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Avaliação do uso de albumina humana em hospital do Rio de Janeiro, Brasil.

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Academic year: 2017

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Avaliação do uso de albumina humana

em hospital do Rio de Janeiro, Brasil

Evaluation of human albumin use

in a Brazilian hospital

1 Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.

Correspondência G. C. Matos Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. Rua Leopoldo Bulhões 1480, Rio de Janeiro, RJ 21041-210, Brasil. gmatos@matrix.com.br

Guacira Corrêa de Matos 1 Suely Rozenfeld 1

Abstract

Human albumin is frequently used without re-gard for the relationship between its pharmaco-logical properties and the respective disease. We investigated the prescription of human albu-min in a Brazilian public hospital with empha-sis on adherence to international guidelines. Data were gathered from pharmacy and med-ical records. From March to August 2001, 99 pa-tients (15 years) received 1,475 units of human albumin, ordered in 498 prescriptions. The rea-son for prescribing human albumin was inde-pendently collected from medical records by two health professionals, and agreement was as-sessed by kappa statistics (95%CI: 0.72-0.85). Ac-cording to different guidelines, prescriptions were classified as appropriate (33.1%), inappro-priate (61.8%), controversial (4.6%), or undeter-mined (0.4%). Two probable cases of adverse re-actions were identified. The proportion of inap-propriate prescriptions is worrisome due to the product’s high cost and its potential to cause ad-verse reactions. An appropriate strategy would be to encourage the application of guidelines is-sued by the national regulatory agency to pro-mote rational use of human albumin and max-imize patient safety.

Serum Albumin; Drug Utilization; Services Eval-uation

Introdução

A albumina humana é um produto de ampla utilização e de custo elevado. O consumo mun-dial, de cerca de seiscentas toneladas por ano, corresponde a um gasto de mais de US$ 1,2 bi-lhão 1. Está disponível no mercado brasileiro em solução injetável nas concentrações de 20 a 25%, e existem mais de cinqüenta registros do produto no Ministério da Saúde (MS), entre im-portadores e produtores 2.

No Brasil, a administração de albumina hu-mana integra o elenco de procedimentos espe-ciais do MS 3. O consumo interno atinge a mais de

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A albumina é considerada um produto se-guro quanto à transmissão de doenças infec-ciosas, desde que garantidas as boas práticas de fabricação, armazenamento e administração. Na fase de fabricação, o produto é submetido a um processo de esterilização por pasteuriza-ção a 60ºC por dez horas. Entretanto, subsiste sempre um risco potencial de transmissão de vírus e de partículas subvirais e, atualmente, há estudos que visam ao aperfeiçoamento do pro-cesso de inativação por nanofiltração 5,6.

As indicações terapêuticas da albumina hu-mana estão, em sua maioria, relacionadas à re-posição de perdas volêmicas agudas e à manu-tenção da pressão coloidosmótica do plasma. Em muitos casos é recomendada a substituição terapêutica da albumina humana por expanso-res plasmáticos sintéticos, que reduzem a chan-ce de efeitos adversos e os custos de tratamen-to. Os principais expansores sintéticos são as soluções cristalóides (cloreto de sódio, Ringer) e os colóides não protéicos (dextrana, poligeli-na, amido hidroxetil) 7,8.

As atualizações mais recentes de duas revi-sões sistemáticas de ensaios clínicos, realiza-das pelo Cochrane Injuries Group Albumin Re-viewers,não encontraram evidências de que os colóides sejam mais efetivos ou seguros do que os cristalóides na ressuscitação e na expansão de volume em pacientes críticos 9,10. Outra re-visão Cochrane11, atualizada em 2004, não en-controu evidências de benefícios do uso da al-bumina humana na redução da mortalidade de pacientes críticos com hipovolemia, queima-duras e hipoalbuminemia, quando comparado com o uso de outros expansores plasmáticos. O maior peso do resultado dessa revisão advém de um grande ensaio clínico randomizado, rea-lizado na Austrália e Nova Zelândia, com 6.997 pacientes, que comparou a efetividade da albu-mina 4,0% e da solução salina 0,9% como flui-dos de ressuscitação e não encontrou evidências de vantagens de um tratamento sobre o outro 12. Desde meados da década de 1970, institui-ções e pesquisadores de diversos países desen-volvem protocolos práticos para a racionaliza-ção de indicaracionaliza-ção e prescriracionaliza-ção da albumina huma-na 7,13. Em 1975, o National Institute of Health (NIH), Bethesda, Estados Unidos, realizou uma conferência de consenso para desenvolver um protocolo de uso da albumina humana 14,15. O estudo, publicado em 1977, foi, durante duas décadas, a base de protocolos de vários hospi-tais, de estudos clínicos, artigos de revisão, li-vros-texto e da prática terapêutica corrente 7.

