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Não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? (Tomé)

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Academic year: 2021

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Lição 6- JESUS, O CAMINHO QUE VOCÊ TRILHA PARA VIVER Texto Bíblico: João 14.1-6

Nos anos que se seguiram à ressurreição de Jesus, os discípulos de Cristo foram

perseguidos com a acusação de sectarismo (a ideia de que pregavam uma heresia)1. Eles

eram conhecidos como “seguidores do Caminho”.

Naquela época, uma maneira de determinar a instrumentalidade missionária era afirmar que um discípulo era “instruído no caminho do Senhor” (At 18.25), e que expunha pela pregação “o caminho de Deus” (At 18.26).

Era comum o choque com as religiões politeístas, e isso levava grande perigo para esses primeiros cristãos, como podemos ler em Atos 19, no alvoroço que os adoradores da deusa Diana dos efésios causam na vida de Paulo e seus companheiros. Pertencer ao Caminho não era fácil naquele tempo e continua não sendo nada fácil hoje.

No texto que analisaremos hoje, João 14, encontramos a gênese dessa ideia – a de que os discípulos são seguidores do Caminho. Nesse diálogo em tom grave que o Mestre tem com os discípulos, Jesus reflete acerca dos momentos que antecedem a seu martírio na cruz em prol dos pecadores.

Quais as consequências de seguir o Caminho que é Cristo. O que Jesus queria dizer quando se afirmou o Caminho? Direção a seguir? Exemplo a imitar? Escape a usufruir?

“Não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?” (Tomé)

1 A razão pela qual algumas versões traduzem “do caminho” por “daquela seita”, em Atos 9.2 (p.ex. ARC,

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W. Hall Harris III afirma que, nessa conversa com os discípulos narrada aqui, “Jesus focaliza os eventos por acontecer na tarde do dia seguinte: sua prisão, julgamento, crucificação e morte, os quais vão afetar emocionalmente tanto o corpo quanto a mente deles.”2.

A pergunta de Tomé, no versículo 5, revela o peso do coração dos discípulos diante do iminente e trágico futuro do Salvador e, também, o próprio futuro deles, após a morte de Jesus. Para o Mestre, a resposta para esse dilema é a fé (Jo 14.1). “A fé é a chave para a

manutenção da realidade de nossa experiência cristã”3 Quem crê, sabe. Quem sabe para

onde ir, conhece o caminho.

Qual é o caminho?

No início do trimestre, vimos que João, o Batista, veio preparar o caminho do Messias. E que esse caminho é o de uma salvação poderosa (Lc 1.69), que atua na remissão de pecados (Lc 1.77) e que deve ser testemunhada a todas as pessoas (Lc 3.6).

Jesus faz duas afirmações sobre o caminho da salvação:

1) Vós conheceis o caminho (referindo-se ao conteúdo de seus ensinos aos discípulos).

2) Eu sou o Caminho (referindo-se a si mesmo como mediador que conduz o fiel a Deus).

Trilhar o caminho da salvação (isto é, crer em Jesus, aderir ao caminho por Ele proposto) é tanto uma questão existencial e ética quanto uma questão de nosso destino. Por um lado, implica uma maneira de ser e de viver, uma maneira de agir. Por outro,

2 Em https://bible.org/seriespage/exegetical-commentary-john-14. Acesso em 10 de outubro, às 13h00.

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aponta para uma direção e um sentido final: a morada eterna do salvo com Deus.

Jesus espera que seus discípulos entendam que o caminho a ser seguido por Ele até

a cruz revela sua submissão ao senhorio, ao poder, à provisão e à justiça de Deus.4

Posteriormente, os discípulos deveriam assumir essa mesma atitude, na hora da evangelização.

Que significa escolher o Caminho que é Jesus?

Num dos momentos do sermão da montanha, Jesus explicita um dilema: dois são os caminhos (Mt 7.13,14). Há o caminho mais fácil e o outro, que é o de Deus. Todos têm o direito de escolher. Escolhido o caminho, arca-se com sua consequência: o caminho mais fácil conduz à perdição e o de Deus conduz à vida. Não há a menor possibilidade de ambos os caminhos resultarem na mesma consequência, pois opostos são. Embora a vida esteja disponível a todos, a maioria prefere o caminho mais fácil. Somente alguns optam pelo difícil e vivo caminho da fé.

Quando Jesus se identifica como esse único e difícil caminho (Jo 14.6a), Ele nos leva a refletir em, pelo menos, três verdades fundamentais:

Primeiro, devemos reconhecer que Ele cumpre cabalmente em sua vida e obra a salvação proposta por Deus.

