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Estratégias educacionais para o Fortalecimento da Vigilância Epidemiológica. da Doença de Chagas.

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Estratégias educacionais para o Fortalecimento da Vigilância Epidemiológica da Doença de Chagas.

Valéria de Sousa Lima Mota¹ Silvia Ermelinda Barbosa²

Marina Neiva Alvim³

RESUMO

O reconhecimento dos vetores da doença de Chagas é fator de grande importância na epidemiologia desta doença, sendo necessário um processo continuado de educação e participação comunitária para garantir a correta identificação. A região metropolitana de Belo Horizonte continua mostrando eventuais invasões de triatomíneos adultos, geralmente oriundos de ambientes silvestres e peridomiciliares e muitas vezes infectados por tripanosomatídeos. Nesse sentido o presente trabalho busca trazer contribuição para o fortalecimento da vigilância em saúde no Estado de Minas Gerais, atuando em duas frentes principais: primeiramente qualificando a capacidade de identificação correta dos vetores da doença de Chagas por parte dos moradores de Belo Horizonte e região metropolitana que procuraram o PIT do Laboratório de Triatomíneos e Epidemiologia da doença de Chagas, nos últimos cinco anos. Segundo, realizando a confecção de material didático, na forma de um jogo da memória sobre a doença, destinado a alunos de ensino médio. Também foi confeccionado um informativo com o intuito de indicar à população a existência dos Pit’s como ferramenta para esclarecimento de dúvidas acerca da doença e do vetor.

Palavras Chave: Triatomíneos, Jogos Didáticos, Postos de Informação de Triatomíneos, Educação e Saúde.

INTRODUÇÃO

A doença de Chagas (DCH) é uma infecção parasitária causada pelo Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909), um protozoário cujo ciclo de vida inclui a passagem obrigatória por vários hospedeiros mamíferos, sendo transmitidos principalmente através da contaminação da pele e mucosas com as dejeções infectantes do inseto vetor (Triatomíneo).

Uma importante estratégia de vigilância do Programa de Controle da Doença de Chagas na chamada vigilância passiva, são os Postos de Informação de Triatomíneos (PIT’s), embora estes não sejam muito conhecidos pela população, principalmente em centros urbanos. Neste espaço a população

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pode encontrar informações epidemiológicas sobre a doença e buscar a identificação de insetos suspeitos (BEDIN & MELLO, 2009).

A implementação de estratégias integradas de saúde e educação em doença de Chagas, tendo como alvo a capacitação e esclarecimento junto aos escolares em relação aos vetores e às diversas formas clínicas da doença, métodos de diagnósticos, formas de prevenção, controle e tratamento, poderá trazer resultados positivos junto à comunidade como forma de promoção do conhecimento. Sabe-se que as crianças podem ser porta-vozes e divulgadoras de programas de controle na comunidade, sendo muitas vezes um veículo de conhecimento para os próprios pais, sendo portanto, de grande importância que o aprendizado sobre a doença de Chagas e seus vetores comece na infância (DIAS, 1985; GARCÍA-ZAPATA, 1991).

Os livros didáticos muitas vezes trazem abordagens vagas sobre as doenças negligenciadas (PIRES et al., 2013), incluindo neste tópico a doença de Chagas. Esse fator associado à falta de preparação e ou conhecimento prévio dos professores bem como da população em geral sobre o assunto, dificulta a abordagem do tema em sala de aula.

Como exemplo de trabalhos educacionais em saúde, os jogos didáticos podem atuar como facilitadores para a aprendizagem das crianças. Estes podem abordar diversos temas no decorrer da idade escolar, promovendo assim, a interação entre docentes e discentes e entre os próprios alunos, por meio de atividades divertidas e interpretativas de conceitos abstratos e complexos (PIRES et al., 2013).

Nesse sentido, o presente trabalho busca contribuir para o fortalecimento da vigilância em saúde no Estado de Minas Gerais, atuando em duas frentes principais. Primeiramente, qualificando a capacidade de identificação correta dos vetores da doença de Chagas por parte dos moradores de Belo Horizonte e região metropolitana que procuraram o PIT do Laboratório de Triatomíneos e Epidemiologia da Doença de Chagas do Centro de Pesquisas René Rachou nos últimos cinco anos. Segundo, confeccionando material didático sobre a doença destinado a escolares do ensino médio bem como infomativo com informações sobre o PIT e sobre triatomíneos e outros hemípteros.

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A DOENÇA DE CHAGAS

Originalmente uma doença restrita a América Latina, a doença de chagas está agora se tornando uma preocupação de saúde global em áreas não endêmicas, devido às migrações humanas para diferentes países desenvolvidos (SCHMUNIS; YADON, 2010).

