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Explorando o construto organização de aprendizagem no setor público: uma análise em órgão do poder executivo federal Brasileiro.

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Academic year: 2017

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E

XPLORANDO

O

C

ONSTRUTO

O

RGANIZAÇÃO

DE

A

PRENDIZAGEM

NO

S

ETOR

P

ÚBLICO

:

UMA

A

NÁLISE

EM

Ó

RGÃO

DO

P

ODER

E

XECUTIVO

F

EDERAL

B

RASILEIRO

T o m á s d e Aq u i n o Gu i m a r ã e s * Gu st a v o P e r e i r a An g e l i m * *

D o m i n g o s Sa v i o Sp e z i a * * * Ge r l a n e d e Az e v e d o R o ch a * * * * Ro d r ig o Go m e s M a g a lh ã e s * * * * *

R

ESUMO

a r t i g o d escr ev e o s p r i n ci p a i s r esu l t a d o s d e u m a p esq u i sa , r ea l i za d a n o a n o d e 2 0 0 0 , co m o o b j et i v o d e i n v est i g ar em q u e m ed i d a o Mi n i st ér i o d a I n t eg r ação Nacion al car act er iza- se com o u m a ‘or g an ização d e ap r en d izag em ’. Discu t e- se o cam po da apr en dizagem n as or gan izações, su as car act er íst icas e su as r elações com in ov ação e m u dan ça or gan izacion ais. Den t r e os f at or es in dicados n a lit er at u r a, por car act er izar u m a ‘or gan ização de apr en dizagem ’, f or am ex plor ados os segu in t es: v i sã o

co m p a r t i l h a d a , v i sã o si st ê m i ca , m o d e l o s m e n t a i s, co m p a r t i l h a m e n t o d o co n h e -ci m e n t o e a m b i e n t e d e i n ce n t i v o à cr í t i ca . For am r ealizadas 2 6 en t r ev ist as com

gest or es e t écn icos de difer en t es n ív eis h ier ár qu icos do Min ist ér io, apoiadas em r ot eir o sem i- est r u t u r ado. Os r esu lt ados m ost r am qu e a or gan ização est u dada, apesar de apr e-sen t ar algu m as car act er íst icas qu e f av or ecem a apr en dizagem , est a ain da n ão se t or n ou u m a pr át ica in st it u cion alizada. Ao fin al, são feit as r ecom en dações par a o Min ist ér io est u -dado, discu t idas as lim it ações do t r abalh o e su ger idos n ov os est u dos, v isan do a apr ofu n dar o debat e e o con h ecim en t o sobr e o t em a.

A

BSTRACT

h e ar t icle d escr ib es t h e m ain r esu lt s of a r esear ch u n d er t ak en in t h e y ear 2 0 0 0 , aim ed t o inv est igat e in w hat ex t ent t he Br azilian Nat ional I nt egr at ion Depar t m ent is a l ea r n i n g o r g a n i sa t i o n . Th e ch a r a ct er i st i cs o f t h a t f i el d a n d i t s r el a t i o n sh i p t o in n ov at ion an d or gan isat ion al ch an ge ar e discu ssed. Am on gst t h e fact or s su ggest ed by t he lit er at ur e t o build a lear ning or ganisat ion, t he follow ing w er e analy sed: sh a r e d

v i si o n , sy st e m i c v i si o n , m e n t a l m o d e l s, k n o w l e d g e sh a r i n g a n d p r o m o t i n g cr it icise e n v ir o n m e n t . 26 m anager s and st aff m em ber s of t hat Depar t m ent , fr om differ ent

hier ar chical lev els, w er e int er v iew ed, suppor t ed by a sem i- st r uct ur ed schedule. The r esult s show t hat alt hough som e char act er ist ics t hat push or ganisat ional lear ning ar e pr esent in t he Depar t m ent inv est igat ed, lear ning is not an inst it ut ionalised pr act ice in t hat or ganisat ion y et . Suggest ions t o t he or ganisat ion st udied ar e m ade and w or k lim it s ar e discussed. New st u dies ar e su ggest ed in or der t o deeper t h e debat e an d k n ow ledge u pon t h e field.

O

T

* Pr of. Adj unt o PPGA/ UnB

(2)

I

NTRODUÇÃO

am b ien t e alt am en t e com p et it iv o con t em p or ân eo, em q u e at u am as em p r e-sas p r iv ad as, est á con t id o em u m a r ealid ad e d in âm ica, n a q u al a in ov ação e a m u d an ça con st it u em a r eg r a e n ão a ex ceção, com clien t es m ais ex ig en t es, d em an d an d o n ov os p r od u t os e ser v iços, q u alid ad e, assist ên cia e ou -t r os asp ec-t os, n ão n ecessar iam en -t e f ísicos, r elacion ad os com os p r od u -t os q u e ad q u ir em , ou com os ser v iços q u e são p r est ad os p elas em p r esas. Par a m an t er e am p liar seu s n ív eis d e com p et it iv id ad e, as em p r esas p r ocu r am ad ot ar n ov os m o-d elos o-d e g est ão, b aseao-d os n a f lex ib ilio-d ao-d e, n as com p et ên cias essen ciais e n a ap r en d izag em . No set or p ú b lico d e d if er en t es p aíses p er ceb e- se u m m ov im en t o sem elh an t e, d e m u d an ça d os m od elos d e g est ão, d en om in ad o Nov a Ad m in ist r a-ção Pú blica ( FERLI E et al. 1 9 9 6 ; BARZELAI , 2 0 0 1 ) , com a fin alidade de apr ox im ar os p ad r ões d e ad m in ist r ação d as or g an izações p ú b licas aos ob ser v ad os n as em -p r esas -p r iv ad as e, com isso, au m en t ar o n ív el d e ef iciên cia e d e ef et iv id ad e d os ser v iços p ú b licos. No Br asil, o g ov er n o f ed er al p r ocu r ou seg u ir essa m esm a t en -d ên cia, com su a p r op ost a -d e im p lan t ação -d a ch am a-d a A-d m in ist r ação Pú b lica Ger encial ( BRASI L, 1995; BRESSER PEREI RA e SPI NK, 1998) .

A ap r en d izag em t em sid o con sid er ad a com o est r at ég ia d e com p et it iv id ad e ou com o u m m eio p ar a q u e as or g an izações, p r iv ad as ou p ú b licas, d esen v olv am com pet ên cias n ecessár ias par a at u ar em am bien t es com pet it iv os ( MARQUARDT, 1 9 9 6 ; DOCHERTY e NI HAN, 1 9 9 7 ; COOK et al. 1 9 9 7 ; CABRAL, 2 0 0 0 ) . O conceit o de ap r en d izag em n as or g an izações1 t em ocu p ad o u m con sid er áv el esp aço n a lit er

a-t u r a in a-t er n acion al r ecen a-t e, com o m osa-t r am , por ex em plo, os n ú m er os dos per iódi-cos Managem ent Lear ning, d e set em b r o d e 1 9 9 8 , Journal of Managem ent St udies , d e set em b r o d e 2 0 0 0 , e Brit ish Journal of Managem ent , v . 13, 2002, especialm ent e dedicados a esse t em a ( VI NCE, SUTCLI FFE e OLI VERA, 2 0 0 2 ) . Por ou t r o lado, t r a-t a- se d e a-t em a q u e v em sen d o esa-t u d ad o d esd e os an os 1 9 5 0 ( ARGYRI S, 1 9 9 1 ; ARGYRI S, 1994; PEDLER, et al. 1991; ARGYRI S e SCHÖN, 1996; MI NTZBERG, et . al. 1 9 9 8 ) . No Br asil, a p r od u ção acad êm ica sob r e o cam p o ain d a é in cip ien t e e con cen t r ada em t ex t os pr ov isór ios, pu blicados em an ais de en con t r os cien t íf icos ( GUI -MARÃES, et al. 2002) .

Tr at a- se, p or t an t o, d e t em a q u e ain d a car ece d e t r ad ição d e p esq u isa e d e sist em at ização ( LÄHTEENMÄLI , TOI VONEN e MATTI LA, 2 0 0 1 ) . Par a Pr ange ( 2 0 0 1 ) , a con st r u ção d e u m a ‘t eor ia d e ap r en d izag em or g an izacion al’ r eq u er r esp ost as às seg u in t es q u est ões: a) o q u e sig n if ica ap r en d izag em or g an izacion al? b ) q u em é o su j eit o d a ap r en d izag em , o in d iv íd u o ou a or g an ização? c) q u al o con t eú d o d a apr en dizagem ? d) qu ais são os in cen t iv os e m ot iv os par a apr en der , ou sej a, qu an do ocor r e a apr en dizagem ? e) qu e r esu lt ados a apr en dizagem pr ov oca? f ) com o ocor r e a apr en dizagem ? Bast os et al. ( 2 0 0 2 ) , segu in do u m a lin h a sem elh an t e a de Pr an ge, ex p lor am as d u as v er t en t es q u e in t eg r am o r ef er id o cam p o d e est u d o: a d a ‘ap r en -d izag em or g an izacion al’, car act er iza-d a p or u m a lit er at u r a ap oia-d a em p esq u isa acad êm ica; e a d as ‘or g an izações q u e ap r en d em ’, d esen v olv id a esp ecialm en t e p or con su lt or es e p esq u isad or es v olt ad os p ar a a t r an sf or m ação or g an izacion al. Esses con ceit os, n a v isão d esses au t or es, são com p lex os, m u lt id et er m in ad os, com d iv er sas q u est ões ep ist em ológ icas e m et od ológ icas em ab er t o.

