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Os bancos comerciais sob o efeito da inflação: reflexo nas suas demonstrações contábeis: um estudo de caso

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Academic year: 2017

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(1)

,

-CONTABEIS: UM ESTUDO DE CASO

TEREZA CECILIA BRUNtLI

(2)

CONTABEIS: UM ESTUDO DE CASO

TEREZA CECILIA BRUNÉLI

DISSERTAÇAO SUBMELIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS CONTABEIS-ISEC DA FUNDAÇÃO G ETOUO VARGAS COMO PARTE DOS . REQUISITOS NECESSARIOS PARA OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM

CIEN-CIAS CONTABEIS (M. Se.).

APROVADA POR:

PROF. NATAN ZUSTER PRESIDENTE (ORIENTADOR)

-

Mーセッ[N Mゥ J サ ウimeッnHg@

- -

-PROF. MARCOS DE ANDRADE VILLELA

RIO DE JANEIRO -- BRASIL JUNHO DE 1987

(3)

tnabatho セ@ dedieação .

MMia Helena., ーッセ@ .6u.a

de.tvuni-nação , o êxito de.6,ta 、ゥNVNVセ。￧N ̄Nッ N@

(4)

Reflexo nas suas Demonstrações Contãbeis: um estudo de caso

(Rio de Janeiro), 1987.

xii ,244 p. 29,7 cm -- (FGV/ISEC, M.Sc., Ciências Contãbeis, 1987)

Dissertação -- Fundação Getulio

Var-gas -- ISEC -- Mestrado em Ciências

Contãbeis

1. Bancos 2. Inflação 3.

Demons-trações Contãbeis I. FGV/ISC lI. TITULO

(5)

Aos ex-Diretores-Presidente do Banco do Estado do Esplrito Santo

S/ A, Dr . Carlos Guilherme Lima, que viabilizou a minha participação no

curso de mestrado do ISEC-FGV, Dr. Carlos Lessa e o atua l Diretor-Presi-dente, Dr. Renzo Dietz, que mantiveram a minha liberação .

A Dr . Eduardo Abaurre, ex-Diretor Financeiro do BANESTES , pelo

apoio incondicional proporcionado.

A Roberto Gonçalves, chefe do Departamento de Contabi l idade do

BANESTES, e demais funcionãrios do Banco, pela ajuda e i nesgotãve l

escla-recimentos quanto aos dados obtidos.

セ@ Dra. Mirthes Bevilãcqua, Secretãria do Bem Estar Social, pelo

valioso empenho demonstr.ado, minha gratidão .

Aoi ·professores do Curso de Mestrado em cゥセョ」ゥ。ウ@ Contãbeis do

I ns tituto Superi or de ·Estudos Contãbei s da Fundação Getul i o Vargas , pelo

incentivo e aprendizagem que proporcionaram.

Ao amigo da エオイュセ@ de mestrado, Joaquim Francisco da Silva Corado,

pelas crlticas construtivas· a,j ncondicional apoio na revisão de

Igualmente a Jorge Jesus de Almeida, pelos debates esc l arecedores, Jose Mãrio Ribeiro da Costa, pelo apoio proporcionado .

texto .

e a

Ao Professor Dr . Josir Simeone Gomes, grande incentivador e

co-laborador do curso de mestrado .

Ao Professor Dr . Natan Szuster, pela indispensãvel orientação, conduzida de forma a proporcionar o desenvol vimento profissiona l .

Ao Professor Dr . Marcos de Andrade Ville l a, pela va l iosa

parti-cipação na banca examinadora.

Aos funcionãrios do ISEC, em especial Ricardo Mendes dos Santos,

pela atenção dispensada.

(6)

Este trabalho teve por objetivo mensurar os efeitos da variação do poder aquisitivo da moeda nas demonstrações contábeis das instituições

bancárias.

Atraves do estudo de caso, a pesquisa foi desenvolvida .em um

ban"co comercial publico estadual, subdividida em duas fases distintas.

Na primeira fase, os objetivos especlficos da pesquisa foram

analisar as distorções resultantes do cumprimento da disposição legal que

veda a 」ッイイ・￧ ̄ッ ᄋ ュセョ ・エ £イゥ。@ dos resultados intermediários. Adotou-se o

meto-do em vigor incluinmeto-do a 」ッイイ・￧セッ@ monetária do resultado intermediário,

ajustando-o pela variação N セッュゥョ。ャ@ da ORTN, no segundo ウセュ・ウエイ・@ de cada ano.

Na segunda fase, com· .. a aplicação do metodo da Correção Integral,

atraves de ajustamento mensal dos elementos patrimoniais, pela nominal do Indice Geral de Preços, obteve-se a análise dos

variação resu ltados ,

comparativamente, com os apresentados pelo Banco em suas demonstrações

pu-blicadas.

Esta pesquisa se diferencia das demais existentes pela ênfase

atribulda ã correção monetária dos resultados intermediários, com reflexo

na distribuição de dividendos, participações estatutárias, equivalência

patrimonial e des empenho semestral de atividade. Ou t ro ponto divergente e

no aspecto da evidenci ação apres entada pel a Demonst r açã o do Resultado Enfoque Gerencial , apu rada pelo metodo da Correção In t egral.

(7)

The main objective of this research was to measure the effects of the changes in the currency purchasing power in the financial statements

of banking institutions.

A case study was developed considering a public commercial state

bank and two different aspects were focused.

In the first part, the specific objectives aimed to analyze the

distortions resulting from the accomplishment of the norms that prohibit

price level adjustments on intermediary results. The usual method was

employed including restatement of the intermediary results, adjusting

them by the nominal 」ィ。セァ←ウ@ of ORTN in the second semester of each year.

In the second part, employing the Price-Level Accounting,

through monthly adjustments of equity items, and by the nominal changes of the IGP the results were obtained comparatively v/ith the results exhibited by the banks in their balance sheets.

This research, in opposition to others, has emphasized the role

of price level adjustments of the intermediary results considering the

effects on the dividends distribution, on the Statutory Sharings , on the

ownership equity and performance in the semester. Another divergent aspect . . . .

refered to the disclosure provided by the Income Statement M an.agent

Approach, obtained by the Price-Level Accounting.

(8)

PÃG.

CAPÍTULO I -- INTRODUÇÃO

I I I I I I I I I I I I I • , • I I • I I • I I • I • I • • • 1

2

1.1

1.2

1.3

1.4

1.5

1.6

o

PROBLEMA I I . 1 • • 1 1 1 1 1 • • 1 . 1 . 1 1 1 1 1 1 • • • • • 1 1 . 1 1 1 . , I •

QUESTOES DA PESQUISA

I , • • • I • I • I , I • • I I • I • • I I , • • • • •

-OBJETIVOS BASICOS DO ESTUDO ...•••• "'" """

I

O ESTUDO E SUA IMPORTÂNCIA

I , . I I • • • I • I • • • • • • • • • I I

DELIMITAÇAO DA PESQUISA

I " " " " " , , " " I " , • • • •

ORGANIZAÇAO DO ESTUDO •••.••••••.••••.• , ••••.•.•.

8

10

11

1 2

12

CAPITULO 11 -- REVISÃO DE LITERATURA E FUNDAMENTOS

TEÓ-RI

COS .

I , • • • • • • • • • • • • • • , •• " • I , I I • • • I I I • , " 14

11.1 --

FLUTUAÇÕES DE PREÇOS -- MÉTODOS DE

RECONHECI-MENTO ••• I I I I I I I I r I I • I • • I • • • I I • • I - I , I • I , • I I I I I I I • 15

11.1,1 --

PRINCíPIOS CONTÁBEIS E VARIAÇÃO

DE

PREÇOS .••.... ".,... 15

11.2

O PROBLEMA DA VARIAÇAO DE PREÇO.,...

18

11.3

MÉTODOS CONTÁBEIS DE RECONHECIMENTO DOS EFEIT.OS

DA VARIAÇAO DE PREÇOS ....•.• , ...•••• , •.•...• 20

11.3.1

CONTABILIDADE A NÍVEL GERAL DE

preᅦセsN@

21

11.3.1.1

ÍNDICE PADRÃO DE

AJUSTA-11.3.1.2

11.3.1.3

11.3,"1.4

MENTO

I I • • I I .. I • • • I I I I I • • • • 22

-ITENS MONETARIOS E

NAO--MONETÁRIOS

• • • • • I r I • • • I I I 23

VANTAGENS E DESVANTAGENS .• " 25

APLICAÇAO DA CNGP

NAS

-

-INSTITUIÇOES BANCARIAS."

