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Análise da interface adesiva entre cimentos resinosos e diferentes terços da dentina intrarradicular

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Academic year: 2017

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ANÁLISE DA INTERFACE ADESIVA ENTRE CIMENTOS

RESINOSOS E DIFERENTES TERÇOS DA DENTINA

INTRARRADICULAR.

ARAÇATUBA - SP

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ANÁLISE DA INTERFACE ADESIVA ENTRE CIMENTOS

RESINOSOS E DIFERENTES TERÇOS DA DENTINA

INTRARRADICULAR.

Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia, Campus de Araçatuba – Unesp, para a obtenção do título de e “Mestre em Odontologia” – Área de Concentração em Prótese Dentária.

Orientador: Prof. Ass. Dr. Paulo Henrique dos Santos

ARAÇATUBA - SP

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Thaís Yumi Umeda Suzuki

NASCIMENTO

25/06/1986 – Campinas – SP

FILIAÇÃO

Masaaki Suzuki

Mary Yuriko Umeda Suzuki

2005/2008

Curso de Graduação em Odontologia

Faculdade de Odontologia de Araçatuba -

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita

Filho”.

2009/2011

Curso de Especialização em Periodontia

Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas -

Regional de Araçatuba.

2009/2011

Obtenção dos créditos referentes ao curso de

Pós-Graduação em Odontologia, área de Prótese Dentária,

nível de Mestrado

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essencial para eu chegar até aqui.

Você é o motivo de muito orgulho para mim e a maior responsável pela realização deste sonho, pois desde cedo você me dizia que eu levava jeito para ensinar, mesmo quando eu mesma não tinha consciência disso.

Obrigada por entender a minha ausência e continuar me apoiando, mesmo a distância, sempre com a esperança que o tempo proporcione melhores momentos no futuro. Obrigada por acreditar no meu potencial, por todo amor, atenção e por tudo que representa na minha vida.

Por ser um companheiro sempre, mantendo sempre o contato, comemorando minhas vitórias e atencioso às minhas preocupações. Pelo carinho, apoio e os momentos inesquecíveis de descontração.

Por preencher a minha ausência, estando sempre do lado da mãe. Obrigada por ser meu irmão, meu amigo.

Por ter me acolhido tão bem e ter me permitido morar em sua casa desde o inicio da graduação, sempre me tratando com uma filha, dando toda atenção e carinho que eu precisava. Sou eternamente grata por todos os conselhos e ensinamentos pessoais e profissionais. Obrigada por batalhar comigo mais esta conquista!

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Que sempre me estimularam a estudar, batalhar e acreditar nos meus sonhos... Sei que hoje estariam orgulhosos de mim. Com vocês também divido esta conquista!

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Por ser um exemplo de professor e ser humano para mim. O senhor é um estímulo constante em minha vida, pois seus ensinamentos e experiências foram muito valiosos para meu crescimento pessoal e profissional. Sua competência, seu jeito simples, descontraído e calmo de me orientar, com certeza tornaram a realização deste trabalho uma grande oportunidade de crescimento.

Obrigada pela orientação de forma sempre atenta, presente e paciente. Agradeço por ter acreditado no meu potencial, fazendo-me fruto de sua confiança e aberto meus olhos para o ensino e a pesquisa. Tenha certeza da minha eterna gratidão por tudo que me ensinou e o seu apoio foi muito importante para a concretização de mais essa etapa. Professor, agradeço acima de tudo pela sua amizade. Muito obrigada!

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Que esteve sempre presente em momentos fundamentais do meu caminho profissional. Aprendi muito com você! Agradeço pela acolhida, pelos conselhos e ensinamentos e pela oportunidade de conviver com uma pessoa sábia, iluminada e amiga. Obrigada por tudo nesses quase sete anos de convivência diária.

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À Deus, por ter me dado uma família maravilhosa, ter me cercado de pessoas especiais e me concedido saúde, perseverança e força para seguir meu caminho e iluminando meus pensamentos e atitudes.

À Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba – UNESP, na pessoa de sua diretora

Profa. Dra. Ana Maria Pires Soubhia e vice-diretor Prof. Dr. Wilson Roberto Poi, que me acolheu e proporcionou meu aprendizado e crescimento nos cursos de graduação e mestrado.

Aos ex e atuais coordenadores do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Prof. Dr. Idelmo Rangel Garcia Junior e Profa. Dra. Maria José Hitomi Nagata, por incentivar os alunos e acreditar nos futuros professores e pesquisadores.

Às funcionárias da Seção de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Valéria Zagato, Lilian Mada e Cristiane Lui, que de forma sempre atenciosa e prestativa, me ajudaram sempre que precisei. Muito obrigada pela paciência.

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Aos professores do curso de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, pela oportunidade de crescimento e por todo conhecimento científico compartilhado.

Aos professores do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, por todos os ensinamentos transmitidos, pela motivação e carinho com que me trataram desde a graduação.

Aos técnicos, Rosemeire, Ana Marcelina, Jânder, Carlão, Eduardinho e José Baleeiro; e as secretárias Maria Lúcia e Magda, do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP agradeço por estarem sempre dispostos a auxiliar, sempre com muita competência, paciência, e atenção; colaborando para o sucesso do nosso trabalho clínico.

Ao Departamento de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Araçatuba

- UNESP e ao professor André Luiz Fraga Briso, pela recepção e autorização do uso da lupa estereoscópica, indispensável para a realização deste trabalho.

Aos pacientes, fonte de tanta busca e de tanto aprendizado.

À Profa. Dra. Maria Cristina Rosifini Alves Rezende, responsável pela Disciplina de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, pela convivência, ensinamento, e oportunidade da realização do estágio docente. Agradeço também pela autorização para utilização da máquina universal EMIC, equipamento indispensável para realização deste estudo.

Ao Prof. Dr.João Eduardo Gomes Filho, do Departamento de Odontologia Restauradora da

Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, pela orientação e gentileza em me ceder materiais endodônticos para a realização do estudo.

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Ao Prof. Dr. Wirley Gonçalves Assunção, do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, que esteve presente em momentos fundamentais do meu caminho profissional, sempre com competência, caráter e integridade. Obrigada pela paciência, pelos ensinamentos e pela oportunidade de conviver com uma pessoa sábia, verdadeira e amiga.

Ao Prof. Dr. Eduardo Passos Rocha, do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, pela saudável convivência nas clinicas e nas aulas. Aprendi muito com o senhor, obrigada!

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À minha amiga, Pâmela Letícia dos Santos, pessoa de enorme bondade. Ter você como amiga é um privilégio para mim. Obrigada por toda a convivência, pela disponibilidade em me ajudar, oferecendo sempre palavras motivadoras. Obrigada por ter me escutado tantas vezes, por todos os conselhos, por compartilhar comigo os momentos bons e nem tão bons assim. Muito obrigada, Pam!

À minha amiga, Ana Paula Albuquerque Guedes, pelo carinho e prontidão a ajudar sempre que necessário. Agradeço por ter me acolhido de forma tão dedicada nessa nossa equipe e pelos bons momentos que dividimos e por aqueles mais difíceis também. Obrigada pela convivência agradável, pelas risadas e pelo apoio sempre.