É im p or t an t e salien t ar , t am b ém , q u e o con ceit o d e ap r en d izag em n as or g a-n izações ia-n cor p or a u m p ar ad ox o, f r eq ü ea-n t em ea-n t e a-n ão coa-n sid er ad o p or est u d io-sos d o t em a: ao m esm o t em p o em q u e u m a or g an ização organiza- se par a ev it ar a in cer t eza e r ed u zir a d iv er sid ad e, a ap r en d izag em im p lica em d esor g an izar - se e au m en t ar a div er sidade ( WEI CK e WESTLEY, 1 9 9 6 ) . Cabr al ( 2 0 0 0 ) su ger e qu e t an -t o n as es-t r u -t u r as b u r ocr á-t icas, q u e in cor p or am a or d em e -t r ocam a v ar iação p or

O

1 Est e t er m o é ut ilizado nest e t r abalho englobando os t er m os ‘aprendizagem organizacional’ , ist o é,

(3)

r et en ção, com o n as est r u t u r as adhocrát icas, qu e pr iv ilegiam a m u dan ça e a flex ibi-lid ad e, a ap r en d izag em ocor r e, só q u e d e t ip os d if er en t es. Nas p r im eir as ocor r er ia u m a ap r en d izag em t ip icam en t e r eat iv a e in cr em en t al, en q u an t o n as seg u n d as a ap r en d izag em ser ia p r oat iv a e t r an sf or m ad or a. Ain d a seg u n d o esse au t or , é d a su p er ação d ialét ica d a t en são en t r e a n ecessid ad e d e m u d an ça e a d e p r eser v a-ção d o st at u s q u o q u e d ep en d e o su cesso d as est r at ég i as d e ap r en d i zag em n as or g an izações.

Nesse sen t id o, d a m esm a f or m a q u e n ão ex ist em or g an izações t ot alm en t e b u r ocr át icas ou t ot alm en t e adhocrát icas, ser ia ad eq u ad o an alisar o t em a ap r en d i-zag em n as or g an izações n a f or m a d e u m cont inuum e n ão com o algo dicot ôm ico d o t ip o ap r en d e x n ão ap r en d e. Por ex em p lo, a n at u r eza d a ap r en d izag em q u e se d esen v olv e em u m a or g an ização m ilit ar é cer t am en t e d if er en t e d a q u e se ob ser v a em u m a or g an ização d e en sin o e p esq u isa. En q u an t o a su st en t ab ilid ad e d a p r i-m eir a assen t a- se ei-m v alor es coi-m o a or d ei-m e a d iscip lin a, a d a seg u n d a est á r elacion ad a com o ex er cício d a cr ít ica e d a au t ocr ít ica, d a lib er d ad e e d a au t on o-m ia. Não se t r at a d e u t ilizar o con ceit o d e ap r en d izag eo-m n as or g an izações coo-m o alg o in q u est ion áv el, u t ilizad o p ar a q u alif icar or g an izações d e su cesso, e sim d e aceit ar o f at o d e q u e a ap r en d izag em m an if est a- se d e f or m a d if er en ciad a n as or g an izações e q u e est as ap r en d em com seu s acer t os e t am b ém com seu s er r os, e q u e h á ‘con d ições or g an izacion ais’ q u e f acilit am o p r ocesso d e ap r en d izag em .

Tom an do- se com o v álida a idéia de cont inuum d e ap r en d izag em acim a d es-cr it a, o pr esen t e ar t igo t em por obj et iv o iden t if icar em qu e m edida o Min ist ér io da I n t egr ação Nacion al, ór gão do poder ex ecu t iv o f eder al, car act er iza- se com o u m a ‘or g an ização d e ap r en d izag em ’. Ser á q u e o m od elo d e g est ão d est e Min ist ér io é com pat ív el com os pr essupost os da Adm inist r ação Pública Ger encial ( BRASI L, 1 9 9 5 ) qu e en f at iza aspect os com o f lex ibilidade, au t on om ia, liber dade par a cr ít ica, f oco em r esu lt ad os e v isão sist êm ica, os q u ais são con sist en t es com o m od elo d e or g a-n i zação q u e ap r ea-n d e?

A escolh a d esse Min ist ér io com o u n id ad e d e an álise j u st if ica- se p or t r ês r azões. Pr im eir o, p or se t r at ar d e or g an ização en car r eg ad a d e in t eg r ar p olít icas e açõ es g o v er n am en t ai s, d est i n ad as ao d esen v o l v i m en t o eq u i l i b r ad o e su st en -t áv el d as d is-t in -t as r eg iões d o País, r eq u er en d o, p or -t an -t o, u m a ‘v isão sis-t êm ica’ d e seu s m em b r o s. Seg u n d o , p o r q u e a su a t r aj et ó r i a é m ar cad a p o r su cessi v o s m o v i m e n t o s d e m u d a n ça s – f u sõ e s, a l t e r a çõ e s d e e st r u t u r a , d e s t a t u s, d e v in cu lação h ier ár q u ica et c. Est as d u as car act er íst icas, v isão sist êm ica e m u d an -ç a s ã o a p o n t a d a s n a l i t e r a t u r a c o m o f a t o r e s a s s o c i a d o s à a p r e n d i z a g e m or g an izacion al. A t er ceir a r azão f oi d e or d em p r át ica, isso é, a or g an ização p er -m it iu ser p esq u isad a.

Tr at a- se d e est u d o r elev an t e p or con t r ib u ir p ar a o d eb at e sob r e a ap licação d o con ceit o d e or g an ização d e ap r en d izag em n a Ad m in ist r ação Pú b lica, ár ea ca-r en t e d e p esq u isas d est a n at u ca-r eza. Além d isso, os ca-r esu lt ad os d est e est u d o p o-dem con t r ibu ir , de for m a in dir et a, par a se iden t ificar em qu e m edida o m ov im en t o da Nov a Adm in ist r ação Pú blica n o Br asil est ar ia con t r ibu in do par a t r an sf or m ar or -g an izações p ú b licas em ‘or -g an izações q u e ap r en d em ’. Essa t r an sf or m ação é u m a m et a est ab elecid a p elo g ov er n o b r it ân ico p ar a as or g an izações p ú b licas civ is d a Gr ã- Br et anha ( SMI TH e TAYLOR, 2000) .

A

PRENDIZAGEM NAS

O

RGANIZAÇÕES

(4)

igam n a e en con t r am solu ções, n o in t er esse dessa or gan ização. Assim , os in div ídu -os v iv enciam , face à sit uação- pr oblem a, um a discr epância de desem penho, r epr e-sen t ad a p or u m a d escon ex ão en t r e os r esu lt ad o d a ação esp er ad a e d a ação r ea-lizada, qu e con du z a u m pr ocesso de r ef lex ão e post er ior ação qu e os or ien t a a m u dar as im agen s qu e f azem a r espeit o da or gan ização ou a f or m a com o in t er pr e-t am seus fenôm enos. Essas r espose-t as per m ie-t em aos indiv íduos r eese-t r ue-t ur ar em suas at iv idades e at it u des per an t e a or gan ização, alt er an do a r espect iv a t eor ia- em - u so. Dod g son ( ap u d Cab r al, 2 0 0 0 ) su g er e q u e a ap r en d izag em or g an izacion al r ef er e- se às f or m as com o as or g an izações con st r oem , su p lem en t am e or g an izam con h ecim en t os e r ot in as em t or n o d e su as at iv id ad es, em f ace d e su as r esp ect i-v as cu lt u r as. Ou sej a, ap r en d izag em e g est ão d o con h ecim en t o n as or g an izações ser iam con ceit os in t er d ep en d en t es. Aliás, est a in t er d ep en d ên cia é com en t ad a p or Vin ce, Su t clif f e e Oliv er a ( 2 0 0 2 ) , n a apr esen t ação de u m a colet ân ea de ar t igos p u b licad os n os an ais d a I I I con f er ên cia sob r e ‘Ap r en d izag em Or g an izacion al e Gest ão d o Con h ecim en t o’, r ealizad a n a Univ er sit y of West er n Ont ár io, Can ad á, em j u n h o d e 2 0 0 1 . Os or g an izad or es d o r ef er id o en con t r o in cor p or ar am o t er m o ‘Ges-t ão d o Con h ecim en ‘Ges-t o’ ao seu ‘Ges-t í‘Ges-t u lo, ap ós d u as con f er ên cias an ‘Ges-t er ior es, sob r e ‘Apr en dizagem Or gan izacion al’, r ealizadas n a Lancast er Univ er sit y , Gr ã- Br et an h a. Nesse sen t id o, o p r ocesso d e ap r en d izag em n u m a or g an ização en v olv er ia u m con j u n t o d e et ap as q u e se in icia n a id en t if icação d os con h ecim en t os d e q u e a or g an ização n ecessit a, n o d esen v olv im en t o ou aq u isição d esses con h ecim en t os, n a su a est r u t u r ação, d issem in ação, u so e in cor p or ação n o p r ocesso p r od u t iv o, com a f in alid ad e d e au m en t ar o seu n ív el d e com p et it iv id ad e.

