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A CARTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE PESQUISA: ANÁLISE dos Usos Informais do Espaço Público no Bairro Jardim América, São Paulo

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Academic year: 2021

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A CARTOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE PESQUISA: ANÁLISE

dos Usos Informais do Espaço Público no Bairro Jardim América,

São Paulo

OKINAGA, CESAR HIRO (1); SANTOS, ADEMIR PEREIRA DOS (2)

1. Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, curso de Arquitetura e Urbanismo Rua Dr. Alvaro Alvim, 96

okinaga77@hotmail.com

2. Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, curso de Arquitetura e Urbanismo Rua Dr. Alvaro Alvim, 96

Universidade de Taubaté. Mestrado em Planejamento e Desenvolvimento Regional. dmi@hotmail.com

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo a compreensão do processo de transformação ocorrido no projeto original para o Bairro Jardim América e os desdobramentos que resultaram em sua atual configuração espacial. Pioneiro na América do Sul em exigir a organização das edificações no lote, em usar traçados orgânicos e densas áreas verdes, o subúrbio ajardinado destinado à habitação surgiu em São Paulo no início do século XX como o primeiro bairro concebido aos moldes das Cidades-Jardins, idealizadas por Ebenezer Howard na virada do século XIX. Loteado pela Companhia City e projetado por Barry Parker, arquiteto inglês que junto de seu sócio Raymond Unwin foi responsável pelo projeto da primeira Cidade-Jardim inglesa, Letchworth. O bairro passou por sucessivas modificações em seu projeto original que resultaram na gradativa perda de seus espaços públicos durante e após a sua ocupação. O estudo utiliza como fonte as plantas oficiais da Companhia City somadas às plantas do Município de São Paulo de diferentes períodos, que serviram como base para a elaboração da análise cronológica e dos estudos gráficos comparativos. A primeira grande perda de área pública registrada no bairro foi a erradicação das áreas insulares para uso compartilhado no interior das quadras, tal como eram previstas no projeto original. Esse processo de eliminação das áreas públicas é o objeto principal da análise aqui desenvolvida. Busca-se compreender esse fenômeno assim como as posteriores apropriações informais dos espaços públicos protagonizadas pelos próprios moradores do bairro se assemelha aos exemplos de urbanismo informal registrados nos assentamentos irregulares e ocupações feitas pelas classes de baixa renda, evidenciando que o fenômeno de apropriação de espaços públicos, tão comum nas metrópoles não é uma exclusividade dos menos favorecidos.

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A Internacionalização do Modelo e a Chegada ao Brasil:

A Companhia City e o Jardim América

A popularização e internacionalização das Cidades Jardins se deu a partira das primeiras décadas do século XX em função da construção dos “subúrbios Jardins”, caracterizados como extensões do tecido urbano londrino, viabilizados pela relação de dependência com uma cidade pré existente. Efetivou-se portanto como solução para o reordenamento dos espaços metropolitanos e baseava-se na integração da arquitetura com a paisagem, distanciando-se do seu propósito original que vislumbrava a reforma da urbe e o nascimento de uma nova organização social fundamentada no sistema produtivo cooperativista.

O legado do modelo urbanístico ecoou também na América do Sul, desembarcando em terras brasileiras (mais precisamente paulistanas) através da implantação do Bairro Jardim América pela City of São Paulo Improvements and Freehold Land Company, popular Companhia City, empresa de capital inglês atuante na cidade de São Paulo desde o início do século XX.

O bairro foi pioneiro em terras sul americanas ao abordar o uso de baixas densidades de ocupação do solo para fins residenciais e ampla disponibilidade de áreas verdes junto às moradias. Sua primeira planta é datada de 1911 e a autoria é desconhecida. O desenho é caracterizado pelas referências ao clássico xadrez.

No ano de 1915 a Companhia City solicitou ao escritório de Raymond Unwin e Barry Parker (arquitetos responsáveis pelo projeto da Cidade Jardim inglesa de Letchworth e do Subúrbio Jardim londrino de Hampstead) a elaboração de um projeto específico para aquela localidade, resultando em uma proposta atípica que alterou decisivamente a planta inicial de 1911.

Em 1917 Barry Parker foi convidado pela Companhia City para vir para o Brasil e trabalhar como consultor no desenvolvimento do projeto para o bairro que de fato se concretizaria. O arquiteto considerava que o desenho do espaço urbano deveria considerar a topografia e as relações equilibradas entre as edificações e as áreas verdes . Tal harmonização sugeria a inserção de áreas insulares no coração das quadras de modo a atender o maior número possível de residências.

