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SEMINARIOS VE PESQUISA ECONOMICA I - la. ~e
CooJt..denadoJLe6: PM66. Ja.6e. ]uL[o Senna
e
Wú,elde
Magaihã.e6í)
A
TEORIA VA INFLAÇÃOE
Á CONTROVtRSIA SOBREA
INVEXAÇÁOMaflio H enJr..,{.q ue S-Úno n..6 en
Z} PRINCIPALES VETE~~INANTES VE LA INVERSION PRIVAVA EN EL PERU: UM INTENTO VE QUANTIFICATION
]O.6e. CCVlloman de Lo.6 RiO.6 OJteUana (ViMeJr.ta.ç.ã.o de Me6tJta.do-de.ne6a pubUc.aJ 3) CONSUMO COLETIVO E PLANEJAMENTO: UMA FORMALIZAÇÃO
FJtedeJtic.o
A. de
CaJtvalho (CECEX)4) EFICItNCIA E ECONOMIAS VE ESCALA NO BANCO VO BRASIL
0.6 eM MauJteJt (veJL6 ã.o pJr.eLi..minaJt do JLe6 uma da & .. M eJttaç.ã.o de Me6 tJtado )
5) ESCOLARIVAVE, EXPERItNCIA NO TRABALHO E SALÃRIOS: UMA APLICAÇÃO NO MOVELO VO CAPITAL HUMANO AO SETOR VE PROCESSAMENTO ELETRDNICO VE VAVOS NO BRASIL Paulo BJtigido Roc.ha Mac.edo (veJL6ã.o pJte.Unú.n.aJt de cUMeJr.ta.ç.ã.o de Me6tJta.do)
6} A VEFINIÇÁO VE MOEVA
Antonio Ccvri.O.6 PoJtto Gonç.a.tve6
7) EFICItNCIA
E
ECONOMIAS VE ESCALA NO BANCO VOBRASIL
O.6eM MauILeJt lViMeJtta.ç.ã.o de Me6:tJtado-dene6a pubUc.a)8) A EXPERItNCIA VE VIVIVENVOS NO MERCAVO ACIONARIO BRASILEIRO
Ney O. Bnito (COPPE/UFRJ)
9} POUnCA GOVERNAMENTAL VE SUBSTvIOS (tItulo pMv.[.6ÓJtÁ..O)
..
DIA
17/1
24/1
31/1
07/2
14/2
28/2
ESCOLA DE
POS-GRADUAÇ~OEM ECONOMIA
DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONONIA
DA FUNDAçnO GETULIO CARGAS
SEMINARIOS DA EPGE
19trimestre de 1980
Coordenadores:
Pro!. José Jut~o Senna
Pro!. Uriel de Magathães
PROGRAMAÇAO DE JANEIRO E FEVEREIRO
CONFERENCISTA
Prof. Mario Henrique Simonsen
Jose Carloman de Los Rios
Orellana
Dr. Frederico Carvalho
Luiz Gonçalves Avila
Paulo Brlgido
INSTITUIÇ~O
EPGE/FGV
EPGE/FGV
CECEX
EPGE/FGV
B.V.R.J.
Prof~
Antonio Carlos P. Gonçalves EPGE/FGV
TEMA
A
Teor;a da Inflação e
3Controvérsia sobre a Inde
xaçao.
*Principales Determinantes
de la Inversion Privada en
el Peru: Um Intento de
Quentificac;on-
-(Disserta~ão
de Mestrado
-defesa pub
1i ca) .
Consumo Coletivo e Planeja
menta: Uma Formalização.
-Modernização Agrlco1a e De
senvolvimento
industriGl;-O Caso do Milho em Santa
Catari na.
Escolaridade, Experiência
no Trabalho e Sa1ãrios:
u~~Aplicação do Modelo do Capi
tal Humano ao Setor de
Pro~cessamento Eletrônico de Da
dos no Bras
il .(Dissertação de Mestrado
-em elaboração)
,
-ESCOLA DE POS-GRADUAÇAO EH ECONOMIA DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOHIA
DA FUNDAÇAo GETULIO VARGAS
Praia de Botafogo 190-10~
SEHINARIOS DE PESQUI SA ECONOM I CA I '- 1 ao PARTE
Coordenadores: Prof. J.JoSenna e Profo Uode Magalhães
A TEORIA DA INFLAÇ~O E A CONTROVtRSIA SOBRE A INDEXAÇAo
Mario HoSlmonsen
Data: 17 de Janelro de 1980 Horário: 14: OOh
•
~ario Henrique ~imon8~n
(> :x ".: ~.:.
-_
e .. '--. "to__
,.I C i v P. s r p,' j 00;;1.1,3 ...----
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...---
\.'('1"1" r~:;'i')is lei:: da ortodoxia econônica, a teoria quantitativa da moed.:'... v'çê~rific::l"V;J-t~e !J<'i. ?rança forte surto inflacionário pelos p8drõ(;8 da época.A cx.pLicaç:o corre~tL)divulgada pelo controlador da Gasa da' Moeda Malcstrcit,atribuia a
I
à 'ctiminui ção do L~or de ouro e prata no dinheiro em circulaç5o.CoG O~ recurso:'~ acessível::; a um f!(:onometrL,ta da épo.:.:u, que nem dispuj'Jha da teoria elos
número::; lntlices nf~m das ts'.:;nicas de regre:.';~são line~r,JeL'.n Bocl:i.n moutr-ou que a
(J.irr;im .. ü,;;~~o do teor de mcta:i.s nobres na rnocu3. n80 er3 o bastante pal'"l, o:pliC'él.t,
tocia 8. alta de preços que então se registrava na França.Era pr2ciGo
tarnbC'Tilll:-trcduzir no circúito o estoque de ouro e prata em rn~os dus fr~nceces.
Nascia assim a teoria quantitativa da moeda quetat~ o final do s~culo p~~s2d~
foi interpretada como a hipótese de proporcionalidadE mais ou menus e~ata en~rL
o estoque de moeda e o nível geral de preços. Os clássicos UBal'i.il'l essa }1'!.pút(~~;p.
para aleumas brilhantes demoantraç5cs,como a teoria de David Euruc sobr'o o
cqui-lílrrio dütomático do balan;o de paGé:l1nentos. a a teorL.:-.. de Ricardo sobre ~:'.. cLi<>"
tl'ibuir;8o internacional do estoque de ouro.
Os argumentos usador3 no século XIX para justificar a teor18, q·,lantitativ2.
,
nem sempre (rum dos mais cristãos. Assim, na virada p.:lra o século XX, Marr,hcül,
...
-
':ric}c.2ell, e mais tarde Irving Fisher, foram c3tirnulados a rever os fundaTflontoc .., dessa teoria.O ponto de partida de Marshall consistiu em supor que a procura de ffioeda
fosse proporcional ao produto nominal Y,ou seja.ao pcoduto a prcç~8 con~tdntls Q vezes o nível geral de preços P. Stlr~:i.a assim a famosa Nlw:J.çã.o 8E~
Carnbriclc;e:
(1)
que devia ser lida corno a equação de f!qui1.ibric entre a of'ert8. de· lIlOOCQ
1\1 e [~procura kY=- kFQ.]\ic,:tur31:r.enLe,I~ara L.C; tl.~r uma teoria e nua uma t~1.·1o.ll~:::-:,
-?
(iC' C:,~~'l'id;e dc'sloc2.r:do J~;:..ra o pri!'neiro t::C':r.bro o invprso da conntantc lfl2,C'chall:
>-r..c ':l '.'::. l/lc.lo;o batit;ada velocidade-renda da moeda:
r.~V
=
y :: PU (2)ForR o algebrismo fdtil,a nova equação podia ser intcrpretad~ como o equilibl"ic
ent~·c a procura aeregada WI e a oferta agregada Y=PQ, ambas expressas em Yalore~~
no:nin.'j 5.s. Como pacsar de U::Iél inte rprctação Vara a outra, isto é I do equilíbrio rw
~ mercado monetário para o equilíbrio no mercado ~ .. " de bens e serviços,foi
ques-tão nem cempre bem esclarec ida pelos neocláosicos. embora a' identidade de ':!alréi.;:; promovesse a ilr,ediata conciliação desde que se abstraisse o mercado de títulos, o'...
desde que se supusesse esse mercado em equilíbrio.Essa omissão de muitos dos
r.oo-clássicos, que "passaram a explicar a inflação pela simples manipulação algébrica das equações
(1)
ou '(2),causou suficiente revolta a Don Patinkin a ponto de ins-tigá-lo a escrever o Money,Interest and Prices.A
partir da equação de Cambridge.os neoclássicos descobriramuma
relação mui-to simples entre as taxas de expansão dos meios de pagamenmui-to m,do produmui-to real q,e dos preços pl (+) ..
