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A influência da sindicalização dos professores no desempenho escolar dos alunos no Brasil no período de 1995 a 2005

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(1)

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO

DANIEL LANDWEHRKAMP

A INFLUÊNCIA DA SINDICALIZAÇÃO DOS PROFESSORES NO DESEMPENHO

ESCOLAR DOS ALUNOS NO BRASIL NO PERÍODO DE 1995 A 2005

(2)

DANIEL LANDWEHRKAMP

A INFLUÊNCIA DA SINDICALIZAÇÃO DOS PROFESSORES NO DESEMPENHO

ESCOLAR DOS ALUNOS NO BRASIL NO PERÍODO DE 1995 A 2005

Dissertação apresentada à Escola de

Economia de São Paulo da Fundação

Getúlio Vargas, como requisito para

obtenção do título de Mestre em Finanças

e Economia Empresarial.

Campo de conhecimento: Microeconomia

Aplicada.

Orientador: Prof. Dr. André Portela

Fernandes de Souza.

(3)

Landwehrkamp, Daniel.

A influência da sindicalização dos professores no desempenho escolar

dos alunos no Brasil no período de 1995 a 2005 / Daniel Landwehrkamp. -

2010.

99 f.

Orientador: André Portela Fernandes de Souza

Dissertação (mestrado profissional) - Escola de Economia de São Paulo.

1. Estudantes

Brasil

Avaliação de desempenho. 2. Professores --

Brasil. 3. Sindicalismo -- Brasil. I. Souza, André Portela Fernandes. II.

Dissertação (mestrado profissional) - Escola de Economia de São Paulo. III.

Título.

(4)

DANIEL LANDWEHRKAMP

A INFLUÊNCIA DA SINDICALIZAÇÃO DOS PROFESSORES NO DESEMPENHO

ESCOLAR DOS ALUNOS NO BRASIL NO PERÍODO DE 1995 A 2005

Dissertação apresentada à Escola de Economia

de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, como

requisito para obtenção do título de Mestre em

Finanças e Economia Empresarial.

Campo

de

conhecimento:

Microeconomia

Aplicada.

Data de aprovação:

21/12/2010

Banca examinadora:

Prof. Dr. André Portela Fernandes de Souza

(orientador)

FGV-EESP

Prof. Dr. Amaury Patrick Gremaud

FEA

RP/USP

(5)
(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Companhia de Seguros Aliança do Brasil pelo apoio financeiro por

meio do subsídio ao curso e à Escola de Economia de São Paulo da Fundação

Getúlio Vargas pelo apoio institucional.

Agradeço aos professores Dr. Amaury Patrick Gremaud e Dra. Verônica Inês

Fernandez Orellano por terem gentilmente aceitado fazer parte da banca

examinadora.

(7)

RESUMO

O presente trabalho visa analisar a influência da sindicalização dos professores no

desempenho escolar dos alunos das 4ª e 8ª séries do ensino fundamental, bem

como do 3º ano do ensino médio no Brasil no período de 1995 a 2005, tendo como

referencial teórico a literatura estrangeira desenvolvida sobre este tema,

principalmente, nos Estados Unidos, pois os estudos no Brasil sobre os efeitos

econômicos da sindicalização dos professores sob esta ótica ainda são incipientes,

motivo pelo qual acredita-se que este trabalho vem a contribuir para o campo de

pesquisa sobre educação.

Para realizar tal análise, serão utilizados os microdados do Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica (SAEB) e das Pesquisas Nacionais por Amostra de

Domicílios (PNAD), do período de estudo em tela, em modelos econométricos

elaborados teoricamente.

As evidências empíricas, resultados das estimações das regressões, as quais serão

apresentadas no decorrer desta obra, indicam a existência da relação entre

sindicalização dos professores e desempenho escolar do alunos, principalmente,

para o desempenho escolar dos alunos do ensino fundamental.

(8)

ABSTRACT

This work discusses the influence of 4th and 8th grade elementary school teachers

that became union members in the student performance, as well as the 3rd grade of

the high school in Brazil from 1995 until 2005, having as theorical reference foreign

literature about the subject, mainly coming from the United States, as the studies in

Brazil about this subject are still at the beginning phase. This is why this work will

contribute with the education research field.

This work was based on microdata from the SAEB

Sistema Nacional de Avaliação

da Educação Básica, Elementary School National Evaluation System and data from

PNAD

Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios, National Survey from

Home Sampling for the above period, as well as theorical econometric models.

The empirical evidences, resulting from regression analysis, that will be presented

through this work, show the existence of a relationship between the teachers that

became union members and the students performance, mainly for the elementary

school students.

(9)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1

Evolução da taxa de sindicalização dos professores no Brasil no período

de 1995 a 2005... 24

Gráfico 2

Evolução dos salários e da taxa de sindicalização dos professores por

Região do Brasil no período de 1995 a 2005... 29

Gráfico 3

Evolução da sindicalização dos professores e do desempenho escolar

dos alunos da 4ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005... 30

Gráfico 4

Evolução da sindicalização dos professores e do desempenho escolar

dos alunos da 8ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005... 31

Gráfico 5

Evolução da sindicalização dos professores e do desempenho escolar

dos alunos do 3º ano do ensino médio no período de 1995 a 2005... 31

Quadro 1

Descrição das variáveis de controle dos alunos... 33

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1

Taxa de sindicalização dos professores por Unidade Federativa do

Brasil no período de 1995 a 2005... 25

Tabela 3.2

Taxa de sindicalização dos professores por série de ensino e setor de

emprego no período de 1995 a 2005... 27

Tabela 3.3

Proficiência média dos alunos da 4ª série do ensino fundamental em

matemática e português no período de 1995 a 2005... 49

Tabela 3.4

Proficiência média dos alunos da 8ª série do ensino fundamental em

matemática e português no período de 1995 a 2005... 50

Tabela 3.5

Proficiência média dos alunos do 3ª ano do ensino médio em

matemática e português no período de 1995 a 2005... 51

Tabela 4.6

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar

dos alunos da 4ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005... 35

Tabela 4.7

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar

dos alunos da 8ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005... 36

Tabela 4.8

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar

dos alunos do 3º ano do ensino médio no período de 1995 a 2005... 37

(11)

Tabela 4.10

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho

escolar dos alunos da 8ª série do ensino fundamental por rede de ensino no período

de 1995 a 2005... 40

Tabela 4.11

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho

escolar dos alunos do 3º ano do ensino médio por rede de ensino no período de

1995 a 2005... 42

(12)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO... 12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 15

3. BASE DE DADOS E SELEÇÃO AMOSTRAL... 22

3.1. Sindicalização dos professores... 23

3.2. Proficiência dos alunos... 29

4. ESTRATÉGIA EMPÍRICA E RESULTADOS... 32

4.1. Efeito da sindicalização no desempenho escolar dos alunos... 32

4.2. Efeito da sindicalização no desempenho escolar dos alunos por

rede de ensino... 38

4.3. Efeito da sindicalização no desempenho escolar dos alunos avaliado

com variáveis de características socioeconômicas dos professores... 43

5. CONCLUSÃO... 45

REFERÊNCIAS... 47

(13)

1. INTRODUÇÃO

A atual estrutura sindical no Brasil foi consolidada com o advento da

Constituição Federal de 1988 que permitiu a livre associação profissional ou sindical;

proibiu a criação de mais de uma organização sindical na mesma base territorial por

categoria profissional e, ou, por categoria econômica; estabeleceu a contribuição

sindical compulsória; e assegurou o direito de greve.