A planta proposta datada de 1919 e presente nos folhetos de venda da Companhia apresenta nitidamente o traçado da urbanização interessado em acomodar natureza domesticada e a intervenção urbana. O arquiteto inglês prospectava um ambiente onde cercas vivas faziam o papel de divisoras dos lotes, permitindo que a frente dos terrenos

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ficasse livre. No início, tal fato retardou a venda de lotes na área, visto que as premissas de projeto de Barry Parker confrontavam com a intimidade da família brasileira, conservadora.

Parker deixou o Brasil em 1919 cercando-se de todos os cuidados para que seu trabalho como planejador não fracassasse.

O início da formação do bairro, entre os anos de 1915 a 1923, foi marcado pela ocupação por famílias predominantemente brasileiras de classe média e renda oriunda das diversas atividades urbanas em condições de financiar um imóvel e sua construção.

Mediante um contrato de venda com cláusulas específicas sobre as acomodações das casas nos lotes e a localização da construção no terreno, o comprador de um lote no bairro tinha de seguir uma série de restrições impostas pela Companhia City que visava à preservação da paisagem aprazível idealizada. O período entre os anos de 1923 e 1930 marcou o início da fase de consolidação do projeto original por apresentar o maior número de moradias construídas.

No ano de 1934 teve início uma fase importante na trajetória do bairro e da própria Companhia City. Os conflitos entre Companhia, a Prefeitura Municipal de São Paulo e os moradores do bairro tinham como tema os jardins internos das quadras. O assunto já estava em pauta desde meados de 1928. Os contratos de compra e venda dos terrenos do bairro nunca colocaram as áreas insulares aos lotes como de responsabilidade legal dos compradores. A principal preocupação da Companhia City frente aos terrenos vendidos era que as casas fossem cercadas por jardins e sua manutenção fosse constante, para que não houvesse descaracterização do bairro.

A análise mais adequada dos documentos contemporâneos à ação somados às escrituras dos lotes apontou para a descaracterização do planejamento realizado por Barry Parker. Após diversas consultas com famosos advogados e juristas da época, todas elas indicando a responsabilidade legal às áreas insulares a Companhia City, o choque entre Companhia, moradores e Prefeitura resultou no loteamento dos espaços internos e consequentemente em outra estratégia promocional de vendas.

Anteriormente ao processo de loteamento dos jardins internos, muitos moradores mostraram-se interessados em adquirir um setor da área insular de sua referida quadra. Uma mostra da dificuldade de se entender os locais como espaços de uso coletivo e compartilhado e a preferência pelo aumento da área privada, particular.

Muitas quadras não sofreram alterações além da perda de área pública, onde os novos lotes foram adquiridos pelos então moradores interessados em aumentar seus jardins. Os casos que apresentam maior alteração frente ao número total de lotes foram

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registrados nas quadras onde a solução encontrada para atender o acesso aos novos terrenos foi a abertura de vias em “cul de sac”, alterando o traçado original proposto.

Hoje, protegido por lei estadual e definitivamente integrado à malha urbana as expressivas intervenções no desenho do bairro que o fizeram perder as características originais da proposta de Parker nos fazem concluir que o bairro passou por uma adaptação às moradias locais, tornando-se uma interpretação do “bairro jardim à moda brasileira”.

Jardim América, do Projeto ao Uso

A segunda parte do artigo consiste na leitura urbana e análise gráfica frente às modificações na configuração espacial do Jardim América, desde sua concepção e o projeto original até o presente estado aferido em campo, analisando a maneira como os espaços públicos foram sendo ocupados mediante as consecutivas alterações no traçado do bairro.

A cronologia adotada para o estudo contempla os anos de 1919, 1923, 1930, 1943, 1954 e por fim 2015. As plantas de 1919 e 1923 são de autoria da Companhia City, referentes às versões do projeto que apareciam nos folhetos de venda do loteamento. A versão de 1923 conta com a ampliação realizada a partir da aquisição de terras e o projeto de novas quadras à direita da Rua Canadá, que futuramente sofreriam novas modificações com a abertura da Avenida Nove de Julho.

Para a elaboração dos diagramas de 1930, foram utilizadas as plantas do pioneiro levantamento cadastral por aerofotogrametria SARA Brasil, trabalho realizado por empresa de origem italiana contratada pela gestão do Prefeito José Pires do Rio. Para o ano de 1943, tomou-se como referência a Planta da Cidade de São Paulo organizada pela repartição de eletricidade da The São Paulo Tramway Light & Power Co. Ltd., popular Light.

