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Residência pré-fabricada de argamassa armada como unidade básica de agrovila

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Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós&Graduação em Engenharia Agrícola, para obtenção do título de Magister Scientiae.

VIÇOSA

(2)
(3)

APNOVADA: 19 de junh

LINA MANCELA GUENNA GANCIA

Dissertação apresentada Federal de Viçosa, com exigências do Programa de em Engenharia Agrícola, pa título de Magister Scientiae

junho de 2012.

(4)

Esta conquista é especialmente dedicada à minha família e ao meu

(5)

Aos meus pais, pois sem o sacrifício deles não teria conseguido chegar até aqui.

Às minhas irmãs e ao meu sobrinho, por não se esquecerem de mim enquanto estava longe.

Ao meu companheiro, por caminhar de mãos dadas comigo durante todo este processo.

Ao povo brasileiro, por me acolher e aceitar com tanto carinho durante o tempo do meu mestrado.

Aos professores Fernando da Costa Baêta e à professora Cecília de Fátima Souza, por me orientar com paciência e dedicação.

À professora Ilda de Fátima Ferreira Tinôco, pela oportunidade e pela confiança que depositou em mim, assim como pela dedicação para me orientar.

À Universidade Federal de Viçosa, especialmente ao Departamento de Engenharia Agrícola, por me iniciar em uma formação científica.

À Universidade Nacional da Colômbia, por me receber e apoiar em parte desta pesquisa.

À CAPES, ao CNPq e à FAPEMIG, pelo apoio e por tornar realidade meu mestrado.

Ao professor Jairo Alexander Osorio Saraz e à sua família, por ajudar a meu esposo e a mim, acompanhando&nos neste processo da pós&graduação e fazendo&nos sentir como parte de sua família em Viçosa.

Aos colegas do Ambiagro, pela acolhida, pelo compartilhamento de momentos inesquecíveis e pelo ensinamento de tantas coisas importantes para a vida.

Aos colegas colombianos, Sebastian, Carolina, Enrique e Jorge, e equatorianos, Manuel, Fátima e Digner, que estiveram comigo no início em Viçosa, e a Pedro e Katia, que ao final se tornaram minha família.

(6)

LINA MANCELA GUENNA GANCIA, filha de María Olga García Muñoz e José Imer Guerra Pulgarín, nasceu em 20 de dezembro de 1979, em Medellín, Antioquia, Colômbia.

Em setembro de 2004, formou&se em Arquitetura pela Universidad Nacional de Colombia,

(7)

NESUMO ... vii

ABSTNACT ... viii

INTNODUÇÃO GENAL ... 1

NEFENÊNCIAS ... 3

CAPÍTULO 1 & A AGNOVILA ... 5

1. INTNODUÇÃO ... 5

2. MATENIAL E MÉTODOS ... 7

2.1. Estudos de caso ... 7

2.2. Aplicações ... 8

3. NESULTADOS E DISCUSSÃO ... 9

3.1. Estudos de caso ... 9

3.1.1. Características encontradas nos estudos de caso de agrovilas ... 14

3.1.2. Parâmetros para o projeto da agrovila ... 16

3.2. Aplicações ... 17

3.2.1. Diagrama da primeira alternativa para agrovila ... 18

3.2.2. Diagrama da segunda alternativa para agrovila ... 19

3.2.3. Diagrama da terceira alternativa para agrovila ... 21

3.3. Definição da proposta para a agrovila ... 22

4. CONCLUSÕES ... 23

5. NEFENÊNCIAS ... 24

CAPITULO 2 & A NESIDÊNCIA ... 26

1. INTNODUÇÃO ... 26

2. MATENIAL E MÉTODOS ... 27

2.1. Estudos de caso ... 27

2.2. Aplicações ... 27

3. NESULTADOS E DISCUSSÃO ... 28

3.1. Estudos de caso ... 28

3.1.1. Características encontradas nas experiências de residências ... 32

3.1.2. Parâmetros para o projeto da residência ... 33

3.2. Aplicações ... 33

3.2.1. Planta baixa da primeira alternativa para a residência ... 34

3.2.2. Planta baixa da segunda alternativa para a residência ... 35

(8)

3.3. Definição da proposta para a residência ... 38

4. CONCLUSÕES ... 41

5. NEFENÊNCIAS ... 42

6. ANEXO & Imagens da proposta para residência em três dimensões ... 43

CAPÍTULO 3 & O SISTEMA CONSTNUTIVO ... 47

1. INTNODUÇÃO ... 47

2. MATENIAL E MÉTODOS ... 50

2.1. Estudos de caso ... 50

2.2. Aplicações ... 51

2.2.1. Propriedades mecânicas do sistema construtivo ... 52

2.2.2. Propriedades térmicas do sistema construtivo ... 54

3. NESULTADOS E DISCUSSÃO ... 55

3.1. Estudos de caso ... 55

3.1.1. Características encontradas nos estudos de caso do sistema construtivo... 59

3.1.2. Parâmetros para o projeto do sistema construtivo ... 60

3.2. Aplicações ... 61

3.2.1. Primeira alternativa de sistema construtivo ... 62

3.2.2. Segunda alternativa de sistema construtivo ... 66

3.2.3. Terceira alternativa de sistema construtivo ... 71

3.3. Propriedades mecânicas das três alternativas de sistema construtivo . 77 3.4. Definição da proposta final para o sistema construtivo ... 80

3.5. Propriedades térmicas do sistema construtivo ... 89

4. CONCLUSÕES ... 90

5. NEFENÊNCIAS ... 91

(9)

GANCIA, Lina Marcela Guerra, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa, junho de 2012. !" # $! !% & !& '&' (

$) %!'* + . Orientadora: Ilda de Fátima Ferreira Tinôco.

Coorientadores: Fernando da Costa Baêta, Cecília de Fátima Souza e Jairo Alexander Osorio Saraz.

(10)

GANCIA, Lina Marcela Guerra, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa, June, 2012. ,'( % ! # $ # !!' & - -. $ ( - '# %! (+-(! +

'&&( -/. Adviser: Ilda de Fátima Ferreira Tinôco. Co&advisers: Fernando da

Costa Baêta, Cecília de Fátima Souza and Jairo Alexander Osorio Saraz.

(11)

01

O Brasil goza de grandes vantagens sobre muitos países, como terras abundantes, climas favoráveis, potencial de produção, enorme disponibilidade de água doce e energia renovável, assim como capacidade empresarial. Essas vantagens vêm sendo fortemente exploradas nos últimos anos, desde o tema do agronegócio, potenciando o desenvolvimento desse setor, chegando a ser considerado o país um o celeiro mundial (LOUNENÇO et al., 2009).

Segundo o mesmo autor, de acordo com os indicadores da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o Brasil tende a ser o maior país agrícola do mundo em 10 anos, assim como determinante no tocante à produção de carnes e outros produtos de origem animal.

De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (GOVENNO DE MINAS, 2011), o PIB mundial para o ano 2010 movimentou cerca de U$ 74,5 trilhões, cuja participação do Brasil esteve representada em 2,9%, ou seja, U$2,2 trilhões. Segundo a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGNO (2011), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro representou em 2010 o equivalente a 22,4% do PIB nacional, movimentando cerca de U$ 467,9 bilhões/ano.

Torna&se necessário o aumento da mão de obra na produção agropecuária do país, que já é bastante expressiva, uma vez que, segundo a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas – ALEAM (2011), apoiada nos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o agronegócio emprega atualmente a maioria da mão de obra ativa do mercado nacional e responde por pelo menos 49% do PIB do país.

(12)

Atualmente, existem empresas do setor agropecuário que tentam construir agrovilas, com o fim de manter os trabalhadores perto da zona de serviço, melhorando a eficiência na produção; entretanto, têm trabalhadores morando em casas com condições desumanas, com ausência quase total de infraestrutura.

Para minimizar esse problema no Brasil, o Ministério Público do Trabalho (MPT) vem fazendo uma série de controles nas fazendas, entre eles o relacionado a moradias, exigindo a regularização imediata dos alojamentos e das condições do meio ambiente de trabalho. Situações não resolvidas são transformadas em processos judiciais (MINISTÉNIO PÚBLICO DO TNABALHO & MPT, 2011).