À minha amiga, Amália Moreno, que foi uma pessoa fundamental principalmente no inicio do meu mestrado. Ensinou-me desde as coisas mais simples até as mais complexas, de forma sempre humilde e paciente. A minha jornada no mestrado foi mais fácil com a sua ajuda, aprendi muito com você. Obrigada amiga!

À minha amiga, Profa. Dra. Daniela Micheline dos Santos, pelas palavras de apoio, conselhos e ajuda constante. Você foi essencial para tornar essa minha caminhada mais fácil e agradável. Te adoro!

À minha amiga, Elisa Mattias Sartori, por todos os bons momentos vividos durante o mestrado. Obrigada pela sua amizade, incentivo e apoio de sempre.

Aos amigosde pós-graduação, Aldiéris Pesqueira, Amilcar Freitas Jr, Aline Takamiya, Ana Paula Martini, Carla Mendes, Daniel Almeida, Derly Tescaro, Douglas Monteiro, Érika Almeida, Fernanda Garcia, Joel Santiago Jr, Juliana Delben, Juliana Jorge, Juliana Mendonça, Leonardo Torcato, Letícia Cunha, Lídia Pimenta, Lisiane Bannwart, Lucas Machado, Marcela Haddad, Mayara Barbosa, Rodolfo Anchieta, Rosse Mary Falcón, Valentim Barão, Vanessa Rahal, pelos bons momentos que dividimos e amizade que construímos.

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poder exercitar um pouco, o meu lado orientadora. Aprendi muito com vocês também.

Aos amigos de pós-graduação da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira – UNESP,

Fernando Brandão de Oliveira e Adriana Norcino pela companhia e amizade. Vocês sabem

como é estar em uma faculdade diferente, não conhecer ninguém e a atenção de vocês foi essencial para a realização das leituras das minhas amostras no Ultramicrodurômetro. Adorei vocês! Obrigada por tudo!

Às amigas de pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP, Carla Müller e

Luciana Francisconi por terem tornado meus dias no encontro do GBMD muito mais divertido e proveitoso. Adorei conhecer vocês, espero que este seja o inicio de uma grande amizade.

Aos amigos de graduação, Adriana Tabuse, Gláuber Rabelo, Rafael Faé, Simone Maruta, Gabriel Rinaldi, Daniel Ferreira, Gustavo Manrique, Daniella Bueno, Ícaro Toledo e

Valéria de Abreu pela convivência e por terem tornado os meus dias muito mais felizes e engraçados.

Aos amigos de especialização em Periodontia, Beatriz Martinelli, Flávia Cucolo, Marcelo Germani, Maria Luisa Galvão, Marília Fugita, Walter Dias, Rafael Imai, Rodrigo Otoboni Molina, e pelos momentos de descontração, alegria e amizade. Obrigada por compreenderem os meus momentos de estresse e ausência durante o curso. Na especialização, tive a chance de conhecer pessoas que já conhecia, porém de forma que eu percebesse o quão amigas são. Obrigada pela amizade meninas!

À amiga e Profa. Dra. Lílian Pescinini Ruli. O convívio e o aprendizado que tive com você, muito me enriqueceram na busca por me tornar uma melhor pessoa e profissional a cada dia da minha vida. Obrigada pela amizade, apoio e os momentos de descontração e lazer.

À minha amiga, Larissa Tiemy Ishiwa, por não ter deixado a distancia e as ocupações cotidianas abalarem nossa amizade. Obrigada pelo ombro amigo e por fazer parte da minha vida há tanto tempo, sempre amiga e companheira para qualquer momento.

Aos meus familiares, batian Kimiyo, tias Wilsen, Cris, Márcia e Eliana, tios Beto, Tony e Sidney, primos Rafael, Bruno, Marcelo, Bryan, João Alfredo, Enrico e Lukas e primas

Bruna e Michelly por todo amor e apoio em todas as fases da minha vida.

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Paulista; 2011.

O propósito deste estudo foi avaliar as técnicas de cimentação adesiva de pinos de fibra de vidro nos diferentes terços da dentina intrarradicular, através da resistência de união e avaliação de propriedades mecânicas da interface adesiva. Quarenta dentes humanos unirradiculares foram utilizados neste estudo. Após obturação endodôntica e preparo mecânico dos condutos radiculares, os dentes foram divididos em cinco grupos experimentais (n=8), de acordo com a técnica adesiva adotada para cimentação de pinos de fibra de vidro: Grupo 1: adesivo fotoativado Single Bond 2 + cimento resinoso RelyX ARC; Grupo 2: adesivo dual Excite DSC + RelyX ARC; Grupo 3: adesivo autocondicionante Adper SE Plus + RelyX ARC; Grupo 4: cimento resinoso autoadesivo RelyX Unicem; Grupo 5: cimento resinoso autoadesivo Set. As propriedades mecânicas de dureza e módulo de elasticidade foram mensuradas nas estruturas da interface adesiva em ultramicrodurômetro digital DUH-211. A resistência de união foi mensurada pelo teste de push-out em máquina de ensaio

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Para os materiais resinosos, houve uma tendência de o terço apical apresentar os menores valores das propriedades analisadas, o que poderia conduzir à realização de preparos intrarradiculares mais conservativos.

Palavras-chave: Cimentos de Resina. Adesivos. Técnica para Retentor

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State University; 2011.

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could stimulate the use of more conservative intraradicular preparation.

Key-words: Resin Cements. Adhesive. Technique for Retaining Intra-Root.

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CAPÍTULO 1

Figura 1: Esquema do delineamento experimental adotado neste estudo... 66

CAPÍTULO 2

Figura 1: Esquema do delineamento experimental adotado neste estudo... 95

Figura 2: Amostras representativas do Grupo 1, composto pelo sistema adesivo fotoativado Single Bond 2.1 e cimento resinoso convencional RelyX ARC, nos três terços (cervical, médio e apical)... 96

Figura 3: Amostras representativas do Grupo 2, composto pelo sistema adesivo dual Excite DSC e cimento resinoso convencional RelyX ARC, nos três terços (cervical, médio e apical)... 96

Figura 4: Amostras representativas do Grupo 3, composto pelo sistema adesivo autocondicionante Adper SE Bond e cimento resinoso convencional RelyX ARC, nos três terços (cervical, médio e apical)... 97

Figura 5: Amostras representativas do Grupo 4, composto pelo cimento resinoso autoadesivo RelyX Unicem, nos três terços (cervical, médio e apical)... 97

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CAPÍTULO 1

Tabela 1: Materiais usados neste estudo... 67

Tabela 2: Valores de Dureza Martens (HM) e Módulo de Elasticidade (Eit) da dentina em função dos processos cimentantes e terços radiculares (MPa)... 68

Tabela 3: Valores de Dureza Martens (HM) e Módulo de Elasticidade (Eit) dos sistemas adesivos nos três terços radiculares (MPa)... 69

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Tabela 2: ANOVA dois critérios para resistência de união pelo teste de push-out... 100

