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A ALO CAçA0 DE CUSTOS INDIRETOS NA INo'OSTRIA
DE CALÇADOS DA REGIÃO DO VALE DOS SINOS (RS)
- Estudos de
Casos-CLAUDIONOR JOSE MORES
JULHO DE 1988
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iCLAUDIONOR
JOSt:
IDRESDISSERrAÇÃO SUEMETIDA AO CORPO OOCENI'E 00 INSTI'lU'ID SUPERIOR DE ES'I\J1Xl3 CC!:! TlllEIS - ISS:: - DA FUNDAÇÃO GE'IULIO VlúQ>S COM) PARI'E DOS セisiGャuI@
NOCES-sÃRIos
PARA A OB'IENÇÃO 00 GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS Cwr1\BEIS (M.Sc.).APROVADA POR:
Prof. Dr. Josir Sineore (Presidente/Orientador)
Prof. Dr. M:>acir San::ovschi
A Banca Examinadora, designada pela Determl
naçao n9 16/88, do Diretor do ISEC/FGV, para julgar a
disserta-ção intitulada: A Alocadisserta-ção de Custos Indiretos na Indústria de
Calçados na Região do Vale dos Sinos (R.S.) - Um Estudo de Casos
de autoria do aluno CLAUDIONOR JOSE MORES e composta pelos abaixo
assinados, após a apresentaçao publica da mesma pelo candidato e
de ter este respondio às argUiç;:;es que por seus membros foram fei
tas, concorda em que a referida dissertação merece ser .·aprovada
com louvor, sendo sugerida a sua publicação.
Rio de Janeiro, 31 de agosto de 1988
(
Prof. Dr Josir Simeone Gomes (p esidente/Orientador)
pイッヲNセセイN@ Moacir Sancovschi
r
Prof. Dr. Americo Matheus Florentino
1. Merece ser Aprovada
2. Merece ser Aprovada com louvor
MORES, C1audionor José
A ALOCAÇÃO DE CUSTOS INDIRETOS NA INDOSTRIA DE CALÇADOS DA REGIÃO DO VALE DOS SINOS (RS) , (Rio de Janeiro 1988)
VIII, 331 pg., 29,7 cm (FGV/ISEC, M. Sc., Ciências Contábeis, 1988)
Dissertação - Fundação Getúlio Vargas ISEC - Mestrado em Ciências Contábeis
 meus pais, Arquile e Inês
 meus innaos, Walmor e Rejane
AGRADECIMENTOS
Ao concretizar mais uma etapa de meus objetivos
pro-fissionais e de vida, não poderia deixar de manifestar a minha gratidão para com aqueles que incondicionalmente contribuíram
para a realização deste trabalho e todo projeto do mestrado.
Aos meus pais que nunca mediram esforços para a
mi-nha educação, apoiando-me em todas as decisões de mimi-nha vida.
A minha esposa Schirlei, pela compreensao, ゥョ」・ョエゥカセ@
confiança e companheirismo em todos os momentos.
Ao meu sogro Osvaldo e sogra Gentila Michelin pelo
apoio e confiança.
Ao grande amigo, orientador e professor Josir
Simeo-ne Gomes, pelo apoio, incentivo, compreensão e confiança
rece-bidos em todos os momentos e pelo seu idealismo de educador,
que o identifica no Mestrado.
Aos amigos, companheiros do Mestrado, destacadamente,
LUIZ GONZAGA, LUCILA, LUIZ GUILHERME e MADEIRA, pela
convivên-cia, amizade, solidariedade e distintas lições de vida e fé que
recebi em todos os momentos.
Aos professores Moacir Sancovshi e Américo Matheus
Florentino, membors da Banca Examinadora, pelas valiosas contri
Aos demais professores do Mestrado, por suas
contri-buições à minha formação.
Aos funcionários do ISEC-FGV pela atenção e ーイ・ウエゥュセ@
sidade recebida durante todo o Curso.
Às Direções das Indústrias de Calçados pesquisadas
do Vale do Rio do Sinos (RS), pela oportunidade e apoio
rece-bido, sem o qual não teria sido possível este trabalho.
Aos professores Ernani ott e Walter Adolfo Wirch
(U-NISINOS-RS) pelo apoio recebido durante a coleta de dados.
À Direção da FAPES - Fundação Alto Uruguai para a
Pesquisa e o Ensino Superior (Erexim-RS), pela confiança e
apoio recebido.
A meu amigo, compadre Eloy Lazzari pela compreensao
e apoio recebido.
Aos professores Paulo Mescka e Honorino De Marchi ーセ@
la revisão do português.
A ウイエセ@ Sara Lucia Tonial pela datilografia deste
es-tudo, em todas as suas versões.
À todos aqueles que de uma forma ou outra
contribuí-ram para que eu conseguisse realizar os meus objetivos
etapa de minha formação.
RESUMO
Este trabalho objetivou investigar, através de um ・ウエセ@
do exploratório e descritivo, a relação existente entre os ーイッ」セ@
dimentos, técnicas e métodos adotados na alocação de custos indi
retos em cinco indústrias de calçados da região do Vale dos
Si-nos (RS) e aqueles apontados na literatura de custos.
Também, buscou-se obter depoimentos dos principais usuá
rios da informação de custos das empresas sobre a utilidade da
alocação de custos indiretos no processo de gerência.
Desta forma, procedeu-se a uma revisão de fundamentos
teóricos da Contabilidade de Custos, sob a ótica da Contabilida-de Gerencial, a partir do qual Contabilida-delineou-se um Plano Contabilida-de
Referên-cia que orientou as etapas da pesquisa.
A seguir, apresenta-se a metodologia utilizada,
justi-ficando-se as razões de seu emprego, assim como as limitações
inerentes a esse tipo de estudo exploratório.
Com base nos dados obtidos através de entrevistas,
me-diante a aplicação de um questionário e análise de documentos,
fez-se uma descrição dos mecanismos utilizados pelas empresas es
tudadas, na prática da alocação de custos indiretos, bem como re
latou-se os depoimentos dos gerentes ・ョエイ・カゥウエ。、ッセ@ sobre a
uti-lidade das alocações de custos indiretos, em relação
à
necessi-dade de informações gerenciais como: avaliação de estoques,
de-terminação de resultados, fixação de preços, controle e
Os resultados obtidos permitiram a análi·se
compara-tiva das práticas adotadas pelas empresas com o referencialtéÕ
rico previamente levantado. Também, oportunizou a que se
che-gasse a importantes conclusões, além de fornecerem subsídios
ABSTRACT
The objective of this research was to investigate
through an exploratory and descriptive study, the existing イセ@
lationship among the procedures, techniques and methods
adap-ted in the allocation of indirect costs in five industries of
footwear in Vale dos Sinos, a region located in the state of
Rio Grande do Sul, and those pointed out in the literature of
costs.