Para análise gráfica de 1954 utilizou-se como fonte a última planta do Jardim América concebida pela Companhia City, com o bairro já consolidado e de configuração bem próxima da encontrada ainda hoje na região, divergindo no número de lotes em algumas quadras e nas apropriações informais dos espaços públicos remanescentes, enfoque principal do trabalho.

Por fim o material gráfico referente ao ano de 2015, concebido frente ao Mapa Digital da Cidade (MDC), disponível para download no site da Prefeitura de São Paulo e que utiliza dados da produção técnica do Grupo Executivo da Grande São Paulo – GEGRAN (década de 1970) com as suas devidas atualizações.

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Para a contagem de lotes foram adotadas as plantas dos anos de 1919, 1923 e 1954, e para 2015 foram utilizados os Croquis Fiscais da Prefeitura de São Paulo, base de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Os mapas SARA Brasil e o de autoria da Light não quantificavam com exatidão os lotes por quadra, mas apresentavam leitura quanto áreas insulares e abertura de vias, possibilitando a quantificação dos espaços públicos de circulação, jardins internos e área privada.

A ocupação do Bairro data do período entre 1913 e 1958, ano da última aprovação pela Companhia City de um projeto de casa sobre terreno nunca ocupado. A consolidação da área como bairro se deu no período de 1919 a 1940.

O único aumento de área aferido no bairro ocorreu logo após seu lançamento, com a obtenção de terras à direta da Rua Canadá, até então limite do bairro, e abertura da Rua Chile (atual Avenida Nove de Julho). O projeto de compatibilização da nova área ao traçado do bairro foi de autoria de Barry Parker. Porém, a ação que mais modificou o desenho do bairro foi a erradicação das áreas insulares do interior das quadras. A primeira mudança nesse sentido data do final dos anos 1920, com o prolongamento da Rua Bolívia e a divisão da quadra 41 em duas quadras menores cada uma com seu jardim interno, que posteriormente também seriam eliminados. No mesmo período o jardim interno da quadra 42 foi vendido para a Sociedade Harmonia de Tênis.

O embate entre Companhia City, moradores do bairro e Prefeitura do município resultou na erradicação de todos os jardins internos de responsabilidade da loteadora e o reloteamento de todas essas áreas, refletindo na significativa mudança na configuração espacial do bairro com a abertura de quatro novas vias em Cul de Sac e a descaracterização não prevista do projeto original idealizado Barry Parker. O fenômeno de crescimento do Bairro Jardim América deu-se de “fora para dentro”.

A última planta do bairro de autoria da Companhia City datada de 1954 e com as devidas reduções de áreas públicas ainda cita Barry Parker como autor do projeto, que segundo os registros da Companhia teve pouco contato com o trabalho realizado em São Paulo após deixar o Brasil no ano de 1919.

O ano de 1923 foi o auge do predomínio dos espaços públicos nas quadras. Oseventos comentados quadra a quadra referentes ao ano de 2015 foram levantados mediante levantamento de campo. O objetivo das visitas foi levantar os usos informais dos espaços públicos remanescentes no bairro, identificando os diferentes atores e a maneira como estão sendo ocupados.

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Análise Gráfica: cronologia das alterações

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Análise Gráfica: diagramas Público X Privado

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Análise Quadra a Quadra

Como não sofreram alterações não foram descritas as Quadras número 6, 13, 33 e 34.

As Quadras 11, 24, 27, 30, 35 e 37 sofreram pequenas alterações frente a aumento ou diminuição no número total de lotes, porém não contam com área insular no interior da quadra prevista no projeto original.

Quadra 2

Inicialmente as Quadra 2 e 4 eram contíguas, formando uma só grande quadra. Pelo projeto original, a grande quadra era um dos limites da Av. Brasil, que ao cruzar com a Rua Guadelupe terminava em Praça Circular e não seguia adiante. Na planta de 1923, nota-se alteração do traçado da Av. Brasil para além dos limites da quadra. Hoje possui dimensões maiores do que o originalmente proposto, tendo como limite a Rua Atlântida e seus respectivos lotes entre a Rua Estados Unidos e Av. Brasil, fora do perímetro de atuação da Companhia City. A quadra abriga uma das poucas áreas públicas remanescentes do bairro, a Praça General San Martin.

