• Nenhum resultado encontrado

Eletrencefalograma digital com mapeamento em demência de Alzheimer e doença de Parkinson: estudo prospectivo controlado.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Eletrencefalograma digital com mapeamento em demência de Alzheimer e doença de Parkinson: estudo prospectivo controlado."

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

ELETRENCEFALOGRAMA DIGITAL COM MAPEAMENTO EM

DEMÊNCIA DE ALZHEIMER E DOENÇA DE PARKINSON

ESTUDO PROSPECTIVO CONTROLADO

MARCOS C. SANDMANN*, EDSON R. PIANA**, DANIEL S. SOUSA***,

PAULO R. M. DE BITTENCOURT****

RESUMO - C o m o intuito de estudar a atividade eletrencefalográfica e m vigilia da demência senil de tipo Alzheimer (DA) e da doença de Parkinson (DP) foi iniciado estudo prospectivo e controlado. Foram comparados 6 pacientes com DA e 11 pacientes com DP, com um grupo controle composto por 12 pacientes com depressão maior crônica leve a moderada (DSM-III-R, 1987). Nos três grupos, através de análise espectral, foi obtida a mediana da frequência da energia da atividade dominante posterior. O grupo controle apresentou atividade posterior com frequência de 8,79 ± 0,52 (m±dp). No grupo com DA este valor foi 6,65 ± 0,80 (m±dp) e no grupo com DP 7,69± 1,39 (m±dp). A hipótese experimental de que pacientes com DA e DP diferem dos controles em relação à atividade de fundo (definida como anormal sendo <8) foi confirmada pelo teste do qui quadrado (p=0,01) e no teste t a média das frequências da energia posterior foi significativamente menor nos pacientes com DA (p=0,01) e DP (p=0,05) do que nos controles. O s resultados indicam que esta anormalidade possa ser correlacionada com o grau de comprometimento cortical e a gravidade da evolução da DA e da DP.

PALAVRAS-CHAVE: eletrencefalografia, mapeamento cerebral, demências, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, depressão.

Serviços de Neurologia e Eletroencefalografia d o Hospital Nossa Senhora das Graças, Curitiba: * Neurologista e Fellow e m Epileptologia e Eletroencefalografia, ** Residente do Serviço de Neurologia; *** Residente do Serviço de Neurocirurgia, **** Chefe dos Serviços de Neurologia e Eletroencefalografia. Aceite: l 7 - n o v e m b r o - l 9 9 5 .

Dr. Paulo Rogério M. de Bittencourt Unidade de Neurologia Clínica S/C Ltda Rua Padre Anchieta 155 -80410-030 Curitiba PR - Brasil.

Digital E E G with b r a i n m a p p i n g in A l z h e i m e r ' s d e m e n t i a a n d P a r k i n s o n ' s d i s e a s e : a p r o s p e c t i v e controlled s t u d y

ABSTRACT - In order to evaluate the EEG activity during wakefulness in senile dementia of the Alzheimer type (AD) and Parkinson's disease (PD), a prospective controlled study was performed. We compared 6 A D and 11 PD patients with a control group of 12 patients with mild to moderate major chronic depression (DSM-III-R 1987). The median of the frequencies and the power of the posterior dominant activity was obtained in the three groups using spectral analysis. The posterior activity had a frequency of 8.79±0.52 (mean±sd) in the contrc group, 6.65+0.80 (mean+sd) in the A D group and 7.69+1.39 (mean±sd) in the PD group. The experimenta] hypothesis that patients with A D and PD differ from controls in relation to the background activity (defined a abnormal <8) was confirmed by the chi square test (p=0.0l) and the t test showed that the mean of the frequency of the posterior power was significantly lower in A D (p=0.01) and PD (p=0.05) patients, compared with the controls. The results indicate that this abnormality could be correlated with the degree of cortical damage and natural history of these disorders.