Antes da Constituição de 1988, os professores provenientes das escolas

privadas podiam se associar a sindicatos, enquanto os professores da rede pública

de ensino podiam se filiar apenas a associações e centros não reconhecidos como

representativos da categoria, conforme levantamento de Lanza (2010).

O direito da livre associação a sindicatos, em contraposição a Constituição

Federal de 1937 que proibia a sindicalização nos serviços públicos, impulsionou a

sindicalização dos professores, fazendo com que esta categoria profissional em

2005 alcançasse a taxa de sindicalização de 40,2% (quarenta inteiros e vinte

centésimos porcento), uma forte adesão quando comparada às demais categorias.

Segundo Souza (1997), os sindicatos dos professores, desde a Constituição de

1988, objetivaram suas ações a partir de três eixos básicos da política, quais sejam,

geral, sindical e educacional.

A política geral refere-se ao debate quanto às questões político-legais

(constituição, legislações e eleições), sociais de enfrentamento (reforma agrária e

emprego) e salariais, para os trabalhadores em geral.

No que tange à política sindical, de se dizer que é através dela que os

sindicatos tratam das reivindicações salariais e funcionais (plano de carreira,

concurso, jornada de trabalho e aposentadoria).

(14)

relações de poder e outros temas específicos, como currículo, formação de

professores e planos de educação.

Gentili e Suarez (2004) destacam que o processo de reforma educacional na

América Latina, entre os anos de 1998 e 2003, foi marcado por intensa

conflitualidade, sendo que o Brasil, em relação aos outros países da América do Sul,

ocupa o segundo lugar em duração de conflitividade educacional, com 1.118 (um mil

e cento e dezoito) dias de ação sindical docente.

Além disso, os mencionados autores corroboram o levantamento de Souza,

pois na classificação por tipo de reinvidicações e demandas que motivaram estas

ações, 79% (setenta e nove porcento) eram de questões trabalhistas (aumento de

salário, aposentadoria e planos de carreira para os professores), 28% (vinte e oito

porcento) vinculadas a demandas de política educacional (aumento do orçamento

educacional, negociação sobre as leis de educação, sistemas curriculares e disputas

ao redor da implementação de sistemas avaliação), 12% (doze porcento) de

reivindicações de caráter político sistêmico (exigência de renúncia de autoridades,

impugnação do modelo econômico social vigente, etc.) e 6% (seis porcento) de tipos

de demandas não contempladas nas categorias anteriores.

Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar, empiricamente,

a influência da sindicalização dos professores no desempenho escolar dos alunos

das 4ª e 8ª séries do ensino fundamental, bem como do 3º ano do ensino médio no

Brasil, no período de 1995 a 2005, tendo como referência o estudo realizado por

Caroline Minter Hoxby, em 1996, sobre como os sindicatos dos professores afetam o

desempenho escolar dos alunos nos Estados Unidos da América.

O estudo de Hoxby teve como motivação, além da importância da atividade de

educação e de seu custo para o país, a fraca evidência, à época, que o aumento de

investimentos em educação melhorava o desempenho escolar dos alunos.

(15)

Dentre as características que poderiam ser estudadas, a sindicalização dos

professores foi escolhida, tendo em vista que sindicatos, de forma geral, buscam

aumentar os investimentos em sua área de atuação e conseguem afetar a eficiência

destes investimentos, por exemplo, influenciando na decisão dos administradores

das escolas na alocação dos recursos disponíveis.

O tema deste trabalho é bastante relevante e vale a pena ser estudado no

Brasil, haja vista a importância da educação para o país e a intensa conflitualidade

no setor educacional que ocorreu durante o período de 1995 a 2005, década

estudada e analisada nesta obra, sob diversas perspectivas.

(16)

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A evidência de existência da relação entre o desempenho escolar dos alunos e

o investimento na educação vem sendo estudada por diversos autores nos Estados

Unidos desde a publicação do famoso Coleman Report, em 1966, que, por meio de

uma grande quantidade de dados sobre as características das escolas, dos

professores e dos alunos, buscou explicar o desempenho escolar individual do corpo

discente.

Em 1983, a publicação norte-americana de

Uma Nação em Risco

pela

Comissão Nacional de Excelência Educacional, fez com que os americanos

ficassem preocupados com a qualidade de suas escolas, pois, segundo Burtless

(1996), os estudantes americanos, no ranking internacional, ficavam com média

quase sempre inferior aos alunos de outros países desenvolvidos.

O estudo da relação entre investimentos e produtividade escolar pode ser

dividido em dois campos, sendo o primeiro aquele que analisa o efeito do aumento

dos investimentos no desempenho escolar dos alunos, no qual se destaca o trabalho

de Eric Hanushek de 1986, e o segundo campo aquele que analisa o efeito do

aumento dos investimentos escolares nos rendimentos dos trabalhadores após

concluírem a escola, destacando-se, neste particular, o trabalho de David Card e

Alan Krueger, de 1996.

Hanushek (1986) destaca que as diferenças da qualidade das escolas não

parecem estar relacionadas com gastos escolares ou tamanhos das salas de aula,

mas, sim, com a habilidade dos professores dessas escolas, sendo que isso tem

grandes implicações, principalmente, nas políticas de educação.

(17)

Esta conclusão a que se chegou está fundamentada no fato de que as decisões

tomadas no campo da educação não são guiadas aparentemente por incentivos

para maximizar lucros ou reduzir custos e também pelos administradores das

escolas não entenderem a educação como um processo de produção. Assim, não é

esperado que escolas estejam operando na fronteira de possibilidades de

produção

1

.

Por sua vez, Card e Krueger (1996) tratam os gastos escolares como um

investimento. Portanto, para eles, recursos são utilizados quando os estudantes

estão nas escolas em antecipação a um rendimento mais alto no futuro quando

estiverem no mercado de trabalho, sendo que a avaliação da educação é realizada

somente com base nos benefícios monetários gerados por esta atividade.