A ap r en d izag em or g an izacion al, assim , é v ist a com o u m p r ocesso, q u e en -v ol-v e d ist in t os n í-v eis d e an álise – in d i-v íd u os, g r u p os e a or g an ização com o u m t od o. Com o se d á a t r an sp osição d a ap r en d izag em en t r e esses n ív eis é u m a d as q u est ões em ab er t o. A m aior ia d os est u d os n esse cam p o an alisa a ap r en d izag em com o um a m et áfor a, focalizando com par ações de dom ínio analógico ( Pr ange, 2001) . Par a Bast os et al. ( 2 0 0 2 ) , t r at a- se d e u m a m et áf or a q u e p r ob lem at iza a r elação en t r e or g an ização e con h ecim en t o, en t r e or g an ização e o p r ocessam en t o social e cog n it iv o d o con h ecim en t o e, f in alm en t e, en t r e a ação or g an izacion al e a con st r u -ção d e su a r ealid ad e social.

A ‘or g an ização q u e ap r en d e’ r ep r esen t a o lócu s on d e a ap r en d izag em se r ealiza. Sen g e ( 1 9 9 0 , p . 3 7 ) , u m d os au t or es q u e r ep r esen t a a cor r en t e d e ‘con -su lt or es e p esq u isad or es or ien t ad os p ar a a t r an sf or m ação or g an izacion al’, d ef in e or g an ização d e ap r en d izag em com o u m am b ien t e on d e as “ p essoas ex p an d em con t in u am en t e su a cap acid ad e d e cr iar os r esu lt ad os q u e r ealm en t e d esej am , on d e se est im u lam p ad r ões d e p en sam en t os n ov os e ab r an g en t es, a asp ir ação colet iv a g an h a lib er d ad e e on d e as p essoas ap r en d em con t in u am en t e a ap r en d er j u n t as” . Assim , a p r em issa f u n d am en t al é q u e q u alq u er m u d an ça or g an izacion al sig n if icat iv a, som en t e ser á p ossív el se h ou v er p r of u n d as m u d an ças d e m en t alid a-d e a-d as p esso as q u e co m p õ em a o r g an i zação .

Nesse p on t o, d est aca- se o ciclo in t en so d e ap r en d izag em q u e Sen g e ( 1 9 9 9 ) ap on t a com o a essên cia d a or g an ização d e ap r en d izag em . Esse ciclo con sist e em u m p r ocesso con t ín u o d e d esen v olv im en t o d e cap acid ad es e h ab ilid ad es in d iv id u ais, q u e p er m it em aos m em b r os d a or g an ização cr iar em n ov as p er cep ções e sen -sib ilid ad es a r esp eit o d a r ealid ad e q u e v iv en ciam . À m ed id a q u e os in d iv íd u os p assam a p er ceb er a r ealid ad e d e u m a n ov a m an eir a, n ov as cr en ças e p r em issas com eçam a se f or m ar , o qu e per m it e o desen v olv im en t o adicion al de com pet ên ci-as, n a f or m a de n ov os con h ecim en t os, h abilidades e at it u des. Ain da segu n do Sen ge ( 1 9 9 9 , p. 1 7 ) , “ as cin co disciplin as básicas do apr en dizado ( dom ín io pessoal, v isão com par t ilh ada, m odelos m en t ais, apr en dizado em equ ipe e pen sam en t o sist êm ico) são os m eios p elos q u ais esse ciclo d e ap r en d izad o é at iv ad o” .

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di-v íd u os d esen di-v oldi-v em h ab ilid ad es p ar a se en di-v oldi-v er em d e f or m a p len a e ab er t a, com n ov as ex per iên cias; obse r va çã o r e fle x iva , q u an d o os in d iv íd u os n ecessit am d e h ab ilid ad es p ar a r ef let ir a r esp eit o d as ex p er iên cias e ob ser v á las d e d if er en t es p er sp ect iv as; conceit ua çã o a bst ra t a , q u e r eq u er h ab ilid ad es p ar a cr iar con -ceit os q u e in t eg r em as r ef lex ões e ob ser v ações em t eor ias lóg icas; e ex perim

en-t a çã o a en-t iva , f ase em q u e são d em an d ad as h ab ilid ad es d e u sar en-t eor ias p ar a

ela-b or ar p lan os e im p lem en t ar ações.

Ap esar d e as d iscip lin as ser em v it ais p ar a in iciar o ciclo d e ap r en d izag em m en cion ado por Sen ge ( 1 9 9 9 , p. 2 0 ) , “ elas n ão f or n ecem , por si só, m u it a or ien t a-ção sob r e com o com eçar a j or n ad a p ar a con st r u ir u m a or g an izaa-ção q u e ap r en d e” . Par a t an t o, t or n se n ecessár io “ u m a ar q u it et u r a d e id éias n or t ead or as, in ov a-ções em in f r a- est r u t u r a, t eor ia, m ét odos e f er r am en t as” ( SENGE, 1 9 9 9 , p. 2 1 ) , ou sej a, con d ições e p r ocessos or g an izacion ais q u e f acilit em a ap r en d izag em . Pod e-se ap r een d er , p or t an t o, q u e u m d os p r in cip ais p r é- r eq u isit os p ar a a ap r en d iza-g em or iza-g an izacion al é a p assaiza-g em p ar a u m n ov o p at am ar d e en t en d im en t o d a r ealid ad e, n as m ais v ar iad as f or m as em q u e ela se ap r esen t a. Par a Sen g e, essa r ealidade pode ser sist em at izada n as cin co disciplin as, as qu ais t êm com o pr in ci-pal r ef er en cial a t eor ia de sist em a din âm ico, pr esen t e, pr in cici-palm en t e, n a “ qu in t a disciplin a” , ou sej a, n o pen sam en t o sist êm ico.

Tan t o em Ar gy r is e Sch ön ( 1 9 9 6 ) com o em Sen ge ( 1 9 9 0 ) , per cebe- se qu e a p r in cip al p r eocu p ação é ev id en ciar p ar a os in d iv íd u os q u e con st it u em a or g an iza-ção, a f or m a com o eles t r abalh am , agem e se r elacion am , ist o é, a m an eir a com o per cebem e con st r oem a r ealidade qu e v iv en ciam . Par a Ar gy r is e Sch ön , os m ode-los m en t ais d os m em b r os d a or g an ização m old am o ob j et o d e su a in v est ig ação, en q u an t o Sen g e r ef er e- se à or g an ização q u e ap r en d e com o u m lu g ar on d e as p essoas d escob r em con t in u am en t e com o cr iar su a r ealid ad e. Talv ez essa p ossa ser ap on t ad a com o a p r in cip al q u est ão com u m en t r e esses au t or es e, a p ar t ir d esse ob j et iv o, cad a u m , d e acor d o com seu r ef er en cial t eór ico, ( t eor ia d e ação pr opost a por Ar gy r is e Sch ön e sist em a din âm ico su ger ido por Sen ge) pr ocu r a ex p licit ar as car act er íst icas d o p r ocesso d e ap r en d izag em n as or g an izações.