Nas últimas décadas, a incidência da DCH apresentou significativa redução em várias regiões modificando consideravelmente a epidemiologia da doença. Esse fato se deve ao trabalho continuado do Programa de Controle da Doença de Chagas (PCDCH), que tinha como alvo principal o controle dos vetores domiciliados, através da aplicação sistemática de inseticidas. Atualmente, a transmissão da DCH encontra-se virtualmente controlada, tendo o Brasil sido declarado pela OPAS/OMS como livre da transmissão por Triatoma infestans, principal vetor domiciliado do país, em junho de 2006 (DIAS, 2006). Contudo, como a DCH é uma zoonose, com um ciclo natural silvestre, ocorrências de casos agudos de infecção, inexistência documental de cenários atuais de colonizações recorrentes, peri e intradomiciliar de espécies vetoras autóctones, haverá sempre o risco de transmissão.

O PCDCH brasileiro encontra-se na etapa de Vigilância Epidemiológica (VE), sendo este um dos principais desafios para a sua manutenção. A vigilância epidemiológica do (PCDCH) tem caráter permanente e pressupõe a necessidade de participação comunitária. Nesse sentido, é essencial o conhecimento da população em relação ao vetor (barbeiro) e sua notificação aos setores competentes (SILVA et al., 2004), dentre outros fatores. A falta de conhecimento e/ou a dificuldade de identificação do verdadeiro barbeiro é portanto, um fator negativo retardando a notificação de novos focos e a ação de controle.

Atualmente, devido à noção equivocada de “interrupção da transmissão” da doença de Chagas, após a emissão da certificação da eliminação do T. infestans (ABAD-FRANCH et al., 2013), pouca importância vem sendo dada as questões relacionadas à epidemiologia da doença. O desconhecimento da população sobre a DCH e seus vetores é fator preocupante, uma vez que frequentemente é observado a invasão de espécimes de barbeiros autóctones

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nos ambientes domiciliares tanto de zonas rurais como em grandes centros urbanos (SILVA, 2010).

Em Minas Gerais 20 espécies de triatomíneos já foram assinaladas, sendo estas de maior e/ou menor importância epidemiológica na transmissão da doença de Chagas (LENT; WYGDZINSKY, 1979; GALVÃO et al., 2003; VILLELA, 2005). Além desta rica fauna triatomínica, situações de persistência ou recrudescência de focos domiciliares justificam a manutenção e o fortalecimento da vigilância entomológica no Estado como medida de controle.

O Posto de Informação de Triatomíneo (PIT) é um local escolhido pela vigilância em saúde onde a comunidade pode entregar o inseto suspeito. No entanto, para que o PIT atinja o objetivo que esta estratégia se propõe é essencial que haja atividades de educação em saúde, ligadas às ações de comunicação na sua divulgação da localização bem como de suas funções (DIAS, 2000; BEDIN & MELLO, 2009). Esta é uma tarefa que deve ser conduzida pelos municípios, sob a gerência da Secretaria de Saúde dos Estados.

MATERIAIS E MÉTODOS

1.1 Levantamento de dados referente às solicitações de identificação de barbeiros do PIT/LATEC para os últimos cinco anos

Foram utilizados os cadernos de registros de solicitação de serviços do Laboratório de Referência em Triatomíneos do LATEC/CPqRR para o levantamento de dados dos últimos cinco anos. Foram consideradas as solicitações de identificação de triatomíneos recebidos pelo PIT/LATEC solicitados pela população de Belo Horizonte e região metropolitana.

Nesses cadernos são anotadas todas as informações referente à solicitação de identificação de insetos suspeitos de serem triatomíneos pela população de Belo Horizonte e região Metropolitana como também de insetos que são trazidos de outros laboratórios para se confirmar o laudo de identificação de triatomíneos.

O programa Excel (Microsoft, EUA, v.2010) foi utilizado para análise e confecção do gráfico.

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1.2 Confecção de Jogo de Cartas

A confecção deste material didático baseou-se no jogo da memória. As cartas deste jogo contém informações a cerca da identificação de hemípteros e aspectos gerais da doença de Chagas (DIOTAIUTI et al., 2008; BEDIN & MELLO, 2009).

Foram confeccionadas um total de 29 cartas: 14 constando informações sobre a doença e/ou hemípteros e vetores, 14 constando figuras (foto ou desenho), e uma carta com o gabarito de respostas do jogo. As cartas foram confeccionadas em papel couchê.

