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Triatoma rubrovaria (Blanchard 1843): tábua de vida das ninfas, duração das formas e oviposição das fêmeas.

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Academic year: 2017

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Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 3 8 ( 3 ) :2 5 1 -2 5 4 , mai-jun, 2 0 0 5

ARTIGO/ARTICLE

Triatoma ru brovaria ( Blanchard 1 8 4 3 ) : tábua de vida das

ninfas, duração das formas e oviposição das fêmeas

Tria to m a rubro va ria

( Blanchard 1 8 4 3 ) : life table of nymphs,

duration of the forms and posture of the females

Vera Lúcia Cortiço Corrêa Rodrigues

1

, Antenor Nascimento Ferraz Filho

1

e Eduardo Olavo da Rocha e Silva

1

RESUMO

Os a u to re s a c o m p a n h a ra m a e vo lu ç ã o d e 1 5 0 o vo s d e Tr iato ma r ub r o var ia o q u e p e rm i ti u a c o n stru ç ã o d e u m a tá b u a d e so b re vi d a d a s n i n f a s. A f o rm a a la d a f o i a ti n gi d a p o r 9 4 ,6 4 % d o s e x e m p la re s, se n d o 7 9 d e le s m a c h o s e 6 5 f ê m e a s. O te m p o m é d i o d o s a la d o s m a c h o s f o i d e 1 1 5 d i a s e d a s f ê m e a s, 9 9 d i a s. Pa rte d e sse s e x e m p la re s f o rm a ra m 3 0 c a sa i s, m a n ti d o s i so la d o s, o q u e p o ssi b i li to u o le va n ta m e n to d a p o stu ra d e c a d a f ê m e a . Ou tro lo te , ta m b é m f o rm a d o p o r 3 0 m a c h o s e 3 0 f ê m e a s, f o i m a n ti d o e m u m ú n i c o c ri sta li za d o r d e vi d ro , o q u e p e rm i ti u c o n sta ta r su a m a i o r p o stu ra ( 7.832 o vo s) e m re la ç ã o a q u e la da s f ê m e a s a c a sa la da s po r ú n i c o m a c ho ( 5.167) . O b o m de se n vo lvi m e n to do s e xe m pla re s n o p ro c e sso d e e vo lu ç ã o e d e re p ro d u ç ã o d a e sp é c i e , n a s c o n d i ç õ e s d o e x p e ri m e n to , m o stro u a b o a c a p a c i d a d e d e m a n u te n ç ã o d a s c o lô n i a s d o Tr iato ma r ub r o var ia, e m c o n d i ç õ e s d e la b o ra tó ri o .

Pal avr as-chave s: Tri a to m i n a e . Tr iato ma r ub r o var ia. Do e n ç a d e Ch a ga s. Ci c lo e vo lu ti vo . Tá b u a d e vi d a

ABSTRACT

Th e a u th o rs f o llo we d th e d e ve lo p m e n t o f 1 5 0 e ggs o f Tr iato ma r ub r o var ia to e n a b le th e c o n stru c ti o n o f a li f e ta b le f o r th e n ym p h s. Th e wi n ge d f o rm wa s re a c h e d b y 9 4 .6 4 % o f th e i n d i vi d u a ls, o f wh i c h 7 9 we re m a le s a n d 6 5 f e m a le s. Th e m e a n li f e ti m e o f th e m a le s wa s 1 1 5 d a ys a n d 9 9 d a ys f o r th e f e m a le s. Pa rt o f th i s gro u p wa s d i vi d e d i n to 3 0 c o u p le s a n d k e p t se p a ra te d to f a c i li ta te th e c o u n t o f e gg la yi n g b y e a c h f e m a le . An o th e r lo t wa s a lso f o rm e d o f 3 0 m a le s a n d 3 0 f e m a le s b u t th e se we re h o u se d to ge th e r i n a gla ss c rysta lli ze r th a t a llo we d th e o b se rva ti o n o f a la rge r n u m b e r o f e ggs la i d ( 7 ,8 3 2 e ggs) i n re la ti o n shi p to tha t o f the f e m a le s wi th o n ly o n e m a le ( to ta l 5,167 e ggs) . The go o d de ve lo pm e n t o f the i n di vi du a ls a n d re p ro d u c ti o n o f th e sp e c i e s i n th e e x p e ri m e n ta l c o n d i ti o n s d e m o n stra te d th e c a p a c i ty to m a i n ta i n c o lo n i e s o f

Tr iato ma r ub r o var ia i n la b o ra to ry c o n d i ti o n s.