Por t an t o, o t er m o ‘ap r en d izag em or g an izacion al’ d iz r esp eit o ao ‘p r ocesso d e ap r en d izag em ’, isso é, com o os r ecu r sos or g an izacion ais ( p essoas, m áq u in as, din h eir o, con h ecim en t os, t ecn ologias et c. ) in t er agem com a f in alidade de alt er ar at it u d es, com p or t am en t os e v alor es or g an izacion ais, v isan d o, p or m eio d e u m a com p r een são m ais ad eq u ad a d a r ealid ad e, a ap er f eiçoar as ações d a or g an ização. Já a ‘or g an ização q u e ap r en d e’ ser ia o am b ien t e on d e a ap r en d izag em ocor -r e, a q u al d ev e-r ia d isp o-r d e u m a cu lt u -r a, v alo-r es, p olít icas, est -r at ég ias e -r ot in as sen sív eis à in ov ação e à m u d an ça e q u e, p or t an t o, f acilit em o d esen v olv im en t o d a ap r en d izag em . Assim , ap r en d izag em , in ov ação e m u d an ça or g an izacion ais são con st r u t os in t er d ep en d en t es, os q u ais p od em ser v ist os, em alg u m as cir cu n st ân -cias, com o sin ôn im os. Nesse sen t id o, o en t en d im en t o d o con ceit o d e ap r en d iza-g em or iza-g an izacion al p assa p ela an álise d e su a r elação com in ov ação e m u d an ça n as o r g an i zaçõ es.

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Seg u n d o Tid d et al. ( 1 9 9 9 ) , o p r ocesso d e in ov ação, n o n ív el d as or g an iza-ções, com p r een d e u m con j u n t o d e at iv id ad es q u e se in icia n a id en t if icação d as n ecessid ad es d o m er cad o. A seg u ir , p assa p ela f or m u lação d e u m a est r at ég ia or g an izacion al q u e ser v ir á d e n or t e p ar a as at iv id ad es d e p esq u isa e d esen v olv i-m en t o, v isan d o a g er ação d e n ov os p r od u t os ou p r ocessos ou a in t r od u ção d e m elh or ias n os p r od u t os e ser v iços ex ist en t es. A et ap a seg u in t e com p r een d e t es-t es, p r od u ção e d isp on ib ilização d esses p r od u es-t os e ser v iços p ar a o m er cad o, d e m od o a at en d er às n ecessid ad es id en t if icad as in icialm en t e. O m er cad o, ao con su -m ir esses p r od u t os e ser v iços, g er a n ov as in f or -m ações e r eali-m en t a t od o o p r o-cesso. Par a o d esen v olv im en t o d esse p r ocesso, a or g an ização n ecessit a ser ca-p az d e con st r u ir , com ca-p lem en t ar e or g an izar con h ecim en t os e r ot in as e, r eg r a g e-r al, alt ee-r ae-r com p oe-r t am en t os, v aloe-r es e p e-r át icas con solid ad os. Esses au t oe-r es p e-r o-p õem cin co f ases o-p ar a o o-p r ocesso d e in ov ação: d iag n óst ico d as n ecessid ad es d o m er cad o, f or m u lação d a est r at ég ia, p r od u ção d a in ov ação, im p lem en t ação e r e t r o a l i m e n t a ç ã o . A r e t r o a l i m e n t a ç ã o r e p r e s e n t a r i a a a p r e n d i z a g e m e a im p lem en t ação d e ou t r as in ov ações - learning and re- innovat ion . Ain d a seg u n d o esses au t or es, a ap r en d izag em est ar ia con t id a, t am b ém , em ou t r as f ases d o p r o-cesso d e in ov ação, com o, p or ex em p lo, n a f ase d e d esen v olv im en t o d a in ov ação. Par a Tid d et al. ( 1 9 9 9 , p . 4 8 ) , esse p r ocesso d e in ov ação con t ém q u at r o com p on en t es p r in cip ais, cad a q u al com su as at iv id ad es p r óp r ias: f or m u lação d a est r at ég ia d e in ov ação, d esen v olv im en t o e u so d e m ecan ism os e est r u t u r as q u e v iabilizem o pr ocesso in ov ador ; cr iação de u m con t ex t o or gan izacion al de f acilit a-ção à in ov aa-ção, e r ealizaa-ção e m an u t en a-ção d e p ar cer ias e r elações ex t er n as. O p r ocesso d e ap r en d izag em n as or g an izações, p or seu t u r n o, ap óia- se, seg u n d o Cab r al ( 2 0 0 0 ) , em q u at r o elem en t os, m u it o sem elh an t es aos q u e su p or t am o p r ocesso de in ov ação: cu lt u r a, est r at égia, est r u t u r a e am bien t e. Par ece h av er , por t an t o, u m a r elação d e in t er d ep en d ên cia en t r e in ov ação e ap r en d izag em n as or -g an izações e u m a d if er en ça n o q u e se r ef er e às ab or d a-g en s d e an álise. En q u an t o os est u d os sob r e in ov ação, ap oiad os n a t eor ia econ ôm ica, p r iv ileg iam os r esu lt a-d os or g an izacion ais, com o p r oa-d u t os e ser v iços n ov os, p at en t es, a-d esem p en h o eco-n ôm ico e com p et it iv id ad e, os est u d os sob r e ap r eeco-n d izag em , g er alm eeco-n t e ap oiad os n a t eor ia d a ad m in ist r ação e n a p sicolog ia, t en d em a en f ocar p r ocessos d e g est ão e as r elações p sicossociais p r esen t es n as or g an izações. Ad ian t e são com en t ad os alg u n s est u d os r elacion ad os com o con ceit o d e or g an ização d e ap r en d izag em , f oco d est e ar t ig o.

Go h e Ri ch a r d s ( 1 9 9 7 ) d esen v o l v er a m u m i n st r u m en t o p a r a d i a g n o st i -ca r a -ca p a ci d a d e d e a p r e n d i za g e m e m o r g a n i za çõ e s. Pa r a t a n t o , a r g u m e n t a m q u e a a p r e n d i za g e m o r g a n i za ci o n a l é u m p r o d u t o d o a p r e n d i za d o i n d i v i d u a l e g r u p a l a p l i ca d o p a r a o a l ca n ce d a v i sã o d a o r g a n i za çã o e q u e ce r t a s p r á t i ca s d e g e st ã o e co n d i çõ e s i n t e r n a s p o d e m t a n t o f a v o r e ce r co m o i n i b i r e st e p r o -ce sso . Assi m , o d e se n v o l v i m e n t o d e u m a o r g a n i za çã o d e a p r e n d i za g e m n ã o é u m a ch a n ce a l ea t ó r i a , m a s u m a i n t er v en çã o d el i b er a d a . A p r em i ssa i m p l íci t a é q u e e x i st e u m a a r q u i t e t u r a o r g a n i za ci o n a l q u e d e f i n e o su ce sso d e u m a o r g a -n i za çã o d e a p r e -n d i za g e m , e q u e p o r su a v e z i -n f l u e -n ci a o se u d e se m p e -n h o e su a so b r e v i v ê n ci a .

Esses au t or es u t ilizar am as seg u in t es d im en sões p ar a m en su r ar a cap aci-d a aci-d e aci-d e a p r e n aci-d i z a g e m o r g a n i z a c i o n a l : c l a r e z a aci-d e p r o p ó s i t o e m i s s ã o ,

em pow er m ent e com p r om et im en t o d a lid er an ça, ex p er im en t ação e p r em iação,

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o-r es ín d ices d e cap acid ad e d e ap o-r en d izag em oo-r g an izacion al, en q u an t o aq u elas q u e est iv essem n u m am bien t e m ais com pet it iv o apr esen t ar iam ín dices m aior es, f oi con fir m ada.

Sm it h e Tay lor ( 2 0 0 0 ) aplicar am u m qu est ion ár io, con t en do 2 4 it en s, j u n t o a 1 3 2 f u n cion ár ios d e or g an izações p ú b licas d a Gr ã- Br et an h a, v isan d o a id en t if icar em q u e m ed id a o con ceit o d e or g an ização d e ap r en d izag em est ar ia associad o com car act er íst icas d e est r u t u r a ou d e cu lt u r a d essas or g an izações. A an álise f at or ial r ealizad a r esu lt ou em u m in st r u m en t o com p ost o d e 1 6 it en s, ag r u p ad os em d ois f at or es – r elações p sicossociais e p r ocessos d e t r ab alh o.