Tabela 3: Valores de resistência de união por extrusão (push-out) (MPa) de

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± = mais ou menos

% = percentagem

µm = micrometro

ANOVA = Análise da variância Ass. = Assistente

Bis-GMA = Bisfenol A glicidil dimetacrilato

CA = Califórnia

Corp. = Corporation

CT = Connecticut

Dr. = Doutor

Dra. = Doutora

Eit = Módulo de elasticidade EUA = Estados Unidos da América et al. = e colaboradores

HEMA = Hidroxil-etil-metacrilato

HM = Dureza Martens

IL = Illinois

Inc. = Incorporation

MEV = Microscopia eletrônica de varredura

ml = mililitro (unidade de medida equivalente a 10-3l) mm = milímetro (unidade de medida equivalente a 10-3m) MHP = Fosfato metacrilatos

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n° = número

NJ = Nova Jérsei

PLSD = Protected Least Significant Difference Prof. = Professor

Profa. = Professora

RO = Rovigo

s = segundo

SP = São Paulo

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2 Capítulo 1 – Propriedades mecânicas dos componentes da interface adesiva nos diferentes terços da dentina intrarradicular... 34

2.1 Resumo... 35 2.2 Abstract... 37 2.3 Introdução e Proposição... 39 2.4 Materiais e Método... 42 2.5 Resultado... 49 2.6 Discussão... 52 2.7 Conclusão... 58 2.8 Referências... 59

3 Capítulo 2 - Resistência de união entre pinos de fibra de vidro à dentina intrarradicular unidos com diferentes agentes cimentantes... 71

3.1 Resumo... 72 3.2 Abstract... 74 3.3 Introdução e Proposição... 75 3.4 Materiais e Método... 77 3.5 Resultado... 83 3.6 Discussão... 84 3.7 Conclusão... 89 3.8 Referências... 90

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1 Introdução Geral∗∗∗∗

A restauração de dentes tratados endodonticamente, embora praticada há muitos anos, continua a ser uma grande preocupação na Odontologia. Esses dentes apresentam maiores riscos de falhas biomecânicas e fraturas quando colocadas em função, comparados aos dentes vitais16,23. Isso ocorre, pois geralmente esses dentes apresentam uma perda de estrutura coronal considerável, devido a cáries extensas, trauma, patologia pulpar ou causas iatrogênicas12. Dessa forma, necessitando de um tratamento restaurador cauteloso, devido à fragilidade do remanescente dental e menor área de superfície para estabilidade da restauração6,7,17.

A restauração de dentes tratados endodonticamente vem sendo estudada ao longo dos anos, podendo ser realizada através do simples selamento pulpar utilizando um material restaurador de uso direto, ou através de restaurações indiretas e colocação de pinos intrarradiculares. A colocação de pinos deve ser considerada apenas em situações onde o remanescente cervical do dente em questão já não pode fornecer apoio adequado e retenção para a restauração16.

A utilização de pinos intrarradiculares na reabilitação de dentes tratados endodonticamente muitas vezes necessita da prévia remoção de estrutura dental sadia para o preparo do conduto radicular, com a possibilidade de perfuração e enfraquecimento das paredes radiculares. Sendo assim, o ideal seria que o pino possuísse forma similar ao espaço confeccionado durante o tratamento endodôntico pela remoção de dentina, não induzisse tensões durante o seu assentamento, possuísse propriedades mecânicas semelhantes à dentina, além de cor semelhante à estrutura dental para facilitar a estética15.

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Atualmente, não há nenhum pino intrarradicular que supra todas essas características. Entre os disponíveis no mercado, os que possuem melhores características são os pinos constituídos por fibra de vidro, pois não apresentam corrosão, são biocompatíveis, estéticos, e principalmente, possuem módulo de elasticidade próximo ao da dentina, promovendo melhor distribuição de tensões causadas pela mastigação, o que resulta em menor possibilidade de fratura radicular2,21.

Como a função dos pinos intrarradiculares é proporcionar retenção à restauração, é imprescindível que ocorra uma boa união à estrutura dental radicular para sua efetividade. Devido aos grandes avanços da tecnologia adesiva, os cimentos resinosos têm sido recomendados para esta finalidade, uma vez que a combinação entre pino de fibra de vidro e cimento resinoso formaria uma estrutura homogênea11, conferindo assim, melhores resultados a longo prazo em relação aos cimentos convencionais.

Os cimentos resinosos que possuem ativação química são os mais indicados na cimentação de pinos intrarradiculares por proporcionar menor tensão de contração de polimerização, diminuindo assim, o risco de falha na interface adesiva20. Isso inclui os cimentos resinosos de dupla polimerização, os quais foram desenvolvidos para combinar as vantagens da fotoativação, associada à ativação química do material em áreas onde a luz não consegue penetrar, conciliando as características favoráveis dos cimentos autopolimerizáveis e fotoativados4,14. O ideal seria utilizar um material com extenso tempo de trabalho e capaz de alcançar elevado grau de conversão, tanto na presença ou ausência de luz8.

Os cimentos resinosos convencionais dependem de um sistema adesivo para união ao tecido dentário. De acordo com a literatura, os sistemas adesivos de ativação química ou dual proporcionam a formação adequada de uma camada híbrida uniforme e tags resinosos

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na rede de colágeno desmineralizada e o alto grau de conversão dos monômeros são fatores cruciais para estabelecer a longa duração da interface5,19. Porém, em alguns casos, devido à polimerização inicial não controlada, o adesivo não polimerizado poderia ser removido durante a inserção do pino e do cimento resinoso, diminuindo o seu embricamento mecânico12. Alguns fatores poderiam também afetar a conversão dos monômeros, como a água residual ou solventes orgânicos, e a qualidade da fonte de luz aplicada para ativar o sistema adesivo. Os adesivos fotoativados apresentam maior grau de conversão comparado aos adesivos duais5. No entanto, devido à dificuldade de acesso da luz em promover adequada polimerização intracanal dos componentes resinosos, tornam-se necessários novos estudos para determinar o potencial de hibridização à dentina radicular de adesivos fotoativados e duais de acordo com a profundidade do canal.

Os cimentos resinosos autoadesivos, mais recentemente desenvolvidos, não requerem qualquer tratamento da superfície dentária, sendo sua aplicação realizada em passo único1,13,24, similar aos cimentos convencionais de fosfato e policarboxilato de zinco10. Este tipo de cimento reintroduziu o conceito de se utilizar a smear layer como substrato de união,

mas com novas formulações que deveriam condicionar além da smear layer, a dentina

subjacente22. Para tanto, é necessário que os monômeros ácidos sejam capazes de desmineralizar a dentina subjacente, resultando em retenções micromecânicas e infiltração do monômero adesivo no substrato dental9.