27

11.3.2 --

CUSTO CORRENTE CORRIGIDO

• • • • • • I I • • • , , 30

(9)

11.3,2,2 --

VANTAGENS E DESVANTAGENS.,

34

.I

r.

3,3' · --

A CONTAB I LI DADE A CUSTO CORRENTE

COR-RIGIDO NAS INSTITUICÕES BANCÁRIAS

, • I , I 35

11,3,4 --

METODO PREVISTO NA LEGISLAÇÃO

BRASI-LEIRA -- ASPECTOS DE SUA ESSÊNCIA ""

36

Il;4 --

AS NORMAS CONTÁBEIS NA VIGÊNCIA DO PLANO DE

ES-TABILIZAÇÃO ECONÔMICA""""" """.,.""",

40

CAPÍTULO III -- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA,

46

II 1.1 --

ESTUDO DE CASO """."""""""""""""

47

I II ,2 --

COLETA DE DADOS

I I , I , I I I I , I , , , , I I I , , I , I , , , , I I I , ,

48

II 1,3 --

TRATAMENTO DOS DADOS "'"

I , ' I I , , : , , , , , , , , , , , I , , , . ,

50

111,3,1 --

PRIMEIRA ETAPA -- CORREÇÃO MONETÁRIA ·

-DOS RESULTA-DOS INTERMEDIARIOS "

I , , , I

50

111.3.2

SEGUNDA ETAPA -- METODO DA

CORREÇAO

INTEGRAL "'"

I , I , , , , , , , , • I , , セ@ , I , , , , ,

52

111,3.3 --

ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES

PARA

AJUSTE DOS DADOS"", '" ,.," '"

I I ' "

68

11

1. 4 --

PROCESSO DE AJUSTE DOS ELEMENTOS NA

Rセ@

ETAPA '"

1 I

1.

5 --

LI M I T AÇÕES DA PESQU I SA "

I I , , , , , , , I , , , , , , I , " , , , .

73

-

-CAPITULO IV -- RESULTADO DA CORREÇAO DO LUCRO

inteセ セ eセ@

DIÁRIO E A ANÁLISE DOS ELEMENTOS

I I I • I I I . I 76

. .

IV,I --

A EMPRESA EM ESTUDO "'"

I • I , , , , , I , , , , , , , , I • 1 , ; .; • • .

77

IV.2 --

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PELA

LEGISLAÇÃO

IN--

-CLUINDO A CORREÇAO MONETARIA DO RESULTADO

IN-TERMEDIÁRIO ",. " "'" '" , " " ., """,, """"

80

IV,3 --

SEGREGAÇÃO DO RESULTADO INTERMEDIÁRIO NUMA

CON-TA DENOMINADA IILUCRO RETIDO DO PRIMEIRO

SEMES-11

TRE I I I I I I I I r I I I I I , I I I I I I . ' I • • l i ' I • I • I I I I I • I ' • 81

(10)

PRIMEIRO SEMESTRE" ...

82

IV.5 --

DETERMINAÇÃO DO "NOVO" VALOR DA BASE DE CÁLCULO

DAS PARTICIPACÕES

,

J

DIVIDENDOS E RESERVAS

I I • I I I I 84

IV.6· --

APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO COM A

INCLU-SÃO DA CORREÇÃO MONETÁRIA DO RESULTADO

INTERME-DIÁRIO

• I • • I I I I I I I I I , I I I I I I • I I I I I I I I I I I I I I I I , I I I

87 .

IV.6.1 --

RESULTADO DO PERÍODO CONSIDERANDO

INAL-TERADOS OS DIVIDENDOS .•..•.••••.•..••

88

IV;6.2

RESULTADO DO PERÍODO ALTERANDO OS

DI-V I DENDOS .

I I I I • • • • • I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

90

IV.6.3 --

JUSTIFICATIVA DA DIFERENÇA ENTRE

OS

. ..

RESU L T ADOS APURADOS ...

92

IV.7

NOVA POSICÃO DO PATRIMÔNIO LíQUIDO...

,

100

IV.8 --

DOS RESULTADOS -- UMA ABORDAGEM ANALíTICA ... 106

IV.8.1

IV.8.2

IV.8.3

IV.8.4

CAPITULO V

NO ÂMBITO DOS DIVIDENDOS...

106

NO ÂMB l,IO DAS PARTICIPAÇÕES

ESTATUTÁ-....

RIAS -- EMPREGADOS E ADMINISTRADORES.

111

REFLEXO NA

equivalセncia@

PATRIMONIAL ..

112

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO SEMESTRAL

DO

RESULTADO

I I I I I I I I • I , I • I I I • I I • • I I I I I • • 115

RESULTADOS DA APLICAÇÃO DA CORREÇÃO

INTE-GRAL -- COMPARAÇÃO E ANÁLISE DOS ELEMENTOS

117

V.I --

PROCESSO INFLACIONÁRIO E SEUS REFLEXOS NAS

DE-MONSTRAÇÕES CONTÁBEIS •.•••...•

I • • • • • • I I " " ' ••

118

V.2 --

DEMONSTRACÕES CONTÁBEIS PELO CUSTO HISTÓRICO

,

I I I I

120

V.2.1 --

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES PELO

CUS-TO HISTÓRICO

• • I I I I I I I I I I I • I I I I , I I • • I I I I

122

X · .

I

(11)

31.12.82 --

DATA BASE -- -AJUSTADO PELO -MÉTODO DA

CORREÇÃO- INTEGRAL ..•••...•...•.••..••••.••.••.

126

V.3.I --

DISTINÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS EM

ITENS MONETÁRIOS E NÃO-MONETÁRIOS

I I I I I • 128

V.3.2 --

SEGREGAÇÃO DA CORREÇÃO MONETÁRIA

INCOR-PORADA DOS ITENS NÃO-MONETÁRIOS ..•..••.

128

V.3.3 --

IDENTIFICAÇÃO DA DATA DE FORMAÇÃo'

DE

ITENS NÃO-MONETÁRIOS E SEU

AJUSTAMENTO

PELA VARIAÇÃO DO IGP) DA ri"ATA DE ORIGEM

ATÉ A DATA-BASE

• I I I I I I I I I ' I I , I r I I I I I I I I

V.3-.4 --

DETERMINAÇÃO DO

temセo@

MÉPIO DE

VIDA

("AGING") DE ATIVOS DEPRECIÁVEIS E

SEU

-AJUSTAMENTO DA DATA ENCONTRADA COMO

DE

129

ORIGEM MÉDIA) ATÉ A DATA BASE ....•.

I'"

130

V13.5 --

AJUSTE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PELA-

DIFE-RENÇA ENTRE ATIVO E PASSIVO .•.•....

I'"

132

V.4 --

AJUSTE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS) PELA CORREÇÃO

INTEGRAL) A CADA DATA DE REFERENCIA ....••...•... - 133

V.5 --

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEI S PELA CORREÇÃO INTEGRAL- . .

139

V.6

SERIE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UNIDADE MONE-_

TÁRIA DE UM MESMO PODER AQUISITIVO ....•..•....•

-i -_ -

141

V.7 --

DOS RESULTADOS DA SEGUNDA ETAPA -- UMA ABORDAGEM

.. ' . 14.2

ANALITICA I I I ' I • • I I I I I I I I • • I • • , I I · ' • I • • I I I I I • • I

V.7.I --

EFEITOS DOS AJUSTES PELA VARIACÃO DO IGP

,

SOBRE O ATIVO PERMANENTE E O PATRIMÔNIO

LÍQUIDO

"""""1'1""1"""1"1""

147

V.7,2 ---

EFEITOS DOS AJUSTES SOBRE OS ITENS

MONE-TÃRIOS -- GANHOS E PERDAS MONETÁRIAS •• , 151

(12)

V

1

7,4

OS DIVIDENDOS EM RELACÃO AOS RESULTADOS

,

AJUSTADOS PELA CORREÇAO INTEGRAL

, I I I I I I

V/7,5

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO -- UM ENFOQUE

GERENCIAL

I I I I • I • • I I I I I I I I • I , I I I I I I I I I , •

セ@

-CAPITULO VI

CONCLUSOES

I • I I I • I I ' I • I I I I • I I I I I , I , • I • I • •

VI ,1-

SUMÁRIO DA PESOU I SA '"

I / • , , I , I I , , I , , • , I I I • I / , I , I

VI,2-

CONCLUSÕES SOBRE A INSTITUIÇÃO EM ESTUDO

I • I • I , , ,

VI,3 -

RESULTADO OBTIDO COMPARADO COM PESQUISAS

ANTERIO-158

161

164

165

166

R ES . • I I . I , • I I , I セ@ I I I I I I • I I • I I I I I I I , I I I I I I • I I I I I I I I I 168

VI

,4 -

IMPLICAÇÕES

I " / , " " , " / ' " " / " / I I " , " I " ' " I

'o /

171

VI

.5 -

PERSPECr"I

vセs@

DE t-1UDANÇA NA LEG I SLAÇÃO ,/

I , , , , / , , , 171

VI,6-

SUGESTÕES PÀRA PESQUISAS FUTURAS

I / / I I I I I I I I I I / , I 173 o o

ANEXOS /

I I o ... I I I / I I • I ' o ' I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I / I I I 175

ANEXO Dl --

DEMONSToRoAÇÕES CONTÃBE I S -- MÉTODO

LEGAL-ITENS

nᅢoセセonetᅢrios@ .. . .