Como resultado da alta demanda para a construção de casas com qualidade, inseridas em um contexto de urbanidade para os trabalhadores, principalmente atendendo ajustes das moradias exigidas pelo MPT (2011), torna&se imperioso soluções construtivas rápidas e de baixo custo, para produção em pequena ou larga escala, o que sugere a industrialização com algum grau de pré&fabricação dos componentes.

Entre os materiais que têm as características para possibilitar esses tipos de soluções, destaca&se a argamassa armada que, segundo Saleme et al. (2002), é de fácil construção e reparação, gera baixo custo em razão do tipo de material, requer mão de obra não qualificada, pouco tempo para execução, além de ser bastante resistente mecanicamente, ter menor condutividade térmica (seis vezes menor do que o aço), ter maior resistência à abrasão e ao impacto, ser impermeável e ser concebida com espessuras mínimas entre 10 e 15 mm, diminuindo o peso próprio dela consideravelmente.

A argamassa armada foi utilizada para residências de baixo custo em diferentes países da América Latina, incluindo o Brasil (MACHADO, 1991).

(13)

Um dos resíduos que podem ser sugeridos como material potencialmente isolante é a casca de arroz, já que o volume poroso na sua estrutura é de 54%, gerando um coeficiente de condutividade térmica adequado para ser utilizado como material de isolamento térmico (CADENA et al., 2002). Diferentes estudos têm corroborado essa afirmação com os de Cadena et al. (2002), Guimarães et al. (2004) e Navroski et al. (2010). Além disso, a casca de arroz constitui um dos principais subprodutos que deverá aumentar enormemente, segundo as projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (BNASIL, 2011) para 2020&2021.

Esta pesquisa teve como objetivo propor uma residência pré&fabricada de argamassa armada como unidade básica de agrovila, a fim de manter o trabalhador perto da zona de serviço e com condições de conforto.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS – ALEAM. $ +

! 2 !' 3 ! 45' %!'* + ' & 6' . Disponível em:

<http://www.aleam.gov.br/ANoticia_Materia.asp?id=7085>. Acesso em: 07 dez. 2011.

BNASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Assessoria de Gestão Estratégica. !'7 43 ' %!' %8 ' 9:;: 9:;; 9:9: 9:9;. Brasília, 2011. 59 p.

CADENA, C.G.; SILVEINA, A.J.B. Estudio de la variación en la conductividad térmica de la cascarilla de arroz aglomerada con fibras vegetales. % !< =

!!'++', Barranquilla, n. 12, p. 1&9, 2002.

CEMENTOS BIO BIO. !!' & -'> * * ( -! + 6 # - *

.'!& %8 . Santiago de Chile, 2010. 69 p.

FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PESQUISA AGNOPECUÁNIA – FEPAGNO.

"- * !' '! ' ! & ?( + ' % ' '!- + - ' '

(14)

GOVENNO DE MINAS. Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. Subsecretaria do Agronegócio. ' '

%!' %8 ': perfil do agronegócio mundial. Belo Horizonte, 2011. Disponível em: <http://www.agricultura.mg.gov.br/files/perfil/perfil_mundial.pdf>. Acesso em: 07 dez. 2011.

GUIMANÃES, L.E.; TUBINO, N.M.C. Ambientação térmica de casas de madeira utilizando paredes externas duplas recheadas com argamassa contendo casca de arroz, resíduos de borracha (pneu) ou garrafa PET triturada. In: CONGNESO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM NESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, 2004, Florianópolis.

+ -!@ ' AAA São Paulo: Instituto de Ciência e Tecnologia em Nesíduos e

Desenvolvimento Sustentável, 2004.

LOUNENÇO, C.; LIMA, C.E.B. Evolução do agronegócio brasileiro, desafios e perspectivas. $ !* -'! ' + ' '&< - ' & ! , Málaga, n. 118, 2009.

MACHADO, E.F. ' (+ ! !" &'+ & !% & !& : procura de uma solução econômica e confortável. 1991. 192 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. MINISTÉNIO PÚBLICO DO TNABALHO – MPT. '! -! $ +. '! '

#" B # ! + &B ' - ! '! 5' (+'. Campinas, 2011.

NAVNOSKI, M.C.; LIPPENT, D.B.; CAMANGO, L.; PENEINA, M.O.; HASELEIN, C.N. Avaliação do isolamento térmico de três diferentes materiais usados na construção e preenchimento de paredes externas.

! , Pelotas, v. 1, n. 1, p. 41&51, 2010.

SALEME, H.; COMOGLIO, S.; MÉNDEZ, J.M. Ferrocemento: un material apropiado a nuestro medio. > * - % 8 / !!'++', Tucumán, Argentina,n. 22, p. 19&24, 2002.

SMITH, Nigel J.H. #'! - '!! '! > -. -! & 6' '+' 6 - '

(15)

C ;

: O desenvolvimento das agrovilas tem sido pouco documentado. É difícil encontrar informações gráficas sobre planejamentos ou estudos urbano&arquitetônicos que deem conta das características dessas. Tais estudos agora se tornam necessários, com o crescimento do agronegócio brasileiro, para gerar novas propostas, visando melhorar a qualidade de vida da mão de obra rural e consequentemente a produção agropecuária. Objetivou&se, com este trabalho, estabelecer as características da agrovila onde será inserida a residência, sintetizando os traços gerais dessa no Brasil. Partindo de estudos de caso, encontrou&se que o conceito de “trabalho em equipe” reúne as condições para o bom funcionamento de uma agrovila. Dito conceito deu lugar à elaboração de alternativas que finalmente foram sintetizadas em uma proposta de agrovila onde estão reunidas as qualidades gerais dessas no Brasil.

+ *! . * : Planejamentos urbano&arquitetônicos, trabalho em equipe, mão de obra rural.

: The development of rural village is poorly documented. It is difficult to find graphical information about planning or studies urban&architectural account of the characteristics of them. Such studies now are needed, with the growth of agribusiness, to generate new proposals to improve the quality of life of rural labor, and hence agricultural production. Based on the foregoing, the aim of this work was to establish the characteristics of the rural village will be inserted where the residence, summarizing the general characteristics of rural villages in Brazil. Based on case studies, it was found that the concept of "teamwork" qualifies for the proper functioning of a rural village. Said concept led to the development of alternatives that were finally synthesized into a proposed rural village where they met the general characteristics of rural villages in Brazil.

D /E'! : Urban architectural planning, teamwork, rural labor.

;A 01

As agrovilas, segundo Fénelon (1960), foram aplicadas na UNSS, em razão de uma ideologia que visava reduzir as diferenças entre o campo e a cidade, gerando uma relação mais estreita entre esses por meio da aglomeração de granjas em uma fazenda, com vários habitantes cultivando em comum, mas complementado com os elementos habituais de um centro urbano.

(16)

comunidades de até 2.000 pessoas, morando em fazendas coletivas agroindustriais, onde todos desempenhariam tarefas em proveito da comunidade, tentando relacionar moradia e trabalho.

Em 1932, nos EEUU, Frank Lloyd Wright apresentou Broadacre City, influenciado pelos soviéticos, defendendo a dissolução gradual das distinções entre campo e cidade, por meio da dispersão homogênea da população sobre o espaço urbano, com uma rodovia contínua ladeada por residências unifamiliares(BENTOLINI, 2007).

No Brasil, segundo Oliveira (2007), o conceito de agrovila foi empregado pelo INCNA em 1979 como parte da estratégia geopolítica da ocupação e exploração da Amazônia, durante o período militar.

Segundo o mesmo autor, tal estratégia propôs a ausência de uma cidade organizadora da zona rural e, em seu lugar, surgiram três projetos que evoluíram de agrovilas para agrópolis e dessa para rurópolis, uma espécie de município sem cidade polarizadora. Para o INCNA, aquelas agrovilas eram pequenos centros urbanos destinados a moradias vinculadas a atividades agrícolas ou pastoris e tinham por finalidade a integração social dos habitantes do meio rural, oferecendo&lhes condições de vida em moldes civilizados. Eram verdadeiros bairros rurais.