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guta-percha e cimento, o que poderia interferir na união efetiva com a dentina25. Essa diversidade de materiais disponíveis e as características morfológicas do substrato tornam o tratamento restaurador com pinos intrarradiculares um procedimento adesivo único, questionável e muitas vezes imprevisível. Dessa forma, o estudo das propriedades mecânicas dos componentes da interface adesiva entre pino e dentina intrarradicular seria de grande relevância científica na busca por um processo de união previsível e durável. Neste sentido, dois capítulos são apresentados objetivando (1) avaliar as propriedades mecânicas (dureza e módulo de elasticidade) dos componentes da interface adesiva nos diferentes terços da dentina intrarradicular (cervical, médio e apical) e (2) avaliar a resistência de união de pinos de fibra de vidro nos diferentes terços da dentina intrarradicular através do teste de push-out,

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PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS COMPONENTES DA INTERFACE ADESIVA NOS DIFERENTES TERÇOS DA DENTINA INTRARRADICULAR

2.1 Resumo

Objetivos: Avaliar as propriedades mecânicas (dureza e módulo de elasticidade) de adesivos

dentinários, cimentos resinosos e dentina subjacente à interface adesiva restauradora nos diferentes terços da dentina intrarradicular (cervical, médio e apical).

Métodos: Quarenta premolares humanos unirradiculares foram utilizados neste estudo. Após

obturação endodôntica e preparo mecânico dos condutos radiculares, os mesmos foram divididos em cinco grupos experimentais (n=8), de acordo com os materiais utilizados na cimentação de pinos de fibra de vidro: Grupo 1: adesivo fotoativado Single Bond 2 + cimento resinoso RelyX ARC; Grupo 2: adesivo dual Excite DSC + RelyX ARC; Grupo 3: adesivo autocondicionante Adper SE Plus + RelyX ARC; Grupo 4: cimento resinoso autoadesivo RelyX Unicem; Grupo 5: cimento resinoso autoadesivo Set. As propriedades mecânicas de dureza e módulo de elasticidade foram mensuradas nas estruturas da interface adesiva (cimento resinoso, adesivo dentinários e dentina subjacente) em ultramicrodurômetro digital DUH-211 (Shimadzu), sob ação de carga de 3mN, nos diferentes terços da dentina intrarradicular (cervical, médio e apical). Os dados foram submetidos a testes estatísticos de normalidade e analisados pela ANOVA e teste de Fisher ( = 0,05).

Resultados: Os resultados mostraram que na dentina, os maiores valores de dureza Martens

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nos terços cervical e apical. O cimento RelyX ARC apresentou menores valores de dureza e módulo de elasticidade no terço apical, quando utilizado em conjunto com o adesivo Single Bond 2 ou Adper SE Plus. Os cimentos resinosos autoadesivos, bem como o cimento convencional RelyX ARC quando associado a um adesivo de dupla ativação não apresentou diferença para a dureza e módulo de elasticidade entre os terços estudados.

Conclusão: As propriedades mecânicas dos materiais adesivos e do substrato dentinário são

influenciadas pela interação dos materiais resinosos utilizados, bem como pela profundidade intrarradicular analisada.

Significância clínica

A escolha de materiais resinosos com melhores propriedades mecânicas é fundamental para garantir maior longevidade nos processos de cimentação adesiva de pinos de fibra de vidro no espaço intrarradicular.

Palavras-chave: Dureza. Módulo de elasticidade. Cimentos de Resina. Adesivos.

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MECHANICAL PROPERTIES OF THE COMPONENTS OF BONDING INTERFACE IN DIFFERENTS REGIONS OF RADICULAR DENTIN SURFACE

2.2 Abstract

Objectives: The aim of this study was to evaluate the mechanical properties (hardness and

elastic modulus) of dentin adhesives, resin cements and underlying dentin of the bonding interface in different thirds of intra-root dentin (cervical, middle and apical).

Methods: Forty extracted single-rooted human teeth were used in this study. After endodontic

filling and mechanical preparation of root canal, they were divided into five groups (n=8), according to the technique adopted for adhesive cementation of glass fiber posts: Group 1: Single Bond 2 light-cured adhesive + RelyX ARC resin cement; Group 2: Excite DSC dual-cured adhesive + RelyX ARC; Group 3: Adper SE Plus self-etch adhesive + RelyX ARC; Group 4: RelyX Unicem self-adhesive resin cement; Group 5: Set self-adhesive resin cement. The mechanical properties of hardness and elastic modulus were measured in the structures of the adhesive interface (resin cement, adhesive and underlying dentin) in ultra-micro hardness tester DUH-211 (Shimadzu) under the action of load 3mN in different thirds of radicular dentin surface (cervical, middle and apical). Data were subjected to normality statistical tests, ANOVA and Fisher’s test ( =0.05).

Results: The results showed that, in the underlying dentin, the highest Martens hardness

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the cervical and apical regions. RelyX ARC showed the lowest values of Martens hardness and elastic modulus in the apical regions when associated to Single Bond 2 or Adper SE Plus. The self-adhesive resin cement, as well as RelyX ARC associated to dual-curing bonding adhesive did not shown any difference to Martens hardness or elastic modulus among the studied regions.

Conclusion: The mechanical properties of adhesive materials and underlying dentin are

influenced by the interaction of the resin materials, as well as depth of intraradicular analyzed area.

Clinical Significance

The choice of resin materials with adequated mechanical properties are essential to ensure longevity in the adhesive fiber posts cementation procedure in intraradicular dentin.

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2.3 Introdução∗∗∗∗

O uso de cimentos resinosos para a cimentação de pinos de fibra de vidro em dentes tratados endodonticamente, tem se tornado um procedimento clínico comum na Odontologia. A cimentação não adesiva, como a que utiliza o cimento de fosfato de zinco, tem se mostrado menos confiável para suportar as forças funcionais para os dentes já enfraquecidos pela instrumentação1,2, uma vez que o material apresenta solubilidade aos fluidos orais, falta de adesão à estrutura dental acarretando problemas de microinfiltração e propriedades mecânicas inferiores aos cimentos resinosos adesivos3,4. Os materiais resinosos, além de possuírem propriedades mecânicas semelhantes a da dentina e do pino de fibra de vidro5, preservam o remanescente dental, possibilitando a restauração de dentes com canais radiculares largos, permitindo assim, a retenção de sua restauração6.

As técnicas de cimentação adesiva podem utilizar sistemas adesivos associados a cimentos resinosos convencionais ou ainda cimentos resinosos autoadesivos1. Atualmente, diversos adesivos dentinários estão disponíveis no mercado: sistema de condicionamento dental prévio (etch-and-rinse), seguindo pela aplicação do primer e do adesivo de forma

separada (três passos) ou combinado (dois passos); e sistemas adesivos autocondicionantes, contendo primer autocondicionante e adesivo separadamente (dois passos) ou em única

solução (all-in-one)7. O sistema adesivo de condicionamento dental prévio requer domínio

clinico maior, uma vez que há a necessidade da lavagem do ácido fosfórico e durante a secagem da dentina, haveria risco de colabamento das fibras colágenas, com consequente prejuízo na difusão dos monômeros resinosos dentro da matriz desmineralizada7. Quando o adesivo não é capaz de preencher completamente o colágeno exposto após o condicionamento, poderá ocorrer a hidrólise destas fibras, resultando em processo de

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nanoinfiltração8. O excesso de umidade também não é interessante uma vez que ele leva a dissolução do solvente e dos monômeros resinosos, resultando em incompleto selamento da dentina9. Neste contexto, os sistemas adesivos autocondicionantes parecem ser mais promissores, uma vez que os monômeros ácidos presentes no sistema é responsável pela desmineralização, simultaneamente à incorporação dos monômeros adesivo no interior da dentina1,10.