(2)

O t e r m o d e m ê n c i a c a r a c t e r i z a u m a s í n d r o m e c o m p l e x a , c o m u m a m a i s d e 7 0 e t i o l o g i a s1 0

. A

d e m ê n c i a senil d e t i p o A l z h e i m e r ( D A ) é a m a i s f r e q ü e n t e e t i o l o g i a d e s t a s í n d r o m e , c o r r e s p o n d e n d o

a a p r o x i m a d a m e n t e 5 0 % d o s c a s o s e m v á r i a s s é r i e s c l í n i c a s2

. O s a c h a d o s e l e t r e n c e f a l o g r á f i c o s n a

D A p o d e m i n c l u i r l e n t i f i c a ç ã o d o ritmo p o s t e r i o r d o m i n a n t e , a u m e n t o d i f u s o d a a t i v i d a d e l e n t a

( d e l t a e t e t a ) e/ou s u r t o s d e a t i v i d a d e l e n t a c o m m a i o r a m p l i t u d e a n t e r i o r1 1

* -2 1 , 2 2

. O s a c h a d o s d e

a n á l i s e e s p e c t r a l s ã o s i m i l a r e s a o s r e l a t o s d e a n á l i s e v i s u a l e m v á r i o s e s t u d o s1 , 3 , 4

, e o g r a u d e g r a v i d a d e

d a d o e n ç a c o r r e l a c i o n a - s e c o m o g r a u d e a n o r m a l i d a d e s t a n t o n o E E G visual c o m o n a a n á l i s e espectral.

A s a n o r m a l i d a d e s e l e t r e n c e f a l o g r á f i c a s n a d o e n ç a d e P a r k i n s o n ( D P ) c o n s i s t e m d e a l t e r a ç õ e s difusas

e n ã o e s p e c í f i c a s , c o m o a l e n t i f i c a ç ã o d o s r i t m o s d e f u n d o p o s t e r i o r m e n t e e a u m e n t o n a a t i v i d a d e

t e t a e d e l t a6 , 1 9

. O s m e s m o s a c h a d o s f o r a m r e c e n t e m e n t e d e m o n s t r a d o s a t r a v é s d e a n á l i s e e s p e c t r a l2 0

.

E s t e e s t u d o , p r o s p e c t i v o e c o n t r o l a d o , u t i l i z a n d o c r i t é r i o s d i a g n ó s t i c o s b e m d e f i n i d o s p a r a

D A e D P1 1 1 5 , 2 4

, foi e l a b o r a d o v i s a n d o c o m p r o v a r a h i p ó t e s e e x p e r i m e n t a l d e q u e o s p a c i e n t e s

p o r t a d o r e s d e s t a s d u a s p a t o l o g i a s d i f e r e m d o s c o n t r o l e s e m r e l a ç ã o à a t i v i d a d e e l e t r e n c e f a l o g r á f i c a

d e f u n d o e m v i g í l i a . D i s c u t e - s e a i n d a a p o s s í v e l u t i l i z a ç ã o c l í n i c a d o e l e t r e n c e f a l o g r a m a d i g i t a l c o m

m a p e a m e n t o c o m o m a r c a d o r d a e v o l u ç ã o e d a g r a v i d a d e n a D A e n a D P .

MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo foi realizado de maneira prospectiva e controlada: três grupos paralelos de pacientes foram estudados progressivamente até que o menor deles tivesse 6 pacientes que preenchessem os critérios de entrada. No caso de DA estes eram documentação de doença progressiva por pelo menos 6 meses, com sintomas e sinais de deterioração em várias áreas cogntivas, sem sinais neurológicos de localização e sem demonstração de dano

parenquimatoso em exames de neuroimagem de boa q u a l i d a d e2

'5 , 1 0 1 5 , 2 4

. No caso de PA os mesmos critérios foram utilizados, porém com documentação de deterioração da tríade tremor, rigidez e acinesia ao invés de áreas c o g n i t i v a s " -2 4

. 0 diagnóstico de depressão maior crônica foi estabelecido segundo os critérios da American

Psychiatric Association5

.

Todos os pacientes incluídos estavam sendo seguidos nos ambulatórios ligados à Unidade de Neurologia Clínica S/C Ltda, sob orientação direta de MCS, PRM de B ou PJM Leite. Todos os pacientes foram vistos pelo menos três vezes por seu médico, tiveram história médica completa, exame físico geral e neurológico, investigação laboratorial de sangue, RX de tórax, E C G e um e x a m e de n e u r o i m a g e m satisfatório, seja tomografia computadorizada de alta resolução ou ressonância magnética. O líquido cefalorraquidiano não foi estudado de rotina. Todos os pacientes, inclusive do grupo controle, estavam medicados durante a investigação. Nenhum paciente tinha sinais de toxicidade a antipsicóticos (DA), antidepressivos tricíclicos e drogas agindo em receptores d o p a m i n é r g i c o s ( D P ) , ou de a n t i d e p r e s s i v o s t r i c í c l i c o s ( p o r t a d o r e s de d e p r e s s ã o ) . B a r b i t ú r i c o s e benzodiazepínicos não foram utilizados em nenhum dos três grupos. O antipsicótico foi a clorpromazina ou a tioridazina nos portadores de DA.

