Efeitos da ligadura, livre drenagem de secreções para o peritôneo e oclusão do ducto pancreático com prolamina sobre os componentes exócrino e endócrino do pâncreas de coelhos: estudo clínico, laboratorial e histopatológico

(1)

L auro Bogodar K uczynski

EFEITOS DA LIGADURA, LIVRE DRENAGEM DE

SECREÇÕES PARA O PERITÔNEO E OCLUSÃO

DO DUCTO PANCREÁTICO COM PROLAMINA

SOBRE OS COMPONENTES EXÓCRINO E

ENDÓCRINO DO PÂNCREAS DE COELHOS

ESTUDO CLÍNICO, LABORATORIAL E HISTOPATOLÓGICO

Orientador: Prof. Adjunto César Tadeu Spadella

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU

2003

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP

FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU

Lauro Bogodar Kuczynski

Efeitos da ligadura, livre drenagem de secreções para o peritôneo e

oclusão do ducto pancreático com prolamina sobre os componentes exócrino e endócrino do pâncreas de coelhos: Estudo clínico, laboratorial

e histopatológico

Orientador: Prof. Adjunto César Tadeu Spadella

Botucatu - SP 2003

(3)

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO DE AQUIS. E TRAT. DA INFORMAÇÃO DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP

BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ELZA NUMATA

Kuczynski, Lauro Bogodar.

Efeitos da ligadura, livre drenagem de secreções para o peritôneo e oclusão do ducto pancreático com prolamina sobre os componentes exócrino e

endócrino do pâncreas de coelhos : estudo clínico, laboratorial e histopatológico / Lauro Bogodar Kuczynski. – 2003.

Tese (doutorado) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, 2003.

Orientador: César Tadeu Spadella Assunto CAPES: 40102068

1. Pâncreas - Cirurgia - Estudos experimentais

CDD 617. 557

(4)

“Nutra sua mente com pensamentos

grandiosos, pois você jamais irá além

daquilo que você pensa”.

Be nja min Disra e li

Aos

meus avós paternos e maternos

e ao

meu pai Bogodar

(5)

À

minha mãe Paulina

e aos

meus irmãos

Igor, Bogodar, Kátia Maria

e

Ana Paula

Aos

meus filhos Uliana, Adriano

e

Juliano

(6)

(7)

HOMENAGEM I

Ao

Professor William Saad Hossne

,

pioneiro da Cirurgia Experimental em nosso meio, pessoa com

quem a gente sempre aprende dentro e fora das salas de aula.

HOMENAGEM II

Ao

Professor Francisco Humberto de Abreu

Maffei

, um verdadeiro comandante, pessoa compreensiva

e dotada da virtude da simplicidade.

HOMENAGEM III

Ao

Professor César Tadeu Spadella

,

Meu orientador, real conhecedor de todas as facetas

da pesquisa experimental, cuja paciência e dedicação

(8)

(9)

AGRADECIMENTOS

À

Divina Providência

que sempre esteve presente nas situações

críticas e de perigo.

Ao

Padre Domingos Starepravo

,

Provincial da Ordem de São Basílio

Magno, sob iluminação divina eficaz nos momentos aflitivos.

Ao meu colega de profissão e amigo

Dr. Romualdo Gonçalves

Piovezana

,

pelo seu inegável apoio. Também a todos os

funcionários

da Clínica sob sua direção, onde trabalho.

Ao

Dr. Sérgio Rocca

, colega, médico em Curitiba – PR, por seus

adequados conselhos.

Ao

Prof. Dr. Christoph Gebhardt

, Chefe do Departamento de

Cirurgia do Hospital de Nürnberg – República Federal da Alemanha, amigo,

sempre pronto a orientar, tanto nos procedimentos cirúrgicos, como na parte

científica.

Ao

Prof. Dr. Elson Félix Mendes,

da Disciplina de

Gastroenterologia Cirúrgica, do Departamento de Cirurgia e Ortopedia da

Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp, mentor intelectual das bases

experimentais deste trabalho, pela orientação inicial da sua fase piloto.

À

Profa. Dra. Maria de Lourdes M. Vicentini Paulino,

(10)

Ao

Prof. Dr. Joaquim José Gama Rodrigues

,

Professor Titular

do Departamento de Cirurgia da USP, Chefe da Cirurgia de Estômago e

Intestino, por suas valiosas orientações.

Ao

Prof. Dr. Carlos Eduardo Bacchi

,

do Departamento de

Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, pela inestimável

orientação e acompanhamento do estudo histopatológico.

Ao

Prof. Dr. Carlos Roberto Padovanni

,

pela execução e

orientação das análises estatísticas.

À bióloga

Sônia Maria Capeletti

e às funcionárias

Maria Clara

Ferreira Chaguri, Irene Spago, Maria Helena Spadot

de Lima, Danilo Borsatto, Danilo Chaguri, Luiz

Carlos Edevalter Bardella, Egídio Benedito Borsatto

e

José Carlos Trindade

(in memoriam)

do Laboratório de Técnica

Cirúrgica e Cirurgia Experimental do Departamento de Cirurgia e Ortopedia

da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, pelo rigoroso cumprimento

do cronograma experimental, organização de protocolos e execução das

coletas de materiais para as análises realizadas neste trabalho, bem como pelo

relevante serviço no seguimento dos animais e nos procedimentos

experimentais, e pela eficiência e versatilidade nas circunstâncias inusitadas.

Aos

funcionários do Laboratório de Radioimunoensaio

da Disciplina de Endocrinologia

da Faculdade de Medicina de

Botucatu – UNESP, em especial à

Sra. Cláudia Lúcia Hecker

Vasques

e

Elizabeth Ricci Colaço

,

pelas dosagens de insulina

(11)

Aos

funcionários do Laboratório de Pesquisa

Experimental do Departamento de Pediatria

da Faculdade de

Medicina de Botucatu – UNESP, especialmente à

Sra. Neusa Maria

Ferreira

,

pela execução das dosagens bioquímicas, assistida por

Paulo

Sérgio Dionízio, Cristina Maria Fortes Rezende,

Maria Regina Moretto de Oliveira

e

Alvina Franco

Ramos.

À

Sra. Simone Barroso Corvino Camargo

,

funcionária da

Pós-Graduação da Cirurgia, pela prestimosa ajuda, sempre que solicitada.

À

Sra. Mari Ribeiro Jorge

, oficial administrativa do Departamento

de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, por

sua colaboração.

Às

Srtas. Érika Carolina Rossetto

e

Camila Adriana

Rossetto

, secretárias, pelo eficiente e prestativo trabalho de digitação do

texto.

À

Srta. Elza Numata

, funcionária da Seção de Aquisição e Tratamento

da Informação da Divisão Técnica de Biblioteca e Documentação do Campus

da Unesp de Botucatu, pelo auxílio na confecção da ficha catalográfica e

referências bibliográficas.

Ao

Sr. Carlos Eduardo Borgatto

,

funcionário do Departamento de

(12)

À

Regina Célia

Spadin

,

Vera Lúcia Aparecida Mengue,

Nathanael Pinheiro Salles, Lílian Cristina Nadal

Bianchi Nunes, Tânia Alice de Andrade, Vânia do

Amaral Solear, Valdelice Ramos

e

Rivaldo Antônio

Piacitelli

,

funcionários da Secção de Pós-Graduação da Faculdade de

Medicina de Botucatu – UNESP, pela inesgotável solicitude em orientar,

assim como pela forte e saudável amizade surgida.

Ao

Sr. Nicolau Salkoski

,

pelo auxílio na digitação, e na organização

dos dados brutos deste trabalho, em tabelas e gráficos.

À

Dra. Marici Sugisawa Sato

,

do Laboratório de Análises Clínicas

Dr. Massao Sugisawa, em Curitiba – PR, pela cordial aquiescência em

executar grande parte das dosagens de amilase.

À

Sua Excia. Bispo D. Efrem B. Krevey

e às

Irmãs Servas

de Maria Imaculada

por sua gentil acolhida na Casa de Repouso para

(13)

(14)

ÍNDICE

INTRO DUÇ ÃO ... 01

O BJETIVO S... 09

REVISÃO DA LITERATURA... 11

1. As p rime ira s d e sc o b e rta s e e xp e riê nc ia s a c e rc a d a a na to mia , histo lo g ia e imp o rtâ nc ia d o p â nc re a s... 12

2. O p â nc re a s c o mo se d e d e d o e nç a s... 14

3. A a ç ã o d e le té ria d a se c re ç ã o e xó c rina d o p â nc re a s e o se u c o ntro le p e la lig a d ura d o d uc to d e Wirsung ... 16

4. A d re na g e m d uc ta l livre p a ra o p e ritô ne o ... 18

5. A o c lusã o d o d uc to p a nc re á tic o c o m p o líme ro s sinté tic o s... 19

MATERIAL E MÉTO DO S... 23

1. Anima is utiliza d o s... 24

2. G rup o s e xp e rim e nta is... 24

3. De line a me nto e xp e rime nta l... 25

3.1. Ad a p ta ç ã o d o s a nima is e so rte io d o s g rup o s e sub g rup o s... 25

4. Pa râ me tro s a na lisa d o s... 26

4.1. C línic o s... 26

4.2. La b o ra to ria is... 27

4.3. Histo p a to ló g ic o s... 27

5. Mo me nto s d e a va lia ç ã o e sa c rifíc io ... 27

6. Me to d o lo g ia utiliza d a p a ra a o b te nç ã o d e p a râ me tro s c línic o s e la b o ra to ria is... 28

7. Té c nic a s utiliza d a s... 29

7.1. Pré -o p e ra tó rio ... 29

7.2. Ane ste sia ... 29

7.3. Pro c e d ime nto s c irúrg ic o s re a liza d o s... 30

7.3.1. Té c nic a c irúrg ic a no g rup o no rma l ma nip ula d o (N)... 32

7.3.2. Té c nic a c irúrg ic a no g rup o a b e rto , c o m d re na g e m livre d e se c re ç õ e s p a nc re á tic a s p a ra o p e ritô ne o (A)... 32