A VALORES HIST6RICOS

-- ANEXO 02 --

AJ USTAMENTO DOS I TENS

nᅢoMセQPnet￁r@

I OS

セ@

APENDICES

セ@

-- APEND ICE 01

-VALORES HISTÓRICOS -- PELA VARIAÇÃO

DO

IGP

I I I I • I I • • I I • I • I I I I I I ' I I I I I I I I I • I I I I I I

DEMONSTRAÇO ES CONTÃBEIS PELA CORREÇAO

INTEG RAL (AJUSTAMENTO MÊS A MÊS

PELA

VARIAÇÃO DO IGP)

I I I I I I / I I I I I I I I / / / / / I

APENDICE 02 --

DEMONSTRACÕES DE RESULTADO DO

セ@

PERIODO

,

-- ENFOQUE GERENCIAL

I I I I I , • I I I I I , I I , •

セ@

dイ]エZ{Zd エZBセ iイt@ Ar::. lHUI TnCD!\t:TrI\C 245

I \ L.. I L.. 1\ L.. I 1 v.l n v .u .l .u L. .l VU I\íll 1 v '- Iv , / / , I I / / / I / / / I I / / I I I I / I / I , / / I

(13)
(14)

1.1 --

o

PROBLEMA

A necessidade da prãtica de metodos contãbeis confiãveis que

assegurem o reconhecimento pleno dos efeitos da variação do poder

aquisi-tivo da ュッ・、。セ@ nas 、・ュッョウエイ。￧セ・ウ@ contãbeis das ゥョウエゥエオゥ￧セ・ウL@ e hoje uma

imposição reconhecida por muitos autores, pois, como afirma CECTLIA TIER-NEy(l), a inflação continua trazendo efeitos danosos em todo o mundo com o conseqüente decllnio do poder aquisitivo da moeda.

TREVISAN lembra que:

" hoje., maÁ.J.> do que. YlW1.c.a, a ..tn.ôoJunaç.ão c.oMábil

e.

baóe. paJla

a tomada de. 、・Nセ￵オ@ da e.mpll.ua. Ve. .6ua agilidade. e. quilidade.

de.pe.n.dvr.á em mtU;to a c.o n;UYl.u...tdade. da e.m pll.U a. " ( 2 )

Tambem LATORRACA destaca:

"Numa e.c.oYl.om..ta que. c.oYl.v..tve c.om a ..tYl.6laç.ão, toda e. qualquvr.

de.-wão gvr.e.Yl.ual .6obll.e 0.6 Yl.e.gÕUO.6 de uma empll.ua., quvr. .60b o

pOMO de v..t.6ta opvr.auoYl.al , quvr..6 ob o pOMO de. v..t.6ta 6..tYl.anc.u-ll.0, tvr.á que. Yl.ec.eMaJÚame.nte. baóe.M-.6e. e.m dado'.6 adequado.6,

apu-Jtado.6 a pCVlWc. de Jteg..t.6tll.o.6 que. ' Jte.6U.tam c.JtÜêJU0.6 te.c.n..tC.O.6

pll.ewo.6 e c.oYl.Mávw."(3)

Entretanto, a adoção de tecnicas adequadas para . a mensuraçao

(1) TIERNEY, Cedlia V. "La ilusiõn monetaria en Contabilidad",

Adrrú.·n..t.6'-tJtauõn. de Empll.uaó, T. VIII, Buenos Aires, 1977, p. 775.

(2) TREVISAN & Ass'oci ados Auditores Independentes. Traba 1 ho apresé'ntado

no Seminãrio de Sistemãtica de Correção Monetãria ao Balanço em Moeda Constante, realizado em são Paulo ; 1985 , p. 19.

(3) LATORRACA, Newton. "Desestlmulo ao reinvestimento de lucros".

(15)

dos efeitos do processo inflacionãrio nas demonstrações contãbeis tem sido

um grande desafioo para a cゥセョ」ゥ。@ Contãbil, pois セ@ evidente que a variação

do poder aquisitivo da moeda, atingindo os diferentes paises a taxas que

エセュ@ varioado odentro de uma faixa de 05 a 200% ou mais, gera efeitos que

afetam a economia de forma diferenciada, de pais para pais.

Nesse sentido, GOMES

&

MOREIRA destacam:

"0 pJtoblema. a.dqLÚJte. uma. Jte.le.vânúa. mUo,i_io nuúoJt a.o c. o M-Lde.Jz.a.Jt-.6e.

que. nã.o há umo c.oM e.MO e.n:tJr.e. 0.6 pa.L6e..6, no que. .6e. Jte.óe.Jz.e. a.

pJtâ-Üc.aJ.:, c.ontábÚ.6 que. v-L.6em -L.6ola.Jt e. demOMtJta.Jt e..6.6e..6 e.-6WO.6.

Pal.ó e..6 e. -LM-t{;tu-Lç.Õe..6 a.do;tam e. Jte.c.ome.nda.m pJtât-Lc.a..6 a..6 ma.-L.6

d-L-d-Lve.Ma..6 ••• ma..6 .6em gua.Jtda.Jt a. urU.óoJtm-Lda.de. que. .6Wa.

e..6.6e.n-ua.L"( 4)

No Brasil, de um modo geral, os indices inflacionãrios エセュ ッ@

atin-gi do a economi a a taxas cada vez ma i s e 1 evadas) e o reconheci mento de seus efeitos

o o

nos registros contãbeis tornou-se uma imposição a partir do advento da Lei

das Sociedades por Ações (Lei n96.404/76).

No entanto, a Lei n9 6.404/76 e legislações complementares, no

que se refere especificamente

ã

correçâo monetãria do balanço,estã セゥカ。、。@

de imperfeições que, ao longo do tempo, エセュ@ resultado em distorções que

influem noci vamente no processo de tomada de deci sões. O ュセエッ、ッ@ o .adotado

para que se proceda a essa correção, dentre outros fatores, dei xa o °ç1e

re-fletir adequadamente os efeitos do processo セョヲセ。」ゥッョ ̄イゥッ@

ã

ュ・、セ、。 ッ ・ュ@ que

o o

o mesmo ocorre, o que, de um modo geral, deturpa

°

resultado contãbeii da

atividade econômica oem determinadas fases.

(4 ) GOMES, Josir Simeone

&

MOREIRA , jッウセ@ Nazareno.

cia do reconhecimento contãbi l da inflação nas ras dos bancos no Bras il: um estudo de caso",

70, COPPEAD/UFRJ, abr il/84, p. 02.

"Análi se da 。「イ。ョァセョᆳ

demonstrações finance

(16)

lembra ASSAF NETO que

" o e.6mo do pJtoc.eóéJO in6iaúonâtúo na/.) cttividadeó

empJteóa-jエN\Nセ@ Quando não devida e adequadamente c.oYI.éJideJtado, tende a

ge-M.Jc. fuMO.6 ilu.6ó!t10.6, dewõeó eQuivoc.ada/.) e a. pJtópJt.<.a

deóc.api-taiÁ..zaç.ão da empJte.6 a." (5)

Em face do exposto, neste estudo foi dada ênfase somente a al-guns dos aspectos questionãveis do problema:

a) a nao correção monetãria dos resultados intermediãrios, na

primeira fase; e . .

b) a variação nominal da ORTN como coeficiente de ajustamento

dos elementos do ativo permanente e'do patrimônio Hquid'o, . e

a metodologia da Correção Integral, na segunda' fase da

pes-quisa.

No que se refere ao primeiro item, abordou-se, especificamente, o caso das instituiçôes bancãrias, que têm sua contabilidade regulamentada

pelo Plano Contãbil dos Bancos Comerciais (COBAN}, instituldo pelo Banco

Central do Brasil (BACEN).

' Ao ゥョウエゥエオセイ@ o COBAN, pela Circular n9 387, de SPOPWOWXセ@ セ@ BACEN

o adaptou ã lei n9 6.404/76, o Decreto-lei n9 1.598/77 e legislaçô'es

com-plementares.

