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1. INTRODUÇÃO 4. CRÉDITO FISCAL

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Boletim IOB

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2008 - Fascículo 10 BA 1

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI - Retorno de mercadoria - Entrega

a destinatário diverso do indicado na

nota fiscal

1. INTRODUÇÃO

Pode ocorrer, pelos mais diversos motivos, que

determinada mercadoria, ao ser remetida ao

desti-natário, não seja por ele aceita ou mesmo por outra

razão não lhe seja entregue.

Neste texto, veremos os procedimentos que

de-verão ser adotados nos casos em que a mercadoria

retorna ao remetente, sem que tenha sido

entregue ao destinatário, ou em que

ela siga diretamente a outro

es-tabelecimento de terceiro,

sem que haja o retorno

físi-co ao estabelecimento do

remetente.

2. RETORNO -

CARACTERIZAÇÃO

O retorno da mercadoria ao

remetente não se confunde com a

devolução, pois, nessa operação, a

mer-cadoria entra efetivamente no estabelecimento do

destinatário e gera a obrigatoriedade da emissão

de nota fi scal de devolução ao remetente, o que não

ocorre no retorno, pois a mercadoria sequer chega a

ser entregue ao destinatário.

3. EMISSÃO DE NOTA FISCAL RELATIVA À

ENTRADA

No retorno de mercadoria não entregue ao

des-tinatário, caberá ao remetente emitir Nota Fiscal,

mo-delo 1 ou 1-A, no momento da entrada dos produtos

em seu estabelecimento, devendo conter, no campo

“Informações Complementares”, as indicações de

nú-mero, série (se houver), data de emissão e valor da

operação da nota fi scal originária.

(Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto no 4.544/2002, art. 333, XV, art. 359, IX, art. 361, I, e art. 362, IV)

4. CRÉDITO FISCAL

É permitido ao estabelecimento industrial, ou

equiparado a industrial, creditar-se do IPI relativo a

produtos tributados recebidos em retorno.

O crédito do imposto deverá ser escriturado nos

livros Registro de Entradas e Registro de Controle da

Produção e do Estoque ou em sistema equivalente

(nos termos do art. 388 do RIPI/2002), com

base na nota fi scal emitida na

en-trada dos produtos (conforme

descrito no item 3).

Nesse sentido

ma-nifestou-se a Secretaria

da Receita Federal do

Brasil, por meio do

Acór-dão n

o

09-9408, de 17 de

fevereiro de 2005, a seguir

reproduzido:

“MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM JUIZ DE FORA

Acórdão no 09-9408 de 17 de Fevereiro de 2005

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: CRÉDITO DE IPI POR DEVOLUÇÃO OU RETOR-NO DE PRODUTOS. O direito ao crédito do IPI por devolução ou retorno de produtos subordina-se à comprovação do rein-gresso no estabelecimento e à efetiva reincorporação daqueles ao estoque, mediante a escrituração das notas fi scais no Livro Registro de Controle de Produção e Estoque, modelo 3, ou sis-tema equivalente.”

(RIPI/2002, arts. 167 e 172)

Os

produtos que, por

qualquer motivo, não forem

entregues ao destinatário originário

constante da nota fi scal, emitida na saída

da mercadoria do estabelecimento, podem

ser enviados a destinatário diverso daquele

indicado na nota fi scal originária sem

que retornem ao estabelecimento

remetente

Federal

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(2)

2 BA Manual de Procedimentos - Mar/2008 - Fascículo 10 - Boletim IOB

5. ENTREGA A DESTINATÁRIO DIVERSO

Os produtos que, por qualquer motivo, não forem

entregues ao destinatário originário constante da nota

fi scal, emitida na saída da mercadoria do

estabele-cimento, podem ser enviados a destinatário diverso

daquele indicado na nota fi scal originária sem que

retornem ao estabelecimento remetente, desde que

esse:

a) emita nota fi scal de entrada simbólica do

pro-duto, para creditar-se do IPI, com indicação

do número e da data da emissão da nota fi scal

originária e do valor do imposto nela

destaca-do, e efetue a sua escrituração nos livros

Re-gistro de Entradas e ReRe-gistro de Controle da

Produção e do Estoque ou em sistema

equi-valente; e

b) emita nota fi scal com destaque do IPI em nome

do novo destinatário, com citação do local de

onde os produtos devam sair.