O grupo controle, com 12 portadores (4 homens) de depressão maior crônica leve a moderada5

, tinha média de idade de 68,33± 10,33 (m±dp) anos. O grupo de 6 pacientes (4 mulheres) com DA apresentava média de idade de 71 ±5,51 (m±dp) anos e os 11 pacientes (4 mulheres) DP, 67,36± 13,47 (m±dp) anos. O tempo de evolução dos sinais e sintomas dos pacientes com DA foi 4,22 ± 3,56 (m±dp) anos e 3,38±4,03 (m±dp) anos nos pacientes com DP. Todos os pacientes estavam em estado físico e mental bom o suficiente para comparecer ao laboratório de EEG e permitir um exame com qualidade suficiente para elaboração dos estudos de análise espectral.

A medida objetiva de atividade eletrencefalográfica utilizada neste estudo refletiu a atividade dominante

posterior em vigília com os olhos fechados, usualmente a atividade "alfa"l 7

. Nos três grupos de pacientes estudados foi obtida a mediana da freqüência da energia da atividade dominante nos canais compostos por Cz e T 5 , C3 C4, T6, O I , P3, P4 e 0 2 . O sinal foi obtido durante 20 minutos do traçado em vigília com olhos fechados, monitorizado através de sistema fechado de televisão com gravação em vídeo, com EEG de 16 canais, utilizando eletrodos de prata - cloreto de prata colocados segundo o Sistema Internacional 10-20. O sinal foi amplificado por aparelho Braintronics ISO-1032 e convertido através de placa análogo-digital. O traçado foi gravado em

memória de computador utilizando o programa Monitor (versão 7, Stellate Systems, Montreal1 1

'. A análise foi

feita off-line, utilizando o programa Rhythm (versão 9, Stellate Systems8

(3)
(4)
(5)

menos 13 segundos cada. Na análise espectral nós definimos os limites para o cáculo da mediana da atividade posterior entre 4 e 13 Hz e obtivemos os valores para a energia (power) em microvolts ao quadrado. Definimos ainda como mínimo normal uma mediana de 8,0 Hz. Uma média das medianas nos 8 canais posteriores foi a medida objetiva final de atividade eletrencefalográfica dominante posterior em vigília para cada paciente.

A análise estatística foi feita pelos testes do qui-quadrado e t de Student com nível de significação em 0,05 utilizando um programa estatístico (Minitab) e m computadores Apple Macintosh.

RESULTADOS

O grupo controle apresentou energia média da atividade posterior com freqüência de 8,79±0,52

(m±dp). No grupo com DA este valor foi 6,65±0,80 (m±dp) e com DP 7,67±1,23 (m±dp). A Figura

1 demonstra achados de análise espectral e mapeamento topográfico em paciente com DA que

apresenta energia dominante em vigília com olhos fechados reduzida de maneira difusa. Observamos

que neste exemplo ocorre diminuição da faixa de freqüência de energia normal (definida como

anormal sendo <8) para a faixa de freqüência de energia teta na análise espectral. No mapeamento

topográfico observa-se que esta distribuição de energia mantém um padrão de lentificação difusa.

A Figura 2 demonstra achados de análise espectral e mapeamento topográfico em pacientes

com DP que apresentam energia posterior reduzida. Observamos que ocorrem os mesmos achados

referidos no exemplo acima, em relação a análise espectral. No mapeamento topográfico observa-se

que esta distribuição de energia, embora anormalmente lenta, mantém o padrão de distribuição dos

pacientes com atividade de fundo normal, ou seja a distribuição da atividade alfa em pessoas saudáveis.