Entretanto, NEVES(6) destaca que

ーッセ@

ter sido o primeiro plano

(5) ASSAF NETO,

aャ・ク。セ、イ

・N@

"A problemãtica inflacionãria na administração

financeira", Rev.<.éJta de E.6tLido.6 de a、ュゥセエjエ。N￧N ̄ッL@ FAAP, SP, abr./dez./

/80, n9 12, p. 09.

(6) NEVES, Aecio Cordeiro. "tvJensuração do efeito da inflação sobre o .

lu-c:ro dos h(:l.llCOS comerei ai S pri カセ N 、ッウZ@ um ajustamento contãbi 1" > FE.A.-USP,

(17)

contábil instituido pelo Banco Central para atender ãs normas da Lei das Sociedades por Ações, apresentou falhas de aderência aos preceitos da lei e de natureza contábil, que deu origem posteriormente ao novo plano de con-tas, com a expressa0 "NOVO COBAN".

Contudo, esse "NOVO COBAW (1983), ao instituir uma legislação especifica para bancos comerciais, adaptada aos preceitos da Lei das So-ciedades por Ações, contemplando, ao mesmo tempo, a legislação fiscal, es-tá imbuido de falh as como, por exemplo, não permitir a correção monees-tária do resultado apurado no primeiro semestre de cada ano(7). Isto porque o COBAN adaptou o artigo 175 da Lei n9 6.404/76, que estabelece a duração do exercicio social de um ano, e por outro lado, exige que as institui ções bancárias apurem resultados em dois periodos fixos, o primeiro de 19 de janeiro. a ·30 de junho, e

o

segundo de 19 de julho a 31 de dezembro de cada ano(8) .

Com essa exi gênci a de apuraçao de doi s resu.l tados no peri odo de um ano, surge a figura do "balanço intermediário", obrigatório, com posi-. . ção de 30 de junho(9), e com a exigência da apresentação das seguintes. de-monstrações:

1 Balancete Patrimonial Analitico;

2 Bal anço Patri mon ial Analitico;

3 Balanço Patrimonial de Publicação;

(7) BRASIL, Banco Central do Brasi 1, Plano Contábil dos Bancos Comerciais-COBAN, item (1-1 8-2 .3-d).

(8) Id. -<"b-<"d., item (1-1-2.3-d).

(9) Compreende o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do exer- . cicio na posição de 30 de junho, apurados de acordo cqセ@ os preceitos e

(18)

4 Demonstração do Resultado do Primeiro Semestre;

5 d・セッョウエ イ。￧ ̄ッ@ de Lucros ou PrejuTzos Acumulados do Primeiro

Semestre.

Relativamente ao criterio que adota a variação nominal da ORTN(lO)

como Tndice de ajustamento dos registros contábeis, IUDTCIBUS(ll) assinala

que ' esse papel e usado como instrumento da polTtica monetária do Governo

que, vi sando a uma redução gradual da inflação, procura minimizar o efeito realimentador do processo inflacionário; não refletindo, portanto, a

rea-lidade desse processo.

Em apoio dessa afirmativa, pode-se citar o ano de 1985, quando a fórmula pela qual se estabeleceu o valor nominal da ORTN, fixada por.

deli-「セイ。￧ ̄ッ@ das autoridades monetárias, foi alterada três vezes.

SZUSTER(12) essas alterações, em especial a Gltima delas, geraram,

efeito contábil, a defasagem de um mês no lndice do cálculo da

Segundo

para

correção

monetária, pois se um exerclcio social encerrado em 31 de dezembro e

cor-rigido com base na ORTN desse mês, esta reflete o IGP {ou o IPCA) de

no-vembro; portanto, na apuração do resultado de dezembro não e reconhecida a

variação media dos preços ocorrida nesse mes .

Tanto assim que OLIVEIRA ROXO enfatiza: "A .ówe de valoJte.6

no-. .

minw da ORTN não JtepJtuen.-ta, nem .óe pJteXende que JtepJtuen.-te, indJ..eadPJt

vá-lido paJta .6 e a6eJtiJt a evoluçã.o do

ーjエッ」NセsNV@

o in6laúoná.Jtio." ( 13)

(10) Com o Plano de Estabilização econômica, instituido pelo Decreto-Lei

2.283/ 86 , a ORTN foi substituida pela OTN. .

(11) IUDTcI BUS, Sergio de. eX a.tii. CQn.-tabitidade In.-tenmediá.Jtia. Atlas,

SP, 1981, p.255.

(12) SZUSTER, Natan. "Análise contábil decorren te da diferença entre os

i ndi cadores de i nfl ação no Brasil". Temã.Uc.a CQn.-tábil e Ba.tanço.ó

-Bole;fJ.fIl I OB , 36/85, p. 441. .

(13) OLIVEIRA ROXO. Alfredo A. de. A corre cão monetária de demonstrativos

contábeis na 1egis lação vigente. . . r-''''' r ・ カセセ。@ de a、ュゥyャゥNVセ￧ ̄Nッ@ de

EmpJte-. "1"\ "., . ,.,,,-,,, rn

(19)

E conclui:

"Se. a cOMe.ção mOI1e.táJúa de. va1.01te,6 110.6 de.mol1.6.tJc.aUV0.6 con;tâ.VeM

v,wa - como aelte.cü:tam0.6 que. de.va v,w-aIt - tíaze.lt que. e,6;te,6

;tJta-duzam, com a mcúolt tí-<"de.Li.dade. pltaticâ.ve.l, a vaJt-<..ação Ite.a.t do.6

va-lolte,6 e.I1V olv-<"d0.6, a e,6 colha de.ve.lt-<..a Ite.ca-<..Jt, e.m plÚl1c.1p-<..O, l1a.6

e.-JÚe. otí-<..úalme.n;te. lte.coYl.he.úda c.omo -<"Yl.d-<..cadolta da e.volução do

plto-c.e,6.6 o -<"l1ólaúoYl.áJúo: a.6 é.fÚe. d0.6 f Yl.d-<..Ce,6 gVl.a-W de. plte.ço, Yl.O

COl1cúto de. vセーッャᅳ「M\NNャゥ、。、 ・N@ -<"Yl.te.ltYl.a, ou .6e.ja, a .6é.fÚe. de. ZYl.d-<..Ce,6

da FUYl.daçã.o Ge.tLi.L<.o VMga.6." (14)

Segundo a literatura contãbil existente, o lndice para o

ajusta-mento dos eleajusta-mentos patrimoniais deve ser representativo das mudanças no

nlvel geral de preços dos bens e serviços disponlveis no sistema econômico

como, por exemplo, o Tndice Geral de Preços - IGP.

Alem de determi nar o ajustamento dos elementos patrimoni ai s- por

-

-lndice que pode ser considerado inadequado, a lei tambem se apresenta, de

certa forma, falha quanto

ã

II simplificaçãoll do procedimento da correçao

monetãria desses elementos, que resulta em distorções da realidade das de-monstrações contãbeis, tornando-as menos preditivas como instrumento para

a tomada de decisões.

Pelo fato da referida lei contemplar basicamente os elementos do

Ativo Permanente e do Patrimônio Llquido, em decorrência da mencionada

II simplicaçãoll , -a informação do tipo IIResultado de Correção Monetãriall

e

um

elemento que não reflete adequadamente a real situação econômica da empre-sa, porque, dentre outros fatores, na Demonstração de Resultado esse ele-mento estã registrado após as receitas e despesas não operacionais, sendo,

em 」ッョウ・アセ↑ョ」ゥ。L@ considerado tambem não operacional. Entretanto, o efeito

inflacionãrio (ou variação do poder aquisitivo da moeda) gera, nos

elemen-(14) - - A' Tllr-T,.,. ,.,,,,,,, UI...J.VI:.J.I\M I\U/\U,.. エNGiイNi M Mイ セ [ZZGオNj オM'- M. • Nj セ@

(20)

tos patrimoniais, ganhos ou perdas, pela manutenção dos itens monetários, que são elementos de natureza operacional, como foi demonstrado na segunda

etapa desta pesquisa.

Ainda SZUSTER, em sua tese de doutoramento, destaca:

" o método de. apWLaç.ão do fuMO adotado peta Lei 6.404 e.