As fotografias das principais espécies de triatomíneos transmissoras da doença de Chagas no Brasil, bem como dos fitófagos e predadores foram tiradas pelo fotógrafo Cyro Soares a partir de triatomíneos criados no Insetário do LATEC, bem como de hemípteros recebidos no PIT deste laboratório. As demais imagens foram criadas exclusivamente para este jogo e desenhadas em aquarela pelo cartunista Wesley Siqueira de Castro.

O design do jogo foi feito utilizando o programa Corel Draw, bem como a embalagem confeccionada para o mesmo. O personagem “Chaguinha” desenhado para o jogo compôs o design da embalagem.

Para estabelecimento de regras e determinação da duração média do jogo, as autoras jogaram o mesmo em caráter de teste.

1.3 Informativo sobre Postos de Informação de Triatomíneos

O Informativo foi confeccionada utilizando o programa power point (v. 2010). As informações contidas neste informativo foram retiradas do Manual do Pit de Bedin e Mello (2009). Foram utilizadas fotos de predador, triatomíneo e fitófago, cedidas pelo LATEC – Referência (Fotografias: Cyro Soares, 2014) e desenho (mesmo utilizado no jogo de cartas) exemplificando o funcionamento do PIT (Cartunista: Wesley Siqueira de Castro).

A impressão dos informativos foi feita em tamanho 10x15 em papel couchê.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

2.1 Levantamento de dados referente às solicitações de identificação de barbeiros do PIT/LATEC para os últimos cinco anos

Foram recebidos um total de 113 solicitações de identificação recebidas no período de 2010-out/2014 (16, 27, 20, 39 e 11, respectivamente) sendo estas oriundas de Belo Horizonte e outros 13 municípios da Região Metropolitana (Brumadinho, Betim, Contagem, Esmeraldas, Ibirité, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Nova Lima, Sabará, Ribeirão das Neves, Santa Luzia).

A tabela 1 mostra a relação de insetos trazidos ao LATEC pela população, nos últimos cinco anos, para identificação.

Tabela 1. Relação de insetos recebidos no PIT/LATEC nos últimos cinco anos pela população de Belo Horizonte e Região Metropolitana para identificação

PIT/LATEC 2010 2011 2012 2013 2014 Total Fitófagos 1 43 17 39 4 104 Predadores 7 6 7 8 4 32 Triatomíneos 22 72 5 128 2 229 Outros * 1 7 1 6 1 16

* Os insetos nomeados como outros se referem à identificação como não hemípteros ou insetos não identificados.

A maior porcentagem de insetos recebidos foi de triatomíneos, seguida pelos fitófagos, predadores e outros insetos. Apesar de a população confundir outros hemípteros com triatomíneos a maioria dos insetos suspeitos levados ao PIT foi realmente de triatomíneos. Entretanto, percebe-se que ainda existe uma grande dificuldade da população de diferenciar triatomíneos de outros hemípteros. Este fato pode estar relacionado à perda de prioridade relacionada à doença de Chagas e à errônea idéia de cotrole da mesma, onde a informação na grade curricular dos escolares é insatisfatória.

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Figura 1. Recebimento de Amostras do PIT dos últimos 5 anos.

Fonte: Dados da Pesquisa

Outros trabalhos já veem mostrando que o desconhecimento sobre a doença de Chagas e seus vetores ainda é grande. Falavigna-Guilherme et al., (2002) ao estudar o conhecimento da população da zona rural do Paraná mostrou que a população tem a ideia de que não existe mais o perigo da transmissão da doença de Chagas, por se achar que não existem mais barbeiros na região. Já Villela et al., (2008) embora com resultados satisfatórios a respeito do conhecimento da população de Bambuí/MG acerca da diferenciação de triatomíneos de outros hemípteros, constatou em seu trabalho que muitas pessoas não sabem o que fazer ao encontrar um triatomíneo em sua residência. Esse desconhecimento da população pode estar relacionado a falta de investimentos em programas de divulgação sobre a doença de Chagas nos órgãos públicos municipais trazendo a ideia errônea de que não existe o perigo da tramissão da doença.

Acredita-se que a falta de informação com relação aos PIT’s de modo geral, principalmente nas regiões urbanas onde geralmente não ocorre infestação de triatomíneos, pode ajudar a explicar o número reduzido de solicitações encaminhadas pela população de BH e região metropolitana ao PIT/LATEC. No entato, o LATEC ainda é muito procurado, não por ser um PIT, mas por ser um laboratório de Referência em identificação em triatomíneos pelo Ministério da Saúde. Assim os resultados observados não refletem a realidade da demanda de identificação por toda a população de BH e região metropolitana.