Além disso, os autores supracitados concentram o seu trabalho no efeito dos

gastos por aluno e na razão de professores por aluno, sendo que, apesar de

provarem que há uma relação positiva entre o aumento dos gastos escolares e o

rendimento dos alunos no mercado de trabalho, admitem que a evidência

encontrada não justifica uma forte conclusão.

Grogger (1995), seguindo o mesmo campo de estudo de Card e Krueger,

destaca os erros de especificação das regressões econométricas que visavam

avaliar a relação entre investimentos escolares e rendimentos financeiros dos alunos

após concluírem a escola, tais como, ausência de controle da regressão pelo

histórico familiar do estudante, pela localidade (estado) e por erros de medidas, o

que prejudicava as previsões.

Apesar de Grogger (1995) concluir que os investimentos escolares são

necessários e importantes, com base em sua especificação econométrica, entendeu

que aumentar estes investimentos tem um baixo retorno para a sociedade, pois um

aumento de 10% (dez porcento) dos gastos por aluno aumenta somente 0,68%

1 Conforme Varian (2003, p. 616), o conjunto de possibilidades de produção representa apenas o

(18)

(sessenta e oito centésimos porcento) dos rendimentos dos trabalhadores após

concluírem a escola.

Por outro lado, Betts (1996) faz uma revisão da literatura sobre esta relação,

encontrando autores que entendem que há relação positiva entre investimentos

escolares e rendimentos financeiros dos alunos após concluírem a escola e outros

autores que não encontram evidência da existência desta relação.

Assim, a estudiosa busca identificar e analisar os padrões dos trabalhos que

concluem que há um efeito positivo e os padrões dos trabalhos que não encontram

evidência da existência da relação supracitada, destacando três padrões:

a) os estudos que não encontram uma relação entre investimentos escolares e

rendimentos financeiros dos alunos após a escola medem os investimentos

no âmbito escolar, enquanto os estudos que encontram uma relação

positiva, medem os investimentos escolares no âmbito do Estado;

b) os estudos que encontram uma relação positiva tendem a analisar

trabalhadores que concluíram a escola antes de 1960 e os estudos que não

encontram, analisam o rendimento dos trabalhadores após 1960; e

c) os estudos que não encontram uma relação significativa examinam o

rendimento dos trabalhadores com idade entre vinte e trinta anos.

Assim, Betts (1996), com base nestes padrões, conclui que uma potencial

explicação para que haja uma diferença entre os estudos que utilizaram dados dos

trabalhadores que concluíram a escola antes de 1960 é que tenha ocorrido certa

mudança estrutural no setor educacional que reduziu o retorno dos investimentos

escolares.

(19)

investimentos, constatou que isso também era um fenômeno nos Estados Unidos

que ganhou força após 1960 quando a sindicalização deixou de ser ilegal em muitos

Estados, o que pode ser entendido como uma mudança estrutural no setor da

educação.

Segundo Hoxby (1996), a forma como os sindicatos afetam a função da

produção educacional é uma questão empírica que ainda está aberta, sendo que a

teoria sugere duas razões para os professores demandarem um sindicato, a saber:

A primeira, assume como hipótese que os sindicatos dos professores têm a

mesma função objetivo que os pais dos alunos quanto ao desempenho escolar dos

estudantes. Contudo, devido a diferenças em relação à informação, denota-se que

os professores se destacam no sentido de terem melhores informações sobre as

necessidades dos alunos, devido a imperfeições de mercado, tais como

externalidades da produção educacional, fazem com que os professores desejem

diferentes níveis de investimentos escolares.

Já a segunda razão para que um professor procure um sindicato é porque a

referida instituição tem uma função objetivo diferente daquela dos administradores

das escolas e dos pais dos alunos. Assim, políticas educacionais que tenham um

impacto direto nos professores como, por exemplo, políticas que visam aumento

salarial, têm um peso maior do que políticas que afetam indiretamente os

professores, o que caracterizaria o sindicato como rent-seeking

2

.

Como se vê, um sindicato denominado como

rent-seeking pode militar na

busca de investimentos que maximizem a função objetivo dos professores,

encontrando-se aqui finalidades distintas que, na maioria das vezes, não seria

perseguidas pelos administradores escolares e pais dos alunos.

Ainda, segundo Hoxby (1996), o sindicato dos professores pode afetar a função

de produção educacional de três modos, quais sejam:

2 Conforme Varian (2003, p. 442),

rent-seeking é a denominação para entes que buscam manter ou

(20)

a) sindicatos alteram, provavelmente aumentam, o orçamento que sustenta os

investimentos escolares;

b) sindicatos podem realocar o orçamento dos investimentos, sendo que esta

realocação pode aumentar a eficiência dos investimentos, isto se ela for

realizada tendo como base a necessidade dos alunos, caso contrário, pode

reduzir a eficiência, se o sindicato for rent-seeking; e

c) sindicatos podem afetar a produtividade dos investimentos escolares, já que

os professores interagem diretamente com estes investimentos para educar

os alunos.

Outros autores já haviam estudado os efeitos da sindicalização dos professores

no desempenho escolar dos alunos nos Estados Unidos como Eberts (1984), Eberts

e Stone (1987) e Kleiner e Petree (1988). Todavia, tem-se que estes estudos não

avaliaram o desempenho escolar antes e depois da sindicalização dos professores

em 1960.

Para Randall Eberts (1984), a sindicalização dos professores, aparentemente,

reduz o desempenho escolar dos alunos por meio da redução do tempo gasto dos

professores em sala de aula, além disso, os recursos escolares são utilizados

quando da influência dos sindicatos para aumentar o número dos administradores e

o nível de educação dos professores, o que não afeta diretamente o desempenho

escolar dos alunos.

Por outro lado, o referido autor, com base nos resultados de suas regressões

econométricas, concluiu que a sindicalização, aparentemente, melhora o

desempenho escolar dos alunos por meio do aumento do tempo gasto dos

professores na preparação das aulas, do tempo de experiência dos professores

redução da rotatividade dos trabalhadores

e da razão de professores por alunos.

(21)

portanto, possível concluir se os sindicatos causam ou não ineficiência na alocação

de recursos.

Em 1987, Eberts e Stone (1987) compararam o desempenho dos alunos de

escolas públicas sindicalizadas e não sindicalizadas, visando avaliar o efeito dos

sindicatos na produtividade dos professores. O resultado do trabalho foi que os

alunos de escolas nas quais os professores são sindicalizados têm notas 3% (três

porcento) mais altas do que os alunos de escolas nas quais os professores não são

sindicalizados.