-In= P + q
()
Para da! chegar a um diagnóstico e a uma terapêutica infalível para a infla-ção foram'd~is passos:prim~iro.a~~itir que os bancos centrais poderiam,se quisGs-sem, controlar a taxa de expansão monetária ml com isso os neo~ássicostavessos
••
ao banking prir.ciple,afastavam qualquer possibilidade de criação endógena de
moe-•
da, segundo,süpor que,devido à flexibilidade de preços e salários,as trajetórias .... de m e· q fossem independentes. Isto posto p= m-q • '. ou seja.a inflação se ex--plicava pelo excesso da taxa de crescimento dos meios de pagamento em relação à
do aun~ento do produto real. Para combater a inflação bastava reerguer o carater
nacional e reduzir a expansão monetária para m=q. Com certo
8~::.U-dosis~o relêem-se os '''escri tos de Haberler, Vyner. e outros guardiães da fortalez2.
neoclássica,onde se discutia se o melhor dos mundos seria o de preços estáveis ,. com a oferta de moeda levemente ascendente, ou o de oferta de moeda fixa com os
.
~ preços em suave declínio.
'~-(+) 1\0 presente trabalho, sempre que X desi~nar uma função diferenc i{tve 1 do te;~,po, a corrpspondente mindscula x l'eprcscntará sua taxa instantânea de cre~ciruentc
x::; _~__
-.2.?L •
Sempre que Xt indicar uma função discreta ~o tempo, xt f..1erÚ a t:::.;.;c.
,: dt
l·r· .. ':·.·.".'.·.!.'~ ••. ',;.:-. cOJ·rc.~)po·ldl~.T';~.~ • t'" ri cr . t . . . , }",
..
Enbora cer~ada por u~a s6ric de requintes te6ricos,a receita dos monetarl~:~:;f' modernos .... .:;)ara o crescimento com estabilidade (;:':3
pn:-ços e áo C::lprego é a mesma dos neoclássicos da virada do século I manter li".:J.
taxa constante de crEscimento dos meios de pa~arnento, compatível com o potc:nd.2.1
de eumento do produto real cO~:lbinado com a ela!;ticidade-renda da. procura ele ::0 e-;
.da.Há
uma diferer.ça entre os monetaristas de ontem e os de hoje:,lêstes concede::~ que a elasticidade da procura da moeda não seja obrigatór~amente igual a 1,e
., ;..
.
.... ~ • HáU:7.é:,
. . 1
diferença rr.ais profunda, os de hoje interpretam a equação p= m - aq como U:TI(i
explicação indiscutível para o curso da inflação a longo prazo,mas não necessá-ria:nente em prazos curtos.Em fases de transição, as varia,çôes de m podem intE:rfe·i rir com as de q ,pelo trinômio ti curva de Phillips-expectativaselei de Okum'~ (ü:na
corrente monetarista mais~ radical,a das expectativas racionais,não admite
se-~ quer essa interfer&ncial.
Seáá esta ~ltima diferença assim tão profunda? ~. dificil crer que os neocl~!
sicos admitissem que a equação p= m- q pudesse ser
levada-
às ~l timas consequên- icias. isto é. que uma reduçãQ abrupta da taxa de expansão monetária.: provocasse imediatamente o declínio d~ ~a de inflação,sem l~terferências temporárias co~
o crescimento do produto real.Sá muito tempo de sabe que uma contração súbita
...
: , ,de
m
provoca uma reação em tres etapas I na pr~m~ira,sobem os juros e a velociàa·:de-renda da moeda,na segunda moderam-se os juros,mas à custa da. queda da taxa
•
•
de cresci~ento do produto e d~ diminuição do Q!vel de emprego,só na terceira
etapa á que se chega à Terra Prometida da diminuição da inflação com o reesta-belecimento do pleno emprego,após o purgatório das duas primeiras fases.
Não parece provável que os neoclássicos ienorassem a existência dessas tres
~ etapas.Al~~~as teorias do ciclo econômico. do início do século
XX
presumemcla-ramente alg~~a relação não especificada entre m e q (por exemplo,a teoria de Hawtrey). Havia,no entanto,duas razões para que os neoclissicos passassem por
cima dos fenômenos de transição, uma· de natureza técnica,outra de natureza p61I-tica.
A razão tt§cnica é que os neoclássicos não dispunham dos microscópios
in(~L:j-...
-~ pensáveis para o exa:n!' desses fenômenos de transição. Com as ferramentas dhq;o-ní:,rcis era impossível enxerbar ao me3mo tempo a floresta e as ár:vores. e
e::;·:(:'7.'-~ar a floresta já parecia um bom resultado.
C',~:,,-'v iver co:~; os ciclos econô::licos, era:n bem mais tolerantes do que cu; de hO.jc
~ C~ ffiat~ria cle perturbaç5es de curto prilzo.Nos dias de hojc,ncm sempre os
no
-n~taristas têm te~po para completar a necessál'ia expiaç~o no purcat6rio: ~G
vez.es são logo mandados para o inferno.
Pelo i.lenos u;n fenô:neno de transição,o dos saltos da taxa de juros,foi mui:.~
bem descrito pela teoria neoclássica,graças l fecunda imaginação de Knut
:\'icksell CO:7l um adendo de Irving Fisher. Por definição todo inovador é um
tete-rodoxo a seu tempo.A heterodoxia de Wicksell,no final do século passado,e que
se tr2.nsfornaria na ortodoxia do século XX, foi perceber que as altas taxêls dE:
juros não era."":l, cor:1O pensavam 'i'ooke e muitos adeptos do banking principIe t ca;JS3.
e sim efeito da inflação.Mais ainda,a inflação resultava de se manterem as ta-xas de juros abaixo de onde elas se deviam situar.A grande contribuição de
~icksell,que o tornou o primeiro entre seus pares neoclássicos,foi identificar
na taxa de juros o elo entre o setor real e o monetário. Numa versão adaptad~t
a fração do produto nominal ler) que a sociedade desejaria investir seria funçg,o decrescente da taxa de juros ri a fração que a .. s~_ciedade püparia volun-táriamente,uma função crescente
Ser)
dataxa
de juros. A diferença I(r)-S(r) indicaria.de um lado,o excesso da demanda sobre a oferta agregada,numa anteci-pação do conceito keynesiano de hiato inflacionário, e determinaria,do outro lado,a ~~pánsão rnonetári~ ,que forneceria o complemento de poupança forç2danecessário ao financiamento da formação de capital.Tudo isso se resumiria lia
;.
equação que Wicksell nio escreveu.
,.
~
cY( r(r) -
Ser»~
dt
... ou,le:nbrando que
rr.v
c Y, e que um bom neoclassico tomaria V constante I".
m ==
V(I(r)-S(r»
(4)
Sendo
ri
(r)<.'o
e ~. (r)J OPara U!7la certa taxa ril,que Wicksell batizou de taxa natural, I(rn):::S(rn ) e
a expansão monetária se anularia. Os excessos Úe expansão monetária e a sua
la C onsequênc ia - a inflação. resul tariun da sustentação, no merc ado, de taxas de J:: w
~ ros abaixo da taxa natural.
Natural~ente era preciso conciliar essa teoria com a aparente muniç~o C~
' .
..
-..