7.3.3. Té c nic a c irúrg ic a no g rup o lig a d o (L)... 32

7.3.4. Té c nic a c irúrg ic a no g rup o sub me tid o à inje ç ã o d e p o líme ro sinté tic o (I)... 33

(15)

8. Mé to d o s utiliza d o s na s d o sa g e ns la b o ra to ria is... 35

8.1. Do sa g e ns d e a mila se sé ric a ... 35

8.2. Do sa g e ns d e g lic o se sa ng üíne a e uriná ria ... 36

8.3. Do sa g e ns d e insulina p la smá tic a ... 36

9. Sa c rifíc io d o s a nim a is... 36

10. Exa me ma c ro sc ó p ic o e histo p a to ló g ic o ... 37

10.1. Exa m e m a c ro sc ó p ic o ... 37

10.2. Exa me histo p a to ló g ic o ... 37

11. Aná lise e sta tístic a ... 38

RESULTADO S... 40

1. Q ua nto a o s mé to d o s e té c nic a s c irúrg ic a s e mp re g a d a s... 41

1.1. Mé to d o s... 41

1.1.1. Ane ste sia ... 41

1.1.2. C o le ta d e d a d o s c línic o s e m g a io la s ind ivid ua is... 42

1.1.3. C o le ta d e sa ng ue p o r p unç ã o ve no sa e intra c a rd ía c a ... 42

1.2. Té c nic a s c irúrg ic a s e mp re g a d a s... 43

1.2.1. Id e ntific a ç ã o d o d uc to p a nc re á tic o p rinc ip a l no c o e lho ... 43

1.2.2. C a te te riza ç ã o d o d uc to p a nc re á tic o d o c o e lho ... 43

1.2.3. Pre p a ro e inje ç ã o d e p o líme ro sinté tic o no d uc to p a nc re á tic o d o c o e lho ... 44

1.2.4. Dific uld a d e s na o b te nç ã o d e um mo d e lo e xp e rime nta l d e d re na g e m livre d e se c re ç õ e s p a nc re á tic a s p a ra o p e ritô ne o d o c o e lho ... 45

2. Evo luç ã o c línic a ... 46

2.1. G rup o no rma l ma nip ula d o (N)... 46

2.2. G rup o a b e rto c o m d re na g e m livre d e se c re ç õ e s p a ra o p e ritô ne o (A)... 46

2.3. G rup o c o m d uc to p a nc re á tic o lig a d o (L)... 47

2.4. G rup o sub me tid o à o b lite ra ç ã o d uc ta l c o m p o líme ro sinté tic o (I)... 47

3. Exa m e s la b o ra to ria is... 52

3.1.1. Am ila se sa ng üíne a ... 52

3.1.2. G lic o se sa ng üíne a , g lic o se uriná ria e insulina p la smá tic a ... 52

3.2.1. Am ila se sa ng üíne a ... 53

(16)

3.3.1. Amila se sa ng üíne a ... 54

3.4. G rup o sub me tid o à o b lite ra ç ã o d uc ta l c o m p o líme ro sinté tic o (I)... 54

3.4.1. Amila se sa ng üíne a ... 54

4. Estud o a na to mo p a to ló g ic o ma c ro sc ó p ic o ... 60

4.4. G rup o c o m o b lite ra ç ã o d uc ta l c o m p o líme ro sinté tic o (I)... 63

5. Estud o histo p a to ló g ic o ... 66

5.4. G rup o c o m o b lite ra ç ã o d uc ta l c o m p o lím e ro sinté tic o (I)... 73

DISC USSÃO ... 76

1. Q ua nto a o s a nim a is utiliza d o s... 77

2. Q ua nto a o s mé to d o s e té c nic a s utiliza d a s... 78

2.1. Ane ste sia ... 78

2.2. C o le ta e a va lia ç ã o d e d a d o s c línic o s e me ta b ó lic o s e m c o e lho s... 78

2.3. Té c nic a s c irúrg ic a s e mp re g a d a s... 79

2.3.1. A re a liza ç ã o d o g rup o simula d o ... 79

2.3.2. A d re na g e m d uc ta l livre na c a vid a d e p e rito ne a l... 81

2.3.3. A lig a d ura d o d uc to p a nc re á tic o ... 84

2.3.4. A o b lite ra ç ã o d o d uc to p a nc re á tic o c o m p ro la mina e o utro s p o líme ro s 86 2.3.5. A e xp e riê nc ia c o m o uso d e p o líme ro s sinté tic o s no tra ta me nto d a s d o e nç a s p a nc re á tic a s... 91

2.3.6. A e xp e riê nc ia c o m o uso d e p o líme ro s sinté tic o s na p re ve nç ã o d e fístula s p a nc re á tic a s... 93

2.3.7. A e xp e riê nc ia c o m o uso d e p o líme ro s sinté tic o s na a b o rd a g e m d a se c re ç ã o e xó c rina d e e nxe rto s p a nc re á tic o s... 95

3. Q ua nto à e vo luç ã o c línic a ... 104

4. Q ua nto a o s e xa me s la b o ra to ria is... 107

4.1. A a mila se sa ng üíne a ... 109

4.2. A g lic o se sa ng uíne a e uriná ria , e o s níve is d e insulina p la smá tic a ... 111

(17)

4.2.2. A lig a d ura d o d uc to p a nc re á tic o ... 115

4.2.3. A o b lite ra ç ã o d uc ta l c o m p o líme ro sinté tic o ... 116

5. Q ua nto a o e stud o a na to m o p a to ló g ic o ... 122

5.1. Q ua nto a o s a c ha d o s a na to mo p a to ló g ic o s d o s g rup o s a b e rto e lig a d o ... 124

5.2. Q ua nto a o s a c ha d o s a na to mo p a to ló g ic o s d o g rup o o c luíd o c o m p o líme ro sinté tic o ... 126

C O NC LUSÕ ES... 130

RESUMO ... 133

SUMMARY... 136

REFERÊNC IAS BIBLIO G RÁFIC AS... 139

(18)

LISTA DE FIG URAS

Fig ura 1 Punç ã o d e uma d a s ve ia s a uric ula re s d o c o e lho p a ra a ne ste sia . 30

Fig ura 2 De ta lhe s d a a b e rtura d a c a vid a d e a b d o mina l d o c o e lho . A –

se c ç ã o d a p e le na linha mé d ia ; B – e xp o siç ã o d a s vísc e ra s a b d o m ina is.

31

Fig ura 3 De ta lhe s d o fe c ha me nto d a la p a ro to mia no c o e lho . A – sínte se d o

p e ritô ne o e p la no músc ulo -a p o ne uró tic o ; B – sínte se d a p e le .

31

Fig ura 4 Id e ntific a ç ã o d o p â nc re a s no me se nté rio d uo d e na l (A) e d a

d e se mb o c a d ura d o d uc to p a nc re á tic o no d uo d e no (B).

33

Fig ura 5 De ta lhe s d a c a te te riza ç ã o d o d uc to p a nc re á tic o e d a fixa ç ã o d a

so nd a no inte rio r d o d uc to . O b se rve a e xtre mid a d e d ista l d o c a te te r d e ixa d a 1c m p a ra fo ra d o d uc to .

34

Fig ura 6 De ta lhe d a se c ç ã o d ista l d o d uc to p a nc re á tic o e ntre d ua s

lig a d ura s.

34

Fig ura 7 De ta lhe s d a o b lite ra ç ã o d uc ta l c o m p o líme ro sinté tic o . A – iníc io d a

inje ç ã o d o p o líme ro ; B – té rmino d a inje ç ã o d o p o líme ro . O b se rve a s ma nc ha s b ra nc a s intra -d uc ta is.

35

Fig ura 8 Mé d ia s e d e svio s-p a d rã o d o p e so c o rp o ra l, e m g ra ma s, no s q ua tro

g rup o s e xp e rime nta is, no s re sp e c tivo s mo me nto s d e a va lia ç ã o .

49

Fig ura 9 Mé d ia s e d e svio s-p a d rã o d a ing e stã o híd ric a , e m ml/ 24h, no s q ua tro

g rup o s e xp e rime nta is, no s re sp e c tivo s mo me nto s d e a va lia ç ã o .

50

Fig ura 10 Me d ia na s e va ria ç õ e s inte rq ua rtílic a s d a ing e stã o a lime nta r, e m

g ra ma s/ 12h, no s q ua tro g rup o s e xp e rime nta is, no s re sp e c tivo s m o m e nto s d e a va lia ç ã o .

51

Fig ura 11 Mé d ia s re c o nve rtid a s e d e svio s-p a d rã o d a a mila se sa ng üíne a , e m

UA/ d L, no s q ua tro g rup o s e xp e rime nta is, no s re sp e c tivo s mo me nto s d e a va lia ç ã o .