Para isso, eles utilizaram a informação escolar de 14.000 (quatorze mil) alunos

de 326 (trezentos e vinte e seis) escolas dos Estados Unidos e mediram o efeito dos

sindicatos na produtividade dos professores em dois passos: primeiro, relacionando

o desempenho escolar dos alunos com os diversos tipos de investimentos em

educação e, segundo, utilizando esta estimativa para verificar as diferenças de

desempenho dos alunos em escolas com professores sindicalizados e não

sindicalizados.

Já Kleiner e Petree (1988) estudaram os efeitos da sindicalização e da

licenciatura dos professores de escolas públicas nos salários dos professores e no

desempenho escolar dos alunos, tendo como motivação a declaração do líder da

Federação Americana dos Professores na qual dizia que os sindicatos buscam

melhorar a qualidade do sistema educacional, bem como aumentar os salários de

seus membros.

Assim, a relação entre a sindicalização e a licenciatura está no fato de que,

conforme os autores Kleiner e Petree (1988), a licenciatura pode ser vista como um

meio de proteger a população que não tem a habilidade de avaliar os serviços

fornecidos por especialistas, o que, por outro lado, pode ser uma vantagem para os

sindicatos se utilizarem da licenciatura para limitar a oferta de professores e obter

ganhos econômicos.

(22)

A tese dos referidos autores é comprovada empiricamente, com base em

regressões econométricas, com a apresentação dos resultados que indicavam que

quanto maiores às taxas de sindicalização dos professores nos Estados melhor o

desempenho escolar dos alunos e mais fortes as regras para licenciatura dos

professores.

Além disso, Kleiner e Petree (1988), realizaram entrevistas telefônicas para

interpretar os resultados das regressões com sindicatos e servidores do governo dos

Estados Unidos, chegando-se a um consenso de que os sindicatos aumentam os

salários dos professores, todavia, em relação à melhora da qualidade de ensino,

foram colhidas opiniões divergentes.

(23)

3. BASE DE DADOS E SELEÇÃO AMOSTRAL

Para analisar a influência dos sindicatos dos professores no desempenho

escolar dos alunos das 4ª e 8ª séries do ensino fundamental, bem como do 3º ano

do ensino médio no Brasil, no período de 1995 a 2005, foram utilizados os

microdados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD), obtidos do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e os microdados do Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), obtidos do Instituto Nacional de

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Cumpre ressaltar que o SAEB é realizado somente nos anos ímpares pelo

INEP, portanto, foram utilizados, neste trabalho, somente as PNAD

’s

dos anos

ímpares do período de 1995 a 2005.

A princípio, de se dizer que a PNAD investiga, anualmente, as características

gerais da população, educação, trabalho, rendimento e habitação, por meio de

amostra probabilística de domicílios obtida em três estágios de seleção, quais sejam:

unidades primárias (municípios); unidades secundárias (setores censitários); e

unidades terciárias (unidades domiciliares).

Com base nos microdados das pesquisas foram construídas variáveis,

observando os pesos amostrais, sobre a taxa de sindicalização dos professores dos

ensinos fundamental e médio, por Unidade da Federação, bem como sobre o setor

do emprego (público ou privado) e salário médio destes profissionais.

Para construir as variáveis de proficiência dos alunos do ensino fundamental, 4ª

e 8ª séries, e do ensino médio, 3º ano, bem como variáveis sobre as características

dos alunos, tais como, cor, sexo, idade e instrução dos pais, foram utilizados os

microdados do SAEB.

(24)

explicitado utilizou metodologia de amostragem possibilitando a obtenção de

estimativas de desempenho dos alunos por série, Unidade Federativa, regiões, bem

como em nível nacional.

Além disso, imprescindível apontar que as amostras coletadas foram realizadas

de forma aleatória e probabilística, permitindo relacionar seus resultados com as

características da população.

3.1. Sindicalização dos professores

Adentrando ao estudo em foco, necessário salientar que a taxa de

sindicalização dos professores agregada, ou seja, professores das 4ª e 8ª séries do

ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio, cresceu 14,2% (quatorze inteiros e

vinte centésimos porcento), no período de 1995 a 2005, passando de 30,2% (trinta

inteiros e vinte centésimos porcento), em 1995, para 40,2% (quarenta inteiros e vinte

centésimos porcento), em 2005.

Conforme se denota do gráfico 1, a seguir, a sindicalização dos professores do

ensino fundamental e médio, seja ela no setor privado, seja no setor público, se

mostra superior à taxa de sindicalização dos trabalhadores no Brasil, sendo que, em

2005, a taxa de sindicalização dos trabalhadores no Brasil alcançou o patamar de

18,3% (dezoito inteiros e trinta centésimos porcento) ante 40,2% (quarenta inteiros e

vinte centésimos porcento) dos docentes do ensino fundamental e médio.

Além disso, a taxa de sindicalização dos professores, do setor privado ou

público, é superior à taxa de sindicalização dos trabalhadores do setor público.

Cabe destacar que, em 2005, a sindicalização dos professores do setor público

superou a marca dos 42% (quarenta e dois porcento), sendo que mais de 60%

(sessenta porcento) dos professores que trabalhavam neste setor eram estatutários.

(25)

de sindicalização de trabalhadores de outras categorias profissionais, concluiu que

os professores tiveram forte adesão aos sindicatos, especialmente, os professores

do setor público.

Contudo, cabe destacar que no período de estudo em comento, o crescimento

da taxa de sindicalização dos professores do ensino fundamental e médio, 14,2%

(quatorze inteiros e vinte centésimos porcento), foi semelhante ao crescimento da

taxa de sindicalização dos trabalhadores em geral, que foi de 13,2% (treze inteiros e

vinte centésimos porcento).

Vejamos:

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0%

1995 1997 1999 2001 2003 2005

Ano

Taxa de S

indicaliza

ção

Professores em Geral

Professores - Setor Privado

Professores - Setor Público

Trabalhadores - Setor Público

Trabalhadores em Geral

Gráfico 1

Evolução da taxa de sindicalização dos professores no Brasil no período

de 1995 a 2005.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE); elaboração própria.

(26)

sindicalização dos professores no período de 1995 a 2005, sendo que os Estados da

Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão e Sergipe tiveram crescimento acima de 40%

(quarenta porcento) neste período.

Cumpre ressaltar que os Estados da região norte do país, com exceção do

Pará, serão analisados em conjunto neste trabalho, devido à pequena quantidade de

observações por Unidade Federativa, visando manter esta região neste estudo.

Tabela 3.1

Taxa de sindicalização dos professores por Unidade Federativa do

Brasil no período de 1995 a 2005.