Estudos concretos sobre o desenvolvimento das agrovilas, relacionados ao urbanismo, são escassos ou não são analisados desde o ponto de vista urbano&arquitetônico.

Leite et al. (2004) fizeram um trabalho orientado para o tema social, que buscava sistematizar informações assim como análises profundas sobre os impactos dos assentamentos rurais de diferentes regiões do Brasil, nos ambientes onde se encontram inseridos.

Nonato (2008) realizou uma análise da responsabilidade social empresarial de uma empresa agroindustrial, localizada no Estado do Ceará, para medir o nível de contribuição dessa na promoção da qualidade de vida da população rural.

(17)

famílias, tendo como base o desenvolvimento sustentável dos assentamentos de reforma agrária para esse Estado brasileiro.

Frata et al. (2010) efetuaram o levantamento das condições sociais e de infra&estrutura de uma agrovila sucroalcooleira de Mato Grosso do Sul, para depois avaliarem os impactos sociais de sua possível desativação sobre os moradores dela e as comunidades do entorno, que receberiam esses moradores no momento da desativação damesma.

A aceleração no crescimento do agronegócio no Brasil leva a considerar a importância do bem&estar dos trabalhadores rurais para garantir essa tendência. Segundo as experiências, as agrovilas podem ser boa opção para esses; entretanto, é necessário aprofundar mais sobre seu estudo urbano& arquitetônico, documentá&lo e gerar propostas de forma sistemática.

O objetivo deste trabalho foi estabelecer as características da agrovila onde será inserida a residência, sintetizando as características gerais das agrovilas no Brasil.

9A

9A;A -( ' '

O estudo das agrovilas esteve focado especificamente nos elementos que as compõem como o ponto de vista urbano como equipamentos (edifícios de caráter administrativo, saúde, ensino, lazer, comunitário, comercial e religioso); espaço público (áreas verdes, praças e mobilidade); infraestrutura (redes elétrica, distribuição de água, esgoto, comunicações e disposição de lixo); núcleos residenciais; e instalações agropecuárias, fazendo uma descrição geral e considerando os critérios para sua organização no espaço.

(18)

pertencentes a empresas agroindustriais localizadas nas regiões Centro&Oeste e Nordeste do pais.

Essas informações foram resumidas em planilhas para a caracterização das agrovilas, considerando os componentes urbanos citados nas Tabelas 1, 2, 3 e 4. Das características encontradas nessas informações, foram determinados os parâmetros para iniciar o processo de projeto das agrovilas.

9A9A + 43

Tratam&se do processo de criação, que consistiu das etapas de concepção, avaliação e definição da proposta.

Na etapa de concepção, consideraram&se as características urbanas das agrovilas no Brasil, fundamentada no que foi encontrado nas teorias, nos estudos de casos feitos previamente e nos parâmetros para o projeto, resultando em um estudo com três alternativas representadas em diagramas1 (Figura 1).

As alternativas foram avaliadas segundo o nível de cumprimento dos parâmetros em que foram baseadas a elaboração delas, para uma aproximação em relação à definição conceitual da agrovila.

A representação dessa definição, que constitui a proposta definitiva, foi realizada por meio de um diagrama síntese dos componentes, das características básicas de uma agrovila e da configuração dessa para adequado funcionamento.

(19)

Fonte: Villada et al. (2006).

Figura 1 & Exemplo de d

FA

FA;A -( ' '

Embora os ca informações importante das características gera planilhas que se podem

006).

lo de diagrama, Cidade Jardim de Ebenezer Ho

1

'

os casos estudados não tenham um foq rtantes que puderam ser aproveitadas para fa s gerais das agrovilas. Tais informações foram

odem apreciar nas Tabelas 1, 2, 3 e 4.

zer Howard.

(20)

Tabela 1 - Planilha de informação sobre agrovilas: oeste de Santa Catarina

Fonte: Adaptada de Leite et al. (2004).

OBSERVAÇÕES ADULTOS IDOSOS

5 Sem

i nforma ção

Sem informa çã o

PRESENÇA AUSÊNCIA ATIVIDADES CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO NO ESPAÇO (Descrição) ADMINISTRAÇÃO X

SAÚDE X

ENSINO X

Es cola até 4º s éri e de ens i no fundamenta l pa ra 89% dos

a s s enta mentos . LAZER X Ca mpo de futebol . CENTRO COMUNITÁRIO X Reuniões da coopera tiva e

encontro dos a s s enta dos . COMÉRCIO Sem

informação Sem informaçã o

IGREJA X culto religios o PRESENÇA AUSÊNCIA

ELETRICIDADE X ÁGUA PARA CONSUMO X

ESGOTO X

DISPOSIÇÃO LIXO Sem informação

Sem informaçã o

COMUNICAÇÃO X

PRESENÇA AUSÊNCIA ÁREAS VERDES Sem

informação Sem informaçã o MOBILIDADE X PRAÇAS Sem informação Sem informaçã o PRESENÇA AUSÊNCIA R. ADMINISTRADORES X

R. TRABALHADORES FIXOS X

R. TRABALHADORES

TEMPORÁRIOS X PRESENÇA AUSÊNCIA Cria çã o a ni ma l X

Arma zena mento X Benefici amento X Arma zena mento de á gua e ps i cul tura X Benefici amento X

IN F R A E S T R U T U R A ( R E D E S)

Pres ença em 79% dos a s s entamentos ; 42% tem energia na tota lida de dos lotes .

El a é extraída de nas cente em 89% dos a s s enta mentos , de poço comum em 47% e de ri o em 5% deles .

É inexis tente em 79% dos a s s enta mentos , recurrendo em s ua ma ioria a s emi douros di reitos nos rios , e outros a fos s as s eptica s ou fos s a s comuns .

A cobertura é muito pouca , s omente 26% dos as s enta mentos conta m com telefone de us o priva do e 21% de us o comum.

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

IN S T A LA Ç Õ ES A G R O P E C U Á R IA S

A utili zação de ins ta la ções pa ra a produçã o s e faz em 97% dos a s s entamentos , com a gra nde mai oria de l otes com 3 ins ta la ções em média cada .

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

N Ú C LE O S R E SI D Ê N C IA IS

Nã o tem ca s as s egundo hiera rquía s porque nã o s ã o tra ba lha dores de fa zenda . Sã o ca s as em l otes individua is , onde s e fa z ta mbém a produçã o, muito próxi ma s entre s i pa ra conforma r o "ba irro rural " com s eu centro.

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

E S P A Ç O P Ú B LI C O

As es tra da s de aces s o do 89% dos a s senta mentos s ã o de terra e ca s ca lho, e em gera l s e encontra m em boas condições ; enqua nto a s es tra da s no interi or deles a pres enta m dificul da des de comunica çã o na s chuva s , afetando o a ces s o à s a úde, educaçã o e comercia lizaçã o de produtos . O tra ns porte é coleti vo em 63% dos a s s enta mentos , para a s es tra das principa is , ma s devido à su preca ri eda de, o tra ns porte a ni ma l e com bici cleta , é muito utili za do.

COMPONENTE OBSERVAÇÕES IN F R A E S T R U T U R A (E D IF IC A Ç Õ E S D E U S O C O LE T IV O )

A única informa çã o s uminis trada com rela çã o a es te item, é que os equipa mentos exis tentes es tã o loca liza dos no centro do "ba irro rura l", o que s ugere que es tã o

perto da s mora día s . 89% de 19 a s s enta mentos não

tem pos to de s a úde. O problema s e a gudiza com

es tra da s e s is temas de trans porte deficientes para

chega r a os pos tos ma is próxi mos . A ma iori a de estuda ntes chega m até 7º e 8º procura ndo

em outros lugares .

É catal oga do como Sede de As s ocia çã o Coopera ti va.