Recentemente, o desenvolvimento dos cimentos resinosos autoadesivos torno-se uma alternativa nos processos de cimentação, com eliminação da necessidade de pré-tratamento da dentina. Sua propriedade adesiva é baseada na presença de monômeros ácidos na composição do material que desmineralizam a dentina, resultando em retenções micromecânicas simultaneamente à infiltração dos monômeros11. Além disso, uma reação secundária estaria associada à aderência química com a hidroxiapatita, semelhantemente ao que ocorre com o ionômero de vidro12,13.

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dureza, indicando maior polimerização do material, porém com módulo de elasticidade próximo ou ligeiramente inferior ao módulo da dentina, para facilitar a transmissão de forças na interface. Ambas as propriedades mecânicas se relacionam indiretamente com o grau de conversão dos materiais resinosos, e em se tratando de regiões intracanal, esta polimerização é bastante questionável, especialmente para os materiais que possuem ativação pela luz.

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3.4 Materiais e Método

Os materiais utilizados neste estudo estão listados na Tabela 1.

O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP [processo no 01809/09 (ANEXOA)] e foi conduzido de acordo com as regulamentações sobre pesquisas em seres humanos do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (Resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996), com o Código de Ética Profissional Odontológico, segundo a Resolução do Conselho Federal de Odontologia 179/93, com a Declaração de Helsinque II.

Quarenta premolares unirradiculares humanos, extraídos por motivos periodontais ou ortodônticos, foram utilizados neste estudo. Esses dentes foram limpos com curetas periodontais e armazenados em congelador a temperatura de -20ºC, até o início do estudo. Foram excluídos da pesquisa todos os dentes com evidência clínica de cárie, reabsorção radicular, trincas ou fraturas.

Tratamento endodôntico

A coroa anatômica de todos os dentes foi removida, 1 mm acima da junção amelo-cementária, através de uma secção transversal, com disco de diamante em cortadeira de precisão Isomet 2000 (Buheler, Lake Bluff, USA) em baixa velocidade, sob refrigeração.

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limas tipos Hedstroen até a lima #60, de modo escalonado natural e progressivo, utilizando-se como instrumento de memória uma lima tipo Kerr dois números inferiores à de maior calibre, empregada no preparo apical. Entre cada troca de lima, os condutos foram irrigados e o canal foi preenchido com solução irrigadora durante a fase de instrumentação. Para cada dente, 3ml de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% (solução de Labarraque) foi utilizada. Após a irrigação final, os condutos foram aspirados e secos com cones de papel absorventes estéreis e obturados com cones de guta-percha (Dentsply-Maillefer, Ballaigues, Suíça) e cimento de hidróxido de cálcio Sealapex (Kerr, CA, EUA), pela Técnica da Condensação Lateral Ativa. Após a compactação da guta-percha, cortou-se o excesso com uma espátula pré-aquecida, seguindo-se a condensação vertical do material obturador. O acesso coronal foi selado com cimento à base de óxido de zinco / sulfato de zinco Coltosol (Vigodent, Rio de Janeiro, Brasil). Os dentes tratados endodonticamente foram armazenados em 100% de umidade, a 37°C, durante um período de 7 dias.

Preparo do espaço para a cimentação do pino

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Tratamento da superfície do pino

Previamente ao procedimento adesivo, foi realizado o tratamento na superfície do pino de fibra de vidro, através do condicionamento com ácido fosfórico a 35% (3M ESPE, St. Paul, MN, USA), por 60 segundos, seguido de lavagem abundante e secagem com jato de ar. Em seguida, a superfície do pino foi silanizada por 60 segundos (Ângelus, Paraná, Brasil). A partir desse momento, a superfície do pino não foi mais manipulada, para evitar contaminação.

Tratamento da dentina intrarradicular e cimentação dos pinos

Os preparos foram irrigados com 2 ml de solução de água destilada, para remoção dos restos de guta-percha e manutenção da umidade do meio. Previamente ao procedimento adesivo, secou-se o conduto com jato de ar e cones de papel absorvente.

Os espécimes foram divididos, através de um sorteio aleatório, em 5 grupos (n=8), de acordo com materiais adesivos utilizados:

(44)

de uma lima endodôntica #15. Em seguida, foi aplicado cimento sobre a superfície tratada do pino e levado em posição no interior do conduto, sendo removidos os excessos de cimento. Por fim o cimento resinoso foi fotoativado por 40 segundos pela superfície oclusal utilizando o fotopolimerizador Ultraled (Dabi Atlante).

- Grupo 2: Os condutos radiculares foram condicionados com ácido fosfórico 35% (3M ESPE), lavados em água e secos com cones de papel absorvente, sem que ocorresse o ressecamento da dentina. A seguir, o adesivo dual Excite DSC (Ivoclar Vivadent, Schann, Liechtenstein, Alemanha) foi ativado e aplicado dentro do conduto com auxílio de um pincel durante 10 segundos. Os excessos foram removidos com cones de papel absorvente e leve jato de ar por 3 segundos. O adesivo foi fotoativado por 10 segundos pela embocadura do conduto, utilizando o fotopolimerizador Ultraled (Dabi Atlante). O cimento resinoso convencional RelyX ARC (3M ESPE) foi manipulado e inserido no conduto radicular da mesma maneira como descrito no grupo anterior. Em seguida, foi aplicado cimento sobre a superfície tratada do pino e levado em posição no interior do conduto, sendo removidos os excessos de cimento. Por fim o cimento resinoso foi fotoativado por 40 segundos pela superfície oclusal utilizando o fotopolimerizados Ultraled (Dabi Atlante).

- Grupo 3: Os condutos radiculares foram secos e condicionados com o adesivo autocondicionante Adper SE Plus (3M ESPE, St. Paul, MN, USA). O material é apresentado em 2 frascos: primer (líquido A) e adesivo (líquido B). Inicialmente, o primer foi aplicado

(45)

A etapa de cimentação do pino de fibra de vidro com a superfície tratada foi realizada da mesma maneira que os grupos anteriormente descritos.

- Grupo 4: Os condutos radiculares foram secos e o cimento resinoso autoadesivo RelyX Unicem (3M ESPE) foi manipulado, e inserido no conduto radicular com auxilio de uma lima endodôntica #15. Em seguida, o cimento foi aplicado sobre a superfície do pino tratado apenas com ácido fosfórico e silano, sendo então levado em posição no interior do conduto, e removidos os excessos de cimento. Por fim o cimento resinoso foi fotoativado por 40 segundos pela superfície oclusal.

- Grupo 5: Os condutos radiculares foram secos e o cimento resinoso autoadesivo Set (SDI, Bayswater, Austrália) foi manipulado, e inserido no conduto radicular, com auxílio de uma lima endodôntica #15, sendo o processo conduzido da mesma forma como descrito no grupo 4.