1995

1997

1999

2001

2003

2005

Alagoas

47,4%

32,9%

29,9%

23,5%

35,5%

25,0%

Bahia

24,0%

14,8%

20,6%

22,4%

27,9%

34,4%

Ceará

20,0%

21,6%

24,3%

27,4%

29,4%

35,6%

Distrito Federal

61,9%

61,3%

67,4%

60,1%

62,5%

65,7%

Espírito Santo

44,9%

52,2%

50,0%

49,4%

39,7%

56,4%

Goiás

21,2%

24,8%

29,3%

27,0%

29,2%

38,5%

Maranhão

20,7%

33,0%

37,1%

26,0%

28,0%

41,0%

Mato Grosso

40,4%

31,2%

39,4%

32,5%

41,9%

37,8%

Mato Grosso do Sul

50,0%

48,7%

49,4%

57,0%

54,4%

60,9%

Minas Gerais

28,8%

29,3%

29,1%

28,4%

33,3%

32,7%

Pará

19,8%

22,1%

22,4%

27,2%

33,1%

26,8%

Paraíba

25,2%

30,4%

29,0%

24,0%

42,9%

31,7%

Paraná

37,7%

39,6%

44,2%

37,0%

37,7%

46,0%

Pernambuco

32,2%

32,0%

33,6%

28,1%

37,2%

32,6%

Piauí

31,2%

33,9%

32,6%

40,9%

30,7%

32,9%

Região Norte (exceto Pará)

35,9%

45,2%

39,2%

30,8%

35,8%

42,0%

Rio de Janeiro

35,1%

33,8%

33,0%

35,9%

38,1%

34,2%

Rio Grande do Norte

34,2%

36,8%

35,1%

36,0%

41,5%

41,7%

Rio Grande do Sul

59,2%

57,6%

58,7%

54,1%

53,0%

56,8%

Santa Catarina

44,2%

46,5%

42,4%

37,9%

31,9%

41,2%

São Paulo

41,4%

45,4%

49,5%

45,2%

44,5%

46,4%

Sergipe

33,3%

23,3%

33,0%

35,9%

41,5%

48,9%

Unidade Federativa

Ano

(27)

Como se pode notar da tabela acima, verifica-se que o Distrito Federal, neste

período, foi a Unidade Federativa com a maior taxa de sindicalização, superior a

60,0% (sessenta porcento) em todo o período, e com crescimento de 0,6% (seis

centésimos por cento) ao ano, constratando com Alagoas que, em 1995, era a

quarta Unidade Federativa com a maior taxa de sindicalização, ou seja, 47,4%

(quarenta e sete inteiros e quarenta centésimos porcento), sendo que, em 2005,

apresentou a menor taxa de sindicalização, qual seja, 25,0% (vinte e cinco

porcento), após decréscimo 6,2% (seis inteiros e vinte centésimos porcento) ao ano.

Outro ponto importante é que a taxa de sindicalização dos professores da 4ª

série do ensino fundamental, conforme apresentado na tabela 3.2, a seguir, é menor

que a taxa de sindicalização dos professores da 8ª série do ensino fundamental e do

3º ano do ensino médio, sendo que, em 2005, a diferença era superior a 10 (dez)

pontos percentuais para essas séries de ensino.

(28)

Tabela 3.2

Taxa de sindicalização dos professores por série de ensino e setor de

emprego no período de 1995 a 2005.

1995

1997

1999

2001

2003

2005

Privado

25,9%

27,4%

25,4%

25,8%

26,8%

26,9%

Público

29,3%

31,9%

35,4%

31,4%

34,8%

35,6%

Público e Privado

(1)

28,8%

31,1%

33,8%

30,4%

33,4%

34,2%

Privado

38,0%

36,2%

38,3%

33,9%

34,4%

38,5%

Público

46,1%

43,6%

43,7%

42,8%

42,4%

46,7%

Público e Privado

(1)

45,0%

42,5%

42,7%

41,5%

41,1%

45,4%

Privado

49,1%

47,8%

41,5%

40,4%

40,1%

35,5%

Público

51,9%

47,9%

51,0%

46,4%

52,8%

54,0%

Público e Privado

(1)

51,2%

47,9%

48,8%

44,9%

49,3%

48,0%

Privado

34,2%

35,4%

33,0%

31,8%

32,4%

33,2%

Público

37,0%

37,9%

40,5%

37,8%

40,2%

42,8%

Público e Privado

(1)

35,2%

36,2%

37,9%

35,6%

38,2%

40,2%

1995

1997

1999

2001

2003

2005

Privado

407

437

427

437

459

375

Público

1.948

1.860

1.950

2.002

1.927

1.788

Público e Privado

(1)

2.527

2.439

2.543

2.572

2.444

2.238

Privado

152

175

214

191

195

259

Público

838

835

924

1.147

1.037

1.316

Público e Privado

(1)

1.030

1.045

1.168

1.380

1.247

1.590

Privado

178

248

222

255

254

307

Público

525

650

679

764

633

654

Público e Privado

(1)

736

934

931

1.042

899

979

Privado

737

860

863

883

908

941

Público

3.311

3.345

3.553

3.913

3.597

3.758

Público e Privado

(1)

4.293

4.418

4.642

4.994

4.590

4.807

Fundamental e

Médio

Ensino

Setor

Fundamental

-4ª série

Fundamental e

Médio

Setor

Taxa de Sindicalização (%)

Fundamental

-4ª série

Fundamental

-8ª série

Ensino

Médio

-3º ano

Fundamental

-8ª série

Médio

3º ano

Número de Observações

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE).

Nota: Dados trabalhados pelo autor.

(1) Inclui sem declaração do setor do emprego.

(29)

Alguns trabalhos, como por exemplo, de Hirschel Kasper, já em 1970,

buscavam avaliar os efeitos da sindicalização nos salários dos professores.

No gráfico 2, apresentado a seguir, são plotados a evolução salarial dos

professores no período de 1995 a 2005 por região do Brasil, bem como a evolução

da taxa de sindicalização.

Nota-se que o Centro-Oeste, região com uma das mais altas taxas de

sindicalização no período de estudo, tem, em média, um dos mais altos patamares

salariais do Brasil, sendo que, em 2005, superou as demais regiões. Além disso, o

aumento salarial para esta Região, no período de 2001 a 2005, foi de 73% (setenta

e três porcento), crescimento superior ao salário mínimo no mesmo período, que foi

de 67% (sessenta e sete porcento).

Já a região Nordeste, que, durante o período de 1995 a 2005, apresentou a

menor taxa de sindicalização de professores, manteve, durante todo o período

analisado, o menor patamar salarial.