Quadra 4

Oficialmente separada da Quadra 2 vide planta do ano de 1923 e inicialmente com 17 lotes, teve aumento de 01 lote na versão posterior de projeto e hoje apresenta novamente o número de 17 lotes porém em diferente configuração espacial vide remembramento e desmembramento de lotes. Assim como a Quadra 2, atualmente apresenta dimensões que vão além do perímetro projetado por Barry Parker. Em visita a campo, observa-se invasão de espaço público mediante estacionamento informal de veículos em praça concebida no projeto original.

Quadra 8

Visto área insular de grandes dimensões, a solução encontrada para a quadra 8 foi a abertura de uma via em “cul de sac”, de nome Iucatã, para atender os lotes resultantes da nova configuração espacial da quadra. O único resquício do projeto de Barry Parker é a viela acessada pela rua Venezuela em direção ao interior do quarteirão. Atualmente a Rua Iucatã encontra-se fechada por portão, o acesso é feito mediante identificação por interfone

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e a entrada é liberada por segurança particular abrigado em guarita além dos limites do portão.

A viela mantida encontra-se fechada por portões em ambos os lados. O segurança da rua não soube dar informações precisas sobre o uso que está sendo feito do espaço. Segundo o MDC, há um lote no fim da viela concomitante ao limite com a Rua Venezuela classificado como Uso Especial.

Quadra 9

Mesmo sofrendo alterações espaciais com o loteamento de seu jardim interno, a quadra 9 não sofreu saltos significativos em relação ao número de lotes. O fenômeno verificado na quadra está relacionado ao fato dos lotes resultantes da subdivisão da área insular terem sido adquiridos pelos moradores já residentes no local, interessados em aumentar seus jardins mediante remembramento de lotes. Nota-se perda da área pública da pequena praça localizada na Rua Guadelupe registrada nos diagramas de 1919,1923,1930 e 1943. Em 1954 deixa de aparecer na planta oficial, anexada aos lotes fronteiriços.

Quadra 12

O até então único lote da quadra faceado à Rua Estados Unidos observado na planta de 1923 subdividiu-se em 5, aumentando de 10 para 14 o número total de lotes na versão de 1954. O aumento aferido no croqui fiscal de 2015 é justificado pela nova configuração espacial na mesma área, onde os 5 lotes que aparecem na planta de 1954 foram novamente subdivididos, totalizando 11. O novo desenho para o setor pouco se assemelha com o traçado de lotes de grandes dimensões característico do bairro e apresentam limites bastante reduzidos em comparação aos originais de 1954. Foram mantidos os lotes das esquinas entre as Ruas Estados Unidos e Colômbia e Estados Unidos e Antilhas, onde hoje funcionam respectivamente um posto de gasolina e uma padaria. Os 3 lotes restantes foram redesenhados e subdivididos em 9 lotes menores, sendo que os dois lotes subsequentes à padaria servem de estacionamento de apoio à mesma. Evidencia-se o caráter predominantemente comercial resultante da ação do tempo neste setor da quadra, pouco comum no bairro. A quadra ainda conta com espaço público remanescente do projeto original, a Praça Dionísio de Carvalho, monumento em homenagem ao Clube Athlético Paulistano e seus atletas, primeiro time de futebol brasileiro a excursionar pela Europa. A pequena concentração de área verde localizada na esquina das Ruas Uruguai e Colômbia é um segmento da praça circular de nome Antônio Nogueira, composta pelas esquinas das

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quadras 12, 14, 15, 23 e 24, correspondente ao encontro das Ruas Uruguai, Nicarágua, Colômbia e Guatemala.

Quadra 14

A mudança na configuração espacial da quadra está relacionada ao fato dos lotes resultantes da divisão de seu jardim interno terem sido adquiridos pelos moradores já residentes na quadra e as vielas de acesso anexadas aos lotes concomitantes. Os mapas de 1919, 1923 e 1954 apresentam número total de 17 lotes e segundo Croqui Fiscal da Prefeitura de São Paulo, hoje a quadra conta com 16. A pequena concentração de área verde localizada na esquina das Ruas Uruguai, Colômbia e Nicarágua é um segmento da praça circular de nome Antônio Nogueira, composta pelas esquinas das quadras 12, 14, 15, 23 e 24. O segmento da praça localizado na quadra apresenta esculturas centralizadas nos acessos à viela de circulação posterior à área verde. A presença dos objetos de adorno está relacionada ao fechamento do espaço para veículos, impedindo possibilidade de estacionamento irregular.