Entretanto, mesmo vários anos após a ado-ção dos protocolos, o nível de adesão não atin-ge taxas elevadas, mantendo-se alta a propor-ção de prescrições em desacordo com as dire-trizes 8,16. Esse problema, comum a todos os

ti-pos de protocolos práticos, está ligado a fato-res como a fato-resistência à interferência na práti-ca clínipráti-ca, o emprego de estratégias inadequa-das ou insuficientes de adesão, a rigidez da condução terapêutica proposta e os conflitos de interesses 17,18.

Estudos observacionais realizados em di-versos países encontraram cerca de 10,0 a 30,0% de prescrições em conformidade com as dire-trizes dos protocolos adotados. Em muitos ca-sos, não havia contra-indicações para o uso dos substitutos terapêuticos da albumina humana ou ainda, os pacientes não necessitavam qual-quer tipo de expansor plasmático. Em todos os estudos foram evidenciadas as repercussões econômicas do uso irracional da albumina hu-mana 8,13,16,19,20.

No Brasil, os estudos de utilização da albu-mina humana são escassos, embora existam al-gumas iniciativas isoladas de adequação e con-trole do uso da albumina humana 21,22. A Agên-cia Nacional de VigilânAgên-cia Sanitária (ANVISA), publicou em 11 de maio de 2004, a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n. 115, que esta-belece diretrizes para o uso terapêutico da al-bumina humana 23.

O estudo das características do consumo e da prescrição da albumina humana pode forne-cer importantes subsídios para o delineamento de ações que visem à racionalização do seu uso e a efetiva implantação do protocolo nacional.

O presente estudo pretende descrever e ana-lisar, criticamente, as características do uso de albumina humana em hospital selecionado da rede pública de saúde, localizado no Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Método

Método, população e fonte de dados

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sen-Farmácia, foram consumidas 7.980 unidades de 50ml de albumina humana 20,0%, corres-pondendo a um gasto de R$ 344 mil. O Serviço de Farmácia atende os pedidos de albumina humana por meio de prescrições diárias por paciente e por clínica, o que permite a locali-zação dos prontuários médicos no arquivo do Serviço de Documentação Científica, usando-se o sistema informatizado de busca.

A população do estudo é constituída por adultos, com 15 anos ou mais, internados nas enfermarias, no período de março a agosto de 2001. As crianças abaixo de 15 anos foram ex-cluídas, com o objetivo de tornar a população do estudo mais homogênea. Também foram excluídos os adultos internados no CTI porque são pacientes críticos, com quadros clínicos complexos e polimedicados, o que torna a aná-lise da adequação de uso controvertida e im-precisa. Os pacientes da emergência também foram excluídos, porque, em sua maioria, não possuem prontuário médico, impossibilitando o acesso aos dados.

Coleta de dados

Os dados foram obtidos dos registros de con-trole de entrada de albumina humana no Ser-viço de Farmácia, dos registros diários de pres-crição de albumina humana do Serviço de Far-mácia e dos prontuários médicos dos pacien-tes que receberam albumina humana, durante o período estudado, e que atenderam aos crité-rios de inclusão previamente estabelecidos.

As informações coletadas a partir dos regis-tros de controle de entradas no Serviço de Far-mácia foram consolidadas no Mapa de Regis-tro de Entradas de Albumina Humana 20% – 50ml e tornaram possível conhecer o quantita-tivo, a procedência e o custo unitário.

Nos registros diários de prescrição do Ser-viço de Farmácia de 2001, obtiveram-se as in-formações sobre os pacientes e as clínicas e os quantitativos individuais diários prescritos e dispensados. Como não havia número de pron-tuário anotado, esse dado foi obtido com o Ser-viço de Documentação Científica. Os registros do Serviço de Hemoterapia foram consultados, complementarmente, para facilitar a identifi-cação dos números de prontuário, uma vez que é freqüente a prescrição de hemocomponentes e de hemoderivados para um mesmo paciente. Os dados extraídos deram origem à tabela dos quantitativos de dispensação de albumina hu-mana, referente ao ano de 2001, discriminados por clínica, paciente, unidades, prescrições e

para os quais foi dispensada albumina huma-na, durante o período do estudo.

