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Controle de plantas daninhas e efeitos de herbicidas na cultura de Gladiolus.

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Academic year: 2017

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PLANTA DANINHA, II(1): 11 -17, 1979

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

E EFEITOS DE HERBICIDAS NA CULTURA DE

Gladiolus

R. Deuber (1); L.H. Signori (2); L.A.F. Mathes (3) & R. Forster (4)

(')Pesquisador Científico, S. Figiologia. (2) Biologista, Centro Experimental de

Campinas

(3) Pesquisador Científico, S. de Floricultura (4) Pesquisador Científico, Centro

Experimental de Campinas.

Instituto Agronômico, Caixa Postal 28, 13.100 Campinas, Est. S. Paulo.

Trabalho apresentado no XII Seminário Brasileiro de Herbicidas e Ervas Daninhas, Fortaleza, CE, 1978.

Recebido para publicação em 20.03.79. RES UMO

O con trole de pla ntas dan inhas e a tolerân -cia de gladíolo s, cul tivare s Spick and Spa n e Whi te Friendship , a tra tamentos herbicidas foi estudad o em um exp erimento de campo em solo are no-arg iloso.

Foram apl icados os herbicidas triflura lin e EPTC em pré plantio com incorp ora ção e chloro xuron, DCP A, dip henamid, pendimethalin e diu -ron em pré -eme rgênci a. Hou ve maior inc idê nci a de gramíneas que foram controladas por todos os herbicidas , ex ceto chloroxuron, sendo o controle pelo EPTC de 83% e pelos demais , acima de 90% . Para as dicoti ledóneas, o con tro le foi na segui nte ord em decrescente : pendimethalin, chloroxuron, diu ron, triflura lin , EPTC, DCP A e diphe namid. O EPTC afe tou a germinaç ão de bulbos , causando, também, retenç ão de cre scimento e atraso no ci -clo.

No flo res cimento, as has tes flo rais foram co lhidas, medidas e pesadas, verifica ndo - se red ução signi ficativa de peso de matéria fre sca com o tra tamento EPTC para o cultivar Spick and Span, e com triflura lin , EPTC, chloro xuron e pendimetha lin para o Whi te Friendship .

UNI TERMOS: Herbicidas, gladío los, controle de mato.

SUM MAR Y

WEED CON TROL AND EFF ECTS OF HERBICID ES ON GLADIO LUS .

The wee d con trol by herbic ide s and the ir ef -fec ts on g lad ioli was evaluated on a field

experi-ment on sandy-loam soil on CV Spick and Span and White Friendship.

Tr if lu ra li n an d EP TC were ap pl ied pr e -plant incorporated and chloroxuron, DCPA, diph en am id , pe nd im et ha li n an d di ur on in pr e -emerge nce. Gra ss specie s were pre dominant in the area and were controled by all herbicides ex -cept chloroxuron. Control by EPTC was of 83% and over 90% by all others.The broadleaves were controled in the following decrescent order: pen-di me th al in , ch lo ro xu ro n, pen-di ur on , tr if lu ra li n, EPTC, DCPA and diphenamid. Only EPTC affec-ted the sprouting of bulbs, causing also growth re-tention and delaying of flower set.

The flowers stems were cut off a the opening of the first flower, measured and weighted. EPTC ca used si gn if ic ant re du ct io n in weig ht of CV Spick and Span and trifluralin, EPTC, chloroxu-ron and pendimethalin of CV White Friendship. KEYWORDS: herbicides, gladiolus, weed control.

INTROD UÇÃO

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12 DEUBER, SIGNORI, MATHES & FORSTER

A produ ção de gladíolos pela Co-opera tiva Agropecuár ia Holam bra, que rete m 50 a 70 por cento da oferta é em torn o de 20 mil dúzia s diárias, ocupando

área de 500 ha, com estimativ a de

expor tação de 1.000 caixa s (30 maços de 10 flor es por caixa ) por seman a para o ano 1977 -78 (9).

O plant io é geral mente feito a cada 15 dias e há necessidade de se manter a cultura ao limpo, com capin as feitas manua lmente. O emprego de herbicidas está tomando cert o vulto (11), embora não haja ainda pesqu isa de seu uso em

nossa s condi ções. O uso segur o e

eficiente de difer entes herbicida s para gladíolos já foi compr ovado em estudos realizados em outros paíse s (1, 2, 3, 6, 7, 8, 10, 12, 13, 14, 15).

Objet ivando-se inici ar o estudo de herbicida s em gladíolos, foi insta la do um

exper imento de campo, em que se

aplic aram diferentes compostos iso -ladam ente para observar a eficiência do controle de plant as daninhas e a sua to-ler ância pela cultura.