• 1"'''''' c o !'rié::71 f::!1 pars.lelo CO:;) altas taxas de inflação e vice-vcrsa.':,ticj:~(J.:',
J l 1 '-' '''.
tiC[:;[cz o J3arad,oxo selr~ f:'iaiores dificuldades: a taxa natural er.:t Gujei t.:t a
fCJ?'-te::> oscilaçõz:s,pclo c.esloc8.171ento das curvas ler) c Ser) • Os banqueiros Cê<J·
~rnis não eram suficientcnentc ágeis para acompanhar essas oscilaçSes.A~s~~!
q'Jé:.ndo a taxa natural subia, a de mercado tambem aumentava, mas ,não o sufic ~.l::~:-te para alcançar a taxa natural. Compreendi~-se assim que :. 1.n .aÇelO (; . f ]
.-~~xas de juros observáveis andassem na mesma direção, ainda que com a relaç~~
~nversa de causalidade.
Teorias baseadas em funções declaradamente instáveis no tempo sao o horror dos positivistas e dos econometristas,mas da teoria de Wicksell p010
menos dois L . importantes subprodutos praticamente úteis pOdiam ser
extca-idoSI primeiro.que os banqueiros centrais não poderiam controlar simultâr.:'(!-I "
mente a expansão monetária e a taxa de juroslpara segurar a primeira era p~o ciso deixar flutuar livremente a segunda. em segundo lugar,que o primeiro i~·· pacto de uma política de estabilização de preços,costumava Rer o aumento da taxa de juros. Essa última conclusão era sujeita a ressalvas,pois o controle da expansão monetária poderia originar-se num corte de gastos públicos ou nu~
aumento de impostos que ,ou deslocando I(r) p~ra a esquerda ou Ser) para a direita, fizesse baixar a taxa natural.
A relação entre
tax~s
nominais de juros e inflação tornou-se ainda maistransparente no comento em que Irving Fisher lembrou que
..
as taxas de poupança e investimento deveriam exprimir-se não em função dos
,
•~uros nominais,mas da taxa real esperada de juros r-Pe,isto ~,da taxa nominal
menos a taxa esperada de inflação.Com 1s80,a equação
(5)
se substituiria por:m :: V(I(r-p )-S(r-p
»
e e
(5)
Embora, no tempo de Irving Fisher as expectativas não se classificassem em extrapolativas,ad~ptativaSta.celeracionistas ou racionais,
se conhecia o fenômeno dos reflexos condicionados , o que levava natur::d~::er; :;::3
à hipótese de que as expectativas inflacionárias dependessem do comporta~~~~G
.
pregresso das altas de preços.Assim,cornbinando-se a equação
(5)
com a teoria quanti tativa, chegava-se a uma importante conclusão qut? até hoje não Goln'u desr:1C'ntiào er:-:pírico I as taxas de juros no:ninais são tanto mais buixa~, que' I:: (l..
-G L,pacto CC: u:::a política de austeridé1dE; monetária seria a alta do~:; juro~ r.:
~,:ir:a.is. Só n~T..?. se;;unda fase, e::1 que se revertessem as expccta tivQS de inrJ"
ç~o,~ que os jur03 baixariam. Explicava-se com isso o primeiro fen5~eno d
transição envolvido nas políticas de combate à inflação.
Nenhu:T. economista deste século merece tanto respeito quanto John Ir;a:/:::,:
Keynes, mas é prec i80 lembrar que a ~reoria Geral do Emprego foi escrJ. ta (! ",;,
do o grar.de proble'rr:a. mundial estava lon:;e de ser o da
sante dos preços. Assim,da obra de Keynes o que se extrai de rele\ élLt,:
para a teoria da inflação ~ mais a in6piraçio'metodol6gica do que qualquer teoria objetiva. O'capItulo sobre a função consumo,nos leva a admitir que, mais iIr.p~tante do que a taxa de juros para a determinação da poupança, é o nível de renda ~~ubstitui-se,com lsso,a equação Wickeelliana de det~rminaç~:o
da taxa natural pela curva IS. O capítulo da preferência pela liquidez nN; leva a aceitar que,pelo menos dentro de certos limites,a velocidade-renda aa moeda seja função crescente da taxa nominal de juros.
v= Ver)
,
(v'(r)?
o)
(6) O'~o que não deixa de constituir uma fissura na teoria quantitativa. Posterior-mente à Teoria Geral,o próprio Keynes introduziu um conceito fecundo para o
estud~
. .
pa
inflação,o dQ excesso da demanda global sobre a oferta global apreços constantes,denominado hiato inflacionário.Mas faltava na época o
instrum~~tal analítico que permitisse aproveitar esse conceito para a
e1aoo-ração de uma teoria clara .d~ como e _ .-' de quanto aumentam os preços.
Embora a grande preocupação de Keynes fosse a depressão e não a inflaçi:c, o campo rn~.gnético .,' criado pela Teoria Geral foi suficientemente forte para separ'ar os economistas em partIculas alfa, beta e gama,mesmo depois que a preocupação mundial mudou de um'polo'para outro.Qualquer dos grupos pa;& os deviãos tribu.1os a Keynes, o que torna mais jornalística do que cientí':ic2, a distinção entre rnonetaristas e keynesianos. Keynes não viveu o bastante
l)éc-ra assistir a essa controvérsia .de modo que é impossível saber de que lado
.
ele se situaria se tivesse diante de si os fatos da década de
1970.
U:n primeiro erupo, provavelmente mais l:eynesianc que o próprio Keyncs, de tal for:na se i~pressionou com a procura especulativR da moeda,que pa~sou
a B,.!.:;;itir a ir:lpottncia da política monetária cm condiçõeti que nrlclr1 tê!" ? ';c:'
..
o curso de P nada t€.'In a ver com o de r,~, sendo determinado
por pres~~Ds fiscais ou estruturaiD.A política monetária ou d neutrslizaci
pelas varir:.ções da velocidade-renda, ou interfere ~penas na trajetól~ia do '., duto real. Cu ainda, é nera ficçE:o pois os agentcs econômicos, tipo li dealcór::;;:..'
opcn-market",monetizam os haveres de que a economia precisa quando o Banco Central restrige a oferta de moeda.
-
No polo oposto estão os iriedmanianos,que voltam à receita neoclá~;sicapara a estabilização dos preços e do E'mpregot a manutenção de uma taxa
CCrlS-tante e moderada de expansão dos meios de pagamento.As recomendações desse grupo pressupõem que a oferta de moeda não t~nha qualquer componente endógc~:
e que a procura de moeda não seja palpávelmente sensível à taxa de juros.De
bm modo geral os novos monetaristas,a começar pelo pr6prio Friedman.nem
igno-rru~ os fenômenos de transição que se associam a uma redução brusca de mtne~
deixam de pagar os. tributos devidos a Keynesl a pOlítica fiscal é muito
iLpC::-tante pelos seus efeitos a . o ' o '.~ curto prazo, e a longo prazo é o maior
d2-terminante da taxa de expansão monetária.Essas reverências a Keynes, no
enO:.ar:-to; não afasta."!l a profunda afinidade entre esse grupo e a teoria neoclássi,cP". Entre os dois polos situa-se o grupo ecl'~ico,instruido na escola das rur-vas IS e Lr.1 da síntese neoclássico-keynesiana.
.
"tes de§se grupo acei ta.rn que a moeda d uma variável econômica de extrema irnr-o: tância,maG não a única variável importante.Por isso, são deno~inados monet2.:cüc
••
roas pelos que se consideram verdadeiros keynesianos,e apelidados de keynes:2-.,
.'
nos pelos que se classifica.~ como monetaristas. Esse grupo recomenda a ad~i ~ nistração da política econômica por uma conjugação de medidas monetárias e
fiscais(associadas,por vezes,a controles de preços e salários),- ~ por t6cnicas de sintonia fina que evitem excessivas oscilações quer na taxa de i~
flação,.q~~r no nível de enprego.Há mais semelhança entre 2S recomendações dc~
se grupo coe as dos monetaristas do que eom aS dos keynesianos extremados ,: <.:
.
taxa de expansão l::.onetárla deve conter-se dentro de determunados limites
.Cc:-tud%s partidários da sintonia fina recomendam uma faixa e não uma meta rí-gida de expansão de rr.eios de pagamento.Alguns julgam úteis os controles te;':-porários de salári os e preços, prática que os iri edmanianos classificam c 0::.0
nefasta.'i.'odos reco;;'lcndam alcuma interferência estabili7.adora da política f j ~'
->~ /',.,->
pri~eiros keynesianos.Todos eles,por nua vez, prestam atenç~o àquilo que ps~.~
o pl'Í!1:eiro. grupo é práticai'TIente a única fonte explicável de inflação: os Cf >.
ques de oferta que,e~bora muito bem descritos sem essa denominaç~o na Riq~~:~
das Nações,só despertaram as atenções de muitos economistas modernos após a crise do petr6leo. Com uma pitada de ironia ,esse grupo eclético acusa os kcynesianos extre~ados de nio disporem de nenhuma teorial e os monetaristas puros de viverem mudando a definição de moeda,a tal ponto que a equaçao ~lj~FQt
ao inv~s de uma tautologia definidora de V,acaba degenerando numa outra
t&U-tologia para definir o que seja moeda.