Dos prontuários médicos dos pacientes se-lecionados, de acordo com os critérios de in-clusão e exin-clusão estabelecidos, foram extraí-das as informações relativas ao paciente e às variáveis identificadas como necessárias para o estabelecimento das características do uso da albumina humana. Para tanto, foram desen-volvidos o Formulário de Coleta de Dados de Prontuário e o respectivo Manual de Instruções de Preenchimento, cujo processo de elabora-ção passamos a descrever abaixo.

As variáveis e respectivas categorias foram selecionadas com base nas utilizadas nos estu-dos realizaestu-dos no Hospital Tenon, em Paris, França 20, e em hospitais universitários ameri-canos 19e espanhóis 8.

As variáveis foram agrupadas em dados ge-rais, dados clínicos, hábitos, exames comple-mentares, terapêutica, reações adversas, indi-cação terapêutica e sinais complementares.

Uma versão preliminar do formulário foi testada com 13 prontuários, buscando identifi-car problemas quanto ao formato e funcionali-dade e quanto à adequação das variáveis aos objetivos do estudo.

Em seguida, foram incorporados ao traba-lho quatro alunos do curso de especialização em vigilância sanitária da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/ FIOCRUZ), que aplicaram a segunda versão do formulário e a primeira versão do manual de preenchimento. Esse piloto foi realizado em 31 prontuários do período de estudo. As informa-ções de cada prontuário foram coletadas duas vezes, em formulários separados, por pesqui-sadores diferentes, para aperfeiçoar o manual de instruções e verificar a confiabilidade no to-cante à indicação terapêutica. A versão final do formulário foi submetida a um especialista em hematologia e hemoterapia para avaliação.

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Análise

As informações foram digitadas no programa Epi Data versão 3.0, duplicadas e validadas. As análises foram feitas no programa SPSS versão 10.0. As variáveis quantitativas foram expressas em média, desvio padrão e mediana, e as variá-veis com distribuição não paramétrica em mé-dia, desvio padrão, mediana e intervalo inter-quartil (IQ). O teste χ2foi usado para avaliar a associação da adequação da prescrição com o tipo de clínica (cirúrgicas e não cirúrgicas).

As indicações terapêuticas foram avaliadas como apropriadas, inapropriadas e controver-sas, de acordo com a Síntese de Protocolos (Ta-bela 1), que foi elaborada com base em quatro protocolos padrão de países diferentes, desen-volvidos por consenso de especialistas e basea-dos em evidências 7,8,20,23. Os casos em que não foi possível determinar a indicação terapêuti-ca, com base no prontuário, foram classifica-dos como indeterminaclassifica-dos.

Aspectos éticos

O principal procedimento recomendado para garantir o respeito aos princípios éticos é a anuência dos sujeitos da pesquisa, por inter-médio do Termo de Consentimento Livre e Es-clarecido. Devido à inviabilidade de obtenção dos termos de consentimento individuais, pela impossibilidade de localização dos pacientes, a autorização para acesso aos documentos foi obtida da direção do hospital.

O projeto do estudo foi aprovado pelo pare-cer n. 110/02 do Comitê de Ética em Pesquisa da ENSP/FIOCRUZ.

Os pesquisadores assinaram um Termo de Compromisso de Utilização de Dados, onde se comprometem a preservar a privacidade dos dados, em somente utilizá-los para a execução do projeto e a divulgar os resultados de forma anônima.

Do formulário de coleta de dados constam informações de identificação dos pacientes: nome, número de prontuário, data de interna-ção e data de alta ou óbito. Não há identifica-ção dos prescritores. A investigadora principal conferiu os dados coletados e destacou a pri-meira parte dos formulários, onde constam os dados identificados e o número de ordem do formulário, mantendo-os sob sua guarda pes-soal. Esses dados foram digitados pela investi-gadora principal em computador não ligado à rede de informática e salvos em discos flexí-veis, que também ficaram sob sua guarda ex-clusiva. Ao seguir para a digitação, restaram apenas os dados não identificados e o número

de ordem, repetido na segunda parte do for-mulário.