(RIPI/2002, art. 173)

5.1 Exemplo

Suponhamos que a empresa Industrial XY Ltda.

tenha vendido seus produtos a um de seus clientes,

localizado no Estado de São Paulo. O cliente não

re-cebeu a mercadoria, alegando no verso da nota fi scal

o seguinte motivo: “Mercadoria em desacordo com o

pedido”. A empresa Industrial XY, para evitar o custo

de transporte do retorno da mercadoria, mandou

a transportadora entregar o produto a outro cliente.

Observados os procedimentos descritos neste texto,

exemplifi camos a seguir a forma de emissão da nota

fi scal de entrada simbólica da mercadoria e da nota

fi scal de remessa ao novo destinatário.

5.1.1 Nota fiscal de entrada simbólica (letra “a” do item 5)

NOTA FISCAL Nº 000.320 SAÍDA  ENTRADA Industrial XY Ltda. Rua Seis, 200 São Paulo - SP CEP: 08230-060 Tel.: (11) 6133-2040 1ª VIA DESTINATÁRIO/ CNPJ 61.222.111/0001-00 REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Retorno simbólico de mercadoria

CFOP 1.949

INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL 100.100.200.200 DATA-LIMITE PARA EMISSÃO DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL Industrial XY Ltda. CNPJ/CPF 61.222.111/0001-00 DATA DA EMISSÃO 20.02.2008 ENDEREÇO Rua Seis, 200 BAIRRO/DISTRITO Centro CEP 08230-060 DATA DA SAÍDA/ENTRADA MUNICÍPIO São Paulo FONE/FAX (11) 6133-2040 UF SP INSCRIÇÃO ESTADUAL 100.100.200.200 HORA DA SAÍDA FATURA DADOS DO PRODUTO ALÍQUOTAS CÓDIGO

PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CL. FISC. SITUAÇÃO TRIBUTARIA UNI-DADE QUAN- TIDADE VALOR

UNITÁRIO VALOR TOTAL ICMS IPI VALOR DO IPI celulose 3912.9090 000 kg 550 20,00 11.000,00

CÁLCULO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS 11.000,00 VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA

11.550,00

TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS

NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1 EMITENTE

2 DESTINATÁRIO

ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

Retorno de produto não entregue ao destinatário, referente à Nota Fiscal nº 000.310, de 20.02.2008.

IPI destacado na NF de venda: R$ 550,00. RESERVADO AO FISCO

Nº DE CONTROLE DO FORMULÁRIO

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL

00.00.00

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Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2008 - Fascículo 10 BA 3

5.1.2 Nota fiscal de remessa ao novo adquirente (letra “b” do item 5)

NOTA FISCAL Nº 000.321  SAÍDA ENTRADA Industrial XY Ltda. Rua Seis, 200 São Paulo - SP CEP: 08230-060 Tel.: (11) 6133-2240 1ª VIA DESTINATÁRIO/ CNPJ 61.222.111/0001-00 REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Venda CFOP 5.101

INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL 100.100.200.200

DATA-LIMITE PARA EMISSÃO

DESTINATÁRIO/REMETENTE

NOME/RAZÃO SOCIAL Comercial e Industrial “K” Ltda.

