• Nenhum resultado encontrado

Avaliação funcional do reparo de lesões labrais circunferenciais da glenoide - Série de casos.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Avaliação funcional do reparo de lesões labrais circunferenciais da glenoide - Série de casos."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

original

Avaliac¸ão

funcional

do

reparo

de

lesões

labrais

circunferenciais

da

glenoide

Série

de

casos

Alexandre

Tadeu

do

Nascimento

e

Gustavo

Kogake

Claudio

HospitalOrthoservice,GrupodeOmbroeCotovelo,SãoJosédosCampos,SP,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem15desetembrode2015 Aceitoem20deoutubrode2015 On-lineem28defevereirode2016

Palavras-chave: Cápsulaarticular Instabilidadearticular Articulac¸ãodoombro Artroscopia

Estudosretrospectivos

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Avaliarosresultadosclínicosdospacientessubmetidosareparoartroscópicode lesãolabralcircunferencial.

Métodos:Estudoretrospectivode10pacientessubmetidosaoreparoartroscópicodelesão labralcircunferencial doombrodesetembrode 2012asetembrode2015.Ospacientes foramavaliadospeloescoredeCarter-Rowe,peloescoredeDash,peloescoredeUcla,pela classificac¸ãovisualanalógicadedor(EVA)epeloShort-Form36(SF36).Amédiadeidadena cirurgiafoide29,6anos.Oseguimentomédiofoide27,44(variac¸ãode12-41,3)meses. Resultados: Amédiadosescoresfoide16pontosnoDash;32pontosnoUcla,seis(60%) resultadosexcelentes,três(30%)bonseumruim(10%);1,8pontonaEVA,nove(90%)dores leveseum(10%)doresmoderadas;SF-36de79,47;enaescaladeRowe92,5pontos,nove(90%) resultadosexcelenteseum(10%)bom.Degenerac¸ãoarticularestevepresenteemum(10%) caso,degrau1.Nãoobservamoscomplicac¸õessignificativas,anãoseraartroseglenoumeral grau1,desenvolvidanopós-operatóriodeumpaciente.

Conclusão:Oreparoartroscópicodalesão labralcircunferencial doombrocomousode âncorasabsorvíveiséeficaz,commelhoriadetodosescoresaplicados,eapresentabaixos índicesdecomplicac¸ão.Oscasosassociadosaluxac¸ãoglenoumeralapresentammenordor residualemlongoprazo.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Functional

evaluation

of

repairs

to

circumferential

labral

lesions

of

the

glenoid

Case

series

Keywords: Jointcapsule Jointinstability Shoulderjoint

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective:Toevaluatetheclinicalresultsamongpatientsundergoingarthroscopicrepairof circumferentiallabrallesions.

Methods:This was a retrospective study on 10 patients who underwent arthroscopic repair to circumferential labral lesions of the shoulder, betweenSeptember 2012 and

TrabalhodesenvolvidonoGrupodeOmbroeCotovelo,HospitalOrthoservice,SãoJosédosCampos,SP,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:dr.nascimento@icloud.com(A.T.Nascimento).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2015.10.008

(2)

Results: Themeanscorewas16pointsforDASH;32pointsforUCLA,amongwhichsix patients(60%)hadexcellentresults,three(30%)goodandone(10%)poor;1.8pointsforVAS, amongwhichninepatients(90%)hadminorpainandone(10%)moderatepain;79.47for SF-36;and92.5forCarter-Rowe,amongwhichninepatients(90%)hadexcellentresultsand one(10%)good.Jointdegenerationwaspresentinonecase(10%),ofgrade1.Wedidnot observeanysignificantcomplications,exceptforgrade1glenohumeralarthrosis,which onepatientdevelopedaftertheoperation.