Resultados

Entre março e agosto de 2001, a farmácia dis-pensou 3.521 unidades de albumina humana para 308 pacientes das diversas clínicas, in-cluindo o CTI, a emergência, a UTI infantil e a pediatria.

Foram identificados, baseando-se nos re-gistros da farmácia hospitalar, 115 pacientes que atendiam aos critérios de inclusão e para os quais foi prescrita e dispensada albumina humana, durante o período do estudo. Houve 16 perdas, cujos motivos estão detalhados na Tabela 2, restando 99 pacientes.

A confiabilidade entre pesquisadores da co-leta da indicação terapêutica, realizada na fase piloto do estudo pela estatística kappa, foi de 0,79 (IC95%: 0,72-0,85).

No total da amostra de pacientes, 56 eram homens e 43 mulheres. Quanto ao desfecho da internação, 67 obtiveram alta e 32 foram a óbi-to. A idade média foi de 56 ± 16 anos (mediana = 58, intervalo = 17-87). Quanto aos hábitos de vida, foi reportado uso de álcool em 28, de dro-gas em 3 e de fumo em 30 pacientes. O período médio de internação foi de 34 ± 29 dias (media-na = 27, IQ = 24, intervalo = 2-165). A média de albumina humana usada por paciente foi de 15 ± 24 unidades (mediana = 6, IQ = 11, intervalo = 1-160) para tratamento médio de 5 ± 7 dias (me-diana = 2, IQ= 4, intervalo = 1-37), que corres-ponde a uma dose diária média em gramas por paciente de 30 ± 18g (mediana = 28, IQ = 10, in-tervalo = 10-120).

As clínicas de onde se originaram mais pres-crições de albumina humana foram a cirurgia geral, a clínica médica, a cardiologia e a cirur-gia vascular. Houve discrepância entre o consu-mo registrado nas clínicas e aquele do Serviço de Farmácia, o último tendo dispensado 1.540 unidades e sendo a utilização efetiva registrada nos prontuários de 1.475 unidades. Somente a cirurgia geral foi responsável pela diferença ne-gativa de 50 (76,9%) das 65 unidades cujo con-sumo não foi localizado. Observa-se que diver-sas clínicas encaminharam ao Serviço de Far-mácia menos prescrições do que as que cons-tam nos prontuários. Por exemplo, a cardiolo-gia solicitou albumina humana para 106 pa-cientes mas, segundo os prontuários, utilizou o produto em 118 pacientes (Tabela 3).

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nú-Usos apropriados (evidências suficientes de efetividade)

Cirurgia cardiopulmonar com circulação extracorpórea • “prime” da bomba de circulação extracorporal • contra-indicação de colóide não protéico

Paracentese/ascite/cirrose • remoção > 4 litros de líquido ascítico • ascites diurético-refratárias

• paracenteses evacuadoras de ascites neoplásicas

Plasmaferese • trocas plasmáticas > 20ml/kg/1 sessão ou > 20ml/kg/semana em sessões repetidas

Grandes queimaduras • 24 a 48 horas após grandes queimaduras com perda protéica importante, depleção severa de albumina

• terapia com cristalóide não efetiva

• pressão de dióxido de carbono < 20; albumina < 2,5g/dl • contra-indicação de colóide não protéico

Ressecção hepática/transplante hepático • pré e intra-operatório em pressão coloidosmótica < 12mmHg, pós-operatório imediato

• albuminemia < 2,5g/dl • hematócrito > 30% • falência hepática

Síndrome nefrótica/nefrose aguda • com diurético de alça • albuminemia < 2,0g/dl

• edema diurético resistente, falência renal

• edema pulmonar agudo, derrame pleural, pericárdico ou ascite

Usos controvertidos ou que necessitam de mais estudos (evidências insuficientes de efetividade)

Cirurgia abdominal radical Exceções apropriadas:

• intra-operatório com albuminemia < 3,0g/dl

• pós-operatório com hipoalbuminemia severa não corrigida por nutrição parenteral

Desintoxicação/hiperbilirrubinemia • antes ou após ex-sangüíneo em neonatos

• não há evidências conclusivas em transporte de proteínas em adultos

Pancreatite severa necrosante • efetivo na prática – não há evidências conclusivas de efetividade

