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Aplicador de herbicidas com pavios de corda: primeiros resultados de controle

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Academic year: 2017

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PRIM EIROS RESUL TADO S DE CONTR OLE

R.M . PRU DE NTE 1 T. MATUO2

1

Engen heiro Agrôn omo. Supe rinte ndênc ia da Agri cult ura e Produ ção - SUDAP - Esta ção Exper imen tal de Boquim. 49.3 60, Boqui m, SE.

2

Prof esso r Assi stent e Dout or. Facul dade de Ciênc ias Agrar ias e Veter inári as - UNES P. 14.7 80 - Jabo ticabal, SP.

* Pavco rd.

RESU MO

Os aplicadores de herbicidas baseados em pavios de corda foram introduzidos e largamente aceitos nos EUA a partir de 1978, devido a sua grande simplicidade, baixo custo operacional e economia do herbicida.

Um protótipo fabricado com material inteiramente nacional, montado sobre duas rodas de bicicleta, tracionado pelo homem, tendo uma barra de 2 metros de comprimento, foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa Fitossanitária da

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal- UNESP

e submetido a um ensaio preliminar.

A área estava uniformemente coberta com vegetação natural, com altura média de 55 cm e a maioria das plantas daninhas em estádio de maturação das sementes. O

aplica-dor foi deslocado à velocidade de 2,7 km/h, com consumo médio de 9,3 litros de calda por hectare, tendo aplicado diluições de glyphosate em água, nas proporções de 1:2, 1:4 e 1:6 (produto comercial: água) e comparado à pulverização convencional tratorizada, efetuada com velocidade de 4,2 km/h e consumo de 4 litros de produto comercial com 310 litros de água por hectare.

As avaliações do controle foram efetuadas através da determinação da biomassa epígea por ocasião da aplicação aos 15 e 33 dias após, além da atribuição de notas aos 33 dias da aplicação.

Os resultados mostraram-se promissores para o protótipo, que pode desde já ser considerado um precioso instrumento para o manejo de plantas daninhas.

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38 PLANT A DANIN HA

SUMM ARY

ROPEWICKAPPLICATOR FOR

HERBICIDES. 1. FIRST WEED CONTROL RESULTS.

Rope wick appl icato rs were intr oduce d and widel y acce pted in the U.S. A. sinc e 1978 due to its simplic ity, low oper atio nal cost and redu ced amoun t of herb icide used .

A firs t worki ng built with mater ial avai lable in loca l marke t was assembl ed by the Depar tmen t of Crop Prot ectio n of "

Facu ldad e de Ciênc ias Agrar ias e Vete riná rias - UNES P", Jabo tica bal, Braz il, and preli minar y resu lts are repo rted in this pape r. This model is moun ted on two ordi nary bicl ycle whe els, hand pulle d, havi ng 2 m wide boom with rope wicks . The expe rime ntal fiel d was regu lar by cove red with natur al veget ation , average heig ht of weeds about 55 cm, the major ity of weeds in seed matur atio n state . Rope wick appl icato r was run at 2.7 km/h, cons uming about 9.3 lite rs liqui d per hect are. The dilu tion teste d were 1:2, 1:4 and 1:6 (par tes of comme rcial Round up: part s of wate r) and comp ared with conve ntion al tract or boom spra yer appl ying 310 liter per hect are of solu tion cont ai ning 4 lite rs of comme rcial formu lati on, at the 4.2 km/h spee d.

Eval uati ons were carri ed out by asse ssin g the top fres h weigh t of weeds at the appl icati on time and 15 and 33 days after . Scor e for weed cont rol was attr ibute d at 33 days afte r appl icati on.

The resul ts show ed that the mode l of appl icat or teste d has a good pote ntial ity and it may be a valua ble tool for the weed manag ement .

KEYW ORDS: rope -wick, herbi cide , herb icid e appl icati on.

