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Pesquisa de enterovírus em casos de síndrome de meningite asséptica de Belém, PA.

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Pesquisa de enterovírus em casos de síndrome

de meningite asséptica de Belém, PA

Investigation of enterovirus in cases of aseptic

meningitis syndrome of Belém, PA

Letícia Martins Lamarão

1

, Maria de Lourdes Contente Gomes

2

, Lauze Lee Alves Ferreira

3

,

Cleide Mara Fonseca

4

, Lia C.B. Araújo

4

, Marquete B. Santana

4

e José Tavares-Neto

5

RESUMO

Co m o o b je ti vo d e i so la r e i d e n ti f i c a r o s so ro ti p o s d e e n te ro ví ru s, a ge n te s e ti o ló gi c o s m a i s f re q ü e n te s d a sí n d ro m e d e m e n i n gi te a ssé p ti c a , f o ra m e stu d a d a s a m o stra s d e lí q u o r d e p a c i e n te s d a u n i d a d e d e sa ú d e d e re f e rê n c i a d a Ci d a d e d e Be lé m - PA, d o p e rí o d o d e m a rç o d e 2 0 0 2 a m a rç o d e 2 0 0 3 . As a m o stra s f o ra m i n o c u la d a s e m c u lti vo s c e lu la re s RD e HEp - 2 , e a s p o si ti va s i d e n ti f i c a d a s p o r n e u tra li za ç ã o o u i m u n o f lu o re sc ê n c i a i n d i re ta . De 2 4 9 a m o stra s, 3 3 ( 1 3 ,2 %) f o ra m po si ti va s se n do 57,6% ( n = 19) e m pa c i e n te s m e n o re s de 11 a n o s ( p< 0,03) e pre do m i n a n te m e n te ( 72,7%) n a q u e le s d o se x o m a sc u li n o ( p < 0 ,0 0 8 ) . Os so ro ti p o s i so la d o s f o ra m : Ec h o ví ru s 3 0 ( n = 3 1 ) , Co x sa c k i e ví ru s B5 ( n = 1 ) e Ec h o ví ru s 3 0 e 4 . Em c o n c lu sã o , e stu d o s d e ste ti p o se rve m ta m b é m p a ra m e lh o r c o m p o r o q u a d ro n a c i o n a l, a i n d a p o u c o d e f i n i d o , so b re o s a ge n te s e n te ro vi ra i s m a i s p re va le n te s e m c a so s d e SMA.

Pal avr as-chave s: En te ro ví ru s. Me n i n gi te a ssé p ti c a . Lí q u o r.

ABSTRACT

Wi th th e o b je c ti ve o f i so la ti n g a n d i d e n ti f yi n g e n te ro vi ra l se ro typ e s, wh i c h a re th e m o st f re q u e n t e ti o lo gi c a ge n ts o f a se p ti c m e n i n gi ti s syn d ro m e , c e re b ro sp i n a l f lu i d sa m p le s we re stu d i e d f ro m p a ti e n ts re f e rre d to th e h e a lth u n i t i n th e Ci ty o f Be lé m ( Sta te o f Pa rá , Bra zi l) , f ro m Ma rc h 2 0 0 2 to Ma rc h 2 0 0 3 . Th e sa m p le s w e re i n o c u la te d i n RD a n d HEp - 2 c e lls li n e , a n d th e p o si ti ve w e re i d e n ti f i e d b y n e u tra li z a ti o n te st o r i n d i re c t i m m u n o f lu o re sc e n c e . Ou t o f 2 4 9 sa m p le s, 3 3 ( 1 3 .2 %) we re p o si ti ve 5 7 .6 % ( n = 1 9 ) i n p a ti e n ts u n d e r 1 1 ye a rs o f a ge ( p < 0 .0 3 ) a n d p re d o m i n a n tly ( 7 2 .7 %) i n m a le s ( p < 0 .0 0 8 ) . Th e se ro typ e s i so la te d we re : Ec h o vi ru s 3 0 ( n = 3 1 ) , Co x sa c k i e vi ru s B5 ( n = 1 ) a n d Ec h o vi ru s 3 0 a n d 4 . In c o n c lu si o n , th i s typ e o f stu d y a lso se rve s to d e te rm i n e th e n a ti o n a l p i c tu re , wh i c h i s sti ll li ttle d e f i n e d , re ga rd i n g th e m o st p re va le n t vi ra l a ge n ts i n AMS c a se s.