Car t ax o ( 2 0 0 0 ) r ealizou est u do n o Est ado- Maior do Ex ér cit o ( EME) br asiler o, p aasiler a v easiler if icaasiler o t ip o d e am b ien t e d e ap asiler en d izag em oasiler g an izacion al e as con d ições q u e f av or ecem ou in ib em est e ap r en d izad o. Par a t an t o, ex am in ou as d im en -sões con sid er ad as com o r elev an t es p ar a a ap r en d izag em , com o v isão com p ar t i-lh ad a, r elacion am en t o/ com u n icação e t r ab ai-lh o em eq u ip e, p en sam en t o sist êm ico, r ecep t iv id ad e a in ov ação e ação m on it or ad a. I d en t if icou a ex ist ên cia d e m aior n ú m er o d e car act er íst icas d e u m am b ien t e d e ap r en d izag em p r op ício a m an u t en -ção d o st at u s q u o e, em algu m as sit u ações específ icas, car act er íst icas pr óx im as de u m am bien t e de apr en dizagem or gan izacion al in cr em en t al, ou de ciclo sim ples. Ber n ar d es ( 1 9 9 9 ) an alisou car act er íst icas d o con ceit o d e or g an ização d e ap r en d izag em em u m a em p r esa p r iv ad a b r asileir a, a q u al p ot en cialm en t e ad ot a-v a p r át icas d e g est ão p r ea-v ist as n o r ef er id o con ceit o: in oa-v ação con st an t e, su cesso em u m m er cad o alt am en t e com p et it iv o e v olt ad a p ar a o f u t u r o. A p esq u isa f oi r ealizad a com b ase n as d im en sões ‘am b ien t e q u e in cen t iv a a ap r en d izag em ’, ‘d e-m ocr at ização das in for e-m ações’, ‘v isão sist êe-m ica’, ‘obj et iv o coe-m par t ilh ado’ e ‘ação m on it or ad a’. Con clu iu a r ef er id a au t or a q u e a or g an ização est u d ad a ap r esen t av a u m am b ien t e in t er n o q u e f av or ecia a ap r en d izag em , p or ém , n ão p od er ia ser ca-r act eca-r izad a com o u m a oca-r g an ização q u e ap ca-r en d e, p ost o q u e n ão u t ilizav a, p elo m en os d e f or m a p len a, os m ecan ism os d e g est ão r elacion ad os com o con ceit o d e o r g an i zação q u e ap r en d e.

Esses est u d os, r ealizad os com b ase n o su p or t e con ceit u al d a ad m in ist r ação e d a p sicolog ia, t r at am d o con ceit o d e ‘or g an ização d e ap r en d izag em ’ e t êm em com u m o f at o d e est u d ar em o r ef er id o con ceit o p or m eio d a an álise d e car act er ís-t icas q u e f av or ecem a ‘ap r en d izag em or g an izacion al’. É n essa lin h a q u e se in ser e o p r esen t e t r ab alh o. Tal f oco d e an álise j u st if ica- se p or se en t en d er q u e o cam p o é ain d a car en t e d e p esq u isas em p ír icas. Con f or m e d est acam Bast os et al. ( 2 0 0 2 , p. 9 ) , “ dev er ia h av er u m esf or ço t eór ico e em pír ico de bu scar iden t if icar os elem en -t os cen -t r ais ou -t r aços m ais dis-t in -t iv os qu e possam dar m aior pr ecisão con cei-t u al à n oção d e ‘or g an izações q u e ap r en d em ’” .

M

ETODOLOGIA

Est a p esq u isa car act er iza- se com o d escr it iv a, n os t er m os p r op ost os p or Dr en t h ( 1 9 8 4 ) e an alisa o caso d o Min ist ér io d a I n t eg r ação Nacion al. Ap oiou - se em u m r ot eir o d e en t r ev ist a, sem i- est r u t u r ad o, con t en d o 1 5 q u est ões, en f ocan d o t e m a s r e l a ci o n a d o s co m o s se g u i n t e s f a t o r e s: v isã o com p a r t ilh a d a , v isã o

sist êm ica, m odelos m ent ais, com part ilham ent o do conhecim ent o e am bient e de ince nt ivo à cr ít ica . O r ef er ido r ot eir o f oi em basado, pr in cipalm en t e, n as pr

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éc-n icos d e éc-n ív el su p er ior , e os ou t r os q u at r o eéc-n t r ev ist ad os, 1 5 % d o t ot al, ocu p av am car g os d e ap oio ad m in ist r at iv o. Os en t r ev ist ad os f or am escolh id os d en t r e as p es-soas q u e t iv essem g r au d e in st r u ção ig u al ou su p er ior a seg u n d o g r au com p let o. A escolh a d os n om es d as p essoas a ser em en t r ev ist ad as f oi aleat ór ia, f eit a d en -t r e os ocu p an -t es d e car g os d e d is-t in -t os n ív eis h ier ár q u icos e ab r an g en d o a m aio-r ia d as u n id ad es oaio-r g an izacion ais aio-r esp on sáv eis p elas at iv id ad es- f im d o Min ist éaio-r io. Qu at r o en t r ev ist ad os ( 1 5 % d o t ot al) p ossu em seg u n d o g r au com p let o, ou t r os n ov e ( 3 5 % ) p ossu em cu r so su p er ior com p let o, en q u an t o os d em ais 1 3 en t r ev ist a-dos ( 5 0 % ) possu em cu r sos de pós- gr adu ação em n ív el de especialização, m est r ado ou d ou t or ad o. Dezoit o en t r ev ist ad os ( 7 0 % d o t ot al) são d o sex o m ascu lin o e a id ad e m éd ia d o g r u p o er a d e 4 0 an os.

As en t r ev ist as du r ar am u m t em po m édio de cin qü en t a m in u t os, com u m t em -po m ín im o de t r in t a e cin co e m áx im o de n ov en t a m in u t os. Em cada en t r ev ist a p a r t i ci p a r a m d o i s e n t r e v i st a d o r e s, d e n t r e o s a u t o r e s d e st e t r a b a l h o , q u e in t er ag ir am com os en t r ev ist ad os, cu j as op in iões er am an ot ad as e g r av ad as, com a p er m issão p r év ia d est es. For am , en t ão, p r od u zid as ap r ox im ad am en t e v in t e e d u as h or as d e g r av ação, as q u ais f or am d ev id am en t e t r an scr it as e con st it u em a b ase d o p r esen t e t r ab alh o. Foi r ealizad a an álise d e con t eú d o d as en t r ev ist as, u t ilizan do u m a m et odologia qu e con sist iu n a iden t if icação do qu e f oi dit o e com o f oi d it o p elos en t r ev ist ad os, v isan d o a ex p lor ar as con v er g ên cias e d iv er g ên cias en t r e seu s d iscu r sos.

R

ESULTADOS E

D

ISCUSSÃO

V

ISÃO

C

OMPARTILHAD A

As v isões com p ar t ilh ad as t êm su a or ig em n as v isões p essoais, g er an d o u m r elacion am en t o d e com p r om et im en t o e r esp on sab ilid ad e p elo t od o, e n ão d e sim -p les aceit ação d e u m a d ad a sit u ação ( Sen g e, 1 9 9 0 ) . Par a an alisar est a q u est ão, b u scou - se id en t if icar em q u e m ed id a a m issão, os ob j et iv os e as m et as d o Min ist é-r io est ão d issem in ad as e in t eé-r n alizad as en t é-r e seu s f u n cion áé-r ios.

Per ceb eu - se q u e os en t r ev ist ad os con h ecem , com cer t a u n if or m id ad e, a m issão d o Min ist ér io d e I n t eg r ação Nacion al, e d escr ev em - n a com o sen d o “ a ex e-cu ção d a p olít ica d e in t eg r ação n acion al p ar a com b at er as d esig u ald ad es sociais” . No en t an t o, em b or a a m aior ia d os en t r ev ist ad os t en h a cit ad o p r on t am en t e a m is-são d a or g an ização, q u at r o d eles, ocu p an t es d e car g os d e g er ên cia d e p r oj et os e d e ap oio ad m in ist r at iv o, n ão sou b er am com en t ar a r esp eit o d a m esm a ou o f ize-r am d em on st ize-r an d o in seg u ize-r an ça. No q u e se ize-r ef eize-r e ao con h ecim en t o d os ob j et iv os e m et as d a or g an ização, e se est es são coer en t es com a su a m issão, id en t if icou -se u m -sen t im en t o com u m d e q u e h á u m a r elação en t r e os ob j et iv os, m et as e m issão. Por ém , ap en as n ov e en t r ev ist ad os r elat ar am esp ecif icam en t e os ob j et i-v os e as m et as d o Min ist ér io. Os d em ais f or am cap azes d e r elat ar , ap en as, os ob j et iv os e m et as d as r esp ect iv as u n id ad es d e lot ação, com o p or ex em p lo: “ a n ossa secr et ar ia é u m a d as q u e m elh or t r ad u z a m issão d o m in ist ér io. Os n ossos p r in cip ais p r og r am as são o san eam en t o econ ôm ico, ecológ ico, o or d en am en t o t er r it or ial e o aux ílio a m unicípios na faix a de fr ont eir as. ”

(9)

específicos. Além disso, a hist ória do Minist ério é m arcada por int erferências polít ico-par t idár ias, fazendo com que seu pr ocesso decisór io sej a m ais influenciado por int r esses r egionais e de gr upos específicos do que por aspect os t écnicos. Essas car act e-ríst icas cert am ent e influenciam o nível de com prom et im ent o dos funcionários da orga-nização pesquisada e int er fer em no pr ocesso de com par t ilham ent o de infor m ações.

