mas que irão influenciar no âmbito global. Nesta perspectiva, a Educação Ambiental contribui para a formação de uma sociedade cada vez mais consciente e emancipada, capaz não apenas de repensar suas ações, mas também de atuar na realidade socioambiental e de assumir um compromisso com a vida e com o bem-estar de todos e de todas.

Já existem importantes experiências relacionadas à promoção da EA, mas ainda não é uma atividade praticada com tranquilidade e eficiência uma vez que está relacionada a uma mudança de hábitos e comportamentos pessoais e coletivos, ou seja, na ruptura dos modelos tradicionais de educação e de comportamentos.

As instituições de Educação Básica de um modo geral têm encontrado dificuldades para incluir a Educação Ambiental em seus currículos. São promovidos eventos comemorativos pontuais como a Semana do Meio Ambiente, Dia Mundial da Água e Dia da Árvore, ou ainda projetos escolares cujas atividades estão relacionadas a limpezas de terrenos baldios, vias públicas, coleta seletiva e reciclagem de lixo, dentre outras.

A realidade percebida na Escola Municipal Pedro Coelho Ribeiro, em Corumbaíba (GO) com relação à prática da EA também pode ser definida como pontual e insatisfatória, pois se encontra limitada pela resistência às mudanças de hábitos e comportamentos, pela falta de preparo dos professores, professoras e equipe gestora na área, ou mesmo pela falta de consciência da importância prática da Educação Ambiental na Escola, dentre outros problemas que também atingem a educação pública no restante do país.

É evidente a necessidade de uma reflexão crítica sobre a inserção da EA no currículo, por meio de ações promovidas pelos grupos envolvidos na escola. Assim será possível avançar no sentido de uma EA capaz de promover mudanças de atitudes, valores e

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comportamentos, voltados para a construção da cidadania e que significam fortes consequências sociais no âmbito local, regional e global, conforme prevista nos PCNs.

É preciso se estabelecer um diálogo constante entre teoria e prática, pois possibilita uma melhoria significativa da qualidade do processo de ensino-aprendizagem desenvolvido pela escola. É preciso construir pontes capazes de aproximar a teoria e a pratica da Educação Ambiental nas escolas para que haja avanço rumo a uma concepção sócio-ambiental diferente da atual, contribuindo para a construção de uma sociedade sustentável. Torna-se urgente a revisão das práticas do processo de ensino-aprendizagem da EA na Escola pesquisada, buscando a apropriação das diretrizes que as originaram e as norteiam, centrando-as nas ações interdisciplinares, multidisciplinares e transdisciplinares, e não as restringindo em disciplinas fechadas conforme sugere a educação tradicional.

REFERÊNCIAS

ALENTEJANO, P. R. R.; ROCHA-LEÃO, O. M. Trabalho de campo: um ferramenta essencial para os geógrafos ou um instrumento banalizado? Boletim Paulista de Geografia. Associação dos Geógrafos Brasileiros. n. 84. São Paulo: AGB, jul. 2006.

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