Conclusion: Arthroscopicrepairofcircumferentiallabrallesionsoftheshoulderthroughuse ofabsorbableanchorsiseffective,withimprovementsinallscoresapplied,anditpresents lowcomplicationrates.Casesassociatedwithglenohumeraldislocationhavelower long--termresidualpain.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

As lesões labrais e a instabilidade glenoumeral são lesões comunsnapopulac¸ãodeatletasedetrabalhadoresbrac¸ais. Aslesõeslabraisanteriores(Bankart)foramdescritaspela pri-meiravezporPerthes1eBankart.2Aslesõeslabraissuperiores foramprimeiramentedescritasporAndrewsetal.3emuma populac¸ãodeatletasarremessadores.Snyderetal.4maistarde classificaramaslesãotipoSLAPemquatrocategorias, classi-ficaram5%de2.375lesõescomocomplexas,ouseja,nãose enquadravamnostiposoucomnosquatrotiposassociados citados.Arelac¸ãoentrealesãode BankartelesõesSLAP é bemconhecidaeoreparoartroscópicotemsidoassociadocom bonsresultados,5–8masotratamentodeoutrascombinac¸ões delesõeslabraistemsidoraramentedescrito.

Comoavanc¸odaartroscopia,reconheceu-seacombinac¸ão delesõeslabraisqueseapresentamcomoumdestacamento circunferencialdetodoolabrumglenoidal.Powelletal.9 clas-sificaramessalesãocomoumSLAPpan-labraloulesãotipo

IX.LoeBurkhartfizeramumadescric¸ãodelesãolabraltripla (anterior, posterior eSLAP tipo II) em umarevisão retros-pectiva de sete pacientes.Dois dossete pacientes tiveram descolamentocircunferencialdolabrum.Todasessaslesões foramreparadasporviaartroscópicacomfixac¸ãocom ânco-ras,semcasoderecorrênciadeinstabilidade.10

Opresenteestudovisa arelatarocasode10 pacientes, acompanhadoscomescores,paraavaliaroresultado funcio-naldotratamentodaslesõeslabraiscircunferenciais.

Material

e

métodos

Entresetembrode2012esetembrode2015,10pacientesforam submetidosaotratamentoartroscópicodalesãolabral circun-ferencialeoperadosnoHospitalOrthoserviceemSãoJosédos Campos(SP)porumúnicocirurgião.Adistribuic¸ãoquantoà faixaetáriaeaatividade exercidacomprovável associac¸ão com apatologia estão exibidasnatabela1. Todos os paci-enteseramdosexomasculino.Foramincluídosnesteestudo

Tabela1–Dadosdemográficos

Paciente Idade Atividade

1 52 Trabalhadorbrac¸al

2 26 Atleta

3 41 Trabalhadorbrac¸al

4 29 Atleta

5 18 Atleta

6 31 Atleta

7 32 Trabalhadorbrac¸al

8 20 Atleta

9 18 Atleta

10 35 Trabalhadorbrac¸al

Média 30,2

pacientescomumoumaisepisódiosdeluxac¸ãoanteriordo ombro ou sintomase examecompatível com instabilidade ocultaoulesãolabralsuperior,após ressonânciamagnética (fig.1).Otempomínimodeseguimentofoiestipuladocomo umano.Dentreoscritériosdeexclusãonaselec¸ãodos pacien-tes,temos:casosdeluxac¸ãotraumáticaassociadosàslesões vasculonervosas, casos traumáticosrelacionadosa fraturas

(3)

Figura2–Lesãolabralcircunferencial.

emoutrossítiosdacinturaescapular,lesãodeHill-Sachsque envolviamaisdeumquartoda cabec¸adoúmeroeBankart ósseodemaisde25%daglenoide.

Pré-operatório

No pré-operatório todos os pacientes foram submetidos a avaliac¸ãoclínicaparaodiagnósticoeclassificac¸ãoda instabi-lidade,func¸ãoedordoombro,comosescoresdeRowe,Dash, Ucla,EVA eSF-36.Ospacientes foramsubmetidos a resso-nânciamagnéticapré-operatória,porémemapenastrêsdos 10casosalesãolabralfoievidenciadapré-operatoriamente. Nosoutroscasos,aindicac¸ãocirúrgicafoiparareparode ape-nasumsegmento dolabrum,porémno intraoperatóriofoi evidenciadaalesãolabralcircunferencial.

Técnicacirúrgica

Oprocedimentocirúrgicofoifeitocomopacientesob anes-tesia geral e bloqueio do plexo braquial, posicionado em decúbitolateraldoladoopostoaoombrolesado.

Namesacirúrgicasãoaplicadastrac¸ãoverticale longitudi-nal,mantém-seomembroemabduc¸ãodeaproximadamente 60grauseflexãode15graus,pormeiodetrac¸ãolongitudinal fixaeverticalcompesosde5kg.