Análise das propriedades mecânicas

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A superfície preparada foi levada ao Ultramicrodurômetro Digital DUH-211 (Shimadzu, Kyoto, Japão) para verificação da dureza Martens (HM) e módulo de elasticidade (Eit), sob ação de carga de 3mN a uma velocidade de 0,2926mN/s, com tempo de manutenção de carga de 5 segundos, nas seguintes regiões da interface adesiva: cimento resinoso, adesivo e dentina subjacente à interface de união. A ponta indentadora utilizada foi a Vickers, sendo realizadas três leituras em cada região.

Essas grandezas foram obtidas a partir de um ciclo completo de carregamento e descarregamento de cargas. A dureza Martens (HM) é definida como a carga máxima (Pmáx) dividida pela área projetada da impressão de contato (A):

HM = Pmáx A

O módulo de elasticidade (Eit) é calculado segundo a equação: 1 = (1- 2) + (1- i2)

Er Eit Ei

Onde e i são respectivamente, os coeficiente de Poisson (definida como a razão entre as deformações especificas transversal e longitudinal) da amostra e do indentador; e Ei é o módulo de elasticidade do indentador. No nosso caso, i = 1141GPa e i = 0,07. O módulo de elasticidade reduzido (Er) é calculado pela seguinte equação:

Er = S 2 A

Onde (A) é a área projetada pela impressão de contato, (s) é a rigidez do material obtido a partir da inclinação da porção inicial da curva de descarga e é 3,14.

(47)
(48)

2.5 Resultados

Dentina

A ANOVA dois critérios para a dureza Martens (HM) mostrou diferença significativa entre os grupos (p<0,0001) e os diferentes terços da dentina intrarradicular (p<0,0001), porém não houve a interação destes fatores (p=0,3556). Para o módulo de elasticidade, semelhantemente a dureza Martens, houve diferença significativa entre os grupos (p<0,001) e os terços da dentina intrarradicular (p=0,0481), sem diferença estatística na interação desses fatores (p=0,2706).

A Tabela 2 mostra os valores de HM e Eit da dentina, nos diferentes terços da dentina intrarradicular. Para a dureza Martens, o terço apical obteve os maiores valores para todos os grupos analisados, sem diferença estatisticamente significante para os terços médio do grupo 1, cervical para o grupo 2 e cervical e médio para o grupo 3. Os grupos com cimento resinoso autoadesivo (Grupos 4 e 5) obtiveram os maiores valores de dureza Martens da dentina, comparados aos grupos 1 e 2 em todas as regiões estudadas (p<0,05). O grupo 3 apresentou médias estatisticamente semelhantes aos grupos 4 e 5, exceto no terço apical, onde a dentina do grupo 5 apresentou valores superiores ao grupo 3 (p=0,0049)

(49)

Adesivo

A ANOVA dois critérios para a dureza Martens, mostrou diferença significativa apenas entre os grupos (p<0,0001), porém não houve diferença entre os terços analisados (p=0,1342), bem como a interação destes fatores (p=0,1646). A ANOVA dois critérios para o módulo de elasticidade, por sua vez, mostrou diferença significativa entre os grupos (p=0,0020) e na interação dos fatores (p=0,0066). Não houve diferença nos diferentes terços analisados (p=0,0972).

A tabela 3 apresenta os valores de HM e Eit dos diferentes sistemas adesivos utilizados nos grupos 1 (fotoativado), 2 (dual) e 3 (autocondicionante). Os maiores valores de dureza Martens foram obtidos para o grupo 3 (adesivo Adper SE Plus), sendo que neste grupo, não houve diferença estatística entre os diferentes terços analisados (p>0,05). Por sua vez, o grupo 1 (adesivo Single Bond 2) obteve os menores valores de dureza Martens, tendo ainda sua dureza significativamente diminuída no sentido cérvico-apical (p<0,05).

Com relação ao módulo de elasticidade, os grupos 2 e 3 apresentaram valores estatisticamente semelhantes independente do terço analisado. Nesses grupos, também não ocorreu diferença entre os diferentes terços. Os menores valores foram obtidos nos grupo 1 nos terços médio e apical (p<0,05).

Cimentos Resinosos

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A Tabela 4 mostra a HM e o Eit dos cimentos resinosos, nos diferentes terços da dentina intrarradicular. Analisando cada grupo isoladamente, não houve diferença estatisticamente significante entre os terços para os grupos 2, 4 e 5 para ambas as propriedades estudadas (p<0,05). Nos grupos 1 e 3, os maiores valores de dureza Martens foram encontrados no terço cervical (0,25 ± 0,10 GPa e 0,36 ± 0,05 GPa, respectivamente). Na comparação entre os grupos, independente do terço analisado, os grupos representados pelos cimentos autoadesivos (grupo 4 e 5), foram os que obtiveram maiores valores de dureza Martens, comparado ao cimento RelyX ARC associados aos diferentes sistemas adesivos utilizados.

(51)

2.6 Discussão

Dureza e módulo de elasticidade são propriedades mecânicas que podem ser utilizados para avaliar de forma indireta, o grau de conversão de materiais, e consequentemente, a sua polimerização19-21. O presente estudo avaliou a dureza Martens que tem como base tanto a deformação elástica como plástica e o módulo de elasticidade regional (terços cervical, médio e apical) das seguintes estruturas: cimento resinoso, sistema adesivo e dentina subjacente à interface de união. De uma maneira geral, os resultados mostraram que as propriedades mecânicas dos componentes da interface adesiva são dependentes da interação do material restaurador-substrato, rejeitando-se a primeira hipótese nula do estudo. Além disso, as propriedades mecânicas apresentaram variações no decorrer do preparo do canal, apresentando diferença entre os terços radiculares analisados, rejeitando-se também a segunda hipótese nula do estudo.

(52)

multifuncionais oferecem uma união química com a hidroxiapatita residual do tecido dentário25-27.Quanto ao módulo de elasticidade, especialmente nos terços médio e apical, a dentina subjacente à interface de união dos cimentos RelyX Unicem e Set, bem como do adesivo autocondicionante Adper SE Plus apresentaram valores superiores à dentina tratada com ácido fosfórico (Tabela 2). Segundo Goracci (2004)28, os metacrilatos fosfatados presentes nos materiais autoadesivos ou autocondicionantes têm menor capacidade de desmineralização que o ácido fosfórico.

A acidez inicial apresentada pelos cimentos resinoso autoadesivos tem uma ação rápida, com rápida elevação do seu pH11,12,26, e assim a interação que ocorre com a dentina superficial não é suficiente para formação de tags resinosos11,12,22,26. Segundo Pavan et al. (2010)13, a acidez presente nestes cimentos não é suficiente para a desmineralização dentinária e exposição dos túbulos dentinários, o que poderia explicar os maiores valores de dureza Martens e módulo de elasticidade encontrados neste estudo.