De ou t r o lad o, p r ob lem as d e v isão com p ar t ilh ad a são, t am b ém , r elat ad os em p esq u isas sem elh an t es, r ealizad as em ou t r as or g an izações. Car t ax o ( 2 0 0 0 ) id en t if icou em su a p esq u isa q u e, d e u m a m an eir a g er al, os en t r ev ist ad os con se-g u ir am d escr ev er a m issão d o ór se-g ão est u d ad o. Por ém , q u an t o aos ob j et iv os e m et as, h ou v e u m a d iv er sid ad e d e d escr ições, p r in cip alm en t e com os en t r ev ist a-dos de n ív el h ier ár qu ico in f er ior . Ber n ar des ( 1 9 9 9 ) v er if icou qu e apesar da em pr esa est u d ad a d eix ar clar a su a in t en ção d e cr escer p or m eio d e ex p or t ação e d iv er -sif icação d e p r od u t os, n ão f oi p ossív el p er ceb er u m a p r op ag ação u n ísson a d os ob j et iv os or g an izacion ais, r essalt an d o, essa au t or a, q u e os en t r ev ist ad os d es-cr ev er am 1 7 d if er en t es ob j et iv os p ar a a m esm a em p r esa.

V

ISÃO

S

ISTÊMICA

A v isão sist êm ica r ef er e- se ao f at o d e o in d iv íd u o p er ceb er a or g an ização com o u m t od o in t er d ep en d en t e, em v ez d e cad eias lin ear es d e cau sa- ef eit o, ou ain d a p r ocessos d e m u d an ça, em v ez d e f at os f r ag m en t ad os e isolad os n o t em p o

e no espaço. A sua principal característica está na compreensão do efeito de

feedback,

q u e m ost r a com o as ações p od em se r ef or çar ou eq u ilib r ar u m as com as ou t r as. Assim , a per spect iv a de feedback ev id en cia a r esp on sab ilid ad e d e t od os em r ela-ção aos p r ob lem as g er ad os p or u m sist em a ( Sen g e, 1 9 9 0 ) . Com a f in alid ad e d e p er ceb er o g r au d e v isão sist êm ica n a or g an ização est u d ad a, p r ocu r ou - se id en t i-f i car o q u an t o as p essoas con h ecem a r esp ei t o d as ou t r as ár eas d essa or g an i za-ç ã o e c o m o o s e u t r a b a l h o c o n t r i b u i p a r a a c o n s e c u za-ç ã o d o s o b j e t i v o s or g an izacion ais. Oit o en t r ev ist ad os, cer ca d e 3 0 % d o t ot al, d em on st r ar am con h e-cer t od o o t r ab alh o d o Min ist ér io. Ou t r os d ez, r ep r esen t an d o 3 9 % d o t ot al, in d icr am con h eceicr , além d o t icr ab alh o d e su a áicr ea, o q u e é icr ealizad o em ou t icr as u n id a-d es a-d a or g an ização com as q u ais p ossu em in t er ação a-d ir et a com as at iv ia-d aa-d es q u e ex er cem . Os ou t r os oit o en t r ev ist ad os ( 3 0 % ) , p ossu em u m a v isão r est r it a ao t r a-b alh o q u e ex ecu t am .

Ob ser v a- se, p or t an t o, q u e a m aior ia d os en t r ev ist ad os, cer ca d e 6 9 % d o t ot al, con h ecem o q u e é r ealizad o em ár eas d o Min ist ér io q u e p ossu em in t er ações m ais p r óx im as com a su a r esp ect iv a ár ea d e t r ab alh o. E, ain d a, q u e h á u m esf or ço p essoal n o sen t id o d e b u scar in f or m ações p ar a ex ecu t ar o t r ab alh o d e f or m a in t e-g r ad a, com o p od e ser v ist o p elo see-g u in t e d ep oim en t o: “ con h eço t od as as ár eas d o Min ist ér io, e o q u e elas af et am n o m eu t r ab alh o ( . . . ) . Eu , p essoalm en t e, t en h o m e esf or çad o p ar a m e m an t er a p ar d o q u e acon t ece n as ou t r as Secr et ar ias e t en h o of er ecid o su g est ões e con t r ib u ições. ”

M

ODELOS

M

ENTAIS

(10)

Pr ocu r ou se id en t if icar est r at ég ias d e ação, v alor es e p r em issas q u e g ov er -n am a escolh a d as est r at ég ias -n a or g a-n ização p esq u isad a, p or m eio d e d ep oi-m en t os dos en t r ev ist ados sobr e su a par t icipação e in f lu ên cia n o pr ocesso decisór io, r elacion ad o com a d ef in ição d e p r ior id ad es, ob j et iv os e m et as d o Min ist ér io d a I n t eg r ação Nacion al. Os en t r ev ist ad os f or am in d ag ad os, t am b ém , sob r e o p r oces-so d e com u n icação e r elacion am en t o en t r e as p esoces-soas, o t r at am en t o d as n ov as id éias, a r eação às m u d an ças e os com p or t am en t os d as p essoas d e d if er en t es n ív eis h ier ár q u icos, em r elação a sit u ações n ov as e r elev an t es q u e ocor r em n o am b ien t e d e t r ab alh o, ex ig in d o n ov as at it u d es d os in d iv íd u os.

Em r elação à p ar t icip ação d os f u n cion ár ios n a d ef in ição d os ob j et iv os e m e-t as d o Min ise-t ér io ou d a u n id ad e d e loe-t ação d e cad a en e-t r ev ise-t ad o, f icou clar a a d ist in ção d a p er cep ção en t r e as p essoas d e n ív el h ier ár q u ico su p er ior , t ais com o ch ef es d e secr et ar ias e d e d ep ar t am en t os, e assessor es, e as d e n ív el in t er m ed i-ár io, r ep r esen t ad as p elos g er en t es d e p r oj et os e t écn icos em g er al. Os p r im eir os ap on t ar am q u e h á in t en sa p ar t icip ação d os f u n cion ár ios n essas d ef in ições, com o m ost r am os seg u in t es d ep oim en t os:

“ . . . t u do aqu i é f eit o de f or m a par t icipat iv a, a par t ir de r eu n iões e sem in á-r ios d iá-r ig id os p aá-r a a elab oá-r ação d as p á-r op ost as” ; e

“ . . . n ós t em os aq u i u m a ch ef ia q u e p r op or cion a ab er t u r a t ot al p ar a q u e as p essoas se m an if est em . Na m ed id a em q u e t êm t ot al lib er d ad e, elas t êm par t icipação e in f lu ên cia n a def in ição das pr ior idades” .

En t r e os f u n cion ár ios d e h ier ar q u ia in t er m ed iár ia h á r elat os em q u e alg u n s con cor dam qu e ex ist e u m a par t icipação, por ém de f or m a lim it ada, em v ir t u de de q u e h á sem p r e u m a p r eocu p ação d e q u e o in d iv íd u o est ej a em sin t on ia com a or ien t ação da dir eção. Ou t r os n ão con cor dam qu e ex ist a, n o Min ist ér io, u m clim a d e ab er t u r a p ar a q u e os f u n cion ár ios p ar t icip em d a d ef in ição d e ob j et iv os e m et as d a or g an ização. Os d ep oim en t os ad ian t e ilu st r am a sit u ação:

“ . . . q u an d o eu ch eg u ei aq u i ( . . . ) os ob j et iv os j á est av am d et er m in ad os. Eu acho que a part icipação ocorre m ais no nível de diret oria e de secret ário” ; e “ ... eu acho que hoj e em dia, em nenhum órgão público, o em pregado part ici-pa das definições. I sso vem de cim a, do ici-palácio, do gover no, isso é polít ica do governo. O em pregado não part icipa disso não, o em pregado cum pre! ” . Por ou t r o lad o, esses m esm os en t r ev ist ad os m en cion ar am ser f ácil o acesso aos su p er ior es im ed iat os.