CNPJ/CPF 43.002.001/0001-00

DATA DA EMISSÃO 20.02.2008 ENDEREÇO

Rua Sem Fim, s/nº

BAIRRO/DISTRITO Centro CEP 31.050-020 DATA DA SAÍDA/ENTRADA MUNICÍPIO S. Bernardo do Campo FONE/FAX (11) 2232-2005 UF SP INSCRIÇÃO ESTADUAL 111.222.333.1234 HORA DA SAÍDA FATURA DADOS DO PRODUTO ALÍQUOTAS CÓDIGO

PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CL. FISC. SITUAÇÃO TRIBUTARIA UNI-DADE QUAN- TIDADE VALOR

UNITÁRIO VALOR TOTAL ICMS IPI VALOR DO IPI celulose 3912.9090 000 kg 550 20,00 11.000,00 5% 550,00

CÁLCULO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS 11.000,00 VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI

550,00

VALOR TOTAL DA NOTA 11.550,00

TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS

NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1 EMITENTE

2 DESTINATÁRIO

ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

A mercadoria sairá da Transportadora Transrápido, localizada na Rua Nove, 300 - São Paulo - SP

(Art. 173 do RIPI/2002) RESERVADO AO FISCO

Nº DE CONTROLE DO FORMULÁRIO

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

00.00.00



Estadual

ICMS - Restituição e compensação do

imposto

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Destaque a maior na nota fi scal 3. Estorno de débito

4. Direito à restituição 5. Restituição do imposto

6. Prova de assunção do encargo fi nanceiro 7. Petição

8. Competência para autorizar a restituição 9. Falta de deliberação

10. Recursos

11. Pedido de restituição por contribuintes inscritos no CAD/ICMS na condição de normal

12. Ementas de Respostas da Consultoria Tributária da Sefaz/BA

1. INTRODUÇÃO

O contribuinte tem direito à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, nos casos de:

a) cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face de legis-lação tributária aplicável, ou de natureza ou cir-cunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;

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4 BA Manual de Procedimentos - Mar/2008 - Fascículo 10 - Boletim IOB

b) erro na identifi cação do sujeito passivo, na determi-nação da alíquota aplicável, no cálculo do montan-te do débito, ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento.

(CTN, art. 165, I e II)

2. DESTAQUE A MAIOR NA NOTA FISCAL

Na emissão de determinado documento fi scal relativo a operação ou prestação, pode ocorrer de o valor do ICMS ser destacado a maior do que o realmente devido.

Nesse caso, observados os procedimentos estabeleci-dos pela legislação, o valor destacado a maior poderá ser compensado ou restituído.

(RICMS-BA/1997, art. 112, § 4o)

3. ESTORNO DE DÉBITO

Não será permitido efetuar estorno de débito quando houver destaque indevido ou a maior do imposto no do-cumento fi scal. Nesses casos, o contribuinte terá de soli-citar restituição ou compensação ao Fisco. Entretanto, nos casos de pagamento indevido em virtude de erro de fato ocorrido na escrituração dos livros fi scais ou no preparo do documento de arrecadação, o estorno de débito é admitido pela legislação.

A escrituração fi scal do estorno ou a anulação de dé-bito será feita mediante emissão de documento fi scal, cuja natureza da operação será “Estorno de Débito”, consignan-do-se o respectivo valor no livro Registro de Apuração do ICMS, no último dia do mês de sua constatação, pelo valor nominal, no quadro “Crédito do Imposto - Estornos de Dé-bitos”.

(RICMS-BA/1997, art. 93, VIII, art. 112, § 1o , e art. 113)

4. DIREITO À RESTITUIÇÃO

O débito fi scal lançado a mais ou indevidamente, na hipótese de não ser admissível o estorno ou a anulação nos termos citados no item anterior, poderá ser objeto de pedido de restituição.

(RICMS-BA/1997, art. 112, § 4o, e art. 136, II)

5. RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO

As quantias indevidamente recolhidas ao Estado serão restituídas ao contribuinte na forma prevista no Regulamen-to do Processo Administrativo Fiscal (RPAF), aprovado pelo Decreto no 7.629/1999.