(53)

Perdigão et al. (1996)30, o condicionamento ácido da dentina com ácido fosfórico a 32% ou 37% por 15 segundos alargam a entrada dos túbulos dentinários, desmineralizando a dentina intertubular até a profundidade de cerca de 5µm. Porém, estas soluções ácidas altamente concentradas, muitas vezes provocam desmineralização acentuada da dentina, até níveis em que o adesivo não consegue preencher totalmente a dentina condicionada, criando assim uma zona de fragilidade31, deixando cadeias peptídicas de colágeno expostas à degradação32,33. Do ponto de vista clínico, há grande probabilidade de que o gel permaneça por períodos maiores sobre a dentina intrarradicular do que se acredita ser recomendado como padrão, aumentando consequentemente, o potencial de desmineralização excessiva da dentina, com infiltração parcial do adesivo34.

(54)

A avaliação de dureza Martens e do módulo de elasticidade na camada de adesivo só ocorreu nos três primeiros grupos, onde foi utilizado o cimento resinoso convencional RelyX ARC. A diferença entre esses sistemas adesivos está na sua forma de ativação e condicionamento. Os adesivos Single Bond 2 e Excite DSC são adesivos convencionais, que necessitam de condicionamento ácido prévio, sendo o primeiro um adesivo fotoativado e o segundo de dupla ativação. O terceiro grupo por sua vez, apresenta o adesivo Adper SE Plus, um sistema adesivo autocondicionante, fotoativado, que não necessita de prévio condicionamento ácido.

O adesivo Single Bond 2 apresentou os maiores valores de dureza Martens e módulo de elasticidade no terço cervical, sendo estatisticamente diferente comparados aos demais terços (Tabela 3). Por utilizar um adesivo fotoativado, necessita da luz para a sua conversão. Uma vez que a fotoativação do sistema adesivo ocorreu pela oclusal, ou seja, a porção mais coronária do conduto radicular, a quantidade de luz que chegou ao sistema adesivo no terço cervical foi maior que nos demais terços analisados39. Portanto, a redução da densidade de energia da luz, poderia diminuir o grau de conversão do adesivo de forma homogênea40 e, consequentemente, suas propriedades mecânicas. Embora o adesivo Adper SE Plus também apresentar ativação pela luz, este material não apresentou diferença estatisticamente significante entre os terços analisados. Este material por ser um adesivo autocondicionante e incluir no processo de hibridização a smear layer através de sua dissolução e/ou modificação,

(55)

pode ser seco para evitar o colapso das fibras de colágeno, o que dificultaria a incorporação do adesivo43. O excesso de água também não é interessante uma vez que pode haver a formação osmótica de bolhas na região adesiva, caracterizando grande parte da perda de adesão ao substrato dentinário hibridizado43.

No grupo onde o adesivo de dupla ativação Excite DSC foi utilizado, não houve diferença estatisticamente significante no módulo de elasticidade entre os terços analisados uma vez que além da polimerização inicial pela luz, este adesivo apresenta a polimerização química44,45, que compensaria a ausência de luz os locais onde esta não poderia chegar de forma tão eficaz quanto no terço cervical. A maioria dos sistemas duais apresentam um sistema de aminas aromáticas e fotoiniciadores, que também são encontrados nos sistemas fotoativados. Além disso, apresentam o peróxido de benzoíla e aminas terciárias que geram radicais livres, através de uma reação de óxido-redução, para que a reação de polimerização ocorra mesmo na ausência de luz 46,47.

(56)

não podendo reduzir o peróxido de benzoíla do cimento na reação redox, responsável pela polimerização do compósito50,51. Isso não é tão crítico no terço cervical, uma vez que a maioria dos monômeros presentes no cimento são convertidos em polímeros durante a fotoativação. No terço cervical, onde a luz atinge de forma eficaz o adesivo e cimento resinoso, não ocorreria o problema que acontece nas regiões mais profundas.

Apesar de o presente trabalho ter utilizado a broca largo n.º 4 cuja dimensão corresponde ao diâmetro do pino de fibra de vidro n.º 2 e da padronização do tratamento do substrato de acordo com o material utilizado, existem ainda fatores limitantes que deveriam ser levados em consideração, como a dificuldade de padronização do preparo em regiões de difícil acesso, dificuldade de secar o conduto assegurando uma condição dentinária adequada, principalmente para os materiais que necessitam de condicionamento ácido prévio, e a não homogeneidade do substrato, uma vez que cada região tem suas peculiaridades. Dessa forma, estudos futuros são necessários a fim de se complementar as discussões em torno do processo de cimentação intracanal, avaliando a interface de união ao longo do tempo, bem como a interação da dureza Martens e módulo de elasticidade com outras propriedades como grau de conversão e nanoinfiltração. A busca por melhorias dos processos adesivos, vinculados à um preparo intrarradicular mais conservador, poderia conduzir a tratamentos reabilitadores mais previsíveis e clinicamente estáveis ao longo do tempo.

(57)

2.7 Conclusão

Baseado na metodologia realizada, e nos resultados obtidos neste estudo, é possível concluir que, as propriedades mecânicas de dureza Martens e módulo de elasticidade, dos materiais adesivos e do substrato dentinário são influenciados pela interação dos materiais resinosos utilizados, bem como pela profundidade intrarradicular. Para os materiais resinosos, houve uma tendência de o terço apical apresentar os menores valores das propriedades analisadas, o que poderia conduzir à realização de preparos intrarradiculares mais conservativos.

Agradecimentos

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(65)

FIGURA

Figura 1 - Esquema do delineamento experimental adotado neste estudo.

(66)

TABELAS Tabela 1. Materiais utilizados neste estudo.

Marca

Comercial Material Lote Composição* Fabricante

Single Bond 2 Sistema adesivo

fotopolimerizável 8TX

Bis-GMA, HEMA, diuretano dimetacrilato, copolímero do ácido polialcenóico,

canforoquinona, água, etanol e glicerol 1.3 dimetacrilato, 10% em peso de

nanopartículas de sílica (5nm).

3M ESPE, St. Paul, MN, EUA

Excite DSC Sistema adesivo dual N01060

Ácido acrílico e fosfônico, dimetacrilatos, hidroxietil metacrilato, dióxido de silício altamente dispeso, etanol, catalizadores, estabilizadores, fluoreto e aplicador com iniciadores.

Ivoclar Vivadent, Schaan,

Liechtenstein, Alemanha

Adper SE Plus Sistema adesivo autocondicionante fotopolimerizável

Liq. A: 8BH Liq. B: 8BJ

Líquido A: água, HEMA, surfactante e corante de cor rosa.

Líquido B: UDMA, TEGDMA, TMPTMA, HEMA (fosfato), MHP, nanopartícula de zirconia, sistema iniciador a base de canforoquinona

3M ESPE, St. Paul, MN, EUA

RelyX ARC Cimento resinoso

convencional N142162

Pasta base: Bis GMA,TEGDMA, Peróxido de Benzoíla.

Pasta Catalisadora: Bis GMA, TEGDMA, Amina, Sistema Fotoativador. Carga: Zircônia Sílica 67,5% p

3M ESPE, St. Paul, MN, EUA

RelyX Unicem Cimento resinoso

autoadesivo 343436

Pasta base: fibra de vidro, ésteres de ácido fosfórico metacrilato, TEGDMA, sílica tratada com silano e persulfato de sódio. Pasta catalisadora: fibra de vidro,

dimetacrilato substituto, sílica tratada com silano, p-toluenosulfato de sódio e hidróxido de cálcio.