.te.-ァセNエ。￧N ̄ッ@ 」ッューNエ・ュ・NセL@ quanto ao セ・N」ッセィ・N」ゥュ・Nョエッ@ da va.kiaç.ão do

podeJt 。Nアセゥャゥカッ@ da moe.da, ape6M de. pOMu.út méJrdo.6 ゥNNセヲオ」オNエャᆳ

vw em セ・NNエ。N￧N ̄ッ@ ao a..6pe.c:to da pセ。Nャゥ」。「セ、。、・NL@ セ ̄ッ@ .6e. ュッNVセ@

。ーセッーヲᅳ。、ッL@ em teJlmO.6 de. 60Me.c.úne.nto de. um ーm¬ュセッ@ paM uma

de.w ão a セ・V@ peito do fuMO a .6 eJt fu:tJúbu2do, de.

6

oJlma

6unda-me.ntada."(15)

1.2 --

QUESTOES DA PESQUISA

Admitindo-se que os lucros apurados pelas instituições bancarias,

principalmente no segundo semestre de cada ano, não refletem a real situa-ção da organizasitua-ção e que os resultados da corresitua-ção monetária aplicada pelo

metodo vigente não correspondema real perda do poder aquisitivo da moeda, este estudo se propos responder, basicamente, às seguintes questões:

a) são os resultados semestrais adequadamente mensurados, em

ra-zao da não correção monetaria do lucro intermediario?

b) sao os valores base de calculo das participações estatutarias

e dividendos adequados para a distribuição do resultado do se-gundo semestre?

(15) SZUSTER, Natan. AvtciWe. do -tUMO pa..6.6Zve..t de. fu.tJU.bui..ç.ão: uma

abor-dagem reconhecendo a manutenção do capital da empresa. FEA-USP, SP,

(21)

A apuraçao do resultado intermediârio corresponde ao encerra-mento de uma etapa do exercicio social, procedida de acordo com as

exigên-cias legais, amparada, inclusive pela observância de instrução especifica

sobre a IIbase de câlculo de participações, dividendos e reservasll(16).

Con-tudo, como jâ foi assinalado, o resultado liquido (lucro ou prejulzo)

apu-rado nessa etapa, e que e parte integrante do Patrimônio Liquido do

segun-do N セ・ュ・ウエイ・L@ não pode ser corrigido monetariamente no balanço de

dezem-bro( 17) .

o

BACEN, ao estabelecer esse procedimento , estâ apenas levando

em consideração a anualidade do perlodo de encerramento da atividade

exerc1cio social - sem, contudo, 」ッョウゥ、・イ。ャセ@ o fato real de que, ao e.xigir

o levantamento do balanço i ntermedi âri o, obri ga, na prãti ca., o

encerramen-to de encerramen-todas as contas de Receitas e Despesas, apurando-se o Resultado Li.-qUido(18) e, inclusive admitindo a distribuição de dividendos. Com isso se inicia, no segundo semestre, uma outra etapa das atividades das institui-ções bancârias e, em conseqüência, o resultado apurado ao final do

exerc;'-cio (referente ao segundo semestre ) por não conter a c6rreção monetãria do

primeiro semestre, tem sido lIaparentemente maiorll do que aquele apur:ado no

primeiro perlodo do exerclcio . Esse fato tem gerado as seguintes

conse-11- •

quenclas:

a) muitos bancos têm divulgado resultados semestrais N サセ・ァオョ、ッ@

. Semestre) i rreai s, em termos de aval i ação de desempenho . ;de . . .

seus administradores;

(16) Ver COBAN, item (1-18-4.2).

(17) Segundo determinação do COBAN, item (1-18-2.3-d).

(22)

b) em conseqüência, a base para o cãlculo das participações

es-tatutárias e dividendos tem sido inadequada, no segundo

se-. mestrese-.

1.3

OBJETIVOS BASICOS DO ESTUDO

Dentre as funções da Contabilidade, destaca-se a manutenção de

セ・ァゥウエイッウ@ que permitam a apuraçao do resultado (lucro/prejuízo) da

ativi-dade empresarial.

De um modo geral, o lucro e o objetivo . primeiro da grande

maio-ria das organizações, e o metodo apropmaio-riado para a sua apuraçao tem ウゥセッ@

objeto de estudos e anãlises que instruem o processo de decisão ・ューイ・ウセᆳ

rial quanto ã sua destinação. Isso porque, num sistema econômico agravado

pelas flutuações de preços, a tecnica de apuração do resultado se reveste de aspectos polêmicos, face a considerãvel complexidade que a envolve.

Como já foi mencionado, nas instituições bancárias 。 N 。ーオセセ￧ ̄ッ@ do

resultado se processa em obediência a uma legislação especific·a· ..

determi-nando que não se proceda a correção monetãri a do lucro i ntermedi'ari O ·

re-sultante do balanço levantado no meio do exerclcio. Neste estudo : .. preten- ·

deu-se demonstrar como esse procedimento inf.lui na distribuição dos ·r.esul-tados - participações estatutárias edi'vi dendos . .

De um modo geral, as instituições bancárias têm apresentado

ex-pressivos lucros em suas demonstrações contãbeis. No transcurso do

desen-volvimento deste trabalho, tambem procedeu-se ã avaliação do grau de

(23)

comparaçao com o resultado obti do pelo metodo da Correção Integral, com

base na variação do Indice Geral de Preços (IGP), no periodo de 1983 a

1985.

1.4 --

O ESTUDO E SUA IMPORTANCIA

A Lei das Sociedades por Ações, nao obstante a importante con

-tribuição que trouxe

ã

Contabilidade, carece de aprimoramentos, para

ajus-tar-se ao crescente avanço tecnolõgico do mundo contemporâneo, visando do-tar a administração empresarial de dados e informações voltados para a rea-lidade econômica das organizações.

Por isso, este セウエオ、ッ@ ganha importância, na medida em セオ・@

anali-sa determinados aspect os da legislação vigente, buscando formas alternati-vas de apri moramento, procurando, ao mesmo tempo, ampliar o campo da

pes-quisa na área contábil, em especial no âmbito bancário.

Como se trata de um estudo de caso, suas conclusões poderão ser

utilizadas na empres a focalizada, se não em termos legais, pelo menos no

âmbito gerencial, cqmo instrumento para a administração, visando .o pr

oces-so de tomad a de decisões. Assim, importantes deliberações oces-sobre imobiliza-çoes, desmobilizações, tributação e distribuição de lucros, ainda que

to-madas com base nas demonstrações contábeis levantadas pelo metodo vigente, poderão ser objeto de controles contãbeis paralelos, de modo a permitir o acompanhament o getencial dos efeitos do processo inflacionário ,sobre o

pa-trimônio, sem o risco de deforma ções.

(24)

pc-derão servir de instrumento para outras instituições bancarias, no que

tan-ge ao seu tan-gerenciamento, resultando na ampliação do universo de

institui-ções que podem passar a se dotar de meios eficazes para tornar evidentes

as impropriedades da legislação vigente quanto aos efeitos da inflação so-bre o patrimônio das instituições.

1.5 ---

DELIMITACÃO DA PESQUISA

Embora a variação do poder aquisitivo da moeda atinja a economia

como um todo, . neste trabalho foram abordados apenas os aspectos contabeis dos efeitos do processo inflacionario nas empresas, em estudo particulari-zado, especialmente direcionado para as demonstrações contabeis das insti-tuições bancarias, no 'periodo compreendido entre 1983 e 1985.

No processo de apuraçao desias demonstrações, foram assinaladas

algumas impropriedades e omis's·pes da legislação vigente, especialmente

quanto ao ュセエッ、ッ@ de correção monetaria do balanço. Os objetos especificos

da primei ra fase do estudo foram os efeitos do cumprimento da di sposi ção

legal que veda a correção monetaria dos resultados intermediarios, no caso especial das instituições bancarias, ficando reservado para a segunda fase o estudo do ajustamento dos elementos patrimoniais pela variação do lndice

Geral de Preços, apurados pelo ュセエッ、ッ@ da Correção Integral.

1.6 ---

ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

(25)

o

Capltu10 I indicou o assunto objeto da pesquisa, com a carac-terização do problema que deu origem ao estudo. Tambem abordou os objeti-vos, a importância e as questões da pesquisa, assim como a delimitação de seu âmbito.

No Capltulo II constam os ヲオョ、。セ・ョエッウ@ teóricos que direcionam e

norteam este trabalho, apresentados atraves de uma revisão de literatura,

com a abordagem dos princi'pais metodos de reconhecimento dos efeitos da

variação do poder aquisitivo da moeda nas demonstrações contãbeis, suas

vantagens e desvantagens, bem como a sua aplicação prãtica nas institui

-ções bancãrias. Tambem focaliza a essência do metodo da correção monetãria contãbil brasileira.