Segundo o RPAF, a restituição será feita:

a) mediante autorização do uso de crédito fi scal, tra-tando-se de devolução de ICMS a contribuinte do imposto;

b) em moeda corrente (R$), quando se tratar de devo-lução de ICMS a contribuinte cujo imposto não seja calculado pelo regime normal de apuração;

c) mediante Certifi cado de Crédito, quando se tratar de contribuinte com débito constituído em caráter defi nitivo no âmbito administrativo, até o valor ne-cessário à quitação da dívida.

Em conformidade com o RICMS-BA/1997, art. 115, o valor do ICMS a recolher poderá ser calculado pelo:

a) regime normal de apuração; b) regime sumário de apuração;

c) regime de apuração em função da receita bruta; d) regime especial unifi cado de arrecadação de

tribu-tos e contribuições (Simples Nacional); e) regime de arbitramento.

Assim, somente na letra “a” (regime normal de apura-ção) é permitida a compensação do imposto.

(RPAF-BA/1999, art. 75)

6. PROVA DE ASSUNÇÃO DO ENCARGO

FINANCEIRO

O ICMS será restituído àquele que provar ter assumido o encargo fi nanceiro do tributo ou àquele que estiver ex-pressamente autorizado por este, observados os prazos de prescrição e decadência (5 anos).

O adquirente da mercadoria deve autorizar o remeten-te, por meio de declaração escrita, a solicitar restituição, informando que se creditou da importância correta, ou se creditou a mais, fez o respectivo estorno do crédito, como demonstrado no livro Registro de Entradas e/ou no livro Re-gistro de Apuração do ICMS, cujas cópias das páginas res-pectivas são enviadas juntamente com a declaração.

A restituição deverá ser acompanhada da devolução, na mesma proporção, das multas e dos acréscimos tributá-rios pagos a mais ou indevidamente.

(RPAF-BA/1999, art. 73; e CTN, art. 168, caput)

7. PETIÇÃO

A restituição do ICMS e de seus acréscimos ou multa dependerão de petição dirigida à autoridade competente (titular da Coordenação de Processos ou Inspetor Fazendá-rio, conforme o caso - item 8, a seguir), por meio do órgão local, com:

a) indicação do valor da restituição pleiteada; b) indicação do dispositivo legal em que se

funda-menta o requerimento, e prova de nele estar enqua-drado;

c) cópia do documento relativo ao recolhimento a mais ou indevido;

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Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2008 - Fascículo 10 BA 5

d) outras indicações e informações necessárias ao es-clarecimento do pedido.

(RPAF-BA/1999, arts. 74 e 79, I)

8. COMPETÊNCIA PARA AUTORIZAR A

RESTITUIÇÃO

São competentes para apreciar o pedido de restitui-ção:

a) em caso de devolução de ICMS, no âmbito da DAT Metro (Diretoria de Administração Tributária da Re-gião Metropolitana de Salvador), o titular da Coor-denação de Processos;

b) no âmbito da DAT Norte e DAT Sul, os titulares das inspetorias;

c) em relação a operações com combustíveis e lubrifi cantes, o titular da Gerência de Fiscaliza-ção (Gefi s), devendo recorrer de ofício ao titular da Coordenação de Fiscalização de Petróleo e Combustíveis (Copec), na hipótese de decisão favorável à restituição de quantia superior a R$ 39.720,00.

(RPAF-BA/1999, art. 79)

9. FALTA DE DELIBERAÇÃO

Uma vez formulado o pedido de restituição do ICMS e não havendo deliberação no prazo de 90 dias, contado da protocolização do pedido, o contribuinte poderá creditar-se, em sua escrita fi scal, do valor objeto do pedido.

Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte, no prazo de 15 dias da respectiva notifi cação, procederá ao estorno dos créditos lançados com o pagamento dos acrés-cimos legais cabíveis.

(RPAF-BA/1999, art. 78)

10. RECURSOS

São previstos 2 recursos atinentes ao pedido de resti-tuição:

a) recurso de ofício; e b) recurso voluntário.