In addition this research sought to obtain the
testimonies of the main usuaries of cost information in the
enterprises abouth the utility of indirect cost allocation in
the process of management.
This way an examination of the theorical fundamen
tals of Cost Accounting was preceeded, under the view of the
Management Accounting, from which a Reference Plan was
deli-neated; This Reference Plan oriented the stages of the re-search.
Furthermore the methodology used was presented ェオセ@
tifying the reason for its employment, as well as the
inhe-rent limitations to エィセウ@ type of exploratory study.
Based on the obtained data through interviews, the
application of questionnaire forms and documentation analysis,
a description of the mechanisms used by the referred companies
in the allocation of indirect cost was done; moreover the
tes-timonies of the rnanagers interviewed about the utility of
in-direct cost allocation in relation to the necessity of
manage-ment information, such as: the evoluation of the stocks, the
and evoluation of performance, planning and decision making
were related.
The results obtained allowed the comparative ana-lysis of the practices adapted by the enterprises, having the
theorical reference been previously researched. Moreover
the-se results also leaded one to draw important conclusions, be
sides providing out subsidies to some recomendations and su
!,NDICE
pág.
CAPITULO I
INTRODUÇÃO
1. Importância do Es tudo •..••.•.•..••.••....•...•..••••
1
2. Objetivo do Estudo ... ,... 8
3. Delimitação do Estudo
. . .
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... .
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4. Organização do Estudo
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CAPITULO 11 - REVISÃO DA LITERATURA
1. Introdução
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-
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... .
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9
10
13
2. Objetivo e Finalidades da Contabilidade de Custos ••.
14
3. Aspectos·Básicos de um Sistema de Custos •.•...•••
17
3.1. Natureza do Custo •..••.••••....••..•..••....••.
17
3.2. Classificação do Custo ••••.•••.•••...••.••••.••
20
3.3. Elemento do Custo .•..•••..•.•...•.•...••..•
21
4. Alocação dos Custos Indiretos de Fabricação
Nセ@...•...
22
4.1. Sistemas de Contabilidade de Custos ....•....•.•
32
4.1.1. Sistema de Custo Hist6rico •.•...••....
32
4.1.2. Sistema de Custo Padrão •.•.•.••...•.•
34
4.1.3. Sistema de Custo Estimado .••••....•..•..
35
4.2. Métodos de Acumulação de Custos .•....••.•...••.
39
4.2.1. Ordem de Produção ou Serviço ..•...•••.•.
40
4.2.2. Por Processo ••••••.••.•...•.•.•
41
4.3. Métodos de Custeio ... 44
4.3.1. Absorção (ou Convencionall ..•..•..•...
464.3.2. Variável (ou Diretol •..•.•••••...••••.•.
54
5. Alocaça:o de Custos Indiretos e as Finalidades
i
t. x5.1. Avaliação de Estoques e Dete:t'mínação do
Resulta-do ... til . . . .
5.2. pャ。ョ・ェセュ・ョエッ@
e Tomada de Decisão •••••••••.•••.•
5.3.
Frxaçao
de Preços ... セ@ ... .5.4. Controle e Avaliação do Desempenho .•••••••••••.
Resumo ••••••••••••••••••.•••.•.•.•••••••••..••••.••••••
CAPtTULO III.... PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
1. iョエイ、オセッ@
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.
2. Estratégia
da Pesqu,:tsa . til . . . til • • • • • • • • • • • • • • • •3. 'Plano de Referênci,a . til . . . : . . . . 3.1.
Definição de Termos ...•.•.•...•..••...•.•.••..•
4. Definíçao das Perguntas
. .
セ@.
.
. .
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. .
. .
..
. .
. .
.
.
. . . .
.
. . .
5. Variáveis da Pesquisa e Definições Operacionais
Nセ@•••
5.1. Variáveis da Pesquisa ..•...•....•..•...•..••.
5 2 D
•• e 1n1çoes perac1ona1s ...••.•.••.••••••.••••••
f · . -O
セN@5.2.1.
Variáveis Descritivas
.
. .
.
. .
.
. . .
.
. . .
5.2.2.
Variáveis Componentes da Estrutura do Sis
tema de Contabilidade de Custos ..••.••..
5.2.3.
Variáveis do Comportamento Organizacional
em Relação à Alocação de Custos ...•.••.•
CAPITULO IV'" RESULTADOS OBTIDOS
-1. Introduçao ... , ... .
2. Caractertsticas Gerais da Região do Vale do Sinos(RS}
l?âg. 74 76 79 84 88 ·89 89 91 94 97 98 98
セッ@
100 104 106
117
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2.1.
Antecedentes Ristôricos e a Indústria de
c。ャ。セ@dos no ,vale do Sinos (RS
1 ...
1182.2.
Caracter!sticas da População Regional...
1282.3. Consideraçoes Atuais sobre a "Indústria
c。ャ。、ゥセ@ta do Vale ... · Mercado
.
.
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2.5. Mapa Regional ... .
3. Caracter!sticas Gerats das Empresas Estudadas ••••••
3. 1. Hi.s·tóri.co 'I • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
3.2. Processo de Fabri:cação
.
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.
.
. . .
.
. . .
.
. .
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.
.
.
4. Caractertstícas Indivi:duais das Empresas Estudadas
128 135 136 137 137 139
(Empresas: A - B - C - D - E - ) ••••••.•.•••••
o...
1404.1 •.
Caracterlsticas Gerais ••••••••••••.•••••••••••
4.2.
Caracteristicas dos Componentes da Estrutura do
Sistema de Contabilidade de Custos e das
Prãti-cas de Alocaçaodos Custos Indiretos
. .
.
.
. .
. . . .
4.2.1.
Sistema de Informação Contábil ••..•••••
4.2.2.
Sistema de Contabilidade de Custos •••••
4.2.3. Métodos de Acumulação •.••••••••••••••••
4.2.4.
Método de Custeio •••••••.••••••.•.•••••
4.2.5. Método de Distribulção e Redistribuição
de Custos (Procedimentos, Bases e
Crité-rios 1 ... • •
140 142 142 143 145 146 147
4.2.6 ..
Relatõri:os Gerenciais •••••••••••.••••••
1504.3. cara,cte·rtst.tcas do Comporta,ment0 Organizac:tonal
em relação as Alocaçoes de Custos Indiretos
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pág.