Nenhu.rna corrente te6rica,'. ~,_ "'''.ise impõe às suas competidoras sem u;n suficiente acervo de sucessos pmpíricos.Os detratores da moeda,que implicita ou explici ta.l1ente raciocinam com uma curva 1S vertical e se esquecem da
1:.:,
inspirara.~ algumas experiências de política econômica que levaram à explos~o
lnflacionária e.em" alguns casos,à deposição dos governantes.Os monetaristas se documenta.ll com um respeitável cabedal de sucessos,mas à custa de mui to sar>
. gue suor e lágrimas I e,como já se disse,em muitos casos são mandados para o
inferno antes de completar , no purgat6rio, a expiação dos pecados inflacior.2.-rios.Os partidários da sintonia fina conseguiram resultados notáveis na déca-da de 1960 em matéria de conciliação de baixas taxas de inflação, juros e de-
.
. se::npreg.o .11:a5. desde a crise do petr61eo f andà.rn em palpos de aranha com asreni-tentes o~das de estagflação.
Quando·ninguem dispõe d~ elementos suficientes para provar que é o dono
•
'da verdade, aguça."Il-se as controvérsias e multiplicam-se os mc·dismos .Em ma té riG.. de modismo, 1979 parece marcar a -: .. :.: : predominânc ia do rnonetarismo. não no Brasil,mas na literatura econômica internacional.Se Jean Bodin fosse
lembra-do.trat~r-se-ia de justa homenagem ao quarto centenário da teoria
quantitati-va. Os névos monetaristas armaram-se de novos argumentos contra a política de sintonia fina.-De um 1adot a hip6tese das expectativas racionais implica.
em admitir que essas polítbas não conduzem a nenhuma sintonia fina,a menos que o Governo se mostre sempre capaz de ser surpreendente.Numa linha um pou-co reais pou-construtiva,Friedman repou-comenda um únipou-co instrwncnto de sintonia fir.2:
a indexação,que no Brasil foi apelidade de correção monetária. Vale entrar
..
t'~_~"";9
;) )::;~·:1~,plso~. c fi
le
i d~ofeorta
e nrocura----;.iui
to antes de Ada:r.
S::dth escrc"er
a ~iquezadas Mações os economistas
ját:e
referiam desembaraçadamente
àlei da oferta e procura. Contudo essa
venc:rá-"/el lei
adquiriu novos contornos funcionais depois de que SamuelsQina década de
"I
19J~O
a redescobriu na formal
-dP
•
1'(D-S)
(7)
dt
o primeiro membro representando a derivada do pl'eço em relação ao tempo, o
seg1_!""do uma função
~crescenteda demanda excedente D':'S ,tal que 1'(0)&10. narentes
daequação
(7)eram de longa data conhecidos em 1'isica(como a equação de transrnissã:
do calor),mas
em
economia se tratava de uma novidade.
; . . ,
A
Alguns economistas entenderam que. para evitar transtornos dimensionais. era
melhor exprimir a lei.da oferta e .
e
não absolutas.
p •
1"«D-S)/S)
(8)
procura
em
termos de variaç8es relativas
p designando,de acordo com nossa convenção sobre letras maiúsculas e
minús-culas.a taxa instantânea de crescimento
d~)preç~. Aequação
(8)
,tal como sua
irmã
(7) .·1:01..
inicialmente',fo·rmulada para a anális'e do equilíbrio parcial,mas
não foi
precis~muita imaginação para estendê-la ao equilíbrio agregativo e
àteoria da ibClação. Um problema com essa equação , que ela s6 jU'stificaria u:na
inflação crônica caso a demandw semprE caminhasse adiante
d~
oterta,hipótese
insustentável
a
médio prazo,pois a desestocagem tem
um
limite.O remédio
~nconP'"
~trado
foi substituir
DOprimeiro membro da equação
(8)a taxa de inflação pelo
seu excesso sobre a taxa esperada de inflação.
~- p •
•
•
t(
(D-S)/S)
,
Pe desêgnando a
tax~deinflação esperada,um conceito analisado com muita
sutil~za
por Abba Lerner. Embora a equação
(9)
represente uma solução bastante natural
~para
a
possibilidade de
~~ainflação crônica versus, impossibilidade de
um
excess:
'~rônico
de demanda,Stanley Fischer mostrou como
umleiloeiro walrasiano .
seri::
cupaz de praticar
es~~fórmula sem o saber,tal como um Monsieur
Jourdai~ alta~er.te zofistic:ado.
A lei da oferta e procura, nos termos redescobertos por Samuelson e nas
SU:1:'-, -, )
10
variantes pre~~a-8e r.ão 2.per:as ao estudo da e:.:;tabilidade do equilíbrio .... ·alrasiar:::>. o te:-:ja origin2.1:nente abordado por Samuelson.Presta-sc tambcr,
:-i'
explic2.-;ão de uma série de ajustrunentos na teoria da inflaçêo. U::-.é~
aplicação brilha~te.e que será recordada Inais adiante,foi a descoberta por
Lipscy dos funda~entos te6ricos da curva de Phillips.Uma aplicação men03
bl'i-lhante maS bastante útil é a que associa a trajetória da renda nominal à da oferta de noeda.
To:nemos a equação de Carnbridge com um retoque keynesiano I
(10).
Onde k(r) é função decrescente da taxa de juros.O inverso X= l/Y da renda nominal corresponde aos preços das equações de Samuelson e suas variante::; t j~l
que a procura de'.,:e ser função decrescente da variável de que depende .Assim,
a. equação (9) se transforma, no caso, em I
x - x
e
:::
c(Mc!M- 1)
ou,com ligeiros aleebrismosl
y - y e c( 1 - Vk(r» (11)
onde V= Y/M
é
a velocid~de-!'enda da moeda na sua definição tauto16gica, e onc{~',,
.-para s~mplificar,admitimos linear a função de ajustamento,isto é. c ccnsta~tE.
A equa~ão
(9)
nos mostra qU~'sempre que a renda nominal cr~scer acima das•
expectativas/a velocidade-r9nda da moeda ficará abaixo de ~k(r),etc. A equa-ção (11) pode ser usada para se compreender o ciclo de variação da velocidade renda da moeda le~brando que y= m+ v. e, portanto I
V ::: y e -m + c(l - Vk(r» (12)
Suponha.~os que inicialmente a economia se encontre num equilíbrio de
infla-ção crônica. com a taxa de expansão monetária con~tantemente igual a mo' cc:r: o produto no~inal crescendo à mesma taxa já esperada. Y;Ye=mo' e com a taxa de
juros em ro" O produto real cresce a uma taxa qo' e a inflação se mantªm á
taxa Po:: mo-qo •
Ad:ni t?:.os a;cra Piue a taxa de expansão monetária se ja bruscamente rcd~t:~ià,"'.
p~ra ml , tal CO:T:O na figura 1. Num primeiro impacto não há razão pRra cure!'; .. ".:!:'
y de cre~c irr .. ento do produto norn~nal se aI tere. :;0::' 0;;-,
...
,
11
u;n forte desloca::',cnto pu.ra n esquerda dn curva I~) .l'odr.:::~.o.