Qu an t o ao p r ocesso d e com u n icação e r elacion am en t o in t er p essoal d a or -g an ização est u d ad a, f oi p ossív el ap r een d er q u e h á u m a p er cep ção, -g en er alizad a em t od os os n ív eis h ier ár q u icos, sob r e u m est ím u lo à in f or m alid ad e e ab er t u r a n os r elacion am en t os. Em r elação ao com p or t am en t o d os g est or es f r en t e a sit u ações n ov as e r elev an t es e, ain d a, n o q u e d iz r esp eit o ao t r at am en t o d as su g est ões d e f u n cion ár ios sob r e in ov ações em m ét od os e p r ocessos d e t r ab alh o, f oi p ossív el id en t if icar u m a in coer ên cia. Ao m esm o t em p o em q u e h á, en t r e os g est or es d e n ív el su p er ior , u m d iscu r so d e ab er t u r a e d e lib er d ad e p ar a a d iscu ssão d e id éias n ov as, ob ser v a- se u m clar o r esp eit o à h ier ar q u ia p ar a q u alq u er t om ad a d e d eci-são. Fat o est e q u e f icou ev id en t e a p ar t ir d as r esp ost as à q u est ão f or m u lad a a r espeit o da r eação dos f u n cion ár ios f r en t e a decisões da alt a adm in ist r ação, qu an do f icou ev id en ciad o u m sen t im en t o d e ob r ig at or ied ad e p ar a seg u ir as r eg r as im p os-t as. Alg u n s d ep oim en os-t os d os en os-t r ev isos-t ad os r ef or çam isso: “ m an d a q u em p od e e obedece qu em t em j u ízo” ; “ t em coisas qu e ( . . . ) t em qu e ser de cim a par a baix o. Tem coisas em que não há dem ocr acia. ”

(11)

ex ist ir , n a or gan ização pesqu isada, u m am bien t e de in ov ação, o qu e foi colocado por algu n s en t r ev ist ados, cu j o depoim en t o, a segu ir , dem on st r a esse sen t im en t o: “ n ão su r gem m u it as idéias n ov as n ão. Os f u n cion ár ios n ão são m ot iv ados pelo f at o de n o ser v iço pú blico as m u dan ças só acon t ecer em de cim a par a baix o. É best eir a v ocê t ent ar m udar de baix o par a cim a por que ninguém cobr a de ninguém . ”

C

OMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO

Pedler et al. ( 1 9 8 9 ) e Gar v in ( 1 9 9 3 ) associam apr en dizagem com gest ão do con h ecim en t o e r essalt am a n ecessid ad e d a com u n icação n a or g an ização ser cla-r a, cla-r áp id a e p cla-r ecisa. O t ip o d e in f ocla-r m ação ad q u icla-r id a e d ist cla-r ib u íd a d ev e- se cla-r elacio-n ar a p r ob lem as e op or t u elacio-n id ad es or g aelacio-n izacioelacio-n ais, p er m it ielacio-n d o am p la t r aelacio-n sf er êelacio-n cia d e con h ecim en t o en t r e as d iv er sas u n id ad es f u n cion ais. Além d a d issem in ação in t er n a, a or g an ização n ecessit a t er a h ab ilid ad e d e cap t ar as in f or m ações d o am b ien t e ex t er n o. Assim , a ap r en d izag em som en t e ser á p ossív el se ex ist ir am p lo acesso às in f or m ações d e t od os os n ív eis or g an izacion ais, d e f or m a q u e o st aff sej a con scien t e d e seu d esem p en h o e o p od er d e d ecisão sej a d em ocr at izad o.

Nessa lin h a, pr ocu r ou - se v er if icar , por m eio de qu est ões f or m u ladas sobr e a d eq u a çã o d o lay out e m ecan ism os u t ilizad os p ar a colet a e d issem in ação d e in -f or m ações, o q u an t o a or g an ização p esq u isad a -f av or ece o com p ar t ilh am en t o d o con h ecim en t o. De u m m od o g er al, a m aior ia d os en t r ev ist ad os p er ceb e q u e o Min ist ér io possibilit a a dissem in ação das in f or m ações, m esm o qu e de m an eir a in -f or m al ou n ão sist em át ica, u t ilizan do- se, pr in cipalm en t e de r eu n iões per iódicas e da dist r ibu ição de in f or m at iv os m en sais. Ver if icou - se ain da qu e algu n s en t r ev ist a-d os p r eocu p am - se com o con t eú a-d o a-d as in f or m ações q u e são r ep assaa-d as p ar a o m eio ex t er n o:

“ . . . h á a com u n icação v ia j or n alzin h o. I sso é u m a coisa per igosa, por qu e t u d o q u e se com u n ica se f az d e m an eir a of icial. Qu an d o se t r at a d e assu n t os r elat iv os à Un ião, en t ão t em q u e se t er m u it o cu id ad o com a in f or -m ação q u e se d isse-m in a” .

No q u e se r ef er e ao lay out d a or g an ização p esq u isad a, n ot a se u m a p er -cep ção com u m à m aior ia d os en t r ev ist ad os d e q u e o m esm o n ão é ad eq u ad o ao com p ar t ilh am en t o d o con h ecim en t o. Den t r e os en t r ev ist ad os, ex cet o os ocu p an t es d e car g os d e g est ão su p er ior , com o ch ef es d e secr et ar ias e d e d ep ar t am en -t os, -t od os -t r ab alh av am , n a ép oca d a p esq u isa, em am b ien -t es p eq u en os, alg u n s d os q u ais d iv id id os d e f or m a in ad eq u ad a. Ap esar d e alg u n s en t r ev ist ad os m en ci-on ar em q u e os am b ien t es p eq u en os f acilit am a t r oca d e in f or m ações, p od e- se d izer q u e n ão h ou v e in t en cion alid ad e d a or g an ização em m an t er u m esp aço f ísico pequ en o par a f azer f lu ir a in f or m ação, m as sim , u m a adapt ação e con f or m idade ao esp aço ex i st en t e.

A

MBIENTE DE INCENTIVO À CRÍTICA

(12)

e-riên cia d ecor r en t e d o cot id ian o d o t r ab alh o, an álise d e feedback de per f or m an ce p assad a, p r og r am as d e t r ein am en t os, con t r at ação d e p r of ission ais com ex p er iên -cias ex t er n as a or g an ização e aq u isição d e con h ecim en t os p r on t os, f or n ecid os p or ou t r as em p r esas.

Par a en t en d er esse asp ect o d a ap r en d izag em n o Min ist ér io, p r ocu r ou - se iden t if icar a ex ist ên cia de m ecan ism os sist em át icos e in st it u cion alizados n a r ef er i-d a or g an ização, v isan i-d o a f acilit ar e p r om ov er a ap r en i-d izag em , com o a an álise i-d e p r át icas d e su cesso d e ou t r as or g an izações, e a d est in ação in t en cion al d e t em p o p ar a ap r en d izad o em eq u ip e. Per ceb eu - se q u e n ão h á u m a p r át ica in st it u cion al p ar a ap r en d er p r át icas d e su cesso d e ou t r as or g an izações, e sim u m esf or ço p ar -t icu lar de algu n s f u n cion ár ios par a a dissem in ação de in f or m ações, com o r e-t r a-t a o seg u in t e d ep oim en t o: “ t od a in f or m ação q u e m e ch eg a eu r ep asso, m as o q u e n ós qu er em os é qu e ist o n ão sej a u m pr ocesso in div idu al, m as sist êm ico. ”

Há u m a p er cep ção g en er alizad a en t r e os en t r ev ist ad os d e q u e ex ist e, n o Min ist ér io, u m est ím u lo à apr en dizagem , por m eio da r ealização per iódica de en -con t r os d e t r ab alh o, sem in ár ios, p alest r as e assem elh ad os, b em com o u m a p r eo-cu p ação in st it u cion al com a cap acit ação d o p essoal, p or m eio d a p ar t icip ação em t r ein am en t os of er t ados pela Escola Nacion al de Adm in ist r ação Pú blica ( ENAP) . No en t an t o, u m en t r ev ist ad o q u est ion ou a ef icácia d esses t r ein am en t os, g er alm en t e f or m at ados com con t eú dos gen er alist as, colocan do em dú v ida, in clu siv e, o in t e-r esse d os f u n cion áe-r ios n os cu e-r sos of ee-r ecid os. O q u e as en t e-r ev ist as m ost e-r ae-r am é q u e a f or m a d e ap r en d izag em m ais f r eq ü en t e n o Min ist ér io é o ‘ap r en d er f azen -d o’, ist o é, com a ex p er iên cia -d ecor r en t e -d as at iv i-d a-d es cot i-d ian as.

No q u e se r ef er e à d ed icação in t en cion al d e t em p o p ar a a ap r en d izag em em eq u ip e, f oi p ossív el ob ser v ar d ois t ip os d e r esp ost as. Pr im eir o, u m p eq u en o g r u -p o, com -p ost o som en t e -p or -p essoas d o n ív el h ier ár q u ico su -p er ior , q u e af ir m a ex is-t ir is-t em p o p ar a ap r en d izag em em eq u ip e. E u m seg u n d o g r u p o, com p essoas d e t od os os n ív eis h ier ár q u icos, q u e n ão p er ceb e n en h u m a p r át ica g er en cial n esse sen t id o. O p r im eir o g r u p o ap óia su a p er cep ção em ex em p los r ef er en t es a r eu n i-ões p ar a acom p an h am en t o d e at iv id ad es e d iv u lg ação d as in f or m açi-ões, e n ão p ar a a cr ít ica, t r oca d e id éias ou r ef or m u lações est r at ég icas, com o p od e ser n ot a-d o n o a-d ep oim en t o a seg u ir :

“ . . . h á o t em p o q u e f or n ecessár io p ar a a d iscu ssão. Com o p or ex em p lo, n ós t em os o m om en t o d e ap r esen t ar a n ossa p r op ost a or çam en t ár ia ( . . . ) q u e en v olv e t od a u m a g am a d e in f or m ações p ar a su b sid iar a m en sag em q u e o Pr esid en t e d a Rep ú b lica, n or m alm en t e t em q u e m an d ar p ar a o Con g r esso. En t ão, r eu n im os t od a a eq u ip e e p ed im os a colab or ação d e cad a u m d en t r o d o seu cam p o d e at iv id ad es p ar a q u e f or n eça, d a m elh or m an eir a possív el, essas in f or m ações” .