Quadra 15

A Quadra 15 em todos os casos apresenta o número total de 17 lotes e passou pelo mesmo fenômeno observado nas quadras 9 e 14 com o reloteamento do espaço público interno e anexo da área das vielas de acesso aos lotes fronteiriços. A pequena concentração de área verde localizada na esquina das Ruas Colômbia e Nicarágua é um segmento da praça circular de nome Antônio Nogueira.

Quadra 16

Os mapas de 1919, 1923 e 1954 apresentam número total de 18 lotes compondo a quadra. Segundo Croqui Fiscal da Prefeitura, hoje a quadra conta com 17, diminuição de 01 lote frente o original. A quadra conta com uma das poucas áreas públicas remanescentes, hoje ocupada informalmente por moradores do bairro. A Praça Vincent Van Gogh, classificada no Mapa Digital da Cidade como lote Municipal e localizada na Rua Panamá, encontra-se dividida por cerca viva que segue o alinhamento dos lotes subsequentes a ela. No segmento de maior dimensão correntes cercam o acesso à praça, hoje jardim de uso dos moradores e com desenho diferente do proposto. As correntes são controladas conforme a entrada e saída dos residentes.

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Ao fotografar o segmento de menor dimensão pavimentado em grama e pedras quadradas que conotam apenas os acessos da residência, fui advertido pela equipe de segurança particular da casa, que não permitiram o registro.

Quadra 18

A quadra 18 inicialmente foi concebida para abrigar jardim interno. Com a extinção dos espaços públicos no interior das quadras, não se observam alterações quanto ao número de lotes, fato justificado pelo remembramento dos lotes novos aos já existentes e aumento dos jardins. Em visita ao local, notamos incidência de apropriação do espaço público na extinta Praça Vincent Van Gogh, prevista no projeto original e hoje ocupada informalmente em ambos os lados da Rua Panamá. A praça é utilizada como estacionamento irregular para os veículos dos moradores das casas fronteiriças.

Quadra 19

Ao ter seus espaços públicos reduzidos mediante processo de reloteamento registrado no Bairro, a única área verde remanescente do projeto original ainda presente no local é a Praça dos Incas. Próxima a Rua Colômbia e atendendo uma pequena quantidade de lotes, observa-se uso informal do espaço visto moradora de rua instalada na praça. A moradora aparenta residir no local há considerável tempo, visto quantidade de pertences observados em barraca instalada. Em visita a área, nota-se que a moradora entende e usa o local como sua moradia, visto setorização do espaço ao qual ela acredita ter responsabilidade e atividades de banho e preparação de alimentos registradas.

Quadra 22/Quadra 29

A área correspondente hoje à quadra 22, inicialmente era composta por duas quadras e uma rua entre elas. A pequena rua que divide as quadras 22 e 29 na planta de 1919 apresenta o nome de Rua Guyanas (a praça de mesmo nome não consta na planta original e foi projetada posterior à compra de mais terrenos pela Companhia City). Desde o princípio, a Quadra 22 foi pensada para abrigar um clube. A partir da planta de 1923 é possível observar a junção das duas quadras resultando em uma grande quadra de um único lote de responsabilidade do Clube Athlético Paulistano.

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Quadra 23

A área insular da quadra 23 apresentava configuração diferente das demais do bairro por fazer frente à rua e fugir do caráter interno com os lotes circundando o jardim, podendo ser acessada diretamente pela Rua México. Passou pelo mesmo processo de reloteamento observado nas demais quadras, restando apenas pequena área verde na esquina entre as ruas Guatemala e Colômbia. Trata-se de um segmento da praça circular Antônio Nogueira que atualmente encontra-se junto a lote que abriga estabelecimento comercial, que por sua vez ocupa informalmente a área de circulação posterior a área ajardinada para estacionamento irregular de veículos e embarque e desembarque dos clientes do estabelecimento.

Quadra 25

A quadra 25 presenciou o único ganho de área pública registrado no Jardim América desde sua consolidação como bairro. As plantas dos anos de 1919, 1923 e 1954 apresentam o número total de 05 lotes compondo a quadra. A planta de 1954 informa que os 5 lotes já encontravam-se ocupados por moradores, subentende-se que para a criação de praça a quadra teve de ser desapropriada. Segundo o MDC, a Praça Adolpho Bloch é classificada como lote fiscal, porém não se localizou Croqui Fiscal para a referida área. Visto caráter de uso público mediante equipamentos de uso coletivo dispersos em grande espaço ao ar livre cercado por grades, adotamos no presente trabalho a abordagem do local como área pública. Segundo o relato de freqüentadores, é bastante procurada nos finais de tarde por pessoas interessadas em caminhadas e passeios com os animais de estimação, bem como crianças a procura do parquinho e um pequeno número de pessoas que trabalham na região e nela desfrutam o tempo restante de seus horários de almoço.