(o rm:lliznr essas hiI>ó~eses com as equações I
(1)
vnde se !:;upõe
>
O , ,., m ~ r
<
O ,de acordo com a teoria convencional,') ~/ C
.~
.1 r
- ? O, já que um aumento de iguai:::, pontos de percentaeem nas ta x <::.:,:
."« li1
(!., expansão nonetária e na taxa esperada de crescimento do produto nominal deve
provocar urna alta da taxa nominal de juros, el
, at
Y
e=
ml + (mo-ml)e-(14)
n qual admite que a expectativa de crescimento do produto nominal se ajuste nssintóticarr.ente do 'nível inicial mo para o nível final ml "
Podemos agora resolver o sitema
de
equações diferenciais e verificar comose ajustam o produto nominal,a velocidade-renda e a taxa de jurosià redução da
taxa de expansão monetária de mo para ml " De acordo com ,a_equação
(14), Y
c decli-na gradualmente de mo para ml - A taxa de juros,após o salto inicial de r(mo,mo ) para r(mm,ml ) . baixa assint6ticamente,de acordo com a equação r(ye,ffi1) para ~ r(ml,ml )<.:
.r(,mot mo )" Assirn','k(r),após a queda abrupta inicial,aurnentaprogressi-vamente tehdendo para k(r
1) /' k(ro)' Tomando a equação das expectativas,c fazen-do m- ml na equação (12). conclui-se que V evoluirá de acordo com a equação
di-•
fercncial: •
V
=
(mO-ml)e-at+ c(ltvk(r»4 Inicial~enteta queda abrupta de k(r) nos assegura uma fase de crescimento de
~
V,reforçada pelo aditivo (m -m1)c- at • Ap6s uma fase de ascenção segue-se a de~ o
dccl.í.nio(possíveL'Tlente com alguns ciclos) devido ao tríplice efeito, aumento
ini
-. ) -at
eial de V,aumento de k(r) e baixa de (mo-ml a • Assintõticament~.V tenderá a V1c L/k(rl ) • inferior ao nível inicial Voe
De acordo com a equação (ll),a queda abrupta inicial de k(r) provocará wn
au-.,. mento brusco da taxa de crescimento do produto n.ominal f na direção oposta à
ten-/d~ncia de 101130 prazo. Ap6c esse salto ,pela equação (11) y deverá baixar,pelo (. f(' i to conjunto do atL"1tnto de V e k (r) c pela diminuição de Ye • Enquanto a vplocidadc-renda estiver crescendo, y será superior D m
l , ji que y~ml+v. Ra fa~c
...
. A r 5 ;~ur~ 1 rcsur:~c a discuss~o ac i;.Ja. que c luc ide\. os problemas de tr;'lnr~ iç2:o c:;,
polí",icél r.lor:ctf:.ri?-.A be:.ixa de r.1 n~o se reflete im;tantâneamcnte sobre y,mé1s,c~o
contr~rio,po~e gerar um efeito inicial perverso.S6 ap6s algum tempo ~ que o crc~·
Ci;"C:!'I'c:O do produto nominal se ajusta gradativamente à nova expansão
mor.et(~-ria. Os efeitos de m cobre y,por seu turno,sc dividem ~ntre p e q,e,como ver0~CE
_ na ar::Jlise da cur .... a de Phillips, os efeitos sobre q costumam preceder os sobre a 'taxa de inflação, . o que completa a explicação do '.:.: purgat6rio monetarista.
1\
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I
I
...
\
1)
o capitulo III da Teoria Geral do Emprego ensinou os economistas e explici'
duas relações de o:ert2. que estavam implícitas na macrocconomia neocl{:33ica,::,
funçr:~ de produção a curto prazo Q=f(rq ,que liGava o produto real ao volu;7lc (.
empreso J\, e a condição de equilíbrio competitivo
vVP='
f '( N) queiEuala 'Ia o ;;'~;' lário r.oT.ir.al ::; ao nível de preços P vezes a produtividade marginal do trab;:,.L,o.-
EliminandoN
nessas duas equações,a oferta agregada exprimia-se na apresc~taç=omais tradicional': ' . Q=h(P/N) ou P/'I}:;;h-l{Q), Vários textos e
artL~:)s
mOcitré'.r::..:.1 como essas relações se pOdiam obter por agreGação nUl'll modelo de eq,ü-librio co~petitivo,e como se podia chegar a relações semelhantes em sistemas
d~ concorr&ncia imperfeita.
No rno~ento em que se tornou necessário analisar a evoluç~o do produto ao
lon-, go do tenpo, a função de produção teve que ser aumentada de modo a incorporar 0~3
efeitos do crescimento do estoque de capital e do progresso tecnológico.Uma sofisticação adicionaltt consistiu em a:P. introduzir uma componente aleatória qu~
pudesse descrever os ef(~i tos de melhores ou piores safras:' etc .Assim. a função de produção agregada, substituiu a sua túnica inicial Q:::f{N) ~_ . . :.~ pela
roup:::>:.-f gero mais completa r
..
. ""lO
.
~ <00 •.
J(t)Q
= r(K,N,t) (15)In J(t) sendo urn processo estocástico estacionário de média zero e variância constante,K't> estoque de capital,e o tempo se incorporando
à
função de produção para descrever as conquistas d~ tecnoJogia.Na igualdade entre salário real e produ t~.v idade mar6inal do trabalho. jule;ou-se importante explic i tar que o índic e~àe preços
P'
deveria ser o defàator implícito do produto interno bruto,e não o ~indice de preços ao consu~idor P. AssimaJ(t)
= (~6)Admitiu-se que as relaç5es de troca e outros fatores determinassem,ao lon~o ~8
tempo, a relação entre o nível de preços ao consumidor P e o deflator irr,plíci to ... P',de :TIodo a se ter:
p
_ : : : H(t;-'. (17)
P'
I\f.~ equ::~çõcs (15) e (ló) t!'ansforméi.m-~c f2.cilm(;nte em rcla(;ões pntr.'" taX(l::~
de Cl'c:.'.:::.i::;(>r.to,ceSCt' que' introd:IC'.:~:'103 no c1.rcúito ~.~:. ela~Jt.i,(;ldadcs L,tC-7"t'.
..
""
I'
cc
rU\,r;,t) ej-. relação a suas tres vD.riávejG,c as olp,sticidadcs corr(';:;l)c:~cie:j~:'~
-
\ ,c
K'
cl~ ,ct
de 1 N e:n rel2.ç'ao as .. -. mf~smas variaveis I(18)
j + w - p'
=
kek + ne~ +et
Tornou- se hábito aQ':li tir que a função de produção 8.gregada fosse homoGênea do
-
~ primeiro grau cmK
en,
o que implicava eK+eN
=
1
e e~ +e~=
O. Alem do mais julgou-sede bom alvitre indicar a força de trabalho empregadaN
sob a forma:N :; N X
s =N (l-U)
s (20)N", ..., representando a força de trabalho disponível, X a taxa de emprego e U=l-X
a de desemprego. Nesses termos, a> equações
na forma:
(22)
(18)
e(19)
re
reapresentav~~Para abreviar essas expressões, introduziram-se as taxas naturais de cresciúle~
"to do produto g,e da produtividade marginal do trabalho SJ seriam as taxas que ,
se verific~tia~ na ausência'do choque interno de oferta j e .' caso a taxa de
de-semprego se mantivesse constante,isso é:x=O
(23)
....
e
s :; ef (k-n,.,) + e' (24)
K
~ t...
com isso, as equações (21) e (22) se reduziam aI
(25)
j+w-p';::; s - xe' K (26)
Lembrando que,p~la equaçio
(17) ,
p-p':;h • entrando com a equaçao (25),.~ englobando no choque de oferta total z a expressão:
•
•
z= h + j(l+C~ / e
N ) (27)
, , I
15
..
(28)
r
i\;" qual 8.. taxa de au;::ento ào salário real é desdobr;;:.da em tres parcelas: o
, _:~-ci;::ento natural da produtividade marginal do trabalho, menos o choque 2.1c:;. tório de o~erta z. menos uma componente proporcional ao crescimento do prod~to
r~ aleM da taxa natural. Quanto ~ equação
(25)
ela originou urna simplifica~~o~TI~~ular.e:n que se abstrai a choque j e onde se sup5e aproximadamente constan:e
-
::81al;2:0 et\/X entre a . elasticidade do produto em relação à mio de obra ~" taX:i de emprego X. Le:nbrando que X= l-U. essa simplifica~ão se exprime por; q - g
=
-a-crc-
dUque é a conhecida lei de Okun.