MATERIAL E MÉTOD OS

Foi inst alado um experimento de campo em gladíolos (Gladiolus) cultivares

Spick and Span e White Frien dship,

dorav ante chamadas rosa crespa e

branca crespa, respectiv ament e. Utili zou-se uma área do Centro Exper imen tal de Campi nas, de latossolo vermelho -amare lo orto, com as seguintes característica s: 33,7% de argil a, 5,0% de limo, 15,8% de areia fina e 45,5% de areia gross a; pH de 5,3; 4,4% de matér ia orgânica; 100+

mg/ml de TFSA de P, 378 mg/ ml de TFSA de K, 4,2 e.mg/ 100 ml de Ca++, 1,2

e.mg/100 ml de TFSA de Mg++ Não se detectou alumí nio. O solo pertence à class e textural areno -argil oso.

Foram aplic ados os segu inte s tra -tamentos: a) trifl urali n (,, trif luoro -2,6 -dinitro-N,N -dipropil-p-tolui dina) (1) a

0,86 kg; b) EPTC (etil din propi ltiol -carbamato) (2) a 3,6 kg, ambos em pré

planti o com incorporaç ão (PPI); c) chlo -roxuron [3 -p- (p'c lorofen oxi) -fenil- 1,1- di-metil- uréi a ] ( 3) a 6,4 kg; d) DCPA (és ter

dimetll ico do ácido tetraclor oter eftáli co (

4) a 7,5 kg; e) diph enam id (N- N-

dimetil-2,2 -difenil acet amida (5 ) a 2,5 kg; f)

pendimetha lin [N (1 -etilpropil) - 3,4 di metil 2,6 dinitrobenzen amina] (6) a 1,15

kg; g) diur on [ 3 -( 3 ,4- diclorofen il) -1,1-dimetil-uréia] (7) a 1,6 kg, todos em

pré-emergência (PRE) e •h) sem her bici da

Doses de ingr edie nte ativ o por hectar e. Os tratam ent os a e b for am apli-cados no dia 17 de agos to de 1976 e, a seg uir, incorpo rad os com enx ada à pro-fun didade de 0,10 m. O pla nti o dos bul-bos se fez no dia seguinte e a apli caçã o dos her bici das de PRE, no dia 20.

As par celas mediam 2,50 m x 3,0 0 m, com 4 linhas espaç adas de 0,6 0 m, duas por var ied ade, em del ineamento de blocos ao aca so e quatro rep etiç ões. Os bulbos for am plan tad os a 0,2 0 m nas li-nha s e a 0,15 m de prof undida de.

For am feit as cont agens aos 20 e 56 dia s após o plan tio, reg istr ando -se o núm ero de brot ações dos bulbos.

Aos 37 dia s, fez -se a cont agem de mat o e as espécies que ocorreram em mai or núm ero no expe rim ent o foram: capim- de-colc hão (Digitaria hor izo nta lis Wil ld.), capi m marmelada (Brachi a-ria plan tagi nea Lin k Hitc h), capi m-péde-galinh a (Ele usi ne indi ca L. Gaer tn. ), trev o (Oxalis oxyp tera Bro g.), pic ão bra nco (Gal inso va parv iflora Cav.) ocorre ndo, ainda, outr as folhas largas. O tratam ento sem her bic ida foi capina do aos 59 dias após o plan tio.

As has tes foram col hida s à medida que as primeir as flo res iam se abrindo, sen do realizadas colh eitas aos 75, 78, 82, 84, 86, 90, 93, 97 e 104 dia s após o planti o.

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HERBICIDAS EM GLADÍOLUS 13

RES ULTA DOS E DISCUSS AO Os núm ero s de bulb os que emiti -ram brot açã o, bem como o núm ero de bro tos, em cont agens realizadas aos 20 e 56 dias após o pla ntio , estão no qua -dro 1.

Verifi cou -se inicialmente uma se-ver a ini biçã o de brot amento dos bulbos pel o EPTC em rel ação aos demais tra -tam ento s. Nest es, a mai or parte das pla nta s nasceu até os 20 dia s após o pla nti o, ao passo que, com o EPTC, a quase totalidade das plan tas que nasce -ram, o fize ram entr e 20 e 56 dia s. Alé m de causar atr aso no bro tam ento dos bulbos, o EPTC tam bém red uzi u o nú -mer o tot al de bulbos bro tados e has tes florai s. Aparent emen te, os out ros trata

-mentos não apresen tar am qualquer

efeito de inibiç ão ou redução do núm ero de pla nta s até os 56 dia s. A porc ent a-gem de bulbos brot ados da varied ade ros a crespa foi superio r à da branca cre spa.

Os res ultados de cont role de mato pel os her bici das, aos 37 dia s estão no quadro 2.

A ocorrê nci a de trevo na áre a do experi ment o não foi unifor me, mas mes mo assi m há uma indica ção de con -tro le pelo triflurali n, EPTC , chl orox uron e pen dime tha lin.

Houv e ace ntuada predominânci a de gra míneas que foram cont rol adas em

nív eis de 83% e 46% pel o EPTC e

chl orox uro n, respect ivamente, e em ní -vei s acima de 90% pel os demais.