4.3,1.
aカセャAZ。N ̄[ッ@de Est0'luea e
d・エ・イュゥョセ ̄ッ@do
Resultado ... ,... 151
4.3.2. Base para F:.txaçao de Preços •••••••••••
151
4.3.3. Tomada de Dectsao CRottneira e Espe
セ@ciai.s· ) •.••.•...•.•••• ti • • • • • • • • • • • • • 152
4.3.4. Avaliaçao do Desempenho •••••••••••••••
153
CAPíTULO V -
ANALISE DOS RESULTADOS
1. In troduc;ao ...•...•...•...•.. 2 O 2
1.1. Análise dos Componentes da Estrutura do
Siste-ma de Contabi.lidade de Custos e dos Procedimen
tos de Alocação de Custos •••.•••••••••••.••••
203
1.1.1. Sistema de Informação Contábil
...
1.1.2. Sistema de Contabilidade de Custos
....
1.1.3. Métodos de Acumulação
. . .
.
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. . .
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.
1.1.4. Métodos de Custeio
.
.
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. . . .
1.1.5. Métodos de Distribuição/Redistribuição
203
204
208
213
(Procedimentos, Bases' e Critérios) ••••
2201.1.6. Relatórios Gerenciais
.
.
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. .
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.
2. Análise do Comportamento Organizacional em relação
a Alocação de Custos Indiretos e as finalidades
Ge-231
renciais .... '... 231
2.1. Avaliação de Estoques e Determinação do
. 2. 3.
Tomada de Decisão (Rotineiras e.Especiais
1 •••••
2.4.
Avaliação do Desempenho ••••••••••.••••••••••••
CAPtTULO VI - SUMARIO, CONCLUSÕES,
RECOMENDA-ÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS
FUTURAS
1. Sumario .... 4!: . . . セ@ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • , • • • • • • • • •
2. Conclusoes ... , ..
セ@.
セ@...
111; • • • 41 • • • • • • • • , • • • • • • • • • • • •3.
Questionamentos Sugeridos , •.••••••••••••••••••••••••
4. Sugestões para Pesquisas Futuras •••.•••••••••••••••
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
, • , • • , • • _ t .. • , • • • • • • • • • .. ., • • • • • • • • • • • • • • • • • •ANEXOS
ANEXO I
セ@ qオ・ウエゥセョ¬イゥッ@..
.
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.
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. . . .
ANEXO lI .... Correspondência para as Empresas •••.••••••.
anセo@ ITr ..
Mapas" de . Alocação de Cus tos •••••••••••••.•
pâg •
236
237
240
250
254
256
258
264
286
288
1. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
Inserida no contexto de mudanças sociais, políticas e
econômicas, que renovam constantemente nossa realidade e
expec-tativas futuras, a empresa vê-se obrigada a manter o constante
aperfeiçoamento e/ou desenvolvimento de novos sistemas de
apor-te frenapor-te
à
crescente necessidade de informações.O sistema global de informações gerenciais, oriundo
de dentro e de fora da estrutura organizacional, deve procurar
oferecer
à
administração, informações que auxiliem, entreou-tras: planejamento, controle, avaliação e tomada de decisões so
bre os recursos envolvidos no processo produtivo.
Neste sentido, um sistema contábil integrado ao
sis-tema global, mesmo reconhecendo que não é fonte única de
infor-mações, se traduz num meio formal dos mais importantes no
pro-cesso de obtenção de dados e comunicação de informações, tanto
para o acompanhamento da atividade, como para a avaliação de re
sultados finais.
Segundo HORNGREN, um sistema contábil eficaz deve for
"1) relatórios internos a 。、ュゥョゥウエイ。、ッイ・ウセ@ para uso no planejamento e controle da atividade de
ro-tina; 2) relatórios internos a administradores
para serem usados no planejamento ・ウエイ。エ←ァゥ」ッセ@
quer 、ゥコ・イセ@ na tomada de decisões especiais e na formulação de poltticas globais e de planos de longo prazo: 3) relatórios externos para 。」ゥッョゥウエ。ウセ@ para o governo e para outras
par-tes". (*)
Os meios de que os sistemas contábeis se servem para
cumprir estes fins, são vistos de maneira diferente pela
con-tabi1idade financeira e pela contabilidade gerencial. Esta tem
se interessado principalmente pela terceira finalidade e
tem-se orientado, tradicionalmente, para os aspectos históricos e
de ordenamento dos relatórios externos. A contabilidade
geren-cia1 enfatiza o preparo de relatórios de uma organização para
seus usuários internos, de modo a ajudar os executivos a
atin-girem os objetivos organizacionais.
Com o propósito de fornecer ao usuário interno uma
informação precisa, oportuna e adequada a cada necessidade
ge-rencia1, a contabilidade gerencial destaca-se pelo adequado
tratamento que procura dar aos dados disponíveis,
transforman-do-os em informações úteis que contribuem sobremaneira ao ・ウエセ@
be1ecimento de importantes indicadores para o planejamento, 」セョ@
tro1e e tomada de decisões. Destaca-se também, como poderoso
instrumento de avaliação de desempenho, produzindo informações
que permitem avaliar o sucesso ou fracasso de uma admi.nistra-ção, revelando sua capacidade de determinar planos de curto e longo prazo, bem como a eficácia e eficiência com que ela atin
girá os objetivos propostos.
Não se pode precisar exatamente quanto, mas significa
tiva parcela destas informações será obtida através de um ウゥウエセ@
ma de contabilidade de custos i'ntegrado ao sistema contábil e
devidamente identificado com as variadas e particulares necessi
dades de cada empresa e de sua administração.
Apesar do progressivo desenvolvimento de novas
técni-cas derivadas da contabilidade gerencial, que produzem
informa-çoes mais adequadas para avaliação e acompanhamento das
ativi-dades de uma organização, existem alguns aspectos sobre os
quais se requerem profundos estudos, análises e longos debates
para dirimir dúvidas e divergências de sua fundamentação ou a ... plicabilidade.
Um desses aspectos reside em torno da controvérsia e-xistente quanto
a
イ・ャ・カセョ」ゥ。L@a
confi'abilidade,i
necessidade ei
possibilidade da alocação de custos indiretos em relação ãsdiversas finalidades gerenciais, para os quais se queira uma
medida separada de custos, num dado período.
o
modo de se calcular ou determinar o custo de algu-ma coisa pode ser visto de maneira diferente, dentro de um sis-tema de contabilidade de custos, dependendo das técnicas, セ@me -todos e procedimentos utilizados para alocação de custos, espe
combinações desses mecanismos contábeis podem produzir diferen
tes dados de custos.
E, neste sentido, a literatura de custos tem apresen
tado estudos de diversos autores na tentativa de equacionar o
dado de custos mais apropriado a cada finalidade gerencial.