Admi te-se frequentemente que o choque de oferta z seja uma variável ale tC,)··
tia de esperança matemática zero a longo prazo,~inimizando-se com isso a su~ J~-portância na teoria da inflação. Pelo menos depois da crise do petróleo, isso
pa-, ~ +'~ 1
rece con-,::.t"tul.' r " ... a ' l' f' - - ,1.\l?C.P.~í~ fi:, v,.
_ .lo ""'.1 s~rnp ~ ~caçao ., . . .' . :~:.
-Há
raz5es de sobra par.::'.admitir que na função de produção
(15)
o logaritmo de J(t) seja um procEsso estocástico estacionário ,e que portanto j sera,Uma variável aleat6ria de espe-• rança rnate~ática zero e não sujeita a correlação serial.Nada indica.todavia,queassa propriedade de j seja partilhada por z. No modelo construido,não há razao a priori pa!;.a que a esperança materr.ática de h seja nula.(A antiga teoria da
•
CEPAL da deterioração das rela~5es de troca nos países em desenvolvimento
•
.
implicava na hipótese de h ser insistentemente positivo).Pora isso,há um
aspec-to de surr!a importância e que não pode ser detectado mll'll modelo agregativo de
.. economia com um único produto, como o obtido a partir das equações (15) e (16). 4Em certos pe~iodos,6 de se presumir que os preços relativos se realinhem prc;rcE
si vainente. não por choques aleatórios de boas ou más safras, mas por uma tencênc iz,
insistente num praz.o relativamente longo. Desde que Keynes nos habituou à hipó-tese de rigidez dos salários nominais, . ~.' passou-se C} admitir que fortes r.v ..
td2.!':-ças nos preços relativos , .. " . implicassem num aumento do nível geral
de preços.
Vários cen~rios podem explicar w~a forte e proRrcssiva mudança de preços rc-la ti vo~. Suponh::::J03 que a of'p. rta de alimentof; só Ge cxpandn a
r
..
"
,<
16
A inelastici~8de da procura de alimentos faz-nos prever fortes e
reiter~-dos choques de oferta. Ou ad;ni tamos que um país experimente uma fasc lr:_-:;'!.'~ ..
ta de deterioração das relaç6es de troca com o exterior pela alta inter~a cional dos seus preços de importaçio~ Os choques de oferta desdobram-~e
agora em dois estágios,o primeiro correspondente ao efeito direto do
au-mento dos produtos importados, o negundo ao impacto das desvalorizações ca::>
biais ou medidas correlatas adotadas para ajustar o balanço de pagamentos. As altas contínuas de preços de petróleo decretadas pela
OPEP
e a necessi-dade de buscar fontes alternativas de energia leva à 'previsão natural de. . r~p~ti~Qs
que o I:lundo ocidental esteJa l.ngressando em nova fase de choques .. ' "
de oferta.
Tambem não há razão para se adrnitir que os choques de oferta estejam 11-vres de correlação serial. Certos produtos primários,como os pecuários e as culturas perenes', sofrem o efeito dos cobwebs longos. O esvaziamento dos
es-tQqôUes,depois de uma safra ruim/Pode~ transmitir os impactos da escassez t;le um ano para outro. Um choque externo que desequelibre o balanço de pa·;a-mentos deve originar um choque secundário pela posterior necessidade de ajustar as contas externas. Por último, os Goy'ernos frequentemente tratam, v i2.
contz:oles de preços, d~ retardar os prir:1eiros impactos dos choques de ofert-::
.... '!
procedimento que os torna sujeitos a correlação serial.
Con~truir ~ma teoria da inflação apenas a partir de equações de oferta
é uma temeridade.Contudor'~lgumas das teorias primitivas da inflação de
cus-tos fora~ baseadas na equação (28), com a devida transposição de membros:
(30)
Em a~gumas versões preliminares desprezavam-se os dois últimos termos
do segundo me;nbro.acL~itindo-se p=w-s, e pondo-se a culpa nos sindicatos que insistia'n em obter aumBBtos de salários nominais superiores à taxa de crescimento da produtividade. Em outros casos os sindicatos eram absol-vidos.mas se admitia um choque de oferta pcrm~ncnte~cnte superior a s, combinado co~ a hip6tese d~ rigidez dos salários nc~inais. Num famoso
cxe~-"
cício,Bau~ol a~~itiu que a taxa de reajuste dos salários nominais fosse
bitolada não pelo ~rGscimento médio da produtividade~' . na
econo-~ ,
..
1_) !
;;e~::;,'s .lr;cÚstriz'_s o cre~;ci;í.l?nt.o s I da produtividade
Cc LJ::L_r. s da .econo:~1Ía, e os e!:lpresadores não tinham razõN> para resistir at2';,.~·
. t l ' . . d' f t 1
1'cl~ir LC:;C creSC1r.~en o para os sa .arloS,p01.S o po l.am azer sem au,nen o l e 11(;,:c
L~iL: éL:(;O ;r:ais tarde esse crescimento sc translai tiria para os demais setore:;,"
a~Slrn ,na equaç50 simplificada p= w-s se institucionalizaria uma taxa de ill;J~
",.,S-3· •
•
Em todo:; esses Í<lodelos \'V, s. z eram tOITladas corno variáveis ex6[;cnas. de mo(]!)'.:
a taxa de inflação ficava determinada por p= w-s+z. Com isso se popul(3.l'1.L~oU, ~'::j.
década de 1950, a af::rraação de que uma inflação de custos n,ão podia ser co;~.b:< i.-da por instrwúentos monetários,uma heresia repetii.-da até por varões de Plutarco
da tradição neoclássica~como Haberler e outros.
Dssas teorias primitivas de inflação de custos padeciam de graves defeitos.
O primeiro era esquecer na equação ()O) o termo (eK/eN)(q-g) ,exatamente por onde poderia entrar subreptíciamente a política mcnetár.ia. Essa omissão implici-tamente admitia e
K ::
O, istoé.
que o aumento do estoque de capital não fosse capaz,de elevar a produtividade marginal do trabalho,urna'hip6tese que só faz sentido quando há ampla e generaliza.da capacidade ociosa. O segundo defeito estava em esquecer que os reajustes de salários nominais devem serpredominante-mente: inf~yenciaàos pela inflação passada,pelas expectativas inflacionárias,oc.1
por atn'bas, Com isso, a equação p=w-s+z não apenas '. _ presumia que os assalari&doc'Õ
f08Süm víti:nas de total c incurável ilusão monetária,como inspirava a paródia
IInun~a tanta teoria ~.j!explicou tio pouca inflação,1I
.. Alguns trabalhos da CEPAL por volta de 1960 pareciam perceber o verdadeiro • problema. ao admitir que a política monetária não era impotente para segurar a
inflação, mas só o conseguiria à custa de :' __ ' . ~', . _ um sacrif!c ia permanente do
desenvolvi~ento econômico,o que na equação (30) equivalia a admitir a contenção
da inflaç~o por meio de q menor do que g. , Certos autores t
comi) Oswaldo Sunkel,referira~-sc reiteradamente a mecanismos de propa~ação,
• que representariam uma ligação entre a inflação presente e a passada
via reajustes salariais, f • ,. •
Por
fal t,J, de forr!1alização, e~;sas tef)ri2.s não consoguirarn ir alem da etapa do esboço .
•
NU;T';J. apressada apresentação" ad-hocl l o autor decias notas desenvolveu
. !
um moc2c lo de rQ2..li!:lentaç2:o que equj .. 'alia à equação (Jü). datando-~;e as v~~r iá'le i:::.; I e Pl P (: r ,l o ~l o s discretos e 2..d~itindo uma lei de peajustes salari~is na fOI~;ll
..
..