Todavia, é importante ressaltar que esta comparação está sendo apresentada

somente a título de ilustração, já que não é objetivo do presente trabalho analisar

esta relação.

Uma análise mais criteriosa dos efeitos da sindicalização dos professores nos

salários desta categoria deveria levar em consideração outras variáveis, como, por

exemplo, salário mínimo, percentual de professores que trabalham no setor público,

etc.

Vejamos, então, o gráfico 2:

(30)

100,00 300,00 500,00 700,00 900,00 1.100,00

1995 1997 1999 2001 2003 2005

Ano

Sa

ri

o

(R

$)

0% 20% 40% 60% 80% 100%

T

ax

a

d

e

Si

n

d

ic

al

iza

çã

o

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

- Salário

- Taxa de Sindicaliação

Gráfico 2

Evolução dos salários e da taxa de sindicalização dos professores por

Região do Brasil no período de 1995 a 2005.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE); elaboração própria.

3.2. Proficiência dos alunos

As tabelas 3.3, 3.4 e 3.5, apresentadas no apêndice deste trabalho, mostram

algumas estatísticas descritivas sobre a proficiência em matemática e em português

dos alunos das 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio,

no período de 1995 a 2005.

Através delas se nota que os alunos da 4ª série do ensino fundamental da

região Nordeste do Brasil têm, invariavelmente, as notas médias mais baixas,

enquanto os alunos do Distrito Federal, após 1999, apresentam as notas médias

mais altas, quando comparadas às 27 (vinte e sete) Unidades Federativas do país.

(31)

alternância entre as Unidades Federativas das regiões Sul e Sudeste e do Distrito

Federal.

Por fim, denota-se que os resultados das avaliações dos alunos do 3º ano do

ensino médio mantiveram o mesmo padrão, sendo que, após a avaliação de 1999,

houve alternância das notas mais altas entre os Estados da região Sul, mais

precisamente entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Outro ponto importante, conforme mostrado nos gráficos a seguir, é que as

notas médias dos alunos nas avaliações de matemática e de português diminuíram

no período de 1995 a 2005, tanto nas 4ª e 8ª séries do ensino fundamental como no

3º ano do ensino médio, sendo que a taxa de sindicalização dos professores neste

período aumentou, principalmente na 4ª série do ensino fundamental.

150,0 160,0 170,0 180,0 190,0 200,0

1995 1997 1999 2001 2003 2005

Ano

Pr

o

fi

ci

ên

ci

a

10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%

T

ax

a

d

e

Si

n

d

ic

al

iza

çã

o

(%

)

Matemática Português Sindicalização

Gráfico 3

Evolução da sindicalização dos professores e do desempenho escolar

dos alunos da 4ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005.

(32)

210,0 220,0 230,0 240,0 250,0 260,0

1995 1997 1999 2001 2003 2005

Ano Pr o fi ci ên ci a 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% T ax a d e Si n d ic al iza çã o (% )

Matemática Português Sindicalização

Gráfico 4

Evolução da sindicalização dos professores e do desempenho escolar

dos alunos da 8ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005.

Fonte: dados SAEB/INEP e PNAD/IBGE; elaboração própria

.

250,0 260,0 270,0 280,0 290,0 300,0

1995 1997 1999 2001 2003 2005

Ano Pr o fi ci ên ci a 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% T ax a d e Si n d ic al iza çã o (% )

Matemática Português Sindicalização

Gráfico 5

Evolução da sindicalização dos professores e do desempenho escolar

dos alunos do 3º ano do ensino médio no período de 1995 a 2005.

(33)

4. ESTRATÉGIA EMPÍRICA E RESULTADOS

A estratégia empírica seguida neste trabalho consiste na avaliação do efeito

médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar dos alunos das 4ª

e 8ª séries do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio no Brasil, bem como

na avaliação deste efeito quando analisadas as redes de ensino particular e pública,

separadamente.

Para tanto, é aplicada a metodologia de regressão em mínimos quadrados

ponderados utilizando-se como critério de ponderação o peso de cada Estado nas

amostras da SAEB, visando modular a importância de cada observação no resultado

final.

Além disso, são utilizadas algumas variáveis, com características

socioeconômicas dos professores, por exemplo, salário médio desta categoria

profissional por Unidade Federativa, como variáveis de controle, com o objetivo de

aprofundamento do estudo.

4.1. Efeito da sindicalização no desempenho escolar dos alunos

As equações estimadas por mínimos quadrados ponderados para avaliação do

efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar dos alunos,

independentemente da rede de ensino, se mostram através das equações

apresentadas a seguir:

profic

uf,ano

=

α

0

+ α

1

S

uf,ano

+ α

2

sexo

uf,ano

+ α

3

cor

uf,ano

+ α

4

urbano

uf,ano

+

α

5

idade

uf,ano

+

α

6

instru_pai

uf,ano

+ α

7

instru_mãe

uf,ano

+

α

8

rede

uf,ano

+ ε

uf,ano

(1)

(34)

profic

uf,ano

= α

0

+ α

1

S

uf,ano

+ α

2

sexo

uf,ano

+ α

3

cor

uf,ano

+ α

4

urbano

uf,ano

+

α

5

idade

uf,ano

+ α

6

instru_pai

uf,ano

+ α

7

instru_mãe

uf,ano

+ α

8

rede

uf,ano

+

Σβj•

Duf

uf

+ ε

uf,ano

(3)

profic

uf,ano

= α

0

+ α

1

S

uf,ano

+ α

2

sexo

uf,ano

+ α

3

cor

uf,ano

+ α

4

urbano

uf,ano

+

α

5

idade

uf,ano

+ α

6

instru_pai

uf,ano

+ α

7

instru_mãe

uf,ano

+ α

8

rede

uf,ano

+

Σθ

i

Dano

ano

+ Σβ

j

Duf

uf

+ ε

uf,ano

(4)

Onde profic

uf,ano

é a nota média ponderada dos alunos por Unidade da

Federação e por ano, variável explicada, e S

uf,ano

é a variável dos dados da taxa de

sindicalização dos professores por Unidade da Federação e por ano, variável

explicativa.

As variáveis sexo

uf,ano

, cor

uf,ano

, urbano

uf,ano

, idade

uf,ano

, instru_pai

uf,ano

,

instru_mãe

uf,ano

e rede

uf,ano

, conforme descrição apresentada no quadro 1 a seguir,

trazem as características dos alunos e são utilizadas como variáveis de controle.

Variável

Descrição

Fonte de Dados

sexo

Percentual de alunos do sexo masculino.

SAEB/INEP

cor

Percentual de alunos de cor branca.

SAEB/INEP

urbano

Percentual de alunos que estudam em escolas

localizadas em áreas urbanas.