Síndrome de angústia respiratória do adulto Exceções apropriadas:

• contra-indicação de colóide não protéico

• quantidade máxima de colóide não protéico excedida

Síndrome de hiperestimulação ovariana • como prevenção durante ou no dia da coleta do óvulo • efetivo na prática – não há evidências conclusivas de efetividade

Usos inapropriados (não há evidências de efetividade)

Choque hipovolêmico (hemorrágico, não hemorrágico, séptico) Exceções apropriadas:

• necessidade de restrição de sódio

• contra indicação de CNP, dose de CNP excedida • grávidas

• pressão sistólica < 80mmHg, pressão venosa central < 6cm H2O, pressão capilar pulmonar < 10mmHg e/ou pressão coloidosmótica < 15mmHg

Isquemia cerebral • não recomendado para hemodiluição

Pancreatite • não há evidências de efetividade

Reposição nutricional/hipoalbuminemia • não indicado como repositor de albumina ou fonte protéica Exceções apropriadas:

• diarréia (> 2l/dia), hipoalbuminemia (< 2,0g/dl) • intolerância de nutrição enteral

Transplante (exceto hepático) • intra e pós-operatório de transplante renal – não há evidência de efetividade Exceção apropriada:

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mero não corresponde ao de pacientes porque alguns receberam albumina humana para mais de uma indicação (Tabela 4). Não foi possível determinar, pelos registros dos prontuários, o motivo da indicação para dois pacientes.

As 29 (20,9%) indicações classificadas como outrascorrespondem àquelas que não estão referidas nos protocolos utilizados, como por exemplo, cirurgia cardíaca sem circulação ex-tracorpórea (n = 4) e septicemia (n = 3). Entre-tanto, em 16 pacientes não era a única indica-ção, o que resulta numa freqüência de 13 (9,3%) indicações únicas classificadas como outras.

Em 23 (16,5%) indicações de albumina hu-mana para correção de hipoalbuminemia/re-posição nutricional, apenas 10 (43,5%) foram prescritas para pacientes com nível crítico de albuminemia (< 2,0g/l).

Foram encontrados dois relatos de suspei-tas de reações adversas. Um paciente apresen-tou defeito de coagulação (petéquias) e hipo-tensão. O outro apresentou hipersensibilidade (febre 39,5ºC, tremores, calafrios, elevação da pressão arterial), sugerindo reação pirogênica.

Após a análise da adequação, 165 prescri-ções (33,1%) foram consideradas apropriadas, 308 (61,8%) inapropriadas e 23 (4,6%) contro-versas, restando 2 (0,4%) indeterminadas por carência de dados no prontuário. A proporção de inadequações corresponde a 800 unidades de 50ml a 20%, equivalentes a 8.000g (61,8%) de albumina humana (Tabela 5).

A cirurgia geral foi o setor responsável pela maior proporção de inadequações, correspon-dentes a 189 (38,0%) prescrições e 499 unida-des (33,8%). A clínica médica apresentou a me-nor proporção de inadequação, com 15,5% (n = 16) das prescrições dessa clínica (n = 103) clas-sificadas como inapropriadas. Foi encontrada associação significativa (p < 0,01) entre o tipo de clínica (cirúrgicas e não cirúrgicas) e a fre-qüência de prescrições inapropriadas.

Discussão

O presente estudo analisou criticamente as ca-racterísticas de utilização da albumina huma-na em um hospital da rede pública no Rio de Janeiro, entre março e agosto de 2001. Os 99 pacientes incluídos no estudo têm uma distri-buição equilibrada quanto ao sexo e idade mé-dia de 56 anos. As clínicas que mais prescreve-ram e consumiprescreve-ram albumina humana foprescreve-ram a cirurgia geral, a cardiologia e a clínica médica.

Cerca de 62,0% das prescrições foram con-sideradas inadequadas. As maiores proporções de inadequação de prescrição provêm da cirur-gia geral, da cardiolocirur-gia e da cirurcirur-gia vascular, em termos absolutos e relativos. Embora todos os protocolos considerados não recomendem a albumina humana para reposição protéica, o estudo apontou que esta corresponde a 17,0% das indicações, das quais 56,0% não apresenta-vam hipoalbuminemia severa (< 2,0g/dl).