56

Fig ura 12 Mé d ia s e d e svio s-p a d rã o d a g lic e mia , e m mg / d L, no s q ua tro g rup o s

e xp e rime nta is, no s re sp e c tivo s mo me nto s d e a va lia ç ã o .

57

Fig ura 13 Mé d ia s re c o nve rtid a s e d e svio s-p a d rã o d a g lic o se uriná ria , e m mg /

d L, no s q ua tro g rup o s e xp e rime nta is, no s re sp e c tivo s mo me nto s d e a va lia ç ã o .

58

Fig ura 14 Mé d ia s e d e svio s-p a d rã o d a insulina p la smá tic a , e m mic ro unid a d e s

p o r mililitro , no s q ua tro g rup o s e xp e rime nta is, no s re sp e c tivo s m o m e nto s d e a va lia ç ã o .

(19)

Fig ura 15 G rup o a b e rto : d e ta lhe d e uma c â nula to ta lme nte e nvo lvid a p o r fib ro se , e m um a nima l sa c rific a d o c o m 90 d ia s (A); d ila ta ç ã o d uc ta l a mo nta nte d a fib ro se no p â nc re a s d e um a nima l sa c rific a d o c o m 180 d ia s (B).

61

Fig ura 16 G rup o lig a d o : d e ta lhe s d a d ila ta ç ã o d uc ta l g ra víssima o b se rva d a

e m p â nc re a s d e c o e lho s sa c rific a d o s c o m 180 d ia s.

63

Fig ura 17 G rup o inje ta d o : d e ta lhe d o p â nc re a s d e um a nima l sa c rific a d o

c o m 180 d ia s se m q ua lq ue r ve stíg io d o p o líme ro sinté tic o .

65

Fig ura 18 Estrutura histo ló g ic a d o p â nc re a s d e um a nim a l no rm a l m a nip ula d o ,

sa c rific a d o c o m 90 d ia s d e se g uime nto . O b se rve a s g lâ nd ula s e a s ilho ta s p a nc re á tic a s p re se rva d a s (HE 100x).

66

Fig ura 19 G rup o a b e rto (28 d ia s): Ac e ntua d a p a nc re a tite c rô nic a , c o m

fib ro se p e ri-d uc ta l e d ila ta ç ã o – HE 100X.

69

Fig ura 20 G rup o a b e rto (6 me se s): Inte nsa d ila ta ç ã o d uc ta l c o m fib ro se p e

ri-d uc ta l e lip o ma to se . O b se rve a c o mp le ta ri-d e struiç ã o ri-d o p a rê nq uima e xó c rino , c o m g rup o s d e ilho ta s p re se rva d a s (se ta s) – HE 100X.

69

Fig ura 21 G rup o lig a d o (7 d ia s): Pa nc re a tite a g ud a fo c a l, c o m e xub e ra nte

re a ç ã o infla ma tó ria g ra nulo ma to sa d e c o rp o e stra nho , e m to rno d o fio d e sutura . – HE 100X.

72

Fig ura 22 G rup o lig a d o (6 me se s): Dila ta ç ã o d uc ta l inte nsa c o m fib ro se p e

ri-d uc ta l. O b se rve a c o mp le ta ri-d e struiç ã o ri-d o p a rê nq uima e xó c rino e e nd ó c rino d a g lâ nd ula – HE 100X.

72

Fig ura 23 G rup o lig a d o (28 d ia s): Dila ta ç ã o d uc ta l c o m fib ro se p e ri-d uc ta l,

c o m infla ma ç ã o a c ina r c rô nic a e lip o ma to se – HE 100X.

73

Fig ura 24 G rup o inje ta d o (7 d ia s): Pa nc re a tite c rô nic a inte nsa c o m a c úmulo

d e ma te ria l ne c ro -p ro te iná c e o e he má tic o no inte rio r d o d uc to p a nc re á tic o – HE 100X.

75

Fig ura 25 G rup o inje ta d o (28 d ia s): Dila ta ç ã o d uc ta l c o m fib ro se p e ri-d uc ta l e

a c úmulo d e ma te ria l ne c ro -p ro te iná c e o na luz d o d uc to . O a c o me time nto é re strito a o d uc to p a nc re á tic o – HE 100X.

(20)

LISTA DE TABELAS

Ta b e la 1 Mé d ia s, d e svio s-p a d rã o e re sulta d o s d o te ste e sta tístic o d a

c o mp a ra ç ã o d o p e so , e m g ra ma s, no s g rup o s e xp e rime nta is e mo me nto s d e sa c rifíc io .

49

c o mp a ra ç ã o d a ing e stã o híd ric a , e m mililitro s/ 24h, no s g rup o s e xp e rime nta is e mo me nto s d e sa c rifíc io .

50

Ta b e la 3 Me d ia na s, se mi-a mp litud e s inte rq ua rtílic a s e va lo re s mínimo s e

má ximo s d a ing e stã o a lime nta r, e m g ra ma s/ 12h, se g und o g rup o s e mo me nto s d e sa c rifíc io e o s re sulta d o s d o s te ste s e sta tístic o s.

51

Ta b e la 4 Mé d ia s re c o nve rtid a s, d e svio s-p a d rã o e re sulta d o s d o te ste

e sta tístic o d a c o mp a ra ç ã o d a a mila se sé ric a , e m Unid a d e s Amilo lític a s p o r d e c ilitro , no s g rup o s e xp e rime nta is e mo me nto s d e sa c rifíc io .

56

c o mp a ra ç ã o d a g lic e mia , e m milig ra ma s p o r d e c ilitro , no s g rup o s e xp e rime nta is e mo me nto s d e sa c rifíc io .

57

c o mp a ra ç ã o d a g lic o se uriná ria , e m milig ra ma s p o r d e c ilitro , no s g rup o s e xp e rime nta is e mo me nto s d e sa c rifíc io .

58

Ta b e la 7 Mé d ia s re c o nve rtid a s, d e svio s-p a d rã o e re sulta d o s d o te ste

e sta tístic o d a c o mp a ra ç ã o d a insulina p la smá tic a , e m mic ro unid a d e s p o r mililitro , no s g rup o s e xp e rime nta is e mo me nto s d e sa c rifíc io .

59

Ta b e la 8 Ac ha d o s ma c ro sc ó p ic o s d e c o e lho s c o m o d uc to p a nc re á tic o

a b e rto e sua s re sp e c tiva s fre q üê nc ia s, d e a c o rd o c o m o p e río d o d e sa c rifíc io .

61

lig a d o e sua s re sp e c tiva s fre q üê nc ia s, d e a c o rd o c o m o p e río d o d e sa c rifíc io .

63

o b lite ra d o p o r p o líme ro sinté tic o e sua s re sp e c tiva s fre q üê nc ia s, d e a c o rd o c o m o p e río d o d e sa c rifíc io .

65

Ta b e la 11 Ac ha d o s mic ro sc ó p ic o s d e c o e lho s c o m o d uc to p a nc re á tic o

a b e rto e sua s re sp e c tiva s fre q üê nc ia s, d e a c o rd o c o m o p e río d o d e sa c rifíc io .

68

Ta b e la 12 Ac ha d o s mic ro sc ó p ic o s d e c o e lho s c o m o d uc to p a nc re á tic o

lig a d o e sua s re sp e c tiva s fre q üê nc ia s, d e a c o rd o c o m o p e río d o d e sa c rifíc io .

(21)

Ta b e la 13 Ac ha d o s mic ro sc ó p ic o s d e c o e lho s c o m o d uc to p a nc re á tic o o b lite ra d o p o r p o líme ro sinté tic o e sua s re sp e c tiva s fre q üê nc ia s, d e a c o rd o c o m o p e río d o d e sa c rifíc io .

74

Ta b e la 14 Inc id ê nc ia d e fístula p a nc re á tic a e m c irurg ia s d o p â nc re a s

utiliza nd o p o líme ro s, se g und o a uto re s.

95

Ta b e la 15 Ava lia ç ã o d a funç ã o e nd ó c rina d e e nxe rto s p a nc re á tic o s c o m

o c lusã o d o d uc to p a nc re á tic o c o m p o líme ro sinté tic o , se g und o o s se us a uto re s.

119

Ta b e la I G rup o no rma l ma nip ula d o (N): va lo re s ind ivid ua is d o p e so , e m

g ra m a s, no s vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

166

Ta b e la II G rup o no rma l ma nip ula d o (N): va lo re s ind ivid ua is d a ing e stã o

híd ric a , e m m l/ 24h, no s vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

167

Ta b e la III G rup o no rma l ma nip ula d o (N): va lo re s ind ivid ua is d a ing e stã o

a lime nta r, e m g ra ma s/ 12h, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

168

Ta b e la IV G rup o no rma l ma nip ula d o (N): va lo re s ind ivid ua is d a a mila se

sa ng üíne a , e m unid a d e s a milo lític a s/ d L, no s vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

169

Ta b e la V G rup o no rma l ma nip ula d o (N): va lo re s ind ivid ua is d a g lic e mia d e

je jum , e m m g / d L, no s vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

170

Ta b e la VI G rup o no rma l ma nip ula d o (N): va lo re s ind ivid ua is d a g lic o se

uriná ria , e m m g / d L, no s vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

171

Ta b e la VII G rup o no rma l ma nip ula d o (N): va lo re s ind ivid ua is d a insulina

p la smá tic a , e m mic ro unid a d e s/ ml, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s. 172

Ta b e la VIII G rup o a b e rto (A): va lo re s ind ivid ua is d o p e so , e m g ra mas, no s

vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

173

Ta b e la IX G rup o a b e rto (A): va lo re s ind ivid ua is d a ing e stã o híd ric a , e m

ml/ 24h, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

174

Ta b e la X G rup o a b e rto (A): va lo re s ind ivid ua is d a ing e stã o a lime nta r, e m

g ra m a s/ 12h, no s vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

175

Ta b e la XI G rup o a b e rto (A): va lo re s ind ivid ua is d a a mila se sa ng üíne a , e m

Unid a d e s Amilo lític a s/ d L, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

176

Ta b e la XII G rup o a b e rto (A): va lo re s ind ivid ua is d a g lic e mia d e je jum, e m

m g / d L, no s vá rio s m o m e n to s e stud a d o s.