SAEB/INEP

idade

Idade média dos alunos por série de ensino.

SAEB/INEP

instru_pai

Percentual de pais que tenham pelo menos o

ensino fundamental completo.

SAEB/INEP

instru_mãe

Percentual de mães que tenham pelo menos o

ensino fundamental completo.

SAEB/INEP

instru_pais

Percentual de pais ou mães que tenham pelo

menos o ensino fundamental completo.

PNAD/IBGE

rede

Percentual de alunos que estudam na rede

particular de ensino

SAEB/INEP

(35)

Já a variável Dano

ano

é uma variável dummy

3

que tem como objetivo controlar

pelo ano da observação, sendo que Dano

ano

, D1995, D1997, D1999, D2001 ou

D2003, vale 1 (um), caso a observação seja do ano da

dummy, ou zero, caso

contrário.

A variável Duf

uf

é uma variável

dummy que tem como objetivo controlar pela

Unidade Federativa, sendo que neste trabalho são utilizadas 21 (vinte e uma)

dummies com esta função, já que as Unidades da Federação da região Norte,

exceto Pará, devido a pequena quantidade de observações por Estado, foram

agrupadas para manter esta região neste estudo.

Esta variável, Duf

uf

, vale 1 (um), caso a observação seja da Unidade

Federativa da dummy, ou zero, caso contrário.

Por fim, a variável ε

uf,ano

representa as variáveis que não são observáveis e que

afetam a variável explicada, profic

uf,ano

.

Cabe destacar que a equação 1 corresponde a uma técnica de regressão para

trabalhar com dados em painel

4

, na qual o modelo é estimado por meio de mínimos

quadrados ponderados, e as demais equações correspondem à técnica de

regressão denominada de modelo com efeitos fixos.

Por sua vez, a técnica de regressão de modelo com efeitos fixos busca levar

em consideração as mudanças nos interceptos para os dados em corte transversal e

séries temporais. Para tanto, neste modelo é acrescentado variáveis dummies.

Assim, serão estimadas 24 (vinte e quatro) regressões, 4 (quatro) equações

para 6 (seis) amostras distintas, haja vista que se tem por objetivo analisar o efeito

médio da sindicalização no desempenho escolar dos alunos das 4ª e 8ª séries do

ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio, utilizando o resultado das

avaliações das provas de português e matemática do SAEB.

3 Variável binária com valores 1 ou 0.

(36)

Após estimar as regressões, será possível determinar qual o melhor modelo a

ser utilizado por meio da comparação da soma dos erros dos quadrados dos

resíduos das equações e também pela utilização da estatística F.

Outro ponto importante é

que o coeficiente α

1

representa o efeito médio da

sindicalização dos professores no desempenho escolar dos alunos, portanto, é o

principal coeficiente a ser analisado.

Além disso, este coeficiente, quando estimado pela equação 4, representa a

diferença das variações das proficiências nos Estados pela diferença das variações

das taxas de sindicalização dos professores nos Estados. Assim,

independentemente do resultado da avaliação dos modelos, esta equação é uma

das mais importantes a ser analisada.

As tabelas 4.6, 4.7 e 4.8 trazem os resultados das estimações das regressões,

sendo apresentados os valores estimados do coefi

ciente α

1

, bem como os erros

padrões e os p-valores, probabilidades nas caudas normais padrão.

Tabela 4.6

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar

dos alunos da 4ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005.

Regressão

Matéria SAEB

Estimativa

Erro padrão

P-valor

Matemática

-16,884

10,460

0,109

Português

-10,457

11,318

0,357

Matemática

-45,771

10,355

0,000

Português

-43,646

8,839

0,000

Matemática

-12,406

8,630

0,154

Português

-28,257

10,249

0,007

Matemática

4,192

8,369

0,618

Português

-14,346

8,052

0,078

1

2

3

4

(37)

Como se pode verificar, os resultados estatisticamente significativos ocorrem

na regressão 2, tanto para as avaliações de matemática como para as avaliações de

português, sendo que na regressão 3 e 4, somente para as avaliações de português.

Todavia, quando se analisa qual o melhor modelo a ser utilizado, com base na

soma dos erros dos quadrados dos resíduos, conclui-se que o melhor modelo de

regressão é o utilizado na equação 4, modelo no qual as estimativas do coeficiente

α

1

foram estatisticamente significativas somente para avaliação de português.

Assim, em princípio, existe influência da sindicalização dos professores no

desempenho dos alunos da 4ª série do ensino fundamental nas avaliações de

português, sendo que o crescimento da taxa de sindicalização em 1 (um) ponto

percentual tem como efeito médio no período de estudo a redução de,

aproximadamente, 14 (quatorze) unidades nas notas médias dos alunos.

Tabela 4.7

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar

dos alunos da 8ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005.

Regressão

Matéria SAEB

Estimativa

Erro padrão

P-valor

Matemática

-34,198

7,790

0,000

Português

-20,199

11,394

0,079

Matemática

-36,668

7,376

0,000

Português

-27,579

6,746

0,000

Matemática

-9,921

6,443

0,127

Português

16,515

13,351

0,219

Matemática

-12,534

5,113

0,016

Português

-12,720

6,213

0,043

1

2

3

4

Fonte: dados SAEB/INEP e PNAD/IBGE; elaboração própria.

No caso das regressões para avaliação do efeito médio da sindicalização dos

professores no desempenho escolar dos alunos da 8ª série do ensino fundamental,

verifica-se que, com exceção dos resultados da equação 3, todas as estimativas do

(38)

Além disso, a equação 4, que também apresentou estimativas significantes,

novamente, pode ser considerada como o melhor modelo para regressão.

Assim, pode-se concluir que existe influência da sindicalização dos professores

no desempenho escolar dos alunos da 8ª série do ensino fundamental, sendo que o

crescimento da taxa de sindicalização em 1 (um) ponto percentual tem como efeito

médio no período de estudo a redução de, aproximadamente, 12 (doze) unidades

nas notas médias dos alunos, tanto na avaliação de matemática, como de

português.

Tabela 4.8

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar

dos alunos do 3º ano do ensino médio no período de 1995 a 2005.

Regressão

Matéria SAEB

Estimativa

Erro padrão

P-valor

Matemática

-29,562

9,177

0,002

Português

-37,627

9,533

0,000

Matemática

-29,067

8,272

0,001

Português

-24,350

6,566

0,000

Matemática

-2,428

7,860

0,758

Português

-26,711

11,813

0,026

Matemática

-3,400

6,875

0,622

Português

-8,221

7,465

0,274

1

2

3

4

Fonte: dados SAEB/INEP e PNAD/IBGE; elaboração própria.