Usamosparaoreparoosportais,anterior,anterolaterale posterior,com aóticanoportal anterolateral.Emtodos os casosfoifeitainspec¸ãocompletadaarticulac¸ãoparaavaliar

lesõesassociadaseconfirmarsealesãoerarealmente circun-ferencial(fig.2).Apósodevidopreparodaglenoide,aslesões eramreparadasprimeiramentenaregiãoposteriorcomtrês âncoras. Após isso, a regiãosuperior com umaâncora ea regiãoanteriorcommaistrêsâncoras,totalizandosete ânco-ras(todasabsorvíveis)paraoreparocompletodalesão(fig.3). Quandohouvelesãoassociadademanguitorotador,essefoi devidamentereparadoparasanartodasaslesões(umcaso).

Pós-operatório

Os pacientes permaneceram emimobilizac¸ão contínuaem tipoiaporquatrosemanas,quandoéiniciadaareabilitac¸ão. Afisioterapia,inicialmente,foiindicada apenasparaganho deamplitudedemovimentoeapenasquandoessaestivesse completainiciava-seafasedefortalecimentomuscular.

Avaliac¸ãoclínica

Todos ospacientes doestudoapresentamseguimento pós--operatório mínimo de 12 meses. Todos eram do sexo masculino.Foramoperadosnoveombrosdireitoseumombro esquerdo.

Osescoresforamaplicadosaospacientesemseu acompa-nhamentoderotinapré-operatórioepós-operatório,comtrês meses,seismeses,umano,doisanosetrêsanos,noscasos emquecompletaramtodooperíodo.

(4)

Pré-op 22,3±3,8(16a27) 40,2±25 (10,83a75,83)

43,5±22,5 (5a75)

6,8±2,6 (3a10)

Pós-op 32±4,9(19a35) 16±23

(0,83a75,5)

92,5±7,9 (75a100)

1,8±2,15 (0a7)

pvalue <0,000001 <0,009 <0,0001 <0,0001

a Osvaloressãodamédiaeodesvio-padrão,comointervaloentreparênteses.

A quantificac¸ão dos resultados operatórios foi efetuada comosescoresdeCarter-Rowe,11Dash,Ucla,EVAeSF-36.

Resultados

Naavaliac¸ãoclínicacomosescoresDash,Ucla,EVAe Carter--Rowe,obtivemosnestasériepontuac¸ãopós-operatóriamédia de16pontosnoDash,32pontosnoUcla(seis[60%] resulta-dosexcelentes,três [30%]bonseumruim[10%]),1,8ponto naEVA (nove[90%]doresleves,um[10%]dormoderada) e naescala deRowe 92,5pontos(nove[90%]resultados exce-lentes,um[10%]bom).OSF-36apresentoupontuac¸ãogeral de79,85.Na tabela2encontram-seocomparativoentreos resultados pré e pós-operatórios, analisadoscom o testet deStudent,enatabela3encontra-seoSF-36,separadonas oitoáreasdeabrangência,tambémanalisadocomotestet. Nenhumdospacientesapresentounovoepisódiodeluxac¸ão glenoumeral.Umpacientetevemauresultadoassociadoao desenvolvimentodeartroseglenoumeral.Comparando-seo resultado finalpormeio do testet deStudent,analisamos osresultadosseparadamenteapartirdapatologiaprimária, ouseja,comparamos oscasos relacionadosainstabilidade franca(atletas)comoscasosnosquais,apesardesinaisao examefísico,opacientenãoapresentavahistóriadeluxac¸ão glenoumeral(trabalhadoresbrac¸ais).Osresultadosestão des-critosnastabelas4e5.Onúmerodeâncorasusadasparao reparolabralfoide7,sempreabsorvíveis,comtrêsâncoras parareparodelabrumposterior,umaparareparodelabrum superioretrêsparareparodelabrumanterior.Asequência dereparofoi sempredeposteriorparaanterior,reparou-se olabrum superiorentreessasduas. Parareparodolabrum posteriorusamossemprecânulademenordiâmetro,porém sempreausamos,apesardepequenoespac¸oposterior.