Segundo, que por meio de uma relação com Ele pode-se conhecer a Deus e pertencer-lhe, assegurando com isso a morada eterna nos céus.

Terceiro, que seu exemplo de abnegação e serviço em prol dos pecadores se tornará o padrão para os seus seguidores.

Tendo crido em Jesus, sabemos o caminho. Identificado o caminho, podemos trilhá-lo. Mas isso não será uma tarefa fácil. Exemplos dessa realidade podem ser encontrados

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nas Cartas de Paulo, onde se lê que, para alguns que estão na linha de frente da batalha pela construção do Reino de Deus, a escolha pelo Caminho da fé pode ser um duro teste (confira o texto de 1 Coríntios 4.9-15 e tire conclusões).

Devemos orar a Deus por todos os que escolheram o caminho difícil da fé. Um exemplo da dificuldade a enfrentar, em relação à nova identidade de seguidores do Caminho, que é Cristo, pode ser lido no testemunho seguinte: “Por todo o Oriente Médio e Norte da África, muçulmanos que se converteram ao cristianismo lutam com sua nova identidade em Cristo. Abandonar o islã leva à exclusão, isolamento e, às vezes, a situações de violência e risco de morte. Para eles, seguir a Cristo, pode custar cinco coisas: família,

amigos, igreja, país e vida”5.

O que tem significado a escolha do Caminho que é Jesus para cada um de nós? O que tem nos custado? Que resultou dessa vital decisão?

Características do Caminho que é Jesus

Tomar o Caminho escolhido pelo Pai para irmos ao seu encontro significa, pelo menos, as realidades seguintes:

• Direção e sentido para a fé. O caminho nos impulsiona para frente, para o futuro, que, desse modo, é-nos antecipado (Hb 12.22,23). Mas, como estamos aguardando aquele dia em que estaremos nas mansões eternas, devemos viver a experiência cristã a partir de atos conscientes e de autoafirmação hoje, sem fanatismo religioso (1Jo 4.16,17). Fé e ética andam juntas, quando se sabe o caminho. Passamos a expressar um espírito voluntário e de renúncia, alimentado por um relacionamento vivo com o Senhor.

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• Novidade e ânimo para viver e servir. O fato de pertencer a Cristo é revitalizante. Precisamos aprender a confiar no poder de Deus aqui e agora, diante de cada dificuldade e aflição, sabendo que cumprimos nosso papel anunciando o caminho da salvação em meio a uma grande tribulação (um exemplo disso, a experiência de Paulo em 2Coríntios 7.5-7).

• Paz e reconciliação com Deus. Somente quem aderiu ao Caminho, que é Cristo, em arrependimento e fé, pode experimentar a remissão de pecados e consequente reconciliação, que traz paz interior (Rm 5.11). Livres da culpa e da dor, podemos avançar, confiantes, pois o ministério da pregação do Evangelho que leva o pecador à reconciliação está sobre os nossos ombros (2Co 5.18,19).

Para pensar e agir

Em conclusão, podemos citar o belíssimo Salmo 18.30-32, que antecipa o Caminho que é Jesus em forma de uma promessa garantida pelo próprio Deus. Jesus é o Caminho perfeito e totalmente eficaz. Seguir por este Caminho, isto é, crer, resulta em vida, a despeito de todas as consequências materiais, emocionais ou culturais que se seguem a esta decisão.

Analise sua própria experiência cristã e escolha um dos conceitos seguintes, refletindo com os demais participantes da classe sobre suas descobertas:

• O quanto estou “instruído no caminho do Senhor” (At 18.25):

( ) pouco ( ) o suficiente ( ) o necessário ( ) bastante

• O quanto exponho pela pregação ou testemunho “o caminho de Deus” (At 18.26):

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• O quanto celebro a vida de Deus, que resultou de minha escolha pelo caminho que é Cristo:

( ) pouco ( ) o suficiente ( ) o necessário ( ) bastante

Nossas respostas apontam para as mudanças que precisamos fazer para viver com plenitude a proposta de Deus para a nossa salvação. Afinal, “...para quem iremos nós” se e somente se Jesus tem as palavras da vida eterna? (Jo 6.68).

Segunda Salmo 25.4-13 Terça Salmo 67.1-7 Quarta João 1.19-23 Quinta João 14.1-4 Sexta João 14.5-11 Sábado João 14.12-15 Domingo Mateus 7.13,14

Referências

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