No Capltulo iiiセ@ destinado ao estudo de caso, procura-se mostrar

a metodologia da pesquisa, com justificativas e razões de seu emprego. São apresentados os metodos adotados para a coleta de dados, o tratamento

atri-buldo aos dados obtidos na pesquisa de campo, como tambem as limitações deste estudo.

principais

No Capltulo IV sao apresentados os resultados obtidos com a

apli-caça0 da correçao monetãria dos balanços intermediãrios dos bancos, bem

como o estudo dos elementos de anãlise por eles fornecidos.

No Capltulo V se expoe o processo inflacionãrio e seu reflexo na

Contabilidade e a descrição dos resultados obtidos na segunda etapa da

pesquisa - a apli 'cação da Correção Integral

vos elementos de anãlise.

com o estudo do.s

respecti-No Capltulo VI: final mente: se apresenta um ウオュセイゥッ@ do

n:!d}iLdUU, COIII o::> COllclu ::;ões obt idas na pesquisa àesenvolviàa.

(26)

CAPíTULO I I

- '

-REVISAO DE LITERATURA E FUNDAMENTOS TEORICOS

, .... ,

(27)

11.1 --

FLUTUAÇÕES DE PREÇOS -- MÉTODOS DE RECONHECIMENTO

r

not5rio que a evolução do pensamento 」ッョエセ「ゥQ@ vem

proporcio-nando, não ウッュ・ョエ・セョッカッウ@ enfoques à utilização das informações contãbeis,

mas tambem,acompanhando a evolução do meio empresarial e do mundo dos

ne-g5cios. Estes, ao longo das G1timas decadas, tem .atribufdo ゥューッイエセョ」ゥ。@

ca-da ·vez mais acentuaca-da às demonstrações contãbeis, utilizando-as Gomo

su-p.orte para a tomada de deci sões, tanto em termos de p 1 anej amento como no

que concerne ao controle e avaliação de desempenho.

Com isso, a Contabilidade alcançou no mundo 」ッョエ・ューッイセョ・ッ@ um

pa-pel de destaque no contexto econômico, e ゥセー￵・Mウ・@ cada vez mais a

ajustar--se as necessidades e demandas das organizações que requerem sempre

infor-maçoes voltadas para a realidade atual do contexto econômico em que se in-serem.

Em razao do sistema econômico ter sido 。エゥョァゥセッ@ pelas constante's

vari ações do poder aqui sitivo da moeda,. ocorri das ' nas Gltimas decadas, o

reconhecimento de seus efeitos atraves das demonstrações contãbeis

tornou--se imperativo, surgindo, em 」ッョウ・アセ・ョ」ゥ。@ disso, metodos 」ッョエセ「・ゥウ@ セ。ー。コ・ウ@

de identificã-los, e que vem se aperfeiçoando no sentido do atendimento

dos objetivos da Contabilidade.

I1.1.1

-

PRINCIPIOS CONTABEIS.

E

VARIAÇÃO

DE

PREÇOS

(28)

gItCU1.de-6 pilCVr.e-6 em que .6 e 6M úam :toda a :te.oJÚa e pltoc.e-6.6 0.6 C. ontãbeM ... (1 ).

Sua conceituação deu-se nos Estados Unidos, por セッャエ。@ de 1930 , atraves de

"W11 movhne.nto que. ' 06 j etivava ・MVZエ。「セ・N」N・Njエ@ lte.gltM de. c.ontabilidade que.

0Ilie.n.-:tM.6

em

0.6 piwc.e.cüme.nto.6 c.ontábe-Ló dM e.mplte.6M , no:tadame.nte. daque1.M ruj 0.6 Wu1.0.6 e.Jtam ne.g o uad0.6 na Bot6 a de. N e.w Y 01tR." ( 2) .

Esses

ーイゥョ」ゥセゥッウHSIL@

entretanto, em sua maioria, tiveram otigem

em epocas passadas, quando os ウゥウエセュ。ウ@ econômicos eram consideravelmente

menos complexos em comparação com os. que vi goram nos tempos atuai s, mesmo

porque os niveis de preços eram praticamente ・ウエ ̄セ・ゥウN@

Contudo, alguns desses principios como? por exemplo, o do .Custo

Como Base de Valor(4) e o do Denominador Comum Monetãrio, jj estão

sofren-do mudanças na sua fundamentação filosófica, pelo menos no que concerne as normas contãbeis brasileiras.

No que se refere, por exemp 10, ao Pri nd pi o do Custo Cano Base de Va 1.9r,

o IPECAFI(5) admite alterar sua denomina ção para "Principio do Custo

(1) IUDICIBUS, Sergio de.

cッセ「オゥ￧ ̄ッ@

ã

:te.oJÚa do.6 aju..6:tamento.6

c.ontá-beM. FEA-USP, SP, 1966, p. 23.

(2) MOREIRA, Jose Nazareno. A innlação e. 0.6 lte.,6uUado.6 d0.6 banc.o.6 '-

me.l1-.6u.Jtação daiJ futoltçõe.,6 c.au..6adM pe1.M pJtWC.M c.ontábÚ.6 vige.nte.,6: um

(3)

(4)

(5)

estudo de caso. COPPEAD/U FRJ , 1984, p. 17 . ", :

Em sentido amplo, chamados de Principios Contãbeis Geralmente Aceitos,

abordados por IUDIcIBUS, Sergi o de . . Contltibuição

ã

:teoltia do.6

iLjiM:ta-me.ntQ.6 c.ontábÚ.6. FEA-USP, SP, 1966, pp. 25 a 40 . . '. Tambem identificados ' por Princlpios Fundaméntais de Contabilidade. Vi-de, a propósito, INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTADORES, Estrutura

Concei-tual Bãsica da Contabilidade, impresso ・セ@ offset, SP, 1986, pp. 17 e 18.

Tambem denominado Principio do Custo Histórico (Original) Como Base de

Valor. IUDICIBUS, Sergio de. Op. c.i:t., p'- 32.

Vide, a propósito, INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTADORES - Prindpios de Contabilidade Geralmente Aceitos. Estrutura conceitual bãsica da

(29)

Histórico Corrigido Como Base de Valor", conceituação esta, mais condizen-te com a realidade da evolução de nosso siscondizen-tema econômico.

Essa mudança favoreceu a sua adaptação

ã

Contabilidade a Nlvel

Geral de Preços, que se baseia nesse princlpio, como especifica o AICPA --American Institute of Certified Public Accountants:

"0 ptUJ'1.c1p..i..o do c.Uóto .6e.gundo o quctt M de.moYl..6.tJtaç.õe.A em dõla.Jte.A

Iú.6tõ/Úc.0.6 .6 ão e.Atab e.le.ÚdM, .6 e.ndo tam b

em

a b Me. dM de.m o

Yl..6.tJLa.-ç.Õe.A ao Mve.l 9 Vtctt de. pJte.ç.O.6. .. O vcttOJt pode. .6 Vt Jte.Atabe.le.údo,

mCÚ6 ainda Jte.pJte.A e.n.ta c.Uóto e. não um va.tOJt C.OMe.n.te." (6) .

Quanto ao Pri ncf pi o do Denoll1i nador Comum Monetãri o, sua função

bãsica recai sobre o aspecto da avaliação monetãria, destacada pelo

IPECAFI(7). são fundamentalmente importantes as medidas adotadas por este

Instituto, quando afi-rma:

" a moe.da C.OMe.n.te., no BJtMil, não pode. .6 Vt c.oYl..6..i..dVtada um

padJtão de. me.Yl..6uJtaç.ão a6..i..anç.ãve.l, a não .6 Vt no e.x.a.to mome.n.to de.

c.ada .tJLa.Yl..6aç.ão. . ..

e.

ne.c.e.A.6ÍÍJúo tVt um padJtão C.OYl..6tan.te. de.

me.l'1.-.6uJtaç.ão mone..tÍÍJúa" (8) .

A prãtica desse princlpio (no seu conceito atualizado) juntamen-te com o "Princfpiodo Custo Histórico Corrigido Como Base de Valor", pro-picia a obtenção dos custos incorridos no passado, ajustados em termos de

poder aquisitivo de certa data-base, presumivelmente próxima do momento

decisório (do balanço), possibilitando a obtenção de todos os dados

coe-(6) AICPA - Accounting Current Text. Professional Standards, v.3, New York, 1979, p. 7.492.

(7)

( 8)

Vide, a própósito , O Princlp;o do Denominador Comum Monetãrio,

TUTO BRASILEIRO DE CONTADORES, op.

cLt.,

pp.30-2.

INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTADORES) op.

cLt.,

p. 31.

(30)

rentemente expressos no mesmo padrão do poder aquisitivo da moeda.

