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Avaliação da atividade turística sobre a composição e a distribuição das macroalgas marinhas nos recifes de Pirangi (Rio Grande do Norte, Brasil)

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(1)

Centro de Biociências

Departamento de Oceanografia e Limnologia Programa de Pós-Graduação em Ecologia

Nível: Mestrado

Avaliação da atividade turística sobre a composição e a

distribuição das macroalgas marinhas nos recifes de Pirangi

(Rio Grande do Norte, Brasil)

Carolina Angélica Araújo de Azevedo

Orientadora: Dra Eliane Marinho-Soriano

Natal, RN

(2)

Avaliação da atividade turística sobre a composição e a

distribuição das macroalgas marinhas nos recifes de Pirangi

(Rio Grande do Norte, Brasil)

Orientadora: Dra Eliane Marinho-Soriano

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ecologia.

(3)

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do Centro de Biociências

Azevedo, Carolina Angélica Araújo de.

Avaliação da atividade turística sobre a composição e a distribuição das macroalgas marinhas nos recifes de Pirangi (Rio Grande do Norte, Brasil) / Carolina Angélica Araújo de Azevedo. – Natal, RN, 2011.

59 f.

Orientadora: Dra. Eliane Marinho-Soriano.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Departamento de Oceanografia e Limnologia. Programa de Pós-Graduação em Ecologia.

1. Macroalgas marinhas – Dissertação 2. Diversidade – Dissertação. 3. Recifes de Pirangi – Dissertação. I. Marinho-Soriano, Eliane. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

(4)

Centro de Biociências

Departamento de Oceanografia e Limnologia Programa de Pós-Graduação em Ecologia

Avaliação da atividade turística sobre a composição e a

distribuição das macroalgas marinhas nos recifes de Pirangi

(Rio Grande do Norte, Brasil)

Carolina Angélica Araújo de Azevedo

Banca Examinadora:

Profa. Dra. Eliane Marinho-Soriano (Orientadora)

Prof. Dr. Marcos Rogério Câmara (UFRN, CB, DOL)

Profa. Dra. Maria das Dores Mello (Universidade Potiguar)

(5)

Sinceros agradecimentos à minha família, à minha orientadora, à Capes,

aos meus amigos de laboratório, à Coordenação e à Secretaria do Programa

de Pós-Graduação em Ecologia da UFRN, aos colegas da turma de 2009.1 de

Pós-Graduação em Ecologia, aos funcionários do IBAMA Luiz Eduardo Bonilha

e Frederico Moreira Osório e aos demais participantes da elaboração desta

(6)

Lista de Tabelas ... ...vii

Lista de Figuras ... ... viii

Resumo ... ...x

Abstract ... ... xi

1. Introdução ... 1

2. Objetivos ... 7

2.1 Objetivo Geral ... 7

2.2 Objetivos Específicos ... 7

3. Materiais e Métodos ... 8

3.1 Área de Estudo ... 8

3.2 Procedimentos de Amostragem ... 10

3.3 Análise dos Dados ... 14

4. Resultados ... 15

4.1 Composição Bentônica e Riqueza de Espécies ... 15

4.2 Cobertura Percentual do Substrato ... 17

4.3 Índice de Diversidade de Shannon-Wiener ... 21

4.4 Curvas de Dominância Acumulada ... 22

4.5 Análise de Agrupamento Hierárquico em modo Q e Escalonamento Multidimensional ... 24

(7)
(8)

Tabela 1. Localização geográfica das estações de coleta, profundidade

aproximada e hidrodinamismo no momento da amostragem ... 11

Tabela 2. Cobertura percentual dos atributos biológicos

nas estações de coleta ... 21

Tabela 3. Porcentagem de dissimilaridade entre pares de zonas e contribuição

(9)

Figura 1. Localização da área de estudo ... 9

Figura 2. Localização das estações de coleta sobre a franja recifal de Pirangi,

Rio Grande do Norte ... 11

Figura 3. Fotoquadrado com câmera acoplada utilizado na amostragem ... 13

Figura 4. Riqueza total de espécies de corais, algas e moluscos encontradas

em toda a área estudada ... 15

Figura 5. Riqueza de espécies de macroalgas, corais e moluscos nas estações

de coleta ... 16

Figura 6. Cobertura percentual bentônica das categorias gerais analisadas em

toda a área estudada ... 18

Figura 7. Cobertura percentual bentônica das categorias gerais analisadas nas

estações de coleta ... 20

Figura 8. Valores do Índice de diversidade de Shannon-Wiener obtidos nas

estações de coleta ... 22

Figura 9. Curvas de dominância acumulada obtidas nas estações de

coleta ... 23

Figura 10. Análise de agrupamento baseada na composição biológica das

estações de coleta ... 26

Figura 11. Mapa de percepção gerado por escalonamento

multidimensional ... 26

(10)

Figura 16. Fotoquadrado obtido na estação E5 ... 30

Figura 17. Fotoquadrado obtido na estação E6 ... 30

Figura 18. Fotoquadrado obtido na estação E7 ... 31

Figura 19. Fotoquadrado obtido na estação E8 ... 31

(11)

A área recifal da praia de Pirangi tem sofrido ações antrópicas, principalmente

aquelas relacionadas à exploração turística. Para avaliar esses efeitos,

amostragens de macroalgas foram realizadas em nove estações, distribuídas

em áreas distintas (presença e ausência de turistas), ao longo da franja recifal.

A comunidade macrobentônica (algas/corais) foi identificada com uso do

método do fotoquadrado, ao longo de transectos de 50 metros, distribuídos

aleatoriamente e paralelos à linha de costa. As seguintes categorias gerais

foram examinadas em cada transecto: rocha, areia, algas, corais e moluscos.

Os dados obtidos no campo foram analisados através do software Coral Point

Count with Excel extensions. Um total de 30 espécies de macroalgas e 5 espécies de corais e uma de molusco foi identificado. Nos locais onde a

atividade turística era mais intensa, foi observada uma dominância de algas de

pequeno porte, enquanto que nos locais sem interferência humana ocorria a

predominância de algas foliosas.As macroalgas com maior cobertura

percentual foram Sargassum vulgare (59%), Caulerpa racemosa (47%)

e Dictyopteris delicatula (33%), em diferentes estações de coleta. A análise de agrupamento dos organismos bentônicos indicadores revelou um padrão na

distribuição espacial com cinco faixas: (1) área totalmente submersa

caracterizada por apresentar uma flora bastante diversificada; (2) área com

predomínio de Caulerpa racemosa e presença de coral de fogo (Millepora

alcicornis), (3) área com elevada cobertura de Sargassum vulgare, (4) área de

pisoteio caracterizada por espaços vazios, algas de pequeno porte e Zoanthus

sociatus e (5) área caracterizada pela presença marcante do coral Palythoa caribaeroum. De acordo com os dados obtidos, nós pudemos inferir que a área estudada vem sofrendo alterações resultantes da atividade turística e que as

diferenças observadas na comunidade algal podem ser um indicador

importante da saúde da área recifal de Pirangi.

