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Clima político aquece e interfere no futebol

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Academic year: 2021

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proximidade das eleições presidenciais no Brasil fez o futebol começar a virar palco para manifestações partidárias, algo que não se via acontecer havia algumas décadas dentro do país. E essas manifestações geraram bastante polêmica para atletas e clubes envolvidos nas discussões.

O jogador do Palmeiras Felipe Melo foi o primeiro a acirrar o ânimo nas redes sociais depois de dedicar o gol marcado contra o Bahia ao candidato à presidência Jair Bolsonaro, chamado por ele de “nosso futuro presidente”. A declaração gerou revolta entre torcedores que não apoiam o candidato. Muitos palmeirenses recla-maram que ele usou o poder midiático do clube para fazer campanha a Bolsonaro, desrespeitando os torcedores do clube que não apoiam o candidato.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

Clima político aquece

e interfere no futebol

1

N Ú M E R O D O D I A

de libras foi o faturamento do Manchester City no último ano, o maior da história do clube inglês, que lucrou 10 mi de libras

500

mi

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O caso, porém, ficou restrito a debates nas redes sociais, uma vez que o Palmei-ras não se manifestou publicamente sobre as declarações do atleta, que foi exal-tado pelos filhos de Bolsonaro nas redes sociais. Em várias outras ocasiões Melo já declarou apoio ao candidato, inclusive em vídeos com ele dentro do Palmeiras.

A situação que se tornou pública, porém, envolveu o Atlético-MG, que repu-diou publicamente cântico homofóbico entoado por sua torcida durante o clássico contra o Cruzeiro e que envolveu também Bolsonaro. No intervalo do jogo, os torcedores cantaram “Cruzeirense, toma cuidado, o Bolsonaro vai matar veado”.

Horas após a partida, o Atlético soltou uma nota oficial repudiando qualquer atitude preconceituosa. O clube lembrou que é um “time de todos”, numa crítica ao grito da torcida. Além disso, foi replicado um vídeo produzido em 23 de agosto passado, exaltando que o clube é aberto a todas as pessoas. Se, antes, o vídeo tinha pouco mais de 4 mil visualizações, após a publicação da noite de ontem, a audiência foi para mais de 350 mil visualizações, nas somas de Twitter e Facebook.

A proximidade do primeiro turno das eleições e a indefinição do cenário político levaram até para o exterior o debate envolvendo futebol e política. Na semana passada, o atacante Lucas Moura, do Tottenham, foi duramente criticado na Ingla-terra por também declarar apoio a Bolsonaro. As declarações preconceituosas do candidato de extrema direita foram relembradas pela mídia e por torcedores para criticar a escolha de Lucas. O Tottenham é um clube que historicamente sempre se posicionou ao lado de minorias e de causas em favor do fim do preconceito. Após o caso, o clube tratou de “blindar” o atleta das críticas dos mais fanáticos.

I M A G E M D A S E M A N A

FRANCÊS TEM

TORCIDA NA

BANHEIRA EM

ESTÁDIO

O Caen, da França,

fez uma ação para

o jogo contra o

Lyon, no sábado,

em que um casal

viu o empate por

2 a 2 de dentro de

uma banheira de

hidromassagem na

beira do gramado;

a empresa de

massagem Thalazur

patrocinou a ação

(3)

O P I N I Ã O

Rodada mostra os

limites da política

E

m fevereiro deste ano, uma coluna do apresentador da Globo Tiago

Lei-fert na revista GQ gerou polêmica pela crítica feita por ele às

manifesta-ções políticas no esporte. Oito meses depois, a rodada do Campeonato

Brasileiro mostra que a discussão deve ser levada a sério pelo segmento.

Há uma certa unanimidade que o afastamento entre política e esporte é um

mo-vimento conservador e que pouco tem a ver com a História do próprio esporte. Ao

longo do século, diversas questões foram levantadas e debatidas graças a manifestações

de times, atletas e torcedores ao redor do mundo.

Mas o limite é claro: quando a manifestação deixa de ser política para ser

partidá-ria. Nesse caso, parece não ser o papel do esporte servir de palanque. Infelizmente foi

o que aconteceu no Brasil no fim de semana, durante o Brasileirão.

O volante do Palmeiras Felipe Melo

tomou a libertada de dedicar seu gol ao

“futuro presidente Jair Bolsonaro”. O

pre-sidenciável, com posições no mínimo

po-lêmicas, ganhou mais manifestações com

o seu nome: “Cruzeirense, toma cuidado,

o Bolsonaro vai matar veado”, gritou parte

da torcida do Atlético Mineiro.

Obviamente, a indústria do esporte

não pode se prestar a ser porta-voz desse

tipo de mensagem. Assim como não

po-deria ser amplificador de mensagens de

“Lula livre” ou coisa do tipo. Gritos partidários destoam do contexto esportivo.

O curioso é que existe um tratamento que não é igual dentro do esporte. Basta

lembrar que neste ano o Corinthians foi impedido de jogar com a palavra

“Democra-cia” no uniforme durante a Libertadores. Foi entendido que isso seria uma

manifesta-ção política dentro do torneio que tem o nome de Libertadores da América.

Nos Estados Unidos, algo surreal tem acontecido há dois anos: a repressão a

ma-nifestações contra o racismo. Sob a justificativa calhorda de desrespeito ao hino

nacio-nal, atos de jogadores negros têm sofrido pressão direta do presidente Donald Trump.