Embora não exista uma linha divisória, rígida, de se
paraçao dos dados requeridos para uma ou outra finalidade, ・クゥセ@
tem conceitos de custos para diferentes propósitos e "se os da
dos destinados a uma das finalidades descritas são empregados
para as demais, os resultados estarão propensos, em geral, a
ser radicalmente insatisfatóri.os". t
*
1Muitos destes conceitos sao obtidos das diferentes
formas de alocação de custos indi:retos. Por outro lado, o
ris-co de uma empresa estar utilizando dados produzidos por
deter-minado procedimento em vez de utilizar outro, supostamente
me-lhor, para cada finalidade gerencial, pode conduzir a erros na
tomada de decisão, bem como comprometer resultados atuais ou futuros.
Provavelmente a maior discussão sobre a alocação de
custos indiretos resida em torno de atitudes arbitrárias e de um maior ou menor grau de subjetividade na seleção das bases e
critérios a serem utilizados, principalmente na distribuição e
redistribuição destes custos às diferentes unidades de medida
(produtos, divisões, centros e outras), que podem condicionar
esta seleção e direcionar os dados obtidos.
Outro aspecto controvertido diz respeito ao método
de custeio a ser adotado. Para muitos autores (**) , o método de
custeio variável é mais útil, visto que ele fundamenta a
se-gregação entre custos indiretos fixos e variáveis, facilitando
a seleção do custo indireto a ser incluído na unidade de
medi-da requerimedi-da, além de possibilitar um maior número de
informa-ções que podem facilitar a análise e decisão em consonância
aos objetivos da empresa, por ajustar-se a condições de
merca-do, facilitar o planejamento, o conhecimento da estrutura e
potencialidades de produção e por proporcionar maior segurança
da definição e uso da capacidade instalada, entre outras.
Contudo, nao se constitui consenso da real
aplicabi-lidade e potenciaaplicabi-lidade deste método em produzir informações
mais adequadas às necessidades gerenciais. E, apesar de reco
-nhecidas vantagens, poucas empresas brasileiras o utilizam.
Diversas outras questões têm sido tratadas pela
li-teratura de custos, "que tem apresentado argumentos lógicos s2
bre os motivos para os quais as alocações deveriam, ou nao, ser feitas ou corno deveriam ser feitas."(*) Tais corno:
セ@
pos-sível alocar custos indiretos? Qual a melhor base? Qual o
me-lhor critêrio? Para que finalidade a alocaçio de custo ê apro
priada?
Entretanto, apesar da importância reconhecida, pelo
que representa na determinação de custos, o assunto da
aloca-ção de custos indiretos tem sido tratado de forma
acadêmico-te6rica em muitas obras, principalmente nacionais, com
escas-sa citação das práticas de alocação de custos indiretos em em
presas brasileiras, seus problemas e soluções.
Um maior espaço ê cedido às matemáticas das aloca-ções do que propriamente à discussão dos recursos utilizados
para realizá-las e das questões mencionadas, entre outras. Tarn
bêm, não se constitui concenso em torno da necessidade de uma
metodologia de alocação de custos indiretos, essencialmente '
caracterizada pela seleção do custo indireto que se deve sepa
rar e alocar, e qual a melhor forma de fazê-lo.
No Brasil, a exemplo de outros países, há escassez
caça0 de custos indiretos, dos mecanismos do sistema de
conta-bilidade de custos, entre outros aspectos, não se encontra
fun-damentado em verificações empíricas que possibilitem enriquecer
o nível de conhecimento sobre o assunto.
Com efeito, estudos desta natureza podem contribuir
para o desenvolvimento, manutenção e aprimoramento dos procedi
mentos de alocação de custos indiretos e do próprio sistema, pa
ra que as informações por ele geradas correspondam às ョ・」・ウウゥ、セ@
des gerenciais com vistas a atingir os objetivos da organização.
Justifica-se, ainda, a relevância e oportunidade des
te estudo para o segmento escolhido (indústrias de calçados do
Vale dos Sinos - RS), pela importância regional que representa e
pela capacidade de gerar volumes significativos de divisas ao
país, através do mecanismo de exportação.
Segundo FIGUEIREDO e ALMEIDA,
"um fator importante no incremento das exportações de calçados foi a 」ッョ」・ウウ ̄ッセ@ por parte do governo
de est{mulos fiscais e credit{cios ao desenvolvi-mento das exportações de manufaturados ••• e se ex ternamente as condições foram ヲ。カッイ£カ・ゥウセ@ havia um desconhecimento co leto sobre a estrutura in-terna s empresas e e suas con içoes para man-ter ou aumentar os volumes exportados." (*)
(Gri-fo nosso)
(*) FIGUEIREDO, Kleber F. & ALMEIDA, Luiz F. F., Um estudo so-bre as Barreiras à Exportação de Ca lçados Brasi leiros" セ@
A pesquisa realizadã por esses autores, constatou que
al-guns obstáculos, enfrentados por estas empresas para aumentarem
as exportações, residiam no custo da matéria-prima, na falta de
preços competitivos, no alto custo de produção, na insuficiên
-cia de capacidade instalada, entre outras.
Neste sentido, um estudo da estrutura do sistema de
contabilidade de custos, das práticas de alocação de custos
in-diretos, torna-se indispensável para verificar que informações
de custos estão sendo utilizadas em auxílio ao processo
deci-sório.
2. OBJETIVO DO ESTUDO
O objetivo central deste estudo é conhecer o atual
es-tágio das práticas correntes de alocação dos custos indiretos na
indústria de calçados brasileira, da região do Vale dos Sinos(RS}.
Visa especificamente conhecer corno e para qual finalidade
geren-cial têm sido feitas estas alocações, ou seja, identificar os
custos indiretos incorridos neste segmento industrial, o sistema
de classificação, os instrumentos disponíveis e utilizados pelo
sistema de contabilidade de custos para realizar a alocação dos
mesmos, as bases e critérios utilizados. Enfim, a natureza e a
1
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j ;
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1
Objetiva-se, também, obter dos principais usuários,
ゥョヲッイュ。セッ@ sobre a utilidade da 。ャッ」。セッ@ de custos indiretos no processo de gerência.
Através de um plano de referência, delineado a
partir de fundamentos teóricos, de verificaç6es empíricas e le
-vando-se em conta as peculiaridades desse segmento industrial,
objetiva-se estudar as particularidades inerentes
ã
alocaçãode custos indiretos, comparativamente entre as empresas e em
イ・ャ。セッ@ セウ@ necessidades de informaç6es gerenciais por estas manifestadas.