(12)

The reef area of Pirangi beach has been experiencing antropogenic actions,

mainly due to tourism activity. In order to evaluate these effects, surveys on

seaweeds were conducted at nine stations located over the fringing reef.

Benthic community (seaweeds/corals) were identified using the photoquadrat

method, with 50 meters random transects located paralleled to the coast. The

general categories evaluated in each transect were: rock, sand, seaweeds,

corals and mollusks. Data achieved were processed at Coral Point Count with

Excel Extensions software. A total of 30 seaweed species, 5 coral species and 1 mollusk species were identified. There was a high dominance of short algae

at stations with high tourism pressure, whereas frondose algae usually occurred

at places without human interference. Seaweeds with the highest percent cover

were composed by Sargassum vulgare (59%), Caulerpa racemosa (47%) and

Dictyopteris delicatula (33%). Cluster analyses considering benthic organisms revealed five benthic features: (1) submersed area characterized by a

diversified marine flora; (2) area with dominance of Caulerpa racemosa and

presence of Millepora alcicornis; (3) area with high cover of Sargassum vulgare;

(4) trampling area characterized by bare rocks, short algae and Zoanthus

sociatus and (5) area with high coverage of Palythoa caribaeroum. Obtained data suggest that the studied area has been damaged by tourism activities.

Furthermore, observed differences in algal communities may be a good

indicator of ecosystem health of Pirangi reefs.

(13)

1. Introdução

Os ambientes recifais consistem em mosaicos de microhabitats que

promovem uma paisagem bastante heterogênea e, portanto, abrigam uma

grande variedade de organismos (Murray et al., 2006). Os recifes funcionam

como locais favoráveis à reprodução, à alimentação e ao refúgio de diversas

espécies de invertebrados e vertebrados, o que contribui para que a

biodiversidade existente nesses ambientes seja a maior entre todos os

ecossistemas da Terra (Moberg & Folke, 1999; Adey, 2000). Entre os bens e

serviços proporcionados por esses ecossistemas, tem-se produção pesqueira,

extração de compostos de aplicação farmacêutica de organismos como

esponjas e macroalgas, proteção contra a erosão costeira, além do valor

estético e turístico (Moberg & Folke, 1999; Adey, 2000).

Entre os organismos que habitam os recifes, as macroalgas são

consideradas os principais elementos estruturais e, por isso, constituem

elementos-chave no monitoramento das águas costeiras (Puente & Juanes,

2008). As algas calcárias depositam carbonato de cálcio, o qual compõe a

estrutura recifal, e dessa forma promovem a heterogeneidade e a

complexidade espacial (Littler et al., 2006). As assembléias de algas são

caracterizadas pela dominância de poucas espécies, geralmente de fácil

identificação in situ, e pela presença de vários outros táxons, de identificação

(14)

na sua biomassa e composição podem afetar outros componentes do sistema

(Mörk et al., 2009). Por isso, investigações sobre esses organismos têm grande

importância no desenvolvimento de planos de conservação, restauração e

manejo dos recifes (Smith et al., 2006).

Apesar da importância ecológica, econômica e social, as formações

recifais de todo o mundo vêm sofrendo diversas perturbações de origem

antrópica, entre as quais é possível citar sobrepesca, eutrofização e alta

pressão de exploração turística, que podem causar alterações na composição

de espécies e grandes perdas econômicas (Smith et al., 2006). A retirada de

herbívoros pela pesca tem influência sobre a abundância de macroalgas, as

quais podem ter um aumento excessivo de biomassa (Mörk et al., 2009). O

incremento de biomassa de algas geralmente resulta em elevação da

densidade de ouriços-do-mar, os quais são responsáveis pela bioerosão dos

recifes (Lapointe & Thacker, 2002). O enriquecimento de recifes com

nutrientes, por sua vez, tem muitos efeitos diretos e indiretos, que podem

resultar em estados alternativos estáveis dominados por macroalgas

cartilaginosas (Bellwood et al., 2004). O aumento nas concentrações de

nitrogênio e fósforo causa uma diminuição da riqueza de espécies de

macroalgas, e, portanto, da biodiversidade (McClanahan et al., 2007).

Nos últimos anos, as atividades recreativas em ambientes marinhos têm

aumentado em todo o mundo (Werfhrost & Pearse, 2007). A visitação humana

(15)

marinhos, pois inclui a coleta de animais, a modificação de habitat através da

movimentação de pedras, a ancoragem de embarcações, o pisoteio e o contato

entre nadadeiras de mergulhadores e organismos (Addessi, 1994). Essas

atividades podem ocasionar elevada mortalidade dos seres aquáticos, sendo

os invertebrados e as algas os mais vulneráveis (Milazzo et al., 2002). O

pisoteio, por sua vez, é um fenômeno importante em muitas regiões costeiras,

gerando efeitos de diminuição de densidade e número de espécies (Schiel &

Taylor, 1999; Milazzo et al., 2004).

No Brasil, os recifes se distribuem por aproximadamente 3 mil km de

costa, do Maranhão (cerca de 0°53’ S, 44°16’ W) ao Sul da Bahia (18°01’ S,

39°17’ W), incluindo as ilhas oceânicas do Atol das Rocas e Fernando de

Noronha, representando as únicas formações recifais do Atlântico Sul

(Ministério do Meio Ambiente, 2009). No Rio Grande do Norte, observa-se a

presença de recifes no trecho de plataforma continental entre os municípios de

Macau e Touros, com as estruturas denominadas Baixos de Maracajaú, Rio do

Fogo, Cação, Sioba, Urcas do Tubarão, Minhoto, Conceição e Risca do Zumbi

(Santos et al., 2007), e no município de Parnamirim, na praia de Pirangi

(Araújo, 2004). Nos recifes brasileiros, a competição entre corais e macroalgas

é pouco intensa, e, portanto, as algas se constituem nos organismos mais

comuns (Castro & Pires, 1999). No entanto, a distribuição e a abundância de

algas bentônicas na maioria dos recifes do Brasil são pouco conhecidas, pois

(16)

Os recifes brasileiros também têm sofrido distúrbios, principalmente os

próximos a cidades e de fácil acesso, em virtude do desenvolvimento da zona

costeira, turismo, pesca predatória, instalação de projetos industriais e

exploração de recursos marinhos (Leão, 1996; Castro & Pires, 2001). O

crescimento populacional observado nas cidades do litoral está associado à

poluição causada por lançamento de esgotos urbanos e industriais e efluentes

de atividades agropecuárias. Nos recifes nordestinos, há registros de que já no

século XVII era praticada a extração de corais e blocos de arenitos para

utilização em construções. Durante muitos anos, houve também a exploração

de organismos coralíneos para produção de cal, atividade encerrada na década

de 1970. A pesca artesanal ou industrial realizada nos recifes tem empregado

técnicas explosivas de alto poder destrutivo e de remoção do substrato, que

contribuem para o declínio da produção pesqueira desses ecossistemas. A

exploração turística, por sua vez, bastante praticada na costa nordestina, inclui

o pisoteio, ancoragem inadequada e vazamento de combustíveis de

embarcações, lançamento de lixo e danos causados por mergulhadores e seus

equipamentos (Ferreira & Maida, 2006).