Ke y-words: Tri a to m i n a e . Tr iato ma r ub r o var ia. Li f e ta b le . Ch a ga s’ d i se a se .

1 . Supe r inte ndê nc ia de Co ntr o le de Ende mias ( SUCEN) , Mo gi Guaç u, SP

En de r e ço par a cor r e spon dê n ci a: Dr ª Ve r a Lúc ia Co r tiç o Co r r ê a Ro dr igue s. SUCEN. Rua Afo nso Pe ssini 8 6 , Caixa Po stal 1 9 2 , 1 3 8 4 0 - 9 7 0 Mo gi Guaç u, SP, B r asil. Te l: 5 5 1 9 3 8 6 1 - 1 2 3 3

e -mail: ve r ac o r r e a@ dglne t. c o m. b r Re c e b ido par a pub lic aç ão e m 3 0 /3 /2 0 0 4 Ac e ito e m 3 /3 /2 0 0 5

O Tria to m a rub ro va ria ( B lanc hard, 1 8 4 3 ) c uja área de

distribuiç ão abrange a Argentina, Uruguai e sul do Brasil8, tem

c omo habitat natural as rac haduras, burac os e espaç os vazios

e n tr e pe dr a s e xis te n te s n o c a m po . No Ur ugua i 8 4 % do s T. rub ro va ria c oletados são enc ontrados em pedras1 1. Exemplares da espéc ie podem ser c apturados também em dependênc ias peridomic iliares bastante pec uliares, tais c omo: c erc as, muros

o u par edes c o nstr uídas c o m pedr as so b r epo stas e, apenas

o c a s i o n a l m e n te , n o i n te r i o r de c a s a s l o c a l i za da s n a s

proximidades dos c riadouros1 2. Dados obtidos pela Fundaç ão

Nac ional de Saúde, no período de 1 9 7 5 a 1 9 9 7 , indic am um

a um e n to de in va s õ e s do m ic ilia r e s e pe r ido m ic ilia r e s do

T. rub ro va ria no Rio Grande do Sul. Entretanto, no período de 1 9 8 0 a 1 9 8 4 , a espéc ie foi mais freqüentemente enc ontrada no

intradomic ílio do que no peridomic ilio1. Mais rec entemente

R ua s Ne to c ol1 0 o b s e r va r a m a e x te n s a dis tr ib uiç ã o do T.

rubro va ria, no Rio Grande do Sul, ocorrendo em todas as regiões

c om roc has granític as ou arenític as. Segundo di Primio3, o T.

ru b ro va ri a se c r ia c o m c e r ta fac ilidade e m c o ndiç õ e s de

laboratório. Perlowagora-Szumlewic z & Müller9, em trabalho

r e alizado c o m a c e pa Y do T. c ru z i, c o nc luír am q ue o s

(2)

2 5 2

Ro dr igues VLCC e t al

utiliza ç ã o n o s xe n o dia gn ó s tic o s , le va n do - s e e m c o n ta a

proporç ão das ninfas que se infec tam e as c argas parasitárias

observadas. Algumas espéc ies de triatomíneos, têm um c urto

pe r ío do e m se u c ic lo e vo lutivo2. Fr anc a- Ro dr igue s c o ls4,

tr a b a l h a n do e m c o n di ç õ e s de te m p e r a tu r a e u m i da de

c ontroladas, obtiveram c ic los de duraç ão ovo-alado, situados

entre 3 1 0 e 1 .0 5 3 dias. Entre nós, Silva1 3 obteve c ic los que

variaram entre 1 8 5 ,4 9 e 1 1 0 ,1 7 dias, para os exemplares machos

1 9 6 ,8 4 e 1 1 6 ,4 2 para as fêmeas, c riados em temperaturas de,

respec tivamente, 2 5 ºC e 3 0 ºC e umidade relativa de 7 5 % .