Quadra 26

Assim como a quadra 23, a quadra 26 abrigava área verde com frente para a Rua México, apresentando caráter de praça de uso compartilhado entre moradores e transeuntes. Assim como verificado nas demais quadras, passou por processo de reloteamento. Além do jardim, o projeto original da quadra contava com pequena concentração de área verde na calçada da Rua Colômbia, hoje já extinta. Atualmente, a esquina entre as Ruas Colômbia e Peru abriga um posto de gasolina e loja de conveniência. Principal ponto de encontro e concentração de pessoas no bairro diariamente,

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principalmente no período noturno, evidencia caráter de uso compartilhado do espaço pouco comum mesmo nas praças remanescentes no local.

Quadra 31

Assim como ocorrido na Quadra 8, a solução encontrada para atender o acesso aos novos lotes que deram lugar ao jardim interno foi a abertura de uma rua sem saída em formato “cul de sac”,.de nome Guayaquil. Encontra-se fechada e seu uso é restrito aos moradores. O que a difere das demais ruas fechadas do bairro é que o acesso ao interior da quadra é impedido por cancela e não portão. Ao solicitar a entrada na Rua Guayaquil para registro fotográfico fui orientado pelo segurança particular que deixasse meus pertences na portaria de modo que pudessem ser retirados ao deixar o local.

Quadra 32

Devido suas dimensões reduzidas, a Quadra 32 não foi concebida para abrigar área insulare em seu interior. Junto das quadras 31, 33, 34, 35 e 36 formam a Praça América, núcleo central do Bairro marcado pelo encontro entre as Ruas Guatemala, Bolívia, Peru e Equador junto a Avenida Brasil. A Praça é segmentada em dois bolsões verdes pela passagem das pistas de rolamento da Avenida Brasil. Dificilmente acessada por pedestres, não apresenta uso em nenhum momento do dia e encontra-se em degradado estado de conservação.

Quadra 36

Assim como as quadras 8 e 31, a solução encontrada para a quadra foi a abertura de uma nova rua em “cul de sac” para atender os 10 lotes resultantes da nova divisão. Em visita ao local, verifica-se que além da drástica redução de espaço público resultante da extinção de seu jardim insular, um dos dois bolsões verdes localizados no acesso da Rua Terra Nova (nome dado à nova via aberta) e remanescente do projeto original foi anexado ao jardim de uma casa, denotando mais uma apropriação de espaço público. A planta de 1954 evidencia com clareza que o limite do lote termina onde começa a área pública, já o croqui fiscal da quadra apresenta o bolsão anexado ao lote contíguo. Encontra-se fechada por portão trancado e o acesso é liberado mediante identificação.

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Quadra 38

Assim como as demais quadras originalmente projetadas para abrigar jardim interno, a quadra 38 também sofreu perda de área pública com a extinção de sua área insular. Diferente das quadras onde a solução encontrada foi a abertura de via, a quadra não apresenta variações em relação ao número de lotes nas diferentes fontes consultadas.

Quadra 40

A Quadra 40 sofreu uma das maiores alterações quanto número de lotes por quadra verificada no bairro, inicialmente com 18 e hoje totalizando 35. Assim como as quadras 8, 31 e 36, a solução encontrada para o melhor uso do espaço resultante da perda de área pública e acréscimo de 12 lotes foi a abertura de uma nova rua em “cul de sac”, de nome Porto Rico, e anexo das vielas de acesso aos lotes contíguos. Assim como as Ruas Iucatã e Terra Nova, encontra-se fechada por portão. No encontro entre as ruas Canadá e Estados Unidos há uma praça circular de nome Nicolau Scarpa dividida em quatro segmentos (um por esquina). No setor contíguo à quadra 41 foi observado em análise in loco presença de morador de rua fazendo o uso informal do espaço.

Quadra 41

Com o prolongamento da Rua Bolívia a quadra teve de ser dividida em duas quadras de dimensões menores cada uma com sua respectiva área insular, posteriormente eliminadas com a erradicação definitiva das áreas públicas. Além dos jardins internos, cada uma das quadras teve pequeno acréscimo de área verde em suas esquinas, no encontro entre as Ruas Honduras, Bolívia e Canadá, presentes até hoje no local.