O aumento de alterações ambientais causadas por atividades humanas

tem evidenciado a necessidade de metodologias que descrevam de forma

rápida as comunidades biológicas, e que sirvam de base para programas de

monitoramento e conservação (Pereira Filho et al., 2008). Entre as técnicas

utilizadas para avaliar as formações recifais, tem-se os procedimentos

(17)

biológica, biomassa e cobertura percentual, e também métodos visuais, que

são não-destrutivos, porém não permitem refinamento taxonômico e nem

quantificação de biomassa. Recentemente, algumas tecnologias mais

sofisticadas têm sido empregadas nos estudos em ambientes recifais, que

envolvem a obtenção de fotografias, filmagens, fotografias aéreas e imagens

de satélite (Alquezar & Boyd, 2007; Vroom et al., 2010).

Entre as tecnologias de amostragem utilizadas em recifes, o método

fotográfico é não-destrutivo, exige menor tempo de submersão e permite a

coleta de um grande número de elementos amostrais, o que proporciona uma

rápida amostragem em campo (Preskitt et al., 2004; Vroom & Timmers, 2009).

Os mesmos autores afirmam que o método permite a obtenção de registros

históricos permanentes e exige pouca experiência de identificação visual de

algas por parte do mergulhador. Por outro lado, o método impossibilita a

quantificação de diferentes estratos da comunidade. Além disso, a etapa

laboratorial que consiste na análise das imagens pode ser demorada

dependendo da qualidade das fotografias (Murray et al., 2006). Os métodos

baseados em fotoquadrados podem ser aplicados para quantificar a cobertura

ou a densidade de macroalgas e invertebrados em estudos de monitoramento,

impacto, baseline e experimentação em áreas rochosas, principalmente os que

exigem repetidas avaliações (Murray et al., 2006).

As áreas recifais são ecossistemas prioritários para programas de

(18)

das espécies na paisagem marinha é imprescindível para o manejo adequado

desses ambientes (Kuffner et al. 2010). Neste sentido, é necessária a

realização de avaliações rápidas de biodiversidade, incluindo as macroalgas

bentônicas, para identificar prioridades regionais e fornecer informações

básicas para programas de monitoramento de recifes, de forma a promover a

exploração sustentável e a conservação desses ecossistemas (Figueiredo et

(19)

2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Verificar os efeitos causados pela atividade turística praticada nos

recifes de Pirangi, Rio Grande do Norte, sobre a composição e abundância de

organismos bentônicos.

2.2 Objetivos Específicos

1. Caracterizar a estrutura da comunidade de macroalgas nos recifes da

praia de Pirangi, RN, através de método fotográfico;

2. Identificar possíveis evidências de impactos antropogênicos nos

recifes dessa praia, através da comparação entre áreas sujeitas a um

(20)

3. Materiais e Métodos

3.1 Área de Estudo

O litoral do Estado do Rio Grande do Norte apresenta diversos trechos

com presença de formações rochosas de arenitos (beachrocks) e arenitos

ferruginosos emersos, totalmente submersos ou parcialmente cobertos por

sedimentos, os quais contribuem para a dissipação da energia das ondas e,

portanto, constituem uma proteção à costa (Amaral, 2000). Este estudo foi

realizado na praia de Pirangi, na área inserida entre as coordenadas

9339409.44 e 9336449.51 N; e 266762.08 e 264863.90 L . A praia de Pirangi

está localizada no litoral oriental do Rio Grande do Norte, pertence ao

município de Parnamirim e está a aproximadamente 20 km da capital Natal

(Figura 1).

Os complexos recifais da praia de Pirangi são formações rochosas do

tipo ferricretes, que consistem em crostas ferruginosas associadas à Formação

Barreiras, às rochas praiais (arenitos e conglomerados) e aos corais

hermatípicos (Suguio, 2003). Essas rochas são constituídas por arenitos de

coloração acinzentada e amarelada, quartzo, feldspatos e bioclastos,

cimentados por calcita (Lucena, 2005).

Os recifes de arenito ocorrem ao longo da planície costeira de Pirangi,

paralelamente à linha de costa, sob a forma de faixas estreitas alinhadas na

direção norte-sul (Lucena, 2005; Nascimento, 2009). Já os recifes

(21)

realizado, distam aproximadamente 800 m da costa e também possuem forma

alongada e estreita, constituindo, portanto, um recife de franja.

(22)

Os recifes de Pirangi formam piscinas naturais durante as marés de

sizígia, as quais recebem intensa visitação turística há mais de 20 anos,

atividade que não estava sujeita a qualquer tipo de regulamentação. Somente

em fevereiro de 2010, foi assinado um Termo de Compromisso de Ajustamento

de Conduta entre órgãos públicos federais e estaduais (IBAMA, IDEMA, MPF e

SPU), sociedades civis e empresas de passeio turístico, com a finalidade de

disciplinar as atividades turísticas e recreativas realizadas nos recifes de

Pirangi. Entre as principais determinações, o acordo limita a quantidade total

diária de visitantes e estabelece áreas destinadas ao pisoteio de turistas e

poitas fixas para ancoragem das embarcações. O documento prevê ainda a

criação de uma unidade de conservação na área até o ano de 2012. As regras

estabelecidas pelo Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta

começaram a ser aplicadas no mesmo período em que foram realizadas as

amostragens deste estudo, o que significa que os resultados obtidos se

referem ao período em que a área não estava sob qualquer tipo de proteção

ambiental.

3.2 Procedimentos de Amostragem

As amostragens foram realizadas no mês de fevereiro de 2010, durante

marés baixas. Para o estudo, foram selecionadas nove estações de coleta,

dispostas sobre a franja recifal, a qual ocupa uma área de aproximadamente 1

km2, de maneira a representarem toda a extensão do parracho. As estações

(23)

Figura 2. Localização das estações de coleta sobre a franja recifal de Pirangi, Rio Grande do

Norte.

Tabela 1. Localização geográfica das estações de coleta, profundidade aproximada e

hidrodinamismo no momento da amostragem.

