A INDEPENDENCIA DOS ESTADOS
UNIDOS E A REVOLUÇÃO
FRANCESA
A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Revolução Industrial: Liberalismo, propriedade privada,
capitalismo, etc.
Independência EUA: iluminismo, liberdades naturais,
propriedade privada.
Foram os ideais iluministas que inspiraram, em 1776, a
independência das 13 colônias (que mais tarde se tornaram uma república federativa).
Vamos estudar aqui, como os colonos norte-americanos se organizaram para enfrentar a metrópole Inglesa e construir uma nação centrada nos ideais liberais e iluministas
A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
As colônias começaram a se formar no século XVII,
quando grupos de pessoas deixaram a Inglaterra
com as mais diferentes razões para viver ao leste
da América do Norte.
• Oportunidades de trabalho
• busca por riquezas
• Liberdade religiosa (puritanos)
Isso determinou grande parte da formação
religiosa e cultural da Colônia Inglesa.
A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Inglaterra cedeu para companhias de comércio
a tarefa de colonizar a América do Norte. Isso
significa que nem todos os lucros iam para a
coroa Inglesa.
A princípio, as 13 colônias possuíram bastante
liberdade e autonomia para tomar decisões,
visto que a Inglaterra não fiscalizava de
A DIVISÃO DAS 13 COLÔNIAS
Colônias do norte, Colônias do centro, Colônias do sul
Nas colônias do Norte e do Centro, as propriedades
eram pequenas e o trabalho era executado, geralmente, pelos camponeses e suas famílias, além de
trabalhadores livres e assalariados e servos
sob-contrato (pagavam com o próprio trabalho o custo da viagem. Após isso, estavam livres.)
Colônias do Sul: Produção de produtos para exportação
em latifúndios através do trabalho escravo. Nessa
A DIVISÃO DAS 13 COLÔNIAS
Comércio triangular: Colônias do norte comercializavam
madeira, gado e alimentos com as Antilhas, onde
compravam melaço. Transformavam o melaço em Rum e o trocavam na África por escravos, vendidos para as Antilhas ou para as colônias do sul.
O comércio triangular rendeu muitos lucros para as colônias do norte, despertando a ira dos Ingleses, que passaram a tentar controlar melhor suas colônias
A DIVISÃO DAS 13 COLÔNIAS
O Panorama então era o seguinte:
A coroa inglesa explorava o sul dos EUA através
dos latifúndios e do trabalho escravo.
E tentava impedir o lucro das colônias do norte
através de impostos.
CAMINHOS PARA O ROMPIMENTO
• Restrições ao comércio triangular
• Constantes aumentos de impostos: Inglaterra precisava de dinheiro para cobrir as despesas com as guerras que se envolveu no século XVIII, especialmente com a França. Disputavam entre si o lugar de principal potência
europeia, liderança no comércio marítimo e o domínio sobre as áreas coloniais. Guerra dos sete anos: (1756-1763): Disputa com a França (colonos franceses) pelo vale do Rio Ohio, acabou se tornando uma disputa pelos limites e territórios da América do Norte.
• Ocupação das terras: Superpopulação inflacionou o preço da terra. Colonos foram sendo empurrados para oeste (interior).
OS CONGRESSOS CONTINENTAIS
Os Congressos continentais eram assembléias entre as 13 colônias, onde eram tomadas as decisões quanto ao descontentamento com a Coroa.
1º Encontro Continental 1774 - Declaração de Direitos:
Petição enviada ao rei pedindo o retorno da liberdade e da autonomia. Rei intensificou a repressão.
Início das guerras civis: Tropas improvisadas dos
OS CONGRESSOS CONTINENTAIS
2º Congresso Continental (1775): Colonos afirmaram
sua intenção de se separar da Inglaterra. Thomas Jefferson ficou encarregado de dirigir a comissão da Declaração de Independência.