Quadra 42

Inicialmente pensada para abrigar jardim interno, inclusive considerado nas plantas dos anos de 1919 e 1923, no final dos anos 1920 a área insular foi vendida para a Sociedade Harmonia de Tênis. Alguns lotes previstos no projeto original acabaram por extintos para a que a entrada do clube e acesso ao interior da quadra pudesse ser construído. O único resquício do projeto de Barry Parker ainda existente na quadra é a viela localizada na Rua Argentina que permite o acesso às dependências do clube, hoje utilizada exclusivamente pelo Clube Harmonia e seus sócios, fechada por portão e de segurança

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garantida por equipe contratada pelo clube. Próximo a viela está localizada a Praça Califórnia, espaço público remanescente do projeto original.

Quadra 44

A Quadra 44, é fruto do único aumento de área observado no Bairro com o acréscimo dos terrenos além do limite da Rua Canadá e a abertura da Rua Chile, registrado na planta de 1923. Inicialmente contava com jardim interno, posteriormente extinguido para dar lugar a novos lotes. Entre as Quadras 44 e 45 localiza-se a Praça das Guianas, também resultante do aumento perimetral do bairro e uma das poucas áreas públicas ainda existentes.

Quadra 45

Na planta de 1919, a Quadra 45 é o limite do bairro à direita, materializado em uma só grande quadra abrangendo todo setor referente hoje às quadras 44 e 45 junto à Praça das Guianas. Com o acréscimo de área registrado no início da década de 1920, a quadra passou a ter traçado de limites definidos, acima pela Praça das Guianas e à direita pela Rua Chile. Inicialmente também contava com área insular e vielas de acesso ao interior da quadra, posteriormente extinguidas.

Quadra 46

Bem como a quadra 45, o primeiro registro em planta da Quadra 46 de 1919 pouco se assemelha com a configuração espacial que ela passaria a ter após o acréscimo de área registrado no bairro. A área correspondente à quadra representada na planta de 1923 abrangia setor hoje correspondente às quadras 46, 47 e 56.

Com a necessidade de loteamento do jardim interno previsto no projeto, a solução encontrada foi a subdivisão da área em 4 novas quadras e a abertura de 3 novas vias de nomes Bermudas, Cuba e Martinica. Das 4 novas quadras, a primeira manteve a numeração 46 e as subsequentes passaram a ser classificadas como quadras 54, 55 e 56.

Quadra 47

De todas as quadras, a 47 é que mais sofreu alterações desde que concebida. Inicialmente a área correspondente era limite do loteamento e na planta do ano de 1919

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aparece com a numeração 46. Com o acréscimo de área, a quadra passou a ter dimensões maiores e se consolidou como quadra 47. Comparando as plantas de 1923 (primeiro registro oficial como quadra 47) e 1954, observamos aumento de 13 lotes frente ao original, totalizando 37. Visto erradicação de lotes e quadras para construção da Avenida Nove de Julho, a quadra 47 sofreu perda de 10 lotes previstos na planta de 1954 e marcados como não vendidos.

A quadra conta com viela que interliga as ruas Cuba e Groenlândia, hoje fechada por grades. Segundo relato de um vendedor ambulante que trabalha há mais de 20 anos no local e faz o uso da grade da Rua Groenlândia para pendurar seus produtos, a passagem municipal antes aberta era utilizada por jovens e adolescentes bairro interessados em fazer o uso de drogas e bebidas alcoólicas no local, resultando no descontentamento dos moradores das residências contíguas vide barulho, que por sua vez articularam-se para que grades fossem instaladas nos dois lados da passagem. O croqui fiscal da quadra faz uma observação junto à passagem municipal, classificando-a como Viela Sanitária, mediante presença de galeria de águas em seu subsolo. Com a construção da Avenida Nove de Julho, a quadra sofreu perda área e redução do número de lotes, que de 37 passou a ter 22. Ainda conta com importante registro de espaço público, a Praça Libertador Simon Bolívar.

Quadra 48

Idealizada após o acréscimo de área observado no bairro, a quadra 48 inicialmente com 6 lotes vide planta de 1923, consolidou-se totalizando 10 lotes em sua área privada localizada entre a Rua Honduras e Avenida Brasil, interligadas pela Rua Cuba. Com a construção da Avenida Nove de Julho, a quadra teve de ser extinta para a passagem da via.

Quadra 49

Assim como a quadra 48, a Quadra de número 49 não apresenta dados tabulados para os anos de 1919 e 2015 justificados pela sua concepção junto ao aumento de área observado no bairro e sua extinção com a construção da Avenida Nove de Julho. Inicialmente com 10 lotes, consolidou-se com 14 lotes vendidos e ocupados vide planta de 1954 de autoria da Companhia City.