Estações Profundidade

de coleta aproximada (m)

E1 9339409.44 N 264863.89 L 1 Abrigada E2 9339619.25 N 265725.14 L 1 Abrigada E3 9339209.87 N 266180.81 L 1 Semi-exposta E4 9338576.58 N 266421.36 L 2 Abrigada E5 9338505.23 N 266567.46 L 0 -E6 9338459.34 N 266619.32 L 0 -E7 9338295.80 N 266762.08 L 1,4 Exposta E8 9338203.32 N 266683.06 L 1,5 Semi-exposta

Hidrodinamismo Localização geográfica

(24)

As estações avaliadas estão distribuídas ao longo da franja recifal em

áreas distintas em relação a presença e ausência de turistas. As estações E1,

E2 e E3 estão distantes da área mais atingida pelo pisoteio, enquanto que a

estação E4 está próxima da região de visitação. As estações E5 e E6

correspondem à área constantemente pisoteada por turistas. Destaca-se que a

estação E6 está adjacente ao local de concentração das embarcações que

transportam os visitantes, e por isso recebe uma visitação mais intensa do que

E5. A estação E7 está localizada na face exposta ao batimento de ondas e

próxima à área de visitação. As estações E8 e E9 estão localizadas ao sul da

área de concentração de turistas.

O método fotográfico foi proposto por Preskitt et al. (2004) diante da

necessidade de métodos que proporcionem etapas de campo rápidas. O

método é direcionado para avaliações quantitativas de cobertura de

macroalgas em ambientes recifais através da obtenção de fotografias do

substrato.

Neste estudo, a comunidade macrobentônica foi identificada através do

método do fotoquadrado (Preskitt et al., 2004), ao longo de transectos de 50 m

de comprimento, distribuídos paralelamente à linha de costa. Foi obtida uma

fotografia digital do substrato a cada 2 m. As imagens foram realizadas com

uso de câmera digital, acondicionada em caixa-estanque e acoplada a uma

estrutura (fotoquadrado) que proporcionava uma altura fixa de 40 cm e

fotografias com dimensões 33x24 cm (Figura 3).

As imagens receberam tratamento no programa computacional Coral

(25)

70 pontos distribuídos sobre cada imagem de forma aleatória estratificada, de

modo a evitar a agregação aleatória dos pontos e permitir que todas as

porções da fotografia fossem avaliadas. Cada ponto foi identificado quanto à

categoria correspondente. As categorias gerais avaliadas foram corais,

moluscos, calcárias articuladas, calcárias crostosas, algas verdes, algas

vermelhas, algas pardas e areia/cascalho/rocha. Cada categoria geral era

composta por diversas sub-categorias, que consistiam nas espécies de corais e

algas, identificadas ao menor nível taxonômico possível. Com isso, foram

calculados índices de riqueza, cobertura percentual do substrato e diversidade

de Shannon-Wiener.

Figura 3. Fotoquadrado com câmera acoplada utilizado na amostragem.

Na área de estudo, a salinidade apresentou valor médio de 34,5 ± 0,8

ups e a temperatura de 31,0 ± 0,0 ºC, mensuradas no momento da coleta, com

uso de refratômetro e termômetro, respectivamente. Os nutrientes foram

(26)

(1972), e apresentaram valores médios de 0,2 ± 0,0 μmolL-1, 0,1 ± 0,0 μmolL-1,

0,9 ± 0,2 μmolL-1 e 0,2 ± 0,5 μmolL-1, para ortofosfato, nitrito, nitrato e amônio

respectivamente.

3.3 Análise dos Dados

As diferenças entre os índices de riqueza nas diversas estações de

coleta, utilizando os quadrados como réplicas, foram investigadas através de

Análise de Variância do tipo one way, com utilização do teste a posteriori de

Tukey. As análises univariadas foram conduzidas conforme Zar (2009), sendo

utilizado o software Sigma Stat 3.0. O índice de diversidade de

Shannon-Wiener e as curvas de dominância acumulada foram obtidos no software

Primer versão 5. Os métodos multivariados utilizados foram a análise de agrupamento hierárquico em modo Q (utilizando as estações de coleta como

grupos), a técnica de escalonamento multidimensional e a análise de SIMPER

(Similarity Percentages), baseados em matrizes de similaridade e

(27)

4. Resultados

4.1 Composição Bentônica e Riqueza de Espécies

Em toda a área estudada, foram encontrados 36 atributos biológicos

bentônicos, sendo 30 espécies de macroalgas, 5 de corais e 1 de molusco

(Figura 4). Entre as macroalgas, a categoria geral com maior riqueza foi “algas

vermelhas”, com 15 espécies. Em seguida, tem-se “algas pardas”, com 10

espécies, e “algas verdes” com 5 espécies. Na categoria “algas vermelhas”

estão incluídas as algas calcárias crostosas e articuladas. Em “corais”, foram

registradas três espécies de zoantídeos (Protopalythoa variabilis, Palythoa

caribaerum e Zoanthus sociatus), uma espécie de coral escleractíneo

(Siderastrea stellata) e uma espécie de hidrocoral (Millepora alcicornis).

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Corais Algas verdes Algas vermelhas Algas pardas Moluscos

Categorias gerais Riqueza

de espécies

Figura 4. Riqueza total de espécies de corais, algas e moluscos encontradas em toda a área

(28)

O índice de riqueza de espécies diferiu significativamente entre as

estações estudadas (ANOVA one way, P ≤ 0,001). As estações mais distantes

da área de pisoteio, E1 e E2, apresentaram os maiores valores riqueza, com 22

e 17 espécies, respectivamente. A estação E8 apresentou o valor de 14

espécies, enquanto que E3 e E4 exibiram o mesmo valor de riqueza, com 12

espécies cada. Em seguida, têm-se as estações E5, com 11 espécies, e E9

com 10 espécies. Os menores valores registrados foram 6 espécies na estação

E6, a qual corresponde à área mais atingida por visitação humana, e 5

espécies em E7, local mais exposto ao batimento de ondas (Figura 5).

0 5 10 15 20 25

E 1 E 2 E 3 E 4 E 5 E 6 E 7 E 8 E 9 Estações

Riqueza de espécies

Macroalgas Corais Moluscos Total

Figura 5. Riqueza de espécies de macroalgas, corais e moluscos nas estações de coleta.

Algumas espécies de macroalgas foram registradas apenas em uma

estação. Dictyota cervicornis ocorreu exclusivamente na estação E1, enquanto

que Gracilaria cervicornis foi observada apenas na estação E4. A estação E5

(29)

Gelidium sp” e Gelidium torulosum ocorreram apenas nas Estações E7 e E8,

respectivamente, enquanto Colpomenia sinuosa e Padina gymnospora

estiveram presentes somente na estação E9. Não foi registrada nenhuma

espécie de macroalga comum a todos os locais de coleta. Quanto aos corais,

também não foram observadas espécies comuns a todas as estações e nem

táxons exclusivos de um local de amostragem. A única espécie de molusco

encontrada ocorreu apenas nas Estações E5 e E6.