Ke y-words:En te ro vi ru s. Ase p ti c m e n i n gi ti s. Ce re b ro sp i n a l f lu i d .

1 . Cur so de Pó s- gr aduaç ão e m Me dic ina e Saúde da Fac uldade de Me dic ina da Unive r sidade Fe de r al da B ahia, Salvado r, B A. 2 . Instituto Evandr o Chagas, B e lé m, PA. 3 . Unive r sidade Fe de r al do Par á, B e lé m, PA. 4 . Unidade B ásic a de Saúde do b air r o da Pe dr e ir a da Se c r e tar ia-e xe c utiva de Estado da Saúde do Par á, B e lé m, PA. 5 . Fac uldade de Me dic ina da Unive r sidade Fe de r al da B ahia, Salvado r, B A.

En de r e ço par a cor r e spon dê n ci a: Pr o fª Mar ia de Lo ur de s Co nte nte Go me s. Se ç ão de Vir o lo gia/IEC. Av. Almir ante B ar r o so 4 9 2 , 6 6 0 9 0 - 0 0 0 B e lé m, PA. Te l: 5 5 9 1 2 1 4 -2 0 1 8

e - mail: llamar ao @ uo l. c o m. b r Re c e b ido par a pub lic aç ão e m 3 0 /9 /2 0 0 4 Ac e ito e m 2 7 /6 /2 0 0 5

A síndrome de meningite asséptic a ( SMA) é definida pela in fla m a ç ã o do e s pa ç o s ub a r a c n ó ide , c a r a c te r iza da po r pleoc itose de c élulas mononuc leares, e c ausada por agentes químic os, biológic os e farmac ológic os1 2. Todavia, a maioria

dos c asos tem etiologia viral, destac ando-se os enterovírus ( EV) que nos Estados Unidos são responsáveis por 8 0 % dos c asos de SMA c om etiologia definida1 0.

Os e nte r o vír us pe r te n c e m à fa m ília Pi c o rn a vi ri d a e, po ssuem de 2 8 -3 0

η

m de diâmetro, genoma de RNA de fita

simples e polaridade positiva e replicam-se no citoplasma das células hospedeiras ( em complexos associados à membrana)1 0.

Esses vírus possuem como características favoráveis à transmissão, princ ipalmente fec o-oral, a estabilidade em ambientes ác idos ( ausência do envelope lipídico) e a resistência aos desinfetantes c omuns, além de persistirem viáveis por dias à temperatura ambiente2 2. Como causa de doença em humanos, já foram descritos

(2)

ec hovírus ( ec ho, 3 1 sorotipos) ; e os enterovírus ( EV) 6 8 -7 12 2.

Mais r e c e nte m e nte , a no va c l a s s i fi c a ç ã o p a r a a fa m í l i a

Pi c o rn a vi ri d a e pr o põ e aq ue la divisão e m c inc o gr upo s: po lio vír us ( PV) ; e e nte r o vír us humano s ( EH) distr ib uído s e m 4 tipo s ( A, B , C e D)1 9.

Os ec hovírus ( Ec ho) têm sido desc ritos c omo o tipo de EV mais fr e qüe nte me nte asso c iado ao s c aso s de SMA. Estudo realizado num período de 1 0 anos ( 1 9 8 8 -1 9 9 7 ) , por Trallero c ols2 7, mostrou que os Ec ho foram responsáveis por 9 0 % dos

7 2 7 c asos identific ados c omo EV não-pólio, sendo os sorotipos mais prevalentes os Ec ho 3 0 , 9 , 6 e 4 . Chomel c ols9 enc ontraram