INTRO DUÇÃO

Norm almen te, o contr ole de plan tas dani nha feit o com a utili za ção do métod o de pulv eriz ação tra toriza da trad icio nal. Este métod o, apes ar do bom contr ole que ofer ece, tem as desv anta gens de ter alto cust o oper acio nal por área devi do a util izaç ão de máqui nas e implem entos agrí colas caro s, gasto s com comb ustí vel, manu tenç ão e subs titu ição de peça s. Por a plica r grand e volu me de herb icida e á gua dilu ente por á rea, indi scrim inad amente , por toda a faix a de aplic ação, desp erdi ça prod uto e cont amina o meio ambi ente , além de ou tras . Contr apond o-se ao prin cípi o do méto do refer ido, foi aper feiç oado nos EUA o métod o de distr ibui ção de herbi cida s sist êmic os em pós -emer gênci a, util izan dose pavi os de cord a ("rope wick" ). Este métod o prop orci ona grand e eco nomia de herb icid a e de água como veicu lo, por área , ofere ce sele tivida de de posi ção sem deri va e é de fácil operac iona lizaç ão, incl usive disp ensa ndo, a níve l de agri cult or, regu lage ns e cali braçõ es comp lica das.

As vanta gens ofer ecida s pelo méto do de aplic ação com pavi os de c orda tem -lhe prop orcio nado grande acei taçã o por parte dos agric ul tores nos EUA, a pont o de Will s & McWor ther (2) esti mar que área trat ada em 1980 naqu ele país com o aplic ador "rope wick" exce dera em "

gran de númer o" a área testa da por toda s as outr as técn icas de trat ament o em pós-emer gênci a. Esse s autores tamb ém prevê e m que cerc a de 90% do glyp hosa te a ser apli cado em pós-emer gênc ia nos EUA, no perí odo de 1980 a 1985 , será comp licad ores de pavi os de corda .

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-dos de cont role com dilu içõe s em água que vari aram entre 0,07 e 0,03 5 kg/ha de glyp hosa te, em áreas com moder ada e alta infe staçã o de capi m-maça mbará (Sorg hum hale pens e L.) em soja . Além diss o aume ntou a prod utivi dade da soja nos dois ensa ios e redu ziu em 93% a bioma ssa do capi m em um dele s. As apli caçõ es fora m feit as 5 a 10 cm acim a da cultu ra, na velo cida de de 4 km/h e cons umo apro xima damen te de 0,5 litr o de solu ção por hect are.

Tend o em vista as vanta gens do método e a redu ção do seu cust o oper acio nal por área , dese nvol veu - se um prot ótip o de aplic ador com pavios de cord a no Depa rtam ento de Defes a Fito ssan itár ia da Facul dade de Ciênc ias Agrár ias e Vete rinári as - UNES P, Jabo ticab al, cons truí do total mente com mater ial na-cion al, o qual foi testa do em ensaio prel imin ar para o cont role de plant as dani nhas .

MATE RIAL E METO DOS

O pro tóti po é monta do sobr e duas roda s comun s de bicic leta , empu rrad o pelo home m, tend o em sua fren te uma barra apli cado ra de 2 metro s de comp rime nto. Essa barra um cano PVC de 38 mm de diâme tro intern o, no qual se acha m intr oduzidas as extr emida des de segme ntos da corda espec ial (pav ios) , cuja porçã o cent ral de 20 cm se enco ntra expo sta. A solu ção do herbi cida, por ação da capi lari dade e da pres são, é tran sferi da para as plan tas a sere m cont rola das.

A área , por ocas ião da apli caçã o dos trat amen tos, se enco ntra va com vege taçã o natu ral unif orme, com altur a média de 55 cm, cobe rta com as segu intes espé cies: apaga -fogo [Althe rnant era fico idea

(L.) R.Br. ] - 30%, trap oera ba(Com ma na sp.) - 20%, anil eira (Indi gofe ra Hirs utaL.) - 15%, capi m carr apic ho (Cenc hus echi natu s L.) - 10%, picã o-pret o (Bide ns pilo sa L.) -10%, guanx uma (Sid a sp.) - 5%, capi mamar goso [Trí chach ne in sulari s L.) Nees] -5% e outr as. A maior ia das plant as dani nhas se enco ntra va em está dio de matur ação das semen tes.