4.2 Cobertura Percentual do Substrato

Em toda a área estudada, as categorias gerais com maiores valores

percentuais de cobertura foram “algas pardas”, com 44,17%, e “areia, cascalho,

rocha”, com 14,90%. Em seguida, as categorias “algas vermelhas”, “corais” e

“algas verdes” mostraram os valores de 14,31%, 13,07% e 8,00%,

respectivamente. Os menores índices de cobertura percentual foram

registrados nas categorias “calcárias crostosas”, “calcárias articuladas” e

“moluscos”, com os respectivos valores de 4,76%, 0,77% e 0,02% (Figura 6).

Considerando as amostragens por estações, a categoria “algas pardas”

exibiu o valor máximo de 84,86% na estação E4. Para essa categoria, valores

semelhantes de 78,29% e 78,97% foram registrados nas estações E1 e E2,

respectivamente. As algas pardas foram representadas principalmente por

Sargassum vulgare e Dictyopteris delicatula, que chegaram aos percentuais de

(30)

exibiram coberturas percentuais inferiores a 10% em todas as estações

estudadas. Destaca-se que não foram observadas macroalgas pardas nas

estações E5, E6 e E7 (Figura 7).

13,07

0,77

8,00

14,31 44,17

14,90

4,76

Corais Calcárias articuladas Calcárias crostosas Animais

Algas verdes Algas vermelhas Algas pardas Areia, cascalho, rocha

Figura 6. Cobertura percentual bentônica das categorias gerais analisadas em toda a área

estudada.

A categoria “areia/cascalho/rocha” foi predominante na estação E6, com

o valor de 61,28%. Esse dado indica uma elevada porcentagem de espaços

vazios e, consequentemente, baixa cobertura biológica em E6, a qual é a mais

atingida por pisoteio de turistas. Em seguida, essa categoria apresentou o valor

de 30,06% em E5. A estação E5 também recebe visitação humana, porém em

(31)

As algas vermelhas, por sua vez, apresentaram cobertura de 48,57% na

estação E7, representadas exclusivamente por Gelidium sp. na referida

estação de coleta. Em seguida, a categoria exibiu índices de 26,86% em E5 e

16,17% em E8. Na estação E5, a rodófita Gelidiella acerosa foi a macroalga

predominante, com 21,83% de cobertura. Nas demais estações, esta categoria

apresentou valores inferiores a 15%, sendo os menores números encontrados

nas estações E9 (2,51%) e E3 (1,43%).

“Algas verdes” exibiu o alto índice de 50,57% na estação E3, dos quais

46,86% correspondiam a Caulerpa racemosa. Nas demais estações de coleta,

essa categoria apresentou apenas valores inferiores a 10%, sendo 0,06% (E4)

e 0,11% (E7) os menores valores registrados. Dictyosphaeria versluysii foi

única clorófita encontrada nas estações E5 e E6, com os baixos percentuais de

2,34% e 0,60%, respectivamente.

A categoria “calcárias crostosas” apresentou cobertura percentual

máxima de 18,86% na estação E3, seguida de 11,60% em E9. Nas demais

estações, todos os valores registrados para essa categoria foram menores que

5%, sendo que as estações E5 (1,14%) e E6 (0,30%) exibiram os menores

índices. Em relação a “calcárias articuladas”, o maior valor (6,51%) foi

observado em E5, ao passo que os baixos índices de 0,06% e 0,17%

(32)

Quanto aos corais, o valor máximo para essa categoria ocorreu na

estação E7, com 49,89%, sendo que 49,20% foram equivalentes ao zoantídeo

Palythoa caribaeroum. Em seguida, houve predominância do coral mole

Zoanthus sociatus nas estações E5 (32,97%) e E6 (24,51%). O coral

escleractíneo Siderastrea stellata foi registrado apenas em quatro estações

(E1, E3, E5 e E8), sempre com coberturas inferiores a 1%. Nas estações E2 e

E9, não foram observados representantes de corais.

A categoria “moluscos” foi encontrada apenas nas estações E5 e E6,

nas quais exibiu os baixos índices 0,11% e 0,08%, respectivamente (Figura 7;

Tabela 2).

0% 20% 40% 60% 80% 100%

E 1 E 2 E 3 E 4 E 5 E 6 E 7 E 8 E 9

Estações de coleta Cobertura (%)

Corals Articulated coralline Crustose coralline

Animals Green algae Red algae

Brown algae Sand/gravel/rock

Figura 7. Cobertura percentual bentônica das categorias gerais analisadas nas estações de

(33)

Tabela 2. Cobertura percentual dos atributos biológicos nas estações de coleta.

E 1 E 2 E 3 E 4 E 5 E 6 E 7 E 8 E 9

Articuladas vermelhas 0,06 0,00 0,00 0,00 6,51 0,23 0,00 0,00 0,17

Crostosas vermelhas 1,43 3,49 18,86 2,29 1,14 0,30 1,31 2,40 11,60

Caulerpa mexicana 0,69 0,17 3,71 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06

Caulerpa prolifera 0,00 0,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,54

Caulerpa racemosa 7,49 5,09 46,86 0,06 0,00 0,00 0,11 0,00 0,51

Codium isthmocladum 1,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11

Dictyosphaeria versluysii 0,00 0,00 0,00 0,00 2,34 0,60 0,00 0,34 0,00

Acantophora spicifera 0,00 0,00 0,00 0,00 1,49 0,00 0,00 0,00 0,00

Botryocladia occidentalis 0,17 0,17 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Bryothamium seafortii 0,29 2,74 0,00 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,23

Bryothamium triquetrum 2,06 5,71 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Laurencia sp. 0,86 0,11 0,00 0,00 3,26 0,00 0,00 0,00 0,11

Gelidiella acerosa 1,09 1,03 0,11 0,46 21,83 5,34 0,00 0,63 0,23

Gelidium americanum 2,97 0,06 0,00 0,00 0,00 7,67 0,00 3,09 0,51

Gelidium coarctatum 0,06 0,00 0,00 0,34 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00

Gelidium torulosum 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,34 0,00

Gracilaria cervicornis 0,00 0,00 0,00 1,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Hypnea spinella 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00

Ochtodes secundirama 0,00 0,00 1,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,83

Gelidium sp. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 48,57 0,00 0,00

Colpomenia sinuosa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06

Dictyopteris delicatula 20,57 15,09 24,80 22,46 0,00 0,00 0,00 33,43 18,40

Dictyota cervicornis 0,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Dictyota menstrualis 2,17 1,77 0,00 1,20 0,00 0,00 0,00 0,11 7,14

Dictyota mertensii 6,17 5,66 0,23 0,11 0,00 0,00 0,00 2,51 2,74

Dictyota pulchella 0,23 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,06

Lobophora variegata 0,74 2,23 0,00 2,57 0,00 0,00 0,00 0,00 8,29

Padina gymnospora 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,80

Sargassum vulgare 47,49 50,11 1,54 58,51 0,00 0,00 0,00 16,91 37,20

Spatoglossum schroederi 0,46 4,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,14

Millepora alcicornis 0,00 0,00 0,00 1,09 0,06 0,00 0,00 0,00 0,00

Palythoa caribaeroum 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 49,20 1,71 0,00

Protopalythoa variabilis 0,29 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,00 1,43 0,00

Siderastrea stellata 0,06 0,00 0,97 0,00 0,23 0,00 0,00 0,86 0,00

Zoanthus sociatus 0,00 0,00 0,17 0,00 32,57 24,51 0,51 3,31 0,00

Cerithium sp 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,08 0,00 0,00 0,00

Categorias Estações de Coleta

4.3 Índice de Diversidade de Shannon-Wiener

O índice de diversidade de Shannon-Wiener apresentou valor máximo

de 1,834 na estação E9, a qual estava afastada da principal área de

concentração de visitantes. Em seguida, as estações E1, E2 e E8

apresentaram valores semelhantes de 1,740, 1,749 e 1,754, respectivamente.