3 sorotipos de Ec ho ( 3 0 , 1 3 e 6 ) durante surto oc orrido em 2 0 0 0 na Franç a. Atkinson c ols2, em Londres, destac aram c omo

os mais prevalentes os Ec ho ( 1 9 , 1 1 , 9 , 7 ) e o c oxsac kievírus ( Cox) A9 . Em Cuba, Bello c ols4 identific aram o Cox B5 c omo

responsável pelo surto oc orrido no ano de 1 9 9 5 . Nos Estados Unidos, segundo os dados public ados pelo Center for Disease Co ntr o l and Pr e ve ntio n ( CDC) , há o c o r r ê nc ias de sur to s atribuídos ao Ec ho 9 e 3 0 , durante o ano de 2 0 0 3 , e também por outros sorotipos ( Cox B1 , B4 , A9 ; Ec ho 9 , 7 , 5 e EV-7 1 )7.

Embora a faixa etária mais atingida pelos EV seja até a idade de 1 5 anos1 2 0, existem relatos de c asos em pessoas na idade

adulta1 8 2 3. No B rasil, ainda são po uc o s o s estudo s so bre a

etiologia viral em c asos de SMA. Em 1 9 6 7 , a partir de 4 0 c asos c línic os de SMA em hospital da Cidade de São Paulo, foi desc rito o poliovírus c omo o agente etiológic o1 1. Na Cidade do Rio de

Janeiro, Bedoya c ols3 também desc reveram a etiologia pelos EV

em 2 1 ,8 % das 1 8 8 amostras de líquor provenientes de pac ientes c om SMA do Hospital São Sebastião, no período de 1 9 9 6 a 1 9 9 7 . Em 1 9 9 8 , oc orreram 2 surtos de SMA atribuídos ao Ec ho 3 0 , um na Cidade de São Paulo2 6 e outro em Londrina-PR1 4, sendo

esse vírus isolado, respec tivamente, em 5 7 % e 4 3 % das amostras de líquor dos pac ientes. Na Cidade de Salvador-BA, Silva c ols2 5

relataram o provável envolvimento dos EV em 1 1 2 c asos de SMA, c om c omprovaç ão sorológic a em 6 0 % dos mesmos e pelos seguintes sorotipos: Ec ho ( 4 e 9 ) , Cox B ( 2 , 3 e 6 ) e EV-7 1 .

Tamb é m, c o nside r ando -se a r e le vânc ia par a o siste ma nac ional de vigilânc ia virológic a em se obter mais informaç ões sobre os EV no Brasil, espec ialmente na região Norte do País, este estudo teve por objetivo c arac terizar quais os EV envolvidos em casos de SMA, provenientes de unidade de saúde de referência da Cidade de Belém, PA.

MATERIAL E MÉTODOS

Ne ste e studo tr ansve r sal, fo r am utilizadas amo str as de líquo r de pac ie nte s c o m suspe ita c línic a de SMA, ate ndido s no pe r ío do de mar ç o de 2 0 0 2 a mar ç o de 2 0 0 3 , na Unidade B ásic a de Saúde ( UB S) do b air r o da Pe dr e ir a, e m B e lé m-PA, c r e de n c ia da pe la Se c r e ta r ia de Es ta do da Sa úde c o m o r e fe r ê nc ia par a o s c aso s suspe ito s de infe c ç ão do siste ma ner vo so c entr al ( SNC) , e pr o c edentes de to do s o s munic ípio s da r e gião me tr o po litana de B e lé m. Os pac ie nte s, o u se us r e spo nsáve is le gais, r e c e b e r am info r maç õ e s so b r e a SMA, assim c o mo do o b j e tivo da pe squisa a se r r e alizada, se ndo

inc luído s no e studo so me nte aque le s que c o nc o r dar am e m par tic ipar e assinar am o te r m o de c o nse ntim e nto livr e e e sc lar e c ido .