177

Ta b e la XIII G rup o a b e rto (A): va lo re s ind ivid ua is d a g lic o se uriná ria , e m mg / d L,

no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

178

Ta b e la XIV G rup o a b e rto (A): va lo re s ind ivid ua is d a insulina p la smá tic a , e m

mic ro unid a d e s/ ml, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

(22)

Ta b e la XV G rup o lig a d o (L): va lo re s ind ivid ua is d o p e so , e m g ra ma s, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

180

Ta b e la XVI G rup o lig a d o (L): va lo re s ind ivid ua is d a ing e stã o híd ric a , e m ml/ 24h,

181

Ta b e la XVII G rup o lig a d o (L): va lo re s ind ivid ua is d a ing e stã o a lime nta r, e m

g ra ma s/ 12h, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

182

Ta b e la XVIII G rup o lig a d o (L): va lo re s ind ivid ua is d a a mila se sa ng üíne a , e m

Unid a d e s Amilo lític a s/ d l, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

183

Ta b e la XIX G rup o lig a d o (L): va lo re s ind ivid ua is d a g lic e mia d e je jum, e m

m g / d L, no s vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

184

Ta b e la XX G rup o lig a d o (L): va lo re s ind ivid ua is d a g lic o se uriná ria , e m mg / d L,

185

Ta b e la XXI G rup o lig a d o (L): va lo re s ind ivid ua is d a insulina p la smá tic a , e m

186

Ta b e la XXII G rup o inje ta d o (I): va lo re s ind ivid ua is d o p e so , e m g ra ma s, no s

vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

187

Ta b e la XXIII G rup o inje ta d o (I): va lo re s ind ivid ua is d a ing e stã o híd ric a , e m

ml/ 24h, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

188

Ta b e la XXIV G rup o inje ta d o (I): va lo re s ind ivid ua is d a ing e stã o a lime nta r, e m

g ra ma s/ 12h, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

189

Ta b e la XXV G rup o inje ta d o (I): va lo re s ind ivid ua is d a a m ila se sa ng üíne a , e m

Unid a d e s Amilo lític a s/ d l, no s vá rio s mo me nto s e stud a d o s.

190

Ta b e la XXVI G rup o inje ta d o (I): va lo re s ind ivid ua is d a g lic e mia d e je jum, e m

m g / d L, no s vá rio s m o m e nto s e stud a d o s.

191

Ta b e la XXVII G rup o inje ta d o (I): va lo re s ind ivid ua is d a g lic o se uriná ria , e m mg / d L,

192

Ta b e la XXVIII G rup o inje ta d o (I): va lo re s ind ivid ua is d a insulina p la smá tic a , e m

(23)

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

a .C . – a nte s d e C risto

d .C . – d e p o is d e C risto

e t a l. – e c o la b o ra d o re s

M0, M1, M2, M3, M4, M5 – re sp e c tiva me nte o s p e río d o s d e a va lia ç ã o o u sa c rifíc io

e xe c uta d o s no iníc io d o e xp e rime nto e , d e p o is, c o m 7, 14, 28, 90 e 180 d ia s d e

se g uime nto .

h – re la tivo à (s) ho ra (s)

Fig (s). – fig ura (s)

m g – m ilig ra m a s

g – g ra ma s

kg – q uilo g ra m a s

% – re la tivo à p o rc e nta g e m

m l – m ililitro s

d L – d e c ilitro s

l – litro s

nm – na nô m e tro s

H.E. – He ma to xilina & Eo sina

m m – m ilím e tro s

c m – c e ntím e tro s

N, A, L, I – re sp e c tiva me nte , a s re fe rê nc ia s a o s g rup o s e xp e rime nta is c o m o d uc to

p a nc re á tic o no rma l (ma nip ula d o ), a b e rto , lig a d o e inje ta d o c o m p o líme ro

sinté tic o .

UA – Unid a d e s Amilo lític a s

µU – mic ro unid a d e s

(-), (+), (++), (+++), (++++) – re la tivo à a usê nc ia (-) o u à inte nsid a d e d o a c ha d o ,

re sp e c tiva me nte , le ve , mo d e ra d a , g ra ve , g ra víssima .

>, <, > , < - re sp e c tiva me nte , ma io r, me no r, ma io r o u ig ua l, me no r o u ig ua l.

P.O . – re la tivo a o p ó s-o p e ra tó rio

PSR – tra nsp la nte p a nc re á tic o re a liza d o simulta ne a me nte c o m o rim

PI – tra nsp la nte p a nc re á tic o iso la d o

IPTR – re la tivo a o Re g istro Inte rna c io na l d e Tra nsp la nte Pa nc re á tic o

ACS – re la tivo a o C o lé g io Ame ric a no d e C irurg iõ e s

(24)

PABA – re la tivo a o á c id o p a ra mino b e nzó ic o

(25)

Introdução

L auro Bogodar K uczynski

1

(26)

Introdução

2

INTRO DUÇÃO

Em q ue p e se m o s a va nç o s c ie ntífic o s e o

a p e rfe iç o a me nto d a té c nic a o p e ra tó ria , o tra ta me nto c irúrg ic o d a s p a to lo g ia s d o p â nc re a s, p a rtic ula rme nte a s re sse c ç õ e s e a s

d e riva ç õ e s p a nc re á tic a s, a ind a a c o mp a nha m-se d e a lta s ta xa s d e

mo rb id a d e e mo rta lid a d e (G ALL e t a l., 1981; ANDRÉN-SANDBERG &

IHSE, 1983; AMMANN e t a l., 1984; HO WARD, 1987; HO WARD, 1997).

A mo rta lid a d e a sso c ia d a à s re sse c ç õ e s p a nc re á tic a s,

se g uid a s o u nã o d e a na sto mo se s, a ting e índ ic e s q ue c he g a m a té 20% (WARREN, 1969; RO HNER & SPILIO PO ULO S, 1970; HO LLENDER,

1977), se nd o a fístula p a nc re á tic a re sp o nsá ve l p o r uma ta xa d e

mo rb id a d e q ue o sc ila e ntre 5 e 15% d a s p a nc re a te c to mia s (G EBHARDT & STO LTE, 1978; HO WARD, 1997).

As d e riva ç õ e s p a nc re a to je juna is e xc lusiva s, se m

re sse c ç ã o p a nc re á tic a , ta mb é m a c o mp a nha m-se d e e le va d o s

índ ic e s d e mo rb id a d e q ue va ria m e ntre 7 e 30% (SAUVANET &

BELG HITI, 1999), se nd o no va me nte a fístula p a nc re á tic a , c o m o u se m

infe c ç ã o se c und á ria , a c o mp lic a ç ã o ma is fre q üe nte , p re se nte e m 8

a 17% d a s d e riva ç õ e s (PETRO NIO e t a l., 1977; HO LLENDER, 1977).

A mo rb id a d e re la c io na d a a o s e fe ito s d a no so s d a

se c re ç ã o e xó c rina d o p â nc re a s ta mb é m e stá p re se nte na s d e riva ç õ e s p a nc re a to je juna is, e na s d e riva ç õ e s p a ra o tra to uriná rio

d e p a c ie nte s sub me tid o s a o tra nsp la nte p a nc re a to d uo d e na l

he te ro tó p ic o , c o m fina lid a d e te ra p ê utic a d o Dia b e te s Me llitus tip o 1. C e rc a d e 20% d o s p a c ie nte s sub me tid o s à d re na g e m

e xó c rina d e e nxe rto s p a nc re á tic o s p a ra a b e xig a uriná ria , ne c e ssita m

d e c o nve rsã o c irúrg ic a p a ra o inte stino , e m ra zã o d e c o mp lic a ç õ e s

(27)

Introdução

3

d e sta c a m-se a fístula d uo d e no -ve sic a l, a infe c ç ã o re c urre nte d o

tra to uriná rio , a he ma túria p e rsiste nte , a p a nc re a tite p o r re fluxo

uriná rio ve sic o -p a nc re á tic o , a lé m d e ure trite , e ste no se d e ure tra e

p o ssíve is a lte ra ç õ e s d ip lá sic a s d a muc o sa ve sic a l.

Pe lo e xp o sto , nã o há na p rá tic a g a stro e nte ro ló g ic a uma

té c nic a se g ura e e fic a z p a ra a b o rd a r a d re na g e m e xó c rina d o p â nc re a s, se m inc o rre r e m c o mp lic a ç õ e s ind e se já ve is p a ra o

p a c ie nte .

Assim, a p ro p o siç ã o d e no va s a b o rd a g e ns c irúrg ic a s p a ra o p â nc re a s, o u a a p lic a ç ã o d e té c nic a s c o nsa g ra d a s, ma s

c o lo c a d a s e m d e suso p e lo s c irurg iõ e s, e m ra zã o d e c o nc lusõ e s

p re ma tura s o u insufic ie nte me nte e stud a d a s, me re c e m se r me lho r

a va lia d a s.