A associação encontrada entre as clínicas cirúrgicas (cardiologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e ortopedia) e a inadequação de uso de albumina humana confirma os achados de outros estudos 16,19e indica a necessidade de

concentrar as intervenções educativas nesses setores.

Os resultados mostram que as 8.000g de al-bumina humana usadas inadequadamente to-talizam gastos da ordem de US$ 16 mil a US$ 20 mil. Esse montante poderia ser reduzido, tanto nos casos em que não haveria necessida-de necessida-de qualquer expansor plasmático, como na-queles em que poderia ter sido empregado um substituto terapêutico de custo mais baixo.

O presente estudo encontrou resultados compatíveis com os estudos de outros países. Entretanto, os dados obtidos estão possivel-mente subestimados uma vez que não foram incluídos os pacientes do CTI e da emergência, que consumiram, juntos, 44,0% do total de uni-dades do produto dispensadas pelo Serviço de Farmácia no período analisado. Optamos por

Tabela 2

Perdas de prontuários selecionados e excluídos da análise – março a agosto de 2001.

Motivos de perda Pacientes Unidades

Prescrição atendida pela farmácia e suspensa (não usou albumina humana) 5 13 Prontuário não localizado pelo Serviço de Documentação Científica 6 56 Prontuário não devolvido ao Serviço de Documentação Científica 2 44 Internação no período não arquivada no prontuário 3 42

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medicados e com quadros clínicos complexos, seria necessária a participação de painel de es-pecialistas. A emergência foi excluída devido à inexistência de prontuário da maioria dos pa-cientes e a possibilidade de perdas diferencia-das, que poderia enviesar o estudo.

Em 1993, o Clinical Practice Advencement Center, ligado ao University Hospital Consor-tium(UHC), dos Estados Unidos, desenvolveu um protocolo para o uso apropriado de solu-ções de albumina humana, de colóides não protéicos e de cristalóides. Isso porque no ano anterior os gastos com albumina humana va-riaram entre US$ 60 mil e US$ 800 mil, por hos-pital membro do UHC, e havia a necessidade de incorporar os avanços de conhecimento pós 1975, ano da elaboração do protocolo NIH 7. Cerca de quatro meses após a distribuição do protocolo, sem que se fizessem esforços edu-cativos para o seu emprego, foi realizado um estudo observacional prospectivo em 15 hospi-tais do UHC. Os resultados mostraram que no total de 982 prescrições, 24,0% eram apropria-das e 76,0% inapropriaapropria-das 19.

Em 2000, o UHC desenvolveu um novo pro-tocolo de albumina humana e substitutos, in-corporando as evidências científicas surgidas desde 1993. Alguns meses após foi realizado um estudo de utilização de medicamento, com o intuito de avaliar o padrão de uso de albumi-na humaalbumi-na em 53 hospitais do UHC e da Vo-luntary Hospital Association. A média de ina-dequação entre clínicas foi de 57,8% em adul-tos e de 52,2% em crianças 16.

Um estudo observacional prospectivo, rea-lizado em dois hospitais universitários na Es-panha, avaliou a adequação da prescrição e a repercussão econômica do uso inapropriado. O protocolo de referência foi o publicado em 1995 por Vermeulen et al. 7. Foram analisadas as prescrições de albumina de 197 pacientes, que receberam um total de 3.208 frascos de 50ml de albumina humana 20%. Apenas 8,1% das prescrições foram consideradas apropria-das. Mais de 90,0% dos frascos foram consumi-dos em prescrições inapropriadas, o que acar-retou um impacto de custos importante 13.

O Grupo Andaluz para Estúdios de Utiliza-ción de Medicamentosdesenvolveu, em 1997, um protocolo de consenso, avaliado posterior-mente em 22 hospitais públicos da Espanha. Em 242 prescrições foram consumidas 62.282g do produto. Somente 23,0% foram considera-das apropriaconsidera-das. O custo do uso inapropriado foi de US$ 140.891,00 (77,0%). Os resultados su-gerem melhoria nos padrões de prescrição,

março a agosto de 2001.