A hipóstese experimental de que os pacientes com DA e DP diferem dos controles em relação

à atividade de fundo (definida como anormal sendo <8) foi confirmada pelo teste do qui-quadrado

(p=0,01) e no teste t observou-se que a média das freqüências da energia posterior foi

significativamente menor nos pacientes com DA (p=0,01) e DP (p=0,05) do que nos controles.

DISCUSSÃO

O presente estudo demonstrou que nos pacientes com DA e DP a energia posterior avaliada

através de análise espectral encontra-se lentificada em relação ao grupo controle. Estes resultados

refletem outros anteriormente publicados na literatura

3

'

4

'

9 1 2 1 3 1 6 , 2 0 2 3

e podem caracterizar

comprometimento do córtex cerebral ou dos circuitos tálamo-corticais, estruturas responsáveis pela

formação da atividade eletrencefalográfica e de sua característica rítmica na faixa de freqüência. O

comprometimento foi mais severo em portadores de DA que de DP, sugerindo uma sensibilidade do

método para dano cortical, presente em maior grau em DA que em DP.

Existe a possibilidade de que os resultados pudessem serem parte relacionados com a utilização

de drogas antipsicóticas, antidepressivas, agonistas de receptores dopaminérgicos. Por outro lado,

não é possível utilizar este tipo de drogas em voluntários idosos saudáveis que pudessem compor

um grupo controle, ou utilizar um grupo controle com DA, DP ou depressão maior sem tratamento.

Principalmente em centros de cuidado terciário, pacientes com sintomatologia estabelecida e ao

mesmo tempo não tratados não são vistos suficientemente. Assim, nossa alternativa foi estudar

todos os pacientes quando estivessem em seu melhor estado clínico, em pleno tratamento, com

capacidade de marcha e cooperação com o laboratório de EEG, sem sinais clínicos de efeito excessivo,

principalmente de drogas antipsicóticas. Como os pacientes com depressão também estavam

medicados, usualmente com as mesmas drogas que os portadores de DP, este efeito foi controlado

pela estratégia experimental de estudo controlado e prospectivo.

Vários estudos r e c e n t e s

9 1 2 1 3

'

2 3

procuram caracterizar os achados de análise espectral em

portadores de DA. Existem controvérsias das vantagens da análise espectral sobre a análise visual

1 7 , 2 1 , 2 2

.

Alem disso, em vários tipos de demência podem se demonstrar achados semelhantes

1 7

(6)

àquelas dos estudos mais recentes utilizando técnicas de EEG digital. Duas ou três décadas depois o

EEG digital vem confirmar de maneira quantitativa e objetiva, inclusive com possibilidades de

análise estatística, o que já havia sido descrito de maneira subjetiva a partir de análise visual do

EEG

6

-

1 5 , 1 7

'

1 9 , 2 1

. No entanto, este sinal clínico não é valorizado via de regra na prática neurológica

diária, seja em nosso meio ou mesmo em muitos outros países. Em outras palavras, o clínico não usa

a lentificação da atividade posterior do EEG como mais um sinal de envolvimento cortical em

pacientes com possível diagnóstico de DA ou DP. Da mesma forma, o médico não usa esta medida

como marcador de progresso da doença. Foge ao objetivo deste estudo avaliar as razões para esta

conduta clínica generalizada, apesar da ampla disponibilidade, falta de risco de complicações e

relativo baixo custo desta ferramenta diagnostica tão bem estabelecida na literatura internacional.

Neste nosso estudo, tanto nos pacientes com DA como nos de DP o diagnóstico foi estudado

essencialmente em bases clínicas, segundo critérios clássicos

1 1

-

2 4

. As fronteirras do diagnóstico entre

DP e outras formas de parkinsonismo progressivo idiopático, com maior ou menor envolvimento de

outros sistemas neurológicos, ficaram recentemente mais obscuras. Esta é uma das áreas da Neurologia

moderna que se tornou menos clara do ponto de vista de diagnóstico clínico. Da mesma maneira que

no diagnóstico diferencial de parkinsonismo, parece existir um espectro contínuo de variablidade

sintomática entre DA e demências que ocorrem na história natural de paralisia supranuclear

progressiva

7

, doença de Parkinson ou doença de corpos de Lewy

1 4

. A dúvida clínica se reflete até

mesmo em laboratório, pois o envolvimento anátomo-patológico pode afetar de maneira variável

estruturas ligadas ao tronco cerebral, gânglios da base, córtex, ou todas estas estruturas em conjunto,

respectivamente em paralisia supranuclear progressiva, doença de Parkinson, doença de Alzheimer

e doença de corpos de Lewy

1

'

7

*

1 4

'

2 0

.