INFORMAÇÃO AGROVILAS

NOME AGROVILA Vá ri os a s s enta mentos no oes te de Sa nta Ca ta rina LOCALIZAÇÃO Oes te de Sa nta Ca ta ri na

# FAMILIAS

MÉDIA PESSOAS/

FAMILIA

% IDADE MENINOS E JOVENS

(21)

Tabela 2 & Planilha de informação sobre agrovila: empresa agroindustrial nutriorgânica

Fonte: Adaptada de Nonato (2008).

OBSERVAÇÕES ADULTOS IDOSOS

Sem i nforma çã o

Sem i nforma çã o

Sem informa çã o

PRESENÇA AUSÊNCIA ATIVIDADES CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO NO ESPAÇO (Descrição) ADMINISTRAÇÃO X

SAÚDE X

Cons ul tóri o odontolôgico e a mbula tório da própria

empres a .

ENSINO X

Aula s de computa çã o, mús i ca , a rtes ana to, futebol , ca poei ra , etc., a l ém da es col a de ens ino

funda menta l.

LAZER X

Ca mpo de futebol , ca mpo cros s country, cl ubes ou a s s ocia ções

es portiva s .

CENTRO COMUNITÁRIO X

COMÉRCIO Sem i nforma çã o

Sem i nforma çã o IGREJA Sem

i nforma çã o Sem i nforma çã o PRESENÇA AUSÊNCIA ELETRICIDADE X

ÁGUA PARA CONSUMO X

ESGOTO X

DISPOSIÇÃO LIXO X COMUNICAÇÃO Sem

i nforma çã o Sem i nforma çã o PRESENÇA AUSÊNCIA ÁREAS VERDES Sem

i nforma çã o Sem i nforma çã o MOBILIDADE X

PRAÇAS X

PRESENÇA AUSÊNCIA R. ADMINISTRADORES X

R. TRABALHADORES FIXOS X R. TRABALHADORES

TEMPORÁRIOS X PRESENÇA AUSÊNCIA Si s t. de irrigação X

Compos ta gem X Loca i s ma quiná ri a X

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

IN FR A ES TR U TU R A (R ED ES )

Boa qual ida de e boa cobertura .

82,9% da s ca s a s recebe á gua tra ta da (fi ltrada , fervida ou com cloro) ou da empres a CAGECE. 87% pos s ui fos s a .

A mai oria é queima do, enterra do ou recolhida por ca rros de coleta . LOCALIZAÇÃO Município de Uba ja ra, a 331 km de Forta leza - CE

# FAMILIAS

MÉDIA PESSOAS/

FAMILIA

% IDADE MENINOS E JOVENS

41 Sem informa çã o

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

ES PA ÇO B LI

CO Nes ta empres a parece que a s pra ça s s ã o pa rte da s zona s de la zer; enqua nto à a lta frequência no us o do tra ns porte e à s a ti s fa çã o que expres s a m os mora dores com rela çà o a el e, fa z s upor que ta nto rua s qua nto es tra das s e encontram em bom es ta do.

INFORMAÇÃO AGROVILAS

NOME AGROVILA Agrovil a em uma da s fa zenda s da empres a a groindus tri a l Nutriorgâ nica (produçã o de pol pa s e concentra dos com s upl emetos a limentares Nutri lite).

COMPONENTE OBSERVAÇÕES IN FR A ES TR U TU R A (E D IF IC A ÇÕ ES D E U SO C O LE TI V O )

É rea li za da pela empres a

Nã o tem uma des criçã o concreta da orga niza çã o no es paco, ma s pel a infra es trutura oferecida pel a empres a , s e intui que todos es tes elementos fica m próximos uns de outros e a o redor deles s e des envolvem a s mora día s . Agenda de vis i ta de médicos

es pecífi cos na propria empres a .

Na real ida de é uma s a la de reuni ã o da empres a pa ra a s a ti vida des da comuni dade.

IN ST A LA ÇÕ ES A G R O PE CU Á R IA S

A pes quis a nã o oferece mai s i nforma çã o s obre es te tema , porque pri ncipa lmente o es tudo foi rea li za do para a na lizar os elementos que melhora m a qua li da de de vida do tra ba lha dor na empres a .

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

N Ú CL EO S R ES ID ÊN CI A IS

As ca s a s exis tentes s ã o unica mente pa ra os tra ba lha dores , s em ma neja r hiera rquías . Nã o s e oferece informa çã o s obre organi za çã o no es pa ço, ma s devido a que fa zem pa rte de uma empres a , s upõe-s e que ca da l ote nã o tem nenhuma á rea a di ciona l para cul tura .

(22)

Tabela 3 & Planilha de informação sobre agrovila: assentamento Padre Josimo

Fonte: Adaptada de Coptec (2010).

OBSERVAÇÕES ADULTOS IDOSOS

6 60 4.2

PRESENÇA AUSÊNCIA ATIVIDADES CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO NO ESPAÇO (Descrição)

ADMINISTRAÇÃO X

SAÚDE X

ENSINO X Es cola a té 4º s éri e de ens ino funda menta l

LAZER X Ca mpo pa ra futebol e jogo da bocha .

CENTRO COMUNITÁRIO X

Fes ta s e jogos ; reuni ões de grupos (mulheres , jovens ,

a s s embl éi a s , etc.)

COMÉRCIO X

IGREJA X culto religi os o PRESENÇA AUSÊNCIA

ELETRICIDADE X

ÁGUA PARA CONSUMO X

ESGOTO X

DISPOSIÇÃO LIXO X

COMUNICAÇÃO X PRESENÇA AUSÊNCIA ÁREAS VERDES Sem

informa ção Sem i nforma çã o MOBILIDADE Sem

informa ção Sem i nforma çã o PRAÇAS Sem

informa ção Sem i nforma çã o PRESENÇA AUSÊNCIA R. ADMINISTRADORES X

R. TRABALHADORES FIXOS X R. TRABALHADORES

TEMPORÁRIOS X PRESENÇA AUSÊNCIA Ga lpões de a rmazena mento X

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

IN F R A E S TR U TU R A ( R E D E S)

Ins ufi ciente (1 tra ns formador para 30 ca s a s ), tem queda s de energía por a umento des ordena do de número de famíli a s .

Poços coletivos fei tos pela s famíli as (1/7 fa mília s ), bombeando a á gua e enca na ndo-a pa ra as ca s a s , s em tra ta mento.

Sis temas de tratamento em fos s a s . É ins uficiente por ca us a do a umento des ordena do de fa míli as .

Coleta muni cipa l; compos ta gem de horta s e poma res , as s i m como dejetos de a nima is e li xo orgâ nico.

INFORMAÇÃO AGROVILAS

As s enta mento Pa dre Jos imo Muni cípio Eldora do do Sul - RS

Área de a grovil a = 17 ha = 3,45% da á rea do a s s entamento (493 ha). IN S TA LA ÇÕ E S A G R O PE CU Á R IA S COMPONENTE COMPONENTE N Ú CL E O S R E S ID Ê N CI A IS % IDADE MÉDIA PESSOAS/FAMI LIA COMPONENTE NOME AGROVILA LOCALIZAÇÃO # FAMILIAS 22 IN F R A E S TR U TU R A (E D IF IC A ÇÕ E S D E U S O C O LE TI V O ) 35,7 MENINOS E JOVENS

COMPONENTE E S PA ÇO P Ú B LI CO DESCRIÇÃO GERAL

Não fa la m de pra ça s nem de á rea s verdes , unica mente que a lguma s fa míl ia s coloca m á rvores e jardi ns a oredor da s ca s a s . As rua s e es tra da s de aces s o à s mora dia s e em gera l, es tã o em má s condições , em pa rte por fa lta de inves timento do Es ta do, e em pa rte por fa lta de pla nifi ca ção urba na e controle das fa mília s que vã o chega ndo e cons truem des ordenada mente, a feta ndo o traçado urba no, com a lguma s mora dia s que nem tem es tra da de a ces s o. Nã o tem tra ns porte públ ico, obriga ndo a ca minha r 4 km para pega r ônibus .

OBSERVAÇÕES

Pos tos procura dos no centro do município, a 9 km do

as s enta mento.