3. DELIMITAÇÃO DO ·ESTUDO
Esta pesquisa poderia ter sido realizada segundo di
versas abordagens da metodologia de pesquisa na contabilidade.
Contudo, buscou-se ressaltar a abordagem que identifica ッウーイセ@
cedimentos e métodos utilizados para mensurar e comunicar
in-formações, a fim de possibilitar a decisão e o julgamento por
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10
Assim, delimita-se a área de estudo ao subsistema de contabilidade de custos e à descrição dos elementos de
sua estrutura, e os procedimentos adotados para alocação de
custos indiretos; sob a ótica da Contabilidade Gerencial, on
de os mecanismos contábeis são postos à disposição do
usuá-rio interno da empresa com a finalidade de atender suas
ne-cessídades de informação em auxílio ao processo de gerência.
Salienta-se ainda, que tendo em vista a
metodo-logia escolhida - estudos de casos - não permite ァ・ョ・イ。ャゥコセ@
ção de suas conclusões, que dizem respeito unicamente às em
presas estudadas, o que nao impede uma análise conjunta e
comparativa dos casos.
4. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO
No Capítulo 11, procurou-se, atravisde revisão da
li,teratura, reuni'r uma base teórica acerca dos principais
concertos e componentes da estrutura de um sistema de
conta-bilidade de custos, os procedimentos recomendados na aloca-ção de custos indiretos, bem corno as implicações, vantagens/
desvantagens da utilização de uma ou outra prática de
aloca-ção de custos indiretos em relaaloca-ção a diferentes
Visou, também, orientar a delineação do plano de refe
rência, auxiliar e análise e as conclusões dos resultados
obti-dos.
No Capítulo 111, visando contribuir com pesquisas
fu-turas e esclarecer as limi'tações do estudo, apresentam-se os
procedimentos metodolõgicos adotados, justificando sua
aplica-ção, neste tipo de pesquisa, detalhando os métodos empregados
na coleta de dados, a forma como foi realizada a pesquisa de
campo e as principais limitações do estudo.
No Capítulo IV, faz-se a apresentação dos resultados
obtidos, mediante a descrição dos casos de acordo com as
variá-veis estabelecidas, enfatizando:
os recursos dos sistemas e os procedimentos adota
dos na alocação de custos indiretos; bases, crité
-rios, entre outros;
os depoimentos dos gerentes acerca da alocação ou não dos custos indiretos em relação
ã
necessidade de informações gerenciais de custos.No Capítulo V, procedeu-se
ã
análise dos resultadosobtidos em relação ao plano de referência e ao grau de afasta -menta ou proximidade dos procedimentos e utilização da alocação
de gerar informaçio para uso no processo de gerincia, visando
responder às questões da pesquisa.
Finalmente, no Capítulo VI, apresenta-se um
sumá-rio do estudo, as conclusões pertinentes, procurando-se
1. INTRODUÇÃO
Neste capítulo, busca-se apresentar a base teórica, a
partir da literatura de custos, para fundamentar os estudos dos
sistemas de custos utilizados nas empresas de calçados brasile!
ras, sob a ótica das alocações de custos indiretos, sua
impor-tância, seus problemas, vantagens e desvantagens, procedimentos
em relação ao uso da informação de custos para os diversos fins
gerenciais, em dado período de tempo.
-Para tanto, inicialmente sao definidas as principais
finalidades gerenciais, as quais os dados de custos são úteis. Posteriormente, são apresentados aspectos básicos de um sistema de custos.
Em seguida, apresentam-se especificamente as questões
que cercam a alocação de custos indiretos como: as bases de alo
cação e a maneira como os sistemas de custos, os métodos de acu
mulação e os métodos de custeio trabalham estes dados.
Salien-tando-se, que para cada tópico, procurou-se vislumbrar somente
os aspectos ligados aos custos indiretos.
Finalmente, sao feitas diversas considerações a
res-peito da alocação de custos indiretos para cada finalidade
2. OBJETIVO E FINALIDADES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
O objetivo fundamental da Contabilidade de cオウエッウLカゥセ@
ta como segmento do Sistema de Informação Contábil, tem sua na
tureza na produção das informações de custos para as mais
va-riadas e particulares necessidades gerenciais, obtidas através
da descrição das relações existentes entre recursos aplicados em
atividades ou processos produtivos e os resultados obtidos em
forma de produtos ou serviços.
De outra forma, conforme diz HORNGREN, o objetivo "r!:,
fere-se a qualquer atividade para a qual se queira ter uma medi da separada de custos."(*)
Servindo tanto aos propósitos da Contabilidade
Geren-cial, quanto aos da Financeira, a Contabilidade de Custos atua
de uma forma geral nas áreas da determinação, controle e
análi-se de custos.
Uma vez fixados estes objetivos, sao então definidas
as finalidades do sistema, para o qual os dados de custos serão
apurados.
(*) HORNGREN, Charles T., "Introdução a Contabilidade g・イ・ョ」ゥ。zセG@
a
Foi em parte graças ao trabalho de CLARK,
apresentan-do "de forma particularmente clara e convincente a apresentan-doutrina(*} de diferentes custos para diferentes propósitos,"(**} que hoje
é comum distinguir-se finalidades para as quais os gerentes ーイセ@
vavelmente terão necessidade dos dados de custos.
Assim sendo, existem conceitos de custos adequados,
ou nao, para uma particular finalidade ou para um grupo destas.
Cada um dos autores(**} pesquisados tem sua linguagem
própria para referir-se às principais finalidades a que se
des-tina a informação de custos, podendo-se resumir em:
a} Planejamento (políticas e Operações)
b} Coordenação e Controle Operacional
c} Controle de Desempenho
d} Avaliação de Estoque e Determinação do Resultado
e} Determinação de Preços
f} Tomada de Decisão (Rotineiras e Especiais)
(*) A Doutrina CLARK, como ficou conhecida e ao longo destes anos vem sendo referenciada por outros autores; foi publicada em 1923, por J.M. Clark, em "The Economics of Overhead Costa" e entre outras distingui custos fi xos e variáveis e descreveu o ponto de equiltbrio. -(**}SKINNER, R.C., op, pg.
(**) Ver por exemplo: SKINNER, Nセlack@
&
EDWARDS; DEARDEN; DICKEY; KELLER; HORNEm termos ideais, uma única alocação de custos
deve-ria atender ao mesmo tempo a todas as finalidades. Mas, confoE
me depoimentos de administradores e contadores, este objetivo
é
impraticável, devendo-se identificar qual das finalidades deve predominar e que melhor atenda aos interesses gerenciais,db
servando-se o custo-benefício para obtenção da informação.