As estações E1, E2 e E8 estão localizadas em áreas permanentemente

submersas e distantes da região de maior pisoteio. Na estação E3, na qual

(34)

ocorreu o predomínio de Sargassum vulgare e o valor de diversidade foi 1,071. Entre as estações que sofrem emersão com o movimento das marés, E5

apresentou o valor de diversidade de 1,404, enquanto que em E6, localidade

mais pisoteada, o índice foi de 1,016. O menor valor de Shannon-Wiener

encontrado neste estudo ocorreu na estação E7 (0,802), na qual o substrato

estava coberto quase exclusivamente por duas espécies, Gelidium sp. e

Palythoa caribaerum (Figura 8).

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 1,200 1,400 1,600 1,800 2,000

E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9

Estações de coleta Índice de

diversidade de Shannon-Wiener

Figura 8. Valores do índice de diversidade de Shannon-Wiener obtidos nas estações de coleta.

4.4 Curvas de Dominância Acumulada

As curvas de dominância acumulada correspondentes às estações E1,

E2, E8 e E9 possuem inclinação suave, e, portanto, refletem áreas com maior

número de espécies e presença de espécies de baixa abundância. Já as

demais curvas, referentes às estações E3, E4, E5, E6 e E7 apresentam

curvatura aguda, o que pode ser atribuído ao baixo número de espécies e à

(35)

Dom

inância Acum

ulada (%

)

Número de espécies 0 20 40 60 80 100

1 10 100

(a)

Dom

inância Acum

ulada (%

)

Número de espécies 0 20 40 60 80 100

1 10 100

(b)

Dom

inância Acum

ulada (%

)

Número de espécies 0 20 40 60 80 100

1 10 100

(c)

Dom

inância Acum

ulada (%

)

Número de espécies 0 20 40 60 80 100

1 10 100

(d)

Dom

inância Acum

ulada (%

)

Número de espécies 0 20 40 60 80 100

1 10 100

(e)

Dom

inância Acum

ulada (%

)

Número de espécies 0 20 40 60 80 100 1 10 (f) Dom inância Acum ulada (% )

Número de espécies 0 20 40 60 80 100 1 10 (g) Dom inância Acum ulada (% )

Número de espécies 0 20 40 60 80 100

1 10 100

(h)

Dom

inância Acum

ulada (%

)

Número de espécies 0 20 40 60 80 100

1 10 100

(i)

Figura 9. Curvas de dominância acumulada obtidas nas estações de coleta. (a) E1, (b) E2, (c)

(36)

4.5 Análise de Agrupamento Hierárquico em modo Q e

Escalonamento

Multidimensional

A análise de agrupamento hierárquico em modo Q foi realizada a partir

uma matriz com dados de composição bentônica e cobertura percentual em

cada estação, e as estações foram utilizadas como grupos. A matriz de

similaridade foi gerada com uso do índice de similaridade de Bray-Curtis (sem

transformação de dados), e foi utilizado o modo de ligação completa. A análise

resultou no agrupamento das estações em cinco grandes grupos (ao nível de

similaridade de 50%), que podem ser considerados zonas dos recifes de

Pirangi com composições bentônicas distintas, a saber:

- Zona 1 (Z1): inclui as estações E1, E2, E4 e E9, submersas mesmo

durante marés baixas, caracterizadas por algas frondosas, com alta riqueza de

espécies. Essa zona apresenta altos percentuais de cobertura de Sargassum

vulgare;

- Zona 2 (Z2): corresponde à estação E3, também submersa, com alta

cobertura percentual de Caulerpa racemosa, seguida de Dictyopteris delicatula;

- Zona 3 (Z3): compreende a estação E8, que foi o único local de

amostragem que apresentou Gelidium torulosum, em porcentagem

considerável;

(37)

de marés. Apresenta espaços vazios, algas de pequeno porte, baixa riqueza e

alta cobertura de Zoanthus sociatus;

- Zona 5 (Z5): compreende a estação E7, localizada na face exposta ao

batimento de ondas, com baixa riqueza e alta cobertura de algas Gelidium sp. e

do coral Palythoa caribaeroum.

Esse padrão de zonação foi evidenciado pela análise de agrupamento

hierárquico (Figura 10) e confirmado pela visualização do mapa de percepção

gerado pela técnica de escalonamento multidimensional (MDS) (Figura 11). O

mapa resultante da análise MDS apresenta baixo valor de Stress (0,01), o que

significa que a representação obtida é condizente com os dados utilizados.

Quanto maior o afastamento espacial entre as estações, mais divergentes elas

são quanto à composição bentônica e aos percentuais de cobertura. O modelo

obtido mostra as estações E1, E2, E4 e E9 sobrepostas, o que é resultado da

grande semelhança bentônica, enquanto que E3 e E8 estão levemente

deslocadas, padrão que concorda com o resultado da análise de agrupamento.

As estações E5 e E6 estão afastadas do primeiro grupo e próximas uma da

outra, enquanto que E7 está em posicionamento bastante deslocado das

outras estações, o que é reflexo de suas características bentônicas bastante

(38)

E 7 E 3 E 8 E 9 E 4 E 1 E 2 E 5 E 6

0 20 40 60 80 100

Índice de Similaridade de Bray-Curtis

Figura 10. Análise de agrupamento baseada na composição biológica das estações de coleta.

E 1E 2 E 3

E 4

E 5 E 6

E 7

E 8E 9

Stress: 0,01

(39)

4.6 Análise de SIMPER

A análise SIMPER (similarity percentages) avalia a contribuição de cada

espécie para a dissimilaridade entre grupos de amostras, e a contribuição para

a similaridade dentro de um grupo, através do índice de Bray-Curtis. Essa

análise foi realizada entre as zonas obtidas através da análise de agrupamento,

combinadas em pares, e revelou as espécies que mais contribuíram para as

diferenças de composição bentônica entre as zonas estudadas (Tabela 3).

Tabela 3. Porcentagem de dissimilaridade entre pares de zonas e contribuição percentual de

cada espécie para a dissimilaridade entre as zonas.