Os seguintes dados c línic o-epidemiológic os foram extraídos da fic ha de investigaç ão do Sistema Nac ional de Agravos de Notific aç ão ( SINAN) : sexo; idade; c idade da residênc ia e, se em B elém, o bairro; duraç ão do quadro c línic o que motivou a c o nsulta na UB S-Pe dr e ir a; q uadr o c línic o apr e se ntado no primeiro atendimento na unidade de saúde ( c efaléia, febre, vômito, c onvulsão, rigidez de nuc a, sinais de irritaç ão meníngea, abaulamento de fontanela e c arac terizaç ão do exantema) ; e se houve hospitalizaç ão.

O líquor, após c oletado por médic o da UBS-Pedreira, foi separado em duas alíquotas, sendo uma delas enc aminhada ao Labo rató rio da pró pria UB S-Pedreira para a realizaç ão do s exames: bioquímic a ( glic ose e proteínas) ; c elularidade ( número de c élulas/mm3 e a po rc entagem de linfo -mo no nuc leares e

polimorfonuc leares) e mic robiológic os ( Gram, tinta da China e c ultur a s pa r a b a c té r ia s pio gê n ic a s e o Myc o b a c te r i u m tub e rculo sis) . A segunda alíquota foi c ongelada, de imediato, e m u m a a m p o l a de n i tr o gê n i o l í q u i do e e n vi a da , s o b c ongelamento, para o laboratório da Seç ão de Virologia do Instituto Evandro Chagas ( IEC) em Ananindeua-PA, onde foram c onservadas a – 7 0 ° C. Posteriormente, só foram utilizados os espéc imes c om todos aqueles exames mic robiológic os negativos e o diagnóstic o enteroviral foi realizado pelo método “padrão-ouro” (go ld-sta nda rd) , de isolamento viral em c ultivo c elular e i de n ti fi c a ç ã o p o r n e u tr a l i za ç ã o c o m s o r o s s o r o ti p o s -espec ífic os1 3.

Isolamento viral. Para cada amostra, foi inoculado 0 ,1 ml de líquor em tubo contendo cultivo celular de linhagem contínua e sensível aos EV13: RD ( rabdomiossarcoma embrionário humano) ;

e HEp-2 ( carcinoma epidermóide de laringe humana) . Ambos os meios de c ultivos foram mantidos em meio enriquec ido c om 1 ,5 g/l de bicarbonato de sódio, 2 % de glutamina 2 0 0 mM, 1 % de hepes 1M, 10% de soro bovino fetal, 0,1% de penicilina ( 100.000u/ml) e estreptomicina ( 1 0 0 .0 0 0

µ

g/ml) . Esse meio, no momento da inoculação do espécime, foi trocado por outro de composição semelhante exceto pela concentração de soro bovino ( 2 %) e o a c r é s c im o de 0 , 0 6 % de a n fo te r ic in a B ( Fun gis o n®) n a

concentração de 5 .0 0 0

µ

g/ml. Após esse procedimento, os tubos foram mantidos em estufa ( 3 7 ° C) e o c ultivo observado no microscópio de inversão durante nove dias, buscando alterações celulares morfológicas, e quando presentes, caracterizadas como efeito citopático ( ECP) provocado por EV. As culturas positivas, foram congeladas antes da total destruição ( aproximadamente 7 0 % de ECP) da camada celular para a posterior etapa de titulação e ide n tific a ç ã o vir a l o u pr e pa r a ç ã o de lâ m in a s pa r a a imunofluorescência indireta ( IFI) ; quando negativas ( sem ECP) , foram congeladas e descongeladas três vezes para a destruição celular e liberação de possíveis partículas virais, sendo a suspensão inoc ulada novamente em c ultivo c elular ( segunda passagem, seguindo os mesmos procedimentos anteriores) .

(3)

do s e ide a l ( ± 1 0 0 TCD5 0/m l) a s e r utiliza da n o te s te de neutralizaç ão em c ultivo c elular1 3. As amostras foram testadas

c om soros imunes para poliovírus e posteriormente c om soros sorotipos-espec ífic os para EV pólio. Para as amostras não-tipadas ne sse te ste , suge stivo da pr e se nç a de mais de um sorotipo1 5, utilizou-se a imunofluoresc ênc ia indireta ( IFI; “kit”

CHEMICON®) , seguindo-se as orientaç ões do fabric ante.