Ne ste p a rtic ula r, e nq ua d ra m-se a s c irurg ia s p a nc re á tic a s

c o m lig a d ura d o d uc to p a nc re á tic o p rinc ip a l, a s o c lusõ e s d uc ta is

c o m p o líme ro sinté tic o e a d re na g e m livre d e se c re ç õ e s

p a nc re á tic a s p a ra a c a vid a d e p e rito ne a l.

Este s p ro c e d ime nto s, a nte c e sso re s d a c irurg ia p a nc re á tic a mo d e rna , c uja p rá tic a inic ia l d a ta d o sé c ulo XIX, a tra vé s

d o s e nsa io s e xp e rime nta is d e C LAUDE BERNARD (1856), PAWLO W

(1878) e THIRO LO IX (1892), a o no sso ve r, o fe re c e m b e ne fíc io s p a ra o p a c ie nte q ue , no mínimo , re c o me nd a ria m no va s inve stig a ç õ e s.

De ntre e ste s b e ne fíc io s p o d e r-se -ia inc luir: simp lic id a d e e

p ra tic id a d e no e mp re g o , me no r te mp o c irúrg ic o , me no r risc o p a ra o

p a c ie nte , b a ixo s c usto s ho sp ita la re s e , e ve ntua lme nte , me no re s índ ic e s d e c o mp lic a ç õ e s.

A lig a d ura d o d uc to p a nc re á tic o p rinc ip a l, utiliza d a c o m

fina lid a d e te ra p ê utic a , fo i re a liza d a p e la p rime ira ve z, e m 1946, p o r RIENHO FF, e m um p a c ie nte c o m p a nc re a tite c rô nic a . Po ré m, a

(28)

Introdução

4

d a g lâ nd ula , a sso c ia d o s à s c o mp lic a ç õ e s té c nic a s d o mé to d o ,

c o mo : fib ro se , c a lc ific a ç õ e s, re c a na liza ç ã o d o d uc to e a o c o rrê nc ia

d e fístula s p a nc re á tic a s, vie ra m a d e sa c o nse lha r a p rá tic a .

To d a via , e m uma a ná lise ma is d e ta lha d a d e sse

p ro c e d ime nto , o b se rva-se q ue o s índ ic e s d e mo rb id a d e a sso c ia d o s

à s lig a d ura s d uc ta is nã o d ife re m d o s o b se rva d o s na s c irurg ia s p a nc re á tic a s, c o m o u se m a na sto mo se s, d a e ra mo d e rna (HO WARD,

1997). Po r o utro la d o , a s ta xa s d e mo rta lid a d e ta rd ia , o b se rva d a s

c o m e sse mé to d o , sã o re la tiva me nte b e m me no re s q ua nd o c o mp a ra d a s à s re sse c ç õ e s p a nc re á tic a s e à s d e riva ç õ e s (G EBHARDT,

1987).

Ao la d o d isso , sa b e -se , ho je , q ue o p o ssíve l fra c a sso d a

lig a d ura d uc ta l na p re ve nç ã o d a d o r e d o s no vo s e p isó d io s d e

infla ma ç ã o d a g lâ nd ula , nã o p o d e se r imp uta d o , únic a e

e xc lusiva me nte , a e sse mé to d o , ha ja vista q ue , ind e p e nd e nte me nte

d o tra ta me nto utiliza d o , a p a nc re a tite c rô nic a é uma d o e nç a

p ro g re ssiva e d e ma u p ro g nó stic o .

Po r o utro la d o , a a tro fia d o c o mp o ne nte e xó c rino d o p â nc re a s q ue se se g ue à lig a d ura d o d uc to p a nc re á tic o ,

c o nsid e ra d a o me c a nismo p re c íp uo p a ra e vita r no vo s surto s d e

infla ma ç ã o d a g lâ nd ula , e a re c id iva d a d o r na s p a nc re a tite s c rô nic a s, p o d e ria le va r a o c o mp ro me time nto d o c o mp o ne nte

e nd ó c rino d o p â nc re a s e a fe ta r a se c re ç ã o d e insulina . Esta hip ó te se ,

se ve rd a d e ira , p o d e ria c o nd e na r, to d a via , a lig a d ura d uc ta l c o mo

um mé to d o e fic a z p a ra tra ta r a se c re ç ã o e xó c rina d e e nxe rto s p a nc re á tic o s e m p a c ie nte s d ia b é tic o s.

Po ré m, e ssa d úvid a ja ma is fo i sufic ie nte me nte e sc la re c id a

(29)

Introdução

5

p ra zo , o s re a is e fe ito s d a lig a d ura d uc ta l so b re a s ilho ta s d e

La ng e rha ns.

A p o ssib ilid a d e d e o c o rrê nc ia d e d ia b e te s e m p a c ie nte s

sub me tid o s à lig a d ura d uc ta l p a nc re á tic a , c o nsid e ra d a um

p a ra d o xo no c a so d o s tra nsp la nte s, a fe to u, c o ntud o , a lo ng e vid a d e

d o mé to d o na p rá tic a c irúrg ic a , d e riva nd o a s a te nç õ e s d o s p e sq uisa d o re s p a ra no va s mo d a lid a d e s d e tra ta me nto d a se c re ç ã o

e xó c rina d o s e nxe rto s p a nc re á tic o s.

Fo i e ntã o q ue LITTLE, e m 1977, a p re se nto u um p o líme ro a rtific ia l, c a p a z d e o b lite ra r te mp o ra ria me nte o d uc to p a nc re á tic o

p rinc ip a l e o s ma is fino s c a na líc ulo s d o p â nc re a s, sup o sta me nte

c a p a z d e so luc io na r o s p ro b le ma s té c nic o s a sso c ia d o s à s lig a d ura s

d uc ta is, se m c a usa r d ia b e te s.

Assim, mo tiva d o s p o r e sta p ro p o sta ino va d o ra e p e lo

“ b o o m” d o s tra nsp la nte s p a nc re á tic o s, a p ó s o surg ime nto d a

C ic lo sp o rina A, e m 1972, vá rio s c irurg iõ e s p a ssa ra m a utiliza r a inje ç ã o

d e p o líme ro s sinté tic o s no d uc to p a nc re á tic o p rinc ip a l, no a fã d e

so luc io na r o s p ro b le ma s a d vind o s d a se c re ç ã o e xó c rina , ta nto na a b o rd a g e m te ra p ê utic a d a s d o e nç a s c irúrg ic a s d o p â nc re a s

(G EBHARDT, 1983; G ALL e t a l., 1989; G ALL e t a l., 1990), c o mo no

tra ta me nto e xó c rino d o s e nxe rto s p a nc re á tic o s (DUBERNARD e t a l., 1978; KYRIAKIDES e t a l., 1979; PAPAC HRISTO U e t a l., 1979).

A p rinc ip a l sub stâ nc ia utiliza d a p a ra a o b lite ra ç ã o

te mp o rá ria d o d uc to p a nc re á tic o p rinc ip a l é a p ro la mina , uma

so luç ã o a lc o ó lic a d e a mino á c id o s q ue se so lid ific a e m me io úmid o , e se d e sinte g ra na tura lme nte , se nd o a b so rvid a , e m mé d ia , a p ó s 11

d ia s; te mp o sufic ie nte p a ra o c o rre r a a tro fia d o c o mp o ne nte

(30)

Introdução

6

G EBHARDT (1983), te sta nd o a e fic á c ia d a p ro la mina e m

155 p a c ie nte s c o m p a nc re a tite c rô nic a , sub me tid o s à

d uo d e no p a nc re a te c to mia o u re sse c ç õ e s p a rc ia is d o p â nc re a s,

re d uziu o índ ic e d e fístula s p a nc re á tic a s p a ra 1%, se m p io ra d a

funç ã o e nd ó c rina d o p â nc re a s o u re c id iva d o s surto s d e p a nc re a tite .

O a uto r, no e nta nto , re la to u um índ ic e d e mo rta lid a d e ta rd ia ne sse s p a c ie nte s d e 12,3%, imp uta d o muito ma is à d o e nç a d e b a se e sua s

c o mp lic a ç õ e s, d o q ue p ro p ria me nte à s c o mp lic a ç õ e s a sso c ia d a s a o

uso d a p ro la mina .

As o b se rva ç õ e s d e G EBHARDT fo ra m c o rro b o ra d a s p e lo s

re la to s d e SC HNEIDER, 1987b , q ue re a lizo u e stud o s d a s funç õ e s

e nd ó c rina e e xó c rina d e p a c ie nte s c o m p a nc re a tite c rô nic a e

o c lusã o d o d uc to p a nc re á tic o c o m p ro la mina , te nd o o b se rva d o

a tro fia e xte nsa d o p a rê nq uima e xó c rino a sso c ia d o à insufic iê nc ia

e nzimá tic a d o p â nc re a s, c o m e sta b iliza ç ã o d a funç ã o e nd ó c rina

a p ó s 18 me se s d a o c lusã o d uc ta l.

No e nta nto , G ALL e t a l., 1990, o b se rva ra m q ue a fib ro se

inte rstic ia l q ue se se g ue à o b lite ra ç ã o d uc ta l p o r p o líme ro sinté tic o , a c a b a p o r re sulta r e m uma fib ro se p e ri e intra -insula r d a s ilho ta s d e

La ng e rha ns q ue , a lo ng o p ra zo , d ific ulta a d ifusã o ho rmo na l e ntre a s

c é lula s e nd ó c rina s e o s c a p ila re s, le va nd o uma re sp o sta re ta rd a d a na se c re ç ã o d e insulina p e lo p â nc re a s.