·
,, ,
18
o que dava or~Gern á equação:.
te
onde Zt era apelidada tf inflação autônoma" t (e
X/
eN) (q-g) componente de rC,;ul..:.=ge;n da demanda" e b= bl +b
2
+ •••
+bn coeficiente de realimcntação.A hipótese dereajustes salariais era ~~o, • . " • • :, diferente da que se adota na' curva de Philli :)S I
e o modelo nem era estruturalista nem :.: deixava de ser. Admitia--se que B. política monetária pudesse entrar no circúito via q-g, e mostrava-se
como um desaquecimento '. temporário podia baixar a inflação de um patam,"-r par2_
outro. Com um choque autônomo constante e com um coeficiente de realimentação constantemente igual a 1 a taxa de inflação convergiria parai
·z + (eK/eN){q-g)
p
=
(33)
1 - b
Sustentar b permanentemente abaixo de 1 implicava na hip6tese de infindá-vel ilusão monetária,e s6 nesse caso se poderia afirmar que a longo prazo a inflação era o preço do crescimento acelerado. Como não é impossível enganar a muitos.pbr· muito tempo,concluía-se que a longo prazo b deveria tender a 1, não subsistindo nenhuma razão para se aceitar a inflação como o preço do cres-cimento,
cõ~clusão
muito semelhante à da teoria aceleracionistá da curva, dePhillips • .' .1
Pelo menos entre o término da Se~unda Guerra e a crise do petr6leo,os
cho-~ ques de oferta parecem ter inquietado muito mais os economistas dos países em desenvolvimento do que os dos pa6ses industrializados. Isso se explica por vá-rias razões:Primeiro porque os produtos primários pesam mais nos índices de preços dos países e~ desenvolvimento,o que os torna mais sensíveis aos choques
cem ter sido pouco relevantes nos países industrializados.Terceiro porque os de oferta. Segundo porque nas décadas de 1950 c 1960 os choques de oferta
pare-, !
modelos econométricos corria."Tl a pleno vapor nos cent~ ... os de pesquisa da3 naçõe:;
I
I
industri2.lizadas, e os .choques ::'e oferta representam uma espinha de peixe n~ I
'-. '. I
; é · f # 01 t d'" 1 d d' , , . . I
~ar6anta dos econo:rletr .. stas: mal.S aCl en en e- os o que oc me l.r, E: lnacel-
I
tável a hipótese de que eles tenham média ZETO ou constante, e flue não ~.;eja::l 1
I
r
..
~03 ~l~i~os anos,as prev~36es dos ~oda10s economJtricos baseados na cur~n
de Phillips e em outro;:> (;l.:.~rrwl1to~,; d:~ t.;o:;::ia convencional vêm deixando cada ~ mais frustrados os seu:', :.U tores._ 05 modelos parecem muito mais capazes de explicar a inflação pas; ~0~ do que fc:rncccr qualquer estimativa confiável da
inflação futura. Há explicações rc1':1.scadas. como as encontradas por Luca;;; c 3argent com sua hip6tese de expectativas racionais. O mal dessas explicaçõc.:;; c
l~ue elas presumem impl!cita~ente que todos os indivíduos sejam econometrist~s
::cnvictcs.U~a explicaçio mais natural talvez se encontre no mau tratamento quo
esses modelos dão os choques de oferta. Parece assim que o progresso da teoria
..
da inflação,nos pr6ximos anos, dependerá do desenvolvimento de métodos
confi~-veis de medição desses choques.Algo que preliminarmente se situaria na linha
"aumento dos preços ao consumidor menos aumento do deflator impl!ci to do pro::~.:.· " to do setor não primário". mas que precisaria ser complementado pelos neces::{.i'~:
y
refinamentos.
4)A
curva de PhillipsNum artigo publicado em 1958 A.N.Phillips sugeriu, com base na experiência
inglesa de 1867 a 1957, que a taxa de crescimento dos salár.3 .. ~unção decrescente da taxa de desemprego r
"·,minais era
.
.
.
W ::: L(U)
,
C
L'(U)<o)
(J4)O ~J.' ti[~ de Phillips deu origem a uma dao mais fecundas c(;~ ,:,. ovérsia:; ;300:C:3
a teoria da· inflação • Jnspiro,,:- tambem o mau hábito em macroeconomia de pJ 'opor tlquaçõe s "ad-hoc" t ist.o é • desligadas de quaisquer fundamentos te6ricos J e prO:1-tas apenas para serem testadas em computadores pelas técnicas usuais de regrc2·
são.
Graças- ~ um brilhante trabalho de L~1Jsey, a curva de Phillips ganhou o di~'pi to de entrar nos compêndios e discussões de teoria econômica. Em síntese,a
idéia de Lipsey foi .. ~ admitir que a taxa de deeempre80 fosse um indicE.:.-dor do excesso de oferta de mão de obra,e aplicar a lei da oferta e procur~
à Sw~uelson descrita na equação
(8).
Numa versão modernizada,a explicação deLip~cy pode ser reapresentada nos seeuintês termos I em cada instante uma
:ra-' .
.
~ção U da força de trabalho se c~contr.a desempregada e as empresas oferecem
vagas nu~a proporção V da mesma força ~~.' trabalho. A procura de m~o de obra
-•. (" 1") • ~'c'u'~" a procura excedente de InrlO de obr:,.o que,pela
j,c:: '/-0',) l.n~l., -<'\.
....
(.J5)
equaçRo (C)
Ad:r.itindo-se que a percentagem de vagas fosse funç~o decrescente da tJxa
de dese~prego,a equação (35) conduziria à: " curv'a de Phillips.
Tanto Phillips co~o Lipsey admitiram que a curva w=F(U) fosse
convexa,tol1-dendo para o infinito quando
U
tendesse a zero,já que sempre seria inevit~ve:a existência de algum desemprego fp.ljc~onal. (Figura 2). Lipsey notou que CS:~8. convexidade trazia um problema de agregação. ~uponhamoS que numa econoi'lia existam n mercados, com pesos a
1,a2, ••• ,an
,(a
1+a2+ ••• +an=1) e que em cada um desses mercados a curva de Phillips seja a mesma wi
=
f(Ui ). Ao agreGar as taxas de aumentos salariais e de desemprego para toda a economia,tcríalJos:Pela convexidade " o . estrita de f(U) I
w s: L(U)
9-
f(U). (J6),
a igú~lciade só ocorrendo quando a taxa de desemprego fosse a mesma em tQ~OS
os mercados. Co:n isso Lipsey concluiu que a curva de Phillips macro 'J1=L(U)
••
se situaria nor.nalmente acima das curvas micro f(U),com elas coincidindo
apenas no ~asO de igual taxa de desempre60 em todos os mercados. Assi~l~ tax? média de aumento dos salários seria tanto maior quanto menor a taxa de
dc-se:::;-prego,e quanto mais dispersa fosse essa taxa entre: os mercados.
Phillips,cm seu artigo original,não apenas apontou uma correlação neg~tiv~,
entre a~~ento de salários e percentagem de desempreeo,mas tamoem entre o
a~ento de salários e o crescimento da taxa de desclnprego I
w
=- L(U,u} (J7)as derivadas parciais de L sendo ambas n~gativas.Na
vers2.0 original, Phillips explicou a influência de u por dois argumentos
:q'l2-n-1
I " (isto é,quando o desemprego estivesse caindo) os
n~r-cado:.> leiloari~1::1 nais intensamente a mão de obra, e a queda dc· ti natun .. l:",cr-.::, f.:';eraria expec ta ti va:3 de ;r:c:nor dcsc::lprf!go fu turo, ace h~rando O~~ hUPlcnto::; de S2..-t
lárioc.Lip •• y eon,idercu pouco
"~tl.fat6ri3"
es •• s cxplic.ç6o.,já quo a .eu Iteórico r;ão 2tria vaga para qualquer influência de u.E com uma 1 "l'"' r.,: ... .:
~,,-,.
cia de chir!cs r.10stro~ como a influência de u poderia atribuir-f>c aos
dc':'!~_.-.
tos de agreE:;2.ç2.o da T:".&cro-cun"a de Phillips, deixando séria advertência
Cll;=~;.-to ao incon'!crüente dos exercícios econométricos baseados em equaçõc:s ad·· i.'=' .
Infeliz~ente poucos econo~etristas levarrun a sério essa advertência.
LipseJ! ta.'7:!bem tratou de introduzir os aumentos de custo de vida C(l;~,\
variável explicat6ria dos aumentos de salários nominais,atendendo a u~a
rc-co~endaçio do bom scnso~_ e encontrando I
w= L(U) + bp (J8)
os valores de b se situando significativamente abaixo de 1.