Para que o Sistema de Contabilidade de custos ou
simplesmente Sistema de Custos possa atender a estas
fina1ida-des, torna-se indispensável o adequado tratamento dos dados de
custos de modo que se possa: a) determinar custos unitários e
totais; b) verificar o comportamento e a tendência dos custos;
c) analisar com base tanto em custos passados, quanto futuros.
Estes diferentes propósitos exigem:
"1. Compreensão do conceito de custos;
2. cQ。ウウゥヲゥ」セ ̄ッ@ adequada do custor
3. Um sistema de custos bem projetado;"(*)
4. Relatórios com informação oportuna, relevante e
precisa.
(*) matzLセa、ッQヲィL@ et a1ii, tradução de CARUSO, L. A.,
A Contabilidade de Custos tem a responsabilidade de
projetar, implantar, operar e manter seu sistema,
selecionan-do os métoselecionan-dos, as técnicas e procedimentos mais adequaselecionan-dos
necessidades gerenciais. Caso contrário,
"a Contabilidade de Custos pode não ser recomen-dáveL para o auxilio de uma boa administração, pois os inimigos reais são a comunicação pobre e faUa do uso apropriado das ferramentas exis-tentes." (**)
3 • ASPECTOS BÂSICOS DE UM SISTEMA DE CUSTOS
3.1. Natureza do Custo
セ@
as
"Para o termo custo nao é fácil encontrar uma defini çao ou explicação que não deixe dúvida quanto ao seu
ウゥァョゥヲゥ」。、ッセ@
(*)As maiores dificuldades residem em conceitos sempre
-seguidos de atributos, misturando aspectos financeiros,
econo-micos, contábeis, populares e na confusão de entendimento do
que seja a diferença entre custos e despesas.
Neste sentido, como forma de reduzir estas
dificul-dades, LEONE (**) apresenta esquematicamente a conceituação so
bre o gasto e sua conversa0 em custos ou despesas:
FIGURA 3.1. ESQUEMA DE CONVERSÃO DE GASTOS EM CUSTO E DESPESA
Aspecto Diminui (-) Aurrenta ( +) Assunção de
Finan- Disponibilidades Passivo Exigrvel Catpranisso
ceiro
セ@
GAS'ID/
セ@
1
Aspecto Investirrento Consurro Classificação
Econômioo (Gasto Ati- Patrirronial
Qua-vado) litativa.
j
j
Despesas Despesa Destinação
Aspecto e
Contábil Custo Custo Aplicação
(**) I.ECNE , George S.G., "CUSTOS - Planejamento., Implantação e
a
Neste sentido, MARTINS define custos como "gasto rela
tivo aos bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. (*)
E entre tantos outros conceitos, salienta-se o do ーイセ@
fessor IUD!CIBUS. No seu entendimento, "o sentido original da
palavra custo, aplicada
à
contabilidade, refere-se claramenteà
fase em que os fatores de produção são colocados no processo ーセ@ dutivo." (**)
Distingue-se, desta forma, quando um gasto
é
custo oudespesa, ou seja, se bens ou serviços forem utilizados no
pro-cesso produtivo, temos um "custo"; entretanto, se forem consumi
dos com outro fim, como para obtenção de receitas, temos uma "despesa" do perIodo.
FIGURA 3.2. ESQUEMA DE DISTINÇÃO ENTRE CUSTO E DESPESA
Custo GASTO<
Despesa
Produção PerIodo
(*) MARTINS, Eliseu. "Contabi Zidade de Custos"., Rセ@ Ed., Atlas, 1985, pg. 42.
3.3. Classificação do Custo
A classificação de custos deriva dos mui tos
significa-dos que a palavra "custos" pode assumir, em função da
finalida-de a que se finalida-destina.
Assim, os custos podem ser classificados de
diferen-tes maneiras tais como: custos em relação ao objeto, custos em
relação ao controle, custos em relação ao período de aplicação,
custos em relação ao comportamento, entre outras. Onde um mesmo
dado àe custo pode assumir classificação diferente dependendo do
propósito a que se destina a informação. A importância da
clas-sificação resulta em encontrar o conceito ou um grupo deles que
melhor atenda às finalidades a que se destina o sistema.
Um sistema de Contabilidade de Custos geralmente os
acumula, segundo sua natureza, e posteriormente o identifica ou
associa aos produtos ou processos de fabricação de modo que
se-ja possível equacionar os custos em termos de que tipo, quanto,
quem, onde e quando foram gastos.
Como foi dito anteriormente, uma das mais importantes
classificações de custos e outros dados financeiros ajusta-se
às finalidades mencionadas de planejamento, controle, tomada de
decisão e outras, ou seja, custos que servem a um ー。イエゥ」オャ。イーイセ@
3.4. Elemento do Custo
Um dos objetos a serem custeados sao os produtos
fa-bricados ou vendidos pela empresa e/ou serviços realizados.
o
processo de fabricação consiste na transformaçãode matérias-primas em outros produtos pelo uso da mão-de-obra e
outros custos de produção. Assim, podem-se identificar
componentes principais do custo:
a) Materiais Diretos (MD)
b) Mão-de-Obra Direta (MOD)
c) Custos Indiretos de Fabricação (CIF)
três
Os dois primeiros sao designados como custos
primá-rios, sendo os materiais diretos fisicamente identificados como
parte dos produtos acabados. são avaliados por um dos métodos
conhecidos e controlados periódica ou permanentemente.
Já
amão-de-obra direta pode ser associada fisicamente aos produtos.
Ao passo que os custos indiretos de fabricação podem
ser associados ao processo de fabricação. Diferentemente dos
custos de MD e MOD, que podem ser expressos em necessidades fí-sicas, com o auxílio de requisições e cartões de tempo de ヲ。「イセ@
cação. A maior parte dos custos indiretos não podem ser
identi-ficados com produtos específicos, departamentos, centros de
responsabilidade, dada a sua própria definição e característi
セ@ sobre os custos indiretos que residem os maiores pro
blemas e controvérsias da Contabilidade de Custos. セ@ nesse pon-to que se concentrará a nossa atenção.
4. ALOCAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
Os custos indiretos de fabricação podem ser definidos,
corno os demais custos associados e necessários ao processo de
fabricação, que não sejam material direto e/ou mão-de-obra di-reta e não possam ser didi-retamente mensurados Dor uma unidade co mo: produto final, departamento, centro, sem um consistente
mé-todo de alocação.
Muito embora, por opção os custos diretos dada sua
ma-terialidade, análise do custo-benefÍcio de realizar uma medida
específica possa tambem ser atribuído corno se custo indireto
fosse, através de médias e/ou bases de alocação.