Análise estatística. O banc o de dados foi elaborado e analisado no programa SPSS ( versão 9 .0 ) . Para as variáveis não-paramétric as utilizou-se o teste do qui-quadrado ou teste de Mann-Whitney, e nas variáveis quantitativas c om distribuiç ão normal, o teste t de Student. Nessas análises, estabelec eu-se o inter valo de c o nfianç a ( IC) de 9 5 % e o s r esultado s fo r am c onsiderados estatistic amente signific ativos quando o valor da probabilidade ( p) de alfa ( erro I) foi

0 ,0 5 ( 5 % ) .

RESULTADOS

No perío do do estudo , a UB S-Pedreira investigo u 1 .0 4 6 pac ientes c om suspeita de infec ç ão do SNC, dos quais 2 3 ,6 % tiveram o agente etiológico identificado ( bactérias ou fungos) . Do s 7 9 9 ( 7 6 , 4 % ) pac ie nte s c o m e xame s mic r o b io ló gic o s negativos, foram excluídos aqueles com residência em municípios não pertencentes à região metropolitana de Belém ( 3 7 ,2 %) ; e dados clínicos incompletos ou amostra de líquor com quantidade insuficiente ( 3 1 ,7 %) . Foram incluídos no estudo 2 4 9 ( 3 1 ,1 %) amostras de pacientes, com limites de idade de 1 mês e 7 5 anos ( média de 1 5 ,3 ± 1 4 ,4 e mediana de 1 0 ,5 anos) e proporção sexual de 4 9 % ( n= 1 2 2 ) do sexo feminino e 5 1 % ( n= 1 2 7 ) do masc ulino. Nos 2 4 9 c asos, a duraç ão do quadro c línic o que justificou o exame do líquor variou de 1 a 2 0 dias ( média de

3 e mediana de 1 dia) , e 2 5 casos ( 1 0 %) foram hospitalizados. Em relação ao local de residência: 1 7 2 ( 6 9 ,1 %) moravam em bairros centrais de Belém; 6 6 ( 2 5 ,5 %) em bairros periféricos e 1 1 ( 4 ,4 %) em outros municípios da região metropolitana de Belém. Os dados c línic os mais freqüentemente observados ou referidos foram: cefaléia ( 9 6 ,5 %; n= 2 0 1 ) , febre ( 8 9 ,2 %) , vômito ( 7 1 ,5 %) , rigidez de nuca ( 4 9 ,4 %) e, nos menores de 1 2 meses de idade ( n= 1 7 ) , o abaulamento da fontanela ( 4 7 %) .

Na análise dos dados liquóricos, foram excluídos 2 pacientes por falta de informaç ões c onc lusivas. De 2 4 7 pac ientes, foi constatado que 1 2 6 ( 5 0 ,6 %) apresentavam alguma anormalidade no líquor, na bioquímica e/ou na celularidade: a glicose variou de 1 0 a 1 1 0 mg/dl ( média de 5 4 ,5 ± 2 0 ,8 ) ; proteínas de 4 a 1 2 7 mg/dl ( média de 2 9 ,7 ± 2 0 ,8 ) ; média de celularidade de 1 0 9 ,7 células por mm3, com limites de 1 e 2 .1 3 3 e ampla variação em torno da

média ( desvio padrão de ± 2 4 3 ,4 ) ; e só 9 ( 3 ,6 %) pacientes tiveram percentual de polimorfonucleares acima de 5 0 %, mas em 9 6 ,4 % ( n= 2 3 8 ) houve predominância ( > 5 0 %) de linfo-mononucleares. A pe squisa de EV fo i po sitiva e m 3 3 ( 1 3 ,2 % ) amo str as, se ndo o s so r o tipo s ide ntific ado s: Ec ho 3 0 ( n= 3 1 ) ; Co x B 5 ( n= 1 ) ; e uma amo str a c o m do is so r o tipo s de Ec ho ( 3 0 e 4 , pe lo m é to do da im uno fluo r e sc ê nc ia indir e ta) . A m aio r ia ( 7 8 ,8 % ; n= 2 6 ) do s Ec ho 3 0 pro vo c o u ECP nas duas linhagens c e lular e s; o s o utr o s 5 c aso s de Ec ho 3 0 , e m 3 o c o r r e u ECP

só na HEp-2 e e m 2 na RD. Tamb é m, a amo str a c o m Ec ho 3 0 e 4 pr o vo c o u ECP e m amb as as linhage ns, e nquanto o c aso c o m Co x B 5 só na HEp-2 .