1x2 1x3 1x4 1x5 2x3 2x4 2x5 3x4 3x5 4x5

Dissimilaridade entre zonas (%) 67,95 32,49 95,02 97,88 71,97 98,6 98,23 98,38 98,56 98,44

Contribuição de espécies (%)

Caulerpa racemosa 33,76 34,29 31,38 23,96

Sargassum vulgare 27,71 35,67 27,17 19,95 41,75 41,48 31,13

Crostosas vermelhas 10,93 12,14 12,18

Dictyopteris delicatula 5,62 10,43 16,24 19,95 16,61 12,71 15,92 11,95

Dictyota mertensii 6,92

Gelidium torulosum 5,58

Caulerpa mexicana 2,72

Gelidiella acerosa 8,74 8,68 8,49

Gelidiales 25,91 24,89 25,84 32,35

Palythoa caribaeroum 26 25,21 26,18 32,77

Zoanthus sociatus 19,87 18,72 19,93 18,4

Zonas

As zonas mais distintas entre si foram Z2 (composta pela estação E3) e

Z4 (constituída pelas estações E5 e E6), com valor de dissimilaridade entre

zonas de 98,60%. Todas as comparações entre duplas de zonas que incluem

Z4 apresentam dissimilaridades superiores a 95%. Para as comparações com

a zona Z5, que corresponde à estação E7, os índices de dissimilaridade

ultrapassam 97%. A menor dissimilaridade, 32,49%, foi observada entre as

(40)

As espécies mais conspícuas apontadas pela análise de SIMPER foram

Sargassum vulgare e Dictyopteris delicatula. Sargassum vulgare contribuiu

para a dissimilaridade de sete pares de zonas, chegando a apresentar o valor

máximo de 41,75% entre as zonas Z2 (estação E3) e Z3 (E8), sendo pouco

representativa em Z2 (1,54%) e abundante em Z3 (16,91%). Dictyopteris

delicatula, por sua vez, contribuiu com 19,95% para a dissimilaridade entre Z1 e Z5, com percentuais de cobertura de até 22,46% na primeira zona e sendo

ausente na segunda. Caulerpa racemosa esteve presente nas comparações de

quatro pares de zonas, sempre com valores superiores a 20%.

Gelidium sp. e Palythoa caribaeroum contribuíram para a dissimilaridade em todas as comparações que envolviam Z5, única área em que as espécies

foram encontradas em elevadas porcentagens. O zoantídeo Zoanthus sociatus

também contribuiu para diferenciar Z4 das demais zonas, já que nas estações

E5 e E6 foram registrados os maiores percentuais de cobertura (32,57% e

24,51%, respectivamente) para a espécie.

4.7 Aspecto Visual do Substrato nas Estações de Coleta

Esta seção apresenta algumas imagens obtidas com uso do

fotoquadrado, para ilustrar o aspecto da cobertura bentônica e as diferenças

observadas nas estações de coleta nos recifes de Pirangi (Figuras 12 a 20). As

análises de composição bentônica e cobertura percentual foram realizadas a

(41)

Figura 12. Fotoquadrado obtido na estação E1.

Figura 13. Fotoquadrado obtido na estação E2.

(42)

Figura 15. Fotoquadrado obtido na estação E4.

Figura 16. Fotoquadrado obtido na estação E5.

(43)

Figura 18. Fotoquadrado obtido na estação E7.

Figura 19. Fotoquadrado obtido na estação E8.

(44)

5. Discussão

Os grupos de organismos bentônicos encontrados neste estudo foram

basicamente algas e corais, os quais são considerados os principais

componentes bentônicos em competição por espaço em ambientes recifais

(Haas et al., 2010). A cobertura de macroalgas observada em Pirangi é muito

superior à de corais, o que é uma característica bastante comum nos recifes

brasileiros (Medeiros et al., 2010). Além disso, a predominância de algas pode

estar relacionada à grande proximidade entre a área de estudo e a linha de

praia (aproximadamente 800 m), uma vez que recifes costeiros possuem

comunidades mais conspícuas de macroalgas em comparação a recifes

distantes da costa (Wismer et al., 2009).

As comunidades coralíneas brasileiras são caracterizadas por baixa

riqueza, porém elevado grau de endemismo (Nunes et al., 2008). As espécies

de corais encontradas (Zoanthus sociatus, Palythoa caribaeorum, Siderastrea

stellata, Protopalythoa variabilis e Millepora alcicornis) são típicas de ambientes recifais brasileiros (Gomes et al., 2001; Castro & Pires, 2001; Medeiros et al.,

2010). Neste estudo, houve predominância de cobertura de corais moles em

relação a corais duros. Este fato também foi observado em recifes de franja na

Austrália (Alquezar & Boyd, 2007).

Os diferentes habitats existentes em ambientes recifais podem ser

(45)

diferentes condições ambientais e, portanto, composições bentônicas

diferentes. A composição bentônica diferiu espacialmente nos parrachos de

Pirangi, o que permitiu identificar a existência de cinco zonas com distintas

coberturas biológicas: zona de algas folhosas; zona de Caulerpa racemosa;

zona de algas folhosas com Gelidium torulosum; zona de algas de pequeno

porte e Zoanthus sociatus; e finalmente, zona de Gelidium sp. e Palythoa

caribaeroum.

A abundância de algas pardas frondosas e demais grupos de algas

foliosas é bem comum em áreas rasas de recifes (McCook, 1997), o que

corrobora com a composição florística encontrada nas estações E1, E2, E4, E8

e E9 deste estudo, todas com profundidades máximas de 2,0 m durante marés

baixas. O predomínio de algas pardas também foi encontrado em outros

estudos em recifes na região Nordeste do Brasil (Figueiredo 2000; Costa Júnior

et al., 2002; Marins et al., 2008). Neste estudo, as algas pardas Sargassum e

Dictyopteris apresentaram os maiores valores de cobertura percentual e foram as algas que mais contribuíram para a diferenciação de composições

bentônicas encontradas nos recifes de Pirangi, conforme indicado pela análise

de SIMPER. Silva (2006) também encontrou elevada abundância de

Sargassum e Dictyopteris em áreas rasas dos recifes de Maracajaú (RN) que

não recebiam visitação turística, e que apresentaram comunidades mais

(46)

Considerando as estações caracterizadas por algas folhosas, apesar de

E8 estar sujeita a condições ambientais semelhantes às encontradas na zona

Z1 (composta pelas estações E1, E2, E4 e E9), a análise de agrupamento

indicou essa estação separada das demais, formando um grupo isolado,

chamado de zona Z3. Conforme apontado pela análise de SIMPER, esse fato é

resultado das divergências de cobertura percentual, principalmente para as

espécies Sargassum vulgare e Dictyopteris delicatula. Enquanto que em Z1 S.

vulgare alcançou percentuais de cobertura em torno de 50%, na estação E8 a

espécie apresentou cobertura de apenas 16,91%. D. delicatula foi

representativa em E8 (33,43%), mas apresentou percentual reduzido em Z1

(máximo de 22,46%).