Resultam do uso das máquinas e instalações corno:
alu-guéis, seguros, depreciações, manutenções; de pessoal auxiliar
corno: administradores, supervisores, na forma de salários, en
-cargos, treinamento, tempo improdutivo, do consumo de energias, das utilizações de ferramentas e materiais auxiliares, do uso de atividades gerais como:vigiláncia, comunicações, etc.
são agrupados de forma geral em três categorias:
mate-riais indiretos, mão-de-obra indireta e outros custos indiretos
Sua importância está associada ao tipo e a estrutura da organização; bem como aos tipos e número de diferentes pro-dutos ou serviços produzidos. Conforme afirma DAVIS,
"os custos indiretos n50 s50 significantes para pequenos ョ・ァ」ゥッウセ@ caracteri'zados por pouco in vestimento de capital e mão-de-obra n50 espe= cia li'zada; como s50 para uma grande manufatura, com alto grau de m50-de-obra especiaZizada e grande investimento de capital." (*)
são custos de natureza diferente e comportamento diver
sificado que requerem muitas vezes um controle exercido por
vá-rias pessoas da organização.
Podem assumir a característica de custos diretos em re lação a uma unidade (departamentol, mas continuar indireto em relação às sub-unidades (centros, linha de produtos).
De uma forma geral, a classificação de um mesmo custo
indireto pode ser diferente, dependendo da finalidade gerencial
a qual se está mensurando. Por exemplo: o salário do supervisor
do departamento de pintura
é
direto em relação ao departamento,para fins de controle;
ê
um custo evi'tável se a decisão foi de eli'minar o departamento, mas ê um custo i'ndireto para fins deavaliação do produto. (no caso de mais de um produtol.
Dadas algumas características dos custos indiretos
po-de-se perceber a complexidade do processo de alocação destes cus
tos.
(*) DAVIS, James R. , "Overhead Costs - a」」オュオャ。エゥッョBセ@ in "Accoun tants' Cost h。ョ、「ッッォBセ@ Ronald Press Publication, 1983, capo
A"alocação" dos CIFs resulta do "porquê" e "como"
a-cumular, distribuir e aplicar estes custos, em que período de
tempo e para qual(is} finalidade(s).
Neste sentido, a literatura de custos tem relatado as
mais diferentes formas de alocação destes custos, considerando
os mais variados fatores que influenciam neste processo, dentre
eles: técnicas de estimativas, critérios de rateio, bases de ra
teio, parâmetros de comportamento, técnicas de distribuição e
aplicação, métodos de acumulação, etc.
Uma das mais recentes pesquisas sobre alocação dos
custos indiretos, realizada por uma associação norte-americana,
à
National Association of Accountant, aponta com muitaproprie-dade três questões básicas com respeito à alocação dos
indiretos:
"1.
E
posstvel fazer wna confiável e relevante alocação dos cutos indiretos?2. Como deveria ser feita esta alocação? •• 3. Para qual propósito a alocação dos custos
indiretos
é
apropriada ou inapropriada?,,(*Jcustos
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25
Assim, questiona-se de forma ampla a validade de
alo
-caça0 dos CIFs, urna vez que o uso dos fatores mencionados
de-pendem do julgamento próprio de cada empresa. E por esta razao
um certo grau de arbitrariedade e subjetividade sempre existirá
na definição destes critérios, métodos, bases e outros. Ainda
fica a incerteza de que uma particular alocação represente a ュセ@
lhor opção de alocação para o total de alternativas possíveis,
de modo a satisfazer da melhor maneira as finalidades para as
quais se destina.
Conclui TROMAS, (*) (com resultado de duas
ュッョッァイ。ヲゥ。セ@
que as alocações dependem de julgamento por nao serem
realiza-das com base em alguma lógica de evidência científica. Mas que
tanto urna quanto a outra não provam urna correta ou incorreta
a-locação. Assim, é impossível defender se urna forma de alocação
de um mesmo custo é melhor ou pior diante do total de
alternati-vaso
De qualquer forma, existe a possibilidade de alocar
custos indiretos. E existindo a necessidade, deve-se procurar
o critério julgamental ou evidência científica mais importante
(*) TROMAS, Arthur L. M. in FRENGEM, J. M. e LIAO, Shu S.
"The
AZZocation of Corporate Indirect Costs", op. cito pg.10.
I
tI
e consensual para a seleção da base de alocação. Lembrando que
a diferença de alocações nos valores acumulados, distribuídos ou aplicados de custos indiretos, com bases diferentes, podem
levar a análises distorcidas, bem como diminuir a
confiabili-dade do sistema.
°
objetivo e grau de complexidade da alocação dos custos indiretos dependem da finalidade gerencial que se quersatisfazer.
Freqüentemente, as alocações sao mais consideradas para fins de demonstrações financeiras externas, ou seja,
avaliação de estoques e determinação do resultado do que
fins internos. Estas requerem menor.grau de dificuldades
na
para
do
que para fins de planejamento, controle e avaliação do 、・ウ・ューセ@
nho, fixação de preço e tomada de decisão.
Conforme salientam os professores FREMGEN e LIAO, (*)
muitos dos problemas de alocações decorrem da falta ou da
im-portância de se ter uma metodologia adequada de alocação dos
custos indiretos.
Neste sentido, duas questões sao fundamentais para a
realização desta metodologia: 19) De que maneira separar e
identificar custos indiretos comuns para serem alocados juntos? e 29) Qual a base que deveria qualquer dado de custo comum ser
alocado?
Por exemplo, para HORNGREN, o processo de alocação de
custos, (diretos ou indiretos) envolve essencialmente três face
tas:
"1. Escolher a finalidade do custo (variável
indE-ー・ョ、eョエ・Iセ@ o qual se está em atividade. são e-xemplos: ーイッ、オエッウセ@ ウ・イカゥッウセ@ ーイッ」・ウウッウセ@ contra
tos ou dEpartamentos •.• ;
2. Escolher e acumular os custos (variável
depen-、・ョエ・Iセ@ que se relacionem com a finalidade do
custo. são exemplos: ュ。エ・イゥ。ゥウセ@ mão-de-obra e
custos indiretos de produção; bem como
despe-sas não fabris de venda e administração;
3. Escolher uma base de 。ャッ」。 ̄ッセ@ o que é um méto do especn fico セ@ ligando o i tem 2 ao i tem 1. Por
・ク・ューャッセ@ custo de ュ ̄ッM、・Mッ「イ。セ@ horas de mão-de obra direta são muitas vezes usadas como base para a alocação dos 'overhead' fabris." (*)
Desta forma, o autor separa e identifica custos
indi-retos comuns de acordo com a finalidade gerencial requerida,bem
corno escolhe a base de alocação dos custos indiretos イ・ャ。」ゥッョ。セ@
do a natureza do custo com a finalidade que está sendo medida.