Quanto ao isolamento de EV, os pacientes foram divididos em dois grupos: positivo ( se presente o EV) e negativo. Na Tabela 1, observa-se que houve significativamente mais casos ( p< 0 ,0 0 8 ) positivos nas pessoas do sexo masculino ( 7 2 ,7 %) e em menor proporção ( p< 0,03) na faixa etária de 22 a 75 anos ( 9,1%) . Foi semelhante ( p> 0 ,0 8 ) a distribuição espacial dos EV-positivos e negativos, mas ao comparar aqueles residentes nos bairros centrais

ve rsus bairros periféricos mais o de outros municípios, houve predominância de EV-positivo entre os primeiros ( p< 0,04) . A duração da doença, relatada no primeiro atendimento na UBS-Pedreira, dos casos positivos foi semelhante a dos negativos ( p> 0,24) , apesar dos EV-positivos ( 6 6 ,7 %) serem mais freqüentes entre aqueles com duração de até 24 horas, mas sem significado estatístico ( p> 0,09) . A hospitalização foi significativamente ( p< 0,05) mais freqüente entre os casos EV-positivos ( 21,2%) do que nos EV-negativos ( 8,3%) .

As freqüênc ias dos dados c línic os ( c efaléia, febre, rigidez de nuc a, etc ) , mostradas na Tabela 2 , foram semelhantes em

Tabela 1 - Distribu ição das variáveis estu dadas n os pacien tes com líqu or positivo e n egativo para en terovíru s, n a Cidade de Belém, PA.

EV-positivo EV-negativo

( n= 3 3 ) ( n= 2 1 6 )

Variáveis n° % n° % p

Sexo

masculino 24 7 2 ,7 1 0 3 4 7 ,7 < 0 ,0 0 8

feminino 9 2 7 ,3 1 1 3 5 2 ,3

Idade ( anos)

0 H 4 7 2 1 ,2 57 2 6 ,4 < 0 ,0 3

5 H 1 0 12 3 6 ,4 49 2 2 ,7

1 1 H 2 1 11 3 3 ,3 44 2 0 ,4

2 2 H 7 5 3 9 ,1 66 3 0 ,5

Média ± DP 1 1 ,4 ± 1 0 ,9 1 5 ,9 ± 1 4 ,8 < 0 ,0 5 *

Tempo de doença ( dias)

1 22 6 6 ,7 1 1 0 5 0 ,9 > 0 ,2 4

2 H4 7 2 1 ,2 67 3 1 ,0

5 H 2 0 4 1 2 ,1 39 1 8 ,1

Logradouro

periférico 5 1 5 ,2 61 2 8 ,2 > 0 ,0 8

central 28 8 4 ,8 1 4 4 6 6 ,7

outros municípios 0 - 11 5 ,1

Hospitalização

não 26 7 8 ,8 1 9 8 9 1 ,7 < 0 ,0 5

sim 7 2 1 ,2 18 8 ,3

*

teste t de Student. EV= enterovírus

ambos os grupos, exc eto a história de vômitos que foi mais freqüente ( p< 0 ,0 3 ) nos pac ientes EV-positivos.

No líquor, o número de células > 5 células/mm3 ocorreu mais

significativamente ( p< 0 ,0 0 0 0 5 ) nos casos EV-positivos ( 7 5 ,8 % vs. 3 7 ,9 % ) , sendo mais predominante ( p< 0 ,0 0 0 2 ) a proporç ão > 5 0 % de linfo-mononucleares nos casos EV-negativos ( 9 8 ,6 % vs.