Fica claro que o "sinal do teta que parece alfa", como descrito em outras palavras há muitos

anos na literatura c l á s s s i c a

6 1 5 1 7 1 9

'

2 1

e exemplificado neste estudo, deve eventualmente aparecer em

todas estas entidades clínicas nas quais uma correlação diferente do tempo de evolução clínica da

doença com o grau de lentificação possa ocorrer.

Nossa contribuição foi tentar estabelecer uma ferramenta de quantificação objetiva e quantitativa,

de fácil replicação, da evolução da história natural do dano cortical observado nas duas doenças mais

comuns e ao mesmo tempo mais clássicas deste grupo. Tentamos abordar este problema básico da

prática clínica neurológica atual, utilizando uma ferramenta que quantifica de maneira objetiva a função

tálamo-cortical. Em tempos de controle de custos, este método eletrencefalográfico providencia uma

oportunidade única de obter uma avaliação funcional objetiva e quantitativa de uma encefalopatia

clinicamente relevante. Comprovamos o achado em si, a utilidade da maneira proposta de medir a

lentificação e demonstramos sua variação em pelo menos duas síndromes que envolvem o encéfalo de

maneiras distintas, com dano cortical presumivelmente maior em DA que em DP.

Propomos que este método não invasivo, disponível em vários centros com custo relativamente

acessível, seja utilizado mais rotineiramente para facilitar a tarefa da confecção do diagnóstico. Uma

análise espectral demonstrando lentificação da mediana da atividade dominante posterior em vigília,

em paciente com demência sem sinais focais ao exame clínico, com neuroimagem sem dano

parenquimatoso, na ausência de encefalopatia medicamentosa ou metabólica, é sugestiva de DA.

Em DP, é possível que a lentificação progressiva da medida da atividade de fundo se correlacione

com o grau de demência. Finalmente, sugerimos: que próximos estudos deveriam avaliar populações,

por menores que sejam, de portadores de outras formas de demência e parkinsonismo,

comparativamente a DA e DP; e que estudos longitudinais avaliem estas síndromes, com o objetivo

de estabelecer sua história natural do ponto de vista eletrencefalográfico.

(7)

digital da Unidade de Neurologia Clínica S/C Ltda. Agradecem ainda a National Epilepsy Library da Epilepsy Foundation of America pela revisão bibliográfica.

REFERÊNCIAS

1. Brenner RP, Reynolds CF, Ulrich RF. Diagnóstic efficacy of computerized spectral versus visual E E G analysis in eldery normal, demented and depressed subjects. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1988; 69:110-117.

2. Chui HC. Dementia: a review emphasizing clinicopathologic correlation and brain-behavior relationships. Arch Neurol 1989; 48:809-814.

3. Coben LA, Danziger W, Berg L. Frequency analysis of the resting awake EEG in mild senile dementia of Alzheimer type. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1983; 55:372-380.

4. Coben LA, Danziger W, Storandt M. A longitudinal EEG study of mild senile dementia of Alzheimer type: changes at 1 year and 2.5 years. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1985; 61:101-112.

5. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorder (DSM-III-R). 3rd Edition Revised. The American Psychiatric Association, 1987.

6. E n g l a n d A C , S c h w a b R S , P e t e r s o n E . T h e e l e c t r o e n c e p h a l o g r a m in P a r k i n s o n ' s s y n d r o m e . Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1959; 11:723-731.

7. Gearing M, Olson DA, Watts RL, Mirra SS. Progressive supranuclear palsy: neuropathologic and clinical heterogeneity. Neurology 1994; 44:1015-1024.

8. Gotman J. The use of computers in analysis and display of EEG and evoked potenciais. In Daly D D , Pedley TA (eds). Current practice of clinical electroencephalography. Ed 2. New York: Raven Press 1990. 9. Gunther W, Giunta R, Klages U, Haag C, Steinberg R, Stazger W, Jonitz L, Engel R. Findings of

electroencephalographic brain mapping in mild to moderate dementia of Alzheimer type during resting, motor, and music-perception conditions. Psychiatry Res 1993; 50:163-176.