10.1 Recurso de ofício

Tratando-se de processo de competência do Inspetor Fazendário, se houver decisão favorável à restituição de quantia superior a R$ 39.720,00, caberá recurso de ofício para o Diretor de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda da circunscrição do sujeito passivo.

(RPAF-BA/1999, art. 80)

10.2 Recurso voluntário

Em relação às decisões que indeferirem pedido de res-tituição, caberá recurso voluntário para o Diretor de

Admi-nistração Tributária da circunscrição fi scal do requerente, ou para o titular da Coordenação de Fiscalização de Petró-leo e Combustíveis (Copec), quando relativos às operações com combustíveis e lubrifi cantes, no prazo de 10 dias, con-tado da intimação do indeferimento.

(RPAF-BA/1999, art. 81)

11. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO POR

CONTRIBUINTES INSCRITOS NO CAD/ICMS NA

CONDIÇÃO DE NORMAL

11.1 Documentos básicos

São documentos básicos para o pedido de restituição do imposto:

a) requerimento preenchido e assinado (Restituição), com as seguintes informações:

a.1) identifi cação do requerente - razão social, Inscrição Estadual, CNPJ, endereço e telefo-ne;

a.2) solicitação da restituição com descrição da ocorrência;

a.3) valor a ser restituído, número do PAF, mês de referência do recolhimento ou exercício, tra-tando-se de taxas;

a.4) número da conta corrente, do banco e da agência para depósito do valor, caso não seja possível a utilização de crédito em conta cor-rente fi scal;

a.5) assinatura e identifi cação com nome, RG e CPF do signatário.

b) cópia do documento relativo ao recolhimento a mais ou indevido.

11.2 Documentos complementares para situações

específicas

Para o pedido de restituição do imposto, são os seguin-tes os documentos complementares relativos a situações específi cas:

a) cópia dos Livros Fiscais de Entrada, Saída e Apura-ção, relativamente ao período que motivou o pedido de restituição;

b) autorização, assinada com fi rma reconhecida de quem assumiu o encargo fi nanceiro do tributo, que permite ao requerente receber a restituição, caso não tenha assumido o encargo fi nanceiro;

c) cópia de auto de infração, notifi cação fi scal ou de-núncia espontânea acompanhada do demonstrati-vo de débito, caso a restituição seja originária de pagamento de Auto de Infração ou Denúncia Es-pontânea;

d) cópia da Resolução do Consef, que julgou o Auto de Infração nulo ou improcedente, caso a restitui-ção seja originária de auto de infrarestitui-ção julgado nulo ou improcedente;

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6 BA Manual de Procedimentos - Mar/2008 - Fascículo 10 - Boletim IOB

e) procuração, caso o requerimento seja assinado por procurador;

f) documento de identidade, caso o requerimento seja assinado por procurador.

(Site da Sefaz/BA - Documentos Necessários - Crédito Tri-butário)

11.3 Modelo oficial de pedido de restituição

“ICMS. BASE DE CÁLCULO. As operações com máqui-nas e implementos agrícolas das posições NCM 8432, 8436 e 8413.81.0000, e suas respectivas partes e peças, arroladas no Anexo 6, itens 30, “b” e “d” e 31, são alcançadas pela redução da base de cálculo. Art. 77, inciso II, alíneas “a”, “b” e “c” do RICMS-BA/1997. O recolhimento do imposto sem aplicação do benefício enseja ao sujeito passivo o direito de requerer a restituição do indé-bito na forma do art. 73 e segs. do RPAF. - Parecer No: 4029/2002

- Processo No: 136349/2002-3.”

“ICMS. CREDITO FISCAL. Destaque de imposto em operação não tributada. Consulente deseja saber como proceder para pedir restituição. Necessidade de prova de que os clientes não utilizaram ou estornaram o crédito recebido. - Parecer No: 5522/2001 -

Proces-so No: 217924/2001-3.”