No cas o de dic otiled ônea s, con vém res salt ar que o pic ão branco apr esentou

uma fre quência bem mai or nos

tratam ent os com triflur alin e EPTC do que na testemunha, em vir tud e do ex -cel ent e cont rol e das gra míneas, o que eli minou a competição dessas espéci es. Alé m dis so, o pic ão bra nco é uma es pécie res iste nte à ação desses her bici -das (4). Daí a indicação de con tro le zer o nes ses tra tament os. No cas o do DCPA , não houv e cont rol e, mas o núm ero de pla nta s de pic ão bra nco foi sem elhant e ao da test emunha.

O núm ero total de hastes florais col hid as e seus respect ivo s pesos de mat éria fre sca estão no quadro 3.

Os núm eros de hast es florai s, em cada colh eita , estão na fig ura 1.

Par a a variedade ros a cre spa, ape nas o EPTC causou redução sig nificati -va do núm ero e peso de hastes. Para a varied ade branca, houv e reduções sig -nif icat ivas de peso com os tratament os triflural in, EPTC, chloro xur on e pen di -methalin.

Red uções de pro dução já for am verifica das ante riormente .co m o uso de EPTC (8) , trifluralin (13, 14) e chl orox u-ron (13), mas em outr os experi ment os, nenhum efei to fit otóx ico foi verifi cado pel os dois prim eir os (10, 15).

As mai ore s prod uções e mel hores popu laç ões de pla nta s for am do trata -mento testemunha, o que dev e ser atribuído ao fat o do mesm o ter sido capina -do aos 59 dia s após o pla nti o. A compe-tição das planta s dani nhas present es nes se perí odo, apar ente mente não pre -judico u o desenv olvi mento de qual quer das varied ades de gladíol o, o que pode ser verifi cado pel o pic o de pro dução aos 78 dia s, para a varieda de rosa crespa (figur a 1). No caso da varied ade branca cre spa que apresen tou flores cimento mai s tar dio, prim eira colheit a aos 82 dia s, a prod ução máxi ma de flores foi atingida aos 90 dias em tod os os trata mentos , ver ific and ose aí o pic o de pro -dução da testemunha.

Nos tratam ento s com triflural in e pen dim etha lin, a prod ução tot al de hastes florais foi bast ant e bai xa em re laç ão à testemunha, diferin do signifi ca -tivame nte no cas o da varie dade branca cre spa. Cons ider ando o excelente con tro le de plan tas dani nhas por ess es tra -tam ento s, pode- se atri buir algum efei to fit otóx ico dos her bici das, ocasion ando red ução do núm ero de has tes florais e res pect ivo peso das duas varied ades.

Em relação aos comprimentos do último int ernó dio e o da inf lorescência,

com excess ão do EPTC , não houv e

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per íodo de flores ciment o. Verific ou- se que as plan tas da varieda de ros a cres-pa, que floresceram no per íodo de 75 a 82 dia s após plan tio, eram mais vig oro sas , decr esce ndo os tamanh os das has tes para o fin al, havendo pro por cio nali -dade ent re os pesos e ess as medida s. O mes mo se verifi cou par a a var ied ade bra nca crespa, cujo florescim ento se inicio u aos 82 dia s. As medida s do 1.° inter nódio e da inf lorescênci a das 2

var iedades não apr esen tar am

dif eren ças notáv eis nas primeir as colheitas.

No cas o do EPTC, as pla nta s que emitir am haste floral, após os 78 dia s, não most rara m qual quer efei to inibitó-rio do herbicida, chegan do mes mo a apr esen tar compriment os mai ores, em média, do último intern ódio e da inflo res cência. Iss o suge re que, com a dis si -pação do EPTC do sol o, ati ngin do nívei s sub-tóx ico s, possa ter havido mes mo alg um estímul o de cre scimento pos -terior.

As medida s desses par âmet ros, par a a var ieda de branca cre spa, apre-sentar am gran de oscilaç ão, não se veri-ficand o qual quer efeito do EPTC, além de atrasar o floresciment o.

O diuron, que apresen tou melhor con tro le gera l, apar ente mente não afe -tou o dese nvol vim ent o do gla díolo, com pro dução e núm ero de pla nta s sem e-lhantes ao trat amen to testem unha. Sua tol erân cia pel o gla díol o já fora,

observada desde o seu sur giment o apresen tan do con tro les excelen tes de plan tas da -nin has (2, 3, 7, 12).

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HERBICIDAS EM GLADÍOLUS 17

Em todos trat amen tos, verifi cou -se que o núm ero de hastes florais foi apr oximadamen te seme lhante em cada col heita, à excess ão do EPTC. O flor es-cim ento, neste trat amen to, foi ret arda-do nas duas var ieda des. Na ros a

cre spa, apr esen tou um núm ero

cre scen te de hastes floridas, ao con trário dos demais tratam ento s,

atingi ndo um máximo na últ ima

col heita, aos 104 dias . Para a va-riedade bra nca cre spa, a def asag em não foi tão ace ntuada, como se pode verifi car na fig ura 1.

Referências

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