Astabelas2e3mostramresultadoestatisticamente sig-nificativo,p<0,05,paratodososescoresfuncionaisededor

(tabela2)eparatodosaspectosfuncionaisededordoSF-36(as trêsprimeirascolunasdatabela4).OsaspectosdoSF-36que nãoapresentaramdiferenc¸aestatisticamentesignificativasão osquesereferemaqualidadedevidaeaspectosemocionais. Astabelas4e5mostramresultadosnãoestatisticamente significativos,p>0,05paraasdiferenc¸asdosprincipaisescores funcionaisededor(tabela4),enoSF-36(tabela5),dosquesitos queavaliamfunc¸ãoedor,apenasoquesitodortevediferenc¸a estatística entreosgrupos. Houvediferenc¸a estatísticanos resultadosdequalidadedevidaesaúdemental.

Um pacienteapresentoulesão desubescapular e supra-espinhal,associado àlesãolabral. Esse pacienteteve, além do reparo da lesão labral, reparo dos tendõescitados. Sua evoluc¸ãofoiigualmenteboa,comosseguintesresultadosnos escores.Dash:8,33,Ucla:34,Rowe:90,EVA:2eSF-36:82,4.Ao avaliaroscasosisoladamente,percebemosqueumdeles apre-sentouumaevoluc¸ãoruim,combaixapontuac¸ãonosescores (Dash:77,5;Ucla:19;Rowe:75;EVA:7eSF-36: 47,24),oque associamosaodesenvolvimentodeartroseglenoumeral pós--operatória(fig.3).Umdospacienteséatletaprofissionalde rúgbi econseguiuretornar aomesmonívelde competitivi-dade,semsintomatologias.Osoutrosatletaseramamadores etodos conseguiramretornar aomesmonívelde atividade prévioàlesão.Dosquatrotrabalhadoresbrac¸ais,umestá apo-sentado,umconseguiuretornaràsatividadesedoisestãoem trabalhos adaptados,não conseguiramretornarà atividade prévia(fig.4).

Discussão

Pouco tem sido escrito sobre as lesões circunferenciais de labrum daglenoide.4,7,8,12,13 Powelletal.9 descreverampela primeiravezumalesãolabralcircunferencialcomoumalesão SLAP-IXtipo.Numestudoretrospectivo,LoeBurkhart10 des-creverampacientescomBankartanterior,Bankartposterior

Tabela3–SF-36–Comparac¸ãopréepós-operatória.a

SF-36 Capacidade funcional

Limitac¸ãopor aspectos

físicos

Dor Estadogeral desaúde Vitalidade Aspectos sociais Limitac¸ões poraspectos emocionais Saúdemental

Pré-op 78±14,75 (55a100)

35+41,16 (0a100)

47,1±17,1 (20a72)

78,1±16,5 (55a97)

66±22,5 (25a100)

73,7±23,9 (37,5a100)

60±46,6 (0a100)

74,2±17,8 (48a96) Pós-op 88±16,9

(55a100)

80±42,1 (0a100)

75,1±14,6 (41a90)

75,8±14,7 (57a97)

75±18,5 (40a90)

87,5±14,4 (62,5a100)

80±42,1 (0a100)

77,4±13,6 (48a92)

pvalue <0,044 <0,0187 <0,0032 0,316 0,3434 0,091 0,313 0,519

(5)

Tabela4–Comparac¸ãodosresultadosentreogrupodeatletas(comepisódiosdeluxac¸ão)comogrupodetrabalhadores brac¸ais(semepisódiodeluxac¸ão).a

Ucla Dash Rowe EVA

Atletas 34,16±0,7

(33a35)

4,44±3,5 (0,83a10,83)

95±5,4 (90a100)

0,5±0,5(0a1)

Trabalhadoresbrac¸ais 28,75±6,8 (19a34)

31,14±32,8 (7,5a77,5)

88,75±10,3 (75a100)

3,7±2,2(2a7)

0,211 0,201 0,326217 0,058

a Osvaloressãodamédiaeodesvio-padrão,comointervaloentreparênteses.