10. Katzman R. Differential diagnosis of dementig illnesses. Neurol Clin 1986; 4:329-340.

11. Roller W C . How accurately can Parkinson's disease be diagnosed ? Neurology 1992; 42 (Suppl 1): 6-16. 12. Leuchter AF, Cook IA, Newton TF, Dunkin J, Walter DO et al. Regional differences in brain electrical

activity in dementia: use of spectral power and spectral ratio measures. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1993; 87:385-393.

13. Maurer K, Dierks T. Functional imaging procedures in dementias: mapping of EEG and evoked potentials. Acta Neurol Scand 1992; Suppl 139:40-46.

14. McKeith IG, Fairbairn AF, Bothwell RA, More PB, Ferrier IN, Thompson P, Perry RH. An evaluation of the predictive validity and inter-rater reliability of clinical diagnostic criteria for senile dementia of Lewy body type. Neurology 1994; 44:872-877.

15. McKhann G, Drachman D, Folstein M, Katzman R, Price D, Standlan EM. Clinical diagnosis of Alzheimer's disease: report of the N I N C D S - A D R D A work group under the auspices of the Department of Health and Human Services Task Force on Alzheimer's Disease.Neurology 1984; 34:939-944.

16. Mempel E, Purska-Rowinska E, Tarnecki R. Brain mapping in Parkinson disease treated by cryothalamotomy. Neurol Neurochir Pol 1992; Suppl 1:192-199.

17. Niedermeyer E, Lopes da Silva F (eds).Electroencephalography: basic principles, clinical applications and related fields.Ed 3. Baltimore:Williams and Wilkins, 1993.

18. Rae-Grant A, Blume W, Lau C, Hachinski VC, Fishman M, Merskey DM. The electroencephalogram in Alzheimer-type dementia: a sequential study correlating the electroencephalogram with psychometric and quantitative pathologic data. Arch Neurol 1987; 44:50-54.

19. Sirakov AA, Mezan IS. EEG findings in Parkinsonism. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1963; 15:321-322.

20. Soikkeli R,Partanen J, Soininen H, Paakkonen A, Riekkinen P. Slowing of EEG in Parkinson's disease. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1991; 79:159-165.

2 1 . Soininen H, Partanen VJ, Heikala E-L, Riekkinen PJ. EEG findings in senile dementia and normal aging. Acta Neurol Scand 1982; 65:59-70.

22. Soininen H, Partanen J et al. Longitudinal EEG spectral analysis in early stages of Alzheimer's disease. Electroencephalogr Clin Neurophysiol 1989; 72:290-297.

2 3 . Szeilles B. Brain m a p p i n g for discriminating age related changes from d e m n t i a . N e r v e n a r z t 1992; 6 3 : 6 0 9 - 6 1 8 .

Referências

Documentos relacionados

Para que o estudante assuma integralmente a condição de cidadão é preciso dar-lhe voz. Sendo o diálogo, portanto, fundamental para a cidadania, o professor de Ciências deve buscar

Como foi visto, a primeira etapa do processo decisório de consumo é o reconhecimento da necessidade, com isso, observou-se que, nessa primeira etapa, os consumidores buscam no

Um tempo em que, compartilhar a vida, brincar e narrar são modos não lineares de viver o tempo na escola e aprender (BARBOSA, 2013). O interessante é que as crianças

Costa (2001) aduz que o Balanced Scorecard pode ser sumariado como um relatório único, contendo medidas de desempenho financeiro e não- financeiro nas quatro perspectivas de

Para conhecer os efeitos de um sistema integrado de gestão nas Instituições Federais de Ensino Superior – IFES – sobre a utilização da informação contábil, o Departamento

Informações tais como: percentual estatístico das especialidades médicas e doenças, taxas de ocupação dos principais recursos, tempos de permanência de internação, escores

A empresa aqui denominada ARTCOURO COMERCIAL LTDA – pequena empresa de confecção de artigos de couro de uso pessoal de alta qualidade (bolsas, malas, cintos, carteias)

O custeio baseado em atividades e a gestão por atividades nas empresas de autopeças instaladas no Brasil, visto dentro da ótica das empresas líderes de mercado em seus segmentos