Clínica Prontuários (n) Farmácia (n) Diferença entre prontuários e

farmácia (%)

Cirurgia geral

Unidades 606 656 -7,6

Prescrições 229 235 -2,6

Clínica médica

Unidades 448 457 -2,0

Prescrições 103 94 +9,6

Cardiologia

Unidades 314 316 -0,6

Prescrições 118 106 +11,3

Cirurgia vascular

Unidades 56 54 +3,7

Prescrições 22 18 +22,2

Ginecologia

Unidades 25 26 -3,8

Prescrições 15 15 0,0

Nefrologia

Unidades 15 15 0,0

Prescrições 5 5 0,0

Obstetrícia

Unidades 7 6 +16,7

Prescrições 3 2 +50,0

Diálise Peritonial

Unidades 2 4 -50,0

Prescrições 1 2 -50,0

Hemodiálise

Unidades 1 4 -75,0

Prescrições 1 2 -50,0

Ortopedia

Unidades 1 2 -50,0

Prescrições 1 1 0,0

Total

Unidades 1.475 1.540 -4,2

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quando comparados com os obtidos no estudo de Vargas et al. 13, desenvolvido antes da disse-minação do protocolo, embora tenham sido realizados com instituições e profissionais di-ferentes 8.

Um estudo de 1996 num hospital de 850 lei-tos, na França, comparou os níveis de consumo e os padrões de prescrição, antes e após a difu-são de protocolo de albumina humana. Inicial-mente, houve 25,5% de adequação e 38,5% de inadequação; após a difusão do protocolo, a proporção de adequação elevou-se para 47,5% e a de inadequação caiu para 14,5%. O proces-so de avaliação foi mantido nos meses subse-qüentes e a proporção de adequação atingiu 59,0%, sendo o restante, prescrições controver-sas ou com poucas evidências e não houve mais prescrições inapropriadas. A redução de consumo durante o período do estudo foi da ordem de 60,0%, indicando a importância do

Tabela 4

Indicações de uso de albumina humana – março a agosto de 2001.

Indicações n %

Reposição nutricional/hipoalbuminemia 23 16,5

Paracentese 21 15,1

Cirurgia cardiopulmonar com circulação extracorpórea 18 12,9 Cirurgia abdominal radical 15 10,8

Cirrose crônica 12 8,6

Nefrose aguda 7 5,0

Nefrose crônica 6 4,3

Choque hemorrágico 3 2,2

Choque não hemorrágico 2 1,4

Isquemia cerebral 2 0,7

Pancreatite 2 1,4

Outras 29 20,9

Total 139 100,0

Tabela 5

Adequação de uso de albumina humana por clínicas – março a agosto de 2001.

Clínica Uso

Apropriado Inapropriado Controverso Indeterminado Total

n % n % n % n % n %

Cirurgia geral

Unidades 53 3,6 499 33,8 51 3,5 3 0,2 606 41,1

Prescrições 19 3,8 189 38,0 20 4,0 1 0,2 229 46,0

Clínica médica

Unidades 397 26,9 49 3,3 0 0,0 2 0,1 448 30,4

Prescrições 86 17,3 16 3,2 0 0,0 1 0,2 103 20,7

Cardiologia

Unidades 146 9,9 168 11,4 0 0,0 0 0,0 314 21,3

Prescrições 54 10,8 64 12,9 0 0,0 0 0,0 118 23,7

Cirurgia vascular

Unidades 0 0,0 56 3,8 0 0,0 0 0,0 56 3,8

Prescrições 0 0,0 22 4,4 0 0,0 0 0,0 22 4,4

Outras

Unidades 16 1,1 28 1,9 7 0,5 0 0,0 51 3,5

Prescrições 6 1,2 17 3,4 3 0,6 0 0,0 26 5,2

Total

Unidades 612 41,5 800 54,2 58 4,0 5 0,3 1.475 100,0

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plantação do protocolo, o que aumenta a acei-tabilidade e os impactos positivos 20.

A albumina humana é um hemoderivado considerado mal utilizado na prática clínica, em desacordo com as diretrizes dos protocolos internacionalmente aceitos. As revisões Coch-raneindicaram a necessidade de estimular a realização de estudos que produzam evidên-cias consistentes para o uso racional da albu-mina humana e dos substitutos terapêuticos 24.

Entretanto, a simples divulgação de um pro-tocolo tem pouco impacto e, para que o proto-colo divulgado pela ANVISA 23possa se conver-ter em um instrumento efetivo de racionaliza-ção terapêutica, sua implantaracionaliza-ção deve vir acom-panhada por estratégias ativas e específicas de disseminação, e por estudos de avaliação de efetividade e eficiência 25.