IHSE, 1987, ta mb é m d e mo nstro u e xp e rime nta lme nte , e m

ra to s, c o m d uc to s lig a d o s o u o b struíd o s p o r p o líme ro sinté tic o ,

d iminuiç ã o a c e ntua d a ta nto d a se c re ç ã o e xó c rina c o mo d a e nd ó c rina d o p â nc re a s, c o lo c a nd o e m d úvid a a va lid a d e d o s

mé to d o s, c o mo a lte rna tiva s se g ura s p a ra o tra ta me nto d a se c re ç ã o

e xó c rina d o p â nc re a s.

As me sma s d úvid a s e c o ntro vé rsia s o c o rre ra m c o m a

(31)

Introdução

7

e nxe rto s re a liza d o s e m p a c ie nte s d ia b é tic o s d o tip o 1, e sp e c ia lme nte

e m tra nsp la nte s se g me nta re s d o p â nc re a s (DUBERNARD e t a l., 1978).

To d a via , a e xp e riê nc ia c o m o s e nxe rto s p a nc re á tic o s c o m o d uc to

o c luíd o (SUTHERLAND e t a l., 1981; 1981a ; HO HNKE e t a l., 1988) fo i

sub stituíd a p e la d re na g e m e xó c rina p a ra a b e xig a uriná ria

(SO LLING ER e t a l., 1984) nã o p o ssib ilita nd o um núme ro sufic ie nte d e p a c ie nte s c o m “ fo llo w -up ” ta rd io s p a ra e sc la re c e r o re a l p a p e l d a

o c lusã o d uc ta l c o m p o líme ro sinté tic o so b re o s c o mp o ne nte s

e xó c rino e , p rinc ip a lme nte , e nd ó c rino d o p â nc re a s; c a mp o a b e rto , p o rta nto , à no va s inve stig a ç õ e s.

Pre d e stina d a me nte , a ne c e ssid a d e d e se c o ntro la r a

p ro d uç ã o e xó c rina d o s e nxe rto s p a nc re á tic o s, funç ã o d isp e nsá ve l

p a ra o s re c e p to re s d ia b é tic o s, se m a fe ta r o s b e ne fíc io s a lc a nç a d o s

c o m o tra nsp la nte p a nc re á tic o no c o ntro le d a g lic e mia , mo tivo u a

re a liza ç ã o d e c urio sa s p e sq uisa s e m to d o o mund o .

Assim, p a rtind o d a p re sunç ã o d e q ue o p â nc re a s p ro d uz

a ma io r p a rte d e sua s e nzima s na fo rma ina tiva , e q ue a a tiva ç ã o d a s

me sma s, d e p e nd e d e fa to re s ho rmo na is e lo c a is, lig a d o s à s se c re ç õ e s d ig e stiva s e a o p H no me io d uo d e na l, a ve nto u-se a

p o ssib ilid a d e d e d e ixa r o d uc to p a nc re á tic o a b e rto na c a vid a d e

a b d o mina l, d re na nd o a s se c re ç õ e s d o p â nc re a s, d ire ta me nte no p e ritô ne o , p a ra se re m a b so rvid a s.

Esta té c nic a , a p a re nte me nte inusita d a , mo stro u-se e fic a z

no ho me m (SUTHERLAND e t a l., 1979) e e m e xp e rime nto s c o m c ã e s

(SUTHERLAND e t a l., 1980), c o m b a ixo índ ic e d e c o mp lic a ç õ e s, lig a d a s, na s e ve ntua lid a d e s e m q ue o c o rre ra m, à p e rito nite q uímic a

e infe c ç ã o . Este s b o ns re sulta d o s e xp e rime nta is e stimula ra m no va s

a p lic a ç õ e s d o mé to d o e m p a c ie nte s d ia b é tic o s sub me tid o s a o tra nsp la nte se g me nta r d e p â nc re a s, e ntre o s a no s d e 1978 e 1980;

(32)

Introdução

8

p a c ie nte s d e se nvo lve u p e rito nite q uímic a e te ve o s se us e nxe rto s

re mo vid o s. C urio sa me nte , na o utra me ta d e , o s p a c ie nte s e vo luíra m

b e m c irurg ic a me nte , p re sumive lme nte p o rq ue a s e nzima s

p e rma ne c e ra m ina tiva s ind e finid a me nte (SUTHERLAND e t a l., 1981);

Esta d ive rsid a d e d e re sp o sta s c o m a utiliza ç ã o d o

mé to d o , no e nta nto , susc ita q ue stõ e s a c e rc a d o re a l c o mp o rta me nto d a se c re ç ã o e xó c rina d o p â nc re a s q ua nd o e m

c o nta to c o m o p e ritô ne o d e a nima is e d o p ró p rio ho me m e ,

ta mb é m, a c e rc a d o s me c a nismo s q ue le va m à e stimula ç ã o e nzimá tic a e m a lg uns p a c ie nte s, ma s nã o e m o utro s.

Pe lo p re ssup o sto , nã o há a té ho je um c o nse nso na

lite ra tura , a re sp e ito d o s mé to d o s a lte rna tivo s d e tra ta me nto d a

se c re ç ã o e xó c rina d o p â nc re a s, q ue r se ja a tra vé s d a lig a d ura d uc ta l,

livre d re na g e m o u o b lite ra ç ã o d o d uc to p a nc re á tic o p o r p o líme ro

sinté tic o , a d e sp e ito d o s e ve ntua is b e ne fíc io s a d vind o s d e ssa s

a b o rd a g e ns c irúrg ic a s.

Po r e ssa s ra zõ e s, a p re se nte inve stig a ç ã o e xp e rime nta l fo i

p la ne ja d a p a ra re sp o nd e r, a tra vé s d e um e stud o c o ntro la d o , a lo ng o p ra zo , o ve rd a d e iro p a p e l d e ssa s trê s té c nic a s, so b re o s

c o mp o ne nte s e xó c rino e e nd ó c rino d o p â nc re a s, te nd o c o mo

c o ntro le s c línic o , la b o ra to ria l e histo p a to ló g ic o , a nima is sa d io s d e me sma id a d e e ig ua l p e río d o d e se g uime nto , a p e na s ma nip ula d o s

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Objetivos

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Objetivos

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O BJETIVO S

O p re se nte tra b a lho te ve p o r o b je tivo a va lia r o s e fe ito s d a

lig a d ura , livre d re na g e m p a ra o p e ritô ne o e o b lite ra ç ã o d o d uc to p a nc re á tic o c o m p o líme ro sinté tic o so b re :

1) A e vo luç ã o c línic a d e c o e lho s, inc luind o a a va lia ç ã o d o e sta d o

g e ra l d o s a nima is, a tivid a d e , a p e tite , e vo luç ã o d a c urva p o nd e ra l e va lo re s d a ing e stã o híd ric a e a lime nta r;

2) O s níve is d e a mila se sa ng üíne a , g lic o se sa ng üíne a , g lic o se uriná ria e va lo re s d a insulina p la smá tic a ;

3) O s a c ha d o s ma c ro e mic ro sc ó p ic o s d o p â nc re a s, inc luind o a

a ná lise d o p a rê nq uima p a nc re á tic o , d a s g lâ nd ula s e xó c rina s, d o

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Revisão da Literatura

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Revisão da Literatura

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REVISÃO DA LITERATURA

No p re se nte c a p ítulo , o p ta mo s p o r uma re visã o c rític a d o s

p rinc ip a is tra b a lho s c ie ntífic o s q ue tive ra m imp lic a ç õ e s c o m a p e sq uisa re a liza d a , o u q ue fo ra m imp o rta nte s p a ra o e nte nd ime nto

d a e vo luç ã o histó ric a d a a b o rd a g e m c irúrg ic a d o p â nc re a s, no q ue

ta ng e à d re na g e m e xó c rina e sua s imp lic a ç õ e s.

1. A s p rim e iras de sc o b e rtas e e xp e riê nc ias ac e rc a da anato m ia,

histo lo g ia e im p o rtânc ia do p ânc re as

Até o sé c ulo XVII p o uc o se c o nhe c ia so b re a a na to mia e a

fisio lo g ia d o p â nc re a s. De G ALENO (129 - 201 d .C .) a VESALIUS (1514 -

1564) e le e ra visto a p e na s c o mo uma “a lm o fa d a” d e p ro te ç ã o p a ra

o s g ra nd e s va so s d o re tro p e ritô ne o o u, simp le sme nte , c o mo um

ó rg ã o d e sup o rte p a ra o e stô ma g o . RIO LANO (1580 - 1657) tinha a

no ç ã o d e q ue o p â nc re a s a b so rvia a linfa e a e nc a minha va p a ra o

b a ç o , e nq ua nto BAUHIN (1560-1624) susp e ita va q ue lá “re sid ia a

m e la nc o lia” p o r a b rig a r, c o mo um re se rva tó rio , “o suc o e sc uro do b a ç o” . WHARTO N (1614 - 1673), p o r sua ve z, sup unha q ue o p â nc re a s

se ria um “d e p ó sito p a ra o s fluid o s ne rvo so s d o c o rp o” .