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Embora não tenha sido possível rastrear o número de PIT’s em Belo Horizonte e região metropolitana, acreditamos que nas zonas rurais dos municípios os PIT’s possam ser mais conhecidos pela população. Nesse sentido os informativos criados por nós, podem auxiliar a população à busca de melhor orientação de onde recorrer em caso de encontro inseto suspeito.

Como diz Dias (2000, pag 54) “Por tudo acima assinalado, seria ingênuo pensar que o controle da doença de Chagas está terminado no Brasil, em vista dos bons indicadores hoje conhecidos”.

2.2 Jogo de Cartas

O jogo de cartas intitulado “Aprendendo com o Chaguinha” e foi confeccionado para ser uma ferramenta complementar às aulas sobre doença de Chagas do ensino médio.

Utilizou-se imagens das formas de transmissão da doença de Chagas, dos principais triatomíneos com potencial de transmissão da doença no Brasil, imagens de outros hemípteros, informações sobre Carlos Chagas, bem como do agente etiológico da doença. O jogo possui 14 “pares” de cartas, sendo que nestes pares as informações são complementares ou seja, para cada par, uma carta possui uma imagem corresponde à informação contida na outra carta. Além das instruções do jogo, foi acrescida ao conjunto das 28 cartas, mais uma, sendo essa o gabarito de respostas.

É importante ressaltar que, embora o jogo contenha informações sobre a doença de Chagas, o professor deverá fazer uma abordagem prévia do assunto (formas de infecção e diferenciação de triatomíneos de outros insetos, aspectos gerais da doença, etc) para que os alunos entendam o significado correto de cada conceito. Somente após a aula introdutória, deve-se oferecer o jogo para os alunos, sendo este uma forma de fixação e/ou revisão do conteúdo.

Tomou-se o cuidado de adequar a linguagem das informações contidas no jogo aos alunos, sempre explemplificando entre parênteses os termos mais complexos. Quanto à duração do jogo, esta mostrou-se adequada para que o mesmo possa ser utilizado no período de 1 hora-aula.

Vários trabalhos defendem os jogos didáticos como ferramenta de aprendizado, Jan e Leite (2010) mostram que os jogos didáticos podem

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favorecer a retenção do conhecimento, de forma simples e divertida. Melo et al., (2007) acreditam que a utilização dos jogos em sala de aula pode ser considerada uma alternativa viável, pois o material pode preencher muitas lacunas deixadas pelo processo de transmissão – recepção de conhecimentos num trabalho em grupo, desenvolvendo a cognição; afeição e socialização.

Sobre a abordagem da doença de Chagas nas escolas Mohr (2000), Santos (2005) e Léo (2007) mostram que o tema é pouco abordado nos livros didático, incluindo o assunto no tópico sobre doenças transmitidas por protozoários de forma vaga, principalmente relacionado ao reconhecimento do vetor da doença. Martins (2012) ao analisar conteúdos sobre a saúde em um livro de ensino médio constatou que a transmissão pela doença de Chagas é tratada apenas pelo contato com o patógeno, deixando de mencionar aspectos comportamentais, sociais e ambientais envolvidos na doença e, muitas vezes, cruciais para o contágio.

Nesse sentido o que esperamos é que esse material possa não apenas complementar as aulas de Biologia relacionadas a doenças transmitidas por vetores, como também trazer maior interesse dos alunos sobre a doença de Chagas.

Pretendemos ainda, avaliar os resultados do jogo em sala de aula a fim de analisar a satisfação dos alunos e professores com relação ao mesmo, bem como a retenção das informações contidas no jogo.

2.2.1 Regras do Jogo

Jogo de Cartas: Aprendendo com o Chaguinha.

Número de Participantes: De três a quatro participantes Cartas:

 1 carta com as regras do jogo

 14 cartas contendo imagens de triatomíneos, outros hemípteros, formas de transmissão da Doença de Chagas, agente etiológico e principais vetores da doença de Chagas do Brasil.

 14 cartas contendo informações correspondentes às cartas com as imagens.

 1 cartão com as respostas entre imagens e texto (gabarito). Regras:

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1. Todas as cartas devem estar embaralhadas dispostas em colunas e linhas separadamente. As cartas devem estar com a imagem e o texto virado para baixo.

2. Deve ser selecionado um jogador, que será o mediador do jogo. Ele ficará responsável por questionar o participante sobre o seu entendimento sobre o texto escrito na carta. O mediador deverá conferir se os pares selecionados pelos jogadores estão corretos, para isso ele deverá estar de posse do gabarito.