11.2 --

O PROBLEMA DA VARIAÇAO DE PREÇO

A variação de preço e um fator que estã diretamente ligado a

economia, e tambem ã Contabilidade, que deve refletir seus efeitos nas

de-monstrações contãbeis, constituindo-se num dos aspectos mais nos u1timos tempos pela classe contãbi1 do mundo inteiro.

discutidos

Segundo BRUNI(9), as variações de preços, ou IIflutuaçõesll

, sao

provocadas por causas estruturais e monetãrias . Estas -- principalmente as causas monetãrias -- ao provocarem elevações nos preços, dão curso ao

fe-nômeno conheci do como i nfl ação.

MARTINS(10), estudando o fator variações de preços, demonstra

que nao e necessariamente essa variação que indica a existência ou nao da

inflação. Afirma o referido autor que esta existe quando, na media, o po-der geral de compra da moeda cai, mesmo quando alguns preços diminuam.

' .

. I

uoI

CI BUS ( 11) defi ne poder de compra como sendo "a habili.dade. de.

adqlLÚU..JL be.M セ@ ,6 Vtv..tça,6 c.am c.Vtta qu.a.n;ti.dade. de. cünhwo, c.ampaJtada c.am

qu.anta padeJÚa. tex ,6..tda adqlÚJÚda, c.am a mUma qu.a.n;ti.dade. de. cünhwo, em

.',

(9) BRUNI, Antônio Agenor. E6e.ito da ..tn6lação na.-6 demaYL6thaçõu

6..tna.nc.e...i..-lUt6 - uma c.ontJúbu...i..ção ao utu.da da c.oMe.ção mone.tãJúa. EAESP /FGV ,

Rio de Janeiro, 1983, p: 09.

(10) MARTINS, Eliseu. "Contabilidade e Inflação - como entender um pouco '

maisll

Teméitic.a CovLt.ãbil e. Bala.nço,6 - Boie.t..i..m IOB, 22/84, p. 251.

(31)

o

poder aquisitivo da moeda, dentro do contexto contãbil, セ@ 。「ッセ@

dado sob dois aspectos: geral e especffico.

HENDRIKSEN(12) define o poder geral de compra como a habilidade

de adquirir todo tipo de bens e serviços disponiveis na economia e

mensu-. .

rãveis pelas mudanças no nivel geral de preços; enquanto que o poder

espe-cifico de compra セ@ referido como a habilidade de adquirir determinados

bens e serviços especificos em セーッ」。ウ@ diferentes, podendo ser mensurado

pelas variações de preços especificas.

As diferenças entre o poder geral e o poder especifico de compra existem quando os preços variam a taxas diferentes, dando origem a diver-sos tipos de indices que expressem essas flutuações como, por exemplo:

In-dice Geral de Preços, InIn-dice de Preços nas Principais Capitais, InIn-dice de

Preços por Ramo de Atividade, Indice de Preços ao Consumidor e

mai s (13) .

outros

Segundo HORNGREN,

"Um ZYl.cüee.. geJtal de.. pJte..ç.0-6 eompaJta. o pJte..ç.o mêcüo de.. ·um gJtu.po de.. pJtod.uX.O.6 e.. .6e..JtvJ..ç.0-6 Yl.uma. data. eom o pJte..ç.o mêcüo do me...6mo . gJtu.po . e..m outJta. data.. Um ZYl.cüee.. de.. plte..ç.o ê uma. mêcüa: Yl.ão me..de.. o

eom-RoJttame..nto de.. eada eompone..nte.. de.. plte..ç.o ... Não.6e.. de..ve.. ·eonfiuYl.dJ..Jt ZYl.cüc.e...6 9 e..Jtcú.6, que.. .6 ão U.6 ado.6 Yl.a ・ッョエ。「セ、。N、・NN@ pOJt vcttOIt.e...6

eoYL6-:tante...6, eom ZYl.cüee...6 e...6 pe.u6J..e0-6, poJ...6 0.6 doJ...6 :têm fiJ..Y1:ilidade...6 J..nte..0ame..nte.. cü6 e..Jte..nte...6 • " ( 14 )

Os indices especificos エセュ@ a vantagem de oferecer uma maior 。ーイセ@

(12) HENDRI KSEN , Eldon S. Aeeoun.:tJ..Yl.g The..oJty". Irwin, 1982, p. 208.

(13)

( 14)

Para apuração e divulgação desses indices existem entidades especia-lizadas ; dentre elas destacam-se a Fundação GetGlio Vargas (FGV) e o Insti tuto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE).

(32)

-クゥュ。￧セッ@ dos custos passados dos bens e serviços aos custos atuais. Sua

オエゥャゥコ。￧セッ@ e limitada praticamente

ã

Contabilidade a Custo Corrente e a

Custo Corrente Corrigido, enquanto que o Indice Geral de Preços tem sido

amplamente utilizado na Contabilidade a Nlvel Geral de Preços.

11.3 --

METODOS CONTABEIS DE RECONHECIMENTO DOS EFEITOS DA

VA-RIAÇAO DE PREÇO

Como meio de reconhecimento dos efeitos provocados pela ゥョヲャ。￧セッ@

nas demonstrações contãbeis, surge o processo conhecido como Bゥョ、・ク。￧セッBL@

adotado pela maioria dos palses ao terem suas economias atingidas por for-tes lndices inflacionãrios, como e o caso, em especial, da Argentina,

Chi-le e Brasil.

Dentre os metodos contãbeis que reconhecem os efeitos da

varia-çao do poder aquisitivo da moeda se destacam:

A Contabilidade a Nlvel Geral de Preços

Accounting) ;

O Custo Corrente (Current Cost);

(Price

O Custo Corrente Corrigido (Current Cost Accounting)·.

Estes metodos propiciam a mensuraçao das flutuações de

Level

preços nos elementos patrimoniais, dentro de uma filosofia mais realista e

inova-dora no campo contãbil .

O objetivo bãsico da utilização desses met o dos セ@ o de apresentar .

(33)

apu-ração do resultado das at ividades, em uma economia onde exista variações

no poder aquisitivo da moeda.

11.3.1

CONTABILIDADE A NIVEL GERAL DE PREÇOS

-A Contabilidade a Nlvel Geral de

ーイ・￧ッウセャセI@

セ@

uma das エセ」ョゥ@ cas

de ' reconhecimento dos efeitos da variação do poder aquisitivo da moeda nas

、・ ュ ッョウエイ。￧セ・ウ@ contâbeis.

Embora não seja das エセ」ョゥ」。ウ@ a mais completa, este ュセエッ、ッL@ ao

utilizar o Indice Geral de Preços (IGP) no processo de ajustamento dos

elementos patrimoniais, proporciona, na opinião

セ・@

SZUSTER(16),

ュ・ゥッセ、・@

エセ。ョウヲッイ ュ。イ@ as 、・ュッョウエイ 。 ￧セ・ウ@ contâbeis preparadas com base na

Contabilida-de do Custo Histórico, em outras onContabilida-de os valores são corrigidos, a fim Contabilida-de refletir a alteração ocorrida no poder aquisitivo da moeda ..

Com o sistema econômico atingido nos ultimos ' tempos ,por crescen-tes lndices inflacionârios, muitos palses passaram a adotàr o ajustamento

de suas 、・ ュ ッョウエイ。￧セ・ ウ@ contâbeis de acordo com a Contabilidade ,a',Nfvel

Ge-ra 1 de Preços, tendo em vi s ta a neces s i dade de produzi r i nf ormações que

re-fl itam os efeitos da vari ação do poder aqui s iti vo da moeda. d・ョエイセ LLᄋ@ es ses

palses, destacam-se o Chile, em 1954, a França, em 1946 e 1959 e a -ltã·lia,

em 1949 e 1952, citados por LISDERO

&

OUTEIRAL(lJ) como naçoes

ーイ・」オイウッイセウ@

(15)

t。ュ「セュ@

identificada por Custo Histórico Çorrigido ou Correção Integral.

( 16) S ZUSTER, Nata n. ,Méto d0-6 c.ontáb w de 1Le.c.oYlhe.C"Únen:t.o da vaJÚaç.ã.o do

pode.tc. aqUÁ.-6.{;ttvo da moeda: uma aplicação prât ica. FEA-USP, SP, 1980,

p. 6.

(17) LISDERO, Arturo E. & OUTEIRAL, Luiz E. Co ntab-<L<.dad e

fi 。ェセZエN・N@ セョエ・ァjエ。ゥ Z@ Los reval uos leg ales, con tables e

Edici úne s t,1acchi , 8üe nos a ゥイ セ ・ウ L@ 1973, pp. 08-1 4 .

(34)

da adoção do ajustamento a Nivel Geral de Preços em suas legislações.