Finalmente, as estimativas das regressões para o 3º ano do ensino médio

mostram que os coeficientes das equações 1 e 2 e da equação 3, quando analisado

o desempenho dos alunos nas avaliações de português, são estatisticamente

significantes.

(39)

4.2. Efeito da sindicalização no desempenho escolar dos alunos por rede de

ensino

Para estimar o efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho

escolar dos alunos das 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e do 3º ano do ensino

médio por rede de ensino, são utilizadas as mesmas 4 (quatro) equações

apresentadas no tópico 4.1.

A principal diferença é que a variável de controle da rede de ensino, rede

uf,ano

,

não é mais utilizada, já que os dados das amostras são apartados por rede de

ensino, pública ou particular.

Com isso, a quantidade de regressões estimadas dobra, passando de 24 (vinte

e quatro) para 48 (quarenta e oito) regressões.

As tabelas 4.9, 4.10 e 4.11 trazem os resultados das estimações das

regressões por rede de ensino, sendo apresentados os valores estimados do

coeficiente α

1

, bem como os erros padrões destas estimativas e os p-valores,

(40)

Tabela 4.9

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho escolar

dos alunos da 4ª série do ensino fundamental por rede de ensino no período de

1995 a 2005.

Regressão

Matéria SAEB

Rede de Ensino

Estimativa

Erro padrão

P-valor

Particular

3,001

10,966

0,785

Pública

-27,470

9,213

0,003

Particular

6,960

8,519

0,416

Pública

-23,800

9,814

0,017

Particular

-0,504

9,844

0,959

Pública

-50,358

8,770

0,000

Particular

1,931

8,276

0,816

Pública

-47,271

7,282

0,000

Particular

-9,017

9,366

0,338

Pública

-6,890

7,780

0,378

Particular

0,258

6,947

0,970

Pública

-28,891

9,419

0,003

Particular

-13,514

5,773

0,021

Pública

3,872

8,481

0,649

Particular

-7,836

5,447

0,154

Pública

-19,971

8,178

0,016

Matemática

Português

1

2

Matemática

Português

Matemática

Português

4

Matemática

Português

3

Fonte: dados SAEB/INEP e PNAD/IBGE; elaboração própria.

Como se vê na tabela 4.9, com exceção da equação 3 e 4 para matemática,

todas as estimativas das regressões para a rede de ensino do setor público são

significantes.

Já para a rede de ensino particular, somente a estimativa da equação 4 para

matemática é estatisticamente significante. As demais estimativas das equações não

são significantes estatisticamente.

(41)

Assim, pode-se concluir que a sindicalização dos professores tem influência no

desempenho escolar dos alunos da 4ª série do ensino fundamental na rede de

ensino pública, quando utilizado como parâmetro o resultado da avaliação de

português, e na rede de ensino particular para avaliação de matemática.

O efeito do aumento de 1 (um) ponto percentual da taxa de sindicalização dos

professores tem como resultado a redução de, aproximadamente, 13 (treze)

unidades nas notas médias das avaliações de matemática e de 20 (vinte) unidades

nas notas médias das avaliações de português, respectivamente, dos alunos da

rede particular e pública.

Tabela 4.10

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho

escolar dos alunos da 8ª série do ensino fundamental por rede de ensino no período

de 1995 a 2005.

Regressão

Matéria SAEB

Rede de Ensino

Estimativa

Erro padrão

P-valor

Particular

6,401

4,921

0,196

Pública

-44,146

6,530

0,000

Particular

1,702

4,429

0,702

Pública

-10,127

10,676

0,345

Particular

5,854

4,205

0,167

Pública

-48,356

6,305

0,000

Particular

3,844

3,242

0,239

Pública

-30,129

6,196

0,000

Particular

5,146

4,289

0,233

Pública

-9,432

6,120

0,126

Particular

0,846

4,931

0,864

Pública

21,460

15,024

0,156

Particular

3,519

3,760

0,352

Pública

-11,162

4,860

0,024

Particular

-3,420

3,160

0,282

Pública

-9,718

6,641

0,147

Matemática

Português

4

Matemática

Português

3

Matemática

Português

1

2

Matemática

Português

(42)

Quando se analisa o efeito da sindicalização dos professores no desempenho

escolar dos alunos da 8ª série do ensino fundamental por rede de ensino, verifica-se

que todas as estimativas para a rede de ensino particular não são significantes.

Já para a rede de ensino pública, as estimativas da equação 1, para

matemática, da equação 2, ambas as disciplinas, e da equação 4, para matemática,

são estatisticamente significantes.

Contudo, tendo em vista que, após a análise dos modelos, a melhor regressão

é a da equação 4, conclui-se que somente há influência da sindicalização dos

professores no desempenho dos alunos nas avaliações de matemática da 8ª série

do ensino fundamental da rede de ensino pública.

(43)

Tabela 4.11

Efeito médio da sindicalização dos professores no desempenho

escolar dos alunos do 3º ano do ensino médio por rede de ensino no período de

1995 a 2005.

Regressão

Matéria SAEB

Rede de Ensino

Estimativa

Erro padrão

P-valor

Particular

2,955

6,995

0,674

Pública

-31,537

10,473

0,003

Particular

4,459

6,425

0,489

Pública

-50,570

10,939

0,000

Particular

-0,851

6,345

0,894

Pública

-32,402

9,372

0,001

Particular

-7,927

4,863

0,106

Pública

-29,152

7,313

0,000

Particular

-6,846

5,165

0,188

Pública

2,628

9,367

0,780

Particular

-6,095

6,721

0,367

Pública

-25,553

13,711

0,065

Particular

-2,189

4,678

0,641

Pública

-4,357

6,831

0,525

Particular

-7,712

5,029

0,129

Pública

-9,085

7,735

0,243

Matemática

Português

1

2

Matemática

Português

Matemática

Português

4

Matemática

Português

3

Fonte: dados SAEB/INEP e PNAD/IBGE; elaboração própria.

Finalmente, as estimativas

do coeficiente α

1

para alunos do 3º ano do ensino

médio por rede de ensino são significativas somente para rede pública,

especificamente para as equações 1 e 2 e para a equação 3, somente para

avaliação de português.

Imagem

Gráfico 1  – Evolução da taxa de sindicalização dos professores no Brasil no período  de 1995 a 2005
Tabela 3.2  – Taxa de sindicalização dos professores por série de ensino e setor de  emprego no período de 1995 a 2005
Gráfico 2  – Evolução dos salários e da taxa de sindicalização dos professores por  Região do Brasil no período de 1995 a 2005
Gráfico  3  – Evolução da sindicalização dos professores e do desempenho escolar  dos alunos da 4ª série do ensino fundamental no período de 1995 a 2005
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