Contudo, com base na literatura de custos pesquisada,
sao poucos os autores, se não raros, que abordam a necessidade
(*) HORNGREN, Charles T., "Cost Accounting - A Managerial eューィセ@
de uma metodologia. Limitam-se a discutir tópicos isolados
como: bases de alocação, critérios de rateio, departamentaliza -ção, etc., sem dúvida importantes, mas sempre a nível prático.
Os mesmos autores FREMGEN e LIAO mencionam uma lista
de princípios que devem basear o desenvolvimento de uma ,'metodo
logia de alocação dos custos indiretos, que podem ser
sinteti-zados nos seguintes:
Propriedade ou Fidedignidade (Equity or Fairness)
Base de critério usada para alocação de 'custos
con-tratuais. Sua maior dificuldade reside na natureza subjetivaem
relação às partes da empresa.
Benefício
Custos indiretos deveriam ser alocados,
associando-se os benefícios recebidos em proporçao à incorrência dos
cus-tos indirecus-tos e às finalidades gerenciais a que se destinam. Criticado pela dependência de julgamento do que seja benefício.
Causa
Custos indiretos deveriam ser alocados em proporçao
ao fator ou fatores que causam estes custos. Estes fatores
destina a alocação.
Neutralidade
-Tem essencialmente a noçao de esterilidade, segundo
THOMAS. (*) O critêrio da neutralidade tem a intenção de guiar a
escolha do método de alocação, evitando o viês no
direcionamen-to da informação. Pode-se deduzir que, para não induzir a
deci-sões inadequadas ou ineficiências quando se requer uma alocação
dos custos para vários fins, esta deve ser neutra, imparcial.
Independência
Esta base para critérios salienta que, quando uma
alo-cação se destina a uma finalidade gerencial, ela não
é
afetadapor ações ou eventos de outra finalidade, durante o período em
que a alocação é realizada.
Capacidade de Carga
Sugere que a alocação de custos deveria ser feita em proporção à capacidade de carga de custos de cada finalidade ァセ@
(*) THOMAS, Arthur L., in FRENGEM, J. M. e LIAO, Shu S.
"The
Allocation of cッイーッイセエ・@ Indirect Costs", op cito pg. 14.
f
•
rencial. Tem explícita a noçao de benefício, causa, neutralida-de e inneutralida-dependência e a importância neutralida-de cada finalidaneutralida-de; por
is-to, depende de julgamento.
Como um dos resultados da pesquisa(*) ,dos
professo-res FRENGEM e LIAO em empprofesso-resas norte-americanas, encontram a
maior popularidade nos critérios de benefício e fatores causais
com 73% e 79% respectivamente. (75 e 81 empresas) •
Na opinião de HORNGREN, deve-se procurar "o cri tério rrais importante para a seleção da base e relacionar os custos
indi-retos com o seu fator mais causal". ( **)
Uma vez definidas as finalidades para as quais se
de-seja mensurar custos, parece que o problema reside na escolha
de métodos ou técnicas que possibilitem a ligação do custo
à
finalidade proposta.
(*) FREMGEN, J. M. e LIAO, Shu S., op. cito pg. 48
"A chave para as várias Ugações está na idéia
da base da aZocação de cusots, a quaZ é um meio sistematizado de reZatar dados de custos totais com a finaUdade do custo." (*)
Uma das maneiras de entender estas ligações e respec-tivamente os métodos, as técnicas de acumulação, distribuição e
aplicação dos custos indiretos, está no estudo do que a
contabi-lidade de custo dispõe para realizar estas alocações.
Em outras palavras, de que forma as alocações são con
sideradas em relação aos sistemas de contabilidade de custos, ウセ@
gundo a natureza dos custos, aos métodos de acumulação (segundo
a natureza da atividade) e em relação aos métodos de custeio.
o
entendimento desses recursos torna-se importante naanálise dos dados oriundos de suas diferentes combinações, em
relação as finalidades gerenciais, e permite responder a
ques-tões como: Que custos indiretos deveriam ou poderiam ser
aloca-dos; incorridos ou pré-determinados? Qual é o mais importante?
Em que momento? Para que fim(s)? Qual o método de acumulação dos
custos indiretos que melhor atende os interesses de custeamento?
Que custos indiretos poderiam ou deveriam ser incluídos no
cus-teio de um produto, serviço ou outra unidade que se queira medir?
Que dado de custo indireto poderia ser obtido se o
sistema de Contabilidade de Custos combina-se os custos
incorri-dos com o método de acumulação por processo e o método de
cus-teio variável? Entre outras.
4.1.SISTEMAS DE CONTABILIDADE DE CUSTOS
(Segundo a Natureza dos Custos)
Conforme BACKER e JACOBSEN, os sistemas de
contabili-dade de custos, segundo a natureza dos custos, podem ser:
GセN@ Sistema de custos efetivos, históricos, incoY'ridos;
B. Sistema de custos pY'edeterminados:
- Sistema de custos estimados (*)
- Sistema de custo-padrão ("standa:r>d")
4.1.1. Sistema de Custo Histórico
No sistema de custo histórico sao acumulados e distri
buídos os custos (diretos ou indiretos) efetivos, realmente incoE
ridos durante o período de produção, à medida que vão ッ」ッイイ・ョ、セ@
ou no final de um período.
Normalmente, a apresentação das informações é retarda
da até que tenham sido executadas todas as operações de
manufa-tura ou prestação do serviço para que se tenha todos os dados
de custos computados. Quando nao, um ou outro dado de custo che
ga a posterior.
Este sistema considera sobretudo o "Princípio
Funda-mental da Contabilidade do Custo Histórico como Base de :Valor",
onde custos se baseiam em documento hábil e cujos valores
fo-ram determinados com objetividade.
De outra forma, a determinação dos custos para dado
fim ocorre após o' fato. Todos os métodos, técnicas e
procedi-mentos contábeis, desde a coleta até a informação, trabalham
com valores históricos incorridos.
As principais desvantagens deste sistema sao obser-vadas quando os custos indiretos de fabricação efetivos sao
distribuídos aos produtos elaborados. Neste caso, os custos
u-nitários podem variar significativamente de um período para ou
tro, afetando a avaliação de estoque e a determinação dos
re-sultados.
Tais variações podem ocorrer devido:
à
variação deeficiência com que são produzidos os objetos dos custos,
à
mu-dança no nível de atividade;
à
variação de preços, tendo comocausa principal a inflação;
à
ッ」ッイセ↑ョ」ゥ。@ de custos sazonais eoutras.
Certas decisões gerenciais nao podem ser adiadas,