Em nosso meio, as dific uldades c resc entes na obtenç ão de

boas c olônias do T. in fe sta n s, nec essárias à efetivaç ão dos

xenodiagnóstic os de rotina, seria motivo de inc entivo à proc ura

de no vas alte r nativas. No c aso pr e se nte , b usc o u-se maio r

esc larec imento a respeito da oviposiç ão das fêmeas e do tempo

de vida das formas aladas do T. rub ro va ria, para uma melhor

avaliaç ão sobre suas possibilidades de sobrevida no insetário.

Deve ser ressaltado ainda, o interesse desse tipo de observaç ão

na área do c ic lo evolutivo e da biologia do triatomíneo.

MATERIAL E MÉTODOS

Os auto r e s ac o mpanhar am a e vo luç ão de 1 5 0 o vo s do

T. rub ro va ria, ovipostos no dec orrer de 1 5 dias, por fêmeas oriundas do Insetário da SUCEN loc alizado em Mogi Guaç u,

estado de São Paulo e originárias de exemplares proc edentes

do Estado do Rio Grande do Sul. O acompanhamento foi realizado

no insetário já referido e foi c onduzido na forma de c olônia

únic a durante todo o transc urso da fase de ninfa, mantidos os

exemplares em c ristalizador de vidro ( 2 5 c m de diâmetro x 1 0 c m

de altura) , c ontendo um suporte quadric ulado de papelão duro

e no fundo, c omo forro, papel de filtro.

Na fase de imago, os exemplares foram distribuídos de modo

a formar 3 0 duplas ( 1 macho e 1 fêmea) , criados separadamente

por casal, em caixas de plástico transparente ( 5 ,5 cm de altura x

6 cm de diâmetro) , com um suporte de cartolina, o que possibilitou

o controle da postura de cada fêmea e a alimentação ( ave) .

Além do ac ompanhamento desses c asais segregados, foi

possível também efetuar a observaç ão de outro lote, c om 3 0

exemplares alados mac hos e 3 0 fêmeas, c riados esses em um

únic o c ristalizador, semelhante ao utilizado na fase ninfal. Desse

modo, foi possível c omparar as posturas globais, ou seja, das

fêmeas mantidas em c asais isolados c om as fêmeas mantidas

em c onjunto, c onvivendo estas c om vários mac hos. Durante o

dec orrer do experimento a alimentaç ão oferec ida foi, repasto

semanal em ave ( galos) . A temperatura ambiente osc ilou entre

a máxima de 3 0 ºC e a mínima de 2 0 ºC e a umidade relativa foi

mantida em torno de 8 0 % . Os ovos e a seguir os exemplares,

tanto ninfas c omo alados, foram observados dia a dia, para

anotaç ões de oc orrênc ia das diferentes ec dises, postura das

fêmeas e morte de c ada exemplar.

Os resultados alc anç ados estão sendo apresentados na forma

de tábua de vida, para as ninfas e em tempo de vida, por exemplar,

no c aso dos c asais c riados em separado. Quanto à postura das

fêmeas, registrou-se a postura diária de c ada exemplar ac asalado

por um únic o mac ho, bem c omo, a postura global daquelas

c r iadas e m c o nj unto , po ssib ilitando ao final do tr ab alho c omparaç ão das respec tivas posturas.

RESULTADOS

Na Tab e la 1 , po de mo s o b se r var que das ninfas c r iadas

individualmente, 1 4 4 c hegaram a fase alada sendo 7 9 mac ho s

e 6 5 fê me as e que a r azão e ntr e o s se xo s fo i de 1 : 0 ,8 2 .

O tempo de vida das fo r mas aladas fo i difer ente par a c ada

se xo ( Tab e la 2 ) . Par a o s mac ho s, a dur aç ão mínima fo i de 4 dias e a maio r lo nge vidade de 2 0 3 dias, c o m uma mé dia

de 1 1 5 ,3 7 dias e de svio -padr ão de 5 6 ,9 6 . Par a as fê me as, a

dur aç ão mínima fo i de 5 dias e a lo nge vidade máxima de

2 2 7 dias, c o m uma mé dia de 9 9 ,6 e de svio padr ão de 6 5 ,4

po r, apr o ximadame nte , o ito me se s.