(4)

DISCUSSÃO

A freqüênc ia de positividade de EV, observada neste estudo, de 1 3 ,3 % , e em período não-epidêmic o, foi inferior à freqüênc ia enc ontrada por Silva c ols2 5 na Cidade de Salvador ( BA) , onde o

envolvimento dos EV foi c omprovado em 2 6 ,7 % dos c asos de SMA, se ndo 3 0 , 7 % ide ntific ado s pe lo mé to do da RT-PCR, enquanto pelo método de isolamento em c ultivo c elular, utilizado no presente estudo, apenas 7 ,5 % das amostras virais foram identific adas. Aqueles dados2 5 indic aram a maior sensibilidade

da RT- PCR c o m o m é to do de ide ntific a ç ã o vir a l, ta m b é m menc ionada em outros estudos8 2 4, atualmente bastante utilizado

no diagnóstic o das enteroviroses. Não obstante, na amostra de Salvado r o c o ngelamento e as c o ndiç õ es de transpo rte do s espéc imes podem não ter sido satisfatórios, o que possa melhor explic ar a baixa freqüênc ia de isolamento viral ( J Tavares-Neto: c omunic aç ão pessoal) .

Os sorotipos de EV enc ontrados no presente estudo ( Ec ho 3 0 , 4 e Cox B 5 ) são semelhantes aos desc ritos em c asos de SMA2 4 2 5 2 7. A predominânc ia enc ontrada de Ec ho 3 0 ( 7 8 ,8 % )

reforç a as observaç ões de outros estudos c omo sendo um dos sorotipos etiológic os princ ipais da SMA7 8 1 7 2 0. No Brasil, o Ec ho

3 0 foi responsável pela oc orrênc ia de 2 surtos: um na Cidade de São Paulo e outro em Londrina-PR, de ac ordo c om os ac hados, respec tivamente, de Timenetsky c ols2 6 e Jóia c ols1 4.

Quanto à predominânc ia observada ( 7 2 ,7 % ) , de pac ientes do sexo masc ulino entre os EV-positivos, Bernit c ols5 também

c onstataram resultado semelhante ( 6 4 ,4 % ) em um surto de SMA atribuído ao Ec ho 3 0 , assim c omo Ozkaya c ols1 7 ( 6 6 % ) . Isso

pode ser em dec orrênc ia da maior exposiç ão das c rianç as do sexo masc ulino a fatores ambientais que favorec em a infec ç ão p o r EV. Nã o o b s ta n te , e s s e a c h a do n e c e s s i ta s e r m a i s adequadamente investigado.

A pr e do minânc ia o b se r vada ( 9 0 ,9 % ) de pac ie nte s EV-positivos com idade até 2 1 anos é concordante com outros relatos da literatura6 1 0 1 2 2 2. Apesar da mais baixa freqüência de EV ( 9 ,1 %)

nas pessoas c om mais de 2 1 anos, Nowak c ols1 6 verific aram em

4 3 pac ientes adultos c om SMA a proporç ão de 4 4 % tendo c omo agente etiológic o algum EV.

Gomes c ols1 2 também assinalaram a inespec ific idade do

quadro c línic o da SMA, c omo também observado neste estudo. O enc o ntr o da maio r fr eqüênc ia de r elato de vô mito s no s pac ientes EV-positivos ( 8 7 ,8 % ) pode ser um resultado c asual em dec orrênc ia do maior número de c rianç as menores de 1 1 anos, grupo sabidamente c om mais relatos de queixas gastro-intestinais no c urso de síndrome febril.