Encontra -s e em má s condições de s olo e pouco es pa ço.

Não tem uma des criçã o concreta da orga niza çã o no es pa ço, o que s i s ugere, é que os equipa mentos s e loca li zam perto do conjunto de

mora di a s pa ra fa ci litar s eu aces s o e a intera çã o entre a s pes s oa s . Es tã o s i tua da s na s

pa rtes incli na da s , já que o terreno pla no é des ti na do pa ra as la voura s de a rroz cultiva do por

inunda çã o. Tem cons elho da comunida de,

pa ra os as untos de interés comum, ma s nã o é preci s amente uma admi nis tra çã o.

DESCRIÇÃO GERAL

Uni ca mente s e fal a de ga lpões por ca da dua s a três fa míli as . Fa lta m ins ta la ções pa ra ma quiná ri a, porque ela é al ugada por horas , e a produçã o i ndi vidual difi ulta os inves timentos em má quina s , al ém de outra s ins ta la ções necess á ria s pa ra a produçã o, como benefici a mento, ga lpões de a rmazena mento a decuados , etc.

Não tem ca sa s s egundo hiera rquía s porque nã o s ã o tra ba lha dores de fa zenda. Sã o cas a s em lotes individua is , onde ta mbém s e produz, muito próxima s entre s i devido a o incremento da quantidade i nicia l.

(23)

Tabela 4 & Planilha de informação sobre agrovila: usina sucroalcooleira

Fonte: Adaptada de Frata (2010).

OBSERVAÇÕES ADULTOS IDOSOS

5 Sem

informa çã o Sem i nformaçã o

PRESENÇA AUSÊNCIA ATIVIDADES CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO NO ESPAÇO (Descrição) ADMINISTRAÇÃO X

SAÚDE X Pos to de s a úde e a mbula tório médico.

ENSINO X Es col a des de pré-es cola a té 9º s érie de ens ino funda menta l.

LAZER X

Confraterni zações , fes tas comemora ti vas , s es ões de cinema e jogos es portivos

(futebol , volei,etc). CENTRO COMUNITÁRIO X

COMÉRCIO X

Shopin com mercado, fa rmá cia s , pa daria , loja de

confecções , fruta ri a e bar. IGREJA X culto religios o

PRESENÇA AUSÊNCIA ELETRICIDADE X

ÁGUA PARA CONSUMO X

ESGOTO X

DISPOSIÇÃO LIXO X COMUNICAÇÃO X

PRESENÇA AUSÊNCIA ÁREAS VERDES Sem

informa ção Sem informa ção MOBILIDADE X PRAÇAS Sem informa ção Sem informa ção PRESENÇA AUSÊNCIA R. ADMINISTRADORES X

R. TRABALHADORES FIXOS X R. TRABALHADORES

TEMPORÁRIOS X

PRESENÇA AUSÊNCIA

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

IN F R A E S T R U TU R A ( R E D ES

) Na época de s afra a energía e fornecida pela us ina , enqua nto na entre-s a fra é s umi nis tra da pela empres a de energia do muni cípio.

É através de pos to tubula r, que recebe tratamento da à gua de uma empres a es pecia li zada . Tem fos s a s negras junto às resi dência s , na ma ioria da s ca s a s. A ma ior pa rte da s ca s a s des ti na m a s à guas res i dua is na s la goa s de s a crifício.

Coleta pela própri a us i na encaminha da a um lixão l oca lizado lá mes mo, mas na época da pes quis a ía a des a pa recer pa ra a tender ques tões a mbientai s.

Cobertura de tel efone fi xo em 89,23% da s res idênci as .

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

N Ú C LE O S R E S ID Ê N CI A IS

210 res idências pa ra tra ba lha dores fi xos e 2 a loja mentos pa ra traba lhadores temporários , s endo em total 1940 pes s oas na agrovil a.

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

IN S TA LA ÇÕ E S A G R O P EC U Á R IA S

Nã o tem informa çã o s obre es te tema , o es tudo fala ba s ica mente da s condi ções em que mora m os tra ba lhadores da usi na .

COMPONENTE DESCRIÇÃO GERAL

ES P A ÇO P Ú B LI C O

Tem tra ns porte gra tuito pa ra os es tuda ntes des de ens ino funda menta l a té ensi no s uperior, e pa ra traba lhadores que mora m fora, em cida des próxi mas à unida de. Sã o 50 ôni bus em 8 horá rios a o longo do dia , o que faz s upor que contam com um s i stema de es tra das em bom estado.

COMPONENTE OBSERVAÇÕES IN F R A E S TR U T U R A (E D IF IC A Ç Õ E S D E U S O C O LE T IV O )

É rea lizada pel a empres a

Nã o oferecem informa ção sobre cri térios de organiza çã o no es pa ço, ma s s e s ugere que os equi pa mentos e as moradías es tã o proxi mos entre s i pa ra aproveita r a infra -estrutura. O pos to de s aúde funciona em

parceria com a prefeitura , e o a mbul atório é principa lmente pa ra tra ta r aci dentes de

tra ba lho.

Toda s a s a tivi da de es tão concentra da s em um clube

recrea tivo.

1 igreja catól ica e 2 evangélica s NOME AGROVILA Agrovila de traba lhadores de Us ina Sucro-a lcool ei ra

LOCALIZAÇÃO Rio Brilha nte - Ma to Gros s o do Sul

# FAMILIAS

MÉDIA PESSOAS/

FAMILIA

% IDADE MENINOS E JOVENS 210 (tra ba lha dores fi xos ) Sem informa ção

(24)

FA;A;A ! - !< - ' -! ' -( ' ' %!'* +

Segundo a análise feita dos quatro exemplos de agrovilas, foram encontradas as seguintes características:

− As que proveem de assentamentos2, a produção se faz de forma individual, com lote para cada família, o que parece limitar muito o desenvolvimento, tanto com relação à produção quanto à infraestrutura do sistema urbano, quando comparadas com o desenvolvimento das de produção coletiva, que é o caso específico das agrovilas vinculadas a empresas.

− A maior parte está composta de famílias nucleares (pais e filhos) com cinco ou seis pessoas por grupo familiar.

− O número de famílias por agrovila poderia ser determinado pela forma de produção (individual ou coletiva), pela escala de produção, pelo nível de organização e pela administração das agrovilas3

.

− As de assentamentos apresentam muitas carências de infraestruturas e de qualidade, enquanto as vinculadas a empresas contam com maior variedade de infraestruturas, melhor qualidade e ainda servem às comunidades mais próximas. As principais infraestruturas que não devem faltar são:

• Lugar para o ensino, contemplando ensino fundamental e níveis mais elevados, dependendo da demanda, além de oferecer cursos para qualificar a comunidade, como computação, artesanato e agricultura, entre outros; serviço de biblioteca.

• Posto de saúde, que pode ter serviço permanente de enfermagem e periódico de médicos de diferentes especialidades, segundo a demanda. • Centro de lazer e cultura, com alternativas para idades e gêneros, como

campo de futebol, sala de cinema, sala de festas etc.

• Espaço para as reuniões comunitárias, podendo ser um centro ou salão comunitário.

• Locais comerciais para serviços como drogaria, padaria, cabeleireiro etc.

(25)

• Espaços para o culto religioso.

• Administração, indispensável para o funcionamento adequado, melhoramento e controles necessários.

− Observa&se, nas agrovilas de assentamentos, alta precariedade no tema de espaço público, com estradas em condições deficientes, que afetam fortemente a mobilidade para qualquer meio de transporte, o que incide negativamente na comercialização de produtos, na procura de serviços em outras partes e na qualidade de vida em geral. O restante do tema de espaço público é praticamente ignorado em todos os estudos, possivelmente porque não é analisado desde o ponto de vista urbano.

− Concernente ao tema infraestrutura relacionado a redes elétricas e hidráulicas, em agrovilas de assentamentos, nota&se a insuficiência ou precariedade, para todos os moradores, de redes elétricas e telefônicas, tratamento da água e esgoto, além do manejo ambiental. Há exceção do manejo do esgoto em uma das empresas. O resto desses itens tem condições adequadas nas agrovilas vinculadas a empresas.