A Tabela 3 apresenta informaç ões relativas à postura de c ada

fêmea. Os dados fazem referênc ia à postura de 2 4 das 3 0 fêmeas

mantidas em c ompanhia de um únic o adulto mac ho. As 6 fêmeas

restantes não foram c onsideradas, devido à morte prematura de

um do s c o m po ne nte s do c asal. No s de m ais c aso s, fo r am

e fe tuado s o s le vantame nto s diár io s do s núme r o s de o vo s,

posteriormente, separados em férteis e não férteis. Ao final da

postura, devido à morte da fêmea, foram levantados os totais de

ovos e a postura média de c ada exemplar. Vale salientar os

seguintes dados: a maior postura total foi de 5 5 2 ovos ( fêmea,

do c asal 4 ) : a postura máxima alc anç ada em um únic o dia foi

de 1 4 ovos ( fêmea, do c asal 6 ) : a postura-dia ( média) foi de

1 ,8 7 ovos; a postura total ( média) de 2 4 fêmeas, ac asaladas

c ada uma c om um únic o mac ho, foi de 2 1 5 ,2 9 ovos e finalmente

o perc entual de ovos férteis foi de 5 0 ,4 % .

Em trabalho public ado em 1 9 8 5 , Silva1 4 verific ou que em

temperatura de 2 5 ºC a postura-dia ( média) foi de 5 ,4 1 e o

número médio de ovos férteis por fêmea foi de 5 1 ,6 % , c om a

Tabela 1 – Triatoma rubrovaria: tábu a de sobrevida das n in fas criadas n o in setário, com repasto seman al em ave ( galos) . SUCEN/ Insetário de Mogi Guaçu.

Fase 1n dn qn ( *

) pn ( * *

) pn ( %) 1 º estádio 1 4 9 01 0 ,0 0 6 7 0 ,9 9 3 3 9 9 ,3 3 2 º estádio 1 4 8 03 0 ,0 2 0 2 0 ,9 7 9 7 9 7 ,3 1 3 6 3 º estádio 1 4 5 - - 1 ,0 9 7 ,3 1 3 6 4 º estádio 1 4 5 01 0 ,0 0 6 9 0 ,9 9 3 1 9 6 ,6 4 2 1 5 º estádio 1 4 4 - - 1 ,0 9 6 ,6 4 2 1 Alados 1 4 4

7 9 + 6 5 machos/fêmeas ( 5 4 ,8 6 %) ( 4 5 ,1 4 %) ( razão de sexo 1 :0 ,8 2

(3)

2 5 3

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 3 8 ( 2 ) :2 5 1 -2 5 4 , mai-jun, 2 0 0 5

temperatura de 3 0oC e a postura média por dia foi de 6 e o

número médio de ovos férteis por fêmea foi de 6 6 ,6 % . Com as formas aladas exc edentes, foi possível formar outro lote de 3 0

c asais, mantido s esses livr es e j unto s em um c r istalizado r.

Ao pr o c eder dessa fo r ma, fo r am c r iadas c o ndiç õ es par a o

estabelec imento de c ontato das fêmeas c om mais de um adulto mac ho , o que se m dúvida r e pe r c utiu na po stur a, c o mo po de

se r apr e c iado pe la le itur a da Tab e la 4 .

Tabela 4 - Con dições dos ovos n as postu ras das fêmeas. Casais em colôn ias e em frascos separados. SUCEN/Insetário de Mogi Guaçu.

Casais de T. rubro va ria

Postura mantidos em colônias criados em frascos separados Ovos férteis 4 .6 1 7 ( 5 8 ,9 %) 2 .6 0 8 ( 5 0 ,5 %) Ovos não férteis 3 .2 1 5 ( 4 1 ,1 %) 2 .5 5 9 ( 4 9 ,5 %) Total ( ovos) 7 .8 3 2 5 .1 6 7

DISCUSSÃO

As dife r e nç as o b se r vadas no s mé to do s de c r iaç ão do s

triatomíneos impediram qualquer tentativa de c omparaç ão dos

resultados alc anç ados,c om aqueles obtidos por outros2 4 1 3 1 4.