“ICMS. CRÉDITO FISCAL. ESTORNO. Recolhimento a maior do imposto por empresa optante pelo regime de apuração em fun-ção da receita bruta. Impossibilidade de estorno de débito em face da vedação de utilização de crédito. Necessidade de apresentação de requerimento de restituição na forma prevista no RPAF-BA/1999. - Parecer No: 299/2003 - Processo No: 253892/2002-0.”

“ICMS. DIFERIMENTO. Fornecimento de refeições. Diferimen-to previsDiferimen-to no art. 343, XVIII, do RICMS-BA/1997. RecolhimenDiferimen-to do imposto pelo fornecedor referente a operação sujeita à aplicação do referido tratamento enseja restituição. Requerimento deve estar instruído na forma prevista no art. 74 do RPAF-BA/1999, para possi-bilitar decisão do Inspetor da circunscrição do domicílio da interes-sada. - Parecer No: 5162/2001 - Processo No: 100833/2001-1.”

“ICMS. DOCUMENTO FISCAL. Nota Fiscal de devolução de mercadoria emitida com preço a maior deverá motivar o ingresso de pedido de restituição de indébito, na forma regulamentar. - Pa-recer No: 9270/2003 - Processo No: 561893/2003-3

“ICMS. INCIDÊNCIA. Fornecimento de alimentação por hotel. Tributação indevida do valor incluso no preço da diária. Direito a restituição com base no Art. 112, §4o do RICMS-Ba, c/c art. 73 do

RPAF. - Parecer No: 9552/2003 - Processo No: 203055/2002-4.”

“ICMS. ISENÇAO. Fornecimento de energia e prestação de serviço comunicação destinadas a autarquia mantida pelo poder público estadual gozam de isenção (artigos 22, III e 31, IV, do RICMS-BA/1997). A restituição do imposto indevidamente desta-cado e pago é cabível ao contribuinte de direito, fornecedor da energia e prestador do serviço de comunicação, desde que auto-rizado pelo contribuinte de fato, autarquia. - Parecer No: 2971/2001

- Processo No: 080538/2001-8.”

“ICMS. SUBSTITUIÇAO TRIBUTARIA. Cabe ao contribuinte substituto pedir restituição do imposto pago a maior em face de retenção em valor superior ao devido, desde que autorizado pelo contribuinte substituído. - Parecer No: 4949/2001 - Processo

No: 186462/2001-9.”

PRS-FAP-DAT-1091 (13.06.2007) Requerimento – Restituição IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE RAZÃO SOCIAL

INSCRIÇÃO ESTADUAL CNPJ / CPF TELEFONE

ENDEREÇO MUNICÍPIO

Requer à Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia:

Restituição do idébito no valor de R$ ( ), conforme descrição abaixo: ICMS IPVA ITD

Taxa na área do Poder Executivo

Taxa na área do Poder Judiciário ou Secretaria de Justiça RAZÕES / JUSTIFICATIVAS / COMPROVANTES

Artigo 73 a 77 do Regulamento do Processo Administrativo Fiscal – RPAF aprovado pelo Decreto 7.629/1999.

Descrição dos fatos:

Documentos anexos:

Cópia documento relativo ao recolhimento a mais ou indevido.

Cópia dos Livros Fiscais: Apuração do ICMS Entrada de Mercadorias Saídas de Mercadorias Autorização, assinada com firma reconhecida, de quem assumiu o encargo financeiro do tributo, caso não seja o requerente.

Notas Fiscais número

Cópia do Auto de Infração ou Denúncia Espontânea (inclusive demonstrativo de débito). Cópia da Resolução do CONSEF que julgou o Auto de Infração Improcedente. Procuração.

Comprovante dos dados bancários do credor – cópia de folha de cheque, extrato bancário ou ofício do banco informando o nº da conta corrente e agência bancária.