A Inglaterra não reconhecia a independência e os
combates prosseguiram. Os colonos contaram com a
ajuda de França e Espanha, já que eram nações rivais da Inglaterra. Em 1781 os Ingleses foram finalmente
derrotados, mas só reconheceram a independência dos Estados Unidos 2 anos depois.
O ILUMINISMO E O LIBERALISMO
Declaração de independência: Liberalismo! Liberdades
individuais à vida, liberdade e propriedade privada.
Formação da nação: Após muito discutir o impasse
entre a autonomia e a união federativa. Ficou definido que cada colônia teria sua autonomia de legislar, mas haveria um poder central que seria soberano na nação. Optou-se por criar três poderes separados para a nação (executivo, legislativo e judiciário), inspirado nos escritos do Filósofo iluminista Montesquieu.
O ILUMINISMO E O LIBERALISMO
Estabelecimento do VOTO CENSITÁRIO
Somente alguns grupos poderiam votar (Elite,
protestante, masculina)
Mulheres, índios e escravos africanos não tinham
direito ao voto.
Isso aconteceu pelo fato da Independência ter sido
alcançada por uma elite branca, masculina,
O ILUMINISMO E O LIBERALISMO
“Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno
para com as opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação. Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre
estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo,
baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e
passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as
formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colónias e tal
agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo. A história do atual Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidas injúrias e usurpações, tendo todos por
objetivo direto o estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados
A REVOLUÇÃO FRANCESA
Era das revoluções – Hobsbawm
Revolução Francesa (1789) é o que marca a passagem da idade moderna para a idade contemporânea.
Porque é o mais importante?
Radicalismo, participação popular e valores (liberdade, igualdade e fraternidade).
A revolução Francesa aproxima uma série de
descontentamentos comuns à Burgueses, camponeses e trabalhadores urbanos, como a luta contra os privilégios da nobreza. Mas cada qual defendia seus interesses.
A REVOLUÇÃO FRANCESA
Burguesia: Interesse nas liberdades
econômicas
Camponeses: Reforma Agrária
Trabalhadores: Governo democrático que
A CRISE DO ANTIGO REGIME
Assim como a Inglaterra, a França se meteu em diversas guerras nos séculos XVII e XVIII. Assim como no caso da Inglaterra, isso causou uma instabilidade econômica no reino.
Antes da revolução, a sociedade era estamental – sem mobilidade social.
Primeiro estado – Alto clero Segundo estado – Nobreza
Terceiro Estado – Todo o resto. (97% da população.
A CRISE DO ANTIGO REGIME
Primeiro e segundo estado: Não pagavam impostos,
recebiam pensões do rei, tinham os principais cargos públicos (sem estarem capacitados para a função)
Camponeses eram maioria (85%), pagavam vários impostos e viviam em regime de servidão praticamente feudal.
Financiamento das guerras: Aumento de impostos,
compensações aos vitoriosos (entrega de colônias ou
concessão de vantagens comerciais, que resultava em perda de mercado e enfraquecimento do setor produtivo).
Guerra dos 7 anos desorganizou totalmente as finanças francesas – aumento de impostos.
A CRISE DO ANTIGO REGIME
Mas os privilégios do 1º e 2º estado permaneciam...
1786 à 1788 – Grave crise agrícola arruinou os
camponeses. Fome, insegurança, assaltos, saques, etc. Camponeses vinham para a cidade em busca de
distribuição de alimentos. Trabalhadores urbanos iam para o campo tentando saquear carregamentos de alimentos.
Enquanto isso, o palácio de Versalhes, a nobreza se divertia em grandes bailes.
A CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS
Com a situação se agravando, o rei Luis XVI convocou a assembleia Estados Gerais (não era convocada há 175 anos).