Tabela5–Comparac¸ãodoresultadodoSF-36entreogrupodeatletas(comepisódiosdeluxac¸ão)comogrupo detrabalhadoresbrac¸ais(semepisódiodeluxac¸ão).a

Capacidade funcional

Limitac¸ãopor aspectos

físicos

Dor Estadogeral desaúde

Vitalidade Aspectos sociais

Limitac¸ões poraspectos

emocionais

Saúdemental

Atletas 96,7±4,08 (90a100)

100±0 (100)

83,3±5,16 (74a90)

85±11,3 (67a97)

80±10,4 (60a90)

95,83±10,2 (75a100)

100±0(100) 85,6±4,45(80a92)

Trabalhadores brac¸ais

75±19,5 (55a100)

50±57,7 (0a100)

62,75±15,5 (41a74)

62±4,08 (57a67)

60±23,09 (40a80)

75±10,2 (62,5a87,5)

50±57,7 (0a100)

65±13,6(48a76)

pvalor 0,056 0,09 0,03 0,001 0,09 0,008 0,09 0,02

a Osvaloressãodamédiaeodesvio-padrão,comointervaloentreparênteses.

Figura4–Artroseglenoumeralgrau1deSamilson.

eSLAPtipoIIassociadas.Duasdaslesõesforam circunferen-ciais.Osautoresobservaramqueessaslesõesrepresentavam 2,4%detodasaslesõesdolabrumeacreditavamquealesãose iniciavacomumeventotraumático,comluxac¸ãoanteriorna posic¸ãodeabduc¸ãoerotac¸ãoexterna.Ainstabilidade poste-riorealesãopan-labralseriamumaextensãodeinstabilidade anterior.4,8,14Damesmaforma,emnossasérie,seisombros tinhamhistóricodeumainstabilidadeanterior.Noentanto, noscasosnos quaisnãohaviahistória deinstabilidade,os pacientesreferiamtrabalharporhorascomequipamentosque geravamtrepidac¸ãoeassimmicrotraumas,comobrac¸oem posic¸ãodeabduc¸ãoerotac¸ãoexterna.Aslesõeslabrais cir-cunferenciaiscostumamsermaissintomáticas,mesmoque nãotenha havidoum episódio de luxac¸ãorecente.Por ser difícildediagnosticaralesãolabralcircunferencialcombase somenteemhistóriaeexamefísico,oexaminadordeveter umasuspeitaelevadaaoavaliarumombrocomvários episó-diosdeluxac¸ão,dorsubstancialnaausênciadeumepisódio

recenteemanobrasprovocativasquereproduzem os sinto-mastantonaregiãoanteriorcomonaposterioresuperior.Em taissituac¸ões,umaartrorressonânciamagnéticapodeserútil parafazerumdiagnósticopreciso,vistoqueemnossasérie, apesardeusarmosressonânciamagnéticade1,5tesla,alesão labralsófoidiagnosticadacomocircunferencialemtrêsdos10 casos.Nossaabordagemcirúrgicaseguiuatécnicapublicada porTokishetal.,15excetoporcomec¸armospeloreparo poste-rior,enãopeloreparodoSLAP,comodescritonestetrabalho. Alógicadereparartodasaspartesdalesãopan-labralé base-adanofatodequemesmoqueainstabilidadesejaanterior, porexemplo,alesãodasoutrasporc¸õesdolabrumpode con-tribuirparainstabilidade,doreacicatrizac¸ãodaregiãolabral reparada.10,15Neeretal.16 descreveramaassociac¸ãodo tra-tamentocirúrgicodaluxac¸ãodoombrocomadegenerac¸ão dessaarticulac¸ão.Jáem1983,SamilsonePrieto17criaramo termo“artropatiadainstabilidade”eclassificaram radiografi-camenteessaentidade.

(6)

são difíceisde ser diagnosticadaspelo exame físico, ficam maisevidentesossinaisdeinstabilidadeanterioroudelesão tipo SLAP. A ressonância magnética sem contrastenão foi muitoútilparaaidentificac¸ãodessas lesões.Devidoà difi-culdade de fazer o diagnóstico pré-operatório, o cirurgião, duranteoprocedimento,podesesurpreendercomessalesão eopacientepodeestarposicionadodeformanãoidealpara oreparocompletooupodenãohaverdisponívelumnúmero adequadodeâncorasparaoreparocompletodalesão.