Historicamente, a política tem muita relação com o esporte, mas como elemento

de ruptura. É com o esporte que alguns grupos com menos voz conseguem gritar para

o mundo, e isso é uma das coisas mais espetaculares desse segmento.

Apoio partidário, por outro lado, abre caminho para suporte a discursos que

deveriam ficar distante do esporte. Não é fácil medir o que deve ser permitido, mas

afastar a figura do político do esporte parece um caminho mais simples para isso.

Esporte precisa entender a diferença

que existe entre manifestação política

de uma manifestação partidária

POR DUDA LOPES

(4)

Uefa quer serviço

de streaming para

‘completar’ TV

A Liga de Basquete da Austrália

(NBL) viveu uma situação

inus-itada após receber um calote de um

patrocinador. A liga, agora, é sócia

da empresa de energia renovável

Pa-thion, após decisão da Justiça que

condenava a empresa a pagar US$

720 mil para a liga pelo patrocínio.

Fundada nos Estados Unidos, a

Pathion da Austrália foi à falência

e deixou de fazer os pagamentos

à Liga. Agora, para compensar a

dívida, a empresa decidiu tornar a

NBL acionista da companhia até o

instante em que a Pathion consiga

levantar US$ 30 milhões em

inves-timento de fundos privados.

O patrocínio havia sido assinado

em novembro do ano passado.

C A L O T E FA Z

L I G A V I R A R

S Ó C I A D E E X

-PAT R O C I N A D O R

Além do lançamento de um

ser-viço de streaming, a Uefa quer inserir

o e-Sports no calendário de

com-petições da entidade. A ideia é que, já

na Euro 2020, seja implementado o

campeonato. Atualmente, a entidade

realiza um chamamento público de

oferta para interessados em criar o

game e ainda a competição.

A ideia da Uefa é que uma empresa

seja declarada vencedora dessa

concor-rência no próximo mês de outubro. O

modelo de evento é o feito pela Fifa.

E N T I D A D E

P L A N E J A

E - S P O R T S N A

E U R O D E 2 0 2 0

POR REDAÇÃO

A Uefa terá uma plataforma de streaming própria e a usará para aumentar a visibilidade de categorias como o futebol feminino e o futsal. Em entrevista ao site Palco 23, Guy-Lau-rent Epstein, diretor de marketing da Uefa, detalhou o plano. “Vamos criar nosso próprio OTT (streaming) para comple-mentar a TV paga. Ele ainda não está pronto, mas estamos construindo nossa própria plataforma OTT para realmente ir além do conteúdo atual”, afirmou o executivo.

De acordo com a publicação, a Uefa acredita que as trans-missões ao vivo de curto e médio prazo das principais com-petições (Liga dos Campeões e Liga Europa) permanecerão nas mãos das emissoras de televisão, responsáveis por “en-gordar” a receita da entidade com a compra dos direitos.

“Nós não queremos competir com elas (as emissoras de TV), mas aproveitar a ampla oferta de conteúdo que temos, como resumos, imagens dos bastidores e competições de futsal, futebol feminino e de categorias de base, cujas trans-missões geralmente não têm a mesma visibilidade que os torneios masculinos. Além disso, serviria para ajudar as 55 federações da Uefa a aumentarem suas visibilidades”, disse.

Além disso, ainda há mais um objetivo embutido na estra-tégia: adaptar a Uefa ao “novo” ambiente digital.

“Há aumento da concorrência para capturar a atenção do público com ligas domésticas de outros esportes e novos serviços como Netflix. O panorama da mídia evoluiu muito e gera oportunidades para oferecer conteúdo relevante”.

(5)

O

primeiro maratonista a correr abaixo de 2h. Nos últimos anos, Adidas e Nike travam um duelo velado em busca desse recorde. No domingo, a empresa americana deu um importante passo em busca da marca, de-pois que o queniano Eliud Kipchoge correu em 2h01min39s a Maratona de Berlim.

Kipchoge baixou em 1min18s o antigo recorde mundial da maratona, estabele-cido pelo compatriota Dennis Kimetto em 2016, também em Berlim, na primeira vez que um atleta cruzou uma maratona abaixo do tempo de 2h03min. Kimetto, não por acaso, é um dos principais nomes da Adidas na corrida de longa distância.

Desde 1967 não havia uma redução de tempo tão grande numa quebra de re-corde da maratona. Naquela ocasião, Derek Clayton baixou em 2min23s a marca. Mais do que a quebra do recorde, a vitória de Kipchoge coroa o projeto da Nike com o queniano. Ele foi o escolhido pela empresa para liderar o Breaking2, nome dado ao desafio de correr a distância de uma maratona em menos de 2h. A Adidas tem projeto similar, mas nunca tornou público seus planos para atingir essa marca. “Na Nike, a gente não espera que os sonhos se tornem realidade. A gente traba-lha para alcançar o futuro mais rápido, reescrevendo a história e as possibilidades do potencial humano ao mesmo tempo”, afirmou a empresa ao anunciar o desafio. Em setembro do ano passado, a Nike alugou o autódromo de Monza, na Itália, contratou atletas para fazerem o papel de “coelho”, ditando o ritmo das passadas, e usou até mesmo um carro-madrinha para fazer vácuo e permitir a aceleração de Kipchoge, que finalizou a distância no tempo de 2h00min25s. Pelo que se viu em Berlim no último domingo, a barreira das 2h não é mais um sonho tão impossível.

Recorde vira trunfo da

Nike sobre Adidas

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Referências

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