Empr egou-se o deli neame nt o de bloc os casu aliza dos para se estu dar os efei tos de três dilui ções do herbi cida glyp hosat e (N, fosf onom e til -glici na), nas prop orçõ es de 1 2, 1:4 e 1:6 (vol ume do prod uto co merci al*/ volu me de água )apli cado s com pavi os de cord a, comp ara das a teste munha (s/a plica ção) e à pulv eriza ção trat oriza da trad icio nal (4 litr os de prod uto come rcial /310 litr os de água , apli cados com bico s 80.0 4 opera dos a 60 lb/p o12) . As apli caçõ es com pavios de corda fora m feit as na velo cida de de 2,7 km/h e a pulv eriz ação a 4,2 km/h. Em amba s, a faixa de aplic ação teve dois metr os de larg ura. Cada trat ament o foi repe tido em 5 parce las, cada uma com área total de 100 m2 e útil de 24 m2. Fora m feit as três amos trage ns: antes da aplic ação dos trat ament os e aos 15 e 33 dias após a aplica ção. Em cada amos trage m fora m re tira das duas amos tras por parce la, da biom assa epíge a cont ida num retân gulo de 1,0 x 0,6 m. Anota ram-se os dados de peso do mate rial "in natur a"** e seco após secage m em estuf a a 700C. Post erio r-mente aval iara m-se os efei tos dos trat amen tos atra vés das porc enta

-* Roun dup.

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40 PLANT A DANIN HA ge ns de um id ad e ex is te nt e na s am os tr as

ao s 15 e 33 di as . Es ti ma ra m-se ta mb ém , at ra vé s do cr it ér io de no tas , os ef ei to s do s tr at am en to s ao s 33 di as . Ne st a es ti ma ti va , padr oni zo u-se qu e a te st em un ha re pr ese nt ar ia 0% de co nt ro le e qu e o co nt ro le to ta l se ri a de 10 0% . Po r fi m, os da do s de pe rc en tu ai s de um ida de e de pe rc en tu al de co nt ro le , es te at ri bu íd o at ra vé s de no ta s,

Quan to ao clim a, nos cinc o dias que ante cede ram a inst alaçã o do ensa io, houve prec ipit ação de 42 mm de chuv a e nos últi mos 20 dias choveu 12 mm. A médi a de umid ade relati va no perí odo foi de 68,7% e a da tempe ratur a 19,80C. Em nenh um dos fatore s do clima ocor reram dado s próx imos a qual quer dos extr emos crít icos .

RESU LTADO S E DISCU SSÃO

Nos Qua dro s 1 e 2 são mos tra dos os pes os do mat eri al "in nat ura" e sec o, res pec tiv ame nte , enc ont rad os ant es da apl ica ção dos tra tam ent os e aos 15 e 33 dia s ap ós a apl ica ção . Obs erv a-se que a áre a se enc ont rav a uni for me qua nto aos pes os do mat eri al ver de e sec o, por oca siã o da amo str age m ini cia l, não ten do mos tra do dif ere nça s sig nif ica tiv as ent re tra tam ent os em amb os os cas os, tod avi a mos tra nd o dife ren ças ent r e blo cos , ind ican do que foi ade qua do o del ine a-men to ado tad o. No dec orr er do ensai o, os pes os do mat eri al sec o varia ram , mas não dif eri ram est ati sti cam ent e. Tod avi a os pes os "in nat ura ", dev ido a açã o dos tra ta -men tos , exp eri men ta vam var iaç ões sig nif ica tivas , mos tra ndo que , aos

15 dias as maiores reduções de peso "in natura" foram causadas pelos efeitos das aplicações com pavios de corda com diluições 1:2, 1:6 e pulverização, embora as duas primeiras não diferissem de 1:4. Já aos 33 dias, os efeitos das aplicações sobre a variação do peso "in natura", equipararam-se nas parcelas aplicadas, mas todas elas diferiram da testemunha.