Conclusão

O tratamento cirúrgico das lesões labrais circunferenciais apresentaexcelenteebonsresultadosnosescoresavaliados. Oscasosrelacionadosainstabilidadetiveramuma tendên-ciademelhoresresultadosdoqueosquenãoapresentavam históriadeinstabilidade,porémnãoestatisticamente signi-ficativa na maioria dos escores. Dos 10 casos, apenas um nãoteve resultado satisfatório, quepode estar relacionado aartroseglenoumeralpós-cirúrgicaouaganhostrabalhistas secundários.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverdeconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1. PerthesG.Uberoperationenbeihabituellerschulterluxation. DeutscheZChir.1906;85:199–222.

2. BankartA.Thepathologyandtreatmentofrecurrent dislocationoftheshoulderjoint.BrJSurg.1938;26:23–9.

3. AndrewsJR,CarsonWGJr,McLeodWD.Glenoidlabrumtears relatedtothelongheadofthebiceps.AmJSportsMed. 1985;13(5):337–41.

OrthopClinNorthAm.2001;32(3):431–41.

6.MusgraveDS,RodoskyMW.SLAPlesions:currentconcepts. AmJOrthop(BelleMeadNJ).2001;30(1):29–38.

7.SnyderSJ,BanasMP,KarzelRP.Ananalysisof140injuriesto thesuperiorglenoidlabrum.JShoulderElbowSurg. 1995;4(4):243–8.

8.WarnerJJ,KannS,MarksP.Arthroscopicrepairofcombined Bankartandsuperiorlabraldetachmentanteriorand posteriorlesions:techniqueandpreliminaryresults. Arthroscopy.1994;10(4):383–91.

9.PowellSE,NordKD,RyuRK.Thediagnosis,classification,and treatmentofSLAPlesions.OperTechSportsMed.

2004;12:99–110.

10.LoIK,BurkhartSS.Triplelabrallesions:pathologyand surgicalrepairtechnique-reportofsevencases.Arthroscopy. 2005;21(2):186–93.

11.RoweCR,PatelD,SouthmaydWW.TheBankartprocedure:a long-termend-resultstudy.JBoneJointSurgAm.

1978;60(1):1–16.

12.MaffetMW,GartsmanGM,MoseleyB.Superiorlabrum-biceps tendoncomplexlesionsoftheshoulder.AmJSportsMed. 1995;23(1):93–8.

13.WilliamsRJ3rd,StricklandS,CohenM,AltchekDW,Warren RF.Arthroscopicrepairfortraumaticposteriorshoulder instability.AmJSportsMed.2003;31(2):203–9.

14.TokishJM,KrishnanSG,HawkinsRJ.Clinicalexaminationof theoverheadathlete:thedifferential-directedapproach.In: KrishnanSGH,HawkinsRJ,WarrenRF,editors.Theshoulder andtheoverheadathlete.Philadelphia:LippincottWilliams andWilkins;2004.p.23–49.

15.TokishJM,McBratneyCM,SolomonDJ,LeclereL,DewingCB, ProvencherMT.Arthroscopicrepairofcircumferentiallesions oftheglenoidlabrum.JBoneJointSurgAm.

2009;91(12):2795–802.

16.NeerCS2nd,WatsonKC,StantonFJ.Recentexperiencein totalshoulderreplacement.JBoneJointSurgAm. 1982;64(3):319–37.

Referências

Documentos relacionados

O Programa de Educação do Estado do Rio de Janeiro, implementado em janeiro de 2011, trouxe mudanças relevantes para o contexto educacional do estado. No ranking do

Diante do cenário apresentado, e da necessidade do uso da avaliação externa como instrumento da gestão educacional, este trabalho tem como objetivo avaliar como

Neste capítulo foram descritas: a composição e a abrangência da Rede Estadual de Ensino do Estado do Rio de Janeiro; o Programa Estadual de Educação e em especial as

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

nesse contexto, principalmente em relação às escolas estaduais selecionadas na pesquisa quanto ao uso dos recursos tecnológicos como instrumento de ensino e

O Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb), criado em 2000, em Minas Gerais, foi o primeiro programa a fornecer os subsídios necessários para que

Foi possível recomendar melhorias na gestão, nomeadamente relacionadas com a capacidade instalada face ao serviço pretendido, tendo em conta os recursos presentes e