Em relação aos dados liquóricos, embora a proporção > 5 0 % de linfo-mononuc leares apresentar-se em maior predominânc ia nos c asos EV-negativos ( 9 8 ,6 % vs 8 1 ,8 % ) , c onstatou-se que dentre os pacientes EV-positivos houve maior proporção daqueles c om polimorfonuc leares > 5 0 % ( 1 8 ,2 % vs 1 ,4 % ) . No entanto, o utr o s e s tudo s1 0 1 2 de s c r e ve m a ple o c ito s e da m e n in gite

enteroviral c onstituída pela maior proporç ão de c élulas linfo-mononuc leares. Porém, c omo a maioria ( 6 6 ,7 % ) dos pac ientes EV-positivos, deste estudo, estava entre aqueles c om a amostra de líquor c oletada durante as primeiras 2 4 horas da doenç a, a c elularidade na fase inic ial do proc esso patológic o pode ter sofrido a influênc ia de alguma c arac terístic a não investigada. Nesse sentido , Sawyer c o ls2 4 e Ric e c o ls2 1 desc revem que a

m a io r po r c e nta ge m de po lim o r fo nuc le a r e s no líq uo r de pac ientes c om SMA é inversamente proporc ional ao tempo de doenç a antes da punç ão lombar.

Tabela 2 - Sin tomas e sin ais presen tes en tre pacien tes com líqu or positivo e n egativo para en terovíru s.

Sinais e sintomas EV-positivo EV-negativo

n° total % n° total % p

Cefaléiaa 27 29 9 3 ,1 1 6 7 1 7 2 9 7 ,0 = 1

Febre 30 33 9 0 ,9 1 9 2 2 1 6 8 8 ,8 > 0 ,9 6

Vômitos 29 33 8 7 ,8 1 4 9 2 1 6 6 8 ,9 < 0 ,0 3

Rigidez de nuca 14 33 4 2 ,4 1 0 9 2 1 6 5 0 ,4 > 0 ,4 0

Convulsão 2 33 6 ,0 29 2 1 6 1 3 ,4 > 0 ,2 3

Abaulamento de Fontanelab 2 2 1 0 0 ,0 6 15 4 0 ,0 > 0 ,1 8

Kerning/Brudzinski 0 33 - 8 2 1 6 3 ,7 > 0 ,5 5

Coma 0 33 - 1 2 1 6 0 ,4 = 1

Petéquias ou sufusões hemorrágicas 0 33 - 1 2 1 6 0 ,4 = 1

apacientes com idade a 4 anos. bpacientes até 1 1 meses de idade. EV= enterovírus

Tabela 3 - Achados liqu óricos em pacien tes com sín drome de men in gite asséptica, segu n do o isolamen to para en terovíru s.

EV-positivo EV-negativo

( n= 3 3 ) ( n= 2 1 4 )

Líquor n° % n° % p

Celularidade ( mm3)

1 H5 8 2 4 ,2 1 3 3 6 2 ,1 < 0 , 0 0 0 0 5

> 5 25 7 5 ,8 81 3 7 ,9

Celularidade ( %)

Linfomononucleares ( > 5 0 ) 27 8 1 ,8 2 1 1 9 8 ,6 < 0 ,0 0 0 0 2

Polimorfonucleares ( > 5 0 ) 6 1 8 ,2 3 1 ,4

Proteína ( mg/dl)

4 H 3 6 23 6 9 ,7 1 5 9 7 4 ,3 > 0 ,5 7

> 3 7 10 3 0 ,3 55 2 5 ,7

Glicose ( mg/dl)

1 0 H 5 3 22 6 6 ,7 1 6 2 7 5 ,7 > 0 ,2 6

5 4 H 1 1 0 11 3 3 ,3 52 2 4 ,3

(5)

A maior taxa de hospitalização entre os pacientes EV-positivos pode evidenc iar a presenç a de indic adores c línic os de maior gravidade nestes c asos, mesmo c onsiderando ser a meningite enteroviral tipic amente benigna, de c urso c línic o autolimitado e raramente assoc iada ao pior prognóstic o1 2 1 8.

A identific aç ão de EV em amostras de pac ientes c om SMA e o s so ro tipo s iso lado s ( Ec ho 3 0 , 4 e Co x B 5 ) , são ac hado s relevantes não só por c onfirmar a c irc ulaç ão dos mesmos na região Norte do País, c omo ao c onstatar que o sorotipo Ec ho 3 0 é o mais freqüente, agente etiológic o da SMA, à semelhanç a das observaç ões em outras regiões do País1 4 2 6.

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