No Quadro 3 são mostrados, respectivamente, os percentuais de umidade e de controle de plantas daninhas. Estes resultados diferem dos observados no Quadro 1 e são mais objetivos quanto aos efeitos dos tratamentos sobre as plantas daninhas. Observa-se que aos 15 dias os tratamentos pavio 1:2 pavio 1:6 não diferiram da pulverização, mas vieram a diferir desta aos 33 dias. Acredita-se que pelo fato do protótipo quase não atingir as plantas daninhas que se encontram encobertas, estas aparentaram ter sofrido apenas um retardamento do desen-volvimento, mas, posteriormente, contri-buíram para aumento da umidade e melhoria do aspecto geral das amostras, a tal ponto que as diluições 1:2 e 1:6 passaram a diferir da pulverização. Estes resultados coincidem com os da anàlise dos percentuais de controle, expressos através de notas atribuídas ao aspecto geral das plantas daninhas e demonstram que todas as diluições aplicadas diferiram da testemunha e reduziram,em pelo menos 60%, a umidade das plantas tratadas.

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44 PLANT A DANIN HA P com base nas nota s atri buída s.Ta mbém com

base neste crit ério , a pulveri zação difer iu das apli cações com pavi os de cord a, toda via esta s não difer iram entr e si, e mostr am que o métod o com pavi os de cord a é efici ente no cont role em pós -emer gênci a das plan tas dani nhas , tend o ofere cido média de 56% do contr ole obti do com a pulv eriz açã o. Dentr e as dilui ções aplic adas com pavi os de cord a, a dilui ção 1:6 dest acou -se como a mais econ ômica e ofer eceu 59% do cont role ofere cido pela pulv eriz ação apes ar de, comp arad a a esta , tenh a apli cado 60,75 % meno s de prod uto herb icid a e 95,5% menos de volu me de solu ção por área .

Acred ita -se que o núme ro de plant as não atin gidas na apli caçã o com pavi os de cord a tend era a ser sempr e menor a cada apli caçã o, pois , a próp ria cobe rtur a vegeta l morta favo recer a o cont role das plan tas dani nhas . O métod o com pavi os de cord a permi te o estab elec iment o de um prog rama de cont role de plan tas danin has, cons titu indo -se num exce lent e instr ument o de manej o.

Outr o pont o que deve ser estud ado é com rela ção a capa cida de oper acio nal do apli cado r com pavi os de cord a. Este , apes ar de nas condi ções do ensa io tenh a sido oper ada a 2,7 km/h, quan do em condi ções de infe staçã o inte rmedi ária ou peque na, é bem prov ável que poss a ser desl ocad o a velo cida des maiores, sem prej uízo da efici ência , poden do exce der a capa cidad e de campo efet iva de 0,54 ha/h atin gido nest e ensa io. E també m prov ável , que em jorn adas de trab alho diár io, o seu rend iment o efet ivo seja favo recid o pela maior facil idad e de mano bras , abas te-cimen to e por não reque rer regu lage ns e cali brações muita s vezes demo rada s,

além-de outr os fator es, em rela ção a pulveri zação trat oriz ada tradi cio nal.

De modo geral , o apli cado r de herb icid as com pavi os de cord a mostr ou -se bast ante promi ssor , prin cipalm ente por se trat ar do prime iro prot ótip o. Os resul tado s suge rem, entre outr os, a nece ssida de de reali zação de ensa io s que pesq uise m se o menor perce ntual de cont role ofe recid o pelo métod o com pavio s de cord a é comp ensa do pelo s seus meno res cust os de inve stim ento e de apli caçã o.

AGRA DECIM ENTOS

Os auto res agra dece m em espe cial ao técn ico agríc ola Gilso n José Leite pela vali osa cola boraçã o em toda s as etap as de exec ução do ensa io; ao torn eiro José Carlo s Bion di pelas suge stõe s e auxí lio na cons truç ão do prot ótipo ; as Indús tria s Mons anto S/A pelo apoi o fina nceir o pres tado . Agrad e cem també m aos Srs. Adema r F. Mina ti e Manu el Chine latt o da Dívi são Text il da Rhodi a S/A e Tapet es S. Carl os Ltda. , resp ecti vamen te pela cola bora ção prest ada.

BIBLI OGRAF IA

D a l e , J . E . A n o n - m e c h a n i c a l s y s t e m o f h er bi ci de a p pl i ca t i on w i t h a r o p e w i c k . P A N S , 2 5 ( 4 ) : 4 3 1 43 6, 1979.

W i l l s , G . D . & M c W h o r t e r , C . G . D e v e l o p m e n t s i n p o s t -e m -e r g -e n c -e h e r b i c i d e s a p p l i c a t o r s .

Referências

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