Entre as estações incluídas na zona Z1, a estação E4 apresentou

reduzido índice de diversidade de Shannon-Wiener (1,071), o que é

decorrência da elevada cobertura de Sargassum vulgare (58,51%). A estação

E4 está localizada em uma região abrigada do recife e próxima à área de

concentração de turistas, e, portanto, sujeita à suspensão de sedimentos

causada pela ancoragem e movimentação de embarcações. A suspensão de

sedimentos pode causar o aumento da turbidez, fator que contribui para

elevadas densidades de Sargassum (DeVantier et al., 1998).

Em recifes com a face voltada para o mar, como é o caso da estação

E7, é uma região tipicamente dinâmica, com ondas intensas e alto grau de

(47)

encontrada nessa estação corrobora com resultados de dominância de algas

tufosas em faces voltadas para o mar em recifes no Hawaii (Vroom et al. 2005).

As regiões frequentemente expostas a dessecação durante maré baixa

(estações E5 e E6) apresentaram algas de pequeno porte com predomínio de

Gelidiella acerosa e alta cobertura de Zoanthus sociatus. Destaca-se que a zona composta por essas duas estações de coleta está frequentemente sujeita

ao pisoteio resultante de intensa atividade turística, principalmente E6. A

presença de algas de pequeno porte e a importância de Gelidiella acerosa são

características de áreas sujeitas a condições de emersão, o que já foi

constatado em recifes no nordeste brasileiro (Gomes et al. 2001; Ribeiro et al.,

2008). A presença marcante de algas de pequeno porte formadoras de tapetes

(turf algae) nas áreas onde ocorre intensa visitação turística (estações E5 e E6) é característica de ambientes sujeitos à freqüente perturbação e pode ser

considerado como um indicativo de degradação do recife (Bahartan et al.,

2010). Outro agravante é a grande extensão sem cobertura de organismos

vivos, o que evidencia o impacto da presença humana nessa área do recife.

Zoanthus sociatus é uma espécie bastante tolerante ao estresse

físico-químico, podendo suportar períodos prolongados de emersão, o que lhe

permite habitar substratos rochosos sujeitos a exposição atmosférica e a alta

radiação solar (Bastidas & Bone, 1996; Rabelo, 2007). Além disso, os

zoantídeos possuem uma grande capacidade regenerativa em resposta a

(48)

organismos em áreas constantemente sujeitas a perturbações, como, por

exemplo, o pisoteio de turistas.

Em ambientes rochosos sujeitos a perturbações, a grande influência

antropogênica causa danos diretos aos corais e às algas, e indiretos aos

demais organismos associados, especialmente os invertebrados e peixes

(Rodgers & Cox, 2003; Milazzo et al., 2004). O pisoteio, ao longo do tempo,

contribui com a diminuição da cobertura e do tamanho de algas folhosas e

tufosas, além de afetar as algas calcárias crostosas, as quais passam a ficar

expostas à radiação solar (Schiel & Taylor, 1999). O recrutamento de algumas

espécies de algas é afetado, pois a ausência de um dossel prejudica a fixação

de esporos, que ficam mais expostos ao sol e à maior temperatura (Brawley &

Johnson, 1991).

Uma avaliação ideal sobre impactos antrópicos em ambientes recifais

deve envolver aleatoriedade, replicação de tratamentos e várias áreas

não-impactadas (Rodgers & Cox, 2003). No entanto, isso nem sempre é possível, o

que faz com que alguns estudos adotem um gradiente de impacto (Rodgers &

Cox, 2003). Apesar de estarem próximas, E6 exibe situação mais grave do que

E5, pois está junto à área de concentração das embarcações de turismo. A

estação E5 também recebe pisoteio, porém o fluxo de turistas que circulam

nessa região é menor do que em E6. As diferenças de cobertura biológica

entre essas duas estações pode ser conseqüência da intensidade de pisoteio,

(49)

vazios aumenta em áreas sujeitas ao trânsito prolongado de pessoas (Schiel &

Taylor, 1999; Werfhorst & Pearse, 2007).

As curvas de dominância acumulada referentes às áreas mais distantes

da área de concentração de turistas (E1, E2, E8 e E9) apresentam

características de ambientes saudáveis, isto é, riqueza elevada e presença de

várias espécies raras (espécies com baixa cobertura percentual). Essas curvas

têm formato semelhante ao encontrado por Costa Júnior et al. (2002) em áreas

associadas à elevada diversidade biológica. Nas estações E3 e E5 as curvas

têm aspecto intermediário, ou seja, a riqueza é menor que nas estações

anteriores, porém não tão reduzida quanto em E6 e E7. Na estação E7, a curva

apresenta pouquíssimos pontos, o que é resultado da baixa riqueza e

dominância quase absoluta de apenas duas espécies.

As curvas construídas para as estações E4 e E6, as quais estão,

respectivamente, permanentemente submersa e periodicamente emersa,

apresentam as características de curvas referentes a ambientes atingidos por

impactos, que são inclinação quase plana, baixa riqueza e dominância de uma

ou duas espécies (Sargassum vulgare e Zoanthus sociatus). Essas estações

exibem, através de suas composições e abundâcias biológicas, os efeitos

negativos da constante interferência humana nos recifes de Pirangi.

Os resultados obtidos neste estudo mostram que os principais

(50)

cobertura percentual de macroalgas é muito superior à de corais. As

macroalgas pardas são as mais conspícuas, e Sargassum vulgare e

Dictyopteris delicatula as espécies de maior importância para a composição bentônica da área estudada.

Os dados obtidos neste estudo demonstram que a exploração recreativa

conduzida na área de Pirangi tem causado alterações negativas na

composição e na abundância de macroalgas e corais, com diminuição da

cobertura biológica e aumento de espaços vazios, e redução da riqueza e da

diversidade em locais muito atingidos por pisoteio. Além da visitação turística,

outros fatores contribuem para diferenças espaciais nas coberturas bentônicas

da área avaliada, como condições de emersão e submersão por movimento de

marés e grau de exposição às ondas.

A inexistência de estudos pretéritos impossibilita comparações entre a

atual situação dos recifes e o estado anterior ao início das atividades turísticas.

Sendo assim, este estudo é um dos primeiros a investigar a composição

biológica dos recifes de Pirangi, e, portanto, contribui para o conhecimento da

diversidade local e aponta impactos ambientais já existentes na área. Além

disso, fornece informações para futuros estudos de monitoramente e possíveis

(51)

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Imagem

Figura 1. Localização da área de estudo.
Figura 2. Localização das estações de coleta sobre a franja recifal de Pirangi, Rio Grande do  Norte
Figura 3. Fotoquadrado com câmera acoplada utilizado na amostragem.
Figura 4. Riqueza total de espécies de corais, algas e moluscos encontradas em toda a área  estudada
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Referências

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