Nã o o b s ta n te , n o c a s o pr e s e n te , e le s s e m o s tr a r a m

bastante satisfató r io s, uma vez que ec lo dir am 9 9 ,3 % do s o vo s

do T. ru b ro va ri a dispo níve is, a mé dia de po stur a-dia de 1 ,8 7

o vo s fo i me no r do que a e nc o ntr ada po r Silva1 4 par a a me sma

espéc ie em temperatura de 2 5oC que fo i de 5 ,4 . Nas c o ndiç õ es

de te m pe r a tur a e um ida de r e la tiva utiliza da s e m n o s s o e xpe r ime nto , o b se r vamo s que núme r o mé dio de o vo s fé r te is

po r fê me a ( 5 0 ,4 % ) fo i se me lhante ao e nc o ntr ado po r Silva1 4

( 5 1 ,6 % ) e m te mpe r atur a de 2 5oC. Silva1 4 o b se r vo u ainda que

o e fe ito da te mpe r atur a, ac e le r a o pr o c e sso e mb r io nár io e m

T. ru b ro va ri a, dado s iguais fo r am tamb é m e nc o ntr ado s po r

Juarez6 para T. infe sta ns e Juarez e Silva7 para Tria to m a so rd i d a.

Em nosso experimento a postura e o número de ovos férteis das

Tabela 3 - Triatoma rubrovaria: postura das fêmeas criadas em laboratório, em con dições de isolamen to ( por casal) ; alimen tadas em aves ( galos) .

SUCEN/Insetário de Mogi Guaçu.

Postura das fêmeas acasaladas

Casal total ovos ovos % ovos ovos/dia ovos/dia nº de ovos férteis não férteis férteis ( postura média) ( postura máxima) 1 2 9 2 2 2 4 68 2 3 ,2 9 1 ,5 4 6 2 1 7 3 92 81 4 6 ,8 2 1 ,3 2 4 3 31 13 18 5 8 ,0 6 1 ,6 3 4 4 5 5 2 4 2 9 1 2 3 2 2 ,2 8 2 ,4 3 12 5 3 7 2 2 0 4 1 6 8 4 5 ,1 6 2 ,2 4 12 6 2 6 0 95 1 6 5 6 3 ,4 6 1 ,9 1 14 7 2 4 8 1 4 7 1 0 1 4 0 ,7 2 2 ,1 6 11

8 - - -

-9 2 9 2 1 7 2 1 2 0 4 1 ,0 9 2 ,0 1 5

10 - - -

-11 2 1 1 13 1 9 8 9 3 ,8 4 1 ,6 6 12

12 - - -

-13 2 0 6 82 1 2 4 6 0 ,1 9 1 ,9 6 8 14 97 41 0 5 6 5 7 ,7 3 1 ,6 2 4 15 62 18 0 4 4 7 0 ,9 7 2 ,0 0 3 16 1 2 8 36 0 9 2 7 1 ,8 7 1 ,4 1 5 17 1 9 3 1 0 5 0 8 8 4 5 ,6 0 1 ,4 0 6 18 63 12 0 5 1 8 0 ,9 5 1 ,9 7 3

19 - - -

-20 0 8 8 0 1 7 0 1 7 8 0 ,6 8 1 ,8 7 5 21 2 4 6 1 0 2 1 4 4 4 1 ,4 6 1 ,8 0 7 22 1 6 2 0 8 8 0 7 4 5 8 ,5 4 1 ,4 3 5 23 1 0 2 0 4 1 0 6 1 5 9 ,8 0 2 ,9 1 05

24 - - -

-25 1 8 3 1 0 1 0 8 2 4 4 ,8 1 2 ,0 8 12 26 2 4 1 1 2 1 1 2 0 4 9 ,7 9 1 ,6 2 7 27 3 7 1 2 1 2 1 5 9 4 2 ,8 6 1 ,4 1 5

28 - - -

-29 2 7 6 1 3 7 1 3 9 5 0 ,3 6 2 ,4 2 5 30 3 1 8 1 0 6 2 1 2 6 6 ,6 7 2 ,2 9 13 Geral 5 .1 6 7 2 .6 0 8 2 .5 5 9 5 0 ,4 7 1 ,8 7

-Obs: A postura das fêmeas referentes aos casais números 0 8 ,1 0 ,1 2 ,1 9 ,2 4 e 2 8 , não foi incluída na tabela, devido à morte prematura de uma das formas aladas.