A ideia seria discutir e votar uma solução para o problema da fome da França. Deputados representavam os 3 estamentos e votavam em seu nome.O problema é que os interesses do clero e da nobreza
sempre se alinhavam e a situação permaneceu a mesma
Conscientes dessa desvantagem, a primeira questão levantada pelo terceiro estado era a alteração no sistema de votação. Eles
defendiam que o voto passasse a ser contado por pessoa, pois poderiam receber o apoio do baixo clero e de alguns nobres
A CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS
Em junho de 1789, os deputados do terceiro estado mudaram a
natureza da assembleia, sob o argumento de que representavam 97% da população.
Princípio iluminista: poder do governante emanava do povo e era
como um contrato político, podendo ser alterado ou revogado sempre que a população achasse necessário.
O Rei Luiz XVI tentou dissolver a assembleia. Temendo que as tropas reais pudessem ser convocadas para reprimir a população, o terceiro estado começou a se armar e saquear casas do primeiro e segundo
PRIMEIRA FASE: ASSEMBLEIA GERAL
(julho de 1789 à setembro de 1791)
O rei decidiu usar a força contra a assembleia. Mandou que 20 mil soldados cercassem o palácio de Versalhes. O povo reagiu e a tensão aumentou.
14 de julho de 1789: A queda da Bastilha
População invade a Bastilha, símbolo do poder real (prisão). Rouba as armas e executa os guardas. tomada de consciência da força popular.
No meio rural, revoltas, assassinatos, castelos derrubados, etc. Para conter a situação, os deputados da Assembleia
PRIMEIRA FASE: ASSEMBLEIA GERAL
• Fim dos privilégios feudais. Camponeses servos
tornaram-se livres.
• Declaração dos direitos do homem e do cidadão:
Igualdade de todos perante a lei, direito à propriedade privada e direito de resistir a qualquer forma de
opressão.
• Confisco dos bens da Igreja para poder resolver os problemas da fome. Papa reagiu, querendo que os outros países da Europa formassem um exército para restabelecer a autoridade de Luis XVI
PRIMEIRA FASE: ASSEMBLEIA GERAL
Setembro de 1791: constituição concluída:
• Monarquia Constitucional
• Poder do governo dividido em executivo, legislativo e judiciário.
• Voto censitário
• Liberdade de comércio
2ª FASE: MONARQUIA CONSTITUCIONAL
Luis XVI não aceitou a perda de poder e começou a
conspirar com nobres franceses e reis absolutistas
da Prússia e Áustria (com medo dos efeitos da
revolução).
O povo descobriu e se convenceu da traição.
Pegou em armas e, em 22 de setembro de 1792,
proclamou a Primeira República da França.
3ª FASE: CONVENÇÃO REPUBLICANA
Uma das primeiras medidas da convenção foi julgar Luis XVI. (Guilhotina em 21/01/1793)- Coalizão liderada pela Inglaterra para atacar a França (defesa do absolutismo).
- Destacaram-se dois líderes Jacobinos Robespierre e Danton
- Lei dos suspeitos: todo aquele acusado de agir contra a revolução seria morto. Período conhecido
3ª FASE: CONVENÇÃO REPUBLICANA
Danton (aliviar) e Hébert (terror) se desentenderam sobre os rumos da revolução. A fim de manter ocontrole do comitê, Robespierre mandou os dois para guilhotina. Com isso, perdeu força política dentro do partido dele.
Os girondinos se aproveitaram, retomaram o poder, guilhotinaram Robespierre e outros líderes dos
jacobinos e acabaram com o “terror”. Golpe do 9
4ª FASE: DIRETÓRIO
Outubro de 1795 a novembro de 1799
O Diretório foi uma fase bastante difícil.
A situação econômica era horrorosa, a guerra continuava,
tentativas de golpe de estado (jacobinos, monarquistas e ultra-radicais de esquerda), etc.
A burguesia temia uma nova radicalização popular.
Parte dos diretores tramou um golpe de estado e entregou o poder ao exército. Napoleão Bonaparte deu o golpe do 18