3. A primeira carta que cada jogador deve virar é a carta com os textos. 4. O jogador deverá ler para os colegas as informações contidas na

carta e virar uma das cartas com as imagens.

5. O jogador que acertar a combinação na primeira jogada tem direito à uma segunda rodada. Depois disso, mesmo acertando deve dar a chance a outro participante.

6. Ao final do jogo ganha o jogador que tiver acertado o maior número de cartas.

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Cartas:

Figura 2: Demostrativo de cartas do jogo aprendendo com o Chaguinha

Cartas com informações correspondentes: Fitófago, Triatomíneo, Predador, Tripanosoma cruzi e forma clássica da transmissão da doença de Chagas, sendo essa a forma vetorial pelas fezes do barbeiro.

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Figura 3: Demostrativo de Cartas para o jogo aprendendo com o Chaguinha

Cartas sobre formas seundárias de infecção da doença de Chagas e principais espécies de triatomíneos com potencial de transmissão no Brasil.

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Figura 4: Demostrativo de cartas do jogo aprendendo com o Chaguinha

Cartas com informações correspondentes: Sintomas da fase aguda da doneça de Chagas, pesquisador Carlos Chagas, figura sobre os PIT’s, Ciclo de vida dos Triatomíneos.

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Gabarito de Respostas:

Figura 5: Gabarito confeccionado para o jogo

Fonte: Dados da Pesquisa.

Figura 6: Embalagem do jogo aprendendo com o Chaguinha

Essa embalagem irá conter as cartas do jogo bem como o gabarito de respostas e as regras do jogo no fundo da caixa.

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2.3 Informativo sobre Postos de Informação de Triatomíneos

O informativo sobre os PIT’s foi confeccionado com o intuito de fortalecer e alinhar as informações referentes a aonde ir e como se proceder para identificar um barbeiro, transmissor da doença de Chagas (Foto).

Esse material foi confeccionado pensando em atingir também o público adulto, podendo assim, ser distribuído tanto em escolas, outros PIT’s e Unidades de Saúde (Figuras 7 e 8).

Buscou-se utilizar textos curtos e objetivos, porém explicativos, de forma que principalmente as imagens contidas no informativo pudessem chamar a atenção do público à ele destinado.

Figura 7: Frente do informativo sobre PIT e diferenciação de triatomíneos de outros Hemípteros

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Foto 8: Verso Frente do informativo sobre PIT e diferenciação de triatomíneos de outros Hemípteros .

Fonte: Dados da Pesquisa

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ainda existe uma grande necessidade de se ampliar o programas voltados para regiões urbanas no sentido de ensinar sobre a doença de Chagas e seus vetores. Percebe-se que ainda existe uma grande dificuldade da população de diferenciar os triatomíneos de outros hemípteros, o que pode retardar a identificação de novos focos de barbeiros nas proximidades das moradias humanas. O reconhecimento dos Postos de Informação em Triatomíneos, também devem ser melhor divulgados e enfatizado sua importância como ponto de apoio da população.

Mesmo o jogo estando em fase de desenvolvimento, acredita-se que o mesmo pode ser de grande importância para auxiliar no conhecimento da doença de Chagas e seus vetores. Um trabalho posterior pode avaliar a satisfação dos alunos e crianças acerca do conteúdo presente no jogo e sua validade do ponto de vista educativo.

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Segundo a estratificação de risco da Secretaria de Saúde para doença de Chagas em Minas Gerais, Belo Horizonte e região metropolitana pertence a área de médio risco. No entanto, frequentemente é observado insetos invadindo as casas, o que requer uma vigilância ativa dos moradores, para fazer a notificação aos órgãos de saúde competentes.

A vigilância epidemiológica deve continuar ativa e acreditamos que com este trabalho estamos contribuindo para o fortalecimento desta vigilância.

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REFERÊNCIAS

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DIOTAIUT, L; OLIVEIRA, M.A., SANTOS, J.P. 2008. Triatomíneos. Mídia digital.

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GALVÃO C, CARVALHO RU, ROCHA DS, JUBERG J. A check-list of the current valid species of the subfamily Triatominae Jeannel, 1919 (Hemíptera, Reduviidae) and their geographical distribuition, with nomenclatural and taxonomix notes. Zootaxa. 2003,202: 1-36.

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MARTINS, Liziane. Abordagens de Saúde em um Livro Didático de Biologia Largamente Utilizado no Ensino Médio Brasileiro. Investigações em Ensino de Ciências – V17(1), pp. 249-283, 2012.

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