Esse s p rime iro s re la to s so b re o p â nc re a s, re se rva d a a sua

imp o rtâ nc ia histó ric a , p o uc o c o ntrib uíra m p a ra o e sc la re c ime nto d e sua e strutura a na tô mic a e func io na l, c o mo ta mb é m p a ra a

c o mp re e nsã o d o s d istúrb io s p a to ló g ic o s a e le a sso c ia d o s.

Emb o ra HO FMANN, e m 1641, tive sse no ta d o a e xistê nc ia d e um d uc to no p â nc re a s d o p e ru, so me nte no a no se g uinte fo i q ue

WIRSUNG (1642) d e u ma io r imp o rtâ nc ia a o fa to , te nd o fe ito a

p rime ira d e sc riç ã o a na tô mic a p o rme no riza d a d o d uc to p a nc re á tic o

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Revisão da Literatura

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c o b re , e e la b o ro u uma ilustra ç ã o q ue fo ra e nvia d a a o se u p ro fe sso r,

RIO LANO , p a ra q ue o me smo a inte rp re ta sse . Iro nic a me nte , WIRSUNG

fo i a ssa ssina d o e m uma no ite , e m Pá d ua , a nte s q ue RIO LANO

p ud e sse a d mitir a lg uma mud a nç a e m se us c o nc e ito s so b re o

p â nc re a s. Po r e sta ra zã o , a d e sc o b e rta d e WIRSUNG fic o u no

e sq ue c ime nto p o r 22 a no s, a té se r re ve re nc ia d a c o mo um ma rc o d o s e stud o s a na tô mic o s so b re o p â nc re a s.

Em 1664, DE G RAAF, um jo ve m mé d ic o b e lg a , id e ntific o u o d uc to

p a nc re á tic o , e re a lizo u a s p rime ira s e xp e riê nc ia s so b re a funç ã o e xó c rina d o p â nc re a s, a o c a nula r e d e svia r o suc o p a nc re á tic o d o

c ã o , a tra vé s d a p a re d e a b d o mina l. DE G RAAF c o nsta to u q ue o suc o

p a nc re á tic o e ra c a p a z d e d ig e rir a lime nto s, a tra vé s d e uma

a tivid a d e fe rme nta tiva . Infe lizme nte , sua s e xp e riê nc ia s nã o

p ro g re d ira m, p o is mo rre u p re ma tura me nte .

Em 1683, BRÜNNER e xe c uto u a s p rime ira s re sse c ç õ e s d o p â nc re a s,

e m c ã e s, te nd o c o nc luíd o q ue o p â nc re a s nã o e ra um ó rg ã o vita l,

ha ja vista q ue se us a nima is to rna va m-se d o e nte s ma s ra p id a me nte

re c up e ra va m-se . Po ré m, BRÜNNER d e sc o nhe c ia a a na to mia d o p â nc re a s d o c ã o , e re sse c a ra a p e na s o lo b o d o rsa l d a g lâ nd ula ,

d e ixa nd o o lo b o ve ntra l. Sua s fa lsa s de d uç õ e s, to d a via , re le g a nd o o

p â nc re a s a um ó rg ã o se m muita imp o rtâ nc ia , a tra sa ra m a s p e sq uisa s so b re o ó rg ã o p o r q ua se 150 a no s.

No iníc io d o sé c ulo XIX, a s ilho ta s p a nc re á tic a s fo ra m no ta d a s p e la

p rime ira ve z e m p e ixe s, p o r BRO C KMAN, te nd o sid o inic ia lme nte

re fe re nc ia d a s c o mo q ue “e nc la usura d a s no inte rio r d o te c id o

e xó c rino d o p â nc re a s” . Po ré m, c o ub e a PAUL LANG ERHANS, e m 1869,

a d e sc riç ã o c o mp le ta d e ssa s c é lula s e m p â nc re a s d e ma mífe ro s,

te nd o a e la s a trib uíd o a se g uinte d e sc riç ã o : “Se u c o nte úd o é

inte ira m e nte ho m o g ê ne o , b rilha nte e livre d e q ua isq ue r g râ nulo s; o

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Revisão da Literatura

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lo c a liza d a s um a s a o la d o d a s o utra s, c o m um a d istrib uiç ã o

c a ra c te rístic a no p a rê nq uim a d a g lâ nd ula (...). Isto é , e stã o a g rup a d a s junta s e m p e q ue no s a g rup a m e nto s c irc ula re s, d istrib uíd o s

e m inte rva lo s re g ula re s no c o rp o d a g lâ nd ula (...)” . A d e sc o b e rta , p o r

sug e stã o d o c ie ntista fra nc ê s EDO UARD LAG UESSE (1893), re nd e u-lhe

a ho me na g e m d e ve r b a tiza d o o c o njunto d e c é lula s, a ssim d e sc rito , d e “ilho ta s d e La ng e rha ns” .

2. O p ânc re as c o m o se de de do e nç as

Ap e sa r d o re la tivo c o nhe c ime nto d a a na to mia e d a e strutura

histo ló g ic a d o p â nc re a s a té e sta é p o c a , so me nte a lg uma s

o b se rva ç õ e s c ie ntífic a s a ve nta va m a p o ssib ilid a d e d e re la ç ã o d o

p â nc re a s c o m a s d o e nç a s p a nc re á tic a s. Em 1856, C LAUDE BERNARD

o b se rvo u q ue a inje ç ã o d e g o rd ura no d uc to p a nc re á tic o c a usa va

uma infla ma ç ã o d a g lâ nd ula , se g uid a d e ne c ro se e he mo rra g ia . Sua s

o b se rva ç õ e s ta mb é m e stimula ra m p e sq uisa s so b re o c o mp o ne nte

e nd ó c rino d o p â nc re a s (PO PPER, 1868; BO UC HARDAT, 1875;

LANC EREAUX, 1877) q ua nd o se le va nto u p e la p rime ira ve z a hip ó te se d e re la ç ã o c a usa l e ntre d o e nç a d o p â nc re a s e d ia b e te s; fa to

c o nfirma d o d e finitiva me nte ma is ta rd e p o r VO N MERING &

MINKO WSKI, e m 1889.

Esse s d o is p e sq uisa d o re s, q ue tra b a lha ra m e m Estra sb urg o no

p e río d o d e 1880 a 1895, re a liza ra m c o m suc e sso a to ta l e xtirp a ç ã o d o

p â nc re a s d o c ã o , te nd o p ro d uzid o uma d o e nç a a c o mp a nha d a d e

g ra nd e ing e stã o d e á g ua e p e rd a s e xc e ssiva s d e urina , a q ua l d e no mina ra m d e d ia b e te s p a nc re á tic o .

VO N MERING & MINKO WSKI nã o só c o la b o ra ra m p a ra o

e sc la re c ime nto d e finitivo d e q ue o p â nc re a s e sta va d ire ta me nte imp lic a d o no surg ime nto d o d ia b e te s, uma d o e nç a d e sc rita d e sd e o s

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Revisão da Literatura

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ta mb é m se no ta b iliza ra m p e la tra nsc e nd ê nc ia a o se u te mp o , a o

d e mo nstra r q ue o a uto-tra nsp la nte d o p ro c e sso unc ina d o

va sc ula riza d o , p a ra o sub c utâ ne o d o c ã o , p re ve nia

te mp o ra ria me nte a mo rte p o r d ia b e te s, a p ó s a re mo ç ã o c irúrg ic a d o

p â nc re a s re ma ne sc e nte ( MINKO WSKI, 1892, 1893).

Da le itura d o Se ma ná rio d a s C línic a s d e Be rlim, d e fe ve re iro d e 1892, d e p re e nd e -se q ue MINKO WSKI fo i a p rime ira p e sso a a te nta r a

c ura d o d ia b e te s a tra vé s d o tra nsp la nte d e p â nc re a s. Em se u

ma nusc rito e sc re ve u: “No sso s p rime iro s e stud o s so b re a a usê nc ia d e

d ia b e te s, a p ó s a sim p le s lig a d ura d o d uc to e xc re to r d o p â nc re a s,

c o m o ta m b é m c o m a e xtirp a ç ã o p a rc ia l d o m e sm o , já ha via m no s

c o nve nc id o d e q ue o d ia b e te s nã o p o d e ria e sta r re la c io na d o a

ne nhum tra um a a d ja c e nte o u q ua lq ue r influê nc ia ne rvo sa , ne m p e lo

d istúrb io na se c re ç ã o d e suc o s p a nc re á tic o s, ne m p e la re te nç ã o d e

q ua lq ue r sub stâ nc ia e xc re ta d a p e lo p â nc re a s. Ma s a ind a , p o d e ria

e sta r so m e nte re la c io na d a à fa lha d e um a funç ã o p a rtic ula r d o

p â nc re a s, uma funç ã o q ue fo sse a b so luta m e nte ne c e ssá ria p a ra o

uso no rm a l d e a ç úc a r no c o rp o (...) Re c e nte m e nte , le ve i a d ia nte vá ria s e xp e riê nc ia s c o m o o b je tivo d e justific a r e sta o p iniã o d e

m a ne ira c o nvinc e nte . De fa to c o nse g ui tra nsp la nta r p a rte s d o

p â nc re a s p a ra um lo c a l fo ra d a c a vid a d e a b d o m ina l e m vá rio s c ã e s e a ssim p re ve nir o d e se nvo lvim e nto d o d ia b e te s a p ó s a re m o ç ã o d a

p a rte d a g lâ nd ula re m a ne sc e nte na c a vid a d e a b d o m ina l (...)