− As moradias nas agrovilas de assentamentos não têm hierarquias e estão organizadas em lotes individuais, de forma que fiquem próximas umas das outras, conformando um “bairro rural” com centro. Em uma agrovila de empresa, observou&se hierarquia, onde possivelmente as moradias maiores, com acabamentos e localização privilegiada, são destinadas para os administradores.

− No tocante a culturas e instalações agropecuárias, essas parecem não serem consideradas como parte da agrovila, observando&se extensas áreas para produção, diferenciadas segundo o uso delas, onde as zonas para cultura e agroindústria são diferentes dos pequenos centros urbanos chamados de agrovilas. As agrovilas normalmente ocupam uma pequena parte do assentamento ou empresa. Por exemplo, a agrovila do assentamento do Padre Josimo conta apenas com 17 ha, representando 3,45% da área do assentamento, que tem um total de 493 ha (COPTEC, 2010).

(26)

ao espaço, possivelmente porque nenhum deles esteve focado na arquitetura e urbanismo, muito menos foram obtidas informações gráficas a respeito. O que se consegue concluir, a partir desses estudos, é que as moradias se organizam formando conjuntos ao redor ou próximas de um centro onde estão concentrados os serviços. Os acessos a casas são por meio de estradas. Contudo, necessita&se maior atenção aos espaços públicos, ao redor das casas e zonas comuns para estimular espaços de encontro agradáveis para os moradores.

FA;A9A !G& -!' ! ' !'7 -' %!'* +

Com base nas teorias sobre o desenvolvimento das agrovilas e nos estudos de caso, foram estabelecidos os seguintes parâmetros para iniciar o processo criativo:

− O projeto deve contemplar produção de caráter coletivo, por considerar o seu funcionamento mais eficiente e trazer consigo maior desenvolvimento, em razão de melhor organização e planificação, além de controle nos usos do solo. Nesse caso, sugere&se uma escala de produção relativamente grande.

− As residências devem ser projetadas para quatro a seis pessoas com pelo menos dois tipos de moradias, uma maior do que a outra.

− A agrovila deve oferecer um conjunto de equipamentos que pode ser classificado e localizado segundo os usos como:

• Centro de Cultura e Esporte, com uma escola de ensino fundamental (para os nove primeiros anos de escolaridade), que possa ser aproveitada para cursos de extensão (computação, agropecuária, artesanato, música, dança, teatro etc.); um pequeno auditório para discussões, palestras, cinema etc.; um salão para festas e reuniões; uma biblioteca, além de campos para jogos (futebol, vôlei, basquete etc.).

(27)

− Os espaços públicos devem ser contundentes com áreas verdes, estradas, calçadas, praças e jardins bem definidos, permitindo um controle sobre esses, a fim de evitar a desfiguração do espaço planificado e garantir que sejam agradáveis, de forma a estimular encontros e atividades de lazer, fortalecendo a vida em comunidade.

− O projeto da agrovila deve contemplar estrutura para tratamento e distribuição de água potável, sistema para captação e tratamento de esgotos com posterior lançamento no solo ou rios, sistema de geração e distribuição de energia elétrica para aproveitar o processo produtivo e atender a todos e prever a captação, manejo e tratamento do lixo, empregando&se a compostagem, quando orgânico, e a reciclagem, quando não orgânico. − No planejamento das agrovilas, deve&se primeiro priorizar os espaços de

congregação e fluxo de pessoas e, segundo, considerar os conjuntos residenciais.

Como consequência desta análise, encontrou&se que o conceito de “trabalho em equipe” reúne todos esses parâmetros e as condições para iniciar um processo projetual na busca do diagrama que sintetize as características básicas de uma agrovila com um adequado funcionamento.

Aplica&se este conceito partindo de que a produção ou trabalho é o principal motor para o funcionamento da agrovila, já que por esse se originou e se mantém. Porém, o “trabalho em equipe” é determinante para que esse funcionamento seja ótimo. Segundo Gómez et al. (2003), a coletividade é parte importante nesse processo porque quando se “trabalha em equipe”, a tomada de decisões se faz desde o coletivo, as metas e os resultados são assimilados de maneira coletiva.

A partir desse ponto de vista, este trabalho visa privilegiar os espaços coletivos e as atividades que estimulam o fortalecimento dos laços sociais como parte da estratégia para garantir esse “trabalho em equipe”, o que consequentemente poderá gerar o bom desenvolvimento da agrovila.

FA9A + 43

(28)

FA9A;A %! & !

Na Figura 2, que são notados quatro seja, o centro cultura administração. Os quat redor de uma praça comércio. Cada ponto apoiado em sua própr favorecendo o público e

Figura 2 & Diagrama esquema b

! & ! +- ! - * ! %!'* +

pode&se observar a primeira alternativa quatro pontos de aglomeração, espaços de u cultural e esportivo, a igreja, o centro d s quatro pontos constituem uma centralidade

raça principal, que, além desses serviços onto, por sua vez, atrai o fluxo de pessoas

própria praça, gerando escalonamento do e blico em relação ao privado.

rama da primeira alternativa para agrovila ema básico (direita).

ativa de agrovila em s de uso coletivo; ou ntro de saúde e a lidade, localizados ao rviços, concentra o soas, individualmente do espaço público,

(29)

Nessa opção, em razão da aglomeração de todos os serviços no centro, observa&se demasiado peso desse sobre os demais pontos de concentração, o que tende a levar a um desequilíbrio das atividades desenvolvidas nos espaços públicos com relação àquelas realizadas nas áreas residenciais.

FA9A9A %! & %( +- ! - * ! %!'* +

(30)

Figura 3 & Diagrama com a agrovila.

O esquema bas em situações ideais, d para o caso deste estud um esquema que possa

Outra desvanta nas extremidades do e apoio, tendendo a ficar espaços de maior im corresponde aos parâm

O centro cultur pode atrair maior quan que pode ser contrapr planejamento.

a com esquema básico (abaixo) da segunda

a basicamente linear dessa ideia somente po ais, dependendo do local e da topografia, en estudo não estão disponíveis. Deve&se, porta possa ser aplicado a condições gerais.

vantagem desta alternativa é que as duas pra do eixo principal não contam com usos com ficarem desertas ou serem focos de insegura ior importância do que as infraestrutura parâmetros iniciais para o desenho.

cultural e esportivo por causa do seu caráte quantidade de pessoas do que as demais in ntraproducente, considerando um mesmo pe

unda alternativa para

nte pode ser aplicado fia, entre outros, que , portanto, pensar em

as praças localizadas s complementares de egurança. Essas são ruturas, o que não

(31)

FA9AFA %! & - !

A terceira alter dois eixos cruzados, fu utilizar esses corredore cruzamento dos eixos comercio da agrovila. constituídos pelos qu pequenas praças. Ent residenciais.

Figura 4 & Diagrama, co a agrovila.

- ! ! +- ! - * ! %!'* +

alternativa pode ser observada na Figura 4 os, funcionando como corredores verdes. As

redores para se dirigirem aos centros de u eixos, encontra&se a praça principal, onde rovila. Nos extremos dos eixos funcionam

quatro espaços de uso coletivo, acom Entre o centro e os pólos, desenvolve

a, com esquema básico (abaixo), da terceira

gura 4, composta de As pessoas podem de uso coletivo. No onde se concentra o ionam quatro pólos, acompanhados de volvem&se as áreas

(32)

A praça centra edificações que a rode infraestruturas principa comportamentos equit mesmo modo que na s chegar a ter maior impo

FAFA # 45' !'

Em uma propos centralidade represent congrega a maior q conseguinte, atrai maio

entral aparece como o ponto de maior impo rodeiam não correspondem a tal nível. No incipais, embora nesta alternativa apareça c

equitativos em relação à concentração d e na segunda alternativa, o centro cultural e r importância, inclusive sobre a centralidade pr

!' ' - ! %!'* +

proposta definitiva para a agrovila deve ser esentada pelo centro cultural e esportivo ior quantidade de serviços de caráter c i maior número de pessoas (Figura 5).

importância, mas as . No tratamento das reça com pólos com ão de pessoas, do ural e esportivo pode ade principal.