DADOS DA CONTA CORRENTE BANCÁRIA PARA DEPÓSITO – para restituição em moeda corrente

Em cumprimento ao disposto na Instrução Normativa da DICOP nº 10/97, informo que o valor a ser restituído deverá ser depositado em conta corrente bancária:

Nº da Conta Corrente: Banco: Código do Banco: Agência:

Não tenho conta corrente em Banco, declaro que desejo receber o valor da restituição através do sistema “CRÉDITO A DISPOSIÇÃO”. Para isso, indico a Agência , código do BRADESCO.

OUTRAS INFORMAÇÕES – para restituição que não seja utilizada moeda corrente

Solicito que a restituição seja autorizada sob a forma de:

Autorização do uso de crédito fiscal (tratando-se de devolução de ICMS a contribuinte do imposto). Certificado de Crédito (tratando-se de contribuinte com débito constituído em caráter definitivo no âmbito

administrativo).

IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RESPONSÁVEL

NOME

DOCUMENTO DE IDENTIDADE CPF CARGO NA EMPRESA

SÓCIO

LOCAL E DATA ASSINATURA

________________________________________________________

Notas

(1) O modelo de requerimento oferecido nessa página é de uso obriga-tório para esta solicitação.

(2) Há petições específi cas para pedidos de restituição referentes a an-tecipação parcial e outros casos no site da Sefaz (Documentos Necessários - Crédito Tributário).

(Site da Sefaz/BA - Documentos necessários - Crédito Tri-butário)

12. EMENTAS DE RESPOSTAS DA CONSULTORIA

TRIBUTÁRIA DA SEFAZ/BA

Apresentamos a seguir respostas da Consultoria Tribu-tária da Sefaz/BA.

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(7)

Boletim IOB - Informativo - Mar/2008 - No 10 BA 1

Informativo

ICMS - IPI e Outros

FEDERAL

Tributos federais - Zonas de

Processamento de Exportação e Áreas

de Livre Comércio de Pacaraima e

Bonfim - Alterações

Por meio da Medida Provisória no 418/2008, cuja síntese foi publicada na Edição no 9/2008, Caderno Legislação Fede-ral, foram implementadas alterações na Lei no 11.508/2007, que dispõe sobre o regime tributário, cambial e administrativo das Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) e na Lei no 8.256/1991, que criou as Áreas de Livre Comércio (ALC) de Pacaraima e Bonfi m, no Estado de Roraima.

Entre as alterações, citamos:

a) as importações ou as aquisições no mercado interno de bens e serviços por empresa autorizada a operar em ZPE terão suspensão da exigência de diversos tri-butos federais, entre os quais o IPI;

b) alteração da denominação da Área de Livre Comércio de Pacaraima (ALCP), no Estado de Roraima, para Área de Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV); e

c) alteração na nomenclatura (de Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM) para Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)) dos bens excluídos do benefício fi s-cal da isenção do IPI que gozam as saídas de produtos destinados às Áreas de Livre Comércio de Boa Vista e Bonfi m e permissão para a remessa, com o benefício fi scal, de bebidas alcoólicas classifi cadas no código NCM 2208.90.00.

FEDERAL

Setor de registro público - Incidência

do ISS na prestação de serviços

de registros públicos, cartorários e

notariais

O Imposto Sobre Serviços de Qualquer

Nature-za (ISS) é um tributo municipal e distrital que tem

como fato gerador a prestação de serviços

relacio-nados na Lista de Serviços anexa à Lei

Comple-mentar n

o

116/2003, ainda que não se constituam

como atividade preponderante do prestador.

Entre os serviços tributáveis pelo ISS, estão

pre-vistos nos itens 21 e 21.1, da mencionada Lista, os

serviços de registros públicos, cartorários e

nota-riais.