Figura 2
Q::trabalho pioneiro de Lipsey inspirou algumas dezenas de interpretc~çõp,
aI terna t i 'Ias para a curva de Phillips. Algumas das mais interessante s surzi c<::
com a
d;~o~inada
"nova microeconomia do trabalho",de Holt,Phelps,Mortensen e••
. outros. E~sa nova microeco~omia parte da observação de que o mercado de
tra-balho está lo~ge de ser um mercado perfeito, inclusive porque num mercado
[cr-.... feito é difícil aceitar a coexistência de vagas e desemprego. A velha idé:.a
de dcee~pre~o friccional não passa de um clichê impreciso, já que todo
de~érG-pre;o de' alg~.~a fO!7.}a é fricc ional --.:. o problema está em saber o tamanho c
a duraçio da fricção. De um lado,os desempregados tfm custos de procurar e~
preGos e di ficuldades de informação. 'roda empresa possui u~n pequeno monop~; G~ü::
ji q\le os e~pregos e os empregados nunca são rigorosamente homo~~neos.As e~
pro:~::lS tê::; custos de recrutamento, e devem interessar-sc 'por uma política s~ü~,
ri< l q '.1 e C'." it e que seus melhores empregados se despeçam. Os desernpre::;ados tl1CJ '.~
'.
.
~...
...,
..
22
Co~ eSS2S consideraç5cs sobre o mercado de trabalho ,e abstraindo a i~~l
-ção pass2.?a ou esperada, a taxa de cret:cimento dos salários nominais :t:;JàC' ~;r_"
co~siderada funç~o crescente da percentaBcm de va~as i.e decrescente da t~x~
de dese:úprego U:
VI::o g(U,V) ()9)
Por seu turno.o crescimento da taxa de dese~prego deve ser tanto me~ar qUill1to maiores forem ambas,as taxas de vagas e desemprego.
dU
dt
=
z(U,Y) ~40)Essas duas equações podendo ser entendidas como uma abreviação drástica a~1 trabalho de Phelps.A equação (39) fornece a verdadeira lei de aumento d03
salários nominais. Infelizmente ela não é testável empíricamente em países,
co~o os Estados Unidos, onde nio há estatísticas confiáveis sobre vag~s,mas
apenas sobre
dese~prego.
(+).0
que se pode obter é uma curva de Phillips in-direta.aplicando o teorema das funções implícitas à equação(40)
econcluin-dU
do que V
é
função decrescente de ambas, U e Cit(·uma relação que Phelps pôde testar empíricamente para a Austrália) .Entrando na equação (39) com es·· sa nova expressão de V,lincarizando a influência de~~-,
e reintroáuzináoo efeito dos aumentos de custo de vida detectado por Lispsey,che~a-sc a UG2
curva de Phillips ampliada na formal
VI
=
L(U) - a't.' dU
dt + bp
equaçio que reestabelece ~ influê~~ia das variaç~es da taxa de desemrre~o
sobre a taxa de crescimento dos salários, um efeito iniciaLl1ente identific2,(; c
por Phillips e rejeitado por Lipsey •
Até agora discutimos a curva de Phillips como uma lei de variação de
salárióS" no:ni~ais.As equações (29) e (30) nos levam daí à curva de fhillipz:; dos preços:
P
=
F(U) + z - cd t
dU + bp (42)onde F(U)
=
L(U)-s (42-a) e c= a' + a(e.'./er )
(42-b)r~ \
(+) r';6 Brasil não '!;e dispõe de séries confinvc is nem para U nc:n pn.ra V.1e:.:- ""
(;rubf:r estimou uma curva de Phillips para o Brasil substi tuindo l-LI por t~:~.::l
constante vezes a relação Q/Q,. entre o produto efetivo co }JotcncLll.!~G~(·
úl-'"
23
~ I~~ro6uza~os na cquaç~c (~2) u~a hip6tcse de equilibrio dinã~ico.em que
-..
z;;.O (2.uso.·::r:cia de choques de ofcrt::t) e U:.:constantc, Q que implica !,W "" O
dt .
~cpondo b inferior a la
p
=
r'(U )(4;)
1 - b
expressão r€:sume a mensagem de política econômica apresentada pelos 1"""'"' . ..I ... ..
--L'::: iros estudos da curva de Fhillips: u .. r.a nação tem que escolher entre mniorc;';
1, ... ::::::..5 deinflaç5:o ou maiores taxas de desemprego. O custo da sustentação de '-' .. :.
t ::'.X2.. reàuzida de desemprego é urna inflação relati vamente ~l ta.
:.:ensa.gE'~ que durou pouco tempo.' . & embora encontrasse R16u~s de~e~ ,', .
re.3 post-mortem C0::10 Tobin. Em 1966 e 1967 t Friedman e Phelps chegaram ir,dE'pE.'r.,~ ' o • •
temente à conclus~o .de que a influancia da inflação sobre os reajustes do sal:·· rios nOr.1inais e sobre preço13 não deveria exprimir-se por bp,rnas pela taxa es}'c-rada de inflação Pe' Assirn,a equação (42) se transformaria em.
p= F ( U)
+
z - cdt
dU+
:~
~/ P eou.ern equilíbrio cinâmico,com z = dU ~
o.
d t
•
.-. ~ . ~ '\
p-p e :: F(U) (F·~U).( O )
(44)
(45)
As equaçõ~s (44) e
(45)
resumem o que se convencionou denominar "teoria•
.
•aceleracior.ista da curva de phillips". Numa analogia com a teoria wicksell:i.2.L;,
do juro,Friedman a~~itiu que,e~ cada economia e a cada instante,existisse U~2.
..
.... taxa natural de àesemprego UN tal que F(UN)=O • O custo da sustentação de t<:'.:',
taxa de deserr.pre~o inferior à natural não seria apenas a inflação :mas uma t2.X:. de inflação alem das expectativas. Friedman,inclusive.chegou a apresentar argumentação que equivalia a deduzir a curva de Phillips a partir de uma cur'!,-ncoclássica de oferta de mão de obra,a razão pela qual o emprego crc13ccriu '1\.<:"."
" elo a inflação fosse subestimada é que os ',. :.:.. trabalhadores imagirl3.ri?_~
.~ rec.:r.~er u~ aU:i'".ento real, e não apenas nominal de salário. Formalmente , a
ar:;t.:::-.c:.-t(l ção de ?ried::.:m poà~~ia ser ~inteti7.ada nas seguintes equações t
24
..
~t d(si3~~ndo a percenta;e~ da força de trabalho que aceita empregar-se ao:;
·rios :1o:T.i::ais 'correntes ;·.'t do período t , P et o índice de preços esperado })<:ir-a
período t. Essa equação se transforma fácilmente em:
..
10/
!p
"t et = (1'<0 )
• Tornando logaritmos: ln Iof / , . ,
. ·'t'o t-l
ou,lembrando a definição de taxas de crescimento em períodos discretos:
wt - Pe •
ln I(U t ) - In Wt-1/P
t -1
Supondo que o salário real Wt-l/P t -I do perrodo anterior seguisse sua tendência
nO~-:-~Jalr teríamos aí urna o curva de Phillips acelerada.
A demonstração friedmaniana da curva de Phillips é um_e~ercício de reabilitaçtl da teorIa neoclássica do equilíbrio a pleno emprego. Um defeito desse tipo de raci 'o ,cinio é que ela induz à conclusão de que, quando se inicia uma quadra de dese~pre~
gOl são os empregados que se despedem dos patrões, e não estes que demitem os empre,·,
t ' f
gados.
Há
quem tente salvaro o raciocínio lembrando que,fil.uando uma empresa despedE um empregado, está implícita a recusa deste último de aceitar uma diminuição de...
seu salário nominal.Ninguem é obr.igado a aceitar essa cambalhota teórica •
....
Em todo o caso.a teoria aceleracionista da curva de Phillips independe da
ar-..
." gumentação acima inicialmente proposta por Friedman.A equação
(45)
de equilíbrioo~inâmico equivale a afirmar que cada pontô percentual de inflação esperada
des-loca a curva de Phillips de um ponto percentual para cima.
A
longo prazo,isto é. II
gr" tal c o:no na figurã
J
~ f
aesempr.:::-i I
!
,
cC', P=Pc' a curva de Phillips seria vertical,ao nível da taxa natural de
.'.~J-_o" - -_-.-__ 0 o 00.0. _______ .0
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