Essa d icot om ia p ar ece ser in er en t e aos ‘m od elos m en t ais’ q u e g ov er n am as p er cep ções d os in d iv íd u os seg u n d o a p osição q u e ocu p am em d et er m in ad os sis-t em as sociais. No caso p r esen sis-t e, en q u an sis-t o os g essis-t or es d e n ív el su p er ior p er ce-b em u m am ce-b ien t e p r op ício à ap r en d izag em em eq u ip e, os f u n cion ár ios d e n ív el in t er m ed iár io n ão p er ceb em esse m esm o am b ien t e, af ir m an d o q u e o m esm o n ão ex ist e, ou , se ex ist e, é r est r it o aos f u n cion ár ios da h ier ar qu ia su per ior .

C

ONCLUSÕES E

R

ECOMENDAÇÕES

(13)

et c., pode t er im pedido a for m ação de um a ‘cult ur a de apr endizagem ’. Essa t r aj et ór ia cer t am ent e im plicou, por ex em plo, em r eduzidos nív eis de difusão dos obj et iv os or ganizacionais e, conseqüent em ent e, de Visão Com par t ilhada de seus funcionár ios. No q u e se r ef er e à Visão Sist êm ica, ap esar d e h av er u m con h ecim en t o g e-n er alizad o ee-n t r e os f u e-n cioe-n ár ios sob r e o q u e a or g ae-n ização f az, e-n ão h á ev id êe-n cias

significativas sobre a compreensão do efeito de

feedbacks, n ecessár io ao p r

oces-so d e au t o- r eg u lação d a or g an ização. Ap r een d e- se q u e ex ist e u m esf or ço p ar a o Com p ar t ilh am en t o d o Con h ecim en t o, p r in cip alm en t e p ar a a d issem in ação d e in -f or m ações p or m eio d e r eu n iões p er iód icas en t r e as d iv er sas u n id ad es e p or m eio d a d iv u lg ação d e in f or m at iv os. Tod av ia, essas ações ser v em m ais p ar a p r est ar in f or m ações d o q u e p r op r iam en t e p ar a g er ar con h ecim en t o.

Há ain da u m a cr ít ica gen er alizada a r espeit o da in adequ ação do lay- out d a or gan ização. Não se per cebe pr át icas or gan izacion ais qu e in cen t iv em a cr ít ica, m as o Min ist ér io est im u la a capacit ação do seu pessoal por in t er m édio de cu r sos of er e-cidos pela ENAP. Out r as for m as de apr endizagem , com o a pr át ica do benchm arking, const it uem se em iniciat iv as indiv iduais. Em r elação aos Modelos Ment ais, obser -v am - se algu n s pr essu post os qu e f u n cion am com o bar r eir a ao pr ocesso de apr en di-zagem , com o, por ex em plo, o sen t im en t o de obr igat or iedade par a segu ir as r egr as im post as e r eceios de u lt r apassar os lim it es est abelecidos pela h ier ar qu ia, em bor a ex ist a um clim a de est ím ulo à infor m alidade que facilit a a com unicação.

Foi p ossív el ap r een d er alg u m as p r em issas e v alor es q u e m old am as ações dos in div ídu os, bem com o o am bien t e or gan izacion al do Min ist ér io, in dican do con -t r ad ições en -t r e as v isões d as h ier ar q u ias su p er ior e in -t er m ed iár ia. Par ece h av er u m a lin g u ag em esp ecíf ica p ar a cad a u m d esses g r u p os, q u an d o d ef in em su a v i-são a r esp eit o d a or g an ização em q u e t r ab alh am , com o m ost r a o Qu ad r o 1 .

Qua dr o 1 – Pr e m issa s e Va lor e s qua nt o a os Aspe ct os do Com por t a m e nt o Or ga niza ciona l Pr e se nt e s no M inist é r io da I nt e gr a çã o N a ciona l

Pr e m issa s e va lor e s e m r e la çã o a :

H ie r a r qu ia su pe r ior ( ch e fe s de se cr e t a r ia e

de de pa r t a m e n t os, a sse ssor e s)

H ie r a r qu ia in t e r m e diá r ia ( ge r e n t e s de pr oj e t os e

t é cn icos de n ív e l su pe r ior )

Par t icipação na definição de prioridades

Alt a par t icipação Baix a Par t icipação Padr ão de com unicação e

das r elações int er pessoais

Aber t o, fr anco e infor m al I nfor m al, com facilidade de acesso às chefias Tr at am ent o de nov as

idéias

Aber t ur a t ot al, liber dade, obediência à hier ar quia

Aber t ur a cont r olada, obediência à hier ar quia Reação a m udanças Obr igat or iedade de seguir

as r egr as da alt a adm inist ração

Obr igat or iedade de seguir as r egr as da alt a

adm inist r ação Fon t e: En t r ev ist as r ealizadas pelos au t or es.

A par t ir o qu adr o ger al descr it o n est e t r abalh o, in f er e- se qu e o Min ist ér io da I n t eg r ação Nacion al ain d a n ão in cor p or ou ao seu m od elo d e g est ão as p r át icas ger enciais r ecom endadas por Br asil ( 1 9 9 5 ) que fazem par t e da Adm inist r ação Públi-ca Ger encial. I nfer e- se, t am bém , que há um longo Públi-cam inho a ser per cor r ido par a a cr iação de u m am bien t e in t er n o e de u m a cu lt u r a qu e est im u lem a apr en dizagem n a r efer ida or gan ização. Esse per cu r so in icia- se com a defin ição de u m a est r at égia, de u m a m issão e dos obj et iv os or gan izacion ais, a ser em dissem in ados e in t er n alizados por t odo o seu cor po fu n cion al. Além disso, ficou clar o n a fala dos en t r ev ist ados qu e o r efer ido Min ist ér io dev er ia adot ar polít icas e m odelos de gest ão qu e est im u lem a com unicação aber t a, o debat e, a cr ít ica e a aut o- cr ít ica e, por t ant o, a cr iat iv idade dos f u n cion ár ios e o com pr om et im en t o dest es com a or gan ização.

(14)

cu id ad os m et od ológ icos q u e f or am t om ad os p ar a a escolh a d a am ost r a e p ar a a r ealização d as en t r ev ist as, as p er cep ções d os en t r ev ist ad os p od em con t er t en -dên cias qu e n ão coin cidem , n ecessar iam en t e, com a r ealidade or gan izacion al. Além d isso, os t em as an alisad os cer t am en t e n ão m ap ear am t od os os f at or es d e u m am b ien t e d e ap r en d izag em or g an izacion al. Em seg u n d o lu g ar , f or am t r ab alh ad os, ap en as, alg u n s ‘asp ect os p osit iv os’ d o con ceit o d e or g an ização q u e ap r en d e, com base em u m a ‘f ot ogr af ia’. As lim it ações de r ecu r sos e de t em po n ão per m it ir am , p or ex em p lo, u m ap r of u n d am en t o d as q u est ões sob r e o p or q u ê d a r ealid ad e en con t r ad a n o Min ist ér io d a I n t eg r ação Nacion al.

Fin alm en t e, su g er e- se a r ealização d e ou t r as p esq u isas sob r e o t em a. Po-d er - se- ia u t ilizar , p ar a a colet a e an álise Po-d e Po-d aPo-d os, t an t o t écn icas q u alit at iv as, com o f oi o caso pr esen t e, com o t écn icas qu an t it at iv as, iden t if ican do ou t r as v ar iá-v eis e r elações p r óp r ias d o con t ex t o d a ad m in ist r ação p ú b lica. Ad icion alm en t e, ser ia im p or t an t e est u d ar as r elações en t r e ap r en d izag em e ou t r os con st r u t os, com o in ov ação, m u dan ça e com pet ên cia, com a fin alidade de se iden t ificar , com m ais clar eza, o q u e ex p lica a ap r en d izag em , com o est a ocor r e e o q u e p r od u z, em em pr esas em ger al e em or gan izações pú blicas em par t icu lar .

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