(33)

Um conjunto de corredores verdes, para uso de pedestres e ciclistas, deve atuar como conectores entre a centralidade e as demais infraestruturas, congregando os fluxos de pessoas que vem tanto dessas quanto das residências.

As infraestruturas como o posto de saúde, igreja e administração devem constituir outros pólos de menor importância, enquanto os serviços de caráter comercial devem estar dispersos ao longo dos corredores verdes.

Cada pólo deve contemplar espaços públicos por meio de pequenas praças para o descanso; à parte, devem ser oferecidas duas praças alternativas, que, nesse caso, constituem outros dois pólos, conectados com a centralidade por meio de corredores verdes.

Todo o conjunto de espaços públicos deve contar com uma forte presença da natureza para proporcionar microclimas amenos que garantam a estadia das pessoas nesses espaços.

Ao redor da agrovila, comunicando os diferentes pólos, deve passar uma estrada, evitando a entrada de carros para não prejudicar a liberdade de locomoção e facilitar a socialização entre os moradores.

Essa mesma estrada deve dar acesso aos pontos principais de abastecimento de água potável e energia, assim como aqueles pontos para tratamento de esgotos e lixos que, na Figura 5, não aparecem porque estariam localizados dependendo das condições reais que apresenta o local.

O planejamento da agrovila, com base na variedade de usos de caráter coletivo e sua estreita relação com o sistema de espaços públicos, favorece a aplicação do conceito de “trabalho em equipe”, adotado para essa proposta, no sentido de oferecer diferentes opções para reuniões ou encontros entre a comunidade, a fim de os integrar, gerando melhores relações sociais e melhor desempenho na produção.

HA I

(34)

O conceito de “trabalho em equipe” foi determinante para a planificação geral da agrovila com moradia, cultura, saúde, comércio, lazer e trabalho, funcionando como um sistema fortemente ligado pelos laços sociais entre os moradores. O “trabalho em equipe” é fortalecido pela configuração espacial, privilegiando a produção coletiva, o que finalmente pode garantir a funcionalidade e prosperidade da agrovila.

O desenvolvimento do âmbito rural dos países de América Latina merece que seja considerada tanto a produção quanto os espaços habitáveis para os trabalhadores e suas famílias. Deve&se pensar que as atividades realizadas nesses espaços fazem parte do ciclo produtivo e que, gerando bem& estar por meio daqueles espaços, aumentam as possibilidades de crescimento na produção. É necessário que arquitetos e urbanistas direcionem as pesquisas deles nas zonas rurais, sobretudo com propostas que estimulem o progresso dessa população.

JA

BENTOLINI, V.A.; CANNEINO, F.F. Considerações sobre o planejamento espacial e a organização da moradia dos assentamentos de reforma agrária no D.F. e entorno. $ !- , Juiz de Fora, ed. esp., p. 202&226, 2007.

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(35)

LEITE, S.; HENÉDIA, B.; MEDEINOS, L.; PALMEINAS, M.; CINTNÃO, N. (Orgs.). & -' ' - & -' : um estudo sobre o meio rural brasileiro. Brasília: Nead/Unesp, 2004. 391 p.

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VIDLEN, A. M. - %! & /E /N Milano: Skira, 2006. p. 19&27.

(36)

9

: Neste trabalho, objetivou&se determinar a proposta arquitetônica da residência para o trabalhador, segundo o conceito gerado das necessidades do usuário e das características da agrovila onde essa será inserida. Com base em estudos de caso, assim como no conceito de “trabalho em equipe”, que surgiu no processo de concepção da agrovila, foram realizadas e avaliadas alternativas de residência, em que se encontrou vantajoso privilegiar as regiões sociais para possibilitar a convivência entre família e vizinhos e o trabalho em equipe. Essa e outras vantagens foram resumidas em uma proposta definitiva, coerente com o projeto definitivo de agrovila.

+ *! . * : Negiões sociais, convivência, trabalho em equipe.

: In the present study aimed to determine the architectural proposal of residence for the employee generated according to the concept of user needs and characteristics of the rural village which will be inserted. Based on case studies, as well as the concept of "teamwork" that arose in the design process of the rural village, were performed and evaluated alternative residence, where they found advantageous to focus on the regions to enable social interaction between family and neighbors anyway teamwork. This and other advantages were summarized in a final proposal, with the consequent definitive draft rural village.

D /E'! : Social areas, coexistence, teamwork.

;A 01

São escassos os estudos com enfoque arquitetônico para residências em agrovilas para trabalhadores.

Lussy (1993), por exemplo, faz uma descrição geral, gráfica e textual de algumas casas em agrovilas localizadas em diferentes fazendas do Brasil.

Dentro do trabalho de Leite et al. (2004), além das análises das agrovilas nos assentamentos em que foram pesquisados, foram mencionadas algumas das características das moradias ali inseridas.

Arruda (2007) apresentou reflexões sobre a implantação do Programa de Subsídio Habitacional Nural (PSH&Nural), desde a observação do modo de vida camponês para a construção de moradias em um regime de mutirão e autogestão, na fazenda Pirituba, Itapeva, Estado de São Paulo.

(37)

poucos, não apresentam amplamente uma clara relação física com o conjunto a que pertencem, sugerindo falta de planificação.

Objetivou&se com este trabalho determinar a proposta arquitetônica da residência para o trabalhador, segundo o conceito gerado das necessidades do usuário e das características da agrovila onde essa será inserida.

9A

9A;A -( ' '

Consideraram&se elementos como as diferentes tipologias de residências para trabalhadores as agrovilas; os critérios para o desenvolvimento dessas agrovilas; as zonas em que essas estão divididas (zonas de lazer, de serviço, de descanso e circulação); descrição do projeto; e relação com a ambiência segundo o projeto e os materiais.

As informações foram extraídas de aplicações de residências em agrovilas, com base nas pesquisas realizadas previamente por Leite et al. (2004), Arruda (2007) e Lussy (1993). Da pesquisa de Leite et al. (2004), foram retiradas informações do Estado de Santa Catarina, enquanto as demais foram realizadas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente.

A organização sistemática dessa informação foi feita por meio de planilhas, levando em consideração os elementos mencionados anteriormente, para facilitar a análise das características dessas residências apresentada nas Tabelas 1, 2 e 3. Com base nas características encontradas nessas informações, foram determinados os parâmetros para iniciar o processo de projeto das residências.

9A9A + 43

Consistem do processo criativo, dividido nas etapas de concepção, avaliação e definição da proposta.

(38)

realizou&se um estudo com três alternativas, representadas por meio de plantas e cortes arquitetônicos.

As alternativas foram avaliadas à luz dos parâmetros empregados para a elaboração delas, aproximando à definição arquitetônica da moradia.

Finalmente, este processo deu lugar ao desenho de uma proposta de casa típica, com possibilidade para se adaptar a condições reais de uma agrovila.

FA 1

FA;A -( ' '

(39)

Tabela 1 & Planilha de informação sobre residências para trabalhadores: Fazenda Brasília

Fonte: Adaptada de Lussy (1993).

ÁREA (m²) COMPONENTES SITUAÇÃO NO CONJUNTO

CRITÉRIOS PARA SEU DESENVOLVIMENTO (Descrição)

2 qua rtos Sem i nforma çã o

3 qua rtos Sem i nforma çã o

-

--

-ÁREA (m²) DESCRIÇÃO DO DESIGN

LAZER Sem i nforma çã o

SERVIÇO Sem i nforma çã o

DESCANSO Sem i nforma çã o

CIRCULAÇÕES Sem i nforma çã o

VENTILAÇÃO ILUMINAÇÃO PISOS COBERTURA FECHAMENTOS CARACTERÍSTICA T IP O LO G IA

S Qua rtos, cozi nha e copa juntos , sa la , ba nhei ro, á rea de servi ço, va ra nda e

pa ss i lho.