3M ESPE, St. Paul, MN, EUA

Set Cimento resinoso

autoadesivo S0807171

Ésteres fosfórico dimetacrilato, UDMA, 67% fotoiniciador em peso (45% vol), particulas de fluoroaluminosilicatio de vidro, sílica pirogênica.

SDI Limited, Victoria, Austrália

(67)

Tabela 2. Valores de Dureza Martens (HM) e Módulo de Elasticidade (Eit) da dentina em função dos processos cimentantes e terços radiculares (GPa)*.

Grupo 1 (Single Bond 2 + RelyX ARC)

Grupo 2 (Excite DSC + RelyX ARC)

Grupo 3 (Adper SE Plus + RelyX ARC)

Grupo 4 (RelyX Unicem)

Grupo 5 (Set)

HM Cervical 0.24 ± 0.08 B b 0.30 ± 0.17 AB b 0.46 ± 0.10 A a 0.47 ± 0.06 B a 0.47 ± 0.13 B a

Médio 0.33 ± 0.16 AB bc 0.26 ± 0.08 B c 0.43 ± 0.10 A ab 0.48 ± 0.10 B a 0.50 ± 0.10 B a Apical 0.42 ± 0.15 A c 0.43 ± 0.14 A c 0.48 ± 0.17 A bc 0.59 ± 0.09 A ab 0.70 ± 0.16 A a

Eit Cervical 28.58 ± 16.65 A a 15.00 ± 5.82 A b 36.75 ± 14.06 A a 35.63 ± 12.09 A a 27.23 ± 7.63 B ab

Médio 15.44 ± 8.02 B b 15.82 ± 8.83 A b 36.96 ± 17.06 A a 31.52 ± 6.62 A a 28.44 ± 7.53 B a

Apical 17.19 ± 6.76 AB b 23.21 ± 12.87 A b 38.17 ± 17.13 A a 38.23 ± 11.99 A a 36.10 ± 6.53 A a

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Tabela 3. Valores de Dureza Martens (HMV) e Módulo de Elasticidade (Eit) dos sistemas adesivos nos três terços radiculares (GPa)*.

Grupo 1 (Single Bond 2 + RelyX ARC)

Grupo 2 (Excite DSC + RelyX ARC)

Grupo 3 (Adper SE Plus

+ RelyX ARC)

HM Cervical 0.13 ± 0.06 A b 0.12 ± 0.06 B b 0.24 ± 0.04 A a

Médio 0.06 ± 0.04 B b 0.16 ± 0.06 AB a 0.23 ± 0.10 A a Apical 0.07 ± 0.05 B b 0.24 ± 0.12 A a 0.19 ± 0.10 A a

Eit Cervical 10.54 ± 5.90 A a 9.62 ± 5.80 A a 8.93 ± 2.33 A a

Médio 3.03 ± 2.27 B b 8.74 ± 0.83 A a 9.04 ± 4.21 A a

Apical 3.96 ± 4.46 B b 9.24 ± 3.61 A a 9.23 ± 5.42 A a

(69)

Tabela 4. Valores de Dureza Martens (HMV) e Módulo de Elasticidade (Eit) dos cimentos resinosos nos diferentes terços radiculares (GPa)*.

Grupo 1 (Single Bond 2 + RelyX ARC)

Grupo 2 (Excite DSC + RelyX ARC)

Grupo 3 (Adper SE Plus + RelyX ARC)

Grupo 4 (RelyX Unicem)

Grupo 5 (Set)

HM Cervical 0.25 ± 0.10 A b 0.25 ± 0.11 A b 0.36 ± 0.05 A ab 0.43 ± 0.18 A a 0.40 ± 0.14 A a

Médio 0.07 ± 0.07 B c 0.33 ± 0.16 A b 0.26 ± 0.10 B bc 0.56 ± 0.39 A a 0.37 ± 0.18 A ab Apical 0.08 ± 0.05 B b 0.31 ± 0.04 A a 0.14 ± 0.09 C b 0.36 ± 0.10 A a 0.38 ± 0.23 A a

Eit Cervical 15.03 ± 7.17 A ab 12.99 ± 7.52 A b 11.87 ± 2.32 A b 19.56 ± 7.73 A a 13.37 ± 3.08 A b

Médio 4.20 ± 5.79 B c 17.70 ± 8.79 A a 9.40 ± 4.36 A bc 16.65 ± 10.91 A ab 10.04 ± 3.71 A b

Apical 4.27 ± 2.94 B b 15.55 ± 6.86 A a 5.25 ± 3.04 B b 12.51 ± 3.54 A a 11.54 ± 4.88 A a

(70)
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RESISTÊNCIA DE UNIÃO ENTRE PINOS DE FIBRA DE VIDRO À DENTINA INTRARRADICULAR UNIDOS COM DIFERENTES AGENTES CIMENTANTES

3.1 Resumo

Proposição: O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de união de pinos de fibra de vidro nos diferentes terços da dentina intrarradicular (cervical, médio e apical) através do teste de push-out, variando os materiais para cimentação adesiva.

Materiais e Métodos: Quarenta dentes humanos unirradiculares foram utilizados neste estudo. Após obturação endodôntica e preparo mecânico dos condutos radiculares, os dentes foram divididos em cinco grupos experimentais (n=8), de acordo com materiais adesivos utilizados para cimentação de pinos de fibra de vidro: Grupo 1: adesivo fotoativado Single Bond 2 + cimento resinoso RelyX ARC; Grupo 2: adesivo dual Excite DSC + RelyX ARC; Grupo 3: adesivo autocondicionante Adper SE Plus + RelyX ARC; Grupo 4: cimento resinoso autoadesivo RelyX Unicem; Grupo 5: cimento resinoso autoadesivo Set. A resistência de união foi mensurada pelo teste de push-out em máquina de ensaio universal nos

diferentes terços da dentina intrarradicular (cervical, médio e apical). Os dados de resistência de união foram submetidos a testes estatísticos de normalidade e analisados pela ANOVA e teste de Fisher ( = 0.05). Amostras representativas de todos os grupos experimentais foram levadas à microscopia eletrônica de varredura.

(72)

união no sentido cérvico-apical para todos os grupos, exceto o grupo 2, o qual não apresentou diferença significante entre os diferentes terços analisados.

Imagem

Tabela 2. Valores de Dureza Martens (HM) e Módulo de Elasticidade (Eit) da dentina em função dos  processos cimentantes e terços radiculares (GPa)*
Tabela 3. Valores de Dureza Martens (HMV) e Módulo de Elasticidade (Eit) dos sistemas adesivos  nos três terços radiculares (GPa)*
Tabela 4. Valores de Dureza Martens (HMV) e Módulo de Elasticidade (Eit) dos cimentos resinosos  nos diferentes terços radiculares (GPa)*
Figura 1 - Esquema do delineamento experimental adotado neste estudo.
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