Tabela 2 - Triatoma rubrovaria: tempo de vida das formas aladas, por casal, criados em laboratórios, em con dições de isolamen to, alimen tados em ave ( galos) .SUCEN/ Mogi Guaçu.

Casal ( 1 alado macho e 1 alado fêmea) Tempo de vida dos alados ( Dias)

nº machos fêmeas

0 1 2 0 0 1 9 0

0 2 6 1 1 3 1

0 3 1 1 8 1 9

0 4 2 0 3 2 2 7

0 5 1 7 0 1 6 6

0 6 1 9 0 1 3 6

0 7 7 7 1 1 5

08 84 17

0 9 5 8 1 4 5

1 0 4 1 6 8

1 1 5 2 1 2 7

12 93 16

1 3 1 3 9 1 0 5

1 4 1 1 8 6 0

15 79 31

1 6 1 0 3 9 1

1 7 1 3 0 1 3 8

18 70 32

19 38 17

2 0 1 0 9 4 7

2 1 1 7 2 1 3 7

2 2 1 5 3 1 1 3

23 21 35

24 67 5

2 5 1 8 5 8 8

2 6 1 5 6 1 4 9

2 7 1 8 0 2 2 4

28 82 8

2 9 1 7 0 1 1 4

3 0 1 7 9 1 3 9

Média aritimética 1 1 5 ,3 7 9 9 ,6 7 Desvio-Padrão ( s) 5 6 ,9 5 6 5 ,4 1

Mediana 1 1 3 ,5 0 1 1 3 ,5 0

Duração mínima 4 5

Duração máxima 2 0 3 2 2 7

(4)

2 5 4

fêmeas mantidas em c olônia foi maior do que a dos c asais

acondicionados em frascos isolados. O ciclo de vida das ninfas

mantidas isoladas foi de aproximadamente oito meses. Juarez6 notou

que o Tria to m a a rthurneiva i Lent & Martins, 1 9 4 0 ,

desenvolveu-se mais rapidamente quando criados em conjunto e que os machos

também têm um ciclo evolutivo menor que as fêmeas nesta condição6.

Estudos sobre a viabilidade da colonização dos triatomíneos, em

c ondiç ões de laboratório são de interesse, mormente quando

escasseiam exemplares do T. infestans, como vem acontecendo em

nosso meio. O fato de que 96,6% das ninfas atingiram a fase de imago, sendo 79 alados machos e 65 alados fêmeas, propiciando uma razão

de sexo 1:0,82 uma vez mais constatou a facilidade do T. rubrovaria

em iniciar colônias no insetário. Nas condições do experimento, ficou

evidenciada também a boa capacidade de reprodução da espécie, fator relevante na manutenção das colônias, particularmente quando

sujeitas a retiradas periódicas de exemplares. Essas constatações e os

resultados sobre a infectividade da espécie pelo T. cruzi, permitem

alternativas para uso nos xenodiagnósticos9.

Além da identific aç ão de uma espéc ie que poderá servir de

alternativa na substituiç ão de T. infe sta ns nos xenodiagnóstic os,

o trabalho apresenta também algumas informaç ões sobre a

biologia do T. rub ro va ria.

A isso adic io ne -se o fato da e spé c ie e m algumas r e giõ e s

do sul do país ( Rio Gr ande do Sul) , de vido a e liminaç ão do

T. i n f e sta n s, po de r assum ir im po r tânc ia na tr ansm issão do mic iliar da do e nç a de Chagas,

AGRADECIMENTO

Agr a de ç o a o s fun c io n á r io s Pe dr o Rib e ir o da Silva e

Ve r a Lúc ia B r aga To nie tti, pe lo supo r te té c nic o .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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