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Quadra 50

Por fim, bem como as quadras 48 e 49 a quadra 50 passou pelo mesmo processo de concepção, sendo posteriormente erradicada para construção da Avenida Nove de Julho e extinção da Rua Chile. Inicialmente com 6 lotes compondo sua área privada, consolidou-se como quadra com 10 lotes vendidos e 8 deles ocupados segundo planta do ano de 1954. Tinha como limites a Avenida Brasil e Rua Espéria conectadas pela Rua Chile.

Considerações Finais

Os exemplos mais recorrentes de urbanismo informal no cotidiano das metrópoles tem origem nas classes menos abastadas, na maioria das vezes vítimas da falta de oportunidades e do déficit da moradia. Em São Paulo, comumente notícias sobre reintegrações de posses e embates entre ocupantes e Estado se destacam na mídia, e basta caminhar pelo centro da cidade para se ter noção da dimensão alçada pelos movimentos de luta por moradia e as ocupações informais.

Além deste perfil de ocupação estimulado pela organização e articulação da luta pela reforma urbana característico dos movimentos sociais, entram em cena os cortiços pulverizados pela urbe, ocupados por uma população que só encontra nas atividades marginais uma forma de sobreviver na metrópole. Mas será que de fato esse é um fenômeno exclusivo dos representantes das camadas sociais menos abastadas? Muitos pouco são os exemplos de disputas fundiárias protagonizadas pelos ricos, como a invasão de espaços públicos e a ocupação de áreas de proteção ambiental. O presente trabalho teve por objetivo analisar um fenômeno no qual a apropriação informal do espaço público se deu em um tradicional bairro de São Paulo habitado por representantes das classes mais abastadas.

Passada a etapa de erradicação das áreas insulares das quadras do Jardim América e sua primeira grande perda de área pública, o bairro jardim a moda brasileira passou a apresentar configuração espacial que muito diferia da proposta original do inglês Barry Parker, mas que ainda assim por ter se tornado a maior concentração de área verde da cidade e possuir traçado orgânico.

Analisando as informações quantitativas de espaços públicos presentes na última planta oficial de autoria da Companhia City de 1954 em comparação com a situação atual do bairro levantada em campo, observa-se que a já reduzida área pública remanescente de 1954 foi aos poucos sendo extinta mediante apropriações irregulares protagonizadas pelos próprios moradores do bairro, onde ações como fechamento de vielas, estacionamento irregular de

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4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação

veículos em praças, apropriação de área pública para aumento de jardim entre outros eventos registrados apresentam a mesma lógica que os fenômenos de ocupação comuns aos cortiços e edifícios obsoletos. Trata-se de um traço da cultura urbana brasileira que por sua vez exige reflexões mais acuradas. Parece que a individualização dos espaços está mais relacionada á cultura do que necessariamente à necessidade efetiva.

No caso do Jardim Américainverteu se a relação de uso compartilhado do espaço público para um atendimento a interesses de uma pequena parcela de população que atua sobre as áreas ocupadas informalmente como acham conveniente.

O ambiente aprazível prospectado fora substituído pelos altos muros das casas e guaritas de segurança. As praças remanescentes próximas às grandes avenidas são de difícil acesso aos pedestres, e ao caminhar pelo bairro é de fácil percepção o uso pouco democrático das áreas públicas de estar e circulação, e tornaram-se recortes de características singulares dentro da metrópole.

Outra constatação importante a ser considerada é que a análise feita da atual configuração do bairro nos leva a concluir que a troca de experiências e relações de convívio mútuo idealizadas originalmente para escala habitacional e nunca totalmente alcançadas, hoje em dia podem ser presenciadas nos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços do bairro, pois ai os muros as vezes são abolidos, mas entregues aos carros.

Referências Bibliográficas

WOLFF, Silvia Ferreira Santos. Jardim América. São Paulo: Edusp, 2001.

PAULA, Zuleide Casagrande de. A Cidade e os Jardins: Jardim América, de Projeto Urbano a Monumento Patrimonial (1915,1986). São Paulo: Editora Unesp, 2008.

BACELLI, Roney. Jardim América. Departamento de patrimônio histórico da divisão do arquivo histórico. Nº 19 da série História dos Bairros de São Paulo. São Paulo: Gráfica Municipal, 1982.

HOWARD, Ebenezer. Cidades jardins de amanhã. Tradução de Marco Aurélio Lagonegro. São Paulo: Hucitec, 1996.

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