Ca s a s pa ra va quei ros, di s pos ta s em fi l ei ra , frente uma rua que a s s epa ra de outra fi l ei ra de ca s a s pa ra outro

ti po de tra ba lha dor.

INFORMAÇÃO RESIDÊNCIAS PARA TRABALHADORES

NOME AGROVILA Fa zenda Bra s íl i a , de Rubens Res ende Peres .

LOCALIZAÇÃO Muni cípio de Sã o Pedro dos Ferros - MG.

Di ferente número de qua rtos pa ra di ferente ta ma nho de fa míli a s .

CARACTERÍSTICA COMPONENTES

ZO

N

A

S

Sa l a (ca s a 2 qua rtos ), e s a l a e va ra nda (ca s a 3 qua rtos).

As zona s es tã o cl a ra mente di ferenci a da s . Cozi nha e copa se

encontra m juntos devi do à costume de server de us o múl tiplo. Na ca s a de 3 qua rtos ,

cozi nha e s ervi ço estã o s epa ra dos dos dema i s es pa ços ,

em conta to com o terreno, enqua nto os dema is cômodos se

encontra m el eva dos , pa ra melhora r a a mbi ênci a da ca sa . Cozi nha , ba hei ro e va ra nda .

Qua rtos .

Pa s s i lho que leva a os qua rtos e a o ba nehiro, ta mbém à cozi nha em uma

da s sol uções.

CARACTERÍSTICA DESCRIÇÃO A M B N CI A

Sem i nforma çã o.

Nã o é ofereci da mui ta i nforma çã o s obre o tema . Pa rece s er um telha do s i mpl es em dua s á gua s.

Uni ca mente s e i nforma que os fecha mentos s ã o gros s os.

Devi do a o cli ma quente, a pres énta -se um des nível entre a á rea de s ervi ço e os dema i s cômodos, a umenta ndo a a l tura do pé-direi to nes s a á rea e consequentemente o vol ume de a r; enqua nto no res to dos cômodos ci rcul a o a r l i vremente emba i xo del es . A venti l a çã o no i nterior da ca s a se fa z a tra vés de um ri pa do + tel a , l oca li za do na a l tura da verga da s ja nel a s , já que ela s perma necem herméti ca s .

(40)

Tabela 2 & Planilha de informação sobre residências para trabalhadores: Oeste de Santa Catarina

Fonte: Adaptada de Leite et al. (2004).

ÁREA (m²) COMPONENTES SITUAÇÃO NO CONJUNTO

CRITÉRIOS PARA SEU DESENVOLVIMENTO (Descrição)

Sem

i nforma ção Sem i nformação Sem

i nforma ção Sem i nformação Sem

i nforma ção Sem i nformação Sem

i nforma ção Sem i nformação

ÁREA (m²) DESCRIÇÃO DO DESIGN

LAZER Sem i nformação

SERVIÇO Sem i nformação

DESCANSO Sem i nformação

CIRCULAÇÕES Sem i nformação

VENTILAÇÃO ILUMINAÇÃO PISOS COBERTURA FECHAMENTOS CARACTERÍSTICA T IP O LO G IA

S Cons is tem de 4,3 cômodos em médi a, s em incl ui r

ba nhei ro (s al a, va ra nda , cozinha e

qua rtos).

Sã o cas as em l otes i ndi vi duai s , onde

s e faz também a produção, mui to próxi ma s entre s i para conforma r o "bai rro rural " com

s eu centro.

INFORMAÇÃO RESIDÊNCIAS PARA TRABALHADORES

NOME AGROVILA Vári os a ss entamentos no oeste de Santa Cata rina.

LOCALIZAÇÃO Oes te de Santa Catari na .

Nã o é ofereci da i nforma ção acerca do desenvol vi mento das

pos s ívei s ti pol ogi as , ma s tudo parece i ndi car que ca da famíl i a

construi s egundo seu própri o cri téri o.

CARACTERÍSTICA COMPONENTES Z O N A S

Sal a e vara nda .

Não tem informaçã o s obre es te tema.

Cozi nha , banhei ro e/ou pos s ível mente varanda.

Quarto ou quartos . Sem informaçã o

CARACTERÍSTICA DESCRIÇÃO A M B N C IA

A pesqui s a não regi s tra i nforma ção com rel ação à venti l a ção e i luminaçã o, mas a di s posi ção das cas as , s epara das , uma em cada l ote, faz s upor que as quatro fachada s s ão aprovei tadas para dar entrada de l uz e ar, atra vés de janel as .

Sem informaçã o. Sem informaçã o.

(41)

Tabela 3 & Planilha de informação sobre residências para trabalhadores: Assentamento Fazenda Pirituba

Fonte: Adaptada de Arruda (2007).

ÁREA (m²) COMPONENTES SITUAÇÃO NO CONJUNTO

CRITÉRIOS PARA SEU DESENVOLVIMENTO (Descrição)

2 qua rtos e

ba nheiro fora 75.83 3 qua rtos e

ba nheiro fora 75.83 2 qua rtos e

ba nhei ro 75.83 3 qua rtos e

ba nhei ro 75.83

ÁREA (m²) DESCRIÇÃO DO DESIGN

LAZER 8,68 e de 12,15 a

14,93

SERVIÇO

de 13.31 a 17,32 (cozi nha ), 2,62

(ba nhei ro)

DESCANSO 8,68 (má xi mo)

CIRCULAÇÕES -VENTILAÇÃO ILUMINAÇÃO PISOS COBERTURA FECHAMENTOS

Ca da ti pol ogía res ultou do convenio entre desenhi s ta s e

comuni da de, pa ra fa cil i ta r a a utoconstruçã o: ma rca çã o de ei xos , comprens ã o do des enho a rqui tetôni co, a compa nha mento

dos mestres de obra , etc.

CARACTERÍSTICA T IP O LO G IA S CARACTERÍSTICA

Qua rtos , cozi nha e copa juntos, s a la , ba nhei ro e a á rea de s ervi ço es tá mis tura da com a

á rea de a ces so.

Dis pos ta s em fi l ei ra , a os l a dos de uma rua úni ca .

A M B N CI A

Fora m escolhi dos pa rede es trutura l em a dobe (ti jol o de terra crua e pa l ha de a rroz + á gua , seco a o s ol ).

CARACTERÍSTICA COMPONENTES Z O N A S DESCRIÇÃO

Sem i nforma çã o.

Teto em dua s á gua s, com um entra ma do de ma dei ra denomi na do VIP (ou Vi ga La mina da Prega da ), com l á mi na s de Pi nus que ga ra nte a resi s tência estrutura l e qua l i da de es téti ca como componente de cobertura .

Venti l a çã o e i lumi na çã o é na tura l , a tra vés de ja nel a s pa ra ca da espa ço. A venti l a çã o é cruça da , pa ra uma renova çã o do a r ma i s efi ci ente. Nes te ca s o tivera m a s ses oria técni ca na ori enta çã o com rel a çã o a o s ol e o vento.

Sa l a e va ra nda .

As zona s de des ca nso estã o coloca da s no fundo o desi gn, ma s

nã o exi ste um es pa ço de tra nsi çã o entre o públ ico e o pri va do. A cozi nha é i ndependete

da sa l a e ca da um tem a cess o des de o exteri or. Cozi nha , ba nhei ro e va ra nda .

Qua rtos .

Fa zem pa rte da s zona s comuns (sa la , cozi nha e va ra nda ), se m neces s ida de

de á rea s a di ci ona i s.

INFORMAÇÃO RESIDÊNCIAS PARA TRABALHADORES

NOME AGROVILA Ass enta mento Fa zenda Pi rituba (a grovi la s 1 e 4).

LOCALIZAÇÃO

Imagem

Tabela 1 - Planilha de informação sobre agrovilas: oeste de Santa Catarina
Tabela  2  &amp;  Planilha  de  informação  sobre  agrovila:  empresa  agroindustrial  nutriorgânica
Tabela 3 &amp; Planilha de informação sobre agrovila: assentamento Padre Josimo
Figura  2  &amp;  Diagrama  esquema b
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Referências

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