Encontramos dois relatos de suspeitas de reações adversas. O monitoramento dos efei-tos adversos atribuídos ao uso de hemoderiva-dos integra o campo da farmacovigilância, por-que são medicamentos 5. As reações adversas à administração intravenosa de albumina huma-na são pouco freqüentes, de diversas huma- nature-zas, algumas graves 25. Os relatos encontrados

de suspeitas de reações adversas não foram avaliados quanto à causalidade, mas descre-vem sintomas compatíveis com os apontados pela literatura. Se confirmadas, indicariam que 2,0% dos pacientes apresentaram reação ad-versa (reações freqüentes: ≥1,0% a < 10,0% 26). O achado aponta para a importância do moni-toramento intensivo dos eventos adversos du-rante o uso de albumina humana.

Consideramos os resultados obtidos con-fiáveis e válidos. A avaliação da concordância

Houve discordância entre os registros da far-mácia e os dos prontuários quanto às unidades do produto consumidas. Esse fato não interfe-riu nos resultados do estudo, uma vez que as informações basearam-se nos prontuários. En-tretanto, sugere possíveis falhas no controle in-terno do hospital.

Outro problema foi a inexistência do nú-mero de matrícula dos pacientes nas prescri-ções encaminhadas à farmácia, o que dificul-tou a localização dos prontuários. As perdas do estudo não parecem introduzir vieses por não serem diferenciadas quanto às características dos pacientes, das clínicas e da terapêutica, em relação aos casos incluídos.

Os procedimentos adotados para a calibra-ção do instrumento de medida (Formulário de Coleta de Dados de Prontuário), durante o pré-teste e o estudo piloto, levaram a melhorias no manual de instruções e no treinamento da equi-pe. A elaboração do instrumento, em particu-lar nas indicações terapêuticas e sinais com-plementares, contou com o suporte de espe-cialista clínico de hospital de referência, exter-no ao hospital selecionado.

Sugerimos a repetição do estudo em outros hospitais para estabelecer comparações e para definir melhor os padrões de utilização da al-bumina humana e seus determinantes. Da mes-ma formes-ma, estudos prospectivos sobre a pres-crição de albumina humana e expansores sin-téticos, com a participação da Comissão de Far-mácia e Terapêutica e de painel de especialistas, podem trazer importantes contribuições para a racionalização do uso do produto, inclusive in-corporando o componente custo na avaliação.

Resumo

A albumina humana é freqüentemente usada sem que haja correspondência entre suas propriedades farma-cológicas e as doenças. Este é um estudo das prescri-ções de albumina humana em um hospital da rede pública no Rio de Janeiro, Brasil, com ênfase no grau de adesão das mesmas a protocolos de tratamento. As informações foram extraídas dos registros do Serviço de Farmácia e dos prontuários médicos de 99 pacien-tes adultos, que receberam, entre março e agosto de 2001, 1.475 unidades de albumina humana, solicita-das em 498 prescrições. A análise de confiabilidade solicita-das informações sobre indicação terapêutica resultou num kappa de 0,79 (IC95%: 0,72-0,85). As indicações tera-pêuticas foram avaliadas como apropriadas,

inapro-priadas ou controversas, com base em quatro protoco-los de países diferentes. Do total de prescrições, 33,1% foram consideradas apropriadas, 61,8% inapropria-das, 4,6% controversas e 0,4% indeteminadas. Identifi-caram-se dois casos suspeitos de reações adversas. A proporção de prescrições inapropriadas é preocupan-te, dado o elevado custo do produto e o seu potencial para causar reações adversas. A implantação das dire-trizes nacionais expressas no protocolo da ANVISA é estratégica para a promoção do uso racional da albu-mina humana em hospitais.

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Recebido em 02/Ago/2004

Versão final reapresentada em 27/Jan/2005 Aprovado em 14/Mar/2005

Agradecimentos

Agradecemos ao Dr. Luiz Amorim (HEMORIO) pelas críticas e sugestões; a Isabel Cristina Martins Emme-rick e Durval Martins Pontes Jr., pela coleta dos dados; a Haroldo Leal Cazes, pela criação e arte do formulário. À Coordenação de Pós-graduação (Escola Nacional de Saúde Pública) pela contratação dos coletadores e à Se-cretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro pela bol-sa de auxílio à pesquibol-sa concedida à autora principal. Colaboradores

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