So m e nte a p ó s a sub se q üe nte re m o ç ã o d e sta p a rte d o p â nc re a s q ue

e sta va insta la d a so b a p e le d o a b d ô m e n fo i q ue a e xc re ç ã o de a ç úc a r a lc a nç o u sua inte nsid a d e p le na” .

Pa ro d o xa lme nte , p o ré m, e mb o ra MINKO WSKI e o utro s e stud io so s

q ue vive ra m no fina l d o sé c ulo XIX e iníc io d o sé c ulo XX (LAG UESSE, 1893; O PIE, 1901;SSO BO LEW, 1902; ALLAN, 1903) susp e ita sse m d e q ue

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Revisão da Literatura

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c a p a z d e re d uzir a s ta xa s d e a ç úc a r no sa ng ue , e le s d e sc o nhe c ia m

a e xistê nc ia d a insulina , q ue só viria a se r d e sc o b e rta p o r BANTING &

BEST, e m 1921.

3. A aç ão de le té ria da se c re ç ão e xó c rina do p ânc re as e o se u

c o ntro le p e la lig adura do Wirsung

O p e río d o q ue p re c e d e u a a p lic a ç ã o c línic a d a insulina , e o uso

d e e xtra to s ma is p urific a d o s d e ssa sub stâ nc ia (BANTING e t a l., 1922)

fo i d e fund a me nta l imp o rtâ nc ia p a ra o re c o nhe c ime nto d a a ç ã o d e le té ria d a se c re ç ã o e xó c rina d o p â nc re a s na mo rb id a d e

a sso c ia d a à s re sse c ç õ e s p a nc re á tic a s, e na so b re vid a d e

tra nsp la nte s d e fra g me nto s d e te c id o p a nc re á tic o , no q ue se re fe re à

p re se nç a d e fístula s e infe c ç õ e s (THIRO LO IX, 1892; SC HULTZE, 1900;

SSO BO LEW, 1902).

Emb o ra a ntig a , a p re o c up a ç ã o c o m o s e fe ito s d a no so s d a

se c re ç ã o p a nc re á tic a p e rsiste m a té ho je , ta nto na a b o rd a g e m

c línic a e c irúrg ic a d a s p a to lo g ia s p a nc re á tic a s, c o mo na re a liza ç ã o

d o s tra nsp la nte s va sc ula riza d o s d o p â nc re a s d a e ra mo d e rna .

Po r c o nse g uinte , a s te nta tiva s d e ne utra liza r o p o d e r no c ivo d o

suc o p a nc re á tic o , o u d e d e mo nstra r a imp o rtâ nc ia d a funç ã o

e nd ó c rina d o p â nc re a s na ma nute nç ã o d a no rmo g lic e mia , a tra vé s d e lig a d ura , o c lusã o o u inje ç ã o d e sub stâ nc ia s no inte rio r d o d uc to

p a nc re á tic o p rinc ip a l, d a ta m d e a p ro xima d a me nte 150 a no s.

Em 1856, c o mo me nc io na mo s, C LAUDE BERNARD inje to u g o rd ura

no d uc to p a nc re á tic o d e c ã e s q ue d e se nvo lve ra m p a nc re a tite a g ud a ; e xp e riê nc ia re p e tid a p o r THIRO LO IX, e m 1892, c o m ó le o , e

p o r MINKO WSKI no me smo a no , utiliza nd o c e ra , te nd o e ste s d o is

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Revisão da Literatura

17

A e xc lusã o d a p a rte e xó c rina d o p â nc re a s, a tra vé s d a lig a d ura d o

d uc to p a nc re á tic o , ta mb é m fo i sug e rid a p o r PAWLO W, e m 1878,

c o mo um mé to d o se g uro p a ra o fe c ha me nto d o c a na l p a nc re á tic o ,

e q ue a tra vé s d a q ua l p o d e r-se -ia o b te r uma a tro fia d a s g lâ nd ula s

e xó c rina s d o p â nc re a s, to rna nd o imp o ssíve l uma infla ma ç ã o

p a nc re á tic a futura .

Emb o ra a c o mp a nha d a d e fre q üe nte s c o mp lic a ç õ e s, ta is c o mo :

re c a na liza ç õ e s, fístula s e infe c ç õ e s, a lig a d ura d o d uc to p a nc re á tic o

a ind a fo i muito utiliza d a a té o fina l d a d é c a d a d e 30, e sp e c ia lme nte e m a uto / he te ro e nxe rto s d e se g me nto s d o p â nc re a s, o b je tiva nd o o

tra ta me nto d o d ia b e te s e xp e rime nta l d o c ã o e d e o utro s a nima is

(LUISA DA, 1927; BRANC ATI, 1929; SELVAG G I, 1936). Po ré m, a p a rtir

d e sta é p o c a , a s lig a d ura s d o d uc to p a nc re á tic o p a ssa ra m a se r

d e sa c o nse lha d a s, e m ra zã o d a p o ssib ilid a d e d e c o mp ro me time nto

d o c o mp o ne nte e nd ó c rino d o p â nc re a s, a lo ng o p ra zo , p e la a tro fia

e fib ro se d a g lâ nd ula .

Ta l p o ssib ilid a d e , c o ntud o , p e rma ne c e inte rro g a d a na lite ra tura

mé d ic a a té ho je , ha ja vista o s re la to s fa vo rá ve is (RIENHO FF, 1946; HULQ UIST & THO RELL, 1963; MAC K e t a l., 1968; O RLO FF e t a l., 1975;

BREKKE e t a l., 1980, 1981) e c o ntrá rio s à utiliza ç ã o d a lig a d ura d uc ta l

(EDSTRO M & FALKMER, 1968; RAUSIS e t a l., 1970), c o mo uma fo rma d e tra ta r a d re na g e m e xó c rina d o p â nc re a s. Po r e sta ra zã o , uma sé rie

d e mé to d o s fo i p ro p o sta a p a rtir d e e ntã o , no intuito d e e nc o ntra r

uma té c nic a c a p a z d e re so lver, a o me smo te mp o , a mo rb id a d e

re la c io na d a à s re sse c ç õ e s p a nc re á tic a s, e a o s no vo s surto s d e infla ma ç ã o d a g lâ nd ula , p rinc ip a lme nte na s p a nc re a tite s c rô nic a s, e

a ind a , nã o a fe ta r a so b re vid a e a funç ã o e nd ó c rina d e e nxe rto s

p a nc re á tic o s o u d e re ma ne sc e ntes p a nc re á tic o s.

De ntre e ssa s p ro p o siç õ e s, te sta d a s ta nto no c a mp o c línic o , c o mo

(42)

Revisão da Literatura

18

a tra vé s d e uma d uo d e no sto mia c utâ ne a (LILLEHEI e t a l., 1970 ), a s

d e riva ç õ e s p a nc re a to je juna is (DIC KERMAN et a l., 1975), a d re na g e m

livre d o d uc to p a nc re á tic o p a ra a c a vid a d e p e rito ne a l (SUTHERLAND

e t a l., 1979), a o b lite ra ç ã o d uc ta l c o m p o líme ro s sinté tic o s (LITTLE,

1977; DUBERNARD e t a l., 1978; G EBHARDT, 1983; G ALL e t a l., 1989;

1990), a s d e riva ç õ e s p a ra o tra to uriná rio (G LIEDMAN e t a l., 1973; SO LLING ER e t a l., 1984; SUTHERLAND e t a l., 1985), a a d ministra ç ã o d a

so ma to sta tina e o c tre o tid e (FRIESS e t a l., 1996; C AVALINI & FRULLO NI,

2001; LI-LING & IRVING , 2001), a lé m d e o utra s té c nic a s d e inte re sse e sp e c ífic o p a ra o s e nxe rto s p a nc re á tic o s, c o mo : irra d ia ç ã o d ire ta

(MERKEL e t a l., 1968), a a d ministra ç ã o d e g luc a g o n e e ste ró id e s

(KYRIAKIDES e t a l., 1979) e o uso d e sub stâ nc ia s c o m e fe ito a

nti-e nzimá tic o (C ASTELLANO S nti-e t a l., 1975).

4. A dre nag e m duc tal livre p ara o p e ritô ne o

A d re na g e m livre d o d uc to p a nc re á tic o p a ra a c a vid a d e

p e rito ne a l, d e p a rtic ula r inte re sse no p re se nte tra b a lho , fo i p rime iro

p ro p o sta p e lo g rup o d e Minne a p o lis, USA, p a ra so luc io na r a mo rb id a d e re la c io na d a à d re na g e m e xó c rina d e e nxe rto s

p a nc re á tic o s se g me nta re s. Ap ó s e xp e riê nc ia b e m-suc e d id a e m um

c a so c línic o (SUTHERLAND e t a l., 1979) e ste s p e sq uisa d o re s re a liza ra m um e xp e rime nto e m c ã e s, c o mp a ra nd o a e vo luç ã o c línic a e o s

a sp e c to s té c nic o s lig a d o s à inje ç ã o d e p ro la mina no d uc to

p a nc re á tic o p rinc ip a l d e a nima is sub me tid o s a o tra nsp la nte

se g me nta r d o p â nc re a s, te nd o c o mo c o ntro le s a nima is tra nsp la nta d o s, c ujo s d uc to s fo ra m d e ixa d o s c o m d re na g e m livre no

p e ritô ne o (SUTHERLAND e t a l., 1980).

O s re sulta d o s unifo rme me nte b e m-suc e d id o s, e o s b a ixo s índ ic e s d e c o mp lic a ç õ e s o b tid o s c o m a mb a s a s té c nic a s, mo tiva ra m e sse s