A incidência do ISS sobre esses serviços foi

contestada no Supremo Tribunal Federal (STF), por

meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

n

o

3.089, com base nos seguintes argumentos:

IOB

Atualiza

IOB

Setorial

abicbact_04759_28.ind 1

(8)

2 BA Informativo - Mar/2008 - No 10 - Boletim IOB

a) os serviços notariais e de registro são

públi-cos, exercidos em caráter privado, por

dele-gação do Poder Público (art. 236 da

Constitui-ção Federal de 1988);

b) os serviços públicos, específi cos e divisíveis,

são remunerados por meio de taxa, que é

es-pécie de tributo (art. 145, II, da CF/1988);

c) o ISS, pela sua natureza jurídica, somente

po-deria incidir na prestação de serviço de direito

privado;

d) em alguns Estados, os serviços notariais e de

re-gistro são estatizados, como na Bahia e no Acre,

com base no art. 32 do ADCT da CF/1988; e

e) os municípios e o Distrito Federal não

pode-riam instituir imposto sobre serviço público

(mesmo que prestado em caráter privado, por

delegação), uma vez que este continua sendo

público, passível de cobrança de tributo (taxa)

pelos Estados, pois essa cobrança feriria o

princípio constitucional da imunidade

recípro-ca (art. 150, VI, “a”, da CF/1988).

Contudo, o Supremo Tribunal Federal (STF), ao

julgar a ADI n

o

3.089, entendeu (por maioria de votos)

que a incidência do ISS sobre a prestação dos

servi-ços descritos anteriormente não fere a Constituição

Federal, com o argumento de que o serviço notarial e

de registro é uma atividade estatal delegada,

explo-rada economicamente por particular, mas, enquanto

atividade privada, é um serviço sobre o qual nada

im-pede a incidência do ISS.

(Constituição Federal de 1988, art. 145, II; art. 150, VI, “a”; art. 156, III, e art. 236; e ADCT, art. 32; Lei Complementar no 116/2003, art. 1o, e itens 21 e 21.1 da Lista de Serviços a ela anexa)

IPI - Revenda de produtos importados

1) Empresa comercial que importe e revenda

pro-dutos sem neles efetuar qualquer modifi cação é

con-tribuinte do IPI?

R.: Sim. A empresa que revende produtos de sua

própria importação é contribuinte do IPI na condição

de equiparado a industrial em que se encontra.

(RIPI/2002, arts. 9o, I, e 24, III)

IPI - Venda para entrega futura - Valor da nota fi scal

de remessa

2) Na operação de venda para entrega futura, qual

valor deverá constar na nota fi scal de remessa,

consi-derando que o valor do IPI foi destacado na nota fi scal

de simples faturamento?

R.: A nota fi scal de remessa para entrega futura

de-verá refl etir o valor da operação. Vale dizer que será o

valor total (mercadoria mais o IPI), com a indicação, no

campo “Informações Complementares”, de que o

des-taque do IPI foi feito na nota fi scal de simples

faturamen-to, citando o seu número e a data de emissão.

(RIPI/2002, arts. 333, § 3o, e 339, IV)

ICMS/BA - Biodiesel (B-100) - Benefício fi scal

3) As saídas de biodiesel têm benefício fi scal?

R.: Sim. As saídas para dentro do Estado de

bio-diesel (B-100), resultante da industrialização de grãos,

sebo bovino, sementes e palma, têm, até 30.04.2011,

o benefício da redução de base de cálculo do

impos-to, de forma que a incidência resulte numa carga

tri-butária de 12%.

(RICMS-BA/1997, art. 87, XXXII)

ICMS/BA - Produtos vegetais destinados à produção

de biodiesel - Benefício fi scal

4) Os produtos vegetais destinados à produção de

biodiesel são tributados?

R.: Não. As saídas internas (dentro do Estado) de

produtos vegetais destinados à produção de

biodie-sel são isentas do ICMS, fi cando o benefício

condi-cionado à utilização dos produtos na fi nalidade a que

se destinam.

(RICMS-BA/1997, art. 32, XXXV)

IOB

Perguntas e Respostas

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Referências

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