No Brasil, o método tem encontrado divulgação no meio contabil e

empresarial(18), surgindo em 1982 a primeira aplicação pratica, pela

TELEPAR -- Telecomunicações do Paraná (utilização interna); em 1984, a

VASP -- Viação Aerea são Paulo S/A, e em 1985, a CVRD -- Companhia Vale do Rio Doce, ambas com a publicação de demonstrações complementares,

desper-tando grande interesse no meio empresarial e discussões em torno do

assun-to.

11.3.1.1

INDICE PADRAO DE AJUSTAMENTO

-Por esse metodo, a variação do poder aquisitivo da moeda e

men-surada pelas alterações oçor ridas no Nivel Geral de Preços dos bens e

ser-viços disponiveis no sistema econômico, "dv., c.CULta.ndo, c.ontudo a

pO.6.6i...b-<Li..-dade. de. u:t<Li.zação de. Znd.<..c.v,·' v., pe.c16i...c.0.6" (LISDERO & OUTEI RAL, 1973) (19) ,

mesmo considerando que a inflação ーイッ、オコセ@ reflexos, nas diferentes

organi-zaçoes, em niveis variados, de acordo com a região em que se localizam, o

tipo de atividade desenvolvida e a sua propria estrutura patrimonial.

Segundo LISDERO

&

OUTEIRAL, o indice para ajustamento deve

apre-sentar quatro caracteristicas fundamentais:

"a. Que..6 e. plte.pcvr.e. e. d.<..vuigue. c.om 1c.a.pÁ...de.z, ou .6 e.j a, que..6 e.

dÁ....6-(18) Os balanços

、・ョエャ

セ ッ@

de um novo modelo. Re.v,w;(:a Ex.ame., n9 346, pp. 32

a 34.

(35)

eonh.a. dele POUc.o .:tempo depo,ú., do peJr1odo a que .6e /teóeJz.e o -tncUc.e.

b. Que .6eja ac.u.6Ivel, ou .6eja, de ac.u.6O geneJz.a1.-i.zado e não

!te-.6 eJz.vado a c.eJz..:tO!te-.6 mÚo!te-.6 ou ao ex.eJtuuo de de.:tvun.-i.na.da 6unç.ão.

c.. Que .6eja /teguiaJt, ou .6eja, que .6ua public.aç.ão .6eja a

-i.1U:eJz.-vai..0.6 abM.e.u..:tamelU:e /teguia/tu de .:tempo.

d. Que .6ua elabo/taç.ão .6eja 6/teqlielU:e, ou .6eja, que 0.6 · ー・イセッ、ッNV@

que ab/tan j a .6 e j am c.uJlX.0.6, não .6 upeJt.i..o/tu ao m êl" pa/ta

pvun-i.-:tiA que a.6 emp/tua.6 pOMam pltepa/ta./t demon.6.:tJtaç.õu men.6W

a j uM:ada.6 . " ( 20)

A aplicação desse indice de ajustamento requer que se

classifi-que os elementos patrimoniais em itens monetarios e não-monetários, para a

determinação dos ganhos ou perdas resultantes da inflação.

I1.3.1.2

ITENS MONETARIOS E NAO-MONETARIOS

-

-Na Contabilidade a Nivel Geral de Preços, a classificação dos

elementos patrimoniais em itens monetários e não-monetarios

e

fundamental

セ@.'

para o direcionamento do ajuste que apura os ganhos e perdas na manutenção dos elementos expostos â inflação.

Os itens monetarios estão classificados em Ativos e Passivos

Mo-netarios, e IUOrCrBUS assim os definem:

( 20) ( 21 )

" a;ti, v 0.6 mo VI. e.:tM;.0.6, .6 ão c.o 1U:a.6 c.u j 0.6 vai.. o/tu e.6.:tão ex. P'tU.6 0.6

em uma quan.:t.i..dade Mx.a de un.i..dadu mone.:téiJúa.ó que /tepJtu elU:am

podeJt actu.,ú.,.L:ti..vo ge.JULe. .•. Po/t ou..:tJto lado, pa.6.6ivo.6 mo n e.:táJU. 0.6

/te6eJtem-.6 e a obJvi.gaç.õu de paga/t mOlU:alU:U 6-i.x.0.6 de c.JtUzWO.6* em

ai..guma data óu..:tu./ta, .6em c.on.6ideJ1.a.Jt a.6 6luJ:.uaç.õu do podeJt

aqu.-i.-l:Jili..vo da mo eda. . " ( 21 )

LISOERO, Arturo E. & OUTEIRAL, Luiz E. Op.

w.,

IUoIcrBUS, Sergio de. TeoJvi.a da ColU:ab-<.Li.dade.

p. 235.

pp.48-9.

(36)

Esta definição se assemelha

ã

apresentada por HORNGREN(22): "wn liem monetãJu:.o

ê

um valoJt a Jte.c.e.beJL ou a pagCUt, que. peJunane.c.e. -i.nlLUeJLado

-i.nde.pe.nde.nte.me.nte. de. va!t-i.aç.õv., doI.> rU.VÚl.> v.,pe.c16-i.c.ol.> ou ,ge.1UU...ó de. pJte.ç.O.6'.

Assim, elementos como, por exemplo, caixa (disponibilidades),

di-reitos contratuais a receber (contas e títulos a receber), aplicações

fi-nanceiras, e outros, são itens monetãrios que, por estarem expressos em

determinado montante fixo de unidade monetãria, têm seu poder aquisitivo

modi fi cado

ã

medi da em que penlla neCem i nal terados, poi s estão expostos aos

efeitos inflacionários, gerando, em conseqüência, perdas com a sua

manu-tenção.

Ao contrário dos ativos monetários, os itens passivos, ao serem

mantidos na estrutura patrimonial da organização, geram ganhos com a

in-flação. Dentre outros, destacam-se como passivos monetãrios as contas e

tltulos a pagar, obrigações sociais e fiscais a recolher, empréstimos e

financiamentos bancãrios a um montante fixo em unidade monetãria (curto e

longo prazos).

Quanto aos elementos do Ativo ou do Passivo com clãusula de i

n-- ( n-- - ' ) ( 23) 1

-dexaçao pre e/ou pos-flxada MARTINS esc arece que esses sao itens

monetários, a despeito da existência ou não de sua atualização

ã

base da

ORTN, moeda estrang eira ou qualquer outra forma, porque, no caso, セクゥウエ・ュ@

duas situações simultâneas: a perda (ou ganho) pela exposição do ativo (ou passivo) monetãrio aos efeitos da inflação e a recuperaçao (total ou '

par-(22) HORNGREN, Charl es T. Op. c.-i.t ., p. 474.

(23) MARTI NS, Eliseu. Anâ.eMe. da c.oMe.ç.ão mone,tâJu:.a dai.> demoJ1l.>tJtaç.õv.,

6-i.-nanc.wM lmpU.c.aç.õe.-ó n.o t uc.Jto e. na alavanc.agem 6útan.c.UJta. Atlas,

(37)

cial) representada pela correçao e/ou juros a que estejam sujeitos

itens.

esses

Enquanto os itens monetários são valores fixos -- nao se alteram

com a inflação -- os não-monetários ".óã.D Jte.pJte6eJ1tado.6 pOJt be.YL6 e. cLútWO.6

セ@ •• L.. セN@ - . " ( 24) 1 -. - - . 1

que. tem NVオオNVエ。ョセ。@ ーjエッーセ。@ , cujo va or economlCO nao e nomlna ou

pri-estabe1ecido (fi xo), mas sim regulado pelo mercado.

Dessa forma, os elementos não-monetários como, por exemplo:

es-toques, terrenos, maquinários e outros mais, não geram ganhos ou perdas

inflacionárias e seu valor original deve ser ajustado sistematicamente

pe-lo índice inflacionário, para que fiquem イセーイ・ウ・dエ。、ッウ@ em termos de poder

aquisitivo da moeda da data do balanço.

Tambem as receitas e despesas efetivadas devem ser ajustadas,

pelo mesmo lndice, desde a data de sua formação ate a do encerramento do

exerclcio.

I1.3.1.3

-

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Em termos de vantagens do método, destaca-se a sua ーイ。セゥ」。「ゥQェM

dade, aliada ao fato de que não altera a essencia básica dos pri nct pi os

fundamentais da Contabilidade. Ao contrário, aprimora tanto o Princlpio do Denominador Comum Monetário quanto o do Custo Como Base de Valor, uma vez

que reconhece a vari abilidade do padrão monetário, em termos de poder de

(24) IUDrCIBUS, Sergio de.

e.t

aLü. . (brr;tabili.dade. -i.n.:tJtodutãlÚa.

<:P lQQl n ??Ll

_I' ... _., ,.,. __ ' e

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